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Resumo - Entrevista e Observação - Técnicas de observação e entrevista

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Observação: definições e classificação 
A observação é um instrumento largamente utilizado nas ciências para a obtenção 
de informações que 
serão posteriormente analisadas pelos mais diversos métodos. 
Defendida por Galileu como um dos elementos que proporcionariam um 
conhecimento fidedigno do 
mundo, posteriormente também passou a ser utilizada pelas ciências humanas e 
sociais, de forma 
que é um instrumento altamente reconhecido na psicologia. 
Em sua relação com outros instrumentos de avaliação na clínica, tais como 
testagem e entrevista, a 
observação representa, portanto, uma importante forma de obtenção de dados. 
É um método observacional como um processo de seleção, provocação, registro e 
codificação de 
comportamentos. Entende-se por seleção a escolha dos problemas, classes de 
comportamentos, eventos, 
situações, períodos de tempo de acordo com o foco de atenção. 
A provocação pressupõe a decisão, se os comportamentos observados serão 
artificialmente induzidos ou observados em sua ocorrência espontânea. Tais 
comportamentos deverão ser registrados utilizando-se da memória do observador, 
seus escritos, recursos audiovisuais, cronômetro e outros instrumentos. 
O que fazer com os dados coletados? Serão sistematizados > etapa mais 
complexa do procedimento de observação. 
É especialmente útil o uso da observação quando se procura identificar e obter 
evidências a respeito do 
paciente. 
Observar o comportamento do paciente. 
Como investigação de diversos comportamentos, tais como os toques, 
interações verbais e não-verbais, proximidade/distância, interação social e 
utilização de outros instrumentos, tais como questionários e inventários 
 
 
 
 
 
Observação sistemática 
Também é chamada de estruturada, planejada ou controlada. Visa instrumentos 
controlados para a coleta 
de dados. 
Ela é realizada em condições controladas, e sua principal característica é o 
planejamento e asistematização. Aqui, o observador já sabe de antemão o que deseja 
observar, e deve ser objetivo, procurando reconhecer e eliminar quaisquer erros que 
ocorram sobre o que está sendo estudado. 
São construídas categorias a priori para os comportamentos que serão observados, 
e anotados numa planilha ou outra forma objetiva de registro. 
Observação assistemática 
Objetiva recolher e registrar os dados da realidade sem que o pesquisador utilize 
meios técnicos especiais ou necessite fazer perguntas diretas. É bastante utilizada em 
estudos exploratórios e não possuem um planejamento e controles prévios. 
Outros autores, afirma que o que caracteriza a observação é o fato de o 
conhecimento ser obtido 
através de uma experiência casual, sem que se saiba de antemão o que será 
observado. 
Lakatos e Marconi (2002) e Richardson (1999) - afirmam que o êxito nesta técnica 
vai depender do observador, de ele estar atento aos fenômenos que ocorrem no mundo 
que o cerca, perspicácia, discernimento, preparo e treino, além de uma atitude de 
prontidão. 
Atividade: Observar o outro... 
Toques; 
Interações verbais; 
Não-verbais... 
...proximidade/distância, interação social e utilização de outros instrumentos... 
A Observação Participante, Entrevista e Condução da Entrevista 
 
Exemplos: A. O Psicólogo como parte integrante da mesma equipe. B. O Psicólogo 
atua como coordenador de grupos. 
 
 
Quanto ao número de observadores: 
Observação individual: realizada somente por um pesquisador. A vantagem é a 
praticidade desta 
modalidade de observação, e dentre as desvantagens está a possibilidade de 
distorção do observado sem a possibilidade de confrontação com outros observadores. 
Lakatos e Marconi, 2002 
Observação em equipe: 
A grande vantagem da observação em equipe é a possibilidade de confrontação 
dos dados obtidos pelos 
diversos observadores. Ainda, todos podem observar os mesmos aspectos do 
fenômeno ou, então, observar 
diferentes aspectos do observado. Outra vantagem é a possibilidade de que vários 
observadores preencham 
diferentes instrumentos. 
A desvantagem é o investimento na formação e ter disponibilidade de vários 
observadores. Lakatos e Marconi, 2002 
A Entrevista Psicológica 
definições e fundamentos teóricos e conceituais 
É uma “visão entre”, que perpassa, que passa através de duas ou mais pessoas. A 
entrevista torna-se assim uma troca, um diálogo (uma palavra entre dois), uma relação, 
uma comunicação, um encontro. 
Comunicação entre pessoas. 
Anastasi & Urbina, 2000; Assumpção, 1977; Benjamin, 1996, Hindle, 1999; Lodi, 
1998; Rech, 2000 
A expressão entrevista psicológica é efetuada pelos psicólogos no exercício de suas 
atividades. Estes levam em conta, por certo, regras e fatores psicológicos observados 
anteriormente, mas o objetivo visado é o de resolver um dos problemas que entram 
normalmente no quadro da psicologia: 
• Seleção e orientação profissional; 
• Pesquisas psicológicas; 
• Exame de personalidade, etc. 
Anastasi & Urbina, 2000; Assumpção, 1977; Benjamin, 1996, Hindle, 1999; Lodi, 
1998; Rech, 2000 
É importante ressaltar que nos interessa na entrevista psicológica, entendida como 
aquela na qual se buscam 
objetivos psicológicos, os seguintes aspectos: 
• Investigação; 
• Diagnóstico; 
• Terapia, entre outros. 
Referente à entrevista psicológica como técnica, ela tem seus próprios 
procedimentos: 
Com os quais não só se amplia e se verifica como também, ao mesmo tempo, 
se aplica o conhecimento científico. Bleger, 2012 
Dessa forma, identifica ou faz coexistir no psicólogo as funções de 
investigador e de profissional, já que a técnica é o ponto de interação entre a 
ciência e as necessidades práticas. 
A entrevista psicológica tem a finalidade explícita de se fazer algum tipo de 
avaliação. 
Bleger, 2012 
A entrevista pode ser de dois tipos fundamentais: 
Aberta: o entrevistador tem ampla liberdade para as perguntas ou para suas 
intervenções, permitindo-se toda a flexibilidade necessária em cada caso 
particular. 
Exemplos: fenomenologia. Bleger, 2012 
Fechada: as perguntas já estão previstas, assim como a ordem e a maneira de 
formulá-las, e o entrevistador não pode alterar nenhuma destas disposições. 
Ela é, na realidade, um questionário que passa a ter uma relação estreita com a 
entrevista, na medida em que uma manipulação de certos princípios e regras facilita e 
possibilita a aplicação do questionário. Bleger, 2012 
O instrumento de trabalho do entrevistador é ele mesmo, sua própria personalidade. 
De outro ponto de vista, considerando o número de participantes, distingue-se a 
entrevista em individual e grupal, segundo sejam um ou mais os entrevistadores e/ou 
os entrevistados. 
A realidade é que, em todos os casos, a entrevista é sempre um fenômeno grupal, 
já que mesmo com a participação de um só entrevistado sua relação com o 
entrevistador deve ser considerada em função da psicologia e da dinâmica de grupo. 
Bleger, 2012 
 
Entrevista, consulta e anamnese 
Tanto o método clínico como a técnica da entrevista procedem do campo da 
medicina, porém a prática médica inclui procedimentos semelhantes que sem dúvida 
não devem ser confundidos com a entrevista psicológica, nem superpostos a ela. 
Bleger, 2012 
A consulta consiste na solicitação da assistência técnica ou profissional que pode 
ser prestada ou satisfeita de formas diversas, uma das quais pode ser a entrevista. 
Consulta não e sinônimo de entrevista, esta última é apenas um dos procedimentos de 
que o técnico ou profissional, psicólogo ou médico, dispõe para atender a uma consulta. 
Bleger, 2012 
Em segundo lugar, a entrevista não é uma anamnese. Esta implica uma compilação 
de dados preestabelecidos, de tal amplitude e detalhe, que permita obter uma síntese 
tanto da situação presente como da história de um indivíduo, de sua doença e de sua 
saúde. 
Embora uma boa anamnese se faça com base na utilização correta dos princípios 
que regem a entrevista,esta última é, sem dúvida, algo muito diferente. 
Entrevista Psicológica X Ética Profissional 
Condução de Entrevista 
Ela propõe alguns passos estratégicos na condução da entrevista que permitem a 
avaliação das ansiedades e defesas e a qualidade das relações de objeto do 
entrevistado, bem como dos pontos dos seus conflitos. Sugere que o entrevistador fique 
atento à organização de três momentos da entrevista: a chegada do entrevistado; 
o curso intermediário da conversa e o momento final da entrevista, quando se dá 
a separação. Propõe também que a análise das ansiedades e defesas reveladas nesses 
momentos sejam os indicadores mais importantes para avaliação desejada. Almeida, 
200 
 
RAPPORT E ASPECTOS ÉTICOS 
Rapport 
Rapport é um conceito da psicologia que significa uma técnica utilizada para a 
aproximação de sintonia e o movimento empático entre duas ou mais pessoas. 
Originada na França, com o termo rapporter que significa trazer de volta. O rapport 
acontece quando 
há uma sincronização entre duas ou mais pessoas, porque elas tendem a se 
relacionarem de forma 
agradável. 
Cabe ressaltar a identificação de manifestações do comportamento do indivíduo 
que por meio dessas manifestações é utilizada nos relacionamentos pessoais e 
profissionais. 
O Rapport é fundamental para que possamos criar laços proximais de compreensão 
entre os indivíduos. 
• Desenvolver um relacionamento de confiança (rapport), visto como essencial no 
processo de aplicação de instrumentos psicológicos em forma individual; 
• Atentar para os comportamentos dos indivíduos na situação de avaliação, 
observando a forma de resposta e o envolvimento na situação de avaliação, 
considerando que estas são variáveis influenciáveis no desempenho nos instrumentos 
utilizados. Conselho Federal de Psicologia, 2010. 
• Ele deve ser natural; 
• Ligação de confiança e respeito entre paciente e psicólogo; 
• Quebrar o gelo entre entrevistador (psicólogo) e entrevistado (paciente); 
• Possibilidades do psicólogo notar algumas questões já no momento desse 
primeiro contato. 
Então a finalidade do Rapport: 
Conseguir do entrevistado os dados que procuramos. 
Temos garantia que isso irá ocorrer? 
Aspectos Éticos 
Ética e Psicologia na sociedade contemporânea 
As diferentes formas de planejar e executar uma avaliação psicológica traz consigo 
a concepção que o 
psicólogo avaliador tem sobre o ser humano, a sociedade, a ciência e a Psicologia. 
CFP, 2010. 
Ética e Psicologia na sociedade contemporânea 
Essas concepções têm impacto direto na vida das pessoas, uma vez que abre ou 
mesmo restringe possibilidades, desmistifica ou mistifica, amplia ou restringe o campo 
de atuação de seus usuários, dependendo das opções adotadas pelo psicólogo e da 
forma como este interpreta os resultados obtidos. 
O raciocínio adotado pelo psicólogo na condução de uma avaliação é, por natureza, 
imbuído de um conjunto de normas, valores, crenças, conhecimentos, permeados de 
racionalidade e afetos, que se transformam em consonância com as mudanças 
ocorridas na sociedade. 
Assim, as ideias, os aspectos éticos e estéticos não podem ser avaliados senão por 
comportamentos, os 
quais incluem as trocas realizadas entre os homens. 
Desse modo, uma vez que a capacidade de reflexão crítica das diferentes 
concepções da vida em 
sociedade está no cerne da ética, pode-se considerar que a ética está na base da 
Psicologia, na medida em 
que assumiu para si o estudo das diferentes dimensões dos fenômenos 
psicológicos. 
A consideração aos aspectos éticos envolvidos na avaliação deve também nortear 
o trabalho do psicólogo, uma vez que seus procedimentos dependem de um conjunto 
de valores atrelados às concepções de sujeito e de sociedade que o profissional escolhe 
para proceder a sua leitura sobre as diferentes formas de manifestação do fenômeno 
psicológico. 
Cite-se, por exemplo, o julgamento emitido na realização e na finalização de um 
laudo (que veremos mais a frente), o qual se constitui na materialização da competência 
do seu autor. O princípio da competência atribui ao psicólogo a responsabilidade para 
com o bem-estar do outro, a qual deverá ser pautada pelo Código de Ética Profissional. 
Contudo, tal concepção varia de acordo com a definição de bem-estar adotada pelo 
profissional e implica um julgamento de valor de seu avaliador. No âmbito da discussão 
sobre ética (aqui entendida como um conjunto de valores morais que sustentam os 
códigos que regem a conduta humana na sociedade, visando garantir equilíbrio nas 
relações sociais). 
Compreende-se que os valores e princípios éticos são históricos, culturais e 
sistematizados por meio de leis 
que disciplinam o exercício profissional. Esse é o caso do Código de Ética 
Profissional, que postula os 
princípios éticos a serem adotados pelos profissionais de cada área. 
Conselho Federal de Psicologia, 2010

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