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Faringe, Esôfago, Estômago

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Anatomia 
FARINGE, ESÔFAGO, ESTOMAGO 
FARINGE 
Se inicia posteriormente a cavidade 
n a s a l e o r a l , q u e s e e s t e n d e 
inferiormente além da laringe. Trajeto 
comum para deglutição e para 
respiração. 
Estende-se da base do crânio até a 
margem inferior da cartilagem cricóidea 
anteriormente e a margem inferior da 
vértebra C6 posteriormente. C4 a C6) 
Mais larga em esqueletopia ao hioide e 
mais estreita em sua extremidade 
inferior, onde é contínua com o 
esôfago. 
 
A faringe consiste em 3 regiões 
Nasofaringe (parte nasal) posterior a 
cavidade nasal. 
Tem função respiratória, se abre para a 
parte nasal da faringe através de dois 
cóanos. 
Estruturas presentes na nasofaringe 
Tubérculo faríngeo, tonsila faríngea, toro 
tubário, prega salpingopalatina, prega 
salpingofaríngea, recesso faríngeo, óstio 
da tuba auditiva 
Orofaringe (parte oral): Tem função 
digestória posterior a cavidade oral. 
Estende-se dos arcos palatoglossos a 
parede posterior da faringe no sentido 
anterô-posterior. Limite superior: palato 
mole/ inferior: base da língua/ laterais: 
arcos palatoglosso e palatofaríngeo. 
Estruturas presentes na orofaringe 
Tonsila palatina (amígdalas) 
Laringofaringe (parte laríngea): 
posterior a laringe. Estende-se da 
margem superior da epiglote e das 
pregas faringoepigloticas até a 
margem inferior da cartilagem 
cricoidea, onde se estreita e se torna 
contínua com o esôfago. 
Anteriormente relaciona-se a entrada 
ou ádito da laringe (limitado pela 
e p i g l o t e e p e l a s d u a s p r e g a s 
ariepiglóticas). De ambos os lados do 
ádito da laringe encontra-se uma 
depressão que é o recesso piriforme 
(limitado pela face medial da cartilagem 
tireo-hioidea e pela membrana tireo-
hioidea) 
Anatomia 
FARINGE, ESÔFAGO, ESTÔMAGO 
Talia Cristine 
Músculos da Faringe 
A faringe possui dois estratos de 
musculatura esquelética na sua 
parede 
A camada externa: mais desenvolvida e 
c o n s i s t e e m t r ê s m ú s c u l o s 
constritores da faringe: superior 
(origem rafe da faringe e se insere na 
rafe pterigomandibular e serve para 
inserção do m. bucinador), médio (rafe 
da faringe e se insere no corno maior do 
osso hioide, no ligamento estilohioide) e 
inferior (rafe da faringe e se insere na 
crista da cartilagem tireóidea, e forma 
arco tendíneo para fazer inserção na 
cartilagem cricoidea, relacionado com a 
camada circular do esôfago). Sua 
função é contrair as paredes da faringe 
durante a deglutição. 
A c a m a d a i n t e r n a : m ú s c u l o s 
longitudinais que compreende os 
m ú s c u l o s p a l a t o f a r í n g e o , 
salpingofaríngeo, estilofaríngeo. Sua 
função é eleva (encurta e alarga) a 
faringe durante a deglutição e a fala. 
Rafe da faringe 
Rafe que serve como origem e inserção 
para o músculo constritores da direita e 
da esquerda, ponto comum. 
Fáscia faringobasilar se insere no 
tubérculo faríngeo da parte basilar do 
osso occipital. 
Nervos da Faringe 
Todos os músculos da faringe (motora e 
a maior parte sensitiva) são inervados 
pelo plexo faríngeo com exceção do 
m. estilofaríngeo (que é inervado pelo 
glossofaríngeo NC IX) e o tensor do 
véu palatino (NC V3- mandibular) 
As fibras motoras do plexo são 
derivadas do nervo vago (NC X) 
através dos ramos faríngeos. 
Vasos da faringe 
É irrigada principalmente pelas artérias 
faríngea ascendente e tireóidea 
superior (ramos da carótida externa). 
Um ramo da artéria facial, a artéria 
tonsilar, atravessa o músculo constritor 
superior da faringe e entra no polo 
inferior da tonsila palatina fossa tonsilar, 
que se local iza entre os arcos 
p a l a t o g l o s s o e p a l a t o f a r í n g e o 
(responsável pela vascularização da 
amigdala) 
A grande veia palatina externa (veia 
paratonsilar) desce do palato mole e 
passa perto da face lateral da tonsila 
antes de entrar no plexo venoso faríngeo 
(coxim venoso da faringe) 
 
Os linfáticos da faringe drenam para 
linfonodos cervicais profundos 
ESÔFAGO 
É um tubo fibromuscular que conecta 
a faringe ao estômago, segue a curva 
da coluna vertebral. 
O esô fago é co labado, rea l i za 
peristaltismo 
Está ligado a traqueia por um tecido 
conectivo, onde se tem o sulco 
traqueoesofagico (o nervo laríngeo 
está contido nesse sulco) 
 Começa no pescoço, onde é contínuo 
com a parte laríngea da faringe 
( l a r i n g o f a r i n g e ) n a j u n ç ã o 
faringoesofágica 
 
O esôfago possui lâminas circulares 
internas (constrição) e longitudinais 
externas (empurra) 
 
O esôfago possui alguns pontos de 
constrições, (pontos marcados a partir 
dos dentes incisivos) onde ele é 
naturalmente mais estreito 
 
Constr ição cervical (esf íncter 
superior do esôfago): em seu inicio, na 
junção faringoesofágica, 15 cm dos 
dentes incisivos. Produzida pela parte 
cricofaríngea do músculo constritor 
inferior da faringe 
Constrição broncoaórtica (torácica): 
Constrição combinada, onde ocorre o 
primeiro cruzamento do arco da 
aorta, 22,5 cm dos dentes incisivos, e 
depois o cruzamento do brônquio 
principal esquerdo a 27,5 cm dos 
incisivos 
Constrição diafragmática: no local 
onde atravessa o hiato esofágico do 
diafragma, 40 cm dos dentes incisivos. 
O esôfago consiste em: 
Terço superior: músculo estriado 
esquelético (voluntário) 
Região intermediária: mistura de 
músculo estriado esquelético e liso 
Terço inferior: músculo liso (involuntário) 
O esôfago é dividido em três partes: 
• Cervical (C6 a T1), que cursa 
através do pescoço. 
• Torácica (T1 a T10), que é 
l o c a l i z a d a n o t ó r a x , m a i s 
especificamente no mediastino. 
• Abdominal (T10 a T11), que 
atravessa o diafragma e chega ao 
a b d o m e , o n d e a l c a n ç a 
o estômago. 
 
PARTE CERVICAL 
P e r t e n c e a o t e r ç o s u p e r i o r 
voluntário. 
Ela começa posterior a margem inferior 
da cartilagem cricóidea e no mesmo 
nível dela, no plano mediano (nível da 
vertebra CVI) 
A parte cervical inclina-se um pouco 
para a esquerda enquanto desce e 
entra no mediastino superior, através da 
abertura superior do tórax, onde se 
torna a parte torácica do esôfago. Ela 
está em proximidade com a traqueia, 
laringe, glândula tireóidea. 
Vasos da parte cervical do esôfago 
As artérias da parte cervical do esôfago 
são ramos das artérias tireóideas 
inferiores. Cada artéria da origem a 
ramos ascendentes e descendentes 
que se anastomosam entre si através 
da linha mediana. 
 
As veias da parte cervical do esôfago 
são tributárias das veias tireóideas 
inferiores 
 
Os vasos linfáticos drenam para a os 
l i n f o n o d o s p a r a t r a q u e a i s e 
linfonodos cervicais profundos 
inferiores. 
 
Nervos da parte cervical do esôfago 
A inervação é somática, motora e 
sensitiva para a metade superior e 
parassimpática e sensitiva visceral 
para a metade inferior. 
Recebe fibras somáticas através de 
r a m o s d o s n e r v o s l a r í n g e o s 
recorrentes e fibras vasomotoras dos 
troncos simpáticos cervicais através do 
plexo ao redor da artéria tireóidea 
inferior 
 
PARTE TORÁCICA 
Parte intermediária do esôfago que 
atravessa o tórax. Sua trajetória em 
forma de “S” ocorre posteriormente à 
traqueia e à árvore brônquica, e 
anteriormente à coluna vertebral 
torácica. Tem a função primária de 
impulsionar o bolo alimentar por meio 
d e m o v i m e n t o s p e r i s t á l t i c o s 
coordenados dos músculos esofágicos. 
Representa a maior região do esôfago 
Vasos da parte torácica do esôfago 
Os ramos viscerais ímpares do plano 
vascular anterior são as artérias 
esofágicas 
 
 
As veias da parte torácica do esôfago 
temos a veia esofágica que drena para 
o sistema ázigo 
 
Os vasos linfáticos drenam para os 
linfonodos mediastinais posteriores 
 
PARTE ABDOMINAL 
Representa a porção inferior do 
esôfago, vai do hiato esofágico até o 
óstio cárdico do estômago, alargando-
se. Essa transição é marcada pela 
presença do esfíncter esofágico 
i n f e r i o r ( E E I ) o u j u n ç ão 
gastroesofágica (T11) ou linha z 
(mudança da mucosa esofágica para a 
mucosa gástrica, como a junção) 
 
Superior a essa junção, o diafragma 
apresenta um orifício onde passa o 
esôfago, a musculatura diafragmática 
que forma o hiato esofágico (funciona 
como um esfíncter inferior do estômago) 
que se contrai e relaxa, permitindo que 
os alimentos adentrem impedindo o 
refluxo. 
a passagem do esôfago da cavidade 
torácica para a cavidade abdominal 
ocorre através do hiato esofágico 
 
 
O esôfago esta fixado as margens do 
hiato esofágico no diafragma pelo 
ligamento frenicoesofágico, ele 
permite o movimento independente do 
diafragma e do esôfago durante a 
respiração e deglutição. 
 
Vasos da parte torácica do esôfago 
Artéria gástrica esquerda, um ramo do 
tronco celíaco, e artéria frênica inferior 
esquerda 
 
 
A drenagem venosa das veias 
submucosas dessa parte do esôfago 
se faz para o sistema venoso porta, 
através da veia gástrica esquerda 
 
 
Os vasos linfáticos drenam para os 
linfonodos gástricos esquerdo 
 
Nervos da parte torácica e abdominal 
do esôfago 
Simpático 
 
Parassimpático 
 
ESTÔMAGO 
É a parte expandida do sistema 
digestório entre o esôfago e o intestino 
delgado. É especializado para o 
acúmulo do alimento ingerido, que ele 
prepara química e mecanicamente para 
a digestão e passagem para o duodeno. 
 
O estômago mistura os alimentos e 
atua como reservatório. Sua principal 
função é a digestão enzimática 
O suco gástrico converte a massa de 
alimento em uma mistura semilíquida, o 
quimo 
Posição, partes e anatomia de 
superfície 
O tamanho, formato e a posição podem 
variar com diferentes biotipos e podem 
mudar até no mesmo individuo, de 
acordo com os mov imentos do 
diafragma, o conteúdo e a posição. 
(imagem) 
2,3,5,6 é onde o estômago estão 
localizado, a dor no estômago é na 
parte 2 (parte inferior do quadrante 
superior esquerdo) 
O estômago tem quatro partes: 
 
Cárdia: parte que circunda o óstio 
cárdico (abertura superior do estômago) 
Fundo gástrico: parte superior dilatada 
(pode ser dilatado por gás, líquido, 
alimento) que está relacionada com a 
cúpula esquerda do diafragma, limitada 
inferiormente pelo plano horizontal do 
óstio cárdico. A incisura cárdica está 
entre o esôfago e o fundo gástrico. 
Corpo gástrico: Parte principal, entre o 
fundo gástrico e o antro pilórico. 
(incisura angular divide o corpo da parte 
pilórica) 
Parte pilórica: Região afunilada de 
saída do estômago, sua parte mais 
larga, o antro pilórico, leva ao canal 
pilórico, sua parte mais estreita. O 
piloro é a região esfincteriana distal 
da parte pilórica. É um espessamento 
acentuado da camada circular de 
musculo liso que controla a saída do 
conteúdo gástrico através do óstio 
pilórico para o duodeno. 
O estômago também tem duas 
curvaturas: 
Curvatura menor: Margem direita 
côncava mais curta. A incisura angular, 
parte inferior da curvatura indica a 
junção do corpo gástrico com a parte 
pilórica do estômago. A incisura angular 
situa-se a esquerda da linha mediana. 
(omento menor) 
Curvatura maior: Margem convexa 
mais longa. (omento maior) 
Interior do Estômago 
Superfície lisa da mucosa gástrica, 
coberta por uma camada de muco 
contínua que protege sua superfície 
contra o ácido gástrico secretado 
pelas glândulas gástricas. 
Quando contrai, a túnica mucosa 
gástrica forma estrias longitudinais 
denominadas pregas gástricas 
 
 
Durante a deglutição, forma-se um 
s u l c o o u u m c a n a l g á s t r i c o 
temporário entre as pregas ao longo da 
curvatura menor. O canal gástrico se 
deve a firme inserção da túnica 
mucosa gástrica á túnica muscular. A 
saliva e pequenas quantidades de 
alimento mastigado e outros líquidos 
drenam ao longo do canal gástrico para 
o canal pilórico quando o estômago está 
quase vazio. As pregas gástricas 
diminuem e desaparecem quando o 
estomago está distendido. 
Relações do estômago 
O e s t ô m a g o é c o b e r t o p o r 
pericôndrio, então ele é um órgão 
intraperitoneal. A bolsa omental é 
encontrada posterior ao estômago e ao 
fígado e anterior ao pâncreas e ao 
duodeno, sua função é prover espaço 
para o livre movimento do estômago. 
 
A abertura dessa bolsa é através do 
forame omental (posterior ao ligamento 
hepatoduodenal) 
 
No ligamento hepatoduodenal se tem 
uma estrutura chamada tríade portal 
onde se tem artéria hepática própria, 
ducto colédoco e veia porta , 
passando pelo estômago e indo em 
direção ao fígado. 
 
 
O e s t ô m a g o s e r e l a c i o n a 
anteriormente com o diafragma, o 
lobo hepático esquerdo e a parede 
anterior do abdome. Posteriormente 
com a bolsa omental e o pâncreas- 
órgão retroperitoneal (a face posterior 
forma a maior parte da parede 
anterior da bolsa omental). Inferior e 
lateral com o colo transverso do 
intestino grosso e segue ao longo da 
curvatura maior do estômago até a 
flexura esquerda do colo. 
 
Vascularização do estômago 
A abundante irrigação arterial do 
estômago tem origem no tronco celíaco. 
A maior parte do sangue provém de 
anastomoses formadas. 
Longo da curvatura menor: artérias 
gástricas direita e esquerda 
Longo da curvatura maior: artérias 
gastromentais direita e esquerda 
Fundo gástrico e parte superior do 
corpo gástrico: artéria gástrica curtas e 
posteriores. 
2: A. hepática comum/ 3: A. hepática 
própria/ 4: A. gastroduodenal/ 5: A. 
gástrica direita/ 6: A. hepática direita/ 7: 
A. hepática esquerda/ 8: A. cística/ 9: A. 
pancreático duodenal superior (anterior 
e posterior) / 10: A. gastromental direita/ 
11: A. gástrica esquerda/ 12: A. 
esp lên ica / 13 : A . gas t romenta l 
esquerda/ 14: A.a gástricas curtas 
As veias gástricas acompanham as 
artérias em relação a posição e trajeto. 
As veias gástricas direita e esquerda 
drenam para a veia porta 
As veias gástricas curtas e as veias 
gastromentais esquerdas drenam 
para a veia esplênica (que se une a 
veia mesentérica superior para formar a 
veia porta) 
A veia gastromental direita drena 
para a veia mesentérica superior 
Uma veia pré pilórica ascende sobre 
o piloro atá a veia gástrica direita. 
 Ramificações das artérias

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