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AO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL SEÇÃO JUDICIÁRIA DE GOIÂNIA/GOIÁS. 7,5 HELIANA FRANCISCA DE ASSIS NASCIMENTO, casada, desempregada, inscrita no CPF nº 464.189.541-49, endereço completo, inclusive eletrônico, representada neste ato por seus advogados infra assinados, , vem à presença de Vossa Excelência, propor nos termos dos artigos 42 e 59 da Lei 8.213/91, a presente AÇÃO DE CONHECIMENTO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA PREVIDENCIÁRIO em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, que deverá ser citado por sua Procuradoria Regional, com endereço na Avenida Araguaia, 311, Centro, Goiânia-GO, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir: DA AUTENTICIDADE DAS CÓPIAS E PUBLICAÇÕES Os advogados subscritores declararam autênticas as cópias que instruem a presente inicial bem como seus documentos, nos termos do art. 425, IV, do CPC. Requer que todas as intimações e publicações sejam feitas em nome dos procuradores constituídos, sob pena de nulidade. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO Em atenção ao art. 334, §4º e 5º do Código de Processo Civil, a parte autora manifesta seu desinteresse na realização de audiência de conciliação ou mediação. Isto porque, a matéria discutida nos presentes autos depende essencialmente da produção de prova pericial. Assim, sendo imprescindível a realização de perícia médica para comprovar a existência de sequelas do acidente, bem como do direito da parte autora, a composição antes de tal procedimento revela-se inviável. BREVE RELATO DOS FATOS A Autora, é portadora de enfermidades como escoliose lombar discreta e alterações degenerativas, cid M47, conforme documentos médicos anexos. A referida doença limita a Autora para o exercício de sua atividade habitual, uma vez que geram sintomas altamente incapacitantes. Por esse motivo, a Autora esteve em gozo de benefício previdenciário em virtude da mesma enfermidade. Ocorre que diante da cessação do benefício, a Autora ingressou com um novo requerimento, havendo divergência de perícias, uma constatou a incapacidade e a outra sendo negativo o resultado. Ocorre que não há razão na decisão da Autarquia, uma vez que a Autora cumpre todos os requisitos de concessão do benefício, isto é, a documentação médica em anexo, comprova a existência de qualidade de segurado. Desse modo, diante da permanência do estado incapacitante, da extrema necessidade da Autora, e da injusta negativa do benefício por parte do requerido, a Autora vem ao Judiciário, pleitear pela concessão do benefício de auxílio-doença e sua posterior conversão em aposentadoria por invalidez. MÉRITO De acordo com a legislação que rege a matéria, são requisitos para a concessão do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez: a qualidade de segurado, o período de carência e a incapacidade para o trabalho, todos previstos na Lei n. 8.213/91. Com relação aos dois primeiros requisitos, estes restam devidamente satisfeitos, o que pode ser comprovado por meio do extrato do CNIS em anexo. Quanto à incapacidade para o trabalho, A documentação médica em anexo, atesta que a Autora de fato permaneceu incapaz após a cessação do benefício anteriormente percebido, bem como que assim permanece até os dias atuais. Nesse sentido, é necessário destacar que a Autora é portadora de enfermidades que, mesmo diante de um tratamento adequado, somente tendem a se agravar com o tempo, motivo pelo qual apresenta um quadro de difícil recuperação. Inicialmente, impende destacar a grande quantidade de receitas apresentadas pela Autora, que por si só demonstram a seriedade das enfermidades. Ora, a Autora necessita fazer o uso constante de medicações para controle do quadro. Torna-se claro, portanto, que a Autora não recuperou sua capacidade para o trabalho após a cessação do benefício, motivo pelo qual incorreu em erro a Autarquia ao não efetuar uma nova concessão. Desse modo, a Autora discorda completamente do resultado da perícia efetuada administrativamente, tendo em vista que a documentação médica em anexo faz prova da incapacidade. Torna-se necessário destacar ainda, que as enfermidades das quais a Autora é portadora impossibilitam o exercício de qualquer profissão, uma vez que são enfermidades psicológicas, que interferem completamente no bem-estar da Autora, fazendo com que não consiga exercer atividades complexas, tampouco as mais simples. Os sintomas das enfermidades interferem no estado emocional da Autora, atrapalhando seu raciocínio e demais habilidades intelectuais. Assim, está claramente impossibilitada de laborar. Ademais, ainda consoante posição consolidada nos Tribunais, a incapacidade para o trabalho deve ser avaliada do ponto de vista médico e social, conforme já se posicionou a TNU, no Incidente de Uniformização de Jurisprudência – PEDILEF 200783005052586, de relatoria da Juíza Federal Maria Divina Vitória, DJU 02/02/2009. Desse modo, a análise da incapacidade da Autora deve se dar segundo as peculiaridades do caso, o que nos leva a considerar que os problemas de saúde que possui, aliados às suas condições pessoais comprometem a realização de qualquer atividade laboral. Assim, preenchidos e satisfeitos os requisitos necessários à concessão do benefício requerido, seguimos com os pedidos. PEDIDOS Ante todo o exposto, requer a Vossa Excelência: a) Seja julgado procedente o pedido contido na ação, para determinar em definitivo a concessão Auxílio por Incapacidade Temporária à Autora, desde a data do requerimento Administrativo e enquanto durar a incapacidade; requer, ainda, subsidiariamente, sua conversão em Aposentadoria por Invalidez, caso constatada incapacidade permanente para o trabalho; b) Seja a parte Ré condenada ao pagamento das custas processuais, tais como os honorários do perito médico; c) A citação da Ré, através de sua Procuradoria Regional, com endereço na Avenida Araguaia, 311, Centro, Goiânia- GO; d) A produção de todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente a realização de perícia. Audiência de conciliação A Autora declara estar ciente de que os valores postulados perante o Juizado Especial Federal não poderão exceder 60 (sessenta) salários mínimos, renunciando, expressamente, até a presente data, ao excedente. Dá-se à presente causa o valor de R$ 26.400,00 (vinte e seis mil e quatrocentos reais). Nestes Termos, Pede deferimento. Goiânia, 22 de setembro de 2023.
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