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notifique	 imediatamente	 o	 Fiscal	 da	 Sala,	 para	
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•	 Confira	 seus	 dados	 pessoais,	 especialmente	
nome,	 número	 de	 inscrição	 e	 documento	 de	
identidade	e	leia	atentamente	as	instruções	para	
preencher	o	cartão-resposta;
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material	transparente,	com	tinta	preta	ou	azul;
•	 Assine	 seu	 nome	 apenas	 no(s)	 espaço(s)	
reservado(s);
•	 Confira	sua	cor	e	tipo	do	caderno	de	questões.	
Caso	 tenha	 recebido	 caderno	 de	 cor	 ou	 tipo	
diferente	do	impresso	em	seu	cartão-resposta,	
o	fiscal	deve	ser	obrigatoriamente	informado	
para	o	devido	registro	na	Ata	da	Sala;
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ponsabilidade	 e	 não	 será	 permitida	 a	 troca	 do	
cartão-resposta	ou	folha	de	texto	definitivo	em	
caso	de	erro;
•	 Para	fins	de	avaliação,	serão	levadas	em	consi-
deração	apenas	as	marcações	realizadas	no	car-
tão-resposta	e	na	folha	de	texto	definitivo;
•	 Os	 candidatos	 serão	 submetidos	 ao	 sistema	
de	 detecção	 de	 metais	 quando	 do	 ingresso	
e	 da	 saída	 de	 sanitários	 durante	 a	 realização	
das	provas.
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a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe 
apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito. 
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FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
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CÓDIGO:
1212023220
TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório
NUMERAÇÃO:
2º Simulado
NOME DO ÓRGÃO:
Ordem dos Advogados do Brasil
OAB
MODELO/BANCA:
FGV
EDITAL:
Pós-Edital
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
01/2023
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Ética Profissional
Maria Christina
1 
João, recém-aprovado no Exame de Ordem, celebrou 
contrato verbal de consultoria jurídica com um cliente. 
Questionado sobre as regras jurídicas, assinale a op-
ção correta.
(A) O contrato de consultoria deverá ser necessariamen-
te celebrado por escrito.
(B) O contrato de consultoria poderá ser celebrado por 
escrito ou verbalmente.
(C) O contrato de consultoria deve ser celebrado junta-
mente com a outorga de mandato.
(D) O contrato de consultoria deve ser celebrado junta-
mente com a outorga de mandato e deverá estipular 
por escrito o valor dos honorários advocatícios.
2 
Maria, recém aprovada no Exame de Ordem, requereu 
sua inscrição nos quadros da OAB e em algumas comis-
sões dentro de sua seccional. Sobre as comissões, é cor-
reto afirmar que:
(A) são comissões obrigatórias as de estágio e exame de 
ordem, finanças e orçamentos e direitos humanos.
(B) são comissões obrigatórias as de estágio e exame de 
ordem, direito constitucional e processo civil.
(C) são comissões obrigatórias as de estágio e exame 
de ordem, prerrogativas dos advogados e direito 
humanos.
(D) são comissões obrigatórias as de estágio e exame de 
ordem, prerrogativas dos advogados e processo civil.
3 
João ingressou na faculdade de direito e atingiu o pe-
ríodo de estágio obrigatório. Sobre o tema, assinale a 
opção correta.
(A) João, como estagiário, caso cometa uma infração dis-
ciplinar, poderá ser censurado, suspenso, excluído e 
multado.
(B) João, como estagiário, caso cometa uma infração dis-
ciplinar, poderá ser censurado, suspenso ou excluído.
(C) João, como estagiário, caso cometa uma infração dis-
ciplinar, poderá ser censurado ou suspenso.
(D) João, como estagiário, caso cometa uma infração dis-
ciplinar, somente poderá ser censurado.
4 
Sobre o direito à sustentação oral do advogado, assinale 
a opção correta.
(A) O advogado poderá realizar a sustentação oral dos 
recursos de apelação, agravo de instrumento, recur-
so ordinário, recurso especial e extraordinário, em-
bargos de divergência.
(B) O advogado poderá realizar a sustentação oral dos 
recursos de apelação, agravo de instrumento e agra-
vo interno, recurso ordinário, recurso especial e ex-
traordinário, embargos de divergência.
(C) O advogado poderá realizar a sustentação oral da 
ação rescisória, mandado de segurança, habeas cor-
pus, habeas data, mandado de injunção e ações de 
competência originária.
(D) O advogado poderá realizar a sustentação oral da 
ação rescisória, mandado de segurança, habeas cor-
pus e ações de competência originária.
5 
Sobre os direitos dos advogados, assinale a alternati-
va correta.
(A) A medida judicial cautelar que importe na violação 
do escritório ou do local de trabalho do advogado 
será determinada em hipótese excepcional, desde 
que exista certeza da prática de crime.
(B) A medida cautelar para apreensão de bens no escri-
tório do advogado será permitida se fundada exclusi-
vamente em elementos produzidos em declarações 
do colaborador mesmo que sem confirmação por 
outros meios de prova.
(C) O ingresso no escritório do advogado deve ser acom-
panhado por membro da OAB que terá direito a ser 
respeitado pelos agentes responsáveis pelo cumpri-
mento do mandado de busca e apreensão, sob pena 
de abuso de autoridade.
(D) A autoridade responsável por ingressar no escritório 
do advogado deverá informar, com antecedência mí-
nima de 48 horas, à seccional da OAB a data, o horá-
rio e o local em que serão analisados os documentos 
e os equipamentos apreendidos, garantido o direito 
de acompanhamento, em todos os atos, pelo repre-
sentante da OAB e pelo profissional investigado.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
6 
Sobre as penalidades aplicadas aos advogados, assinale 
a opção correta.
(A) Os advogados serão excluídos por apropriação inde-
vida de valores devidos ao cliente do advogado.
(B) Os advogados podem ser excluídos da OAB por cola-
boraçãopremiada realizada contra o seu cliente.
(C) Os advogados serão excluídos da OAB por retenção 
abusiva dos autos.
(D) Os advogados serão excluídos da OAB por patrocínio 
infiel realizado contra o seu cliente.
7 
(Anulado) Sobre as normas de relação com o cliente, as-
sinale a opção correta segundo as regras do Código de 
Ética e Disciplina da AOB.
(A) O advogado deve informar o cliente, de modo claro 
e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pre-
tensão, e das consequências que poderão advir da 
demanda, devendo, igualmente, denunciar, desde 
logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qual-
quer circunstância que possa influir na resolução de 
submetê-lo à consulta ou confiar-lhe a causa.
(B) As relações entre advogado e cliente baseiam-se 
na confiança recíproca. Sentindo o advogado que 
essa confiança lhe falta, deve renunciar a causa de 
imediato.
(C) O advogado, no exercício do mandato, atua como 
patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir 
à causa orientação que lhe pareça mais adequada, 
subordinando-se às intenções contrárias do cliente.
(D) A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, 
ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a 
devolver ao cliente bens, valores e documentos que 
lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu 
poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenoriza-
damente, sem prejuízo de esclarecimentos comple-
mentares que se mostrem pertinentes e necessários, 
inclusive, com relação a parcela dos honorários paga 
pelos serviços até então prestados não se inclui en-
tre os valores a ser devolvidos.
8 
Sobre as normas de relação com o cliente, assinale a 
opção correta segundo as regras do Código de Ética e 
Disciplina da OAB.
(A) O advogado não deve aceitar procuração de quem já 
tenha patrono constituído, sem prévio conhecimen-
to deste, em nenhuma circunstância.
(B) O advogado não deve deixar ao abandono ou ao de-
samparo as causas sob seu patrocínio, sendo reco-
mendável que, em face de dificuldades insuperáveis 
ou inércia do cliente quanto a providências que lhe 
tenham sido solicitadas, renuncie ao mandato.
(C) A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção 
do motivo que a determinou, fazendo cessar a res-
ponsabilidade profissional pelo acompanhamento 
da causa, uma vez decorrido o prazo de 15 dias.
(D) A revogação do mandato judicial por vontade do 
cliente o desobriga do pagamento das verbas hono-
rárias contratadas, assim como não retira o direito 
do advogado de receber o quanto lhe seja devido em 
eventual verba honorária de sucumbência, calculada 
proporcionalmente em face do serviço efetivamente 
prestado.
 
Filosofia do Direito
Odair José
9 
Aristóteles, em sua obra “Ética a Nicômacos”, apresenta 
duas acepções de justiça, (1) distributiva e (2) corretiva, 
sendo a justiça corretiva subdividida em comutativa e 
reparativa.
Assinale a alternativa, nos termos da obra citada, que faz 
correta referência à justiça reparativa.
(A) É a necessária medida de restituição das condições 
anteriores em que se encontravam as partes antes 
que se fizesse entre elas uma desigualdade invo-
luntária.
(B) É a necessária equivalência entre os produtos quan-
do das relações de troca, a fim de nos contratos em 
que envolvam a troca de mercadorias, haja reciproci-
dade entre os valores atribuídos às mercadorias per-
mutadas.
(C) Caracteriza-se pela relação entre particulares e entre 
iguais, cuja origem voluntária das relações implica a 
necessária correção quando do não cumprimento da 
obrigação por uma das partes.
(D) Refere-se à distribuição equitativa e proporcional 
dos bens disponíveis ao governo, que realiza a distri-
buição aos seus súditos conforme o merecimento de 
cada um, por isso alguns poderão receber quinhão 
maior do outros.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
10 
“Existem duas espécies de interpretação que devem ser 
distinguidas claramente uma da outa: a interpretação do 
Direito pelo órgão que o aplica, e a interpretação do Di-
reito que não é realizada por um órgão jurídico, mas por 
uma pessoa privada e, especialmente, pela ciência jurí-
dica”. (KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. São Paulo: 
WMF Martins Fontes, 2020, p. 388).
Acerca das duas espécies de interpretação do direito a 
que se refere Hans Kelsen, assinale a alternativa correta.
(A) A interpretação realizada pelo órgão aplicador do di-
reito é autêntica e não pode fazer outra coisa senão 
estabelecer as possíveis significações de uma norma 
jurídica.
(B) A interpretação autêntica é uma tarefa criadora da 
norma, por isso essa atividade é realizada exclusiva-
mente pelo legislador democrático.
(C) A interpretação feita pelo órgão aplicador do Direito 
é sempre autêntica, ela cria o Direito.
(D) O ato de vontade exarado pelo órgão aplicador do 
direito não é um ato cognoscitivo, porque este órgão 
realiza tão somente uma operação técnica e não um 
ato de conhecimento.
Direito Constitucional
Ana Paula Blazute
11 
Mais de cem mulheres foram torturadas e assassinadas 
no Estado Y por um grupo de criminosos armados. Al-
guns meses após o fato, restou demonstrada a incapa-
cidade das autoridades locais em oferecer respostas aos 
acontecimentos, não restando dúvidas da grave violação 
aos direitos humanos, sendo evidente o descumprimen-
to das obrigações internacionais assumidas pela Repú-
blica Federativa do Brasil. Assinale a alternativa correta 
de acordo com o caso em análise:
(A) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, 
o Procurador-Geral da República, com a finalidade de 
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes 
de tratados internacionais de direitos humanos dos 
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o 
Supremo Tribunal Federal, em qualquer fase do in-
quérito ou processo, incidente de deslocamento de 
competência para a Justiça Federal.
(B) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, 
o Procurador-Geral da República, com a finalidade de 
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes 
de tratados internacionais de direitos humanos dos 
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, apenas na 
fase processual, após a denúncia, incidente de deslo-
camento de competência para a Justiça Federal.
(C) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, 
o Advogado-Geral da União, com a finalidade de as-
segurar o cumprimento de obrigações decorrentes de 
tratados internacionais de direitos humanos dos quais 
o Brasil seja parte, poderá suscitar, em qualquer fase 
do inquérito ou processo, após a denúncia, incidente de 
deslocamento de competência para a Justiça Federal.
(D) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, 
o Procurador-Geral da República, com a finalidade de 
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes 
de tratados internacionais de direitos humanos dos 
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o 
Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do in-
quérito ou processo, incidente de deslocamento de 
competência para a Justiça Federal.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
12 
Roberta, Rogério, Alice e Patrícia estudam para concur-
sos de carreiras jurídicas. Certo dia, resolveram estudar 
juntos direito constitucional, e escolheram como tema 
Poder Legislativo. Cada um escolheu um artigo da Cons-
tituição para ler, e um deles alterou, na sua leitura, o 
que estava escrito na Constituição de 1988. Consideran-
do que dentre os quatro, três leram “ipsis litteris” e um 
modificou a redação do que está escrito na Constituição, 
assinale a alternativa correta.
(A) Quem modificou o que está escrito na Constituição 
foi Roberta, pois afirmou que compete privativamen-
te à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços 
de seus membros, a instauração de processo contra 
o Presidente e o Vice-Presidente da República e os 
Ministros de Estado.
(B) Quem modificou o que está escrito na Constituição 
foi Rogério, pois afirmou ser da competência exclu-
siva do Congresso Nacional autorizaro Presidente e 
o Vice-Presidente da República a se ausentarem do 
País, quando a ausência exceder a quinze dias.
(C) Quem modificou o que está escrito na Constituição 
foi Alice, pois afirmou ser da competência do Senado 
Federal sustar os atos normativos do Poder Executivo 
que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites 
de delegação legislativa.
(D) Quem modificou o que está escrito na Constituição 
foi Patrícia, pois afirmou ser da competência da Câ-
mara dos Deputados proceder à tomada de contas do 
Presidente da República, quando não apresentadas 
ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após 
a abertura da sessão legislativa.
13 
O Presidente da República editou a Medida provisória 
XXX em 2019, um dos temas disciplinados era a compe-
tência para demarcação das terras indígenas. O art. 21 da 
MP XXX, transferia da FUNAI para o Ministério da Agri-
cultura a competência para demarcação das terras indí-
genas. Essa MP foi parcialmente aprovada pelo Congres-
so Nacional e se tornou a Lei n. 1.234, publicada no dia 
18/06/2019. Ocorre que o Congresso Nacional rejeitou a 
transferência da competência da FUNAI para o Ministério 
da Agricultura para a demarcação das terras indígenas, 
portanto esse dispositivo (art. 21 da MP XXX) não virou 
lei. Após a publicação da Lei n. 1.234, o Presidente da 
República editou uma nova medida provisória, ainda em 
2019, trazendo novamente um dispositivo transferindo 
para o Ministério da Agricultura a competência para a 
demarcação das terras indígenas. Alguns partidos políti-
cos ajuizaram ADI no STF afirmando que esse dispositivo 
da MP que transfere a competência seria inconstitucio-
nal. De acordo com o caso concreto, marque a alterna-
tiva correta.
(A) Os partidos políticos têm razão em ajuizar a ADI, pois 
é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de 
medida provisória que tenha sido rejeitada ou que te-
nha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
(B) Os partidos políticos têm razão em ajuizar a ADI, pois 
a matéria constante de medida provisória rejeitada 
somente poderá constituir objeto de novo projeto, 
na mesma sessão legislativa, mediante proposta da 
maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas 
do Congresso Nacional, o que não ocorreu no caso.
(C) Os partidos políticos não têm razão em ajuizar a ADI, 
pois é permitida a reedição, na mesma sessão legisla-
tiva, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou 
que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
(D) Os partidos políticos não podem propor a ação direta 
de inconstitucionalidade, pois não são legitimados.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
14 
Paula, brasileira naturalizada, 28 anos, quer se candi-
datar ao cargo de prefeita do Município A. Por sua vez, 
José, brasileiro nato, 30 anos, pretende se candidatar ao 
cargo de Presidente da República. Já Felipe, brasileiro 
naturalizado, 30 anos, quer se candidatar ao cargo de 
deputado federal.
Considerando o caso em análise, marque a alternati-
va correta.
(A) Paula pode se candidatar ao cargo de prefeita, tendo 
em vista que atendeu as condições de idade mínima 
para o cargo, não sendo este privativo de brasilei-
ro nato.
(B) José pode se candidatar ao cargo de Presidente da 
República por ser privativo de brasileiro nato, e por 
atender as condições de idade mínima para o cargo.
(C) Felipe não poderia se candidatar ao cargo de deputa-
do federal, pois embora tenha atendido às condições 
de idade mínima para o cargo, este é privativo de 
brasileiro nato.
(D) Paula, José e Felipe atenderam as condições de idade 
mínima para os cargos.
15 
Em matéria de organização político-administrativa dos 
entes federativos, compete privativamente à União le-
gislar sobre:
(A) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da nature-
za, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção 
do meio ambiente e controle da poluição.
(B) custas dos serviços forenses.
(C) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômi-
co e urbanístico.
(D) águas, energia, informática, telecomunicações e ra-
diodifusão.
16 
Maria, João, Pedro e Marcos estavam discutindo sobre 
o processo legislativo. Maria afirmou aos seus colegas 
que “a proposta de emenda à constituição é discutida 
e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 
três quintos dos votos dos respectivos membros”. João 
afirmou que “não será objeto de deliberação a propos-
ta de emenda tendente a abolir o voto direto, secreto, 
universal, obrigatório e periódico. Por sua vez, Pedro 
afirmou que a “emenda à Constituição será promulgada 
pelo Presidente da República”, e por fim Marcos afirmou 
que “a Constituição poderá ser emendada mediante 
proposta de mais de 1/3 das Assembleias Legislativas 
das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma 
delas, pela maioria relativa de seus membros”.
Considerando o caso concreto, marque a alternati-
va correta.
(A) Maria e Pedro estão corretos em suas afirmações.
(B) João e Marcos estão corretos em suas afirmações.
(C) Apenas Pedro está correto em sua afirmação.
(D) Apenas Maria está correta em sua afirmação.
17 
A Constituição da República Federativa do Brasil dedicou 
uma seção específica à saúde, tendo estabelecido, em 
seu art.196, que “é direito de todos e dever do Estado”. 
Considerando a funcionalidade da Constituição e a natu-
reza das normas constitucionais afetas a essa temática, 
assinale a afirmativa incorreta.
(A) As instituições privadas poderão participar de forma 
complementar do sistema único de saúde, segundo 
diretrizes deste, mediante contrato de direito públi-
co ou convênio, tendo preferência as entidades filan-
trópicas e as sem fins lucrativos.
(B) É permitida a participação direta ou indireta de em-
presas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde 
no País, salvo nos casos previstos em lei.
(C) A lei disporá sobre as condições e os requisitos que 
facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias 
humanas para fins de transplante, pesquisa e trata-
mento, bem como a coleta, processamento e trans-
fusão de sangue e seus derivados, sendo vedado 
todo tipo de comercialização.
(D) É vedada a destinação de recursos públicos para au-
xílios ou subvenções às instituições privadas com fins 
lucrativos.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Direitos Humanos
Alice Rocha
18 
Arquimedes é um trabalhador transexual do setor de 
construção civil e decidiu voltar a estudar para buscar 
melhores oportunidades de trabalho. Todavia, mesmo 
após concluir seus estudos e assumir novas responsa-
bilidades, não obteve nenhum aumento salarial ou pro-
moção de cargo dentro da empresa. Ao questionar seu 
superior, ele afirmou que Arquimedes deveria exercer as 
atividades de cargo superior recebendo o salário equiva-
lente ao cargo inferior por ser um trabalhador transexual 
e por não terem vagas para o novo posto.
Com base no Pacto Internacional de Direitos Econômi-
cos, Sociais e Culturais (PIDESC), Arquimedes deve argu-
mentar que:
(A) seu salário deve ser equitativo e com remuneração 
igual por trabalho de igual valor, sem qualquer discri-
minação.
(B) seu salário deve ser equiparado ao oferecido a ou-
tros trabalhadores transexuais.
(C) seu salário deve ser aumentado em função de repre-
sentar categoria vulnerável.
(D) seu salário deve ser o equivalente ao de outros fun-
cionários que exercem a mesma atividade em em-
presas concorrentes.
19 
John nasceu nos Estados Unidos, mas, nos últimos anos, 
fixou residência no Brasil por sofrer perseguições polí-
ticas que começaram durante o período que dirigiu o 
Conselho Estudantil em importante faculdade america-
na. Todavia, John está sendo acusado de matar sua com-
panheira de agremiação estudantil e por isso procura 
você como advogado a fim de tomar a melhor decisão 
para seu caso.
Com base na Declaração Universal de Direitos Humanos, 
você deve orientar John a:
(A) pedir asilo ao Brasil, por ser vítima de perseguiçãoem seu Estado de origem.
(B) não pedir asilo ao Brasil, por estar sendo perseguido 
por crime de direito comum.
(C) não pedir asilo ao Brasil, tendo em vista a ausência 
de tratado entre os dois países.
(D) pedir asilo ao Brasil, que deve conceder independen-
temente do motivo da perseguição do indivíduo.
Direito Internacional
Alice Rocha
20 
Antônio e Clara são dois espanhóis de férias no Brasil 
e que decidiram aqui se casar antes de retornar à Es-
panha. Sem saber como proceder, eles contratam você 
como advogado para levantar toda a documentação ne-
cessária para a realização do ato.
Para prestar esse serviço e com base na Lei de Introdução 
às Normas do Direito Brasileiro, você deve informar que:
(A) o casal deve buscar os mesmos documentos exigidos 
pela legislação espanhola de sua nacionalidade.
(B) o casal deve observar as leis brasileiras quanto aos 
impedimentos dirimentes e às formalidades da cele-
bração do casamento.
(C) o casal não poderá se casar no Brasil sem fixar domi-
cílio no mesmo país da celebração do casamento.
(D) o casal poderá se casar no Brasil desde que cumpra 
as formalidades do país de nacionalidade dos nuben-
tes, juntamente com as formalidades exigidas pela 
lei brasileira.
21 
Juan, venezuelano, chegou ao Brasil em 2018 e nunca 
mais retornou à Venezuela devido às crises institucionais 
que o país atravessava. Juan casou-se com uma chilena 
que conheceu quando entrou com seu pedido de auto-
rização de residência. O pedido de Juan está pendente 
desde 2020, mas ele precisa voltar urgentemente para 
a Venezuela tendo em vista o falecimento de seu irmão 
mais velho. Juan tem receio que não possa retornar 
ao Brasil e contrata você como advogado especialista 
em migração.
Com base na Lei n. 13.445/2017 (Lei da Migração), você 
deve orientar Juan a:
(A) não deixar o Brasil sob pena de perder a demanda de 
autorização de residência.
(B) sair e retornar, desde que sua esposa chilena seja re-
sidente no Brasil.
(C) sair e reingressar em território nacional mesmo en-
quanto pendente seu pedido de autorização de re-
sidência.
(D) só deixar o Brasil se conseguir um visto temporário 
que facilite seu retorno.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Direito Tributário
Maria Christina
22 
Diante da ausência da legislação tributária, esta deverá 
ser integrada na seguinte ordem:
(A) analogia, princípios de direito tributário, princípios 
de direito público e equidade.
(B) analogia, princípios de direito público, princípios de 
direito tributário e equidade.
(C) equidade, princípios de direito tributário, princípios 
de direito público e analogia.
(D) princípios de direito tributário, princípios de direito 
público, analogia e equidade.
 
23 
Sobre interpretação e integração da legislação tributá-
ria, assinale a opção correta.
(A) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se 
para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcan-
ce de seus institutos, conceitos e formas, mas não 
para definição dos respectivos efeitos tributários.
(B) A lei tributária pode alterar a definição, o conteúdo e 
o alcance de institutos, conceitos e formas de direito 
privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela 
Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, 
ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Muni-
cípios, para definir ou limitar competências tributárias.
(C) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que dis-
ponha sobre suspensão, exclusão e extinção do crédito.
(D) A lei tributária que define infrações, ou lhe comina 
penalidades, interpreta-se da maneira mais favorá-
vel ao acusado sempre que disser respeito à autoria, 
imputabilidade ou punibilidade.
24 
Sobre a obrigação tributária e o fato gerador, assinale a 
alternativa correta.
(A) A obrigação principal surge com a ocorrência do fato ge-
rador, tem por objeto o pagamento apenas dos tributos 
e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
(B) A obrigação acessória decorre da lei e tem por objeto as 
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no in-
teresse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
(C) A autoridade administrativa poderá desconsiderar 
atos ou negócios jurídicos praticados com a finali-
dade de dissimular a ocorrência do fato gerador do 
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da 
obrigação tributária.
(D) Os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-
-se perfeitos e acabados sendo suspensiva a condi-
ção, desde o momento da prática do ato ou da cele-
bração do negócio.
25 
O contribuinte declarou e não pagou a COFINS, tributo 
lançado por homologação. Posteriormente, verificou o 
inadimplemento e, antes do início do procedimento do 
Fisco, efetuou o pagamento do tributo e dos juros e re-
quereu a exclusão da multa em decorrência do benefí-
cio da denúncia espontânea. Diante dos fatos, assinale 
a opção correta.
(A) O contribuinte terá direito ao benefício por ter efe-
tuado o pagamento antes do início de procedimento 
pelo Fisco.
(B) O contribuinte nunca terá direito ao benefício nos 
tributos lançados por homologação.
(C) O contribuinte não terá direito ao benefício por ter 
efetuado o pagamento após a declaração.
(D) O contribuinte não terá direito, pois o benefício so-
mente retira a obrigatoriedade com relação aos juros.
26 
Sobre as regras de lançamento, assinale a alternati-
va correta.
(A) Compete privativamente à autoridade administrativa 
constituir o crédito tributário pelo lançamento; as-
sim entendido, o processo administrativo tendente 
a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a matéria tributável, 
calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da 
penalidade cabível.
(B) Quando o valor tributário esteja expresso em moeda 
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão 
em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência 
da constituição do crédito.
(C) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato 
gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigen-
te, salvo se posteriormente modificada ou revogada.
(D) O lançamento regularmente notificado ao sujeito 
passivo só pode ser alterado em virtude de impugna-
ção do sujeito passivo, recurso de ofício ou iniciativa 
de ofício da autoridade administrativa.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Direito Administrativo
Gustavo Brígido
27 
João, servidor público do Estado do Ceará, teve seu pe-
dido de aposentadoria suspenso durante o período em 
que responde a processo administrativo disciplinar, mes-
mo sem haver qualquer previsão na respectiva legisla-
ção estadual, mas com base no disposto na legislação 
estatutária federal. João procurou você, na qualidade de 
advogado(a), para orientá-lo acerca dos seus direitos. 
Neste caso, segundo entendimento jurisprudencial re-
cente, deve-se afirmar corretamente que:
(A) foi correta a suspensão, pois a lacuna em Lei Esta-
dual acerca da possibilidade de suspender processo 
de concessão de aposentadoria enquanto tramita 
processo administrativo disciplinar deve ser suprida 
com a aplicação subsidiária da legislação estatutária 
federal.
(B) não foi correta a suspensão, pois a lacuna em Lei Es-
tadual acerca da possibilidade de suspender proces-
so de concessão de aposentadoria enquanto tramita 
processo administrativo disciplinar não deve ser su-
prida com a aplicação subsidiária da legislação esta-
tutária federal.
(C) não foi correta a suspensão, pois compete apenas à 
União legislar privativamente sobre o tema da apo-
sentadoria, não se aplicando, no entanto, tal previ-
são à legislação estadual.
(D) não foi correta a suspensão, pois a aposentadoria é 
exemplo de ato administrativo composto, o qual não 
admite suspensão em razão de processo administra-
tivo disciplinar.
28 
Eugênio, servidor público do Município de Aracati, está 
no gozo de licença para tratamento da saúde por perío-
do superior a dois meses. No mesmo ano,ao requerer 
o gozo das férias anuais remuneradas, teve seu pedido 
negado, nos termos da legislação municipal vigente, sob 
o fundamento de que o servidor público que solicite li-
cença para tratamento de saúde por período superior a 
dois meses perde o direito a férias. João procurou você, 
na qualidade de advogado(a), para orientá-lo acerca dos 
seus direitos. Neste caso, segundo entendimento juris-
prudencial recente, deve-se afirmar corretamente que:
(A) no exercício da autonomia legislativa municipal, pode o 
município, ao disciplinar o regime jurídico de seus servi-
dores, restringir o direito de férias a servidor em licença 
saúde de maneira a inviabilizar o gozo de férias anuais.
(B) no exercício da autonomia legislativa municipal, não 
pode o município, ao disciplinar o regime jurídico de 
seus servidores, restringir o direito de férias a servi-
dor em licença saúde de maneira a inviabilizar o gozo 
de férias anuais previsto no texto constitucional.
(C) a legislação municipal pode tratar desta forma o 
tema, na medida em que se trata de assunto de inte-
resse local.
(D) é competência legislativa concorrente tratar do tema 
das férias, de modo que é constitucional a legislação 
municipal sobre o tema.
29 
Maria Christina foi contratada pelo Município de Forta-
leza para exercer cargo em comissão regido pela CLT. Em 
face de controvérsia envolvendo o pagamento do Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, Maria Christi-
na o procura para, na qualidade de advogado(a), orien-
tar acerca do foro competente para tratar do tema. Sua 
orientação deve ser no sentido de que
(A) compete à Justiça Comum o julgamento de contro-
vérsia envolvendo direitos de servidor contratado 
para exercer cargo em comissão regido pela CLT.
(B) compete à Justiça do Trabalho o julgamento de con-
trovérsia envolvendo direitos de servidor contratado 
para exercer cargo em comissão regido pela CLT.
(C) compete à Justiça do Trabalho, por tratar de tema re-
lacionado ao FGTS.
(D) compete à Justiça do Trabalho, pois qualquer relação 
com vínculo celetista só pode ter como foro a justiça 
especializada trabalhista.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
30 
João e José são, respectivamente, servidores públicos 
do Estado do Ceará e do Governo Federal. Os dois são 
responsáveis por cuidar de pessoas com deficiência, que 
são seus dependentes, com Transtorno do Espectro Au-
tista. José, por ser servidor público federal, já tem direito 
à jornada reduzida, porém não há previsão qualquer na 
respectiva legislação estadual. João procurou você, na 
qualidade de advogado(a), para orientá-lo acerca dos 
seus direitos. Neste caso, segundo entendimento juris-
prudencial recente, deve-se afirmar corretamente que:
(A) apenas José terá direito a jornada reduzida, pois a 
lacuna na legislação estadual não pode ser suprida 
pelos termos expostos na legislação federal.
(B) é inconstitucional a legislação federal que trata do 
tema, de modo que não foi correta a redução da jor-
nada de trabalho para o servidor público José.
(C) aos servidores públicos estaduais e municipais é apli-
cado, para todos os efeitos, o disposto na legislação 
federal, de modo que os dois terão direito à jornada 
reduzida.
(D) nenhum deles faz jus a jornada reduzida de trabalho, 
ne medida em que só se aplicaria se eles mesmos 
fossem pessoas com deficiência.
31 
João estava em seu carro, com sua família, na fila de pe-
dágio, para aproveitar o feriado de Carnaval no litoral 
do Estado de São Paulo, quando teve a infelicidade de 
ser vítima do crime de roubo com emprego de arma de 
fogo. Sabendo que a rodovia era administrada por em-
presa concessionária de serviço público, João procurou 
você, na qualidade de advogado(a), para orientá-lo acer-
ca dos seus direitos. Neste caso, segundo entendimento 
jurisprudencial, deve-se afirmar corretamente que:
(A) a concessionária de rodovia não tem responsabilida-
de civil diante do crime de roubo com emprego de 
arma de fogo cometido na fila de pedágio, por au-
sência de nexo causal.
(B) a concessionária de rodovia tem responsabilidade ci-
vil diante do crime de roubo com emprego de arma 
de fogo cometido na fila de pedágio, pois se pode 
identificar o nexo causal.
(C) a concessionária de rodovia tem responsabilidade 
civil subjetiva, posto que se faz necessária a com-
provação de culpa ou de dolo na conduta da conces-
sionária. 
(D) a concessionária de rodovia tem responsabilidade 
civil objetiva, posto que não se faz necessária a com-
provação de culpa ou de dolo na conduta da conces-
sionária.
32 
João teve propriedade rural desapropriada pela União e 
procurou você para, na qualidade de advogado(a), orien-
tá-lo acerca da possibilidade de incluir a área de seringal 
diretamente afetada pela desapropriação, porque devi-
damente comprovado nos autos os lucros cessantes a 
ela correspondentes. Neste caso, segundo entendimen-
to jurisprudencial, deve-se afirmar corretamente que
(A) Há violação aos limites das matérias que podem ser 
discutidas em ação de desapropriação direta quando 
se admite o debate – e até mesmo indenização – de 
área diferente da verdadeiramente expropriada, ain-
da que vizinha.
(B) Não há violação aos limites das matérias que podem 
ser discutidas em ação de desapropriação direta 
quando se admite o debate – e até mesmo indeni-
zação – de área diferente da verdadeiramente expro-
priada, ainda que vizinha.
(C) Não há violação aos limites das matérias que podem ser 
discutidas em ação de desapropriação direta, pois não 
há vinculação ao parâmetro originalmente contemplado.
(D) Não há violação aos limites das matérias que podem 
ser discutidas em ação de desapropriação direta, na 
medida em que se configura forma de intervenção 
restritiva na propriedade privada.
Direito Ambiental
Nilton Coutinho
33 
A prefeitura do município BETA informou que, segundo 
estabelece a Lei Federal n. 12.305/2010, há a necessida-
de de se estruturar e implementar sistemas de logística 
reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo 
consumidor, de forma independente do serviço público 
de limpeza urbana.
Preocupado com o tema, Antônio consulta um advoga-
do especialista na área, o qual lhe informa que:
(A) os consumidores deverão entrar em contato com co-
merciantes ou distribuidores para que estes venham 
retirar os resíduos sólidos sujeitos à logística reversa.
(B) os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a 
devolução aos fabricantes ou aos importadores dos 
produtos e embalagens sujeitos à logística reversa.
(C) os comerciantes e distribuidores darão destinação 
ambientalmente adequada aos produtos e às emba-
lagens reunidos ou devolvidos. 
(D) com exceção dos consumidores, todos os participan-
tes dos sistemas de logística reversa manterão atua-
lizadas e disponíveis ao órgão federal competente e 
a outras autoridades informações completas sobre a 
realização das ações sob sua responsabilidade.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
34 
Pedro comprou uma fazenda no interior do Estado do 
Amazonas. Preocupado em não violar a legislação flo-
restal, consulta um advogado especialista na área, o qual 
lhe informa que:
(A) todo imóvel rural nesta região deve manter área com 
20% de cobertura de vegetação nativa, a título de 
Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas 
sobre as Áreas de Preservação Permanente.
(B) o Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro pú-
blico eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para 
todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar 
as informações ambientais das propriedades e pos-
ses rurais, compondo base de dados para controle, 
monitoramento, planejamento ambiental e econô-
mico e combate ao desmatamento.
(C) a inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, 
obrigatoriamente, no órgão ambiental municipal ou 
estadual.
(D) no parcelamento de imóveis rurais, a área de Reser-
va Legal não poderá ser agrupada em regime de con-
domínio entre os adquirentes.Direito Civil
Roberta Queiroz
35 
Maria Barrigudinha Seleida vivia uma união estável com 
Dalberty Malaquias. A união do casal durou 8 anos, até 
que, um dia, Dalberty amanheceu morto, por causas 
naturais, ao lado de sua amada. Os filhos de Dalberty 
sempre detestaram Maria e, agora, com a morte do pai, 
não a reconhecem como a companheira do falecido, jus-
tamente para não partilharem a herança com ela. Com 
isso, os filhos realizaram o inventário dos bens deixados 
pelo falecimento do pai, excluindo Maria. Considerando 
o caso narrado, marque alternativa correta.
(A) Não há possibilidade de reconhecimento de união 
estável post mortem.
(B) Maria poderá ajuizar ação de reconhecimento de 
união estável post mortem cumulada com petição de 
herança.
(C) Maria deverá obrigatoriamente, primeiro, reconhe-
cer a união estável e, após o trânsito em julgado da 
demanda, reclamar a herança do morto.
(D) Maria poderá reclamar a herança do falecido compa-
nheiro no prazo decadencial de 10 anos.
36 
Raquel tomou emprestado o valor de R$ 50.000,00 junto 
ao GRANBANK. O banco, por sua vez, exigiu de Raquel 
duas garantias – penhor de um relógio da marca rolex e 
um fiador, no qual Eugênio topou garantir o pagamento 
para a amiga. No contrato bancário, havia cláusula de vi-
gência por um ano, mas com cláusula de prorrogação au-
tomática de fiança no caso de prorrogação do contrato. 
Raquel, por sua vez, não conseguiu adimplir o contrato 
na data estipulada, o que ocasionou a prorrogação deste 
por mais 01 ano, sem a participação de Eugênio. Consi-
derando o caso narrado, marque alternativa correta.
(A) É ilícita a cláusula que prevê prorrogação da fiança 
no contrato.
(B) Em nenhuma hipótese a fiança poderá se estender 
para além do prazo do contrato principal.
(C) Embora o contrato possa ser prorrogado, a fiança 
não poderá ser prorrogada.
(D) É válida a cláusula de prorrogação automática de 
fiança na renovação do contrato principal.
37 
Jonas e Carlos viviam uma união estável que durou 12 
anos. No entanto, Jonas, um belo dia, disse para Carlos: 
“Não pense que lhe quero mal, apenas não te quero 
mais”. Carlos, então, ajuizou ação de dissolução de união 
estável contra Jonas, cumulada com pedido de alimen-
tos para si. Após tramitação do processo, o juiz proferiu 
sentença declarando ter havido a união estável e conde-
nando Jonas ao pagamento de alimentos compensató-
rios pelo prazo de 10 meses. Após dois meses, Jonas não 
mais adimpliu o pagamento dos alimentos. Consideran-
do o caso narrado, marque alternativa correta.
(A) Será possível a prisão do devedor de alimentos, pelo 
prazo de 60 dias.
(B) Somente será possível a prisão do devedor de alimen-
tos em caso de ajuizamento de ação de execução.
(C) No caso vertente, não será cabível a prisão do deve-
dor de alimentos.
(D) Agiu errado o magistrado, pois não é possível conde-
nar ex-companheiro ao pagamento de alimentos.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
38 
Denis, com 72 anos, sempre foi apaixonado por Marilda, 
de 71 anos. Os dois são velhos conhecidos e sempre gos-
taram um do outro, mas, pelos infortúnios da vida, con-
seguiram viver juntos somente agora. Desde o reencon-
tro, que já faz 1 ano, moram e vivem juntos. Pretendem, 
inclusive, adotar alguns animais abandonados. Conside-
rando o caso vertente, marque alternativa correta.
(A) A união estável de quem já alcançou 70 anos deve ser 
regida pelo regime da separação obrigatória de bens.
(B) O regime da separação obrigatória de bens não 
deve ser aplicado caso os dois conviventes possuam 
70 anos.
(C) O regime de bens a ser aplicado no caso de Denis e 
Marilda é a comunhão parcial de bens.
(D) A união estável de quem possui mais de 70 anos é 
inválida.
39 
Delinda e Marfeio foram casados sob o efeito patrimo-
nial do regime da comunhão parcial de bens. O casal re-
sidia em um sobrado na cidade do Rio de Janeiro, local 
da casa da família. Delinda não quis mais o relaciona-
mento e decidiu sair de casa. Após três meses da separa-
ção de fato, Delinda ajuizou ação de divórcio cumulada 
com partilha de bens. Marfeio, citado, apresentou defe-
sa alegando que não tem bens a partilhar com Delinda, 
pois a casa teria sido alienada para Godofredo que, por 
sua vez, promoveu ação de despejo contra Marfeio, sob 
o argumento do não pagamento dos aluguéis. Delinda, 
chocada, demonstra nos autos que o imóvel sempre foi 
residência do casal e do filho em comum; que existe pa-
rentesco e subordinação entre Godofredo e o ex-marido 
e que não há qualquer comprovação de transferência 
bancária para a aquisição da casa. Considerando o caso 
narrado, marque a alternativa correta.
(A) O juiz poderá, de ofício, conhecer do vício do negócio 
entre Marfeio e Godofredo.
(B) Trata-se de caso de simulação, que gera a anulabili-
dade do negócio jurídico.
(C) A ação declaratória de nulidade poderá ser promovi-
da no prazo decadencial de 4 anos.
(D) Trata-se de caso de anulação por meio do dolo pro-
movido por Marfeio.
40 
Waldisney dos Santos e Nyuiórquisson dos Santos são 
irmãos biológicos e, desde crianças, foram criados jun-
to com Maiami da Silva. Maiami fora criada pelos pais, 
recentemente falecidos, de Waldisney e Nyuiórquisson. 
Com isso, os três cresceram juntos, como se fossem três 
irmãos. Waldisney e Nyuiórquisson sempre apresenta-
vam Maiami como sendo irmã e sempre trataram os fi-
lhos dela como sobrinhos. Contudo, Maiami faleceu, em 
comoriência, com seus filhos em um acidente de carro. 
Considerando que Waldisney e Nyuiórquisson desejam 
ser reconhecidos como herdeiros de Maiami, marque 
alternativa correta.
(A) Podem os irmãos Waldisney e Nyuiórquisson reque-
rerem reconhecimento de vínculo parental socioafe-
tivo post mortem contra o espólio de Maiami pedin-
do para que fosse declarado o vínculo socioafetivo 
fraternal entre eles e a falecida.
(B) Podem os irmãos, independentemente de demanda 
judicial, habilitarem-se como legítimos herdeiros de 
Maiami.
(C) Não há amparo legal para o pleito de Waldisney e 
Nyuiórquisson.
(D) Somente poderia haver direito aos irmãos Waldisney 
e Nyuiórquisson se houvesse, por parte de Maiami, 
o reconhecimento da paternidade ou maternidade 
post mortem.
41 
Antônio Manso Pacífico de Oliveira Sossegado reside, 
há 20 anos, em um apartamento alugado no Bairro de 
São José, em Recife. Para realizar o sonho da casa pró-
pria, passou a vida economizando dinheiro e conseguiu 
comprar um lote em Nossa Senhora do Ó, município de 
Pernambuco, e, ali, iniciou a construção de uma casa 
simples para morar com a família. No entanto, Antônio 
devia ao GRANBANK por um mútuo que havia realizado 
para pagar tratamento dentário. Tal empréstimo estava 
sendo executado pelo banco. O juiz da execução, a pedi-
do do banco, ordenou a penhora do terreno onde estava 
sendo edificada a casa. Antônio, desesperado, precisa 
alegar alguma defesa a seu favor. Marque a alternativa 
que corresponda a uma defesa adequada.
(A) Poderá alegar impenhorabilidade do imóvel, com 
fundamento no fato de que não está edificado.
(B) Poderá alegar que o imóvel é considerado bem de 
família.
(C) Não há defesa a ser apresentada por Antônio, posto 
que não reside no imóvel.
(D) Antônio somente poderá desfazer a penhora caso 
efetue o pagamento integral da dívida.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
ECA
Patrícia Dreyer
42 
Júnior, adolescente com 17 anos, foi apreendido em fla-
grante ao praticar ato infracional análogo a latrocínio, 
na cidade de Catolé do Rocha, Paraíba. Transcorrido o 
processo para apuração do ato infracional, o juízo da-
quela localidade entendeu que a medida cabível seria a 
medida socioeducativa de internação a ser cumprida em 
cidade próxima, já que em Catolé do Rocha não há uni-
dade de internação para menores infratores. A família 
de Júnior, indignada com a decisão judicial, procura você 
como advogado(a), para responder a vários questiona-
mentos, ao que você responde acertadamenteque:
(A) quando Júnior completar 18 anos, terá de ser libe-
rado, pois as medidas socioeducativas somente são 
aplicadas até que o indivíduo alcance a maioridade.
(B) a intimação da sentença que aplicar medida de inter-
nação será feita ao adolescente ou ao seu defensor.
(C) se Júnior ficar internado provisoriamente, o prazo 
máximo e improrrogável para a conclusão do proce-
dimento será de quarenta e cinco dias corridos.
(D) o adolescente apreendido em flagrante de ato infra-
cional será, desde logo, encaminhado ao Juízo da In-
fância e Juventude.
43 
Pedro, policial, vem investigando há meses crimes con-
tra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Para 
isso, percebeu que será necessário se infiltrar na inter-
net para descobrir e destruir uma organização criminosa 
que pratica tais ilícitos. Sobre a infiltração de agentes, 
assinale a alternativa correta.
(A) As informações da operação de infiltração serão encami-
nhadas diretamente ao Ministério Público e ao Delegado 
responsável pela operação, que zelará por seu sigilo.
(B) A infiltração não poderá exceder o prazo de 90 (no-
venta) dias, sem prejuízo de eventuais renovações, 
desde que o total não exceda a 365 (trezentos e ses-
senta e cinco) dias e seja demonstrada sua efetiva 
necessidade, a critério da autoridade judicial.
(C) A infiltração de agentes de polícia na internet com o 
fim de investigar os crimes contra a dignidade sexual 
de crianças e adolescentes será precedida de autori-
zação judicial devidamente circunstanciada e funda-
mentada, que estabelecerá os limites da infiltração 
para obtenção de prova, ouvido o Ministério Público.
(D) Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos prati-
cados durante a operação deverão ser registrados, grava-
dos, armazenados e encaminhados ao Ministério Público 
que, por sua vez, encaminhará todos os documentos ao 
juiz, juntamente com relatório circunstanciado.
44 
Lorena fez uma compra de passagens com "pontos" pela 
internet de Brasília para Amstersdã para desfrutar de 
suas férias no verão europeu. Todavia, em razão de seu 
intenso ritmo de trabalho, terá de adiar a viagem por 
uns meses. Diante disso, tentou fazer o cancelamento 
da viagem diretamente pela internet e foi surpreendida 
com a notícia de que teria de comparecer a uma loja físi-
ca para pedir o cancelamento e o reembolso dos pontos 
ou a remarcação da viagem. Diante do fato, Lorena fica 
indignada e procura você como advogado(a) que, acer-
tadamente, responde que:
(A) a empresa aérea que disponibilizar a opção de resga-
te de passagens aéreas com "pontos" pela internet 
não é obrigada a assegurar que o cancelamento ou 
reembolso dessas seja solicitado pelo mesmo meio, 
mas por pelo menos um dos canais de atendimento.
(B) Se Lorena não aparecer na ida, mas quiser somente 
voltar pelo pacote de ida e volta contratado, é lícita a 
prática comercial consistente no cancelamento uni-
lateral e automático de um dos trechos da passagem 
aérea, sob a justificativa de não ter o passageiro se 
apresentado para embarque no voo antecedente.
(C) A empresa aérea que disponibilizar a opção de resga-
te de passagens aéreas com "pontos" pela internet é 
obrigada a assegurar que o cancelamento ou reem-
bolso dessas seja solicitado pelo mesmo meio.
(D) Se Lorena resolver viajar e a companhia aérea, além 
de atrasar desarrazoadamente, deixar de atender 
aos apelos desta, furtando-se a fornecer tanto infor-
mações claras acerca do prosseguimento da viagem 
(em especial, relativamente ao novo horário de em-
barque e ao motivo do atraso) quanto alimentação 
e hospedagem (obrigando-o a pernoitar no próprio 
aeroporto), tem-se por configurado dano moral in-
denizável que exige demonstração de prejuízo por 
parte da consumidora.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
CDC
Patrícia Dreyer
45 
Nestor, professor de Direito Civil, resolve contratar um 
pacote de viagens na Agência Viaje Feliz, na cidade onde 
mora, Varginha-MG, para conhecer o Rio Grande do Sul 
e, especialmente, o Vale dos Vinhedos. Nestor embarca, 
então, para Porto Alegre e, ao chegar ao aeroporto, é 
surpreendido com a notícia de que não há transfer con-
tratado para ir de Porto Alegre ao Vale dos Vinhedos, 
não há hotel reservado, nem passagem de volta para 
sua cidade. Nestor tem, então, que arcar com todos os 
custos da viagem para não perder o passeio com sua fa-
mília. Ao retornar, Nestor ajuíza ação de reparação civil 
contra a Agência, mas descobre que houve o encerra-
mento das atividades dela, vez que a empresa praticou 
vários golpes contra os consumidores. Nestor, então, 
tem a ideia de promover o incidente de desconsidera-
ção da personalidade jurídica para alcançar o patrimô-
nio dos sócios e administradores da empresa. Descobre 
que os sócios não têm patrimônio a ser alcançado, mas 
o administrador não sócio tem patrimônio considerável, 
capaz de indenizá-lo. O juiz, todavia, indefere o pedido 
de desconsideração da personalidade jurídica formula-
do por Nestor que pretendia alcançar o patrimônio do 
administrador não sócio. A decisão judicial está:
(A) incorreta, porque há provas do abuso da personali-
dade jurídica.
(B) incorreta, porque a desconsideração também será 
efetivada quando do encerramento ou inatividade 
da pessoa jurídica provocados por má administração.
(C) incorreta, pois o CDC diz que o mero obstáculo à in-
denização do consumidor permite a desconsidera-
ção da personalidade jurídica.
(D) correta, pois para fins de aplicação da Teoria Menor 
da desconsideração da personalidade jurídica, o CDC 
não dá margem para admitir a responsabilização 
pessoal de quem não integra o quadro societário da 
empresa (administrador não sócio).
Direito Empresarial
Renato Borelli
46 
Miss Robs (nome artístico de Roberta) é uma famosa ar-
tista em sua cidade, Caruaru/PE, e possui grandes habili-
dades com instrumentos musicais.
Pensando em compartilhar seu dom com outras pessoas, 
resolveu dar aulas particulares. O sucesso foi tamanho 
que alugou um estúdio, comprou diversos instrumentos 
e equipamentos, contratou professores para lecionarem 
com ela, passando o estúdio, assim, a ser chamado Nú-
cleo Caruaruense de Música Miss Robs. 
Com base em tais informações e nas disposições do Có-
digo Civil, é correto afirmar que:
(A) Roberta não é empresária, porque exerce atividade 
intelectual, de natureza artística.
(B) a atividade pode ser considerada como empresa, 
mas Roberta somente será empresária quando hou-
ver seu registro perante o Registro Público de Empre-
sas Mercantis de Caruaru/PE.
(C) Roberta é empresária, independentemente da sua 
falta de inscrição no Registro Público de Empresas 
Mercantis.
(D) Roberta precisa registrar o Núcleo Caruaruense 
de Música Miss Robs para que ela se torne uma 
empresa.
47 
Gustavo Brito e Nilton do Couto, sócios da Brito e Do 
Couto Ltda., sofreram um acidente de carro em que Bri-
to saiu gravemente ferido. Após várias intervenções mé-
dicas, Gustavo Brito encontra-se em coma, com grande 
probabilidade de morte ou danos cerebrais irreversíveis. 
À luz do Código Civil e em especial da legislação aplicável 
ao caso, é correto afirmar que:
(A) caso Gustavo Brito se torne incapaz permanente-
mente de exprimir sua vontade, a empresa será dis-
solvida.
(B) se Gustavo Brito vier a óbito, Nilton do Couto pode 
continuar com o nome do amigo na firma social da 
empresa.
(C) a sociedade limitada Brito e Do Couto Ltda. não pode 
ser constituída por uma pessoa.
(D) A quota de Brito não será liquidada em razão de sua 
morte, caso o contrato dispuser diferente.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
48 
A famosa advogada e socialite Rachel Buena Vista en-
controu sua casa dos sonhos, no famoso bairro Lago Sul, 
em Brasília.
Como já havia ingressado na sociedade Buena Vista e 
Queiroz Advogados, acabou empreendendo grande par-
te de seu patrimônio. Rachel, para comprar a sonhada 
casa, precisou realizar um contrato de alienação fiduciá-ria com a instituição financeira Brígido Bank. Sobre esse 
contrato, é correto afirmar que:
(A) Rachel Buena Vista somente poderá utilizar a casa 
quando o contrato de alienação estiver completa-
mente quitado.
(B) Na alienação fiduciária, a coisa (móvel ou imóvel) 
constitui-se na própria garantia do pagamento.
(C) Para a constituição de propriedade fiduciária da 
casa, é necessário o registro do contrato, celebrado 
por meio de instrumento público, no Cartório de Tí-
tulos e Documentos.
(D) Após a quitação da dívida e encargos, o banco deverá 
fornecer o termo de quitação a Rachel Buena Vista, 
em até 6 (seis) meses, sob pena de multa equivalen-
te a 10% o valor do contrato por mês de atraso.
49 
Eugênio, microempresário individual, atuante na área 
de produtos naturais e alimentícios, emitiu nota pro-
missória no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) com 
vencimento em 07/01/2023, que foi endossada por Pa-
trícia, em 19/01/2023. Em razão da falta de pagamento, 
Rubens procedeu no dia seguinte ao vencimento do pro-
testo do título. Nesse caso, levando-se em consideração 
as disposições relativas ao título de crédito em espécie, 
é correto afirmar que:
(A) somente Eugênio poderá ser responsável pelo paga-
mento da nota promissória, posto que ele é o seu 
emitente.
(B) eventual ação cambial do portador contra Patrícia 
deve ser ajuizada no prazo de 03 (três) anos conta-
dos da data do protesto.
(C) Patrícia tem 6 (seis) meses para ingressar com ação 
regressiva contra Eugênio, contados da data do pa-
gamento.
(D) todas as ações contra o aceitante relativas a letras 
prescrevem em cinco anos a contar do seu ven-
cimento.
50 
Maria Christina, advogada e contadora experiente, 
atuou como administradora judicial em ação falimentar 
de renomada rede de varejo e, depois de muito traba-
lho e dedicação, possui direito legal a sua remuneração. 
Carlos Silva possui um crédito trabalhista de 4 (quatro) 
salários mínimos, de natureza estritamente salarial, ven-
cidos nos 3 (três) meses anteriores à decretação da fa-
lência. Felipe Dalê tem direito à restituição em dinheiro 
de um bem seu que estava em poder do devedor na data 
da decretação da falência e foi vendido. Com relação 
à situação desses credores, e levando-se em conside-
ração as disposições da Lei n. 11.101/2005, é correto 
dizer que:
(A) Carlos Silva terá precedência na ordem de pagamen-
to, enquanto Felipe Dalê se enquadrará na situação 
de credor quirografário; e Maria Christina somente 
receberá ao final do pagamento de todos.
(B) todos se encontram na condição de créditos extra-
concursais e serão pagos com precedência; e entre 
eles a ordem de pagamento será: Carlos Silva, Felipe 
Dalê e Maria Christina.
(C) Maria Christina será a primeira a receber, seguida 
de Carlos Silva e, ao final, Felipe Dalê. Contudo, pri-
meiramente, deverão ser pagos os tributos relativos 
a fatos geradores ocorridos após a decretação da 
falência.
(D) todos possuem créditos com privilégios especiais e 
deverão ser pagos com precedência aos demais cre-
dores, mas sem haver preferência entre eles.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Direito Processual Civil
Raquel Bueno
51 
Ana Luíza, após vinte anos casada com Edvaldo, resolve 
se divorciar após as festas de Natal, uma vez que, duran-
te a ceia em família, depois de ter ingerido grande quan-
tidade de bebida alcoólica, o marido se descontrolou e 
a agrediu, acusando-a de traição com um dos cunhados, 
afirmação esta que restou não comprovada. Ressalte-se 
que o casal não possui filhos e que Edvaldo, arrependi-
do, não concorda com o divórcio. Ana Luíza mudou-se 
do domicílio conjugal (Piracanjuba-GO) para Rio Verde-
-GO, tendo o marido permanecido no imóvel do casal. A 
partir destes fatos, assinale a opção correta.
(A) Ana Luíza poderá promover o divórcio em cartório, 
mediante escritura pública, desde que esteja acom-
panhada por advogado ou defensor público.
(B) O foro competente para o divórcio judicial é Rio 
Verde-GO.
(C) O foro competente para o divórcio judicial é Piracan-
juba-GO.
(D) Caso Ana Luíza tivesse permanecido no domicílio 
conjugal, com o consequente afastamento do mari-
do, seria devido aluguel proporcional do imóvel do 
casal para este último.
52 
Sarah, empresária de sucesso do ramo estético, teve 
um mal súbito, e ao ser atendida na emergência de um 
hospital particular, o médico recomendou imediata in-
tervenção cirúrgica, negada indevidamente pelo plano 
de saúde. Inconformada, entrou em contato com sua 
advogada Helena, requerendo que fosse tomada algu-
ma providência judicial rápida, a fim de resguardar sua 
vida. Helena então requereu uma tutela provisória de 
urgência antecipada antecedente, tendo o juiz compe-
tente condicionado a concessão da tutela provisória à 
prestação de caução. A partir deste cenário, assinale a 
opção correta.
(A) Pelo Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição, o 
juiz não poderia condicionar a concessão da tutela 
jurisdicional provisória de urgência à prestação de 
caução.
(B) A tutela jurisdicional provisória de urgência requeri-
da exige apenas dois requisitos: probabilidade do di-
reito invocado e perigo de dano ou risco ao resultado 
útil do processo.
(C) Nesta situação, caso o juiz entendesse não se tratar 
de hipótese de tutela provisória de urgência anteci-
pada antecedente, seria concedido à autora o prazo 
de 15 dias para a emenda da petição inicial.
(D) Uma vez concedida a tutela provisória de urgência 
antecipada antecedente, a autora terá o prazo de 15 
dias ou mais para o aditamento de sua petição inicial, 
nos mesmos autos, sem incidência de novas custas 
processuais.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
53 
Madalena, ao receber R$ 200.000,00 (duzentos mil re-
ais) de herança, adquiriu os eventuais direitos e obriga-
ções sobre um lote situado em Cabo Frio-RJ, de Olavo, 
que os adquiriu de Pedro, que os adquiriu de Lúcio, que 
os adquiriu de Eliomar. Todavia, Madalena é demandada 
por Sofia, verdadeira titular de tais direitos. Desespera-
da, procura o Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade de 
Direito local para fazer sua defesa, bem como resguardar 
seus direitos em relação à Olavo, de quem adquiriu os 
tais direitos sobre o lote, a título oneroso. A partir deste 
cenário, assinale a resposta correta.
(A) Madalena terá 30 dias para contestar, podendo ale-
gar em preliminar sua ilegitimidade passiva.
(B) Madalena terá 30 dias para contestar, podendo pro-
mover a denunciação da lide em relação à Olavo, no 
corpo da contestação.
(C) Madalena terá 15 dias para contestar, podendo pro-
mover a denunciação da lide em relação à Olavo, no 
corpo da contestação.
(D) Madalena terá 30 dias para contestar, podendo pro-
mover a denunciação da lide em relação à Eliomar, 
no corpo da contestação.
54 
Cosme ajuizou uma ação de cobrança em face de Edgar. 
Após o devido processo legal, recebeu uma sentença 
totalmente favorável. Todavia, inconformado, Edgar re-
solveu recorrer, tendo o recurso sido admitido no duplo 
efeito. Entretanto, Cosme sabe da existência de um úni-
co imóvel penhorável do devedor, razão pela qual quer 
garantir o êxito da futura etapa de cumprimento de sen-
tença, por meio de uma posição privilegiada de credor. 
Neste contexto, assinale a opção correta.
(A) Cosme poderá requerer o cumprimento provisório 
da sentença.
(B) Cosme pode promover a hipoteca judiciária, desde 
que haja prévia autorização judicial.
(C) Cosme poderá pedir uma certidão premonitória, 
averbando-a no Cartório de Imóveis competente.
(D) Cosme pode promover a hipoteca judiciária, me-
diante simples apresentação da cópia da sentença 
perante o Cartório de Imóveis competente, indepen-
dentemente de prévia autorização judicial, com a 
consequente comunicação ao juízo da causa.
55 
Georgiana, residente e domiciliada em Brasília-DF, ajui-
zou uma ação indenizatória em face do Canadá, perante 
a 1ª Vara Federal da seção judiciária do Distrito Fede-
ral. Apóso devido processo legal, seus pedidos foram 
julgados integralmente improcedentes. Inconformada, 
a autora procura sua advogada Pâmela, a fim de tomar 
uma providência processual apta a modificar o resultado 
negativo. Considerando a realidade narrada, o caminho 
processual indicado é:
(A) Apelação a ser interposta perante o Tribunal Regio-
nal Federal da 1ª Região, no prazo de 15 dias.
(B) Apelação a ser interposta perante o juízo a quo, no 
prazo de 15 dias.
(C) Recurso ordinário constitucional, a ser interposto pe-
rante o juízo a quo, no prazo de 15 dias.
(D) Recurso ordinário constitucional, a ser interposto 
perante o Superior Tribunal de Justiça, no prazo de 
15 dias.
56 
Lívia foi citada em uma execução de título executivo ex-
trajudicial promovida por Dora. Considerando que não 
foi efetuado o pagamento da dívida de R$ 100.000,00 
no prazo legal, tendo escoado o prazo para apresentação 
de embargos à execução, foi requerida pela exequente a 
penhora on-line, que, todavia, restou infrutífera. Poste-
riormente, foi obtida a penhora de um veículo de titulari-
dade da devedora, quitado, e avaliado em R$ 80.000,00. 
A partir destas informações, marque a assertiva correta.
(A) Será dada preferência à adjudicação do bem em favor de 
Dora, respeitando-se o valor da avaliação, e consequente 
prosseguimento da execução pelo valor remanescente.
(B) O referido bem penhorado não poderá ser adjudica-
do pelo cônjuge, companheiro, ascendentes ou des-
cendentes da executada.
(C) Caso o bem não seja adjudicado pela exequente, Lívia 
terá direito de requerer o parcelamento do débito.
(D) Será dada preferência à alienação judicial por inicia-
tiva particular ao invés da adjudicação.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
57 
Marta promoveu uma ação em face de Elaine. Após de-
cisão final favorável à autora, diante da demora na sua 
publicação, Marta perguntou a seu advogado Leandro se 
este não poderia agilizar a ciência do advogado da parte 
contrária, a fim de que o prazo recursal já se iniciasse, 
no intuito de obter o trânsito em julgado de forma mais 
rápida, caso não houvesse interposição de recurso, com 
a consequente instauração da fase executiva. A partir 
destas informações, assinale a opção certa segundo o 
CPC vigente:
(A) O advogado Leandro pode intimar o advogado de 
Elaine por meio de mensagem via WhatsApp.
(B) O advogado Leandro pode intimar o advogado 
de Elaine pelo correio, com aviso de recebimen-
to, instruindo o ofício de intimação com a cópia da 
sentença.
(C) No caso apresentado, a intimação só poderá ocorrer 
judicialmente.
(D) Caso a intimação seja enviada pelo advogado Lean-
dro ao advogado de Elaine, via correio, ao endereço 
mencionado no processo, tal intimação não será vá-
lida se não recebida pessoalmente pelo causídico de 
Elaine, em virtude de mudança temporária de ende-
reço não informada nos autos.
Direito Penal
Michelle Tonon
58 
Tatiana foi condenada em janeiro de 2022 pela prática 
do crime de estelionato. Na dosimetria, o juiz, na pri-
meira fase, exasperou a pena-base, ao argumento de 
que Tatiana tinha plena consciência da ilicitude de sua 
conduta. Além disso, considerou ações penais em curso 
e inquéritos policiais como conduta social negativa. Na 
segunda fase, não considerou a atenuante da confissão 
espontânea, sob o fundamento de que Tatiana admitiu 
apenas parcialmente os fatos narrados na denúncia. In-
conformada e desejando recorrer da sentença, Tatiana 
procura você, advogado(a).
Considerando a jurisprudência e o entendimento sumu-
lado do STJ sobre a dosimetria da pena, assinale a alter-
nativa correta.
(A) A afirmação de que Tatiana possuía plena consci-
ência da ilicitude de sua conduta não é idônea para 
exasperação da pena-base, pois constitui elemento 
ínsito ao delito.
(B) Inquéritos policiais e ações penais em curso podem 
ser considerados para exasperar a pena-base.
(C) A dosimetria da pena está correta, em consonância 
com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, não 
havendo argumento para um recurso de apelação.
(D) Somente a confissão espontânea e completa, sobre 
todos os fatos articulados na denúncia, autoriza a in-
cidência da atenuante genérica, na segunda fase da 
dosimetria.
59 
Maurício, 33 anos, subtraiu cerca de 3 mil reais em di-
nheiro de seu pai, Lucas, 64 anos, para adquirir uma 
moto seminova e trabalhar como entregador.
Considerando as disposições legais pertinentes, con-
sultado por Lucas acerca da responsabilidade penal de 
Maurício, você deverá explicar que:
(A) Maurício praticou conduta atípica, pois é herdeiro 
de Lucas.
(B) Maurício é isento de pena, visto que praticou crime 
de furto em prejuízo de seu ascendente. 
(C) Maurício praticou crime impossível, pois em prejuízo 
de seu pai.
(D) Maurício não é isento de pena.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
60 
Felipe, jovem de 24 anos, foi a um show na cidade de 
São Paulo no dia 18 de dezembro de 2022. Durante a 
apresentação da banda, Felipe percebeu que João esta-
va distraído, dançando e cantando e, aproveitando-se da 
circunstância, subtraiu o telefone celular que estava no 
bolso traseiro da calça de João. O aparelho custou a João 
cerca de 7 mil reais. No dia seguinte ao show, João foi 
até a delegacia e comunicou o fato. Passados três dias 
do ocorrido, em 21 de dezembro de 2022, Felipe foi con-
vencido por sua namorada, Bruna, a devolver o celular, 
o que de fato foi feito, na mesma delegacia onde João 
registrara a ocorrência.
Apesar disso, em 10 de janeiro de 2023, o Ministério Pú-
blico denunciou Felipe como incurso nas penas do art. 
155, § 4º, II, do CP (furto qualificado pela destreza).
Considerando apenas os fatos narrados, na orienta-
ção jurídica a Felipe, você, advogado/a, deverá es-
clarecer que:
(A) houve arrependimento eficaz, considerando que Fe-
lipe impediu a produção do resultado.
(B) houve desistência voluntária, visto que Felipe de-
sistiu voluntariamente de seguir com a execução 
do furto.
(C) houve arrependimento posterior, fazendo Felipe jus 
à causa de diminuição de pena.
(D) a conduta de Felipe é atípica, considerando o princí-
pio da insignificância e a devolução do celular a João.
61 
Carlos e Diana terminaram, em agosto de 2022, um rela-
cionamento amoroso de cerca de três anos. Entretanto, 
Diana não se conforma e, diariamente, espera Carlos na 
saída do trabalho, seguindo-o até em casa. Diana tam-
bém faz ligações telefônicas várias vezes ao dia e manda 
mensagens por aplicativos de conversas instantâneas 
e redes sociais. Tais comportamentos já se prolongam 
por um mês. Preocupado com a situação, Carlos procura 
você, advogado/a, para aconselhamento jurídico. Nessa 
situação, você deverá explicar a Carlos que:
(A) Diana pode ser penalmente responsabilizada pela 
contravenção penal de perturbação da tranquilidade.
(B) Diana pode ser penalmente responsabilizada pelo 
crime de perseguição, devendo Carlos comparecer à 
delegacia de polícia e representar pela apuração cri-
minal dos fatos.
(C) A conduta de Diana é atípica, representando mero 
dissabor a Carlos, que poderá pleitear uma indeniza-
ção na esfera cível.
(D) A conduta de Diana caracteriza o crime de violência 
psicológica, tipificado no Código Penal.
62 
Cleverson, completamente embriagado após passar a 
tarde assistindo jogo de futebol em um bar, foi ao ce-
mitério da cidade e se dirigiu à sepultura de Fábio, um 
antigo desafeto. Com um pedaço de madeira que encon-
trou, desferiu vários golpes contra a sepultura, quebran-
do quadros, vasos e vidros que ali haviam sido colocados 
pelos familiares de Fábio, em sua homenagem. Com o 
barulho dos objetos quebrados, seguranças acionaram 
a polícia, que prendeu Cleverson em flagrante. Conside-
rando o caso narrado, assinale a alternativa correta.
(A) A embriaguez completa de Cleverson caracteriza-se 
como excludente de culpabilidade.
(B) A conduta de Cleverson tipifica-se como crime de 
violação de sepultura, já que o respeitoaos mortos é 
bem jurídico tutelado pelo Código Penal.
(C) Tendo em vista que Cleverson estava completamente 
embriagado e que não tinha intenção de profanar a 
sepultura, configura-se apenas crime de dano ao pa-
trimônio.
(D) A conduta de Cleverson é atípica, gerando apenas 
indenização na esfera cível aos herdeiros de Fábio, 
pelos danos morais e materiais.
63 
Euclides, 45 anos, primário, porém com ação penal em 
curso pela suposta prática do crime de furto, foi preso 
em flagrante com 15 gramas de cocaína, divididos em 
cinco pequenas embalagens, e uma balança de precisão, 
além de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais), em 
notas trocadas. Considerando a situação hipotética, assi-
nale a opção correta com base na legislação e no enten-
dimento do Superior Tribunal de Justiça.
(A) A pequena quantidade de substância entorpecente 
apreendida permite a aplicação do princípio da in-
significância ao crime de tráfico de drogas, por ser 
delito de perigo abstrato.
(B) Considerando a existência de uma ação penal em 
curso, Euclides não poderá ser beneficiado pela cau-
sa de diminuição de pena do tráfico privilegiado.
(C) Euclides praticou o crime de associação para o trá-
fico de drogas, considerando as condições de acon-
dicionamento da substância, em diferentes porções, 
a apreensão de balança de precisão e de quantia de 
dinheiro trocado em espécie.
(D) Euclides poderá ser beneficiado pela incidência da 
causa de diminuição de pena do tráfico privilegiado, 
pois, segundo entendimento mais atual da jurispru-
dência, ações penais em curso não podem obstar a 
benesse.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Direito Processual Penal
Lorena Ocampos
64 
Jônatas, morador do Rio de Janeiro, recebeu uma men-
sagem pelo celular que oferecia a ele um empréstimo. 
Imediatamente, diante das dificuldades financeiras, Jô-
natas entrou em contato para contratar um empréstimo 
no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) 
e, para tanto, depositou, a título de “custas”, um valor 
de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em uma conta corren-
te vinculada a uma agência bancária localizada em São 
Paulo. A conta pertencia a Bruno, morador do Goiânia. 
Somente depois da transferência percebeu se tratar de 
uma fraude e nunca recebeu os R$ 150.000,00 (cento e 
cinquenta mil reais). Jônatas, quando percebeu ser víti-
ma de um golpe, estava com a sua família a trabalho na 
cidade de Brasília e decidiu registrar a ocorrência nesta 
cidade. A competência para instruir e julgar o delito aci-
ma narrado será
(A) de Brasília.
(B) de São Paulo.
(C) de Goiânia.
(D) do Rio de Janeiro.
65 
Analise a seguinte situação hipotética: Gustavo cumpre 
pena há dois anos em Belo Horizonte/MG por condena-
ção definitiva por crime de roubo. Na comarca de Unaí/
MG foi oferecida e recebida denúncia contra Gustavo 
pela prática de crime de latrocínio consumado na cidade 
de Unaí/MG, na data de 12/4/2022. O juiz determinou 
a citação de Gustavo, mas o acusado não foi localizado 
nos endereços oferecidos pelo Ministério Público na de-
núncia. Não havia informação nos autos de que Gusta-
vo cumpria pena na cidade de Belo horizonte/MG. Foi 
determinada, então, a citação por edital de Gustavo. A 
respeito do caso acima, é correto afirmar que:
(A) a citação por edital é nula, devendo Gustavo ser cita-
do de forma pessoal.
(B) encontrando-se preso o réu, a sua requisição ao pre-
sídio de Belo Horizonte/MG supre a citação.
(C) a citação é válida porque cabe à defesa do réu in-
formar ao juízo sobre a sua localização, o que não 
foi feito.
(D) a citação é válida, em razão de encontrar-se preso 
em outra cidade.
66 
O procedimento comum é dividido em comum ordiná-
rio, sumário e sumaríssimo, nos termos do art. 394 do 
Código de Processo Penal. Suponha que Breno foi de-
nunciado pelo delito de roubo simples, que possui pena 
máxima em abstrato de 10 anos, e que, após o ofereci-
mento e recebimento da denúncia, o réu tenha sido ci-
tado e a defesa tenha apresentado resposta à acusação 
requerendo a absolvição sumária de Breno por diversos 
motivos. De acordo com o art. 397 do Código de Pro-
cesso Penal, aponte qual motivo abaixo pode conduzir à 
absolvição sumária de Breno.
(A) Não existir prova de que o réu concorreu para 
o roubo.
(B) Existência manifesta da semi-imputabilidade do 
agente.
(C) Existência manifesta de inimputabilidade do agente.
(D) Existência manifesta de causa de legítima defesa.
67 
Analise a seguinte situação hipotética: João é juiz de 
direito no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tendo 
tomado posse no dia 4/5/2016. Em 19/3/2022, o magis-
trado, no exercício de suas funções, compareceu ao 2º 
ofício de notas da cidade do Rio de Janeiro para realizar 
diligência de correção extrajudicial. No local, foi recebi-
do pelo funcionário Ricardo. Durante a realização da di-
ligência, os dois vieram a se desentender e João desferiu 
diversos socos e chutes em Ricardo que veio a cair e ba-
ter com a cabeça na quina da bancada do cartório. Dias 
depois, em razão das lesões sofridas, sobretudo da bati-
da na cabeça, Ricardo veio a falecer. Recebidos os autos 
do inquérito policial pelo Ministério Público, foi ofereci-
da denúncia pelo crime de homicídio com dolo eventual 
em relação ao resultado morte. Aponte em qual órgão a 
denúncia foi oferecida.
(A) Superior Tribunal de Justiça.
(B) Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
(C) Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.
(D) Vara Criminal do Rio de Janeiro.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
68 
Analise a seguinte situação hipotética: Consta dos autos 
que Marcos foi denunciado pela suposta prática de cri-
me de estupro de vulnerável de sua filha. O acusado foi 
denunciado, o juiz recebeu a denúncia, foi determina-
da a citação do réu e a defesa. Em resposta à acusação, 
arrolou a esposa de Marcos como testemunha para ser 
ouvida em audiência de instrução e julgamento. Consta 
dos autos que a esposa de Marcos foi a única que soube 
do caso, não havendo demais testemunhas para serem 
ouvidas ou demais provas para serem colhidas. Sobre o 
tema prova testemunhal no processo penal, é correto 
afirmar que nesse caso a esposa de Marcos:
(A) é proibida de depor em razão da função, ministério, 
ofício ou profissão, somente sendo autorizada sua 
oitiva se assim quiser e houver autorização do de-
nunciado, nos termos do art. 207 do Código de Pro-
cesso Penal.
(B) deverá ser ouvida na condição de informante, nos ter-
mos dos arts. 206 e 208 do Código de Processo Penal.
(C) será ouvida diretamente pelo juiz que formulará as 
perguntas primeiro à testemunha. Somente ao final 
as partes poderão complementar com perguntas que 
tiverem interesse.
(D) será ouvida no último momento da audiência de ins-
trução e julgamento, após a colheita do depoimen-
to da vítima e após a realização do interrogatório 
do réu.
69 
A prisão temporária está prevista na Lei n. 7.960/1989 e 
é aquela que visa assegurar uma eficaz investigação po-
licial, quando se tratar de apuração de infração penal de 
natureza grave. A respeito do tema, considere a seguinte 
situação: Pedro é investigado por crime de cárcere priva-
do de sua esposa, Júlia, e foi preso temporariamente na 
data de hoje. Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
(A) A prisão temporária pode ter sido decretada de ofí-
cio pelo juiz, independentemente de requerimento 
do Ministério Público ou de representação da autori-
dade policial.
(B) Se o crime investigado no inquérito policial for he-
diondo ou equiparado a hediondo, o prazo da prisão 
temporária será fixado em, no máximo, quinze dias, 
prorrogáveis uma vez por igual período.
(C) Decorrido o prazo da prisão temporária de Pedro, a 
autoridade responsável deverá pôr imediatamente 
Pedro em liberdade, salvo se já tiver sido comunica-
da da prorrogação da prisão temporária ou da decre-
tação da prisão preventiva.
(D) Pedro poderá permanecer junto aos presos preventi-
vos e aos condenados definitivos.
Direito doTrabalho
Rogério Dias
70 
Silvana Silva trabalhou para a empresa Zetta Ltda., pres-
tando serviços de auxiliar de serviços gerais, no Ministé-
rio da Justiça, de 2019 a 2021. Quando de sua dispensa, 
a empregada nada recebeu. Ajuizada ação trabalhista, 
em 2022, em face de seu ex-empregador e da União, 
atribuiu-se à causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil 
reais). Nessa situação,
(A) a União terá responsabilidade solidária, caso eviden-
ciada sua conduta culposa no tocante à fiscalização 
do contrato.
(B) a União não terá responsabilidade pelo inadimple-
mento das obrigações trabalhistas.
(C) a União não precisa constar do título executivo judi-
cial para responder pelas obrigações trabalhistas.
(D) a União terá responsabilidade subsidiária, caso evi-
denciada sua conduta culposa no tocante à fiscaliza-
ção do contrato.
71 
Juliano foi eleito diretor suplente de sociedade coopera-
tiva no ano de 2021, para exercer seu mandato no ano 
de 2022. Em setembro de 2022, Juliano foi dispensado 
sem justa causa e procura o seu escritório para saber 
acerca de sua estabilidade. Nessa situação,
(A) Juliano tem o mesmo período de estabilidade do di-
rigente sindical.
(B) a dispensa está correta.
(C) Juliano deve ser reintegrado.
(D) tanto o diretor titular quanto o suplente não têm es-
tabilidade.
72 
Após o auge da pandemia, a empresa ZRT Ltda. e o sin-
dicato dos empregados celebraram Acordo Coletivo de 
Trabalho para reduzir a jornada de trabalho e o salário 
dos empregados da empresa, pelo período de 4 me-
ses. Com isso,
(A) durante o período de vigência do referido instrumen-
to coletivo, os empregados não podem sofrer despe-
dida imotivada.
(B) trata-se de acordo inválido, já que não se permite a 
redução dos salários dos empregados.
(C) após a reforma trabalhista, o acordo coletivo não po-
deria estabelecer esta regra.
(D) o acordo somente teria validade se fosse homologa-
do pela justiça do trabalho.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
73 
Na remuneração de Cosme, além da quantia fixa esti-
pulada e paga diretamente pelo empregador, estão: as 
comissões, as gratificações legais e as gorjetas. Cosme 
constatou que as gorjetas recebidas, apesar de integra-
rem a remuneração, não serviram de base de cálculo 
para suas horas extras. Então, procurou o seu escritório 
para sanar a dúvida. Diante disso,
(A) a empresa agiu de forma errada ao não repercutir as 
gorjetas nas horas extras.
(B) a gorjeta tem natureza salarial e deve repercutir no 
pagamento das horas extras.
(C) a empresa agiu corretamente ao não repercutir as 
gorjetas nas horas extras.
(D) as gorjetas somente não repercutem no pagamento 
do aviso prévio.
74 
A empresa BBW Ltda. e o seu empregado Adilson cele-
braram contrato de trabalho intermitente. Estabeleceu-
-se que Adilson trabalharia por três meses. Findo esse 
período, o empregado entrou em período de inativida-
de, recebendo apenas a remuneração do mês anterior. 
Nessa situação,
(A) agiu corretamente o empregador, já que não há ex-
tinção do contrato de trabalho.
(B) o empregado deveria receber, além da remuneração do 
mês anterior, férias proporcionais acrescidas do terço 
constitucional, décimo terceiro salário proporcional, re-
pouso semanal remunerado e os adicionais legais.
(C) agiu erroneamente o empregador, pois o contrato 
deveria ter sido extinto.
(D) o empregado somente teria direito a receber a re-
muneração do mês anterior, do repouso semanal re-
munerado e dos adicionais legais.
75 
Thiago foi contratado para prestar seus serviços em re-
gime de teletrabalho, por jornada. Nos dois últimos me-
ses, o empregado fez diversas horas extras e não rece-
beu por elas. Inconformado, procurou o departamento 
de pessoal, o qual o informou que as pessoas que tra-
balham em regime de teletrabalho não têm direito ao 
pagamento de horas extras eventualmente realizadas. 
Nessa hipótese,
(A) a informação está errada, pois Thiago tem direito às 
horas extras.
(B) a informação está correta.
(C) a informação está errada, pois quem trabalha em regime 
de teletrabalho, por tarefa, tem direito às horas extras.
(D) a informação está errada, pois quem trabalha em re-
gime de teletrabalho, por tarefa ou produção, tem 
direito às horas extras.
Direito Processual do Trabalho
Aryanna Linhares
76 
Alcmena foi dispensada sem justa causa por Palácio de 
Hera Jardinagem Ltda. Ao receber as verbas rescisórias, 
Alcmena verificou que nelas não estavam os valores cor-
respondentes à equiparação salarial com Galintia, sua 
amiga e colega de trabalho. Necessitando de uma orien-
tação jurídica, Alcmena procura você, como advogado(a). 
Com sua assessoria, inicia um acordo extrajudicial com a 
ex-empregadora. O acordo é reduzido a termo e, nele, o 
valor e a identificação da parcela são especificados. Am-
bas as partes e seus respectivos advogados assinam o 
termo e o levam para ser homologado junto à Justiça do 
Trabalho. Contudo, a juíza do caso se nega a homologá-lo 
por entender que é um ato lesivo à trabalhadora e acaba 
proferindo sua decisão nesse sentido. Com base no ex-
posto e de acordo com a norma legal, indique, caso exista, 
a medida processual adequada para pleitear a reforma da 
decisão proferida.
(A) Recurso Ordinário.
(B) Mandado de Segurança.
(C) Resta às partes formular um novo pedido de homologação 
idêntico ao primeiro e dirigi-lo a outra Vara.
(D) Como se trata de uma decisão interlocutória, não há 
medida cabível para pleitear sua reforma.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
77 
Odisseu foi intimado pelo juiz Agamemnon a apresen-
tar os cálculos de liquidação na reclamatória trabalhis-
ta que propôs em face de Marcenaria Cavalos de Tróia, 
sua ex-empregadora, e que já se encontra em fase de 
execução. Odisseu assim o fez. Em seguida, o juiz Aga-
memnon determinou que o cálculo fosse conferido pela 
contadoria da Vara do Trabalho em que a ação trami-
ta. Após precisa verificação, o calculista asseverou que 
os cálculos estavam corretos e em conformidade com a 
coisa julgada. Agamemnon, então, homologou a conta 
e determinou ao executado o depósito voluntário da 
quantia, sob pena de execução forçada. Com base nos 
fatos narrados e observando as normas legais vigentes, 
assinale a afirmativa correta.
(A) Considerando que as contas foram verificadas e foi 
impressa a celeridade devida ao processo trabalhis-
ta, observando a duração razoável do mesmo, o juiz 
Agamemnon agiu corretamente.
(B) O juiz Agamemnon não agiu corretamente, pois só 
poderia homologar o cálculo após conceder vista ao 
executado pelo prazo de 8 dias.
(C) O juiz Agamemnon não agiu corretamente, pois de-
veria conceder vista dos cálculos ao executado e ao 
INSS pelo prazo de 5 dias úteis.
(D) O juiz Agamemnon agiu corretamente, pois tem li-
berdade para criar a forma que melhor atenda aos 
anseios da justiça, tendo em vista que a lei não fixa 
uma dinâmica específica para a liquidação.
78 
Mondego Pescados e Pesqueiros Danglars são empresas 
que pertencem ao grupo econômico Monte Cristo Indústrias 
Pesqueiras. Uma ação é movida contra as duas empresas e 
uma terceira, a Bertuccio Bistrô, que, alegadamente, foi to-
madora dos serviços durante parte do contrato. Para a defe-
sa, cada empresa contratou seu próprio advogado. Havendo 
a interposição de recurso de revista,
(A)o prazo será de 10 dias.
(B) o prazo será definido pelo juiz que poderá deferir a 
dilação para não prejudicar a ampla defesa.
(C) o prazo será contado normalmente.
(D) o prazo será em dobro, uma vez que há litisconsórcio 
passivo com procuradores diferentes.
79 
A empresa Dantès Mineração Ltda. figura como reclama-
da na ação trabalhista proposta por Gaspard Caderous-
se. Dantès Mineração contratou o escritório de advoca-
cia em que você trabalha para assisti-la na audiência. 
Diante da importância do cliente, você, advogado-chefe 
responsável pela área trabalhista do escritório, optou 
por não delegar a missão e a assumiu pessoalmente. Aempresa forneceu-lhe a cópia da defesa e dos documen-
tos e afirmou que tudo havia sido juntado aos autos do 
processo eletrônico. Aberta a audiência, estranhamen-
te, o juiz De Villefort, ao consultar os autos eletrônicos 
do processo, explicou que a defesa não estava nele e que 
apenas os documentos se faziam presentes. Diante dis-
so, o juiz De Villefort, com semblante pouco amigável, 
facultou-lhe a opção de apresentar defesa. Nos exatos 
termos previstos na CLT, o que se deverá fazer é
(A) requerer o adiamento da audiência para entrega 
posterior da defesa.
(B) entregar na mesma hora a cópia escrita que está em 
suas mãos.
(C) requerer imediatamente a digitalização da defesa 
que está em suas mãos para que seja juntada ao 
processo.
(D) aduzir defesa oral em 20 minutos.
80 
D’Artagnan ajuizou reclamação trabalhista em dezembro 
de 2022 em face de Richelieu Espadas e Mosquetes Ltda. 
Seus pedidos foram julgados totalmente procedentes. 
D’Artagnan contratou, como advogado particular, seu 
amigo Aramis, antigo companheiro de labutas e aventu-
ras que havia há pouco se graduado em Direito e, tendo 
obtido êxito no exame da OAB, já se encontrava regular-
mente inscrito nos quadros da Ordem em outubro de 
2022. No que tange à verba honorária, de acordo com a 
CLT, assinale a afirmativa correta.
(A) Haverá condenação em honorários de 5%, no 
mínimo, e 15 %, no máximo, em favor do advogado.
(B) Considerando que D’Artagnan não está assistido 
pelo sindicato de classe, não haverá condenação em 
honorários advocatícios.
(C) Somente haveria condenação em honorários de até 
20%, se a assistência do advogado de D’Artagnan ti-
vesse sido gratuita.
(D) Haverá condenação em honorários de 10%, no 
mínimo, e 20%, no máximo, em favor do advogado.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B A D D C B X B A C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D C A A D D B A B B
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C A A C C D A B A C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
A A B B B D C A A A
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
B C C C D C D B C B
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
B D B D C A B A D C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
B B D D A D B B C D
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
B A C B A A B C D A
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OAB
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2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Ética Profissional
Maria Christina
1 
João, recém-aprovado no Exame de Ordem, celebrou 
contrato verbal de consultoria jurídica com um cliente. 
Questionado sobre as regras jurídicas, assinale a op-
ção correta.
(A) O contrato de consultoria deverá ser necessariamen-
te celebrado por escrito.
(B) O contrato de consultoria poderá ser celebrado por 
escrito ou verbalmente.
(C) O contrato de consultoria deve ser celebrado junta-
mente com a outorga de mandato.
(D) O contrato de consultoria deve ser celebrado junta-
mente com a outorga de mandato e deverá estipular 
por escrito o valor dos honorários advocatícios.
Letra b.
(A) Errada. Pode ser celebrado por escrito ou 
verbalmente.
(B) Certa. Art. 5°, § 4º, do EOAB. As atividades de con-
sultoria e assessoria jurídicas podem ser exercidas de 
modo verbal ou por escrito, a critério do advogado e do 
cliente, e independem de outorga de mandato ou de for-
malização por contrato de honorários.
(C) Errada. Independe de procuração ou formalização 
por meio de contrato de honorários.
(D) Errada. A consultoria pode ser feita com ou sem pro-
curação e por contrato verbal ou por escrito.
2 
Maria, recém aprovada no Exame de Ordem, requereu 
sua inscrição nos quadros da OAB e em algumas comis-
sões dentro de sua seccional. Sobre as comissões, é cor-
reto afirmar que:
(A) são comissões obrigatórias as de estágio e exame de 
ordem, finanças e orçamentos e direitos humanos.
(B) são comissões obrigatórias as de estágio e exame de 
ordem, direito constitucional e processo civil.
(C) são comissões obrigatórias as de estágio e exame 
de ordem, prerrogativas dos advogados e direito 
humanos.
(D) são comissões obrigatórias as de estágio e exame de 
ordem, prerrogativas dos advogados e processo civil.
Letra a.
(A) Certa. As únicas comissões obrigatórias são a está-
gio e exame de ordem; finanças e orçamentos; e direi-
tos humanos.
(B) Errada. Direito constitucional e processo civil não são 
obrigatórias.
(C) Errada. A comissão de prerrogativas não é obrigatória.
(D) Errada. Prerrogativas e processo civil não são 
obrigatórias.
3 
João ingressou na faculdade de direito e atingiu o pe-
ríodo de estágio obrigatório. Sobre o tema, assinale a 
opção correta.
(A) João, como estagiário, caso cometa uma infração dis-
ciplinar, poderá ser censurado, suspenso, excluído e 
multado.
(B) João, como estagiário, caso cometa uma infração dis-
ciplinar, poderá ser censurado, suspenso ou excluído.
(C) João, como estagiário, caso cometa uma infração dis-
ciplinar, poderá ser censurado ou suspenso.
(D) João, como estagiário, caso cometa uma infração dis-
ciplinar, somente poderá ser censurado.
Letra d.
(A) Errada. O estagiário somente poderá ser censurado.
(B) Errada. O estagiário somente poderá ser censurado.
(C) Errada. O estagiário somente poderá ser censurado.
(D) Certa. A única penalidade que o estagiário po-
derá suportar é a penalidade de censura. (Art. 34, 
XXIX, do EOAB).
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
4 
Sobre o direito à sustentação oral do advogado, assinale 
a opção correta.
(A) O advogado poderá realizar a sustentação oral dos 
recursos de apelação, agravo de instrumento, recur-
so ordinário, recurso especial e extraordinário, em-
bargos de divergência.
(B) O advogado poderá realizar a sustentação oral dos 
recursos de apelação, agravo de instrumento e agra-
vo interno, recurso ordinário, recurso especial e ex-
traordinário, embargos de divergência.
(C) O advogado poderá realizar a sustentação oral da 
ação rescisória, mandado de segurança, habeas cor-
pus, habeas data, mandado de injunção e ações de 
competência originária.
(D) O advogado poderá realizar a sustentação oral da 
ação rescisória, mandado de segurança, habeas cor-
pus e ações de competência originária.
Letra d.
(A) Errada. Agravo de Instrumento não é possível.
(B) Errada. Agravo de Instrumento e agravo interno não 
são possíveis.
(C) Errada. Habeas data e mandando de injunção não 
são possíveis.
(D) Certa. O advogado somente poderá fazer sustenta-
ção oral dos recursos e ações previstos no art. 7°, § 2°-B, 
do EOAB, quais sejam: apelação, recurso ordinário, re-
curso especial e extraordinário, embargos de divergên-
cia, ação rescisória, mandado de segurança, habeascor-
pus e ações de competência originária.
5 
Sobre os direitos dos advogados, assinale a alternati-
va correta.
(A) A medida judicial cautelar que importe na violação 
do escritório ou do local de trabalho do advogado 
será determinada em hipótese excepcional, desde 
que exista certeza da prática de crime.
(B) A medida cautelar para apreensão de bens no escri-
tório do advogado será permitida se fundada exclusi-
vamente em elementos produzidos em declarações 
do colaborador mesmo que sem confirmação por 
outros meios de prova.
(C) O ingresso no escritório do advogado deve ser acom-
panhado por membro da OAB que terá direito a ser 
respeitado pelos agentes responsáveis pelo cumpri-
mento do mandado de busca e apreensão, sob pena 
de abuso de autoridade.
(D) A autoridade responsável por ingressar no escritório 
do advogado deverá informar, com antecedência mí-
nima de 48 horas, à seccional da OAB a data, o horá-
rio e o local em que serão analisados os documentos 
e os equipamentos apreendidos, garantido o direito 
de acompanhamento, em todos os atos, pelo repre-
sentante da OAB e pelo profissional investigado.
Letra c.
(A) Errada. Mero indício.
Art. 7°, § 6º-A, do EOAB. A medida judicial cautelar 
que importe na violação do escritório ou do local de 
trabalho do advogado será determinada em hipótese 
excepcional, desde que exista fundamento em indí-
cio, pelo órgão acusatório.
(B) Errada.
Art. 7°, § 6º-B, do EOAB. É vedada a determinação 
da medida cautelar prevista no § 6º-A deste artigo se 
fundada exclusivamente em elementos produzidos 
em declarações do colaborador sem confirmação por 
outros meios de prova.
(C) Certa.
Art. 7°, § 6º-C, do EOAB. O representante da OAB 
referido no § 6º deste artigo tem o direito a ser res-
peitado pelos agentes responsáveis pelo cumpri-
mento do mandado de busca e apreensão, sob pena 
de abuso de autoridade, e o dever de zelar pelo fiel 
cumprimento do objeto da investigação, bem como 
de impedir que documentos, mídias e objetos não 
relacionados à investigação, especialmente de outros 
processos do mesmo cliente ou de outros clientes 
que não sejam pertinentes à persecução penal, sejam 
analisados, fotografados, filmados, retirados ou apre-
endidos do escritório de advocacia.
(D) Errada.
Art. 7°, § 6º-G, do EOAB. A autoridade responsável 
informará, com antecedência mínima de 24 (vinte e 
quatro) horas, à seccional da OAB a data, o horário 
e o local em que serão analisados os documentos e 
os equipamentos apreendidos, garantido o direito 
de acompanhamento, em todos os atos, pelo repre-
sentante da OAB e pelo profissional investigado para 
assegurar o disposto no § 6º-C deste artigo. (Promul-
gação partes vetadas) (Incluído pela Lei n. 14.365, 
de 2022)
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
6 
Sobre as penalidades aplicadas aos advogados, assinale 
a opção correta.
(A) Os advogados serão excluídos por apropriação inde-
vida de valores devidos ao cliente do advogado.
(B) Os advogados podem ser excluídos da OAB por cola-
boração premiada realizada contra o seu cliente.
(C) Os advogados serão excluídos da OAB por retenção 
abusiva dos autos.
(D) Os advogados serão excluídos da OAB por patrocínio 
infiel realizado contra o seu cliente.
Letra b.
(A) Errada. O advogado, no caso de apropriação indevi-
da, será suspenso por prazo indeterminado do exercício 
da advocacia.
(B) Certa.
Art. 7°, § 6º-I, do EOAB. É vedado ao advogado efetu-
ar colaboração premiada contra quem seja ou tenha 
sido seu cliente, e a inobservância disso importará 
em processo disciplinar, que poderá culminar com 
a aplicação do disposto no inciso III do caput do art. 
35 desta Lei, sem prejuízo das penas previstas no art. 
154 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 (Código Penal)
(C) Errada. Serão suspensos do exercício da profissão.
(D) Errada. Serão suspensos do exercício da profissão.
7 
Sobre as normas de relação com o cliente, assinale a 
opção correta segundo as regras do Código de Ética e 
Disciplina da AOB.
(A) O advogado deve informar o cliente, de modo claro 
e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pre-
tensão, e das consequências que poderão advir da 
demanda, devendo, igualmente, denunciar, desde 
logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qual-
quer circunstância que possa influir na resolução de 
submetê-lo à consulta ou confiar-lhe a causa.
(B) As relações entre advogado e cliente baseiam-se 
na confiança recíproca. Sentindo o advogado que 
essa confiança lhe falta, deve renunciar a causa de 
imediato.
(C) O advogado, no exercício do mandato, atua como 
patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir 
à causa orientação que lhe pareça mais adequada, 
subordinando-se às intenções contrárias do cliente.
(D) A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, 
ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a 
devolver ao cliente bens, valores e documentos que 
lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu 
poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenoriza-
damente, sem prejuízo de esclarecimentos comple-
mentares que se mostrem pertinentes e necessários, 
inclusive, com relação a parcela dos honorários paga 
pelos serviços até então prestados não se inclui en-
tre os valores a ser devolvidos.
Anulado.
8 
Sobre as normas de relação com o cliente, assinale a 
opção correta segundo as regras do Código de Ética e 
Disciplina da OAB.
(A) O advogado não deve aceitar procuração de quem já 
tenha patrono constituído, sem prévio conhecimen-
to deste, em nenhuma circunstância.
(B) O advogado não deve deixar ao abandono ou ao de-
samparo as causas sob seu patrocínio, sendo reco-
mendável que, em face de dificuldades insuperáveis 
ou inércia do cliente quanto a providências que lhe 
tenham sido solicitadas, renuncie ao mandato.
(C) A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção 
do motivo que a determinou, fazendo cessar a res-
ponsabilidade profissional pelo acompanhamento 
da causa, uma vez decorrido o prazo de 15 dias.
(D) A revogação do mandato judicial por vontade do cliente 
o desobriga do pagamento das verbas honorárias con-
tratadas, assim como não retira o direito do advogado 
de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba 
honorária de sucumbência, calculada proporcional-
mente em face do serviço efetivamente prestado.
 
Letra b.
(A) Errada.
Art. 14 do CED. O advogado não deve aceitar procura-
ção de quem já tenha patrono constituído, sem prévio 
conhecimento deste, salvo por motivo plenamente 
justificável ou para adoção de medidas judiciais urgen-
tes e inadiáveis.
(B) Certa.
Art. 15 do CED. O advogado não deve deixar ao aban-
dono ou ao desamparo as causas sob seu patrocínio, 
sendo recomendável que, em face de dificuldades 
insuperáveis ou inércia do cliente quanto a provi-
dências que lhe tenham sido solicitadas, renuncie ao 
mandato.
(C) Errada.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Art. 16 do CED. A renúncia ao patrocínio deve ser fei-
ta sem menção do motivo que a determinou, fazendo 
cessar a responsabilidade profissional pelo acompa-
nhamento da causa, uma vez decorrido o prazo pre-
visto em lei (EAOAB, art. 5º, § 3º).
(D) Errada.
Art. 17 do CED. A revogação do mandato judicial por 
vontade do cliente não o desobriga do pagamento 
das verbas honorárias contratadas, assim como não 
retira o direito do advogado de receber o quanto lhe 
seja devido em eventual verba honorária de sucum-
bência, calculada proporcionalmente em face do ser-
viço efetivamente prestado. 
Filosofia do Direito
Odair José
9 
Aristóteles, em sua obra “Ética a Nicômacos”, apresenta 
duas acepções de justiça, (1) distributiva e (2) corretiva, 
sendo a justiça corretiva subdividida em comutativa e 
reparativa.
Assinale a alternativa, nos termos da obra citada, que faz 
correta referência à justiça reparativa.
(A) É a necessária medida de restituição das condições 
anteriores em que se encontravam as partes antes 
que se fizesse entre elas uma desigualdadeinvo-
luntária.
(B) É a necessária equivalência entre os produtos quan-
do das relações de troca, a fim de nos contratos em 
que envolvam a troca de mercadorias, haja reciproci-
dade entre os valores atribuídos às mercadorias per-
mutadas.
(C) Caracteriza-se pela relação entre particulares e entre 
iguais, cuja origem voluntária das relações implica a 
necessária correção quando do não cumprimento da 
obrigação por uma das partes.
(D) Refere-se à distribuição equitativa e proporcional 
dos bens disponíveis ao governo, que realiza a distri-
buição aos seus súditos conforme o merecimento de 
cada um, por isso alguns poderão receber quinhão 
maior do outros.
Letra a.
(A) Certa. A justiça corretiva reparativa se caracteriza 
por relações que originariamente se deram involuntaria-
mente, como um acidente de trânsito. Nestes termos, a 
justiça implica em reparação dos danos causados.
(B) Errada. A alternativa se refere, na verdade, a uma 
modalidade de justiça por reciprocidade, caracterizada 
pela necessária equivalência entre produtos quando da 
realização de trocas.
(C) Errada. O erro da alternativa está em “voluntária”, 
porque a justiça reparativa tem, como característica 
central, relações que se originaram involuntariamente. 
Além disso, quando se fala em “obrigações”, pressupõe-
-se algum acordo prévio, o que implicaria em relações 
voluntárias na sua origem, o que não é o caso desse tipo 
de justiça.
(D) Errada. A alternativa faz referência a outra acepção 
de justiça, a distributiva.
10 
“Existem duas espécies de interpretação que devem ser 
distinguidas claramente uma da outa: a interpretação do 
Direito pelo órgão que o aplica, e a interpretação do Di-
reito que não é realizada por um órgão jurídico, mas por 
uma pessoa privada e, especialmente, pela ciência jurí-
dica”. (KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. São Paulo: 
WMF Martins Fontes, 2020, p. 388).
Acerca das duas espécies de interpretação do direito a 
que se refere Hans Kelsen, assinale a alternativa correta.
(A) A interpretação realizada pelo órgão aplicador do di-
reito é autêntica e não pode fazer outra coisa senão 
estabelecer as possíveis significações de uma norma 
jurídica.
(B) A interpretação autêntica é uma tarefa criadora da 
norma, por isso essa atividade é realizada exclusiva-
mente pelo legislador democrático.
(C) A interpretação feita pelo órgão aplicador do Direito 
é sempre autêntica, ela cria o Direito.
(D) O ato de vontade exarado pelo órgão aplicador do 
direito não é um ato cognoscitivo, porque este órgão 
realiza tão somente uma operação técnica e não um 
ato de conhecimento.
Letra c.
(A) Errada. A interpretação feita pelo órgão aplicador do 
direito é, de fato, autêntica nos termos kelsenianos, mas 
o erro da alternativa está em afirmar que essa interpre-
tação apenas estabelece significações de uma norma. 
Na verdade, a interpretação autêntica é vinculativa da 
conduta, por isso a alternativa está errada.
(B) Errada. O erro da alternativa está em dizer que a 
interpretação autêntica é realizada pelo legislador. Na 
verdade, quem realiza essa interpretação é o órgão apli-
cador da norma.
(C) Certa. Hans Kelsen afirma que a interpretação au-
têntica é criadora do direito tanto para os casos em que 
assume caráter geral, quanto para os casos concretos, 
ainda que para um caso individual.
(D) Errada. A interpretação cognoscitiva é típica da ciên-
cia do direito, mas o órgão aplicador do direito também 
realiza uma operação cognoscitiva quando analisa os vá-
rios significados possíveis da norma, momento em que 
pode, inclusive, optar pela interpretação produzida pela 
ciência do direito. Ademais, nenhum ato de interpreta-
ção é meramente uma operação técnica.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Direito Constitucional
Ana Paula Blazute
11 
Mais de cem mulheres foram torturadas e assassinadas 
no Estado Y por um grupo de criminosos armados. Al-
guns meses após o fato, restou demonstrada a incapa-
cidade das autoridades locais em oferecer respostas aos 
acontecimentos, não restando dúvidas da grave violação 
aos direitos humanos, sendo evidente o descumprimen-
to das obrigações internacionais assumidas pela Repú-
blica Federativa do Brasil. Assinale a alternativa correta 
de acordo com o caso em análise:
(A) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, 
o Procurador-Geral da República, com a finalidade de 
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes 
de tratados internacionais de direitos humanos dos 
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o 
Supremo Tribunal Federal, em qualquer fase do in-
quérito ou processo, incidente de deslocamento de 
competência para a Justiça Federal.
(B) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, 
o Procurador-Geral da República, com a finalidade de 
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes 
de tratados internacionais de direitos humanos dos 
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, apenas na 
fase processual, após a denúncia, incidente de deslo-
camento de competência para a Justiça Federal.
(C) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, 
o Advogado-Geral da União, com a finalidade de as-
segurar o cumprimento de obrigações decorrentes de 
tratados internacionais de direitos humanos dos quais 
o Brasil seja parte, poderá suscitar, em qualquer fase 
do inquérito ou processo, após a denúncia, incidente de 
deslocamento de competência para a Justiça Federal.
(D) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, 
o Procurador-Geral da República, com a finalidade de 
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes 
de tratados internacionais de direitos humanos dos 
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o 
Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do in-
quérito ou processo, incidente de deslocamento de 
competência para a Justiça Federal.
Letra d.
Art. 109, § 5º, CRFB. Nas hipóteses de grave violação 
de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, 
com a finalidade de assegurar o cumprimento de obriga-
ções decorrentes de tratados internacionais de direitos 
humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, 
perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase 
do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de 
competência para a Justiça Federal.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
12 
Roberta, Rogério, Alice e Patrícia estudam para concur-
sos de carreiras jurídicas. Certo dia, resolveram estudar 
juntos direito constitucional, e escolheram como tema 
Poder Legislativo. Cada um escolheu um artigo da Cons-
tituição para ler, e um deles alterou, na sua leitura, o 
que estava escrito na Constituição de 1988. Consideran-
do que dentre os quatro, três leram “ipsis litteris” e um 
modificou a redação do que está escrito na Constituição, 
assinale a alternativa correta.
(A) Quem modificou o que está escrito na Constituição 
foi Roberta, pois afirmou que compete privativamen-
te à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços 
de seus membros, a instauração de processo contra 
o Presidente e o Vice-Presidente da República e os 
Ministros de Estado.
(B) Quem modificou o que está escrito na Constituição 
foi Rogério, pois afirmou ser da competência exclu-
siva do Congresso Nacional autorizar o Presidente e 
o Vice-Presidente da República a se ausentarem do 
País, quando a ausência exceder a quinze dias.
(C) Quem modificou o que está escrito na Constituição 
foi Alice, pois afirmou ser da competência do Senado 
Federal sustar os atos normativos do Poder Executivo 
que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites 
de delegação legislativa.
(D) Quem modificou o que está escrito na Constituição 
foi Patrícia, pois afirmou ser da competência da Câ-
mara dos Deputados proceder à tomada de contas 
do Presidente da República, quando não apresenta-
das ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias 
após a abertura da sessão legislativa.
Letra c.
(A) Errada. Não houve modificação do que estava escri-
to,visto que, de acordo com o art. 51, CF:
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos De-
putados: 
I – autorizar, por dois terços de seus membros, a ins-
tauração de processo contra o Presidente e o Vice-
-Presidente da República e os Ministros de Estado.
(B) Errada. Não houve modificação do que estava escri-
to, visto que, de acordo com o art. 49:
Art. 49. Compete ao Congresso Nacional:
III – autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da Re-
pública a se ausentarem do País, quando a ausência 
exceder a quinze dias.
(C) Certa. Quem modificou o que está escrito na Cons-
tituição foi Alice, pois afirmou ser da competência do 
Senado Federal sustar os atos normativos do Poder Exe-
cutivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos 
limites de delegação legislativa. Na verdade, a compe-
tência é do Congresso Nacional, segundo o artigo 49, 
V, da CRFB.
(D) Errada. Não houve modificação do que estava escri-
to, de acordo com o art. 51, II:
Art. 51. Compete a Câmara dos Deputados:
II – proceder à tomada de contas do Presidente da 
República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da 
sessão legislativa.
13 
O Presidente da República editou a Medida provisória 
XXX em 2019, um dos temas disciplinados era a com-
petência para demarcação das terras indígenas. O art. 
21 da MP XXX, transferia da FUNAI para o Ministério da 
Agricultura a competência para demarcação das terras 
indígenas. Essa MP foi parcialmente aprovada pelo Con-
gresso Nacional e se tornou a Lei n. 1.234, publicada no 
dia 18/06/2019. Ocorre que o Congresso Nacional re-
jeitou a transferência da competência da FUNAI para o 
Ministério da Agricultura para a demarcação das terras 
indígenas, portanto esse dispositivo (art. 21 da MP XXX) 
não virou lei. Após a publicação da Lei n. 1.234, o Pre-
sidente da República editou uma nova medida provisó-
ria, ainda em 2019, trazendo novamente um dispositivo 
transferindo para o Ministério da Agricultura a compe-
tência para a demarcação das terras indígenas. Alguns 
partidos políticos ajuizaram ADI no STF afirmando que 
esse dispositivo da MP que transfere a competência 
seria inconstitucional. De acordo com o caso concreto, 
marque a alternativa correta.
(A) Os partidos políticos têm razão em ajuizar a ADI, pois 
é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de 
medida provisória que tenha sido rejeitada ou que 
tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
(B) Os partidos políticos têm razão em ajuizar a ADI, pois 
a matéria constante de medida provisória rejeitada 
somente poderá constituir objeto de novo projeto, 
na mesma sessão legislativa, mediante proposta 
da maioria absoluta dos membros de qualquer das 
Casas do Congresso Nacional, o que não ocorreu 
no caso.
(C) Os partidos políticos não têm razão em ajuizar a ADI, 
pois é permitida a reedição, na mesma sessão legis-
lativa, de medida provisória que tenha sido rejeita-
da ou que tenha perdido sua eficácia por decurso 
de prazo.
(D) Os partidos políticos não podem propor a ação direta 
de inconstitucionalidade, pois não são legitimados.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Letra a.
Art. 62, § 10º É vedada a reedição, na mesma sessão 
legislativa, de medida provisória que tenha sido rejei-
tada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso 
de prazo.
Além disso, os partidos políticos são legitimados para 
propor as ações do controle concentrado em conformi-
dade com o art. 103, CF.
STF. Plenário. ADI 6062 MC-Ref/DF, ADI 6172 MC-Ref/DF, 
ADI 6173 MC-Ref/DF, ADI 6174 MC-Ref/DF, Rel. Min. Ro-
berto Barroso, julgados em 1º/8/2019 (Info 946)
14 
Paula, brasileira naturalizada, 28 anos, quer se candi-
datar ao cargo de prefeita do Município A. Por sua vez, 
José, brasileiro nato, 30 anos, pretende se candidatar ao 
cargo de Presidente da República. Já Felipe, brasileiro 
naturalizado, 30 anos, quer se candidatar ao cargo de 
deputado federal.
Considerando o caso em análise, marque a alternati-
va correta.
(A) Paula pode se candidatar ao cargo de prefeita, tendo 
em vista que atendeu as condições de idade mínima 
para o cargo, não sendo este privativo de brasilei-
ro nato.
(B) José pode se candidatar ao cargo de Presidente da 
República por ser privativo de brasileiro nato, e por 
atender as condições de idade mínima para o cargo.
(C) Felipe não poderia se candidatar ao cargo de deputa-
do federal, pois embora tenha atendido às condições 
de idade mínima para o cargo, este é privativo de 
brasileiro nato.
(D) Paula, José e Felipe atenderam as condições de idade 
mínima para os cargos.
Letra a.
(A) Certa. Paula possui 28 anos, logo pode se candidatar 
ao cargo de prefeito, segundo o artigo 14, § 3º, “c”, CF. 
Além disso, o cargo de prefeito não é privativo de brasi-
leiro nato, pois não se encontra no rol do art. 12, § 3º, CF.
(B) Errada. José não pode se candidatar ao cargo de Pre-
sidente da República, visto não possuir a idade mínima 
exigida para o cargo: 35 anos. 
(C) Errada. O cargo de deputado federal não é privati-
vo de brasileiro nato, pois não se encontra no art. 12, § 
3º, da CF.
(D) Errada. Conforme comentários feitos acima.
15 
Em matéria de organização político-administrativa dos 
entes federativos, compete privativamente à União le-
gislar sobre:
(A) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da nature-
za, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção 
do meio ambiente e controle da poluição.
(B) custas dos serviços forenses.
(C) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômi-
co e urbanístico.
(D) águas, energia, informática, telecomunicações e ra-
diodifusão.
Letra d.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
IV – águas, energia, informática, telecomunicações e ra-
diodifusão;
16 
Maria, João, Pedro e Marcos estavam discutindo sobre 
o processo legislativo. Maria afirmou aos seus colegas 
que “a proposta de emenda à constituição é discutida 
e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 
três quintos dos votos dos respectivos membros”. João 
afirmou que “não será objeto de deliberação a propos-
ta de emenda tendente a abolir o voto direto, secreto, 
universal, obrigatório e periódico. Por sua vez, Pedro 
afirmou que a “emenda à Constituição será promulgada 
pelo Presidente da República”, e por fim Marcos afirmou 
que “a Constituição poderá ser emendada mediante 
proposta de mais de 1/3 das Assembleias Legislativas 
das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma 
delas, pela maioria relativa de seus membros”.
Considerando o caso concreto, marque a alternati-
va correta.
(A) Maria e Pedro estão corretos em suas afirmações.
(B) João e Marcos estão corretos em suas afirmações.
(C) Apenas Pedro está correto em sua afirmação.
(D) Apenas Maria está correta em sua afirmação.
Letra d.
Sobre a afirmação de Maria: nos termos do art. 60, § 2º, 
da CF/1988: 
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, consideran-
do-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos 
dos votos dos respectivos membros. 
Sobre a afirmação de João: nos termos do art. 60, § 4º, 
da CF/1988:
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.
Sobre a afirmação de Pedro: nos termos do art. 60, § 3º, 
da CF/1988: 
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas 
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Fede-
ral, com o respectivo número de ordem.
Sobre a afirmação de Marcos: nos termos do art. 60 
da CF/1988: 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada median-
te proposta:
I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara 
dos Deputados ou do Senado Federal;
II – do Presidente da República;
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas 
dasunidades da Federação, manifestando-se, cada 
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Portanto, apenas Maria está correta em sua afirmação.
17 
A Constituição da República Federativa do Brasil dedicou 
uma seção específica à saúde, tendo estabelecido, em 
seu art.196, que “é direito de todos e dever do Estado”. 
Considerando a funcionalidade da Constituição e a natu-
reza das normas constitucionais afetas a essa temática, 
assinale a afirmativa incorreta.
(A) As instituições privadas poderão participar de forma 
complementar do sistema único de saúde, segundo 
diretrizes deste, mediante contrato de direito públi-
co ou convênio, tendo preferência as entidades filan-
trópicas e as sem fins lucrativos.
(B) É permitida a participação direta ou indireta de em-
presas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde 
no País, salvo nos casos previstos em lei.
(C) A lei disporá sobre as condições e os requisitos que 
facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias 
humanas para fins de transplante, pesquisa e trata-
mento, bem como a coleta, processamento e trans-
fusão de sangue e seus derivados, sendo vedado 
todo tipo de comercialização.
(D) É vedada a destinação de recursos públicos para au-
xílios ou subvenções às instituições privadas com fins 
lucrativos.
Letra b.
Art. 199, § 3º É vedada a participação direta ou indire-
ta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à 
saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
Direitos Humanos
Alice Rocha
18 
Arquimedes é um trabalhador transexual do setor de 
construção civil e decidiu voltar a estudar para buscar 
melhores oportunidades de trabalho. Todavia, mesmo 
após concluir seus estudos e assumir novas responsa-
bilidades, não obteve nenhum aumento salarial ou pro-
moção de cargo dentro da empresa. Ao questionar seu 
superior, ele afirmou que Arquimedes deveria exercer as 
atividades de cargo superior recebendo o salário equiva-
lente ao cargo inferior por ser um trabalhador transexual 
e por não terem vagas para o novo posto.
Com base no Pacto Internacional de Direitos Econômi-
cos, Sociais e Culturais (PIDESC), Arquimedes deve argu-
mentar que:
(A) seu salário deve ser equitativo e com remuneração 
igual por trabalho de igual valor, sem qualquer discri-
minação.
(B) seu salário deve ser equiparado ao oferecido a ou-
tros trabalhadores transexuais.
(C) seu salário deve ser aumentado em função de repre-
sentar categoria vulnerável.
(D) seu salário deve ser o equivalente ao de outros fun-
cionários que exercem a mesma atividade em em-
presas concorrentes.
Letra a.
O PIDESC estabelece, em seu artigo 7, que a remunera-
ção aos trabalhadores deve proporcionar i) um salário 
equitativo e uma remuneração igual por um trabalho 
de igual valor, sem qualquer distinção; em particular, as 
mulheres deverão ter a garantia de condições de traba-
lho não inferiores às dos homens e perceber a mesma 
remuneração que eles por trabalho igual. Além disso, a 
alínea “c” estabelece que seja assegurada “igual opor-
tunidade para todos de serem promovidos, em seu tra-
balho, à categoria superior que lhes corresponda, sem 
outras considerações que as de tempo de trabalho e ca-
pacidade”. Sendo assim, Arquimedes deve simplesmen-
te exigir a mesma remuneração pelo mesmo trabalho, 
sem considerar sua condição de transexual como fator 
de favorecimento em relação aos pisos remuneratórios.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
19 
John nasceu nos Estados Unidos, mas, nos últimos anos, 
fixou residência no Brasil por sofrer perseguições polí-
ticas que começaram durante o período que dirigiu o 
Conselho Estudantil em importante faculdade america-
na. Todavia, John está sendo acusado de matar sua com-
panheira de agremiação estudantil e por isso procura 
você como advogado a fim de tomar a melhor decisão 
para seu caso.
Com base na Declaração Universal de Direitos Humanos, 
você deve orientar John a:
(A) pedir asilo ao Brasil, por ser vítima de perseguição 
em seu Estado de origem.
(B) não pedir asilo ao Brasil, por estar sendo perseguido 
por crime de direito comum.
(C) não pedir asilo ao Brasil, tendo em vista a ausência 
de tratado entre os dois países.
(D) pedir asilo ao Brasil, que deve conceder independen-
temente do motivo da perseguição do indivíduo.
Letra b.
De acordo com o artigo 14 da Declaração Universal de 
Direitos Humanos:
1. 
Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direi-
to de procurar e de gozar asilo em outros países.
2. 
Esse direito não pode ser invocado em caso de perse-
guição legitimamente motivada por crimes de direito 
comum ou por atos contrários aos objetivos e princí-
pios das Nações Unidas.
Sendo assim, como John cometeu um crime de direito 
comum, ele não teria direito à asilo no Brasil de acordo 
com a DUDH.
Direito Internacional
Alice Rocha
20 
Antônio e Clara são dois espanhóis de férias no Brasil 
e que decidiram aqui se casar antes de retornar à Es-
panha. Sem saber como proceder, eles contratam você 
como advogado para levantar toda a documentação ne-
cessária para a realização do ato.
Para prestar esse serviço e com base na Lei de Introdução 
às Normas do Direito Brasileiro, você deve informar que:
(A) o casal deve buscar os mesmos documentos exigidos 
pela legislação espanhola de sua nacionalidade.
(B) o casal deve observar as leis brasileiras quanto aos 
impedimentos dirimentes e às formalidades da cele-
bração do casamento.
(C) o casal não poderá se casar no Brasil sem fixar domi-
cílio no mesmo país da celebração do casamento.
(D) o casal poderá se casar no Brasil desde que cumpra 
as formalidades do país de nacionalidade dos nuben-
tes, juntamente com as formalidades exigidas pela 
lei brasileira.
Letra b.
De acordo com o artigo 7, § 1º, “realizando-se o casa-
mento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos 
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebra-
ção”. Sendo assim, para o casamento no Brasil, o casal 
deve observar as leis brasileiras, assim como impedi-
mentos dirimentes e demais formalidades.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
21 
Juan, venezuelano, chegou ao Brasil em 2018 e nunca 
mais retornou à Venezuela devido às crises institucionais 
que o país atravessava. Juan casou-se com uma chilena 
que conheceu quando entrou com seu pedido de auto-
rização de residência. O pedido de Juan está pendente 
desde 2020, mas ele precisa voltar urgentemente para 
a Venezuela tendo em vista o falecimento de seu irmão 
mais velho. Juan tem receio que não possa retornar 
ao Brasil e contrata você como advogado especialista 
em migração.
Com base na Lei n. 13.445/2017 (Lei da Migração), você 
deve orientar Juan a:
(A) não deixar o Brasil sob pena de perder a demanda de 
autorização de residência.
(B) sair e retornar, desde que sua esposa chilena seja re-
sidente no Brasil.
(C) sair e reingressar em território nacional mesmo en-
quanto pendente seu pedido de autorização de re-
sidência.
(D) só deixar o Brasil se conseguir um visto temporário 
que facilite seu retorno.
Letra c.
Dentre os direitos previstos para o migrante, está o “di-
reito de sair, de permanecer e de reingressar em terri-
tório nacional, mesmo enquanto pendente pedido de 
autorização de residência, de prorrogação de estada ou 
de transformação de visto em autorização de residên-
cia” (art. 4º, XV). Sendo assim, ele poderia ir e retornar 
independentemente da pendência de sua demanda 
no Brasil.
Direito Tributário
Maria Christina
22 
Diante da ausência da legislação tributária, esta deverá 
ser integrada na seguinte ordem:
(A) analogia, princípios de direito tributário, princípios 
de direito público e equidade.
(B) analogia, princípios de direito público, princípios de 
direito tributário e equidade.
(C) equidade, princípios de direito tributário, princípios 
de direito público e analogia.
(D) princípios de direito tributário, princípios de direito 
público, analogia e equidade.
 
Letra a.
(A) Certa. Art. 108 do CTN:analogia, princípios de direi-
to tributário, princípios de direito público e equidade.
(B) Errada. Art. 108 do CTN.
(C) Errada. Art. 108 do CTN.
(D) Errada. Art. 108 do CTN.
23 
Sobre interpretação e integração da legislação tributá-
ria, assinale a opção correta.
(A) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se 
para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcan-
ce de seus institutos, conceitos e formas, mas não 
para definição dos respectivos efeitos tributários.
(B) A lei tributária pode alterar a definição, o conteúdo e 
o alcance de institutos, conceitos e formas de direito 
privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela 
Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, 
ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Muni-
cípios, para definir ou limitar competências tributárias.
(C) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que dis-
ponha sobre suspensão, exclusão e extinção do crédito.
(D) A lei tributária que define infrações, ou lhe comina 
penalidades, interpreta-se da maneira mais favorá-
vel ao acusado sempre que disser respeito à autoria, 
imputabilidade ou punibilidade.
Letra a.
(A) Certa.
Art. 109 do CTN. Os princípios gerais de direito priva-
do utilizam-se para pesquisa da definição, do conte-
údo e do alcance de seus institutos, conceitos e for-
mas, mas não para definição dos respectivos efeitos 
tributários.
(B) Errada.
Art. 110 do CTN. A lei tributária não pode alterar a 
definição, o conteúdo e o alcance de institutos, con-
ceitos e formas de direito privado, utilizados, expres-
sa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas 
Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do 
Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou li-
mitar competências tributárias.
(C) Errada.
Art. 111 do CTN. Interpreta-se literalmente a legisla-
ção tributária que disponha sobre:
I – suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II – outorga de isenção;
III – dispensa do cumprimento de obrigações tributá-
rias acessórias.
(D) Errada.
Art. 112 do CTN. A lei tributária que define infra-
ções, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da 
maneira mais favorável ao acusado, em caso de dú-
vida, quanto: 
III – à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
24 
Sobre a obrigação tributária e o fato gerador, assinale a 
alternativa correta.
(A) A obrigação principal surge com a ocorrência do fato 
gerador, tem por objeto o pagamento apenas dos tri-
butos e extingue-se juntamente com o crédito dela 
decorrente.
(B) A obrigação acessória decorre da lei e tem por objeto as 
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no in-
teresse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
(C) A autoridade administrativa poderá desconsiderar 
atos ou negócios jurídicos praticados com a finali-
dade de dissimular a ocorrência do fato gerador do 
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da 
obrigação tributária.
(D) Os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-
-se perfeitos e acabados sendo suspensiva a condi-
ção, desde o momento da prática do ato ou da cele-
bração do negócio.
Letra c.
(A) Errada.
Art. 113, § 1º, do CTN. A obrigação principal surge 
com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e ex-
tingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
(B) Errada.
Art. 113, § 2º, do CTN. A obrigação acessória decorre 
da legislação tributária e tem por objeto as presta-
ções, positivas ou negativas, nela previstas no inte-
resse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
(C) Certa.
Art. 116, CTN (...)
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá 
desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados 
com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato 
gerador do tributo ou a natureza dos elementos cons-
titutivos da obrigação tributária, observados os pro-
cedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
(D) Errada.
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior 
e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou ne-
gócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e 
acabados:
I – sendo suspensiva a condição, desde o momento 
de seu implemento;
II – sendo resolutória a condição, desde o momento 
da prática do ato ou da celebração do negócio.
25 
O contribuinte declarou e não pagou a COFINS, tributo 
lançado por homologação. Posteriormente, verificou o 
inadimplemento e, antes do início do procedimento do 
Fisco, efetuou o pagamento do tributo e dos juros e re-
quereu a exclusão da multa em decorrência do benefí-
cio da denúncia espontânea. Diante dos fatos, assinale 
a opção correta.
(A) O contribuinte terá direito ao benefício por ter efe-
tuado o pagamento antes do início de procedimento 
pelo Fisco.
(B) O contribuinte nunca terá direito ao benefício nos 
tributos lançados por homologação.
(C) O contribuinte não terá direito ao benefício por ter 
efetuado o pagamento após a declaração.
(D) O contribuinte não terá direito, pois o benefício so-
mente retira a obrigatoriedade com relação aos juros.
Letra c.
(A) Errada. Não terá direito por já existir declaração.
(B) Errada. Pode haver denúncia espontânea nos tribu-
tos lançados por homologação se não houver início de 
procedimento.
(C) Certa. Súmula 360 do STJ – Só há denúncia espontâ-
nea se não houver início de nenhum procedimento.
(D) Errada. A denúncia espontânea, se feita, antes de 
qualquer procedimento, retira somente o pagamen-
to da multa.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
26 
Sobre as regras de lançamento, assinale a alternati-
va correta.
(A) Compete privativamente à autoridade administrativa 
constituir o crédito tributário pelo lançamento; as-
sim entendido, o processo administrativo tendente 
a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a matéria tributável, 
calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da 
penalidade cabível.
(B) Quando o valor tributário esteja expresso em moeda 
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão 
em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência 
da constituição do crédito.
(C) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato 
gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigen-
te, salvo se posteriormente modificada ou revogada.
(D) O lançamento regularmente notificado ao sujeito 
passivo só pode ser alterado em virtude de impugna-
ção do sujeito passivo, recurso de ofício ou iniciativa 
de ofício da autoridade administrativa.
Letra d.
(A) Errada.
Art. 142 do CTN. Compete privativamente à autorida-
de administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendido o procedimento admi-
nistrativo tendente a verificar a ocorrência do fato 
gerador da obrigação correspondente, determinar a 
matéria tributável, calcular o montante do tributo de-
vido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, pro-
por a aplicação da penalidade cabível.
(B) Errada.
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando 
o valor tributário esteja expresso em moeda estran-
geira, no lançamento far-se-á sua conversão em mo-
eda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato 
gerador da obrigação.
(C) Errada.
Art. 144 do CTN. O lançamento reporta-se à data da 
ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se 
pela lei então vigente, ainda que posteriormente mo-
dificada ou revogada.
(D) Certa. Art. 145 do CTN.
Direito Administrativo
Gustavo Brígido
27 
João, servidor público do Estado do Ceará, teve seu pe-
dido de aposentadoria suspenso durante o período em 
que responde a processo administrativo disciplinar, mes-
mo sem haver qualquer previsão na respectiva legisla-
ção estadual, mas com base no disposto na legislação 
estatutária federal. João procurou você, na qualidade de 
advogado(a), para orientá-lo acerca dos seus direitos. 
Neste caso, segundo entendimento jurisprudencial re-
cente, deve-se afirmar corretamenteque:
(A) foi correta a suspensão, pois a lacuna em Lei Esta-
dual acerca da possibilidade de suspender processo 
de concessão de aposentadoria enquanto tramita 
processo administrativo disciplinar deve ser suprida 
com a aplicação subsidiária da legislação estatutária 
federal.
(B) não foi correta a suspensão, pois a lacuna em Lei Es-
tadual acerca da possibilidade de suspender proces-
so de concessão de aposentadoria enquanto tramita 
processo administrativo disciplinar não deve ser su-
prida com a aplicação subsidiária da legislação esta-
tutária federal.
(C) não foi correta a suspensão, pois compete apenas à 
União legislar privativamente sobre o tema da apo-
sentadoria, não se aplicando, no entanto, tal previ-
são à legislação estadual.
(D) não foi correta a suspensão, pois a aposentadoria é 
exemplo de ato administrativo composto, o qual não 
admite suspensão em razão de processo administra-
tivo disciplinar.
Letra a.
De acordo com entendimento jurisprudencial do STJ, ex-
posto no Informativo 748, de 12 de setembro de 2022, 
a lacuna em Lei Complementar Estadual acerca da pos-
sibilidade de suspender processo de concessão de apo-
sentadoria enquanto tramita processo administrativo 
disciplinar deve ser suprida com a aplicação subsidiária 
da Lei n. 8.112/1990.
A princípio, reconhece-se a incidência da Lei n. 
8.112/1990, como regra geral, de forma subsidiária aos 
Estatutos de Servidores Públicos Civis Estaduais nas la-
cunas desses quando não há norma específica conflitan-
te. Nesse sentido: 
4. 
Nos termos do artigo 142, § 3º, da Lei n. 8.112/1990, 
a prescrição da pretensão disciplinar administrativa é 
interrompida quando ocorre a instauração do proce-
dimento disciplinar. 
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
5. 
Ademais, conforme precedentes do STJ, é possível aplicar, 
de forma analógica, a Lei Federal n. 8.112/90 em face da 
falta de regulamentação específica sobre determinada 
questão na legislação própria do ente federativo. 
6. 
Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 
1576667/SP, Rel. Ministro Mauro Campbell Mar-
ques, Segunda Turma, julgado em 15/03/2016, DJe 
17/03/2016).
A partir dessa premissa jurisprudencial, a Segunda Turma 
do STJ, em recente caso, reconheceu a possibilidade de de-
terminar a suspensão do processo de concessão de apo-
sentadoria de servidor público local durante o período em 
que esse responde processo administrativo disciplinar.
28 
Eugênio, servidor público do Município de Aracati, está 
no gozo de licença para tratamento da saúde por perío-
do superior a dois meses. No mesmo ano, ao requerer 
o gozo das férias anuais remuneradas, teve seu pedido 
negado, nos termos da legislação municipal vigente, sob 
o fundamento de que o servidor público que solicite li-
cença para tratamento de saúde por período superior a 
dois meses perde o direito a férias. João procurou você, 
na qualidade de advogado(a), para orientá-lo acerca dos 
seus direitos. Neste caso, segundo entendimento juris-
prudencial recente, deve-se afirmar corretamente que:
(A) no exercício da autonomia legislativa municipal, pode o 
município, ao disciplinar o regime jurídico de seus servi-
dores, restringir o direito de férias a servidor em licença 
saúde de maneira a inviabilizar o gozo de férias anuais.
(B) no exercício da autonomia legislativa municipal, não 
pode o município, ao disciplinar o regime jurídico de 
seus servidores, restringir o direito de férias a servi-
dor em licença saúde de maneira a inviabilizar o gozo 
de férias anuais previsto no texto constitucional.
(C) a legislação municipal pode tratar desta forma o 
tema, na medida em que se trata de assunto de inte-
resse local.
(D) é competência legislativa concorrente tratar do tema 
das férias, de modo que é constitucional a legislação 
municipal sobre o tema.
Letra b.
Lei municipal não pode restringir direito de férias de ser-
vidores após licença saúde. 14.12.2022.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a autono-
mia legislativa dos municípios, ao disciplinar o regime 
jurídico de seus servidores, não pode restringir o direito 
de férias em razão de licença saúde, de forma a inviabili-
zar as férias anuais. A decisão foi tomada no julgamento 
do Recurso Extraordinário (RE) 593448, com repercus-
são geral (Tema 221), na sessão virtual de 2/12.
Tese. A tese de repercussão geral fixada no julgamento 
foi a seguinte: 
No exercício da autonomia legislativa municipal, não 
pode o município, ao disciplinar o regime jurídico de 
seus servidores, restringir o direito de férias a servi-
dor em licença saúde de maneira a inviabilizar o gozo 
de férias anuais previsto no art. 7º, XVII da Constitui-
ção Federal de 1988.
29 
Maria Christina foi contratada pelo Município de Forta-
leza para exercer cargo em comissão regido pela CLT. Em 
face de controvérsia envolvendo o pagamento do Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, Maria Christi-
na o procura para, na qualidade de advogado(a), orien-
tar acerca do foro competente para tratar do tema. Sua 
orientação deve ser no sentido de que
(A) compete à Justiça Comum o julgamento de contro-
vérsia envolvendo direitos de servidor contratado 
para exercer cargo em comissão regido pela CLT.
(B) compete à Justiça do Trabalho o julgamento de con-
trovérsia envolvendo direitos de servidor contratado 
para exercer cargo em comissão regido pela CLT.
(C) compete à Justiça do Trabalho, por tratar de tema re-
lacionado ao FGTS.
(D) compete à Justiça do Trabalho, pois qualquer relação 
com vínculo celetista só pode ter como foro a justiça 
especializada trabalhista.
Letra a.
Nos termos do Informativo 760, de 12 de dezembro de 
2022, compete à Justiça Comum o julgamento de con-
trovérsia envolvendo direitos de servidor contratado 
para exercer cargo em comissão regido pela CLT. 
Informativo n. 760. 12 de dezembro de 2022. PRIMEI-
RA SEÇÃO. Processo. EDcl no AgInt no CC 184.065-
SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Primeira Se-
ção, por unanimidade, julgado em 25/10/2022, DJe 
4/11/2022. Ramo do Direito. DIREITO ADMINISTRATI-
VO, DIREITO DO TRABALHO, DIREITO PROCESSUAL CI-
VIL. Tema: Servidor ocupante de cargo em comissão. 
Reclamação Trabalhista. Regime celetista. Competên-
cia da Justiça Comum. DESTAQUE: Compete à Justiça 
Comum o julgamento de controvérsia envolvendo 
direitos de servidor contratado para exercer cargo 
em comissão regido pela CLT. Quanto à competência 
para julgamento de controvérsia envolvendo direitos 
de servidor contratado para exercer cargo em comis-
são, o Supremo Tribunal Federal, provocado por meio 
de reclamação, entende que a competência continua 
com a Justiça Comum mesmo se o servidor ocupante 
de cargo em comissão for regido pela CLT.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28EAINTCC.clas.+ou+%22EDcl+no+AgInt+no+CC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22184065%22%29+ou+%28%28EAINTCC+ou+%22EDcl+no+AgInt+no+CC%22%29+adj+%22184065%22%29.suce.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28EAINTCC.clas.+ou+%22EDcl+no+AgInt+no+CC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22184065%22%29+ou+%28%28EAINTCC+ou+%22EDcl+no+AgInt+no+CC%22%29+adj+%22184065%22%29.suce.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
30 
João e José são, respectivamente, servidores públicos 
do Estado do Ceará e do Governo Federal. Os dois são 
responsáveis por cuidar de pessoas com deficiência, que 
são seus dependentes, com Transtorno do Espectro Au-
tista. José, por ser servidor público federal, já tem direito 
à jornada reduzida, porém não há previsão qualquer na 
respectiva legislação estadual. João procurou você, na 
qualidade de advogado(a), para orientá-lo acerca dos 
seus direitos. Neste caso, segundo entendimento juris-
prudencial recente, deve-se afirmar corretamente que:
(A) apenas José terá direito a jornada reduzida, pois a 
lacuna na legislação estadual não pode ser suprida 
pelos termos expostos na legislação federal.
(B) é inconstitucional a legislação federal que trata dotema, de modo que não foi correta a redução da jor-
nada de trabalho para o servidor público José.
(C) aos servidores públicos estaduais e municipais é apli-
cado, para todos os efeitos, o disposto na legislação 
federal, de modo que os dois terão direito à jornada 
reduzida.
(D) nenhum deles faz jus a jornada reduzida de trabalho, 
ne medida em que só se aplicaria se eles mesmos 
fossem pessoas com deficiência.
Letra c.
Servidor estadual e municipal responsável por pes-
soa com deficiência tem direito a jornada reduzida. 
22.12.2022.
Servidores estaduais e municipais que sejam responsá-
veis por pessoas com deficiência têm direito a jornada 
reduzida. A determinação do Supremo Tribunal Federal 
(STF) estende a eles o que já é garantido a servidores 
federais. A decisão foi tomada no julgamento do Recur-
so Extraordinário (RE) 1237867, com repercussão geral 
reconhecida (Tema 1.097).
Segundo o ministro, é plenamente legítima a aplicação 
da lei federal aos servidores de estados e municípios, 
diante do princípio da igualdade substancial, previsto na 
Constituição Federal e na Convenção Internacional sobre 
o Direito das Pessoas com Deficiência. Para Lewando-
wski, a falta de legislação infraconstitucional não pode 
justificar o descumprimento de garantias constitucio-
nais, sobretudo quando envolvem o princípio da digni-
dade humana, o direito à saúde, o melhor interesse das 
crianças e as regras e diretrizes previstas na Convenção 
Internacional sobre Direito das Pessoas com Deficiência.
Tese. A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte: 
“Aos servidores públicos estaduais e municipais é aplica-
do, para todos os efeitos, o art. 98, § 2° e § 3°, da Lei n. 
8.112 /1990”.
31 
João estava em seu carro, com sua família, na fila de pe-
dágio, para aproveitar o feriado de Carnaval no litoral 
do Estado de São Paulo, quando teve a infelicidade de 
ser vítima do crime de roubo com emprego de arma de 
fogo. Sabendo que a rodovia era administrada por em-
presa concessionária de serviço público, João procurou 
você, na qualidade de advogado(a), para orientá-lo acer-
ca dos seus direitos. Neste caso, segundo entendimento 
jurisprudencial, deve-se afirmar corretamente que:
(A) a concessionária de rodovia não tem responsabilida-
de civil diante do crime de roubo com emprego de 
arma de fogo cometido na fila de pedágio, por au-
sência de nexo causal.
(B) a concessionária de rodovia tem responsabilidade ci-
vil diante do crime de roubo com emprego de arma 
de fogo cometido na fila de pedágio, pois se pode 
identificar o nexo causal.
(C) a concessionária de rodovia tem responsabilidade 
civil subjetiva, posto que se faz necessária a com-
provação de culpa ou de dolo na conduta da conces-
sionária. 
(D) a concessionária de rodovia tem responsabilidade 
civil objetiva, posto que não se faz necessária a com-
provação de culpa ou de dolo na conduta da conces-
sionária.
Letra a.
Concessionária de rodovia não tem responsabilidade ci-
vil por assalto cometido em fila de pedágio. 25.10.2022. 
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), 
por unanimidade, reafirmou que a concessionária de ro-
dovia não tem responsabilidade civil diante do crime de 
roubo com emprego de arma de fogo cometido na fila 
de pedágio.
Segundo o colegiado, o crime deve ser tratado como for-
tuito externo (fato de terceiro), o qual rompe o nexo de 
causalidade e, por consequência, afasta a responsabili-
dade civil objetiva da concessionária que administra a 
rodovia, nos termos do artigo 14, parágrafo 3º, inciso II, 
do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
"A causa do evento danoso – roubo com emprego de 
arma de fogo contra os autores – não apresenta qual-
quer conexão com a atividade desempenhada pela re-
corrente, estando fora dos riscos assumidos na conces-
são da rodovia, que diz respeito apenas à manutenção 
e à administração da estrada, sobretudo porque a segu-
rança pública é dever do Estado", concluiu o ministro ao 
dar provimento ao recurso da concessionária e afastar a 
condenação contra ela e a Fazenda Pública.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e 
as de direito privado prestadoras de serviços públi-
cos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito 
de regresso contra o responsável nos casos de dolo 
ou culpa.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm#art14
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
32 
João teve propriedade rural desapropriada pela União e 
procurou você para, na qualidade de advogado(a), orien-
tá-lo acerca da possibilidade de incluir a área de seringal 
diretamente afetada pela desapropriação, porque devi-
damente comprovado nos autos os lucros cessantes a 
ela correspondentes. Neste caso, segundo entendimen-
to jurisprudencial, deve-se afirmar corretamente que
(A) Há violação aos limites das matérias que podem ser 
discutidas em ação de desapropriação direta quando 
se admite o debate – e até mesmo indenização – de 
área diferente da verdadeiramente expropriada, ain-
da que vizinha.
(B) Não há violação aos limites das matérias que podem 
ser discutidas em ação de desapropriação direta 
quando se admite o debate – e até mesmo indeni-
zação – de área diferente da verdadeiramente expro-
priada, ainda que vizinha.
(C) Não há violação aos limites das matérias que podem 
ser discutidas em ação de desapropriação direta, 
pois não há vinculação ao parâmetro originalmente 
contemplado.
(D) Não há violação aos limites das matérias que podem 
ser discutidas em ação de desapropriação direta, na 
medida em que se configura forma de intervenção 
restritiva na propriedade privada.
Letra a.
Há violação aos limites das matérias que podem ser discu-
tidas em ação de desapropriação direta quando se admite 
o debate – e até mesmo indenização – de área diferente 
da verdadeiramente expropriada, ainda que vizinha.
Informativo n. 738. 30 de maio de 2022. PRIMEIRA 
TURMA. Processo. REsp 1.577.047-MG, Rel. Min. 
Gurgel de Faria, Primeira Turma, por unanimidade, 
julgado em 10/05/2022, DJe 25/05/2022. Ramo do 
Direito. DIREITO ADMINISTRATIVO, DIREITO PROCES-
SUAL CIVIL. Tema: Desapropriação. Extensão. Área 
contígua. Impossibilidade. Atualização monetária. Pa-
râmetro. Último laudo judicial. Juros compensatórios. 
Incidência sobre o imóvel efetivamente expropriado. 
Cabimento. DESTAQUE: Há violação aos limites das 
matérias que podem ser discutidas em ação de desa-
propriação direta quando se admite o debate - e até 
mesmo indenização - de área diferente da verdadei-
ramente expropriada, ainda que vizinha.
Ao se admitir a discussão - e até mesmo indenização 
- de área diferente da que é objeto de desapropria-
ção, ainda que vizinha, houve violação à norma do 
art. 20 do Decreto n. 3.365/1941, a qual reserva às 
ações próprias as discussões que vão além do imóvel 
expropriado.
Por fim, os juros compensatórios devam incidir sobre 
a terra nua (imóvel efetivamente expropriado), pela 
perda da posse. Primeiro, porque há previsão expres-
sa nesse sentido (art. 15-A do Decreto n. 3.365/1941). 
Segundo, porque uma vez suprimida a indenização 
pela área do seringal (adjacente), não cabe mais qual-
quer discussão sobre a incidência ou não dos juros 
compensatórios em relação à área efetivamente ex-
propriada, pois jamais conflitaria com "lucro cessan-
te", o qual foi reservado, no caso, à área excluída.
Direito Ambiental
Nilton Coutinho
33 
A prefeitura do município BETA informou que, segundo 
estabelece a Lei Federal n. 12.305/2010, há a necessida-
de de se estruturar e implementar sistemas de logística 
reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo 
consumidor, de forma independente do serviço público 
de limpeza urbana.
Preocupado com o tema, Antônio consulta um advoga-
do especialista na área, o qual lhe informa que:
(A) os consumidores deverão entrar em contato com co-
merciantes ou distribuidores para que estes venham 
retiraros resíduos sólidos sujeitos à logística reversa.
(B) os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a 
devolução aos fabricantes ou aos importadores dos 
produtos e embalagens sujeitos à logística reversa.
(C) os comerciantes e distribuidores darão destinação 
ambientalmente adequada aos produtos e às emba-
lagens reunidos ou devolvidos. 
(D) com exceção dos consumidores, todos os participan-
tes dos sistemas de logística reversa manterão atua-
lizadas e disponíveis ao órgão federal competente e 
a outras autoridades informações completas sobre a 
realização das ações sob sua responsabilidade.
Letra b.
(A) Errada. Os consumidores deverão efetuar a devo-
lução após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, 
dos produtos e das embalagens, conforme estabelece o 
art. 33, § 4º.
(B) Certa. Os comerciantes e distribuidores deverão efe-
tuar a devolução aos fabricantes ou aos importadores 
dos produtos e embalagens, nos termos do art. 33, § 5º.
(C) Errada. Os fabricantes e os importadores darão desti-
nação ambientalmente adequada aos produtos e às em-
balagens reunidos ou devolvidos (e não os comerciantes 
e distribuidores).
(D) Errada. As informações deverão estar disponíveis 
para o órgão municipal (e não para o órgão federal). Vide 
art. 33, § 8º.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201600037852%27.REG.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
34 
Pedro comprou uma fazenda no interior do Estado do 
Amazonas. Preocupado em não violar a legislação flo-
restal, consulta um advogado especialista na área, o qual 
lhe informa que:
(A) todo imóvel rural nesta região deve manter área com 
20% de cobertura de vegetação nativa, a título de 
Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas 
sobre as Áreas de Preservação Permanente.
(B) o Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro pú-
blico eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para 
todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar 
as informações ambientais das propriedades e pos-
ses rurais, compondo base de dados para controle, 
monitoramento, planejamento ambiental e econô-
mico e combate ao desmatamento.
(C) a inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, 
obrigatoriamente, no órgão ambiental municipal ou 
estadual.
(D) no parcelamento de imóveis rurais, a área de Reser-
va Legal não poderá ser agrupada em regime de con-
domínio entre os adquirentes.
Letra b.
(A) Errada. Como o imóvel rural fica na Amzônia legal, o 
percentual pode ser de 30%, 35% ou 80%, a depender 
do bioma existente.
(B) Certa. Nos termos do art. 29, o qual preconiza: 
Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural – CAR, 
no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre 
Meio Ambiente – SINIMA, registro público eletrônico 
de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis 
rurais, com a finalidade de integrar as informações 
ambientais das propriedades e posses rurais, com-
pondo base de dados para controle, monitoramento, 
planejamento ambiental e econômico e combate ao 
desmatamento.
(C) Errada. Uma vez que a lei estabelece que tal inscrição 
deverá ser feita preferencialmente no órgão ambiental 
municipal ou estadual (e não exclusivamente).
(D) Errada. A lei permite que, no parcelamento de imó-
veis rurais, a área de Reserva Legal seja agrupada em re-
gime de condomínio entre os adquirentes. Vide art. 16, 
parágrafo único.
Direito Civil
Roberta Queiroz
35 
Maria Barrigudinha Seleida vivia uma união estável com 
Dalberty Malaquias. A união do casal durou 8 anos, até 
que, um dia, Dalberty amanheceu morto, por causas 
naturais, ao lado de sua amada. Os filhos de Dalberty 
sempre detestaram Maria e, agora, com a morte do pai, 
não a reconhecem como a companheira do falecido, jus-
tamente para não partilharem a herança com ela. Com 
isso, os filhos realizaram o inventário dos bens deixados 
pelo falecimento do pai, excluindo Maria. Considerando 
o caso narrado, marque alternativa correta.
(A) Não há possibilidade de reconhecimento de união 
estável post mortem.
(B) Maria poderá ajuizar ação de reconhecimento de 
união estável post mortem cumulada com petição de 
herança.
(C) Maria deverá obrigatoriamente, primeiro, reconhe-
cer a união estável e, após o trânsito em julgado da 
demanda, reclamar a herança do morto.
(D) Maria poderá reclamar a herança do falecido compa-
nheiro no prazo decadencial de 10 anos.
Letra b.
• Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de 
herança, demandar o reconhecimento de seu direito 
sucessório, para obter a restituição da herança, ou de 
parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou 
mesmo sem título, a possua.
• O prazo prescricional para propor ação de petição de 
herança conta-se da abertura da sucessão. STJ. 2ª Seção. 
EAREsp 1.260.418/MG, Rel. Min. Antonio Carlos Ferrei-
ra, julgado em 26/10/2022 (Info 757).
• Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a 
lei não lhe haja fixado prazo menor.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
36 
Raquel tomou emprestado o valor de R$ 50.000,00 junto 
ao GRANBANK. O banco, por sua vez, exigiu de Raquel 
duas garantias – penhor de um relógio da marca rolex e 
um fiador, no qual Eugênio topou garantir o pagamento 
para a amiga. No contrato bancário, havia cláusula de vi-
gência por um ano, mas com cláusula de prorrogação au-
tomática de fiança no caso de prorrogação do contrato. 
Raquel, por sua vez, não conseguiu adimplir o contrato 
na data estipulada, o que ocasionou a prorrogação deste 
por mais 01 ano, sem a participação de Eugênio. Consi-
derando o caso narrado, marque alternativa correta.
(A) É ilícita a cláusula que prevê prorrogação da fiança 
no contrato.
(B) Em nenhuma hipótese a fiança poderá se estender 
para além do prazo do contrato principal.
(C) Embora o contrato possa ser prorrogado, a fiança 
não poderá ser prorrogada.
(D) É válida a cláusula de prorrogação automática de 
fiança na renovação do contrato principal.
Letra d.
• Súmula 656-STJ: É válida a cláusula de prorrogação 
automática de fiança na renovação do contrato princi-
pal. A exoneração do fiador depende da notificação pre-
vista no art. 835 do Código Civil. (STJ. 2ª Seção. Aprovada 
em 09/11/2022).
• Súmula 214-STJ: O fiador na locação não respon-
de por obrigações resultantes de aditamento ao qual 
não anuiu.
• A simples e clara previsão de que em caso de prorro-
gação do contrato principal há a prorrogação automática 
da fiança não implica violação ao art. 51 do Código de 
Defesa do Consumidor, cabendo, apenas, ser reconhe-
cido o direito do fiador de, no período de prorrogação 
contratual, promover a notificação resilitória, nos mol-
des do disposto no art. 835 do Código Civil. (STJ. 4ª Tur-
ma. AgInt no REsp 1.973.462/SP, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, julgado em 26/4/2022).
37 
Jonas e Carlos viviam uma união estável que durou 12 
anos. No entanto, Jonas, um belo dia, disse para Carlos: 
“Não pense que lhe quero mal, apenas não te quero 
mais”. Carlos, então, ajuizou ação de dissolução de união 
estável contra Jonas, cumulada com pedido de alimen-
tos para si. Após tramitação do processo, o juiz proferiu 
sentença declarando ter havido a união estável e conde-
nando Jonas ao pagamento de alimentos compensató-
rios pelo prazo de 10 meses. Após dois meses, Jonas não 
mais adimpliu o pagamento dos alimentos. Consideran-
do o caso narrado, marque alternativa correta.
(A) Será possível a prisão do devedor de alimentos, pelo 
prazo de 60 dias.
(B) Somente será possível a prisão do devedor de alimen-
tos em caso de ajuizamento de ação de execução.
(C) No caso vertente, não será cabível a prisão do deve-
dor de alimentos.
(D) Agiu errado o magistrado, pois não é possível conde-
nar ex-companheiro ao pagamento de alimentos.
Letra c.
O inadimplemento de alimentos compensatórios, desti-
nados à manutenção do padrão de vida de ex-cônjuge 
em razão da ruptura da sociedade conjugal, não justi-
fica a execução pelo rito da prisão, dada a natureza in-
denizatória e não propriamentealimentar. (STJ. 4ª Tur-
ma. HC 744.673/SP, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 
13/09/2022 (Info 757)).
38 
Denis, com 72 anos, sempre foi apaixonado por Marilda, 
de 71 anos. Os dois são velhos conhecidos e sempre gos-
taram um do outro, mas, pelos infortúnios da vida, con-
seguiram viver juntos somente agora. Desde o reencon-
tro, que já faz 1 ano, moram e vivem juntos. Pretendem, 
inclusive, adotar alguns animais abandonados. Conside-
rando o caso vertente, marque alternativa correta.
(A) A união estável de quem já alcançou 70 anos deve ser 
regida pelo regime da separação obrigatória de bens.
(B) O regime da separação obrigatória de bens não 
deve ser aplicado caso os dois conviventes possuam 
70 anos.
(C) O regime de bens a ser aplicado no caso de Denis e 
Marilda é a comunhão parcial de bens.
(D) A união estável de quem possui mais de 70 anos é 
inválida.
Letra a.
Súmula 655-STJ: Aplica-se à união estável contraída 
por septuagenário o regime da separação obrigatória 
de bens, comunicando-se os adquiridos na constância, 
quando comprovado o esforço comum. (STJ. 2ª Seção. 
Aprovada em 09/11/2022).
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
39 
Delinda e Marfeio foram casados sob o efeito patrimo-
nial do regime da comunhão parcial de bens. O casal re-
sidia em um sobrado na cidade do Rio de Janeiro, local 
da casa da família. Delinda não quis mais o relaciona-
mento e decidiu sair de casa. Após três meses da separa-
ção de fato, Delinda ajuizou ação de divórcio cumulada 
com partilha de bens. Marfeio, citado, apresentou defe-
sa alegando que não tem bens a partilhar com Delinda, 
pois a casa teria sido alienada para Godofredo que, por 
sua vez, promoveu ação de despejo contra Marfeio, sob 
o argumento do não pagamento dos aluguéis. Delinda, 
chocada, demonstra nos autos que o imóvel sempre foi 
residência do casal e do filho em comum; que existe pa-
rentesco e subordinação entre Godofredo e o ex-marido 
e que não há qualquer comprovação de transferência 
bancária para a aquisição da casa. Considerando o caso 
narrado, marque a alternativa correta.
(A) O juiz poderá, de ofício, conhecer do vício do negócio 
entre Marfeio e Godofredo.
(B) Trata-se de caso de simulação, que gera a anulabili-
dade do negócio jurídico.
(C) A ação declaratória de nulidade poderá ser promovi-
da no prazo decadencial de 4 anos.
(D) Trata-se de caso de anulação por meio do dolo pro-
movido por Marfeio.
Letra a.
• “O negócio jurídico simulado é produto de uma rela-
ção jurídica que não tem conteúdo – inexiste (simulação 
absoluta), ou que tem conteúdo diverso do que aparen-
ta (simulação relativa) sempre se constituindo em ma-
nifestação de vontades em divergência intencional com 
as vontades internas”. (Instituições de Direito Civil, vol. 
I – Tomo II, São Paulo: ed. RT, 2015, p. 298)
• O reconhecimento de simulação na compra e venda 
de imóvel em detrimento da partilha de bens do casal 
gera nulidade do negócio e garante o direito à meação a 
ex-cônjuge. (STJ. 3ª Turma. REsp 1.969.648-DF, Rel. Min. 
Moura Ribeiro, julgado em 18/10/2022 (Info 754)).
• Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas 
subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substân-
cia e na forma.
• Art. 168, parágrafo único. As nulidades devem ser 
pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio ju-
rídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não 
lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento 
das partes.
40 
Waldisney dos Santos e Nyuiórquisson dos Santos são 
irmãos biológicos e, desde crianças, foram criados jun-
to com Maiami da Silva. Maiami fora criada pelos pais, 
recentemente falecidos, de Waldisney e Nyuiórquisson. 
Com isso, os três cresceram juntos, como se fossem três 
irmãos. Waldisney e Nyuiórquisson sempre apresenta-
vam Maiami como sendo irmã e sempre trataram os fi-
lhos dela como sobrinhos. Contudo, Maiami faleceu, em 
comoriência, com seus filhos em um acidente de carro. 
Considerando que Waldisney e Nyuiórquisson desejam 
ser reconhecidos como herdeiros de Maiami, marque 
alternativa correta.
(A) Podem os irmãos Waldisney e Nyuiórquisson reque-
rerem reconhecimento de vínculo parental socioafe-
tivo post mortem contra o espólio de Maiami pedin-
do para que fosse declarado o vínculo socioafetivo 
fraternal entre eles e a falecida.
(B) Podem os irmãos, independentemente de demanda 
judicial, habilitarem-se como legítimos herdeiros de 
Maiami.
(C) Não há amparo legal para o pleito de Waldisney e 
Nyuiórquisson.
(D) Somente poderia haver direito aos irmãos Waldisney 
e Nyuiórquisson se houvesse, por parte de Maiami, 
o reconhecimento da paternidade ou maternidade 
post mortem.
Letra a.
• É possível o reconhecimento da paternidade socio-
afetiva post mortem, ou seja, mesmo após a morte do 
suposto pai socioafetivo. (STJ. 3ª Turma. REsp 1.500.999-
RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 
12/4/2016 (Info 581)).
• Inexiste qualquer vedação legal ao reconhecimento 
da fraternidade/irmandade socioafetiva, ainda que post 
mortem, pois a declaração da existência de relação de 
parentesco de segundo grau na linha colateral é ad-
missível no ordenamento jurídico pátrio, merecen-
do a apreciação do Poder Judiciário. (STJ. 4ª Turma. 
Resp 1.674.372-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 
04/10/2022 (Info 753)).
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
41 
Antônio Manso Pacífico de Oliveira Sossegado reside, 
há 20 anos, em um apartamento alugado no Bairro de 
São José, em Recife. Para realizar o sonho da casa pró-
pria, passou a vida economizando dinheiro e conseguiu 
comprar um lote em Nossa Senhora do Ó, município de 
Pernambuco, e, ali, iniciou a construção de uma casa 
simples para morar com a família. No entanto, Antônio 
devia ao GRANBANK por um mútuo que havia realizado 
para pagar tratamento dentário. Tal empréstimo estava 
sendo executado pelo banco. O juiz da execução, a pedi-
do do banco, ordenou a penhora do terreno onde estava 
sendo edificada a casa. Antônio, desesperado, precisa 
alegar alguma defesa a seu favor. Marque a alternativa 
que corresponda a uma defesa adequada.
(A) Poderá alegar impenhorabilidade do imóvel, com 
fundamento no fato de que não está edificado.
(B) Poderá alegar que o imóvel é considerado bem de 
família.
(C) Não há defesa a ser apresentada por Antônio, posto 
que não reside no imóvel.
(D) Antônio somente poderá desfazer a penhora caso 
efetue o pagamento integral da dívida.
Letra b.
O terreno cuja unidade habitacional está em fase de 
construção, para fins de residência, está protegido 
pela impenhorabilidade por dívidas, por se conside-
rar antecipadamente bem de família. (STJ. 4ª Turma. 
REsp 1.960.026-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 
11/10/2022 (Info 753)).
ECA
Patrícia Dreyer
42 
Júnior, adolescente com 17 anos, foi apreendido em fla-
grante ao praticar ato infracional análogo a latrocínio, 
na cidade de Catolé do Rocha, Paraíba. Transcorrido o 
processo para apuração do ato infracional, o juízo da-
quela localidade entendeu que a medida cabível seria a 
medida socioeducativa de internação a ser cumprida em 
cidade próxima, já que em Catolé do Rocha não há uni-
dade de internação para menores infratores. A família 
de Júnior, indignada com a decisão judicial, procura você 
como advogado(a), para responder a vários questiona-
mentos, ao que você responde acertadamente que:
(A) quando Júnior completar 18 anos, terá de ser libe-
rado, pois as medidas socioeducativas somente são 
aplicadas até que o indivíduo alcance a maioridade.
(B) a intimação da sentença que aplicar medida de inter-
nação será feita ao adolescente ou ao seu defensor.
(C) se Júnior ficar internado provisoriamente, o prazo 
máximo e improrrogável para a conclusão do proce-
dimento será de quarenta e cinco dias corridos.
(D) o adolescente apreendido em flagrante de ato infra-
cional será, desde logo, encaminhado ao Juízo da In-
fância e Juventude.
Letra c.
(A) Súmula 605, STJ – A superveniência damaioridade 
penal não interfere na apuração de ato infracional nem 
na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, 
inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida 
a idade de 21 anos.
(B) Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medi-
da de internação ou regime de semiliberdade será feita:
I – ao adolescente e ao seu defensor;
II – quando não for encontrado o adolescente, a seus 
pais ou responsável, sem prejuízo do defensor.
§ 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação far-se-á 
unicamente na pessoa do defensor.
§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescen-
te, deverá este manifestar se deseja ou não recorrer 
da sentença.
(C) Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a 
conclusão do procedimento, estando o adolescente in-
ternado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei apli-
cam-se subsidiariamente as normas gerais previstas na 
legislação processual pertinente.
§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos 
seus procedimentos são contados em dias corridos, ex-
cluído o dia do começo e incluído o dia do vencimento, 
vedado o prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Mi-
nistério Público. (Incluído pela Lei n. 13.509, de 2017)
(D) Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de 
ato infracional será, desde logo, encaminhado à autori-
dade policial competente.
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializa-
da para atendimento de adolescente e em se tratando 
de ato infracional praticado em coautoria com maior, 
prevalecerá a atribuição da repartição especializada, 
que, após as providências necessárias e conforme o 
caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
43 
Pedro, policial, vem investigando há meses crimes con-
tra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Para 
isso, percebeu que será necessário se infiltrar na inter-
net para descobrir e destruir uma organização criminosa 
que pratica tais ilícitos. Sobre a infiltração de agentes, 
assinale a alternativa correta.
(A) As informações da operação de infiltração serão en-
caminhadas diretamente ao Ministério Público e ao 
Delegado responsável pela operação, que zelará por 
seu sigilo.
(B) A infiltração não poderá exceder o prazo de 90 (no-
venta) dias, sem prejuízo de eventuais renovações, 
desde que o total não exceda a 365 (trezentos e ses-
senta e cinco) dias e seja demonstrada sua efetiva 
necessidade, a critério da autoridade judicial.
(C) A infiltração de agentes de polícia na internet com o 
fim de investigar os crimes contra a dignidade sexual 
de crianças e adolescentes será precedida de autori-
zação judicial devidamente circunstanciada e funda-
mentada, que estabelecerá os limites da infiltração 
para obtenção de prova, ouvido o Ministério Público.
(D) Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos 
praticados durante a operação deverão ser registra-
dos, gravados, armazenados e encaminhados ao Mi-
nistério Público que, por sua vez, encaminhará todos 
os documentos ao juiz, juntamente com relatório cir-
cunstanciado.
Letra c.
(A) Errada.
Art. 190-B. As informações da operação de infiltração 
serão encaminhadas diretamente ao juiz responsável 
pela autorização da medida, que zelará por seu sigilo. 
(Incluído pela Lei n. 13.441, de 2017)
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o 
acesso aos autos será reservado ao juiz, ao Ministé-
rio Público e ao delegado de polícia responsável pela 
operação, com o objetivo de garantir o sigilo das in-
vestigações. (Incluído pela Lei n. 13.441, de 2017)
(B) Errada.
Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na in-
ternet com o fim de investigar os crimes previstos nos 
arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei 
e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B do De-
creto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código 
Penal), obedecerá às seguintes regras: (Incluído pela 
Lei n. 13.441, de 2017)
I – será precedida de autorização judicial devidamen-
te circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá 
os limites da infiltração para obtenção de prova, ou-
vido o Ministério Público; (Incluído pela Lei n. 13.441, 
de 2017)
II – dar-se-á mediante requerimento do Ministério 
Público ou representação de delegado de polícia e 
conterá a demonstração de sua necessidade, o alcan-
ce das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das 
pessoas investigadas e, quando possível, os dados de 
conexão ou cadastrais que permitam a identificação 
dessas pessoas; (Incluído pela Lei n. 13.441, de 2017)
III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, 
sem prejuízo de eventuais renovações, desde que 
o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e 
seja demonstrada sua efetiva necessidade, a critério 
da autoridade judicial. (Incluído pela Lei n. 13.441, 
de 2017)
(C) Certa.
Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na in-
ternet com o fim de investigar os crimes previstos nos 
arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei 
e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B do De-
creto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código 
Penal), obedecerá às seguintes regras: (Incluído pela 
Lei n. 13.441, de 2017)
I – será precedida de autorização judicial devidamen-
te circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá 
os limites da infiltração para obtenção de prova, ou-
vido o Ministério Público; (Incluído pela Lei n. 13.441, 
de 2017)
II – dar-se-á mediante requerimento do Ministério 
Público ou representação de delegado de polícia e 
conterá a demonstração de sua necessidade, o alcan-
ce das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das 
pessoas investigadas e, quando possível, os dados de 
conexão ou cadastrais que permitam a identificação 
dessas pessoas; (Incluído pela Lei n. 13.441, de 2017)
III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, 
sem prejuízo de eventuais renovações, desde que 
o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e 
seja demonstrada sua efetiva necessidade, a critério 
da autoridade judicial. (Incluído pela Lei n. 13.441, 
de 2017)
(D) Errada.
Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos 
eletrônicos praticados durante a operação deverão 
ser registrados, gravados, armazenados e encaminha-
dos ao juiz e ao Ministério Público, juntamente com 
relatório circunstanciado. (Incluído pela Lei n. 13.441, 
de 2017)
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados cita-
dos no caput deste artigo serão reunidos em autos 
apartados e apensados ao processo criminal junta-
mente com o inquérito policial, assegurando-se a pre-
servação da identidade do agente policial infiltrado e 
a intimidade das crianças e dos adolescentes envolvi-
dos. (Incluído pela Lei n. 13.441, de 2017)
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
44 
Lorena fez uma compra de passagens com "pontos" pela 
internet de Brasília para Amstersdã para desfrutar de 
suas férias no verão europeu. Todavia, em razão de seu 
intenso ritmo de trabalho, terá de adiar a viagem por 
uns meses. Diante disso, tentou fazer o cancelamento 
da viagem diretamente pela internet e foi surpreendida 
com a notícia de que teria de comparecer a uma loja físi-
ca para pedir o cancelamento e o reembolso dos pontos 
ou a remarcação da viagem. Diante do fato, Lorena fica 
indignada e procura você como advogado(a) que, acer-
tadamente, responde que:
(A) a empresa aérea que disponibilizar a opção de resga-
te de passagens aéreas com "pontos" pela internet 
não é obrigada a assegurar que o cancelamento ou 
reembolso dessas seja solicitado pelo mesmo meio, 
mas por pelo menos um dos canais de atendimento.
(B) Se Lorena não aparecer na ida, mas quiser somente 
voltar pelo pacote de ida e volta contratado, é lícita a 
prática comercial consistente no cancelamento uni-
lateral e automático de um dos trechos da passagem 
aérea, sob a justificativa de não ter o passageiro se 
apresentado para embarque no voo antecedente.
(C) A empresa aérea que disponibilizara opção de resga-
te de passagens aéreas com "pontos" pela internet é 
obrigada a assegurar que o cancelamento ou reem-
bolso dessas seja solicitado pelo mesmo meio.
(D) Se Lorena resolver viajar e a companhia aérea, além 
de atrasar desarrazoadamente, deixar de atender 
aos apelos desta, furtando-se a fornecer tanto infor-
mações claras acerca do prosseguimento da viagem 
(em especial, relativamente ao novo horário de em-
barque e ao motivo do atraso) quanto alimentação 
e hospedagem (obrigando-o a pernoitar no próprio 
aeroporto), tem-se por configurado dano moral in-
denizável que exige demonstração de prejuízo por 
parte da consumidora.
Letra c.
(A/C) Informativo n. 745. 22 de agosto de 2022. QUARTA 
TURMA. Processo. REsp 1.966.032-DF, Rel. Min. Luis Fe-
lipe Salomão, Quarta Turma, por unanimidade, julgado 
em 16/08/2022. DESTAQUE.
(B) Informativo n. 618. 23 de fevereiro de 2018. QUARTA 
TURMA. Processo. REsp 1.595.731-RO, Rel. Min. Luis Fe-
lipe Salomão, por unanimidade, julgado em 14/11/2017, 
DJe 01/02/2018. DESTAQUE: É abusiva a prática comer-
cial consistente no cancelamento unilateral e automá-
tico de um dos trechos da passagem aérea, sob a jus-
tificativa de não ter o passageiro se apresentado para 
embarque no voo antecedente.
(D) Informativo n. 550. 19 de novembro de 2014. TER-
CEIRA TURMA. DIREITO DO CONSUMIDOR. HIPÓTESE 
DE DANO MORAL IN RE IPSA PROVOCADO POR COMPA-
NHIA AÉREA. No caso em que companhia aérea, além 
de atrasar desarrazoadamente o voo de passageiro, dei-
xe de atender aos apelos deste, furtando-se a fornecer 
tanto informações claras acerca do prosseguimento da 
viagem (em especial, relativamente ao novo horário de 
embarque e ao motivo do atraso) quanto alimentação e 
hospedagem (obrigando-o a pernoitar no próprio aero-
porto), tem-se por configurado dano moral indenizável 
in re ipsa, independentemente da causa originária do 
atraso do voo.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
CDC
Patrícia Dreyer
45 
Nestor, professor de Direito Civil, resolve contratar um 
pacote de viagens na Agência Viaje Feliz, na cidade onde 
mora, Varginha-MG, para conhecer o Rio Grande do Sul 
e, especialmente, o Vale dos Vinhedos. Nestor embarca, 
então, para Porto Alegre e, ao chegar ao aeroporto, é 
surpreendido com a notícia de que não há transfer con-
tratado para ir de Porto Alegre ao Vale dos Vinhedos, 
não há hotel reservado, nem passagem de volta para 
sua cidade. Nestor tem, então, que arcar com todos os 
custos da viagem para não perder o passeio com sua fa-
mília. Ao retornar, Nestor ajuíza ação de reparação civil 
contra a Agência, mas descobre que houve o encerra-
mento das atividades dela, vez que a empresa praticou 
vários golpes contra os consumidores. Nestor, então, 
tem a ideia de promover o incidente de desconsidera-
ção da personalidade jurídica para alcançar o patrimô-
nio dos sócios e administradores da empresa. Descobre 
que os sócios não têm patrimônio a ser alcançado, mas 
o administrador não sócio tem patrimônio considerável, 
capaz de indenizá-lo. O juiz, todavia, indefere o pedido 
de desconsideração da personalidade jurídica formula-
do por Nestor que pretendia alcançar o patrimônio do 
administrador não sócio. A decisão judicial está:
(A) incorreta, porque há provas do abuso da personali-
dade jurídica.
(B) incorreta, porque a desconsideração também será 
efetivada quando do encerramento ou inatividade 
da pessoa jurídica provocados por má administração.
(C) incorreta, pois o CDC diz que o mero obstáculo à in-
denização do consumidor permite a desconsidera-
ção da personalidade jurídica.
(D) correta, pois para fins de aplicação da Teoria Menor 
da desconsideração da personalidade jurídica, o CDC 
não dá margem para admitir a responsabilização 
pessoal de quem não integra o quadro societário da 
empresa (administrador não sócio).
Letra d.
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade 
jurídica da sociedade quando, em detrimento do con-
sumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, in-
fração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos 
ou contrato social. A desconsideração também será efe-
tivada quando houver falência, estado de insolvência, 
encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provo-
cados por má administração.
§ 1° (Vetado).
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários 
e as sociedades controladas, são subsidiariamente res-
ponsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente res-
ponsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídi-
ca sempre que sua personalidade for, de alguma forma, 
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos 
consumidores.
Informativo n. 754. 24 de outubro de 2022. REsp 
1.860.333-DF, Rel. Min. Marco Buzzi, Quarta Turma, por 
unanimidade, julgado em 11/10/2022. DESTAQUE: Para 
fins de aplicação da Teoria Menor da desconsideração 
da personalidade jurídica, o § 5º do art. 28 do CDC não 
dá margem para admitir a responsabilização pessoal de 
quem não integra o quadro societário da empresa (ad-
ministrador não sócio).
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Direito Empresarial
Renato Borelli
46 
Miss Robs (nome artístico de Roberta) é uma famosa ar-
tista em sua cidade, Caruaru/PE, e possui grandes habili-
dades com instrumentos musicais.
Pensando em compartilhar seu dom com outras pessoas, 
resolveu dar aulas particulares. O sucesso foi tamanho 
que alugou um estúdio, comprou diversos instrumentos 
e equipamentos, contratou professores para lecionarem 
com ela, passando o estúdio, assim, a ser chamado Nú-
cleo Caruaruense de Música Miss Robs. 
Com base em tais informações e nas disposições do Có-
digo Civil, é correto afirmar que:
(A) Roberta não é empresária, porque exerce atividade 
intelectual, de natureza artística.
(B) a atividade pode ser considerada como empresa, 
mas Roberta somente será empresária quando hou-
ver seu registro perante o Registro Público de Empre-
sas Mercantis de Caruaru/PE.
(C) Roberta é empresária, independentemente da sua 
falta de inscrição no Registro Público de Empresas 
Mercantis.
(D) Roberta precisa registrar o Núcleo Caruaruense 
de Música Miss Robs para que ela se torne uma 
empresa.
Letra c.
Para ser considerado empresário, é preciso cumprir os 
requisitos do art. 966; portanto, Roberta é empresária. 
Ademais, embora exerça profissão intelectual, de nature-
za artística, este exercício se tornou elemento constitutivo 
de empresa.
Com relação à atividade ser considerada empresa, não é 
necessário o registro para se tornar empresa, pois este ca-
racteriza a regularidade dela (art. 967). Este registro deve 
ser feito antes do início de sua atividade. 
Conforme o Código Civil:
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce pro-
fissionalmente atividade econômica organizada para 
a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem 
exerce profissão intelectual, de natureza científica, 
literária ou artística, ainda com o concurso de auxilia-
res ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no 
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva 
sede, antes do início de sua atividade.
47 
Gustavo Brito e Nilton do Couto, sócios da Brito e Do 
Couto Ltda., sofreram um acidente de carro em que Bri-
to saiu gravemente ferido. Após várias intervenções mé-
dicas, Gustavo Brito encontra-se em coma, com grande 
probabilidade de morte ou danos cerebrais irreversíveis. 
À luz do Código Civil e em especial da legislação aplicável 
ao caso, é correto afirmar que:
(A) caso Gustavo Brito se torne incapaz permanente-
mente de exprimir sua vontade, a empresa será dis-
solvida.
(B) se Gustavo Brito vier a óbito, Nilton do Couto pode 
continuar com o nome do amigo na firma social daempresa.
(C) a sociedade limitada Brito e Do Couto Ltda. não pode 
ser constituída por uma pessoa.
(D) A quota de Brito não será liquidada em razão de sua 
morte, caso o contrato dispuser diferente.
Letra d.
(A) Errada. Conforme o Código Civil: 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representan-
te ou devidamente assistido, continuar a empresa an-
tes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou 
pelo autor de herança.
(B) Errada. Segundo o Código Civil: “Art. 1.165. O nome 
de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não 
pode ser conservado na firma social.”
(C) Errada. A Lei n. 13.874/2019 incluiu a possibilidade 
de uma Sociedade Limitada possuir um único sócio. Com 
base no art. 1.052 do Código Civil: “§ 1º A sociedade limi-
tada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas.”
(D) Certa. A regra é de que as quotas do sócio que vier 
a falecer sejam liquidadas, contudo o Código Civil apre-
senta três exceções, e a previsão contratual é uma delas. 
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á 
sua quota, salvo: 
I – se o contrato dispuser diferentemente; 
II – se os sócios remanescentes optarem pela dissolu-
ção da sociedade; 
III – se, por acordo com os herdeiros, regular-se a 
substituição do sócio falecido.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
48 
A famosa advogada e socialite Rachel Buena Vista en-
controu sua casa dos sonhos, no famoso bairro Lago Sul, 
em Brasília.
Como já havia ingressado na sociedade Buena Vista e 
Queiroz Advogados, acabou empreendendo grande par-
te de seu patrimônio. Rachel, para comprar a sonhada 
casa, precisou realizar um contrato de alienação fiduciá-
ria com a instituição financeira Brígido Bank. Sobre esse 
contrato, é correto afirmar que:
(A) Rachel Buena Vista somente poderá utilizar a casa 
quando o contrato de alienação estiver completa-
mente quitado.
(B) Na alienação fiduciária, a coisa (móvel ou imóvel) 
constitui-se na própria garantia do pagamento.
(C) Para a constituição de propriedade fiduciária da 
casa, é necessário o registro do contrato, celebrado 
por meio de instrumento público, no Cartório de Tí-
tulos e Documentos.
(D) Após a quitação da dívida e encargos, o banco deverá 
fornecer o termo de quitação a Rachel Buena Vista, 
em até 6 (seis) meses, sob pena de multa equivalen-
te a 10% o valor do contrato por mês de atraso.
Letra b.
(A) Errada. A posse direta do imóvel será de Rachel Bue-
na Vista, enquanto a instituição financeira possui a pos-
se indireta; e assim permanecerá enquanto o devedor 
fiduciante estiver em dia com o pagamento.
(B) Certa. Segundo a Lei n. 9.514/1997: 
Art. 22. A alienação fiduciária regulada por esta Lei é 
o negócio jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, 
com o escopo de garantia, contrata a transferência 
ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de 
coisa imóvel.” E ainda, no Código Civil, em seu artigo 
1.361 estabelece que “considera-se fiduciária a pro-
priedade resolúvel de coisa móvel infungível que o 
devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
(C) Errada. O Código Civil, em seu artigo 1.361, parágrafo 
1º, versa que o contrato pode ser celebrado por instru-
mento público ou particular e registrado no Cartório de 
Títulos e Documentos; no entanto, isto se refere à alie-
nação de bens móveis.
Art. 1.361, § 1º Constitui-se a propriedade fiduciária 
com o registro do contrato, celebrado por instrumen-
to público ou particular, que lhe serve de título, no 
Registro de Títulos e Documentos do domicílio do de-
vedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição 
competente para o licenciamento, fazendo-se a ano-
tação no certificado de registro. 
Tratando-se de bens imóveis, seguirá os termos da Lei n. 
9.514/1997: “Art. 23. Constitui-se a propriedade fiduci-
ária de coisa imóvel mediante registro, no competente 
Registro de Imóveis, do contrato que lhe serve de título”.
(D) Errada. De acordo com a Lei n. 9.514/1997: 
Art. 25. Com o pagamento da dívida e seus encargos, 
resolve-se, nos termos deste artigo, a propriedade fi-
duciária do imóvel. 
§ 1º No prazo de trinta dias, a contar da data de liqui-
dação da dívida, o fiduciário fornecerá o respectivo 
termo de quitação ao fiduciante, sob pena de multa 
em favor deste, equivalente a meio por cento ao mês, 
ou fração, sobre o valor do contrato.
49 
Eugênio, microempresário individual, atuante na área 
de produtos naturais e alimentícios, emitiu nota pro-
missória no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) com 
vencimento em 07/01/2023, que foi endossada por Pa-
trícia, em 19/01/2023. Em razão da falta de pagamento, 
Rubens procedeu no dia seguinte ao vencimento do pro-
testo do título. Nesse caso, levando-se em consideração 
as disposições relativas ao título de crédito em espécie, 
é correto afirmar que:
(A) somente Eugênio poderá ser responsável pelo paga-
mento da nota promissória, posto que ele é o seu 
emitente.
(B) eventual ação cambial do portador contra Patrícia 
deve ser ajuizada no prazo de 03 (três) anos conta-
dos da data do protesto.
(C) Patrícia tem 6 (seis) meses para ingressar com ação 
regressiva contra Eugênio, contados da data do pa-
gamento.
(D) todas as ações contra o aceitante relativas a letras 
prescrevem em cinco anos a contar do seu ven-
cimento.
Letra c.
A prescrição do título é a perda do direito do interessado 
para ajuizar uma ação para lhe garantir o que de direito. 
Sobre a prescrição das ações envolvendo notas promis-
sórias, a Lei Uniforme de Genebra estabelece: 
Art. 70. Todas as ações contra o aceitante relativas a 
letras prescrevem em 3 (três) anos a contar do seu 
vencimento. 
As ações do portador contra os endossantes e con-
tra o sacador prescrevem num ano, a contar da data 
do protesto feito em tempo útil, ou da data do venci-
mento, se trata de letra que contenha cláusula "sem 
despesas". 
As ações dos endossantes uns contra os outros e con-
tra o sacador prescrevem em 6 (seis) meses a contar 
do dia em que o endossante pagou a letra ou em que 
ele próprio foi acionado.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
50 
Maria Christina, advogada e contadora experiente, 
atuou como administradora judicial em ação falimentar 
de renomada rede de varejo e, depois de muito traba-
lho e dedicação, possui direito legal a sua remuneração. 
Carlos Silva possui um crédito trabalhista de 4 (quatro) 
salários mínimos, de natureza estritamente salarial, ven-
cidos nos 3 (três) meses anteriores à decretação da fa-
lência. Felipe Dalê tem direito à restituição em dinheiro 
de um bem seu que estava em poder do devedor na data 
da decretação da falência e foi vendido. Com relação 
à situação desses credores, e levando-se em conside-
ração as disposições da Lei n. 11.101/2005, é correto 
dizer que:
(A) Carlos Silva terá precedência na ordem de pagamen-
to, enquanto Felipe Dalê se enquadrará na situação 
de credor quirografário; e Maria Christina somente 
receberá ao final do pagamento de todos.
(B) todos se encontram na condição de créditos extra-
concursais e serão pagos com precedência; e entre 
eles a ordem de pagamento será: Carlos Silva, Felipe 
Dalê e Maria Christina.
(C) Maria Christina será a primeira a receber, seguida 
de Carlos Silva e, ao final, Felipe Dalê. Contudo, pri-
meiramente, deverão ser pagos os tributos relativos 
a fatos geradores ocorridos após a decretação da 
falência.
(D) todos possuem créditos com privilégios especiais e 
deverão ser pagos com precedência aos demais cre-
dores, mas sem haver preferência entre eles.
Letra b.
O art. 84 da Lei n. 11.101/2005 foi alterado pela Lei n. 
14.112/2020, passando a ter a seguinte redação:
Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais 
e serão pagos com precedência sobre os menciona-
dos no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, aqueles 
relativos: 
I – (revogado); 
I-A – às quantias referidas nos arts. 150 e 151 des-
ta Lei; 
I-B – ao valor efetivamente entregue ao devedor em 
recuperação judicial pelo financiador,em conformi-
dade com o disposto na Seção IV-A do Capítulo III 
desta Lei; 
I-C – aos créditos em dinheiro objeto de restituição, 
conforme previsto no art. 86 desta Lei; 
I-D – às remunerações devidas ao administrador ju-
dicial e aos seus auxiliares, aos reembolsos devidos 
a membros do Comitê de Credores, e aos créditos 
derivados da legislação trabalhista ou decorrentes de 
acidentes de trabalho relativos a serviços prestados 
após a decretação da falência; 
I-E – às obrigações resultantes de atos jurídicos vá-
lidos praticados durante a recuperação judicial, nos 
termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da 
falência; 
II – às quantias fornecidas à massa falida pelos 
credores;
III – às despesas com arrecadação, administração, re-
alização do ativo, distribuição do seu produto e custas 
do processo de falência;
IV – às custas judiciais relativas às ações e às execu-
ções em que a massa falida tenha sido vencida; 
V – aos tributos relativos a fatos geradores ocorridos 
após a decretação da falência, respeitada a ordem es-
tabelecida no art. 83 desta Lei. 
§ 1º As despesas referidas no inciso I-A do caput des-
te artigo serão pagas pelo administrador judicial com 
os recursos disponíveis em caixa. 
§ 2º O disposto neste artigo não afasta a hipótese pre-
vista no art. 122 desta Lei.
Portanto, conforme o caput do artigo, são os créditos 
de todos se enquadram como extraconcursais e o pa-
gamento será na ordem: Carlos Silva (inciso I-A), Felipe 
Dalê (inciso I-C) e Maria Christina (inciso I-D).
O art. 151 trata: 
Art. 151. Os créditos trabalhistas de natureza estrita-
mente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores 
à decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) sa-
lários-mínimos por trabalhador, serão pagos tão logo 
haja disponibilidade em caixa.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Direito Processual Civil
Raquel Bueno
51 
Ana Luíza, após vinte anos casada com Edvaldo, resolve 
se divorciar após as festas de Natal, uma vez que, duran-
te a ceia em família, depois de ter ingerido grande quan-
tidade de bebida alcoólica, o marido se descontrolou e 
a agrediu, acusando-a de traição com um dos cunhados, 
afirmação esta que restou não comprovada. Ressalte-se 
que o casal não possui filhos e que Edvaldo, arrependi-
do, não concorda com o divórcio. Ana Luíza mudou-se 
do domicílio conjugal (Piracanjuba-GO) para Rio Verde-
-GO, tendo o marido permanecido no imóvel do casal. A 
partir destes fatos, assinale a opção correta.
(A) Ana Luíza poderá promover o divórcio em cartório, 
mediante escritura pública, desde que esteja acom-
panhada por advogado ou defensor público.
(B) O foro competente para o divórcio judicial é Rio 
Verde-GO.
(C) O foro competente para o divórcio judicial é Piracan-
juba-GO.
(D) Caso Ana Luíza tivesse permanecido no domicílio 
conjugal, com o consequente afastamento do mari-
do, seria devido aluguel proporcional do imóvel do 
casal para este último.
Letra b.
CPC, art. 53. É competente o foro:
I – para a ação de divórcio, separação, anulação de casa-
mento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja fi-
lho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir 
no antigo domicílio do casal;
d) de domicílio da vítima de violência doméstica 
e familiar, nos termos da Lei n. 11.340, de 7 de agos-
to de 2006 (Lei Maria da Penha); (Incluída pela Lei n. 
13.894, de 2019)
Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual 
e a extinção consensual de união estável, não havendo 
nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos 
legais, poderão ser realizados por escritura pública, da 
qual constarão as disposições de que trata o art. 731.
STJ – RECURSO ESPECIAL. CÍVEL. IMÓVEL EM CONDOMÍ-
NIO. POSSE DIRETA E EXCLUSIVA EXERCIDA POR UM DOS 
CONDÔMINOS. PRIVAÇÃO DE USO E GOZO DO BEM POR 
COPROPRIETÁRIO EM VIRTUDE DE MEDIDA PROTETIVA 
CONTRA ELE DECRETADA. ARBITRAMENTO DE ALUGUEL 
PELO USO EXCLUSIVO DA COISA PELA VÍTIMA DE VIO-
LÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR. DESCABIMENTO. DES-
PROPORCIONALIDADE CONSTATADA E INEXISTÊNCIA DE 
ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. RECURSO ESPECIAL CO-
NHECIDO E DESPROVIDO.
1. 
O propósito recursal consiste em definir a possibilidade 
de arbitramento de aluguel, pelo uso exclusivo e gratui-
to de imóvel comum indiviso por um dos condôminos, 
em favor de coproprietário que foi privado do uso e gozo 
do bem devido à decretação judicial de medida prote-
tiva em ação penal proveniente de suposta prática de 
crime de violência doméstica e familiar contra a mulher.
2. 
A jurisprudência desta Corte Superior, alicerçada no art. 
1.319 do Código Civil de 2002 (equivalente ao art. 627 
do revogado Código Civil de 1916), assenta que a utiliza-
ção ou a fruição da coisa comum indivisa com exclusivi-
dade por um dos coproprietários, impedindo o exercício 
de quaisquer dos atributos da propriedade pelos demais 
consortes, enseja o pagamento de indenização àqueles 
que foram privados do regular domínio sobre o bem, tal 
como o percebimento de aluguéis. Precedentes.
3. 
Contudo, impor à vítima de violência doméstica e fami-
liar obrigação pecuniária consistente em locativo pelo 
uso exclusivo e integral do bem comum, na dicção do 
art. 1.319 do CC/2002, constituiria proteção insuficien-
te aos direitos constitucionais da dignidade humana e 
da igualdade, além de ir contra um dos objetivos fun-
damentais do Estado brasileiro de promoção do bem de 
todos sem preconceito de sexo, sobretudo porque ser-
viria de desestímulo a que a mulher buscasse o amparo 
do Estado para rechaçar a violência contra ela praticada, 
como assegura a Constituição Federal em seu art. 226, § 
8º, a revelar a desproporcionalidade da pretensão inde-
nizatória em tal caso.
4. 
Ao ensejo, registre-se que a interpretação conforme a 
constituição de lei ou ato normativo, atribuindo ou ex-
cluindo determinado sentido entre as interpretações 
possíveis em alguns casos, não viola a cláusula de reser-
va de plenário, consoante já assentado pelo Supremo 
Tribunal Federal no RE n. 572.497 AgR/RS, Rel. Min. Eros 
Grau, DJ 11/11/2008, e no RE n. 460.971, Rel. Min. Se-
púlveda Pertence, DJ 30/3/2007 (ambos reproduzindo o 
entendimento delineado no RE n. 184.093/SP, Rel. Mo-
reira Alves, publicado em 29/4/1997).
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
5. 
Outrossim, a imposição judicial de uma medida prote-
tiva de urgência – que procure cessar a prática de vio-
lência doméstica e familiar contra a mulher e implique 
o afastamento do agressor do seu lar – constitui motivo 
legítimo a que se limite o domínio deste sobre o imóvel 
utilizado como moradia conjuntamente com a vítima, 
não se evidenciando, assim, eventual enriquecimento 
sem causa, que legitimasse o arbitramento de aluguel 
como forma de indenização pela privação do direito de 
propriedade do agressor.
6. 
Portanto, afigura-se descabido o arbitramento de alu-
guel, com base no disposto no art. 1.319 do CC/2002, 
em desfavor da coproprietária vítima de violência do-
méstica, que, em razão de medida protetiva de urgência 
decretada judicialmente, detém o uso e gozo exclusivo 
do imóvel de cotitularidade do agressor, seja pela des-
proporcionalidade constatada em cotejo com o art. 226, 
§ 8º, da CF/1988, seja pela ausência de enriquecimento 
sem causa (art. 884 do CC/2002). Na hipótese, o Tribunal 
de origem decidiu em consonância com a referida tese, 
inexistindo, assim, reparo a ser realizado no acórdão 
recorrido.
7. 
Recurso especial conhecido e desprovido.
(REsp n. 1.966.556/SP, relator Ministro Marco Aurélio 
Bellizze, Terceira Turma, julgado em 8/2/2022, DJe de 
17/2/2022.)
52 
Sarah, empresária de sucesso do ramo estético, teve 
um mal súbito, e ao ser atendida na emergência de um 
hospital particular, o médico recomendou imediata in-
tervenção cirúrgica, negada indevidamente pelo plano 
de saúde. Inconformada, entrou em contato com sua 
advogadaHelena, requerendo que fosse tomada algu-
ma providência judicial rápida, a fim de resguardar sua 
vida. Helena então requereu uma tutela provisória de 
urgência antecipada antecedente, tendo o juiz compe-
tente condicionado a concessão da tutela provisória à 
prestação de caução. A partir deste cenário, assinale a 
opção correta.
(A) Pelo Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição, o 
juiz não poderia condicionar a concessão da tutela 
jurisdicional provisória de urgência à prestação de 
caução.
(B) A tutela jurisdicional provisória de urgência requeri-
da exige apenas dois requisitos: probabilidade do di-
reito invocado e perigo de dano ou risco ao resultado 
útil do processo.
(C) Nesta situação, caso o juiz entendesse não se tratar 
de hipótese de tutela provisória de urgência anteci-
pada antecedente, seria concedido à autora o prazo 
de 15 dias para a emenda da petição inicial.
(D) Uma vez concedida a tutela provisória de urgência 
antecipada antecedente, a autora terá o prazo de 15 
dias ou mais para o aditamento de sua petição inicial, 
nos mesmos autos, sem incidência de novas custas 
processuais.
Letra d.
CPC, art. 300. A tutela de urgência será concedida quan-
do houver elementos que evidenciem a probabilidade 
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil 
do processo.
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, 
conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idô-
nea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir 
a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte 
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminar-
mente ou após justificação prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não 
será concedida quando houver perigo de irreversibilida-
de dos efeitos da decisão. (requisito negativo da tutela 
provisória de urgência antecipada).
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporâ-
nea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-
-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação 
do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do 
risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o ca-
put deste artigo:
I – o autor deverá aditar a petição inicial, com a com-
plementação de sua argumentação, a juntada de novos 
documentos e a confirmação do pedido de tutela final, 
em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz 
fixar; (...)
§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º des-
te artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de 
novas custas processuais. (...)
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a conces-
são de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determi-
nará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, 
sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto 
sem resolução de mérito.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
53 
Madalena, ao receber R$ 200.000,00 (duzentos mil re-
ais) de herança, adquiriu os eventuais direitos e obriga-
ções sobre um lote situado em Cabo Frio-RJ, de Olavo, 
que os adquiriu de Pedro, que os adquiriu de Lúcio, que 
os adquiriu de Eliomar. Todavia, Madalena é demandada 
por Sofia, verdadeira titular de tais direitos. Desespera-
da, procura o Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade de 
Direito local para fazer sua defesa, bem como resguardar 
seus direitos em relação à Olavo, de quem adquiriu os 
tais direitos sobre o lote, a título oneroso. A partir deste 
cenário, assinale a resposta correta.
(A) Madalena terá 30 dias para contestar, podendo ale-
gar em preliminar sua ilegitimidade passiva.
(B) Madalena terá 30 dias para contestar, podendo pro-
mover a denunciação da lide em relação à Olavo, no 
corpo da contestação.
(C) Madalena terá 15 dias para contestar, podendo pro-
mover a denunciação da lide em relação à Olavo, no 
corpo da contestação.
(D) Madalena terá 30 dias para contestar, podendo pro-
mover a denunciação da lide em relação à Eliomar, 
no corpo da contestação.
Letra b.
CPC, art. 125. É admissível a denunciação da lide, pro-
movida por qualquer das partes:
I – ao alienante imediato, no processo relativo à coi-
sa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim 
de que possa exercer os direitos que da evicção lhe 
resultam; (não pode Madalena promover a denuncia-
ção da lide em face de Eliomar, porque não se admite 
a denunciação da lide per saltum.)
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em do-
bro para todas as suas manifestações processuais. (...)
§ 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de 
prática jurídica das faculdades de Direito reconheci-
das na forma da lei e às entidades que prestam assis-
tência jurídica gratuita em razão de convênios firma-
dos com a Defensoria Pública.
Neste caso há a incidência de prazo em dobro. (Prazo 
normal para contestar 15 dias)
54 
Cosme ajuizou uma ação de cobrança em face de Edgar. 
Após o devido processo legal, recebeu uma sentença 
totalmente favorável. Todavia, inconformado, Edgar re-
solveu recorrer, tendo o recurso sido admitido no duplo 
efeito. Entretanto, Cosme sabe da existência de um úni-
co imóvel penhorável do devedor, razão pela qual quer 
garantir o êxito da futura etapa de cumprimento de sen-
tença, por meio de uma posição privilegiada de credor. 
Neste contexto, assinale a opção correta.
(A) Cosme poderá requerer o cumprimento provisório 
da sentença.
(B) Cosme pode promover a hipoteca judiciária, desde 
que haja prévia autorização judicial.
(C) Cosme poderá pedir uma certidão premonitória, 
averbando-a no Cartório de Imóveis competente.
(D) Cosme pode promover a hipoteca judiciária, me-
diante simples apresentação da cópia da sentença 
perante o Cartório de Imóveis competente, indepen-
dentemente de prévia autorização judicial, com a 
consequente comunicação ao juízo da causa.
Letra d.
CPC, art. 495. A decisão que condenar o réu ao paga-
mento de prestação consistente em dinheiro e a que de-
terminar a conversão de prestação de fazer, de não fazer 
ou de dar coisa em prestação pecuniária valerão como 
título constitutivo de hipoteca judiciária.
§ 1º A decisão produz a hipoteca judiciária:
I – embora a condenação seja genérica;
II – ainda que o credor possa promover o cumprimento 
provisório da sentença ou esteja pendente arresto sobre 
bem do devedor;
III – mesmo que impugnada por recurso dotado de efei-
to suspensivo.
§ 2º A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante 
apresentação de cópia da sentença perante o cartório 
de registro imobiliário, independentemente de ordem 
judicial, de declaração expressa do juiz ou de demons-
tração de urgência.
§ 3º No prazo de até 15 (quinze) dias da data de realiza-
ção da hipoteca, a parte informá-la-á ao juízo da causa, 
que determinará a intimação da outra parte para que 
tome ciência do ato.
§ 4º A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implica-
rá, para o credor hipotecário, o direito de preferência, 
quanto ao pagamento, em relação a outros credores, 
observada a prioridade no registro.
§ 5º Sobrevindo a reforma ou a invalidação da decisão 
que impôs o pagamento de quantia, a parte responderá, 
independentemente de culpa, pelos danos que a outra 
parte tiver sofrido em razão da constituição da garantia, 
devendo o valor da indenização ser liquidado e executa-
do nos próprios autos.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
55 
Georgiana, residente e domiciliada em Brasília-DF, ajui-
zou uma ação indenizatória em face do Canadá, perante 
a 1ª Vara Federal da seção judiciária do Distrito Fede-
ral. Após o devido processo legal, seus pedidos foram 
julgados integralmente improcedentes. Inconformada, 
a autora procura sua advogada Pâmela, a fim de tomar 
uma providência processual apta a modificar o resultado 
negativo. Considerando a realidade narrada, o caminho 
processual indicado é:
(A) Apelação a ser interposta perante o Tribunal Regio-
nal Federal da 1ª Região,no prazo de 15 dias.
(B) Apelação a ser interposta perante o juízo a quo, no 
prazo de 15 dias.
(C) Recurso ordinário constitucional, a ser interposto pe-
rante o juízo a quo, no prazo de 15 dias.
(D) Recurso ordinário constitucional, a ser interposto 
perante o Superior Tribunal de Justiça, no prazo de 
15 dias.
Letra c.
CPC, art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:
(...)
I – pelo Superior Tribunal de Justiça:
(...)
b) os processos em que forem partes, de um lado, Esta-
do estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, 
Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
A questão traz uma hipótese de causa internacional. Nes-
te caso, contra a sentença do juiz federal cabe recurso 
ordinário constitucional para o STJ. Todavia, sua interpo-
sição é feita no juízo a quo, semelhante a uma apelação.
56 
Lívia foi citada em uma execução de título executivo ex-
trajudicial promovida por Dora. Considerando que não 
foi efetuado o pagamento da dívida de R$ 100.000,00 
no prazo legal, tendo escoado o prazo para apresentação 
de embargos à execução, foi requerida pela exequente a 
penhora on-line, que, todavia, restou infrutífera. Poste-
riormente, foi obtida a penhora de um veículo de titulari-
dade da devedora, quitado, e avaliado em R$ 80.000,00. 
A partir destas informações, marque a assertiva correta.
(A) Será dada preferência à adjudicação do bem em favor de 
Dora, respeitando-se o valor da avaliação, e consequente 
prosseguimento da execução pelo valor remanescente.
(B) O referido bem penhorado não poderá ser adjudica-
do pelo cônjuge, companheiro, ascendentes ou des-
cendentes da executada.
(C) Caso o bem não seja adjudicado pela exequente, Lívia 
terá direito de requerer o parcelamento do débito.
(D) Será dada preferência à alienação judicial por inicia-
tiva particular ao invés da adjudicação.
Letra a.
CPC, art. 825. A expropriação consiste em:
I – adjudicação;
II – alienação;
III – apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou 
de estabelecimentos e de outros bens.
Art. 876. É lícito ao exequente, oferecendo preço não 
inferior ao da avaliação, requerer que lhe sejam adjudi-
cados os bens penhorados.
§ 4º Se o valor do crédito for:
(...)
II – superior ao dos bens, a execução prosseguirá pelo 
saldo remanescente.
§ 5º Idêntico direito pode ser exercido por aqueles indi-
cados no art. 889, incisos II a VIII, pelos credores concor-
rentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo côn-
juge, pelo companheiro, pelos descendentes ou pelos 
ascendentes do executado.
Art. 881. A alienação far-se-á em leilão judicial se não 
efetivada a adjudicação ou a alienação por iniciativa 
particular.
Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o cré-
dito do exequente e comprovando o depósito de trinta 
por cento do valor em execução, acrescido de custas e 
de honorários de advogado, o executado poderá reque-
rer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 
(seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetá-
ria e de juros de um por cento ao mês.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
57 
Marta promoveu uma ação em face de Elaine. Após de-
cisão final favorável à autora, diante da demora na sua 
publicação, Marta perguntou a seu advogado Leandro se 
este não poderia agilizar a ciência do advogado da parte 
contrária, a fim de que o prazo recursal já se iniciasse, 
no intuito de obter o trânsito em julgado de forma mais 
rápida, caso não houvesse interposição de recurso, com 
a consequente instauração da fase executiva. A partir 
destas informações, assinale a opção certa segundo o 
CPC vigente:
(A) O advogado Leandro pode intimar o advogado de 
Elaine por meio de mensagem via WhatsApp.
(B) O advogado Leandro pode intimar o advogado 
de Elaine pelo correio, com aviso de recebimen-
to, instruindo o ofício de intimação com a cópia da 
sentença.
(C) No caso apresentado, a intimação só poderá ocorrer 
judicialmente.
(D) Caso a intimação seja enviada pelo advogado Lean-
dro ao advogado de Elaine, via correio, ao endereço 
mencionado no processo, tal intimação não será vá-
lida se não recebida pessoalmente pelo causídico de 
Elaine, em virtude de mudança temporária de ende-
reço não informada nos autos.
Letra b.
CPC, art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a 
alguém dos atos e dos termos do processo.
§ 1º É facultado aos advogados promover a intimação do 
advogado da outra parte por meio do correio, juntando 
aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do avi-
so de recebimento.
§ 2º O ofício de intimação deverá ser instruído com có-
pia do despacho, da decisão ou da sentença.
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intima-
ções serão feitas às partes, aos seus representantes le-
gais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo 
pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente 
pelo escrivão ou chefe de secretaria.
Parágrafo único. Presumem-se válidas as intimações di-
rigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não 
recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modifica-
ção temporária ou definitiva não tiver sido devidamente 
comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da junta-
da aos autos do comprovante de entrega da correspon-
dência no primitivo endereço.
Direito Penal
Michelle Tonon
58 
Tatiana foi condenada em janeiro de 2022 pela prática 
do crime de estelionato. Na dosimetria, o juiz, na pri-
meira fase, exasperou a pena-base, ao argumento de 
que Tatiana tinha plena consciência da ilicitude de sua 
conduta. Além disso, considerou ações penais em curso 
e inquéritos policiais como conduta social negativa. Na 
segunda fase, não considerou a atenuante da confissão 
espontânea, sob o fundamento de que Tatiana admitiu 
apenas parcialmente os fatos narrados na denúncia. In-
conformada e desejando recorrer da sentença, Tatiana 
procura você, advogado(a).
Considerando a jurisprudência e o entendimento sumu-
lado do STJ sobre a dosimetria da pena, assinale a alter-
nativa correta.
(A) A afirmação de que Tatiana possuía plena consci-
ência da ilicitude de sua conduta não é idônea para 
exasperação da pena-base, pois constitui elemento 
ínsito ao delito.
(B) Inquéritos policiais e ações penais em curso podem 
ser considerados para exasperar a pena-base.
(C) A dosimetria da pena está correta, em consonância 
com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, não 
havendo argumento para um recurso de apelação.
(D) Somente a confissão espontânea e completa, sobre 
todos os fatos articulados na denúncia, autoriza a in-
cidência da atenuante genérica, na segunda fase da 
dosimetria.
Letra a.
A dosimetria não está correta. A afirmação de que Tatia-
na possuía plena consciência da ilicitude de sua conduta 
não é idônea para exasperação da pena-base, pois cons-
titui elemento ínsito à culpabilidade, terceiro substrato 
do conceito analítico de crime. Ademais, é vedada a uti-
lização de inquéritos policiais e ações penais em curso 
para agravar a pena-base, segundo dispõe a Súmula 444 
do STJ. Quanto à atenuante da confissão, o réu terá di-
reito à diminuição da pena sempre que houver admitido 
a autoria do crime perante a autoridade, como prevê 
o artigo 65, inciso III, "d", do Código Penal, indepen-
dentemente de a confissão ser usada pelo juiz como um 
dos fundamentos da condenação, e mesmo que seja ela 
parcial, qualificada, extrajudicial ou retratada, nos ter-
mos da jurisprudência atual do STJ.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm#art65
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
59 
Maurício, 33 anos, subtraiu cerca de 3 mil reais em di-
nheiro de seu pai, Lucas, 64 anos, para adquirir uma 
moto seminova e trabalhar como entregador.
Considerando as disposições legais pertinentes, con-
sultado por Lucas acerca da responsabilidade penal de 
Maurício, você deverá explicar que:
(A) Maurício praticou conduta atípica, pois é herdeiro 
de Lucas.
(B) Maurício é isento de pena, visto que praticou crime 
de furto em prejuízo de seu ascendente.(C) Maurício praticou crime impossível, pois em prejuízo 
de seu pai.
(D) Maurício não é isento de pena.
Letra d.
As escusas absolutórias previstas para os crimes contra 
o patrimônio praticados sem violência ou grave ameaça 
à pessoa, previstas no art. 181 do Código Penal, não são 
aplicáveis caso a vítima seja pessoa com idade igual ou 
superior a 60 anos, nos termos do art. 183, III, do CP. 
Trata-se de especial proteção à pessoa idosa.
60 
Felipe, jovem de 24 anos, foi a um show na cidade de 
São Paulo no dia 18 de dezembro de 2022. Durante a 
apresentação da banda, Felipe percebeu que João esta-
va distraído, dançando e cantando e, aproveitando-se da 
circunstância, subtraiu o telefone celular que estava no 
bolso traseiro da calça de João. O aparelho custou a João 
cerca de 7 mil reais. No dia seguinte ao show, João foi 
até a delegacia e comunicou o fato. Passados três dias 
do ocorrido, em 21 de dezembro de 2022, Felipe foi con-
vencido por sua namorada, Bruna, a devolver o celular, 
o que de fato foi feito, na mesma delegacia onde João 
registrara a ocorrência.
Apesar disso, em 10 de janeiro de 2023, o Ministério Pú-
blico denunciou Felipe como incurso nas penas do art. 
155, § 4º, II, do CP (furto qualificado pela destreza).
Considerando apenas os fatos narrados, na orienta-
ção jurídica a Felipe, você, advogado/a, deverá es-
clarecer que:
(A) houve arrependimento eficaz, considerando que Fe-
lipe impediu a produção do resultado.
(B) houve desistência voluntária, visto que Felipe de-
sistiu voluntariamente de seguir com a execução 
do furto.
(C) houve arrependimento posterior, fazendo Felipe jus 
à causa de diminuição de pena.
(D) a conduta de Felipe é atípica, considerando o princí-
pio da insignificância e a devolução do celular a João.
Letra c.
A hipótese é de arrependimento posterior, conforme 
art. 16 do Código Penal:
Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou gra-
ve ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a 
coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, 
por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de 
um a dois terços.
Trata-se de causa de diminuição de pena, com incidên-
cia na terceira fase da dosimetria. O crime de furto se 
consumou, pois houve a efetiva inversão da posse do 
bem. Não se cogita de aplicação do princípio da insigni-
ficância, vez que se trata de furto qualificado e diante do 
expressivo valor da coisa subtraída.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
61 
Carlos e Diana terminaram, em agosto de 2022, um rela-
cionamento amoroso de cerca de três anos. Entretanto, 
Diana não se conforma e, diariamente, espera Carlos na 
saída do trabalho, seguindo-o até em casa. Diana tam-
bém faz ligações telefônicas várias vezes ao dia e manda 
mensagens por aplicativos de conversas instantâneas 
e redes sociais. Tais comportamentos já se prolongam 
por um mês. Preocupado com a situação, Carlos procura 
você, advogado/a, para aconselhamento jurídico. Nessa 
situação, você deverá explicar a Carlos que:
(A) Diana pode ser penalmente responsabilizada pela 
contravenção penal de perturbação da tranquilidade.
(B) Diana pode ser penalmente responsabilizada pelo 
crime de perseguição, devendo Carlos comparecer à 
delegacia de polícia e representar pela apuração cri-
minal dos fatos.
(C) A conduta de Diana é atípica, representando mero 
dissabor a Carlos, que poderá pleitear uma indeniza-
ção na esfera cível.
(D) A conduta de Diana caracteriza o crime de violência 
psicológica, tipificado no Código Penal.
Letra b.
Diana praticou o crime descrito no art. 147-A do Código 
Penal, a perseguição ou stalking:
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por 
qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou 
psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomo-
ção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturban-
do sua esfera de liberdade ou privacidade.
Segundo o § 3º do art. 147-A, somente se procede me-
diante representação, isto é, trata-se de crime de ação 
penal pública condicionada. A contravenção penal de 
perturbação da tranquilidade (art. 65 do Decreto-Lei 
n. 3.688/1941) foi expressamente revogada pela Lei n. 
14.132/2021, que criou o tipo penal do art. 147-A. Não 
se cogita do crime de violência psicológica, previsto no 
art. 147-B, pois este só pode ser praticado contra a ví-
tima mulher.
62 
Cleverson, completamente embriagado após passar a 
tarde assistindo jogo de futebol em um bar, foi ao ce-
mitério da cidade e se dirigiu à sepultura de Fábio, um 
antigo desafeto. Com um pedaço de madeira que encon-
trou, desferiu vários golpes contra a sepultura, quebran-
do quadros, vasos e vidros que ali haviam sido colocados 
pelos familiares de Fábio, em sua homenagem. Com o 
barulho dos objetos quebrados, seguranças acionaram 
a polícia, que prendeu Cleverson em flagrante. Conside-
rando o caso narrado, assinale a alternativa correta.
(A) A embriaguez completa de Cleverson caracteriza-se 
como excludente de culpabilidade.
(B) A conduta de Cleverson tipifica-se como crime de 
violação de sepultura, já que o respeito aos mortos é 
bem jurídico tutelado pelo Código Penal.
(C) Tendo em vista que Cleverson estava completamente 
embriagado e que não tinha intenção de profanar a 
sepultura, configura-se apenas crime de dano ao pa-
trimônio.
(D) A conduta de Cleverson é atípica, gerando apenas 
indenização na esfera cível aos herdeiros de Fábio, 
pelos danos morais e materiais.
Letra b.
Cleverson praticou o delito previsto no art. 210 do Có-
digo Penal, a violação de sepultura: “Art. 210. Violar ou 
profanar sepultura ou urna funerária: Pena – reclusão, 
de um a três anos, e multa.”
O bem jurídico tutelado é o respeito aos mortos.
A embriaguez de Cleverson, por ser culposa, ainda que 
completa, não afasta a responsabilização penal, confor-
me a teoria da ação livre na causa (actio libera in causa), 
adotada pelo art. 28, II, do Código Penal:
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal:
II – a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool 
ou substância de efeitos análogos.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
63 
Euclides, 45 anos, primário, porém com ação penal em 
curso pela suposta prática do crime de furto, foi preso 
em flagrante com 15 gramas de cocaína, divididos em 
cinco pequenas embalagens, e uma balança de precisão, 
além de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais), em 
notas trocadas. Considerando a situação hipotética, assi-
nale a opção correta com base na legislação e no enten-
dimento do Superior Tribunal de Justiça.
(A) A pequena quantidade de substância entorpecente 
apreendida permite a aplicação do princípio da in-
significância ao crime de tráfico de drogas, por ser 
delito de perigo abstrato.
(B) Considerando a existência de uma ação penal em 
curso, Euclides não poderá ser beneficiado pela cau-
sa de diminuição de pena do tráfico privilegiado.
(C) Euclides praticou o crime de associação para o trá-
fico de drogas, considerando as condições de acon-
dicionamento da substância, em diferentes porções, 
a apreensão de balança de precisão e de quantia de 
dinheiro trocado em espécie.
(D) Euclides poderá ser beneficiado pela incidência da 
causa de diminuição de pena do tráfico privilegiado, 
pois, segundo entendimento mais atual da jurispru-
dência, ações penais em curso não podem obstar a 
benesse.
Letra d.
A conduta praticada por Euclides corresponde ao tráfi-
co de drogas consumado, previsto no art. 33 da Lei n. 
11.343/2006. O tipo penal em comento é misto alterna-
tivo, de conteúdo múltiplo ou variado, e Euclides incidiu 
na modalidade “trazer consigo”. Não é necessário, para 
a consumação do crime, que o agente obtenha algum 
proveito econômico, embora a quantia expressiva de 
dinheiro em espécie, em notas trocadas, seja um indi-
cativo da mercancia ilícita. A aplicação da minorante 
prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, exige 
a presença concomitante de quatro requisitos, a saber: 
“primariedade, bons antecedentes, a não dedicaçãoa 
atividades criminosas e não integrar organização crimi-
nosa”. Segundo entendimento recentemente adotado 
pelo STJ, no Tema Repetitivo 1139, “é vedada a utilização 
de inquéritos e/ou ações penais em curso para impedir 
a aplicação do art. 33, § 4.º, da Lei n. 11.343/2006.” O 
crime previsto no art. 35 da Lei de Drogas, a associa-
ção para o tráfico, pressupõe a associação de duas ou 
mais pessoas, o que não se caracterizou. Não se cogita 
da aplicação do princípio da insignificância ao tráfico de 
drogas, conforme entendimento jurisprudencial.
Direito Processual Penal
Lorena Ocampos
64 
Jônatas, morador do Rio de Janeiro, recebeu uma men-
sagem pelo celular que oferecia a ele um empréstimo. 
Imediatamente, diante das dificuldades financeiras, Jô-
natas entrou em contato para contratar um empréstimo 
no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) 
e, para tanto, depositou, a título de “custas”, um valor 
de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em uma conta corren-
te vinculada a uma agência bancária localizada em São 
Paulo. A conta pertencia a Bruno, morador do Goiânia. 
Somente depois da transferência percebeu se tratar de 
uma fraude e nunca recebeu os R$ 150.000,00 (cento e 
cinquenta mil reais). Jônatas, quando percebeu ser víti-
ma de um golpe, estava com a sua família a trabalho na 
cidade de Brasília e decidiu registrar a ocorrência nesta 
cidade. A competência para instruir e julgar o delito aci-
ma narrado será
(A) de Brasília.
(B) de São Paulo.
(C) de Goiânia.
(D) do Rio de Janeiro.
Letra d.
A competência será definida pelo local de domicílio 
da vítima.
A Lei n. 14.155/2021 inseriu no CPP o seguinte 
dispositivo:
Art. 70. A competência será, de regra, determinada 
pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso 
de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último 
ato de execução.
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei 
n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), 
quando praticados mediante depósito, mediante 
emissão de cheques sem suficiente provisão de fun-
dos em poder do sacado ou com o pagamento frus-
trado ou mediante transferência de valores, a compe-
tência será definida pelo local do domicílio da vítima, 
e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência 
firmar-se-á pela prevenção.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
65 
Analise a seguinte situação hipotética: Gustavo cumpre 
pena há dois anos em Belo Horizonte/MG por condena-
ção definitiva por crime de roubo. Na comarca de Unaí/
MG foi oferecida e recebida denúncia contra Gustavo 
pela prática de crime de latrocínio consumado na cidade 
de Unaí/MG, na data de 12/4/2022. O juiz determinou 
a citação de Gustavo, mas o acusado não foi localizado 
nos endereços oferecidos pelo Ministério Público na de-
núncia. Não havia informação nos autos de que Gusta-
vo cumpria pena na cidade de Belo horizonte/MG. Foi 
determinada, então, a citação por edital de Gustavo. A 
respeito do caso acima, é correto afirmar que:
(A) a citação por edital é nula, devendo Gustavo ser cita-
do de forma pessoal.
(B) encontrando-se preso o réu, a sua requisição ao pre-
sídio de Belo Horizonte/MG supre a citação.
(C) a citação é válida porque cabe à defesa do réu in-
formar ao juízo sobre a sua localização, o que não 
foi feito.
(D) a citação é válida, em razão de encontrar-se preso 
em outra cidade.
Letra a.
(A) Certa. Súmula 351, STF: “É nula a citação por edital 
de réu preso na mesma unidade da federação em que o 
juiz exerce a sua jurisdição”.
(B) Errada. O réu preso deve ser citado pessoalmente, 
e não apenas requisitado conforme diz a questão, vide 
artigo 360 do CPP.
(C) Errada. A citação é inválida, conforme explicação 
na letra A.
(D) Errada. A citação é inválida, conforme explicação 
na letra A.
66 
O procedimento comum é dividido em comum ordiná-
rio, sumário e sumaríssimo, nos termos do art. 394 do 
Código de Processo Penal. Suponha que Breno foi de-
nunciado pelo delito de roubo simples, que possui pena 
máxima em abstrato de 10 anos, e que, após o ofereci-
mento e recebimento da denúncia, o réu tenha sido ci-
tado e a defesa tenha apresentado resposta à acusação 
requerendo a absolvição sumária de Breno por diversos 
motivos. De acordo com o art. 397 do Código de Pro-
cesso Penal, aponte qual motivo abaixo pode conduzir à 
absolvição sumária de Breno.
(A) Não existir prova de que o réu concorreu para 
o roubo.
(B) Existência manifesta da semi-imputabilidade do 
agente.
(C) Existência manifesta de inimputabilidade do agente.
(D) Existência manifesta de causa de legítima defesa.
Letra d.
De acordo com Renato Brasileiro, a absolvição sumária 
do art. 397, do CPP, seria como um verdadeiro julgamen-
to antecipado da lide e permite que, no limiar do pro-
cesso, e antes mesmo de iniciada a instrução probatória 
em juízo, seja o acusado absolvido sumariamente, desde 
que presente uma das hipóteses ali elencadas. (Manual 
de Processo Penal, 2020, p. 1423).
Confirma as causas que podem levar à absolvição sumá-
ria, conforme art. 397 do CPP: 
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 
396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá ab-
solver sumariamente o acusado quando verificar:
I – a existência manifesta de causa excludente da ili-
citude do fato; 
II – a existência manifesta de causa excludente da cul-
pabilidade do agente, salvo inimputabilidade; 
III – que o fato narrado evidentemente não constitui 
crime; ou 
IV – extinta a punibilidade do agente.
Assim, a existência manifesta de causa de legítima de-
fesa (causa excludente de ilicitude) pode conduzir à 
absolvição sumária de Breno (letra D).
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
67 
Analise a seguinte situação hipotética: João é juiz de 
direito no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tendo 
tomado posse no dia 4/5/2016. Em 19/3/2022, o magis-
trado, no exercício de suas funções, compareceu ao 2º 
ofício de notas da cidade do Rio de Janeiro para realizar 
diligência de correção extrajudicial. No local, foi recebi-
do pelo funcionário Ricardo. Durante a realização da di-
ligência, os dois vieram a se desentender e João desferiu 
diversos socos e chutes em Ricardo que veio a cair e ba-
ter com a cabeça na quina da bancada do cartório. Dias 
depois, em razão das lesões sofridas, sobretudo da bati-
da na cabeça, Ricardo veio a falecer. Recebidos os autos 
do inquérito policial pelo Ministério Público, foi ofereci-
da denúncia pelo crime de homicídio com dolo eventual 
em relação ao resultado morte. Aponte em qual órgão a 
denúncia foi oferecida.
(A) Superior Tribunal de Justiça.
(B) Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
(C) Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.
(D) Vara Criminal do Rio de Janeiro.
Letra b.
Conforme art. 96, III, da Constituição Federal/88, com-
pete privativamente aos Tribunais de Justiça julgar os 
juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem 
como os membros do Ministério Público, nos crimes co-
muns e de responsabilidade, ressalvada a competência 
da Justiça Eleitoral.
Em virtude de João, magistrado, ser vinculado ao Tribunal 
de Justiça do Rio de Janeiro, e ter praticado o fato no exer-
cício e em razão de suas funções, este será o competente 
para julgá-lo.
68 
Analise a seguinte situação hipotética: Consta dos autos 
que Marcos foi denunciado pela suposta prática de cri-
me de estupro de vulnerável de sua filha. O acusado foi 
denunciado, o juiz recebeu a denúncia, foi determina-
da a citação do réu e a defesa. Em resposta à acusação, 
arrolou a esposa de Marcos como testemunha para ser 
ouvida em audiência de instrução e julgamento. Consta 
dos autos que a esposa de Marcos foi a única que soube 
do caso, não havendo demais testemunhas para serem 
ouvidas ou demais provas para serem colhidas. Sobre o 
tema prova testemunhal no processo penal, é correto 
afirmar que nesse caso a esposa de Marcos:
(A) é proibida de depor em razão da função, ministério, 
ofício ou profissão, somente sendo autorizada sua 
oitiva se assim quisere houver autorização do de-
nunciado, nos termos do art. 207 do Código de Pro-
cesso Penal.
(B) deverá ser ouvida na condição de informante, nos ter-
mos dos arts. 206 e 208 do Código de Processo Penal.
(C) será ouvida diretamente pelo juiz que formulará as 
perguntas primeiro à testemunha. Somente ao final 
as partes poderão complementar com perguntas que 
tiverem interesse.
(D) será ouvida no último momento da audiência de ins-
trução e julgamento, após a colheita do depoimen-
to da vítima e após a realização do interrogatório 
do réu.
Letra b.
(A) Errada. As pessoas proibidas de depor estão previs-
tas do art. 207 do CPP. Não é o caso da esposa. Nessa 
hipótese, aplica-se o art. 206 do CPP.
(B) Certa. Atenção aos arts. 206 e 208.
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obri-
gação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a 
fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em li-
nha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão 
e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo 
quando não for possível, por outro modo, obter-se ou 
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alu-
de o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos 
menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que 
se refere o art. 206.
(C) Errada. As perguntas são formuladas primeiro pelas 
partes e diretamente por elas. Apenas depois o juiz po-
derá complementá-las.
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas par-
tes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz 
aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem 
relação com a causa ou importarem na repetição de 
outra já respondida.
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o 
juiz poderá complementar a inquirição.
(D) Errada. A ordem de inquirição está no art. 400 do 
CPP. O interrogatório é sempre o último ato.
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a 
ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, 
proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, 
à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação 
e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no 
art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimen-
tos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento 
de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o 
acusado.
§ 1º As provas serão produzidas numa só audiência, 
podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, 
impertinentes ou protelatórias.
§ 2º Os esclarecimentos dos peritos dependerão de 
prévio requerimento das partes.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
69 
A prisão temporária está prevista na Lei n. 7.960/1989 e 
é aquela que visa assegurar uma eficaz investigação po-
licial, quando se tratar de apuração de infração penal de 
natureza grave. A respeito do tema, considere a seguinte 
situação: Pedro é investigado por crime de cárcere priva-
do de sua esposa, Júlia, e foi preso temporariamente na 
data de hoje. Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
(A) A prisão temporária pode ter sido decretada de ofí-
cio pelo juiz, independentemente de requerimento 
do Ministério Público ou de representação da autori-
dade policial.
(B) Se o crime investigado no inquérito policial for he-
diondo ou equiparado a hediondo, o prazo da prisão 
temporária será fixado em, no máximo, quinze dias, 
prorrogáveis uma vez por igual período.
(C) Decorrido o prazo da prisão temporária de Pedro, a 
autoridade responsável deverá pôr imediatamente 
Pedro em liberdade, salvo se já tiver sido comunica-
da da prorrogação da prisão temporária ou da decre-
tação da prisão preventiva.
(D) Pedro poderá permanecer junto aos presos preventi-
vos e aos condenados definitivos.
Letra c.
(A) Errada. Nenhuma das duas espécies de prisão provi-
sória pode ser decretada de ofício. Vide art. 311 do Có-
digo de Processo Penal e art. 2º da Lei n. 7.960/1989.
(B) Errada. Nos crimes comuns, o prazo da prisão tem-
porária é de cinco dias, prorrogáveis por igual período. 
No caso de crimes hediondos ou equiparados, o prazo é 
de 30 dias. Lei n. 8.072/1990:
Art. 2º. (...)
§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n. 
7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes pre-
vistos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, 
prorrogável por igual período em caso de extrema e 
comprovada necessidade.
(C) Certa. Lei n. 7.960/1989:
Art. 2º. (...)
§ 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, 
a autoridade responsável pela custódia deverá, inde-
pendentemente de nova ordem da autoridade judi-
cial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo 
se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão 
temporária ou da decretação da prisão preventiva.
(D) Errada. Lei n. 7.960/1989: “Art. 3º. Os presos tem-
porários deverão permanecer, obrigatoriamente, sepa-
rados dos demais detentos”.
Direito do Trabalho
Rogério Dias
70 
Silvana Silva trabalhou para a empresa Zetta Ltda., pres-
tando serviços de auxiliar de serviços gerais, no Ministé-
rio da Justiça, de 2019 a 2021. Quando de sua dispensa, 
a empregada nada recebeu. Ajuizada ação trabalhista, 
em 2022, em face de seu ex-empregador e da União, 
atribuiu-se à causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil 
reais). Nessa situação,
(A) a União terá responsabilidade solidária, caso eviden-
ciada sua conduta culposa no tocante à fiscalização 
do contrato.
(B) a União não terá responsabilidade pelo inadimple-
mento das obrigações trabalhistas.
(C) a União não precisa constar do título executivo judi-
cial para responder pelas obrigações trabalhistas.
(D) a União terá responsabilidade subsidiária, caso evi-
denciada sua conduta culposa no tocante à fiscaliza-
ção do contrato.
Letra d.
De acordo com a Súmula 331 do TST, a administração pú-
blica somente responderá subsidiariamente caso fique 
comprovada sua conduta culposa no tocante à fiscaliza-
ção do contrato. Para que haja essa responsabilização, 
é necessário que a administração pública seja parte e 
conste também do título executivo judicial.
71 
Juliano foi eleito diretor suplente de sociedade coopera-
tiva no ano de 2021, para exercer seu mandato no ano 
de 2022. Em setembro de 2022, Juliano foi dispensado 
sem justa causa e procura o seu escritório para saber 
acerca de sua estabilidade. Nessa situação,
(A) Juliano tem o mesmo período de estabilidade do di-
rigente sindical.
(B) a dispensa está correta.
(C) Juliano deve ser reintegrado.
(D) tanto o diretor titular quanto o suplente não têm es-
tabilidade.
Letra b.
O diretor eleito de sociedade cooperativa tem o mesmo 
período de estabilidade do dirigente sindical, conforme 
prevê a OJ n. 253, da SDI-1, do TST. Saliente-se que a re-
ferida OJ estabelece que o suplente não goza da mesma 
garantia. Com isso, não há erro na dispensa de Juliano.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
72 
Após o auge da pandemia, a empresa ZRT Ltda. e o sin-
dicato dos empregados celebraram Acordo Coletivo de 
Trabalho para reduzir a jornada de trabalho e o salário 
dos empregados da empresa, pelo período de 4 me-
ses. Com isso,
(A) durante o período de vigência do referido instrumen-
to coletivo, os empregados não podem sofrer despe-
dida imotivada.
(B) trata-se de acordo inválido, já que não se permite a 
redução dos salários dos empregados.
(C) após a reforma trabalhista, o acordo coletivo não po-
deria estabelecer esta regra.
(D) o acordo somente teria validade se fosse homologa-
do pela justiça do trabalho.
Letra a.
Consoante disposto no artigo 611-A, § 3º, da CLT, o Acor-
do Coletivo de Trabalho deve prever a proteção dos em-
pregados contra dispensa imotivada durante o prazo de 
vigência do instrumento coletivo.
73 
Na remuneração de Cosme, além da quantia fixa esti-
pulada e paga diretamente pelo empregador, estão: as 
comissões, as gratificações legais e as gorjetas. Cosme 
constatou que as gorjetas recebidas, apesar de integra-
rem a remuneração, não serviram de base de cálculo 
para suas horas extras. Então, procurou o seu escritório 
para sanar a dúvida.Diante disso,
(A) a empresa agiu de forma errada ao não repercutir as 
gorjetas nas horas extras.
(B) a gorjeta tem natureza salarial e deve repercutir no 
pagamento das horas extras.
(C) a empresa agiu corretamente ao não repercutir as 
gorjetas nas horas extras.
(D) as gorjetas somente não repercutem no pagamento 
do aviso prévio.
Letra c.
De acordo com a Súmula 354 do TST, as gorjetas inte-
gram a remuneração, mas elas não servem de base de 
cálculo para o pagamento de: aviso prévio, horas extras, 
adicional noturno e repouso semanal remunerado.
74 
A empresa BBW Ltda. e o seu empregado Adilson cele-
braram contrato de trabalho intermitente. Estabeleceu-
-se que Adilson trabalharia por três meses. Findo esse 
período, o empregado entrou em período de inativida-
de, recebendo apenas a remuneração do mês anterior. 
Nessa situação,
(A) agiu corretamente o empregador, já que não há ex-
tinção do contrato de trabalho.
(B) o empregado deveria receber, além da remuneração 
do mês anterior, férias proporcionais acrescidas do 
terço constitucional, décimo terceiro salário propor-
cional, repouso semanal remunerado e os adicionais 
legais.
(C) agiu erroneamente o empregador, pois o contrato 
deveria ter sido extinto.
(D) o empregado somente teria direito a receber a re-
muneração do mês anterior, do repouso semanal re-
munerado e dos adicionais legais.
Letra b.
O contrato de trabalho intermite se caracteriza pela al-
ternância em período trabalho e período inativo. Após 
cada período trabalhado, o empregado tem direito a re-
ceber: remuneração, férias proporcionais acrescidas do 
terço constitucional, décimo terceiro salário proporcio-
nal, repouso semanal remunerado e os adicionais legais, 
conforme prevê o § 6º, do artigo 452-A, da CLT.
75 
Thiago foi contratado para prestar seus serviços em re-
gime de teletrabalho, por jornada. Nos dois últimos me-
ses, o empregado fez diversas horas extras e não rece-
beu por elas. Inconformado, procurou o departamento 
de pessoal, o qual o informou que as pessoas que tra-
balham em regime de teletrabalho não têm direito ao 
pagamento de horas extras eventualmente realizadas. 
Nessa hipótese,
(A) a informação está errada, pois Thiago tem direito às 
horas extras.
(B) a informação está correta.
(C) a informação está errada, pois quem trabalha em regime 
de teletrabalho, por tarefa, tem direito às horas extras.
(D) a informação está errada, pois quem trabalha em re-
gime de teletrabalho, por tarefa ou produção, tem 
direito às horas extras.
Letra a.
O empregado, no regime de teletrabalho, pode ser con-
tratado por jornada, por produção ou por tarefa. Quan-
do contratado por produção ou por tarefa, o empregado 
não tem direito às horas extras, segundo dispõe o artigo 
62, III, da CLT.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
Direito Processual do Trabalho
Aryanna Linhares
76 
Alcmena foi dispensada sem justa causa por Palácio de 
Hera Jardinagem Ltda. Ao receber as verbas rescisórias, 
Alcmena verificou que nelas não estavam os valores cor-
respondentes à equiparação salarial com Galintia, sua 
amiga e colega de trabalho. Necessitando de uma orien-
tação jurídica, Alcmena procura você, como advogado(a). 
Com sua assessoria, inicia um acordo extrajudicial com a 
ex-empregadora. O acordo é reduzido a termo e, nele, o 
valor e a identificação da parcela são especificados. Am-
bas as partes e seus respectivos advogados assinam o 
termo e o levam para ser homologado junto à Justiça do 
Trabalho. Contudo, a juíza do caso se nega a homologá-lo 
por entender que é um ato lesivo à trabalhadora e acaba 
proferindo sua decisão nesse sentido. Com base no ex-
posto e de acordo com a norma legal, indique, caso exista, 
a medida processual adequada para pleitear a reforma da 
decisão proferida.
(A) Recurso Ordinário.
(B) Mandado de Segurança.
(C) Resta às partes formular um novo pedido de homologação 
idêntico ao primeiro e dirigi-lo a outra Vara.
(D) Como se trata de uma decisão interlocutória, não há 
medida cabível para pleitear sua reforma.
Letra a.
O pedido de homologação de acordo extrajudicial termi-
na com uma sentença. Quando o acordo não é homolo-
gado, trata-se de uma sentença que extingue o processo 
sem resolução do mérito. Em face dessa decisão, é cabí-
vel o recurso ordinário, nos termos do art. 895, I, da CLT.
77 
Odisseu foi intimado pelo juiz Agamemnon a apresen-
tar os cálculos de liquidação na reclamatória trabalhis-
ta que propôs em face de Marcenaria Cavalos de Tróia, 
sua ex-empregadora, e que já se encontra em fase de 
execução. Odisseu assim o fez. Em seguida, o juiz Aga-
memnon determinou que o cálculo fosse conferido pela 
contadoria da Vara do Trabalho em que a ação trami-
ta. Após precisa verificação, o calculista asseverou que 
os cálculos estavam corretos e em conformidade com a 
coisa julgada. Agamemnon, então, homologou a conta 
e determinou ao executado o depósito voluntário da 
quantia, sob pena de execução forçada. Com base nos 
fatos narrados e observando as normas legais vigentes, 
assinale a afirmativa correta.
(A) Considerando que as contas foram verificadas e foi 
impressa a celeridade devida ao processo trabalhis-
ta, observando a duração razoável do mesmo, o juiz 
Agamemnon agiu corretamente.
(B) O juiz Agamemnon não agiu corretamente, pois só 
poderia homologar o cálculo após conceder vista ao 
executado pelo prazo de 8 dias.
(C) O juiz Agamemnon não agiu corretamente, pois de-
veria conceder vista dos cálculos ao executado e ao 
INSS pelo prazo de 5 dias úteis.
(D) O juiz Agamemnon agiu corretamente, pois tem li-
berdade para criar a forma que melhor atenda aos 
anseios da justiça, tendo em vista que a lei não fixa 
uma dinâmica específica para a liquidação.
Letra b.
Nos termos do art. 879 da CLT, elaborada a conta e tor-
nada líquida, o juiz deverá permitir a manifestação das 
duas partes, no prazo comum de 8 dias úteis.
2º Simulado – OAB – 1ª Fase do Exame 37º – Cod. 1212023220 Pós-Edital
78 
Mondego Pescados e Pesqueiros Danglars são empresas 
que pertencem ao grupo econômico Monte Cristo Indústrias 
Pesqueiras. Uma ação é movida contra as duas empresas e 
uma terceira, a Bertuccio Bistrô, que, alegadamente, foi to-
madora dos serviços durante parte do contrato. Para a defe-
sa, cada empresa contratou seu próprio advogado. Havendo 
a interposição de recurso de revista,
(A)o prazo será de 10 dias.
(B) o prazo será definido pelo juiz que poderá deferir a 
dilação para não prejudicar a ampla defesa.
(C) o prazo será contado normalmente.
(D) o prazo será em dobro, uma vez que há litisconsórcio 
passivo com procuradores diferentes.
Letra c.
Nos termos da OJ 310 da SDI-1 do TST, litisconsortes com 
procuradores diferentes não têm prazo em dobro no 
processo do trabalho, logo o prazo recursal será contado 
normalmente.
79 
A empresa Dantès Mineração Ltda. figura como reclama-
da na ação trabalhista proposta por Gaspard Caderous-
se. Dantès Mineração contratou o escritório de advoca-
cia em que você trabalha para assisti-la na audiência. 
Diante da importância do cliente, você, advogado-chefe 
responsável pela área trabalhista do escritório, optou 
por não delegar a missão e a assumiu pessoalmente. A 
empresa forneceu-lhe a cópia da defesa e dos documen-
tos e afirmou que tudo havia sido juntado aos autos do 
processo eletrônico. Aberta a audiência, estranhamen-
te, o juiz De Villefort, ao consultar os autos eletrônicos 
do processo, explicou que a defesa não estava nele e que 
apenas os documentos se faziam presentes. Diante dis-
so, o juiz De Villefort, com semblante pouco amigável, 
facultou-lhe a opção de apresentar defesa. Nos exatos 
termos previstos na CLT, o que se deverá fazer é
(A) requerer o adiamento da audiência para entrega 
posterior da defesa.
(B) entregar na mesma hora a cópia escrita que está em 
suas mãos.
(C) requerer imediatamente a digitalização da defesa 
que está em suas mãos para que seja juntada ao 
processo.
(D) aduzir defesa oral em 20 minutos.Letra d.
Nos termos do art. 847 da CLT, o reclamado poderá aduzir 
sua defesa de forma oral, em audiência, em 20 minutos.
80 
D’Artagnan ajuizou reclamação trabalhista em dezembro 
de 2022 em face de Richelieu Espadas e Mosquetes Ltda. 
Seus pedidos foram julgados totalmente procedentes. 
D’Artagnan contratou, como advogado particular, seu 
amigo Aramis, antigo companheiro de labutas e aventu-
ras que havia há pouco se graduado em Direito e, tendo 
obtido êxito no exame da OAB, já se encontrava regular-
mente inscrito nos quadros da Ordem em outubro de 
2022. No que tange à verba honorária, de acordo com a 
CLT, assinale a afirmativa correta.
(A) Haverá condenação em honorários de 5%, no 
mínimo, e 15 %, no máximo, em favor do advogado.
(B) Considerando que D’Artagnan não está assistido 
pelo sindicato de classe, não haverá condenação em 
honorários advocatícios.
(C) Somente haveria condenação em honorários de até 
20%, se a assistência do advogado de D’Artagnan ti-
vesse sido gratuita.
(D) Haverá condenação em honorários de 10%, no 
mínimo, e 20%, no máximo, em favor do advogado.
Letra a.
Nos termos do art. 791-A da CLT, os honorários advoca-
tícios sucumbenciais são sempre devidos ao advogado 
(ainda que particular) pela parte sucumbente, entre o 
mínimo de 5% e o máximo de 15%.

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