Buscar

tcc CEPED CURSOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

7
CEPED CURSOS
GUSTAVO BEZERRA DE SOUZA
gustavosouzaarts963@gmail.com
NECROPSIA EM MORTE POR ENVENENAMENTO 
CODAJÁS/AM
2023
CEPED CURSOS
RESUMO
	O trabalho a ser abordado teve como base um caso real de envenenamento de uma criança de dois anos, as investigações apontaram um intoxicação criminosa por uma substância chamada carbofurano, um pesticida normalmente encontrado em lojas e supermercados no brasil. Mostraremos também o desenrolar da investigações, laudo, exames periciais, técnicas utilizadas, providencias sobre o caso, ação conjunta dos envolvidos nas investigações, e a exumação.
Palavras-chave: investigações, envenenamento, achocolatado, substancia.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
1. HISTORIA REAL	5
2. LAUDO PERICIAL	6
3. EXAMES PERICIAIS	7
3.1. SUBSTÂNCIA CARBOFURANO	9
3.2. TÉCNICAS UTILIZADAS	11
3.3. A CROMATOGRAFIA GASOSA	11
3.4. ESPECTROMETRIA DE MASSA	13
4. AÇÃO CONJUNTA	15
5. NECROPSIA EM CADÁVERES ENVENENADOS	15
5.1. OS VENENOS PRODUZEM EFEITOS:	16
6. EXUMAÇÃO CADAVÉRICA	17
7. IDENTIFICAÇÃO DE VENENO NO CORPO PÓS MORTE	19
7.1. PROCEDIMENTOS ANTERIORES À EXUMAÇÃO:	21
7.2 PROCEDIMENTOS DURANTE A EXUMAÇÃO:	22
7.3 PROCEDIMENTOS POSTERIORES À EXUMAÇÃO:	22
CONCLUSÃO	24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	25
INTRODUÇÃO
Em 25 de Agosto de 2016 um caso chamou atenção dos jornais, um suposto envenenamento de uma criança de dois anos, que havia ingerido uma bebida achocolatado supostamente envenenado, o desdobramento do caso se mostrou mais complexo do que o esperado por policiais e peritos, mostrando assim o conjunto de uma força tarefa na investigação de crimes, e de diversas naturezas.
 
Olhando de um ponto de vista investigativo, as investigações são divididas em etapas, mostrando assim passo a passo na condução de casos semelhantes. E esclarecendo duvidas, e perguntas pertinentes, a respeito desse universo de peritos e investigadores, onde é necessário fazer uma análise de necropsia para se ter uma solução definitiva.
	
1. HISTORIA REAL
Em 25/08/2016, um trágico incidente ocorreu envolvendo o menino R.C.S.S., de apenas 02 anos de idade, que se tornou vítima de envenenamento. Isso ocorreu quando ele ingeriu uma caixa de achocolatado que havia sido roubada por Deuel de Rezende Soares, um indivíduo de 27 anos, conhecido por ser usuário de drogas e por frequentemente cometer furtos de alimentos nos estabelecimentos da vizinhança, localizada no bairro Parque Cuiabá.
De acordo com as investigações, Adônis Jose Negri, um homem de 61 anos, residente na região, estava profundamente irritado com os frequentes roubos em sua casa. Em resposta, ele planejou um ato de vingança, utilizando uma seringa para injetar veneno nas bebidas, criando assim uma isca para Deuel, que não resistiu à tentação e roubou as bebidas. No entanto, Deuel não chegou a consumir os produtos, optando por vendê-los ao pai da criança por R$ 10,00, o que acabou por envenenar seu próprio filho.
Logo após a ingestão do achocolatado, a criança começou a apresentar sintomas de mal-estar e, minutos depois, foi levada ao hospital, onde sofreu duas paradas cardíacas e infelizmente veio a falecer. Além disso, o tio da criança, que também consumiu o achocolatado, passou mal e precisou ser encaminhado ao hospital da região. Os dois suspeitos pela morte da criança foram chamados para averiguação dos fatos, como mostra na figura - 1.
Figura 1 - Adones Negri (à esquerda) teria envenenado o produto; Deuel Rezende (à direita) teria furtado o achocolatado
Parte superior do formulário
Fonte: Thainá Paz/ G1 - Disponível em:<https://g1.globo.com/mato-grosso>. Acesso em: 04. Set. 2023.
2. LAUDO PERICIAL
Um laudo pericial é um documento produzido por um especialista ou perito com o objetivo de estabelecer a certeza em relação a um determinado fato. Esse relatório é elaborado pelo técnico ou especialista, que possui conhecimento técnico na área relevante, e envolve a avaliação de uma situação específica.
No laudo pericial, o perito registra todas as suas observações e conclusões relacionadas aos fatos em questão, todas elas baseadas em métodos científicos, tais como exames, inspeções, medições e outros procedimentos que levam a uma conclusão que é documentada no laudo.
Esse documento desempenha um papel importante no processo judicial, pois serve como uma das formas de evidência utilizadas pelo tribunal para proferir uma decisão, embora não seja o único meio disponível. Além disso, pode ser empregado em situações extrajudiciais para auxiliar as partes envolvidas a chegar a um acordo, considerando as informações contidas no laudo.
É crucial notar que um laudo pericial é distinto de um parecer. Um parecer é apenas a resposta a uma consulta de uma das partes interessadas e representa a opinião de um especialista sobre a questão em disputa, destinado a auxiliar na resolução de conflitos judiciais.
O laudo pericial é elaborado com meticulosidade, imparcialidade e honestidade pelo perito responsável. O perito deve evitar o uso de senso comum ao analisar e redigir o laudo, bem como não deve favorecer nenhuma das partes envolvidas no processo.
O documento deve conter uma descrição detalhada, fundamentada e organizada de todas as observações e interpretações do perito, com a enumeração e caracterização de todos os elementos analisados.
O perito segue um plano minucioso para garantir a confiabilidade do laudo pericial, que abrange desde o conhecimento do objeto da perícia até a obtenção de evidências (termo de diligência) e a estruturação do documento.
No caso da criança envenenada, o laudo da perícia de Identificação Técnica confirmou a presença de substâncias tóxicas nas amostras de achocolatado submetidas à análise pela PJC, bem como a detecção do material genético da criança na suposta bebida.
Parte superior do formulário
3. EXAMES PERICIAIS
Os exames periciais têm como principal objetivo fornecer elementos de ordem técnico-científica que possibilitem a comprovação da materialidade dos acontecimentos e da dinâmica dos fatos, contribuindo assim para a busca da verdade real. Em Brasília, encontra-se o Instituto Nacional de Criminalística, que desempenha um papel central na Perícia Criminal Federal, coordenando as atividades de polícia científica em âmbito nacional, vinculado à Diretoria Técnica-Científica (Ditec) da Polícia Federal. Este instituto possui unidades de Criminalística em todas as capitais e em diversas cidades do interior.
A descentralização da perícia federal segue uma tendência observada em outros órgãos, como a Justiça e o Ministério Público Federais, e é baseada na demanda das delegacias de Polícia Federal, o que agiliza o atendimento às investigações. Equipado com tecnologia de ponta, o órgão conta com aproximadamente 1200 peritos criminais federais especializados em diversas áreas do conhecimento forense, incluindo balística, química, toxicologia, genética, engenharia, medicina, odontologia, farmácia, grafotécnica, documentos, fonética, análise multimídia, contabilidade, informática, geologia, gemologia, crimes contra a pessoa e o patrimônio público, meio ambiente, acidentes aéreos, desastres em massa, identificação de vítimas de desastres e muitas outras.
Os peritos criminais são servidores públicos, aprovados em concurso de nível superior, especializados em diversas áreas do conhecimento, com a responsabilidade de interpretar as evidências de um crime, sempre respeitando os limites impostos pela ciência, com o objetivo de esclarecer a verdade dos fatos. A imparcialidade e a isenção são princípios fundamentais na investigação pericial, sendo que aos peritos criminais são aplicados os mesmos critérios de suspeição impostos aos juízes, garantindo a imparcialidade de seu trabalho.
Os Setores Técnicos-Científicos (Setecs) são responsáveis por realizar exames periciais relacionados à análise científica de vestígios de crimes que ocorrem normalmente dentro da área de jurisdição da unidade. Além disso, prestam apoio técnico-científico às operações e ações conduzidas pelasSuperintendências Regionais da Polícia Federal às quais estão vinculados. Equipados com tecnologia avançada para realizar trabalhos periciais, os Setecs atendem a maioria das demandas, contando com peritos capacitados e laboratórios com potencial analítico para solucionar casos de acordo com as particularidades de cada área. No entanto, em certas ocasiões, como genética forense e balística forense, são necessários instrumentos e exames mais específicos, exclusivos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) em Brasília.
Nos últimos anos, a importância do trabalho da perícia criminal da Polícia Federal tem crescido, pois a prova material se tornou fundamental para a resolução de investigações, e houve um significativo aumento no efetivo pericial nas Superintendências Regionais.
Em relação ao caso da criança envenenada, os exames periciais detectaram a presença da substância Carbofurano em cinco caixas de achocolatado de duas marcas diferentes. Essa substância é o princípio ativo de pesticidas comumente utilizados para o controle de pragas em plantações e ocasionalmente aplicados como venenos contra roedores. Essa facilidade de adquirir esses produtos no comercio local nas cidades brasileiras assusta, pois é a 6ª causa de suicídios no país, seja por intoxicação voluntaria ou involuntária, se tornando uma ferramenta de crimes de homicídio mais comum do que se pensava, isso se dá pelo fato de que crimes como esses são passivos de negligencia investigativa, por parte da polícia e de médicos legistas. Passando desapercebidos aos olhos da lei, e deixando criminosos a solta pra cometer os mesmos crimes.
	3.1. SUBSTÂNCIA CARBOFURANO
O Carbofurano é um pesticida altamente tóxico frequentemente utilizado no tratamento de sementes ou aplicado no solo para proteger as culturas de pragas. No entanto, alguns agricultores o aplicam diretamente em hortaliças, aumentando assim o risco de exposição da substância aos consumidores. Além disso, o "chumbinho" é um produto fabricado com agrotóxicos originalmente destinados exclusivamente à agricultura, mas que são desviados do campo para serem comercializados ilegalmente como raticida. O principal componente do "chumbinho" é o aldicarbe, que representa 50% das amostras e é o agrotóxico mais tóxico entre todos os ingredientes ativos permitidos no Brasil.
Após extensas análises, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu que o uso regular do Carbofurano resulta em níveis de resíduos em alimentos e na água que representam um risco agudo à saúde da população brasileira, causando efeitos neurotóxicos. Além disso, esse produto tem o potencial de causar danos ao desenvolvimento humano, incluindo efeitos teratogênicos funcionais (que afetam o feto durante a gravidez) e comportamentais, como retardo mental. Essas características se enquadram nos critérios proibitivos estabelecidos pela Lei 7.802/1989.
A Lei dos Agrotóxicos (Lei 7.802, de 1999) apresenta uma revisão significativa, revogando completamente a legislação anterior e introduzindo 67 novos artigos. Essa proposta resulta do trabalho do deputado Luiz Nishimori (PL-PR) e abrange diversas áreas relacionadas à pesquisa, experimentação, produção, comercialização, importação, exportação, embalagem, destinação final e fiscalização de agrotóxicos. No Senado, o relator e presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), senador Gurgacz, fez poucas alterações no texto.
Os senadores que representam os interesses rurais defendem a modernização dos produtos disponíveis no mercado, maior agilidade na aprovação das solicitações e a luta contra o cartel de empresas que dominam o setor. Por outro lado, os ambientalistas levantam preocupações não apenas com o meio ambiente, que pode ser afetado pela liberação mais rápida de novos produtos e pela flexibilização de algumas exigências, mas também com a saúde humana, já que o projeto suaviza as restrições, permitindo o registro de pesticidas que apresentem riscos consideráveis para seres humanos ou o meio ambiente.
A legislação atual proíbe explicitamente o registro de produtos contendo substâncias consideradas cancerígenas ou que possam causar deformações, mutações e distúrbios hormonais. A flexibilidade na aquisição desses produtos pode levar ao desvio de seu uso do meio rural, onde são destinados ao controle de pragas e roedores, para o meio urbano, causando supostos crimes e acidentes relacionados à intoxicação por esses produtos e seus derivados.
O aldicarbe, principal agrotóxico utilizado de forma irregular como raticida doméstico (chumbinho), foi banido do mercado brasileiro em outubro. A Anvisa estima que o produto seja responsável por quase 60% dos cerca de oito mil casos de intoxicação relacionados ao chumbinho no Brasil a cada ano. Esse banimento ocorreu devido à alta incidência de intoxicações humanas e envenenamento de animais decorrentes do uso inadequado do agrotóxico, que é extremamente tóxico e possui a mais elevada toxicidade aguda entre todos os ingredientes ativos autorizados no Brasil até então.
O único produto à base de aldicarbe com autorização de uso no país era o Temik 150, da empresa Bayer S/A. Ele era classificado como extremamente tóxico e tinha aprovação exclusivamente para uso agrícola, em culturas como batata, café, citros e cana-de-açúcar. O uso do aldicarbe como raticida doméstico, na forma de chumbinho, é ilegal e perigoso para a saúde pública, uma vez que não possui rótulo com informações de segurança, antídotos ou orientações médicas. Os sintomas de intoxicação por chumbinho incluem náuseas, vômitos, sudorese, salivação excessiva, visão turva, dor abdominal, tremores, taquicardia e outros.
O chumbinho também é ineficaz no controle doméstico de roedores, uma vez que os ratos observam e evitam o alimento envenenado. Raticidas legalizados, que atuam como anticoagulantes, são mais eficazes, pois causam envenenamento lento nos ratos, sem associar a morte ao alimento ingerido.
O cancelamento do registro dos produtos à base de aldicarbe segue as recomendações de restrição de uso estabelecidas em 2006 pela Comissão de Reavaliação Toxicológica. Essas medidas incluíram a exclusão do uso em várias culturas, restrições de venda em estados específicos e a introdução de substâncias amargas e eméticas na formulação do produto. A empresa Bayer S/A comprometeu-se a descontinuar a comercialização e a recolher qualquer sobra do produto em posse de agricultores. Em 2012, a Anvisa cancelou o informe de avaliação toxicológica dos agrotóxicos à base de aldicarbe e, posteriormente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento cancelou o registro do Temik 150, proibindo a produção, comercialização e uso de qualquer agrotóxico à base de aldicarbe no Brasil.
	3.2. TÉCNICAS UTILIZADAS 
As técnicas utilizadas pelos peritos no caso do envenenamento culposo da criança de dois anos, foi a Cromatografia Gasosa e Espectrometria de Massas. Técnicas essas muito importante para um exame pericial com suspeita de envenenamento por substancias desconhecidas.
	3.3. A CROMATOGRAFIA GASOSA
O propósito da cromatografia é separar os diversos componentes de uma mistura de substâncias, seja para fins de identificação, quantificação ou obtenção de substâncias puras para diversos propósitos. Essa separação é alcançada por meio da migração da amostra através de uma fase estacionária, utilizando um fluido chamado fase móvel. Após a introdução da amostra no sistema cromatográfico, os componentes da amostra se distribuem entre as duas fases e se movem mais lentamente do que a fase móvel devido à influência retardadora da fase estacionária. O equilíbrio de distribuição entre as duas fases determina a velocidade de migração de cada componente pelo sistema.
A Cromatografia Gasosa (CG) é uma técnica utilizada para separar e analisar misturas de substâncias voláteis. Nesse método, a amostra é vaporizada e introduzida em um fluxo de gás apropriado chamado fase móvel ou gás de arraste. Esse fluxo de gás, contendo a amostra vaporizada, passa por um tubo contendoa fase estacionária, conhecida como coluna cromatográfica, onde ocorre a separação da mistura. A fase estacionária pode ser um sólido adsorvente, no caso da Cromatografia Gasosa-Sólido, ou mais comumente, um filme de um líquido de baixa volatilidade suportado por um sólido inerte, como na Cromatografia Gasosa-Líquido com Coluna Empacotada ou Recheada, ou diretamente na parede do tubo, como na Cromatografia Gasosa de Alta Resolução.
Na cromatografia gasosa-liquida (CGL), dois fatores principais influenciam a separação dos constituintes de uma amostra:
1. Solubilidade na fase estacionária: Quanto mais solúvel um componente for na fase estacionária, mais lentamente ele se deslocará pela coluna.
2. Volatilidade: Quanto mais volátil uma substância for (ou seja, quanto maior sua pressão de vapor), maior será sua tendência a permanecer na fase vaporizada e a se mover rapidamente pelo sistema.
Os componentes separados saem da coluna dissolvidos no gás de arraste e passam por um detector que gera um sinal elétrico proporcional à quantidade de material eluído. O registro desse sinal ao longo do tempo é chamado cromatograma, no qual os componentes aparecem como picos cuja área é proporcional à sua massa. Isso possibilita a análise quantitativa das substâncias presentes na amostra. O Cromatografia gasosa é comumente usados em caso de intoxicação por substancias químicas, essa técnica é capas de identificar se um material genético contem vestígios de substancias químicas, que não é natural de um organismo, Fazendo uso dessa tecnologia, complexa como podemos ver na figura-2.
Figura 1 - Carregamento de gás ao Cromatógrafo Gasoso – Sistema pneumático
Fonte: DCtech (2015,p1) - Disponível em: <https://www.dctech.com.br/entendendo-um-sistema-de-cromatografia>. Acesso em: 04. Set. 2023.
	3.4. ESPECTROMETRIA DE MASSA 
Um espectrômetro de massa opera convertendo moléculas individuais em íons e, subsequentemente, analisando a abundância relativa desses íons. Dentro da câmara iônica do espectrômetro de massa, cada molécula individual é ionizada para formar um íon molecular, que possui um elétron a menos do que a molécula precursora. Esses íons moleculares, também conhecidos como "cátions radicais", são então submetidos à fragmentação, produzindo íons secundários que, por sua vez, podem ser ainda mais fragmentados, e assim por diante. A partir de uma amostra complexa, o espectrômetro de massa gera uma variedade de íons. Em seguida, esses íons são acelerados através de um campo eletromagnético e separados com base na relação entre a massa e a carga (m/z). O detector do instrumento registra os íons de acordo com a sua abundância relativa, criando assim um espectro de massa da molécula em análise.
Devido à notável sensibilidade da espectrometria de massa, essa técnica é amplamente empregada para medir pesos moleculares extremamente baixos em concentrações mínimas, que podem estar abaixo de nanogramas por mililitro (ng/ml). A capacidade de combinar a espectrometria de massa com outras técnicas de separação, como eletroforese capilar, cromatografia gasosa (GC) e cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), torna-a uma ferramenta analítica extremamente versátil, permitindo a separação e identificação simultânea de analitos. Poucos laboratórios fazem esse tipo de análise, sendo o centro de referência a Fiocruz onde podemos ver na figura-3 um modelo dessa tecnologia.
 Alguns exemplos de aplicações típicas da espectrometria de massa incluem:
1. Determinação das sequências de aminoácidos em proteínas e peptídeos.
2. Avaliação da presença de impurezas durante o desenvolvimento de medicamentos.
3. Verificação da pureza de insumos farmacêuticos ativos.
4. Análise de rotina de substâncias ilícitas em amostras de urina, sangue e cabelo.
5. Detecção de distúrbios hereditários relacionados a aminoácidos, ácidos graxos e biossíntese orgânica.
Figura 2 - Espectrômetros de massas de alta resolução
Parte superior do formulário
Fonte: Fio Cruz - Disponível em: <https://www.inovacao.icc.fiocruz.br/plataforma-espectrometria-de-massas/>. Acesso em: 09. Set. 2023.
4. AÇÃO CONJUNTA
 	A cooperação estreita entre a Polícia Civil e o Instituto de Polícia Técnico-Científica (Politec) desempenhou um papel fundamental no sucesso da resolução deste caso. A implementação de uma abordagem de trabalho colaborativo entre as forças de segurança, legistas e peritos foi de extrema importância para agilizar e fornecer respostas às famílias e à comunidade em geral. Essa integração tem demonstrado resultados significativos em investigações mais eficazes e robustas do ponto de vista técnico-científico.
O pai da criança foi acusado de receptação, uma vez que foi comprovado que, ao adquirir o achocolatado, tinha conhecimento da sua origem ilícita. Portanto, é crucial que as pessoas estejam cientes da procedência dos produtos que adquirem, seja em lojas, supermercados ou de qualquer outra forma, a fim de prevenir casos como este.
Parte superior do formulário
5. NECROPSIA EM CADÁVERES ENVENENADOS 
A necropsia de um indivíduo envenenado deve ser realizada levando em consideração o momento em que ocorreu em relação à morte, seja imediatamente após o óbito ou em um estágio posterior. Dentro do prazo legal, é essencial examinar minuciosamente todos os detalhes e características do cadáver, do sangue e das vísceras. Além disso, é importante observar qualquer odor peculiar que possa estar presente durante o procedimento. É crucial evitar o uso de aromatizantes e não abrir o estômago ou intestinos na cavidade abdominal durante a necropsia.
Durante o processo, é fundamental coletar amostras de líquidos e vísceras de acordo com a seguinte lista:
1. Frasco contendo sangue do coração e vasos da base.
2. Amostra do pulmão.
3. Amostra do estômago e seu conteúdo.
4. Amostra do intestino e seu conteúdo.
5. Amostra do fígado e baço.
6. Frasco com urina.
7. Amostra dos rins e da bexiga.
8. Amostra de músculos, ossos e cabelo.
9. Amostra do cérebro e medula.
Em casos de exumação, é importante coletar terra e tecidos próximos ao caixão. Certifique-se de que os frascos utilizados sejam de tamanho adequado, estejam rigorosamente limpos e sejam estéreis. O material coletado deve ser armazenado em uma geladeira, sem adição de qualquer solução preservativa.
No casa abordado neste estudo, a exumação se tornou necessária, pós as suspeitas de envenenamento começaram a ser especuladas após 5 dias a morte da criança, os exames e o mandado de investigação precisavam de amostra de tecido e osso para analises mais especificas que veriam a desvendar o caso posteriormente. Parte superior do formulário
	5.1. OS VENENOS PRODUZEM EFEITOS:
LOCAIS: Desinfetantes (ácido bórico, bromato, nitrato de sódio e potássio, tintura de iodo e permanganato de potássio). Cáusticos (ácido clorídrico, nítrico, sulfúrico, soda cáustica, amoníaco, etc.).
SISTÊMICOS: Anestésicos gerais (ciclopropano, halotano, cetamina). Analgésicos e antitérmicos (morfina, heroína, codeína, AAS, acetaminofeno, colchicina). Hipnóticos (cloral, barbitúricos, etc.). Anticonvulsivantes, relaxantes de ação central, neurolépticos (clorpromazina, haloperidol). Tranquilizantes (diazepam). Parassimpaticolíticos (atropina, beladona, escopolamina). Anestésicos locais (cocaína, xilocaína, lidocaína).
Os venenos podem atuar de diversas maneiras:
Sobre a estrutura celular: causando coagulação protoplasmática (cáusticos e corrosivos).
Sobre o sangue:
a. Anoxemiante (CO2 impedindo a captação de O2).
b. Meta-hemoglobinizante (cloratos, nitritos, anilinas que convertem o ferro reduzido da hemoglobina em oxidado).
c. Hematinizante (cloro e fosfogênio desdobram a hemoglobina em seus dois componentes).
Sobre o sistema nervoso:
a. Tetanizantes (estricnina, brucina, picrotoxina).
b. Paralisantes (cicuta, curare).
c. Depressores (hipnóticos, anestésicos gerais).
d. Estimulantes (atropina, muscarina, anfetaminas).
e. Excitantes da medula (estricnina).
Sobre os mediadores químicos:
a. Simpaticomiméticos (adrenalinae mescalina).
b. Simpaticolíticos (ergotina).
c. Parassimpaticomiméticos (pilocarpina e muscarina).
d. Parassimpaticolíticos (atropina).
6. EXUMAÇÃO CADAVÉRICA 
Exumação é o ato de remover os restos mortais, ou seja, os ossos, de uma sepultura e colocá-los em uma urna menor ou cremá-los. Essa urna de exumação pode ser devolvida à mesma sepultura original, se houver permissão para tal, ou colocada em ossuários individuais ou comunitários.
De acordo com o artigo 551 do Decreto Estadual nº16.017/80, após um período de três anos para adultos e dois anos para crianças até 6 anos a partir da data de sepultamento, o parente mais próximo do falecido tem o direito de solicitar a exumação.
Nos casos de sepultamento em Cemitérios em Quadra Geral, seja na terra ou em gavetas, quando a família não requer a exumação dentro de 30 dias após o prazo regular, o procedimento será realizado de acordo com a necessidade de espaço para novos sepultamentos. Nesse caso, os ossos (restos mortais) são devidamente identificados e podem ser colocados em uma nova sepultura ou em um ossuário geral/comunitário. O pedido de exumação deve ser feito diretamente nos cemitérios da capital.
Quando todas as gavetas de um jazigo estão ocupadas e é necessário um novo sepultamento, a família pode solicitar a exumação de um dos corpos já sepultados no local, desde que tenham passado mais de três anos desde o sepultamento. Para isso, é necessário apresentar os seguintes documentos originais e cópias simples:
· Certidão de óbito.
· RG do requerente.
· Documentos que comprovem o grau de parentesco com o falecido.
· Cópia do Contrato de Concessão (no caso de cemitérios particulares).
Nesse cenário, o requerente assina tanto pela concessão quanto pela exumação. Se o concessionário estiver falecido, o cônjuge pode assinar pela concessão, e na falta deste, um descendente direto (filho) ou o parente consanguíneo mais próximo do concessionário original, desde que seja apresentada a documentação necessária para comprovar o parentesco, incluindo cópias das certidões de óbito.
Para exumações em túmulos cuja concessão pertença a terceiros, o requerente deve apresentar, além do pedido de exumação, os seguintes documentos originais e cópias simples:
· Certidão de óbito.
· RG do requerente.
· Documentos que comprovem o grau de parentesco com a pessoa falecida.
· Cópia simples do RG do concessionário.
· Cópia do Contrato de Concessão (no caso de cemitérios particulares). Nesse contexto, o requerente assina pelo pedido de exumação, enquanto o concessionário assina pela concessão, ambos no mesmo requerimento.
7. IDENTIFICAÇÃO DE VENENO NO CORPO PÓS MORTE 
Uma das formas de homicídio mais comuns ao longo da história antiga é o envenenamento, como o exemplo da morte de Dom João VI, rei de Portugal, que foi causada por arsênico, a mesma substância tóxica que matou Napoleão. No entanto, ao longo dos séculos, esse método ainda persiste em nossa sociedade atual. Ao abrir jornais, revistas ou assistir a noticiários, frequentemente encontramos relatos de pessoas que morreram vítimas dessas substâncias prejudiciais ao organismo, o que tem ocorrido com maior frequência entre moradores de rua nos últimos anos. Neste artigo, vamos explorar a perspectiva laboratorial da toxicologia forense na identificação do agente tóxico em exames post mortem, ou seja, após a morte.
Quando uma necropsia de um indivíduo revela achados necroscópicos e o histórico do caso levanta suspeitas de envolvimento de um agente tóxico na morte, é necessário realizar uma análise toxicológica sistemática. Mesmo na ausência de suspeita de um veneno específico, essa análise pode determinar qual veneno causou a morte e em que concentração estava presente no organismo. Para isso, são coletados materiais biológicos específicos, que passam por preparação e análise usando técnicas como cromatografia em camada delgada, imunoensaios, espectrometria de massas (CG-MS), além de cromatografia líquida ou gasosa. A seguir, descreverei cada etapa, desde a escolha dos materiais até a elaboração do laudo, detalhando cada processo.
Existem várias amostras biológicas usadas nos testes toxicológicos para detectar a presença de veneno no exame post mortem. As mais comuns incluem 25 ml de sangue cardíaco, 10 ml de sangue periférico, 50g de fígado, todo o conteúdo gástrico, todo o material de urina, 50g de encéfalo, 50g de rim e o humor vítreo, que é o gel que preenche a cavidade posterior do olho. É importante destacar que a escolha da amostra a ser utilizada nas análises toxicológicas deve considerar a especificidade de cada situação e o tipo de análise a ser realizada, levando em conta as suspeitas levantadas.
Após a coleta das amostras biológicas, é realizada uma preparação inicial para concentrar e isolar os analitos de interesse, conforme a propriedade e a matriz biológica de cada amostra. Essa preparação envolve técnicas como hidrólise conjugada para urina e bile, separação de compostos lipídicos para encéfalo e fígado, centrifugação para sangue, urina e humor vítreo, e desproteinização para sangue total.
Após esses processos, o material coletado e preparado passa por uma triagem que pode excluir ou indicar a presença de determinados grupos de substâncias tóxicas. Nesta fase, são realizados testes como cromatografia em camada delgada ou imunoensaios, podendo ser utilizados ambos para obter resultados mais conclusivos. No entanto, esses métodos não são muito específicos, o que pode levar a falsos positivos. Portanto, são empregados testes mais sensíveis e específicos, como a espectrometria de massas (CG-MS) em conjunto com a cromatografia líquida ou gasosa, que são considerados padrão ouro no mercado devido à alta especificidade para os analitos investigados e à redução da chance de falsos positivos.
Nesta fase, os resultados são analisados e interpretados para determinar a causa da morte e as substâncias tóxicas envolvidas. Aspectos importantes, como o grau de toxicidade, o tempo de meia-vida biológica e o potencial de causar tolerância, também são levados em consideração.
O responsável pelos testes preenche um documento com uma série de informações, incluindo a identificação da amostra que causou a morte, sua descrição, natureza, concentração, exames realizados, resultados obtidos, lacre, documentação e quesitos do material recebido. Isso é fundamental para apresentar uma investigação e parecer bem sucedido.
	7.1. PROCEDIMENTOS ANTERIORES À EXUMAÇÃO:
	
As solicitações de exumação inicialmente continham apenas informações básicas sobre a finalidade do exame, como o local de sepultamento e o nome do indivíduo cujos restos mortais seriam coletados. Após analisar essas solicitações e notar a falta de informações que pudessem contribuir para a identificação dos restos mortais, começaram a ser solicitados dados adicionais de forma gradual. Isso incluía a precisa localização da sepultura, incluindo a quadra, rua e número; uma lista das pessoas sepultadas na mesma sepultura com as respectivas datas; detalhes sobre como os restos mortais já removidos da urna estavam armazenados; e informações sobre as razões para exumações anteriores. Antes de iniciar a perícia, o livro de registro do cemitério era consultado para verificar as informações fornecidas na solicitação judicial, conforme recomendado na literatura. Se o livro não estivesse disponível, as informações eram obtidas através de conversas com os funcionários do cemitério e os familiares presentes, a fim de conhecer a história de vida da pessoa a ser exumada.
Um caso bastante famoso e com repercussão no brasil todo, causa comoção para os espectadores que acompanham os noticiários, afim de ver o desfecho do caso, os profissionais envolvidos trabalham o mais rápido possível para dá uma resposta concreta aos familiares e a impressa que cobre todo o desenrolar dessa operação, por esse motivo a exumação foi realizada o mais rápido possível, afim de sinalizar positivamente para todos os interessados na investigação, deste modo dando continuidade no decorrerdo processo, que se mostrou mais complexo do que se imaginava inicialmente do ponto de vista jurídico e investigativo.
Como se tratava de uma assunto muito delicado por se suspeitar das empresas fabricantes dos achocolatados, havia um interesse da impressa exagerado nesse caso, a pressão da população, curiosos e familiares forçou o início imediato das ações, mais logo se descobriria nas investigações paralelas as ações de exumação, furos compatíveis com de seringa no canto superior das caixas de achocolatados vendidos para o pai da criança por Deuel, e as empresas suspeitas de causar as intoxicações foram descartadas, dando um banho de agua fria nos jornais sensacionalistas
	7.2 PROCEDIMENTOS DURANTE A EXUMAÇÃO:
A abertura da sepultura era autorizada na presença de autoridades, funcionários do cemitério e familiares do falecido. Quando havia indicações ou informações sobre aberturas prévias da sepultura, os restos mortais eram examinados no local para garantir a precisão da identificação. Caso não houvesse erro de identificação, a urna ou recipiente que continha os restos mortais era retirada e o exame era realizado ao ar livre. O geneticista selecionava previamente o material a ser coletado para a pesquisa de DNA, e esse material era devidamente identificado e acondicionado em uma caixa para transporte. O crânio e outras partes do cadáver ou ossada também eram coletados para fins de confirmação da identificação policial. Além disso, eram investigados antecedentes patológicos ou intercorrências durante a vida da pessoa com a ajuda dos familiares. Todas as etapas da perícia eram documentadas por meio de fotografias, e as precauções de prevenção de contaminação, tanto individual como do material manipulado, eram rigorosamente seguidas.
	7.3 PROCEDIMENTOS POSTERIORES À EXUMAÇÃO
No Setor de Medicina Legal do Departamento de Patologia, os ossos destinados à identificação passavam por um processo de limpeza que envolvia a lavagem com água e sabão para remover terra e outras impurezas visíveis. Em seguida, os ossos eram imersos em uma solução de água e peróxido de hidrogênio a 120 volumes, sendo a concentração e o tempo de imersão determinados com base no tempo de sepultamento e no estado de conservação dos ossos. Para ossos sepultados há menos de quatro anos, eram utilizadas concentrações de 2,50 volumes e um tempo de imersão de 24 horas. Se o tempo de sepultamento fosse superior a quatro anos, eram usadas concentrações menores (entre 1,00 e 2,50 volumes), mantendo-se o mesmo tempo de imersão. Posteriormente, o método de limpeza foi modificado para preservar os ossos mais antigos, utilizando-se apenas água e sabão em todos os casos. Após secagem natural, era realizado um estudo anatômico do material com o objetivo de identificação.
O material destinado à extração de DNA era entregue ao geneticista, que o recebia mediante recibo. A extração do DNA era realizada por meio de uma técnica de extração fenólica do sobrenadante, que resultava da adição de 3 ml a 5 ml de EDTA 0,5 M (pH 8,0) a 1-3 g do pó obtido a partir da pulverização de fragmentos de fêmur. Marcadores genéticos do tipo microssatélites (sítios com repetições curtas em tandem) eram pesquisados utilizando a técnica de PCR. Os fragmentos de DNA produzidos eram analisados por eletroforese em gel desnaturante de poliacrilamida, seguida de coloração com nitrato de prata. O DNA mitocondrial não era usado, pois não havia possibilidade de comparar o material com uma possível ascendência materna em caos de investigação de crimes com suspeita de envenenamento, não está em jogo uma suposta ascendência da vítima com os pais e sim uma eventual intoxicação por material toxico seja voluntario ou involuntário. 
Nossa analise em questão as técnicas utilizadas em caso de exumação de quatro ou mais anos não se mostrou necessário, pois as investigações se mostraram bastante veloz, a morte da criança a menos de 10 dias das primeiras analises facilitou a retirada de matérias e amostras para a realização de exames citados a cima, deste modo contribuindo pra solucionar o caso, mais exumações feitas a bastante tempo para investigar uma suposta intoxicação por material tóxico ou radioativo, onde o estado de decomposição se mostrou bastante acelerado, somente os ossos não são necessário para dar um parecer definitivo pôs outros matérias orgânicos seriam bastante uteis para o a realização de outras técnicas e exames. A exumação de cadáveres em caso suspeitos de intoxicação criminosa e passivos de investigação, o quanto antes as autoridades autorizar a retirada de materiais genéticos, melhor para fazer uma análise minuciosa desse material, e mais efetivo será o resultado final desses exames. Uma exumação é sempre um momento muito emocionantes para os familiares, e um caso que comoveu todo o brasil teria uma dose a mais de comoção. Nesses casos a segurança pode ser redobrada, afastando assim o assédio dos jornais e também dos curiosos, para que não venha prejudicar o trabalho dos profissionais envolvidos. 
CONCLUSÃO
As técnicas utilizadas nas investigações para esclarecer o caso do menino de 2 anos, se mostraram bastante eficaz na conclusão do crime, as ações conjuntas da polícia civil e peritos, legistas e os demais envolvidos, se mostrou de suma importância pra a solução de crimes semelhante, e especificamente nesse caso imprescindível.
Podemos concluir que o trabalho do perito, técnicos em necropsia e legistas, é de suma importância para solução de crimes, utilizando técnicas complexas e de extrema eficácia para detectar substancias no organismo de um corpo sem vida. Podemos destacar também a ação conjunto de todos os envolvidos secretário de segurança, polícia judiciaria civil, e a politec mostrando assim quão amplo é a área da necropsia, que não se prende apenas em necrotério em casos naturais, mais também pose ser peça chave em casos de crimes complexos como este.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Samsung Brasil. (s.d.). Produtos - Smartphones - Galaxy. Recuperado de https://www.samsung.com/br/smartphones/
2. TecMundo. (2023). Novidades sobre os sistemas operacionais da Samsung. Recuperado de https://www.tecmundo.com.br/samsung
3. Canaltech. (s.d.). Notícias sobre a Samsung e seus sistemas operacionais. Recuperado de https://canaltech.com.br/samsung/
4. InfoMoney. (2023). Análise do mercado de smartphones e sistemas operacionais: Samsung em foco. Recuperado de https://www.infomoney.com.br/
5. TudoCelular. (s.d.). Últimas atualizações e reviews dos sistemas da Samsung. Recuperado de https://www.tudocelular.com/samsung/
6. Olhar Digital. (2023). Samsung: Inovações e estratégias de sistemas operacionais. Recuperado de https://olhardigital.com.br/samsung/
7. AndroidPIT. (s.d.). Artigos e discussões sobre os sistemas Android da Samsung. Recuperado de https://www.androidpit.com.br/samsung

Outros materiais