Buscar

Sistema Tributário, Princípios

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

WBA0061_v3.0
APRENDIZAGEM EM FOCO
GERENCIAMENTO E 
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Edmo Colnaghi Neves
Leitura crítica: Margareth Costa de Melo Moreira
Nesta disciplina, abordaremos os fundamentos da tributação no Brasil, 
seu sistema, princípios e tributos principais, que afetam diretamente a 
condução dos negócios pelas empresas. 
Para fazer um bom gerenciamento e planejamento tributário devemos, 
antes de tudo, evitar que as empresas incorram em infrações e crimes 
tributários, assim, evitando as penalidades daí decorrentes. Dessa 
forma, é importante explorar este tema considerando as regras gerais 
sobre infrações, as infrações em espécie específicas, bem como a lei de 
crimes tributários. 
Em seguida, passaremos a explorar o que é planejamento tributário 
lícito, conhecido como elisão fiscal e o que não é permitido, conhecido 
como evasão fiscal, a visão dos tribunais e dos doutrinadores, 
bem como exemplos práticos de como podem ser feitos esses 
planejamentos a partir do que a própria lei estabelece em termos de 
escolha de regimes de apuração e recolhimento. 
Por fim, passaremos a considerar reorganizações societárias que 
podem ajudar a otimizar o recolhimento de tributos, vários benefícios 
fiscais que podem auxiliar na redução da carga tributária e, ainda, 
ações judiciais que, atualmente, os contribuintes adotam, seja para 
recuperar tributos pagos a maior no passado, seja para evitar o 
pagamento indevido no futuro e, ainda, em alguns casos para anular 
cobranças tributárias indevidas, como em casos de autos de infração.
Assim, ao final da disciplina, você estará munido de ferramentas ricas 
para fazer o gerenciamento e o planejamento tributário.
3
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
Sistema Tributário, Princípios 
e tributos 
______________________________________________________________
Autoria: Edmo Colnaghi Neves 
Leitura crítica: Margareth Costa de Melo Moreira
TEMA 1
5
DIRETO AO PONTO
O sistema tributário brasileiro é um sistema complexo e vem 
sendo criticado por especialistas, nas últimas décadas, em 
decorrência desta complexidade que onera de modo excessivo 
e desnecessário os contribuintes, sejam os cidadãos sejam 
as empresas ou outras entidades que realizam atividades 
tributáveis.
Para entender esta complexidade, aquele que inicia a empreitada 
de buscar entender referido sistema, é necessário levar em 
consideração que o Brasil é uma federação.
Dizer que se trata de uma Federação, implica dizer que há uma 
multiplicidade de entes (União, Estados e Municípios), com 
equipotência (ou seja, um ente não está acima dos outros) e com 
autonomia política (ou seja, com o poder de produzir leis), todos 
subordinados a uma lei maior, a Constituição Federal. 
Aqui, sempre cabe lembrar que autonomia política não se 
confunde com soberania. Na soberania, o Estado tem um poder 
incontrastável em seu território e não se subordina a outros 
entes no exterior, já naquela outra, na autonomia política, existe 
o poder de produzir leis, porém, subordinada a uma lei maior, 
como afirmamos, a Constituição Federal. 
Esta lei maior que existe, no Brasil, é muito importante para 
entender o sistema tributário. Em outros países, isso é diferente. 
Na Constituição da Itália, por exemplo, temos somente três 
referências à tributação. Já no Brasil, há dezenas de normas 
sobre tributação, o que muitos dizem não ser uma boa técnica 
legislativa, ao afirmarem que detalhes sobre normas tributárias 
não deveriam estar na Constituição de um país. 
6
De qualquer forma, esta é a norma tributária mais importante 
para iniciar os estudos sobre gerenciamento e planejamento 
tributário, seja pelo fato de que tem enorme abrangência, 
aplicando-se todos os tributos, seja pelo fato de que seus 
comandos, suas determinações, prevalecem sobre todas as 
outras normas.
Esta prevalência significa que se houver uma contradição 
entre o que determina a Constituição Federal e aquilo que é 
determinado por uma lei, por exemplo, deve-se obedecer a 
norma da Constituição Federal, sendo a lei inconstitucional, ou 
seja, não válida, não devendo ser obedecida. O mesmo se aplica 
a todas complementares e outras normas que forem contrárias 
à Constituição Federal, como os decretos, instruções normativas, 
atos declaratórios, leis complementares, por exemplo. 
A Constituição Federal, além do Princípio Federativo, também 
apresenta o Princípio Republicano. Isso significa que o Brasil 
é uma República, que o poder emana do povo, que o exerce 
diretamente ou indiretamente. O exercício direto do poder se 
observa em situações mais raras, como nos casos de plebiscito 
ou projetos de lei de iniciativa popular. O exercício indireto se dá 
por meio da eleição de representantes (senadores, deputados e 
vereadores), que produzirão as leis, inclusive as leis tributárias, 
foco do nosso estudo. 
Além desses dois princípios, o Princípio Federativo e o Princípio 
Republicano, diretamente ligado a este último, temos um 
terceiro Princípio, que é o Princípio da Legalidade. No artigo 
5º, da Constituição Federal, na lista de direitos e garantias 
fundamentais, consta que ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer algo senão em virtude de lei. 
7
Este princípio geral tem seu desdobramento no sistema 
constitucional tributário, que determina que somente a lei pode 
criar tributo, de modo estrito. Se não houver lei, um tributo 
não pode ser criado, não pode ser exigido, nem sequer ser 
aumentado. Isso é uma conquista do contribuinte e da cidadania, 
que busca proteger a atividade produtiva e contribuinte de 
tributos contra abusos na criação, exigência e aumento de 
tributos. 
Encargos, exigências ou outros gravames que recaiam sobre os 
contribuintes, independentemente do nome que seja adotado, 
criados por autoridades e que se caracterizem como tributo, se 
não forem estabelecidos por lei, não serão devidos. 
No Brasil, essa determinação acabou criando um enorme 
contencioso tributário nas últimas décadas porque várias 
exigências ou encargos foram criados sem a devida lei, levando 
os contribuintes ao Poder Judiciário para pleitear a defesa de seus 
direitos, em especial mediante a impetração de mandados de 
segurança. 
Essa é uma outra peculiaridade nacional que se diferencia de 
outros países. Fazer gerenciamento e planejamento tributário, 
no Brasil, abrange também conhecer as alternativas existentes 
para propositura de ações judiciais. Por vezes, uma demanda 
judicial tributária se aplica somente a um contribuinte, 
conforme seu negócio. Outras vezes, uma demanda judicial, um 
questionamento sobre uma lei tributária, se aplica a maioria 
dos contribuintes e, dessa forma, ao se fazer o gerenciamento 
e o planejamento tributário, é necessário averiguar se existem 
oportunidades de redução da carga tributária mediante o 
questionamento judicial de exigências tributárias, na linha do 
que vem sendo estabelecido pela jurisprudência dos tribunais. 
Além dos tribunais estaduais e dos tribunais superiores, como 
8
o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, 
há ainda os tribunais administrativos como o Tribunal de 
Impostos e Taxas (TIT) e o Conselho Administrativo de Recursos 
Fiscais (CARF), cujos julgados devem servir de orientação ao 
gerenciamento e planejamento tributário.
Nesta introdução ao tema, não podemos deixar de lado, ainda, 
o princípio da igualdade, que também está ali dentre os direitos 
e garantias fundamentais e também tem seu desdobramento 
no sistema tributário, conhecido como o princípio da isonomia 
fiscal. De modo muito sintético, podemos dizer que contribuintes 
em situações similares devem suportar carga tributária similar, 
não se justificando discriminação que nãosejam objetivamente 
identificadas.
Assim, em apertada síntese, temos uma introdução ao sistema 
constitucional tributário que se inicia com o estudo dos princípios 
federativo, republicano, da legalidade e da igualdade.
Referências
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 5172, de 25 de outubro de 1966. Brasília, 1966. 
PARA SABER MAIS 
O que é imunidade tributária? É a mesma coisa que isenção 
tributária ou não incidência tributária?
Este conceito é muito importante para fazer o gerenciamento e o 
planejamento tributário, pois as pessoas e situações que usufruam 
de imunidade tributária não deverão pagar determinados tributos, 
9
mas é necessário distinguir a imunidade tributária da isenção 
tributária e da não incidência tributária. 
As leis tributárias definem a incidência tributária, ou seja, descrevem 
fatos e pessoas, que, caso ocorram nas atividades dos contribuintes, 
criarão a obrigação de pagar um tributo. Assim, por exemplo, a lei 
de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) determina que aquele 
que tiver a propriedade de um imóvel urbano dever pagar este 
tributo, logo, determinado cidadão que tenha a propriedade de um 
imóvel em dado município, pagará este tributo. No entanto, pode 
ocorrer também que a lei, por determinada razão, estabeleça que os 
cidadãos que tenham mais de setenta anos de idade não precisem 
mais pagar o IPTU sobre o único imóvel que sirva de residência e, 
assim, teríamos uma exceção à regra de tributação, uma isenção. 
Outras vezes, a lei é taxativa quanto às situações que devem ser 
tributadas, como no caso do ISS, em que há lei complementar 
definindo objetivamente quais os serviços são tributados. Houve 
uma época que os serviços de acesso à Internet eram uma novidade 
e não estavam na lista de serviços ainda. Logo, nessas situações, 
havia uma não incidência tributária, a atividade não estava prevista 
em lei, logo, o tributo não era devido. 
No que se refere à imunidade tributária, temos um fenômeno 
distinto da isenção e da não incidência porque, neste instituto, a 
Constituição Federal objetivamente definiu pessoas e situações 
que não podem ser objeto de lei que faça incidir impostos. Há 
doutrinadores que se expressam no sentido de que a imunidade 
tributária seria uma não incidência constitucionalmente qualificada. 
Todas as hipóteses de imunidade tributária estão determinadas pela 
Constituição Federal e abrangem a imunidade tributária recíproca, 
em que os entes da federação não podem criar e exigir impostos 
sobre patrimônio, rendas e serviços uns dos outros; templos de 
10
qualquer culto; patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, 
entidades sindicais, instituições de educação e de assistência social, 
sem fins lucrativos; livros, jornais ou periódicos e fonogramas ou 
videogramas. 
Caso sejam criadas leis que deem origem a impostos para estas 
pessoas ou para estas situações, a lei será inválida, declarada 
inconstitucional. Observa-se, aqui, portanto, que a obrigação de 
pagar o imposto sequer pode nascer porque há uma proibição para 
o legislador de criar a lei estabelecedora do imposto.
Referências
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos 
Jurídicos. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Brasília, 1988. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos 
Jurídicos. Lei n. 5172, de 25 de outubro de 1966. Brasília, 1966. 
TEORIA EM PRÁTICA
Determinada religião instalou-se em um imóvel do município e lá 
criou seu templo. Tendo em vista que era um templo destinado a 
um culto, ficou imune à tributação do imóvel.
Passaram-se os anos e a quantidade de fiéis foi crescendo e, dessa 
forma, o líder religioso decidiu que era o momento de expandir a 
estrutura para tornar o acesso dos fiéis ao templo. 
Havia um terreno próximo ao templo que decidiu assinar um 
contrato de locação e ali criar um estacionamento exclusivo para os 
fiéis, mediante a cobrança de um valor diferenciado. 
Estará a receita de estacionamento sob os benefícios da imunidade 
tributária? Faz parte do templo? É algo independente? Reflita sobre o 
assunto e prepare a sua resposta. 
11
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
A indicação é decisão do Supremo Tribunal Federal que estabelece 
o alcance da imunidade tributária relativa à templos de qualquer 
culto em caso concreto, nos termos do que estabelece a Constituição 
Federal, acordão do Ministro Ilmar Galvão do Superior Tribunal Federal 
(STF).
RE 325822 / SP - SÃO PAULO.
Indicações de leitura
12
RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO.
Redator(a) do acórdão: Min. GILMAR MENDES.
Julgamento: 18/12/2002.
Publicação: 14/05/2004.
Órgão julgador: Tribunal Pleno.
Publicação.
DJ 14-05-2004 PP-00042 EMENT VOL-02151-02 PP-00246.
Partes 
RECTES.: MITRA DIOCESANA DE JALES E OUTRAS ADVDOS.: MÁRIO JOSÉ 
GONÇALVES E OUTRA ADVDO. (A/S) : IVES GANDRA DA SILVA MARTINS 
RECDO. : PREFEITO MUNICIPAL DE JALES ADVDO. : IZAIAS BARBOSA DE 
LIMA FILHO
Ementa 
EMENTA: Recurso extraordinário. 2. Imunidade tributária de templos 
de qualquer culto. Vedação de instituição de impostos sobre o 
patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais 
das entidades. Artigo 150, VI, “b” e § 4º, da Constituição. 3. Instituição 
religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram 
alugados. 4. A imunidade prevista no art. 150, VI, “b”, CF, deve 
abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, 
o patrimônio, a renda e os serviços “relacionados com as finalidades 
essenciais das entidades nelas mencionadas”. 5. O § 4º do dispositivo 
constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas “b” e “c” do 
inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as 
hipóteses das alíneas referidas. 6. Recurso extraordinário provido
13
Decisão 
Retirado de pauta por indicação do Relator. Decisão unânime. 
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Marco Aurélio, 
Presidente, Celso de Mello e Nelson Jobim, e, neste pregão, os 
Senhores Ministros Sepúlveda Pertence e Carlos Velloso. Presidência 
do Senhor Ministro Ilmar Galvão, Vice-Presidente. Plenário, 27.11.2002. 
Decisão: A Turma decidiu remeter o presente recurso extraordinário 
a julgamento do Tribunal Pleno. Unânime. Falou pelas recorrentes o 
Dr. Luis Carlos Martins. 1a. Turma, 03.12.2002. Decisão: O Tribunal, 
por maioria de votos, vencidos os Senhores Ministros Ilmar Galvão, 
Relator, Ellen Gracie, Carlos Velloso e Sepúlveda Pertence, conheceu e 
deu provimento ao extraordinário para assentar a imunidade. Votou 
o Presidente, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Redigirá o acórdão o 
Senhor Ministro Gilmar Mendes. Falaram, pelas recorrentes, o Dr. Luís 
Carlos Martins Alves Júnior, e, pelo Ministério Público Federal, o Dr. 
Geraldo Brindeiro, Procurador-Geral da República. Plenário, 18.12.2002.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário325822. 
Brasília: Supremo Tribunal Federal, 2004. 
Indicação 2
Trata-se de decisão do STF, estabelecendo que a imunidade dos livros 
não se restringe as obras impressas, mas também aquelas veiculadas 
por outros meios. 
RE 330817.
Órgão julgador: Tribunal Pleno.
Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI.
Julgamento: 08/03/2017.
14
Publicação: 31/08/2017.
Ementa 
EMENTA Recurso extraordinário. Repercussão geral. Tributário. 
Imunidade objetiva constante do art. 150, VI, d, da CF/88. Teleologia 
multifacetada. Aplicabilidade. Livro eletrônico ou digital. Suportes. 
Interpretação evolutiva. Avanços tecnológicos, sociais e culturais. 
Projeção. Aparelhos leitores de livros eletrônicos (ou e-readers). 1. A 
teleologia da imunidade contida no art. 150, VI, d, da Constituição, 
aponta para a proteção de valores, princípios e ideias de elevada 
importância, tais como a liberdade de expressão, voltada à 
democratização e à difusão da cultura; a formação cultural do povo 
indene de manipulações; a neutralidade, de modo a não fazer distinção 
entre grupos economicamente fortes e fracos, entre grupos políticos 
etc.; a liberdade de informar e de ser informado; o barateamento do 
custo de produção dos livros, jornais e periódicos, de modo a facilitar e 
estimular a divulgação de ideias, conhecimentos e informações etc. Ao 
se invocar a interpretação finalística, se o livro não constituir veículo de 
ideias, de transmissão de pensamentos, ainda que formalmente possa 
ser considerado como tal, será descabida a aplicação da imunidade. 2. 
A imunidade dos livros, jornais e periódicos e do papel destinado à sua 
impressão não deve ser interpretada em seus extremos, sob pena de 
se subtrair da salvaguarda toda a racionalidade que inspira seu alcance 
prático, ou de transformar a imunidade em subjetiva, na medida em 
que acabaria por desonerar de todo a pessoa do contribuinte, numa 
imunidade a que a Constituição atribui desenganada feição objetiva. 
A delimitação negativa da competência tributária apenas abrange os 
impostos incidentes sobre materialidades próprias das operações com 
livros, jornais, periódicos e com o papel destinado à sua impressão. 3. 
A interpretação das imunidades tributárias deve se projetar no futuro 
e levar em conta os novos fenômenos sociais, culturais e tecnológicos. 
Com isso, evita-se o esvaziamento das normas imunizantes por mero 
lapso temporal, além de se propiciar a constante atualização do alcance 
15
de seus preceitos. 4. O art. 150, VI, d, da Constituição não se refere 
apenas ao método gutenberguiano de produção de livros, jornais e 
periódicos. O vocábulo papel não é, do mesmo modo, essencial ao 
conceito desses bens finais. O suporte das publicações é apenas o 
continente (corpus mechanicum) que abrange.
Decisão 
Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER), o Tiago Conde 
Teixeira; pelo amicus curia e Sindicato Nacional dos Editores de 
Livros (SNEL), a Ana de Oliveira Frazão Vieira de Mello. Ausentes, 
justificadamente, o Ministro Celso de Mello, e, nesta assentada, os 
Ministros Luiz Fux e Roberto Barroso. Presidência da Ministra Cármen 
Lúcia. Plenário, 29.09.2016. Decisão: o Tribunal, por unanimidade e 
nos termos do voto do Relator, apreciando o tema 593 da repercussão 
geral, negou provimento ao recurso extraordinário e fixou a seguinte 
tese: A imunidade tributária constante.
Tese 
A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-
se ao livro eletrônico (e-book), inclusive aos suportes exclusivamente 
utilizados
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário 330817. 
Estabelece que a imunidade dos livros não se restringe as obras 
impressas, mas também aquelas veiculadas por outros meios. Brasília: 
Supremo Tribunal Federal, 2017. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
16
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da 
questão.
1. Quais são os elementos que caracterizam um tributo conforme o 
Código Tributário Nacional?
a. Prestação em dinheiro, penalização e compulsoriedade e juros.
b. Prestação em dinheiro, penalização, compulsoriedade e 
exigência por lei.
c. Atualização monetária, juros, prestação em dinheiro, cobrança 
mediante atividade vinculada.
d. Cobrança mediante atividade vinculada, prestação em dinheiro, 
compulsória, distinta de multa e criado por lei.
e. Sanção de ato ilícito, juros, correção monetária e criação por lei.
2. Quais são as espécies de tributos conforme a Constituição 
Federal?
a. Impostos, taxas, contribuições e preços públicos.
b. Tarifas, preços públicos, taxas e impostos.
c. Empréstimos compulsórios, contribuições sociais, taxas, 
impostos e contribuições de melhoria.
d. Empréstimo compulsórios, taxas, impostos, preços, tarifas e 
contribuições sociais.
e. Taxas, impostos, tarifas e contribuições de melhoria.
17
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: Conforme artigo 3º, do CTN, tributo é toda prestação 
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
Juros, correção monetária e multa não compõem a natureza 
jurídica do tributo.
Questão 2 - Resposta C
Resolução: Tarifas e preços públicos não são tributos, excluindo-
se, assim, as demais alternativas.
Infrações tributárias. Crimes tributários. 
Evasão, sonegação, penalidades
______________________________________________________________
Autoria: Edmo Colnaghi Neves 
Leitura crítica: Margareth Costa de Melo Moreira
TEMA 2
19
DIRETO AO PONTO
Gerenciamento e planejamento tributários representam atividades 
complementares, fundamentais para a sustentabilidade das 
organizações e, em especial, das sociedades empresárias, assim 
definidas pelo Código Civil.
É dever dos administradores conduzir os negócios de tal forma a levar 
as sociedades empresárias à prosperidade e à longevidade, trazendo, 
assim, benefícios à sociedade como um todo, seja pela geração de 
empregos, seja pela geração de receita tributária ao Estado, que, 
assim, poderá prover à sociedade: saúde, educação, segurança e 
todos os demais objetivos. 
Esses deveres dos administradores estão, em parte, discriminados 
na lei das sociedades anônimas, aplicável subsidiariamente às 
sociedades por quotas de responsabilidade limitada, bem como no 
Código Civil, na parte de que trata das sociedades. São deveres de 
lealdade, de informação, de diligência e de não incorrer em situações 
de conflito de interesses. Estabelecem ambas as normas, de modo 
quase idêntico, que todo administrador deve agir na condução 
dos negócios da empresa como agiria qualquer homem honesto e 
diligente conduz os próprios negócios. Veja a seguir:
Art.153, Lei 6.404 - O administrador da companhia deve empregar, 
no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem 
ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios 
negócios. (BRASIL, 1976, [n. p.])
Art.1.011. Código Civil - O administrador da sociedade deverá ter, no 
exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem 
ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios 
negócios. (BRASIL, 2002, [n. p.])
20
Veja-se que passados mais de vinte anos entre uma lei e outra, o 
conceito permanece: é dever do administrador agir de modo honesto 
e diligente, visando a prosperidade e a longevidade das organizações, 
pelos motivos acima expostos. 
As sociedades empresárias, para serem prósperas e longevas, devem 
atingir seus objetivos e, entre eles, está a busca da lucratividade. Uma 
sociedade empresária que não é lucrativa caminha para a falência, 
com todos osmalefícios que são desnecessários discriminar. 
A lucratividade de uma sociedade empresária decorre, de maneira 
genérica, do resultado positivo entre seu faturamento, somatória de 
venda de bens e serviços, de um lado e, de outro, de suas despesas 
e custos (custos entendidos como os valores dispendidos para o 
processo produtivo e despesas, como os demais valores dispendidos 
e indiretamente incorridos pela sociedade empresária para sua 
administração). 
Entre os valores dispendidos pelas sociedades empresárias e que 
afetam de modo considerável sua lucratividade, está o pagamento 
de tributos. As estatísticas sobre o peso da carga tributária para 
as empresas variam conforme a fonte e o tipo de empresa, mas a 
maioria concorda que isso representa mais de 30% do faturamento, 
considerando todos os tributos. 
Nessa medida, entram em custos e despesas a serem objeto de 
atenção dos bons administradores sendo, mais do que isso, dever 
legal dos administradores fazer o gerenciamento dos tributos de 
modo apropriado, garantindo que os tributos sejam recolhidos de 
modo apropriado, para que não ocorram infrações e surjam multas e 
outras penalidades. 
Além disso, é também dever fazer o planejamento tributário de tal 
forma a garantir à sociedade que não pague tributos além do devido, 
21
o que viria a prejudicar sua lucratividade, um dos objetivos das 
sociedades empresárias.
O mau gerenciamento dos tributos pode e leva as sociedades 
empresárias a incorrer em infrações tributárias, contravenções 
e crimes tributários, que acarretarão penas de reclusão e multa, 
conforme previsto na Lei n. 8.137/90 ou outras penas de perdimento 
de bens, perda de benefícios fiscais, condição de empresa do Simples 
e várias outras estabelecidas nas leis de cada tributo. 
Referências 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Decreto n. 9.580, de 22 de novembro de 2018. Brasília, 2018.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 6.404/76, de 15 de dezembro de 1976. Brasília, 1976. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 8.137, de 27 de dezembro de 1990. Brasília, 1990.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Brasília, 2002.
PARA SABER MAIS
Os crimes tributários estão discriminados na Lei n. 8.137/90, 
que também trata de outros crimes contra a ordem econômica 
e contra as relações de consumo e, assim sendo, não é uma lei 
exclusivamente de natureza tributária.
Além disso, essa lei, por tratar de crimes, insere-se também 
no contexto de princípios de Direito Penal, que não são 
necessariamente os princípios de Direito Tributário, tendo pontos 
em comum e tendo, cada área do Direito, suas peculiaridades. 
Um ponto comum entre as normas de Direito Penal e as normas 
de Direito Tributário é a chamada tipicidade cerrada. Um 
22
conceito que visa dar maior segurança aos sujeitos de direito. 
No Direito Penal, para que determinada situação ou conduta de 
fato seja considerada um crime, é necessário que se adeque de 
modo preciso àquele discriminado na lei. No Direito Tributário, 
da mesma forma, para que determinada situação possa ser 
tributável, é necessário que haja uma previsão precisa na lei. 
Deve ser típica. 
O Código Tributário Nacional, com efeito, determina:
Art. 108,CTN - Na ausência de disposição expressa, a autoridade 
competente para aplicar a legislação tributária utilizará 
sucessivamente, na ordem indicada:
 I - a analogia;
 II - os princípios gerais de direito tributário;
 III - os princípios gerais de direito público;
 IV - a equidade.
 § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de 
tributo não previsto em lei. (BRASIL, 1966, [n. p.])
Assim, observa-se que o simples fato de uma situação ser 
análoga, parecida, com outra não pode levar o intérprete da lei 
à conclusão de que esta outra situação ou conduta seja também 
tributada. Deve haver uma previsão expressa e precisa. Deve 
estar tipificada na lei. 
De outro lado, nas normas e conceitos de Direito Penal, acontece 
uma distinção entre crimes materiais e crimes formais. Nos 
crimes materiais, para que estejam consumados, é necessário que 
haja resultados previstos na lei. Se não houver estes resultados, 
não terá ocorrido o crime. Nos crimes formais, por sua vez, sua 
23
caracterização independe da ocorrência de resultados. A mera 
conduta já caracteriza sua ocorrência. 
Como são os crimes tributários? A lei dos crimes contra a ordem 
tributária determina tanto crimes materiais quanto crimes 
formais em matéria tributária.
Qual o resultado que caracteriza os crimes tributários materiais? 
O resultado estabelecido pela lei para que se caracterizem os 
crimes tributários materiais são a redução ou supressão de 
tributos e de obrigações acessórias. Assim, para que tais crimes 
ocorram, é necessário que tenha também ocorrido um destes 
resultados para se caracterizar o crime. Em termos práticos, o 
Ministério Público, ao promover a ação penal, terá que comprovar 
a ocorrência destes resultados, se não comprovar, não haverá a 
condenação. O texto da lei faz referência a qualquer acessório 
e não a obrigações acessórias, mas deve se entender como se 
fosse, tendo em vista que a legislação tributária, em geral, faz a 
distinção entre obrigação principal (pagar tributo) e obrigações 
acessórias (produzir documentos e informações sobre os tributos 
devidos).
As penalidades para os crimes tributários materiais são mais 
graves, podendo chegar a cinco anos de reclusão, enquanto 
os crimes tributários formais tem pena mais branda, podendo 
chegar a dois anos de reclusão, ambas acrescidas de multas. 
Referências
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 5172, de 25 de outubro de 1966. Brasília, 1966. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 8.137, de 27 de dezembro de 1990. Brasília, 1990.
24
TEORIA EM PRÁTICA
A empresa ABC produz e comercializa, no Brasil, produtos 
manufaturados a partir de insumos que adquire no mercado 
nacional e de insumos que importa do exterior. 
Para importar seus insumos do exterior, poderia fazer importação 
direta dos fornecedores situados no exterior, recolhendo todos 
os tributos incidentes no despacho aduaneiro (Imposto de 
Importação – II; Imposto sobre Circulação de Mercadorias, Serviços 
de Transporte Intermunicipal e Interestadual e de Comunicações 
– ICMS; Imposto sobre Produtos Industrializados, Taxas e Tarifas 
Aduaneiras – IPI; além do IOF sobre o câmbio).
No entanto, decidiu usar uma outra empresa, a empresa XYZ, 
especializada em importações, para fazer o negócio, assim 
denominada no mercado como trade company.
A empresa XYZ fez a importação e encaminhou as mercadorias para 
a empresa ABC. No estado em que está localizada a empresa XYZ, 
os tributos incidentes sobre a importação estão postergados no 
tempo por normas locais e, assim, a empresa XYZ não pagou estes 
tributos nesta importação.
No entanto, no estado onde está a empresa ABC, destinatária final 
das mercadorias, não existe este benefício, não há postergação 
(diferimento) dos tributos. 
A fiscalização observou que a empresa ABC tinha mercadorias 
importadas, sem o pagamento dos tributos, e lavrou auto de 
infração, exigindo os tributos. 
Há fundamento legal para a lavratura do auto de infração? A 
empresa ABC tem defesa? Qual seria sua orientação? 
25
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituiçõespúblicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
Trata-se de julgamento de segunda instância definindo que o 
recolhimento de ICMS para um Estado, no caso de uma importação 
feita por empresa intermediária localizada em outro Estado, não pode 
ser oposto ao Estado de destino final de mercadoria, como argumento 
para não recolher o ICMS para este último.
MANDADO DE SEGURANÇA - ICMS - IMPORTAÇÃO INDIRETA - 
IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM DE TERCEIRO - IMPORTADORA 
Indicações de leitura
26
SEDIADA EM SANTA CATARINA - ADQUIRENTE DOS BENS IMPORTADOS 
SEDIADO EM SÃO PAULO - AUTUAÇÃO DO ADQUIRENTE DOS BENS 
IMPORTADOS EM RAZÃO DA OPERAÇÃO INTERESTADUAL COM 
CREDITAMENTO INDEVIDO E FALTA DO PAGAMENTO DO IMPOSTO AO 
ESTADO DE SÃO PAULO - Pretensão do impetrante de anular autuação 
- Alegação de non bis in idem, uma vez que a importadora já pagou 
o imposto ao Estado de Santa Catarina, onde realizado o despacho 
aduaneiro - Sentença de improcedência - Apelação da impetrante - 
Sujeito ativo do imposto é o Estado em que se situa o destinatário 
físico do bem ou da mercadoria importada. O Estado de São Paulo 
não reconhece a validade do creditamento do imposto pago a outro 
Estado federativo, se não existe convênio celebrado para esse fim - 
Precedentes - Sentença mantida - Apelo desprovido.
JUSBRASIL. Tribunal de Justiça. APL: 0033281-37.2012.8.26.0224 
SP 0033281-37.2012.8.26.0224. Relator: João Carlos Garcia. Data de 
Julgamento: 17/04/2013. 8ª Câmara de Direito Público. São Paulo, 2013. 
Indicação 2
Trata-se de decisão de Tribunal de Justiça, definindo para qual Estado 
deve ser recolhido o ICMS, no caso de uma empresa situada em um 
Estado fazer uma importação por meio de outra empresa, situada em 
outro Estado. 
10. Ad argumentandum tantum, ainda que conhecido, o recurso 
seria desprovido, posto a jurisprudência do art. 11, d, da LC 87/96, é 
no sentido de que o ICMS deverá ser recolhido no Estado onde se 
localiza o destinatário final da mercadoria, a despeito de ter sido 
esta desembaraçada por estabelecimento intermediário sediado em 
outra Unidade da Federação, conforme precedentes supra citados.
27
JURISBRASIL. Tribunal de Justiça. APL: 0033281-37.2012.8.26.0224 
SP 0033281-37.2012.8.26.0224. Relator: João Carlos Garcia. Data de 
Julgamento: 17/04/2013. 8ª Câmara de Direito Público. São Paulo, 2013. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da 
questão.
1. Sobre as infrações tributárias, é correto afirmar:
a. Estão condicionadas ao dolo do agente.
b. Independem da intenção do contribuinte.
c. Somente são puníveis nos casos de negligência, imperícia ou 
imprudência.
d. Em se tratando de ICMS, cada Estado define suas normas gerais 
de interpretação devido a autonomia dos Estados.
e. Para as infrações de ICMS, não se aplica o CTN, uma vez que se 
trata de um tributo estadual.
2. Sobre o uso da analogia na exigência de tributos não previstos 
em lei. é correto afirmar: 
a. Tributos semelhantes devem acarretar carga tributária 
análoga, pelo Princípio da Igualdade.
b. Aplica-se somente no caso de impostos.
28
c. Não pode ser aplicada especificamente para os casos de 
empréstimos compulsórios e contribuições sociais.
d. A analogia não pode ser utilizada para se exigir tributos em 
geral, não previstos em lei;
e. O Princípio da Tipicidade Tributária fundamenta o uso da 
analogia para se exigir tributos não previstos em lei. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: O CTN, que se aplica a toda à Federação, tem a 
incumbência de estabelecer normas gerais de interpretação 
de todos os tributos, determina que a infração independe da 
intenção do contribuinte. 
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade 
por infrações da legislação tributária independe da intenção do 
agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão 
dos efeitos do ato.
Questão 2 - Resposta D
Resolução: O CTN é expresso ao proibir o uso de analogia para 
se exigir quaisquer tributos. 
Art. 108, § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na 
exigência de tributo não previsto em lei.
Elisão, planejamento tributário 
e operações societárias 
______________________________________________________________
Autoria: Edmo Colnaghi Neves
Leitura crítica: Margareth Costa de Melo Moreira
TEMA 3
30
DIRETO AO PONTO
Para fazer o gerenciamento e o planejamento tributário, algumas 
habilidades são essenciais. O conhecimento amplo do sistema 
tributário e os tributos em espécie são alguns deles, conforme visto 
anteriormente. Da mesma forma, saber o que são consideradas 
infrações e crimes tributários, evasão e suas penalidades, também 
deve ser de conhecimento para não incorrer nessas práticas e 
em suas consequências. Feitos estes preparos prévios, passa-se a 
abordar diretamente a elisão fiscal, ou seja, o conjunto de práticas 
e atividades que podem conduzir, dentro do que a lei permite, a 
eliminação ou pelo menos a redução dos tributos que oneram uma 
determinada atividade empresarial.
Partindo do que a própria lei estabelece em termos de alternativas 
aos contribuintes sobre os principais tributos que oneram a 
atividade empresarial: o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica 
(IRPJ); a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); a 
contribuição ao Programa de Integração Social (PIS); a Contribuição 
para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); os impostos 
denominados de indiretos, Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI); Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de 
Transporte Interestadual, Intermunicipal e Comunicação (ICMS); e o 
Imposto Sobre Serviços De Qualquer Natureza (ISSQN); e, ainda, a 
contribuição ao Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).
Aqui, é feita referência aos principais tributos, uma vez que há vários 
outros tributos que podem ocasionalmente onerar esta ou aquela 
atividade empresarial como as Contribuição de Intervenção no 
Domínio Econômico (CIDE), sendo exemplos a CIDE sobre royalties, 
no caso de transferência de tecnologia e a CIDE sobre combustíveis. 
Outro exemplo de tributo, que onera especificamente um setor 
econômico, é a contribuição ao FUSTEL, que faz parte da carga 
tributária das empresas de telecomunicações. 
31
Há, ainda, as taxas de fiscalização e taxas de serviços com menor 
impacto econômico e outros tributos, que, atualmente, são mais 
raros, como as contribuições de melhoria e os empréstimos 
compulsórios. 
Dependendo do ramo de atividade da empresa alguns impostos 
ditos reais também podem ser considerados no planejamento 
tributário, como: IPTU, para as empresas que administram e 
comercializam imóveis urbanos; o IPVA, para empresas que tenham 
grande frotas de veículo; ou o ITR para aquelas estabelecidas em 
perímetros sujeitos a este imposto.
A quantidade e variedade de tributos é grande, e também é grande 
a quantidade de obrigações acessórias e o tempo dispendido 
anualmente para cumprimento de todas estas obrigações. Assim 
sendo, o gerenciamento e planejamento tributário deve ter como 
foco inicial aqueles tributos que mais oneram e de modo regular. 
O IRPJ tem alíquotas de 15% sobre o lucrolíquido, até o limite de 
R$ 20.000,00 mensais, e de 10% sobre o que exceder este valor 
calculados sobre o lucro líquido. Aqui, vale a pena destacar que 
existe o lucro contábil, calculado no balanço patrimonial e nas 
demonstrações financeiras, considerando todas as despesas e 
receitas. A legislação tributária, no entanto, estabelece que algumas 
receitas não tributáveis e outras despesas indedutíveis; o lucro 
bruto resultando da subtração da somatória dos custos diretamente 
necessários para a produção ou prestação dos serviços do valor 
da somatória das vendas é o lucro líquido em que são subtraídos 
também todas as demais despesas dedutíveis e outros valores. 
Sobre o lucro líquido incide o IRPJ e a Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido (CSLL), com a alíquota de 9%. 
Ao realizar o planejamento tributário, deve-se buscar conhecer o 
negócio e especialmente a margem de lucro. Se a empresa tem 
32
muitas despesas e a margem de lucro é pequena, será importante 
considerar todas essas despesas no cálculo dos impostos e isso só 
será possível se a empresa tiver optado pelo regime do lucro real. 
Isso poderá eventualmente dar um pouco mais de trabalho na 
apuração, porém, implicará em economia tributária.
Se a empresa tem uma margem de lucro grande, de outro lado, 
deve fazer as contas e comparar com os percentuais de presunção 
de lucro no regime de lucro presumido constantes da legislação 
e verificar qual é o menor. Veja, por exemplo, uma empresa de 
serviços que identifica que sua margem de lucro, em média, é 
de 35% e ao comparar com a legislação observa que as normas 
estabelecem que para, este tipo de empresa, presume-se que o 
lucro é de 32%, portanto, menor, neste caso, será melhor optar pelo 
regime do lucro presumido. 
De forma diversa, analisando a estrutura de custos e despesas 
regulares da empresa nos últimos anos, observa-se que esta 
empresa tem uma margem de lucro de 20% e não há perspectivas 
de isso se alterar substancialmente durante o próximo exercício. 
Nesse caso, optar pelo lucro presumido, onde a presunção da 
margem é de 32% é desvantajoso, devendo a empresa permanecer 
no lucro real.
A opção pelo lucro real, além disso, levará ao recolhimento das 
contribuições ao PIS/COFINS pelo sistema não cumulativo, onde 
as alíquotas são maiores (1,65% e 7,6%), mas são permitidas 
compensações do valor incidente no faturamento com o os valores 
incidentes sobre os insumos adquiridos dos fornecedores. Se 
a empresa tiver que gastar com muitos insumos, pela natureza 
de seus negócios, terá muito crédito e, assim, terá muito o que 
compensar, diminuindo a base de cálculo e o pagamento do tributo. 
De forma diversa, avaliando o processo produtivo da organização, 
pode ser que se identifique que os custos do processo de fabricação, 
33
por exemplo, são menores, havendo menos crédito a se compensar 
e, nesse caso, seria melhor estar no sistema do lucro presumido, 
onde a contribuição ao PIS/COFINS é cumulativa, porém, com 
alíquotas menores (0,65% e 3%). Assim, no planejamento tributário 
devem ser desenhados os cenários possíveis, feitas as comparações 
com base em dados sólidos e confiáveis, inclusive com o orçamento 
e o forecast para o próximo exercício e, assim, tomada a decisão.
De forma diversa, tendo a empresa um faturamento dentro dos 
limites de R$ 4.800.000,00, poderá optar pelo Simples, que, em 
princípio, tem uma carga tributária menor.
Quanto aos impostos indiretos, IPI, ICMS e ISS, também devem ser 
considerados outros aspectos, como hipóteses de não incidência, 
isenções, incentivos fiscais e imunidade tributária, identificando se o 
tributo é efetivamente devido.
Assim, observa-se que para um bom planejamento tributário, 
é necessário fazer também uma análise econômico-financeira 
da empresa e identificar o desenvolvimento da organização no 
próximo ano, bem como a cadeia de suprimentos (pensando-se nos 
créditos a serem compensados), na cadeia de fornecedores e na 
representatividade percentual da folha de salários, pró-labore e avulsos 
em relação ao faturamento, pensando-se na contribuição ao INSS.
Referências
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Decreto n. 7.212, de 15 de junho de 2010. Brasília, 2010. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Decreto n. 9.580, de 22 de novembro de 2018. Brasília, 2018. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. Brasília, 2006. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991. Brasília, 1991.
34
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 9.718, de 27 de dezembro de 2003. Brasília, 2003.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Brasília, 2003. 
PARA SABER MAIS
É importante destacar que a opção pelo regime do lucro real ou do 
lucro presumido é feita uma vez ao ano, quando do pagamento da 
primeira quota, em qualquer um dos regimes e, uma vez feita esta 
opção, a empresa deve seguir este regime até fim do exercício social, 
quando poderá fazer nova opção conforme determina o artigo 13 da 
Lei n. 9.718 de 2003.
Art. 13 - A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário 
anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito 
milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos 
mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-
calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar 
pelo regime de tributação com base no lucro presumido.
§ 1° A opção pela tributação com base no lucro presumido será 
definitiva em relação a todo o ano-calendário.
§ 2° Relativamente aos limites estabelecidos neste artigo, a receita 
bruta auferida no ano anterior será considerada segundo o regime de 
competência ou de caixa, observado o critério adotado pela pessoa 
jurídica, caso tenha, naquele ano, optado pela tributação com base no 
lucro presumido. (BRASIL, 2010, [n. p.])
Referências
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos 
Jurídicos. Lei n. 9.718, de 27 de dezembro de 2003. Brasília, 2003.
35
TEORIA EM PRÁTICA
Uma família desenvolvia negócios, na área de cosméticos, há 
muito tempo e, desde o surgimento do regime de apuração 
e recolhimento do Simples, passou a pagar os tributos por 
este regime. Vários concorrentes do mercado, por motivos 
diversos, acabaram fechando as portas e esta empresa passou 
a concentrar um mercado muito maior que o esperado. Já no 
meio do exercício, seu faturamento ultrapassava o teto de R$ 
4.800.000,00. A empresa continuou no regime do simples até o 
final do ano. Agiu corretamente? Como deveria ter procedido? 
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Indicações de leitura
36
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
Trata-se de decisão do Superior Tribunal de Justiça sobre a 
possibilidade de empresa do Simples Nacional em aderir a 
parcelamento de tributos e as consequênciasda existência de 
débitos tributários.
JUSBRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental no 
Recurso Especial 2012/0058362/6. Relator: Ministro Humberto 
Martins. Data do Julgamento: 19/06/2012. T2 – Segunda Turma. 
Brasília, 2012. 
Indicação 2
Trata-se de decisão do Superior Tribuna de Justiça, definindo que 
não violação do princípio da igualdade a exigência de regularidade 
fiscal para aderir ao regime do simples nacional.
JUSBRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário em 
Mandado de Segurança: RMS 30777 BA 2009/0209190-8. Relator: 
Ministro Luiz Fux. Data do julgamento: 16/11/2010. T1 – Primeira 
Turma. Brasília, 2010. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
37
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Sobre o regime do lucro real, é correto afirmar que: 
a. Somente empresas com faturamento acima de R$ 
100.000.000,00 podem optar por este regime.
b. Somente se aplica a empresas de grande porte, conforme 
definido em lei.
c. Uma vez feita a opção por este regime, somente pode ser 
alterada a opção no semestre seguinte.
d. É recomendado para as empresas que tenham uma margem 
de lucro pequena.
e. É a pior opção em termos de planejamento tributário.
2. No regime do lucro presumido:
a. O faturamento máximo permitido é de R$ 78.000.000,00.
b. A presunção de lucro é um percentual que independe do ramo 
de atividade da empresa.
c. É o melhor regime em termos de planejamento tributário, se 
estiver dentro dos limites.
d. É uma boa opção para empresas de serviços que tenham 
margem de lucro de 10%.
e. Permite que as empresas tomem créditos de PIS/COFINS.
38
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: Não existe um faturamento mínimo para optar pelo 
regime do lucro real, podendo ser escolhido por empresas de 
qualquer porte. A opção é anual e pode ser a melhor opção 
para empresas que têm muitas despesas e pequena margem 
de lucro, pois o tributo incidirá sobre uma base de cálculo 
menor. 
Questão 2 - Resposta A
Resolução: A opção pelo Lucro Presumido só é permitida 
para empresas com faturamento máximo de R$ 78.000.000,00 
anuais. A presunção de lucratividade é definida a partir de 
percentuais, conforme o ramo de atividades da empresa, será a 
melhor regime dependendo da estrutura de custos e despesas, 
se a margem de lucro da empresa é de 10% é melhor optar 
pelo lucro real e não permite o sistema não cumulativo de PIS e 
COFINS.
Incentivos fiscais e oportunidades 
de contencioso tributário 
______________________________________________________________
Autoria: Edmo Colnaghi Neves
Leitura crítica: Margareth Costa de Melo Moreira
TEMA 4
40
DIRETO AO PONTO
Incentivos fiscais e ações judiciais tributárias podem trazer 
oportunidades para reduzir a carga tributária de várias formas, 
desde que conduzidos da forma apropriada e observando-se os 
ditames legais. 
Nesta mesma linha, temos as situações que se beneficiam de 
imunidade tributária, isenções fiscais ou até eventualmente 
situações que se caracterizam como hipótese de não incidência 
tributária. 
Há, ainda, situações de redução de base de cálculo ou seu 
diferimento, ou seja, postergação do momento de seu recolhimento. 
São várias oportunidades que devem ser consideradas no 
planejamento tributário, naturalmente dependendo do local, tempo 
e natureza do empreendimento. 
Veja as imunidades tributárias, a Constituição Federal estabeleceu 
que determinadas pessoas e determinadas situações não podem 
ser objeto de lei tributária sobre impostos, como os templos de 
qualquer culto. Neste caso, as organizações religiosas expandiram 
o conceito de templos de qualquer culto para mais além do que o 
estabelecimento religioso propriamente dito. É que o fundamento 
de referida imunidade tributária é um valor moral: liberdade 
religiosa.
O legislador constituinte, por assim dizer, procurou prestigiar este 
valor, importante para a sociedade brasileira, e estabeleceu uma 
vedação ao legislador ordinário quanto aos templos de qualquer 
culto. Caso assim não fosse, um governante poderia querer, por 
exemplo, onerar excessivamente o templo de uma outra religião 
41
com a qual não simpatiza. Entretanto, esta imunidade tem seus 
limites, ainda que abranja o patrimônio e a renda das organizações 
religiosas. Cite-se, como exemplo, o ICMS incidente sobre a energia 
elétrica vendida às entidades religiosas.
Nestes casos, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
(ICMS) tem como contribuinte as concessionárias que prestam os 
serviços de energia elétrica e ainda que o ônus econômico seja 
repassado às entidades religiosas, não há que se falar em imunidade 
tributária, pois não são contribuintes do imposto. Um planejamento 
tributário que considerasse a imunidade a este imposto, não estaria 
correto. 
Patrimônio, rendas e serviços de entidades de educação e 
assistência social sem fins lucrativos também podem ter imunidade 
tributária, porém, devem observar o que dispõe a lei, sendo 
efetivamente sem fins lucrativos (o que não significa que não 
possam ter lucro). Nesse sentido, o planejamento tributário fará com 
que observem estritamente os termos da lei, seu descumprimento 
pode ser desastroso levando a organização a perder a condição de 
ser sem fins lucrativos, a pagar os tributos e também multas pelo 
descumprimento das regras que as caracterizam como sendo sem 
fins lucrativos. Veja os termos do Código Tributário Nacional (CTN), 
determinando o que significa juridicamente sem fins lucrativos:
 Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado 
à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
 I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de 
suas rendas, a qualquer título; (redação dada pela Lcp n. 104, de 
2001);
 II - aplicarem integralmente, no país, os seus recursos na 
manutenção dos seus objetivos institucionais;
42
 III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros 
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
 § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º 
do artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do 
benefício.
 § 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 
9º são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos 
institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos 
respectivos estatutos ou atos constitutivos. (BRASIL, 1966, [n. p.])
Assim, um planejamento tributário que vise garantir a imunidade 
tributária, abrangendo o compliance tributário, deverá determinar 
atividades que assegurem o cumprimento contínuo de todas estas 
condições estabelecidas no CTN. 
Além das imunidades tributárias, têm-se as isenções fiscais, 
situações que normalmente seriam tributadas, mas que deixam 
de ser tributadas em virtude, muitas vezes, de um benefício fiscal 
estabelecido em lei. Os benefícios fiscais também podem se traduzir 
em suspensão de impostos ou reduções de base de cálculo. Veja 
alguns exemplos: 
REPORTO:
Trata-se de um incentivo fiscal para modernização e ampliação 
da infraestrutura portuária. Está regulamentado pela Instrução 
Normativa n. 1370, de 28 de junho de 2013, da Receita Federal.
O Reporto permite ao setor adquirir no mercado interno ou importar, 
com suspensão de tributos, máquinas e equipamentos. Consta do 
website do Governo Federal:
Para as aquisições no mercado interno ficam suspensos os 
pagamentos dos seguintes tributos: Imposto sobre Produtos 
43
Industrializados (IPI); Contribuição para o PIS/PASEP; e Contribuição 
para o Financiamentoda Seguridade Social (Cofins).
Para as importações ficam suspensos, somente a máquinas e 
equipamentos e outros bens que não possuam similar nacional, o IPI 
vinculado à importação, a Contribuição para o PIS/PASEP-Importação; 
e o Cofins-Importação. O benefício fiscal aplica-se somente às 
importações e às aquisições no mercado interno realizadas até 31 de 
dezembro de 2015. (BRASIL, 2014, [n. p.])
Outros incentivos fiscais:
A Lei Federal n. 11.196, de 2005, também traz vários outros 
incentivos fiscais, como :
• REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO PARA A PLATAFORMA DE 
EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 
REPES.
• REGIME ESPECIAL DE AQUISIÇÃO DE BENS DE CAPITAL PARA 
EMPRESAS EXPORTADORAS – RECAP.
• INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA.
• PROGRAMA DE INCLUSÃO DIGITAL.
• INCENTIVOS ÀS MICRORREGIÕES NAS ÁREAS DE ATUAÇÃO DAS 
EXTINTAS SUDENE E SUDAM. (BRASIL, 2005, [n. p.])
Existem vários incentivos fiscais, dependendo da área em que 
a empresa atua, havendo também incentivos fiscais nas outras 
esferas, além da esfera federal. Ainda no âmbito federal, pode-
se citar a conhecida Lei Rouanet, Lei de incentivo à Cultura (Lei n. 
8.313/91), que permite às empresas destinarem até 4% do Imposto 
de Renda, devido a projetos culturais previamente aprovados 
perante autoridades públicas. Cabe, aqui, também relembrar que 
44
a lei de crimes tributários prevê, entre seus tipos, o recebimento 
de vantagens indevidas por aqueles que se valem deste tipo de 
incentivo fiscal, o que infelizmente não tem evitado que ocorram, 
conforme se houve com frequência no noticiário nacional.
Contencioso tributário 
A proposição de ações judiciais tributárias também faz parte do 
planejamento tributário na medida em que, historicamente, muitas 
exigências tributárias foram feitas em desrespeito à Constituição 
Federal, sendo direito do contribuinte provocar o Judiciário para que 
se manifeste sobre referidas inconstitucionalidades e, assim, obter 
o direito de restituição do que foi pago indevidamente no passado, 
bem como não pagar tributos indevidos no futuro. 
Essas restituições do que foi pago indevidamente no passado, 
muitas vezes, são extremamente demoradas, sendo mais 
conveniente ao contribuinte pleitear a compensação de tributos 
pagos indevidamente no passado com tributos devidos no futuro. 
Isso é possível se forem tributos administrados pela Receita Federal, 
excetuada a contribuição ao INSS. Vários tipos de ações judiciais 
podem ser promovidos conforme o caso. As mais comuns são as 
ações de repetição de indébito, para obter a devolução do que foi 
pago indevidamente no passado, o mandado de segurança, para 
não ser autuado por deixar de recolher um tributo inconstitucional 
e ações declaratórias para que se estabeleça a inexistência de 
determinada relação jurídico tributária.
Alguns temas dessas ações tratam de questões controversas em 
matérias tributárias, tais como: 
• Salário-maternidade na contribuição previdenciária: inclusão 
do salário maternidade na base de cálculo da contribuição 
previdenciária incidente sobre a remuneração.
45
• Farmácias de manipulação (ISS versus ICMS): imposto a 
incidir em operações mistas realizadas por farmácias de 
manipulação.
• ICMS (imunidade na exportação): extensão da imunidade 
relativa ao ICMS para a comercialização de embalagens 
fabricadas para produtos destinados à exportação.
• ITBI (imunidade e incorporação ao patrimônio da pessoa 
jurídica): alcance da imunidade tributária do ITBI, prevista 
no art. 156, § 2º, i, da CF, sobre imóveis incorporados ao 
patrimônio de pessoa jurídica, quando o valor total desses 
bens excederem o limite do capital social a ser integralizado.
• Terço de férias (contribuição social, tema 985, no julgamento 
do RE n. 1072485): o STF definiu a tese de repercussão geral: 
é legítima a incidência da contribuição social sobre o valor 
satisfeito a título de terço constitucional de férias. 
• ISS (franquias): no julgamento do RE n.603.136, foi fixada a 
tese: é constitucional a incidência de imposto sobre serviços 
de qualquer natureza (ISS) sobre contratos de franquia 
(franchising) (itens 10.04 e 17.08 da lista de serviços prevista no 
anexo da lei complementar 116/2003).
• Imunidade (importação de livros e e-books): ISS na base de 
cálculo do PIS/COFINS – softwares – ISS versus ICMS. 
Algumas vezes, as decisões do STF têm efeito para todos, no 
entanto, em outras oportunidades é necessário que a empresa 
promova uma ação judicial individual e assim deverá considerar esta 
hipótese em seu planejamento tributário. 
46
Referências 
BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Reporto. Brasília, 2014.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 5172, de 25 de outubro de 1966. Brasília, 1966. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n. 8.313, de 23 de dezembro de 1991. Brasília, 1991.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei n.11.196, de 21 de novembro de 2005. Brasília, 2005.
PARA SABER MAIS
A tributação do licenciamento ou cessão do direito de uso de 
programas de computador tem gerado uma longa disputa entre os 
estados e municípios que querem tributar esta comercialização por 
meio de seus respectivos impostos, o ICMS e o ISS.
Esta controvérsia tem como centro de atenção a discussão 
sobre a natureza jurídica dos programas de computador e sua 
comercialização por meio de contratos de licenciamento e cessão 
do direito de uso. A criação de programas de computador está 
protegida pela lei de direitos autorais e não se caracteriza como 
mercadorias, não sendo bens corpóreos e, assim, não deveria ser 
tributada pelo ICMS. 
Ao final da década de 1990, o STF buscou por fim a milhares de 
processos, julgando que os chamados softwares de prateleira, 
softwares padronizados, vendidos em larga escala, em disquetes, 
sem transferência da propriedade intelectual, estariam sujeitos 
ao ICMS, ao passo que os programas de computador feitos sob 
encomenda, customizados, estariam sujeitos ao ISS.
47
Esta decisão acalmou a controvérsia por alguns anos, mas a 
tecnologia avançou e os programas de computador passaram a ser 
licenciados com transferência eletrônica, sem um meio físico, um 
meio corpóreo, elemento essencial para se caracterizar um bem 
como sendo uma mercadoria.
Nos anos que se seguiram, contribuintes viram-se obrigados a 
demandar em juízo, uma vez que tanto estados como municípios 
exigiam a tributação. Os primeiros, alegando que se tratava de 
mercadoria, e os últimos, que se tratava de serviços, conforme 
normas jurídicas que foram sendo publicadas.
Essa dupla exigência de tributos distintos naturalmente onerava 
a carga tributária injustificadamente. Em 2021, em julgamento 
altamente aguardado pelos profissionais da área tributária, o STF 
acabou decidindo que somente o ISS deveria incidir.
Cabe, por fim, lembrar que a alíquota máxima do ISS é de 5% e 
do ICMS, em média 18%, representando referida decisão uma 
considerável redução da carga tributária.
Referências
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade: 
ADI 5659 MG. Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 6.763/75-MG e Lei 
Complementar 87/96. Brasília, 1996. 
TEORIA EM PRÁTICA
Determinada empresa resolveu se instalar no Brasil e, antes de 
decidir em qual estado construiria sua fábrica de automóveis, 
conversou com autoridades tributárias de vários estados, a fim 
de averiguar se teria algum incentivo fiscal e qual seria a melhor 
alternativa. Após várias reuniões e várias análises e decisões, fez 
48
sua escolha e foi beneficiada com determinado incentivo fiscal. 
Sabendo disso pelos jornais, um cidadão promoveu uma ação 
popular (ação prevista na Constituição Federal em que sem o 
pagamento de custas, qualquercidadão pode promover uma 
ação judicial para proteger o Erário Público), alegando que aquele 
benefício era injusto e que violava o princípio da igualdade. O que 
parece a você? O cidadão tem boa possibilidade de vencer a ação? 
Qual o fundamento legal?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicações de leitura
49
Indicação 1
Trata-se de ementa da decisão do STF sobre a controvérsia relativa à 
tributação da comercialização de programas de computadores pelo 
ICMS ou pelo ISS.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de 
Inconstitucionalidade: ADI 5659 MG. Ação direta de 
inconstitucionalidade. Lei 6.763/75-MG e Lei Complementar 87/96. 
Brasília, 1996. 
Indicação 2
Trata-se de ementa de acórdão do STF em que o ministro estabelece os 
limites do que cabe ao Judiciário se manifestar em termos de benefício 
fiscal, ainda que acarrete violação ao princípio da Isonomia Fiscal
JUSBRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental no Recurso 
Extraordinário com Agravo: AgR ARE 928139 RJ. Brasília, 2021. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
50
1. As considerações sobre os benefícios fiscais no planejamento 
tributário: 
a. São úteis, desde que tomada antes do início de operação das 
empresas. 
b. São possíveis, desde que a empresa já esteja em fase 
operacional.
c. Podem ser avaliadas na fase pré-operacional e durante a 
operação da empresa. 
d. Representam evasão fiscal, pois violam o princípio da isonomia 
fiscal.
e. Não precisam levar em conta se a empresa tem débitos 
tributários .
2. Sobre as ações judiciais tributárias, assinale a alternativa 
incorreta:
a. Podem ser promovidas para recuperar tributos pagos 
indevidamente no passado. 
b. Não tem fundamento na Constituição Federal. 
c. Representam um meio de ter uma nova decisão sobre o que 
foi decidido por autoridades tributárias.
d. Podem impedir que o contribuinte seja autuado.
e. A liminar em mandado de segurança suspende a exigibilidade 
do crédito tributário. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
51
Resolução: Alguns benefícios fiscais devem ser considerados 
antes da empresa entrar em operação e outros, durante sua fase 
operacional, desde que observadas as condições legais, podem 
ser usufruídos pelos contribuintes que geralmente os obtêm 
desde que estejam quites com os tributos devidos. 
Questão 2 - Resposta B
Resolução: A CF assegura a todos o acesso ao Judiciário, com 
ampla defesa e direito ao recurso para a defesa de direitos. 
Ações de repetição de indébito viabilizam a restituição de 
tributos. Julgamentos administrativos tributários podem ser 
objeto de ação anulatória de débito. Liminares em mandado 
de segurança estão previstas no CTN como hipótese de 
suspensão da exigibilidade do crédito tributário, impedindo 
que o contribuinte seja objeto de ato ilegal e abusivo de ser 
autuado por não pagar tributo inconstitucional. 
BONS ESTUDOS!
	Apresentação da disciplina
	TEMA 1
	Direto ao ponto
	Para saber mais 
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 2
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 3
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 4
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Quiz
	Gabarito
	Inicio 2: 
	Botão TEMA 4: 
	Botão TEMA 1: 
	Botão TEMA 2: 
	Botão TEMA 3: 
	Botão TEMA 9: 
	Inicio :