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prova de necropsia

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1) A colheita de material para exame histopatológico deve ser realizada logo após a morte do animal, pois quanto maior o tempo de morte, maior a possibilidade de autólise dos tecidos. Quando a colheita envolve amostras a serem retiradas “in vivo”, estas devem ser obtidas por meio de biopsia e imediatamente fixadas em formol tamponado a 10%. Após a colheita e fixação, o material pode ser imediatamente remetido ao laboratório. Nunca enviar material para exame histopatológico sob refrigeração ou congelado. O material fixado em formol deve ser encaminhado em temperatura ambiente, nunca sob refrigeração. Dicas para escolha de lesões: Lesões focais: escolher área lesão x não lesão, Lesão difusa: escolher uma área que represente o todo, Tamanho: fragmentos de até 4cm cúbicos, Evitar áreas de necrose e procurar manter referencial do órgão, Amostras muito pequenas podem não ser adequadas. Da mesma forma, amostras grandes podem não fixar adequadamente e sofrer autólise. Ideal: seguir medidas propostas. Importante se atentar para proporção amostra x fixador: sempre utilizar o fixador em quantidade de 20 vezes o tamanho da amostra. A identificação do material pode ser fixada na parte exterior do frasco e deve conter a resenha do animal e a especificação do material, ou seja, quais tecidos foram colhidos. 
2) Alterações observadas num cadáver e que não tenham ocorrido no indivíduo vivo, é importante diferenciar das lesões produzidas em vida, estimar a hora da morte. Alterações Cadavéricas Abióticas são aquelas que não modificam o cadáver no seu aspecto geral e se dividem em: imediatas com a morte somática ou clínica, as mediatas ou consecutivas com autólise. Já as alterações cadavéricas bióticas ou transformativas gerando a putrefação, são aquelas que modificam o cadáver no seu aspecto geral, dificultando o trabalho de análise dos achados macroscópicos Determinam: decomposição, putrefação ou heterólise. Alterações Abióticas Imediatas ou morte somática demonstram: Insensibilidade, imobilidade, parada das funções cárdio-respiratórias, inconsciência, arreflexia ou ausência de reflexos já as Alterações Abióticas Mediatas ou Autólise demonstram: Livor mortis ou Hipostase cadavérica, Algor mortis ou Frialdade cadavérica, Rigor mortis ou Rigidez cadavérica, Coagulação do Sangue Embebição pela Hemoglobina, Embebição Biliar, Timpanismo pós morte, Deslocamento, Torção ou Ruptura de Vísceras, Prolapso Retal Cadavérico. Alterações Bióticas ou Transformativas ou Heterólise Pseudo-melanose, Enfisema cadavérico tecidual, Maceração, Coliquação/Liquefação, Redução esquelética.
3) ......
4) Os fatores que influenciam no aparecimento precoce ou tardio são: Temperatura ambiente Quanto mais alta, maior velocidade de instalação da AP Quanto mais baixa, menor velocidade de instalação da AP.Tamanho do animal: Quanto maior o animal, mais difícil o resfriamento e maior velocidade de instalação, Estado de nutrição: Mais glicogênio muscular, mais tempo levará o Rigor Mortis para se instalar, Causa mortis: Infecções clostridianas, septicemias, intoxicações por estricnina aceleram as AP, Cobertura tegumentar: Pêlos, penas, lâ e camada gordurosa aceleram as AP.
5) A embebição biliar é um vazamento da bile pela parede autolisada da vesícula biliar, corando de amarelo-esverdeado os tecidos adjacentes. O aparecimento após a morte é variável. Esta, é formada pela autólise rápida da parede da vesícula devido a ação dos sais biliares. Embebição pela hemoglobina dos tecidos ao redor dos vasos e do endocárdio por um líquido avermelhado acontece por conta da hemólise de eritrócitos nos vasos sanguíneos. A hemoglobina liberada entra em solução com o plasma sanguíneo e as paredes dos vasos tornam-se mais permeáveis aos líquidos. A embebição pela hemoglobina aparece em torno de 8 horas após a morte. Forma-se pelo coágulo, libera e difusão da hemoglobina no tecido. É importante diferenciar das hemorragias subendocárdicas e subendoteliais
6) A hemostasia é um processo fisiológico importante na oclusão de soluções de continuidade no sistema vascular sangüíneo. Este processo garante a manutenção da circulação sangüínea na presença de lesões. Por outro lado, os elementos que compõe a hemostasia devem ser mantidos sob controle para evitar a coagulação indiscriminada e obstrução ao fluxo sangüíneo normal. A hemostasia depende de três elementos principais: parede vascular; plaquetas; sistema de. A hemorragia é a saída do sangue do espaço vascular para o compartimento extravascular ou para fora do organismo. A hemorragia pode ocorrer basicamente de três formas: "per rhexis": devido a traumatismos com ruptura de vasos; "per diabrosen": por corrosão; é verificada na tuberculose (hemoptise), úlceras, neoplasias; "per diapedese": devido a aumento da permeabilidade vascular; ocorre sem lesões vasculares aparentes. Vista na congestão. A hiperemia é um processo ativo, onde há dilatação arteriolar, abertura de novos leitos capilares e maior fluxo sangüíneo capilar. Os tecidos afetados estarão mais quentes. Ocorrência geralmente reações inflamatórias, estados febris, músculos esqueléticos durante exercícios, hiperemia cutânea ocorre também quando excesso de calor precisa ser dissipado nos exercícios musculares, no rubor de face. Ocorre ainda no estômago e intestinos durante a digestão. 
7) Isquemia é a redução ou falta de suprimento sanguíneo em determinado órgão ou estrutura. Depende do grau de obstrução Se instala toda vez que a oferta de sangue é menor que a necessidade básica do órgão em questão - obstrução de pelo menos 70% da luz vascular. obstrução da luz vascular Causa mais frequente e mais importante Obstrução anatômica: compressão por tumor, hematoma, decúbito espessamento da parede arterial (aterosclerose) trombos, coágulos Espasmos vasculares: disfunção ou lesão endotelial 2) Diminuição da pressão entre artérias e veias Estados de choque por redução da pressão arterial Reduz o fluxo sanguíneo nos capilares 3) Aumento da viscosidade sanguínea Diminui o fluxo especialmente na microcirculação (desidratação) 4) Aumento da demanda Geralmente sozinha não causa isquemia Quando associado a outras das causas acima torna-se importante. Infarto é Área circunscrita de necrose tecidual causada por isquemia absoluta  prolongada por obstrução arterial ou venosa​ Isquemia prolongada=  Consumo das reservas energéticas e morte das células​ Infarto branco (anêmico)​Obstrução arterial em órgãos sólidos com circulação terminal  Coração, baço e rinsInfarto vermelho (hemorrágico)​ Região atingida tem coloração avermelhada por causa da intensa  hemorragia​ Órgãos frouxos (pulmão) e com intensa irrigação colateral  Obstrução arterial ou venosa Obstrução arterial Obstrução artéria = isquemia e necrose tecidual Sangue que chega via irrigação colateral extravasa = aspecto hemorr.  Lise do trombo – desobstrução – inundação área necrótica​ Obstrução venosa Obstrução do retorno venoso​ Sangue continua a chegar via artérias  Interrupção do fluxo nos capilares​ Necrose da área isquêmica e inundação com sangue Reperfusão​ é Tentativa de restabelecer a circulação comprometida, O sucesso da reperfusão depende da duração da isquemia, Substâncias trombolíticas ou cirurgia de revascularização (angioplastia)  No coração reperfusão em até 5 hs reduz mortalidade em até 50%, Pode ocorrer a lesão por reperfusão – causando dano tecidual​, Rápida reoxigenação causa liberação de radicais livres, Peroxidação do lipídeos de membrana – disfunção homeostase intracelular  Geram uma resposta inflamatória e dano oxidative. Acúmulo de Ca++ intracelular – hipercontração  Inibição da bomba de prótons e síntese de ATP​ A asterosclerose é a Doença de artérias de grande e médio calibre caracterizada por  alterações representadas pelo acúmulo de lipídeos, carboidratos  complexos, componentes do sangue e material intercelular​ É uma das causas mais importantes de óbito em todo o mundo​. No Brasil responsável por 25% de todos os óbitos​, Há uma correlação positiva entre incidência de aterosclerose e a  porcentagemde calorias na dieta derivadas de lipídeos,  quantidade de gorduras de origem animal e taxa de cholesterol, Mais comum na porção abdominal da aorta e artérias  coronarianas​, Lesões ateroscleróticas acentuam-se com a idade, Interação de fatores genéticos e estilo de vida: Hiperlipidemia é o mais importante​, Hiperlipidemia = lesão endotelial – diminuição da vasodilatação​ Lipoproteínas atravessam e acumulam no espaço subendotelial  Acumulo progressivo destes lipideos na região subendotelial  Radicais livres - LDL oxidado mais tempo na circulação e penetra no endotélio mais facilmente​, mais citotóxico, penetra nos macrofágos​, Estimula mais a secreção de fatores pró-inflamatórios​Adiposidade​ Maior quantidade de tec. adiposo aumenta secreção de proteínas inflamatórias
8) Somente realizar o exame necroscópico após a autorização do proprietário ou responsável e mediante a apresentação da ficha clínica ou prontuário do animal. Anamnese: Identificação do animal; Condições de manejo, alimentação, densidade populacional; Alterações que ocorreram no animal; Tempo de duração; Número de animais que adoeceram ou morreram. Exame externo do cadáver observar o local onde o animal morreu, observar em atenção as Aberturas naturais, Pele e anexos, Ambos os lados do cadáver Observações especiais na Boca, Narinas, Olhos, Pavilhões Auriculares, Ânus, Vulva, Pênis, Pele, Pêlos, Cascos, Articulações. Frisar no posicionamento do animal, O animal deve ser, quando possível, fixado à mesa com barbantes posicionados acima das articulações do carpo e tarso, com o cadáver em decúbito dorsal. No exame interno Abertura do cadáver (Instrumentos: faca magarefe e costótomo), Separação do Monobloco em Conjuntos (Instrumentos: faca de órgãos, tesouras e pinças), As parlamentações necessárias Luvas de látex; Macacão, jaleco ou avental; Sapato fechado (botas de borracha); Retirar anéis, relógio ou outros acessórios; Máscara, óculos e touca (opcionais). O Material necessário são: faca Magarefe; faca de órgãos; costótomo (alicate de jardinagem); tesoura reta romba-romba; tesoura curva romba-fina; enterótomo; pinça dente de rato ,pinça anatômica; serra; tábua de carne; frasco com água; esponja; frasco com formol a 10%; régua; barbante para fixar o cadáver à mesa.

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