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RECUPERAÇÃO-DE-ÁREAS-MINERÁRIAS-DEGRADADAS

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1 
 
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS MINERÁRIAS DEGRADADAS 
 
 
 
2 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-
sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação 
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos 
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Sumário 
Recuperação de Áreas Minerárias Degradadas ............................................................... 1 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2 
1 Conceitos básicos .......................................................................................................... 4 
2 Controle ambiental no Brasil ......................................................................................... 7 
3 Impactos diretos da mineração .................................................................................... 10 
3. 1 Causas da Degradação devido a mineração ......................................................... 11 
3.2 Níveis de degradação por atividades mineradoras ............................................... 12 
4 Recuperação................................................................................................................. 12 
4.1 Efeitos pós-operecaionais da mineração............................................................... 13 
4.2 A atividade de Recuperação ................................................................................. 14 
4.2 Manejo e recuperação de áreas degradadas pela mineração................................. 15 
4.2.1 Tecnologias de Remediação .......................................................................... 16 
5 Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD ................................................ 17 
5.1 Identificação e caracterização da área degradada ................................................. 19 
5.2 Planejamento da Recuperação .............................................................................. 20 
5.3 Níveis de recuperação ........................................................................................... 20 
5.4 Etapas Da Recuperação ........................................................................................ 22 
5.4.1. Pré–planejamento ......................................................................................... 23 
5.4.2 Remoção e Estocagem do Capeamento do Solo ........................................... 24 
5.4.3 Obras de Engenharia na Recuperação ........................................................... 24 
5.4.4. Manejos de Solo Orgânico ........................................................................... 26 
5.4.5 Preparações do Local Para Plantio ................................................................ 27 
5.4.6. Seleções de Espécies de Plantas ................................................................... 28 
5.4.7. Propagações de Espécies .............................................................................. 30 
5.4.8. Plantio ........................................................................................................... 31 
6 Monitoramento de Áreas em Processo de Recuperação .............................................. 33 
7 Considerações finais .................................................................................................... 34 
Referências ..................................................................................................................... 36 
 
 
 
file:///C:/Users/Usuario/Desktop/APOSTILA%20PRAD.docx%23_Toc61273316
 
 
 
4 
 
1 Conceitos básicos 
 
 
 A Política Nacional de Meio Ambiente, em seu artigo 3, inciso III, define 
degradação ambiental como “alteração adversa das características do meio 
ambiente”. Desta forma, conceitos como áreas degradadas são comumente usa-
dos para fazer referência aos efeitos negativos das atividades humanas em uma 
determinada área, como no caso das atividades minerárias. Embora seja menos 
comum, também pode fazer referência a áreas que sofreram degradação por 
eventos naturais, como por exemplo, os grandes movimentos de massa que 
ocorreram em encostas devido a um grande volume de chuvas em um curto 
espaço de tempo. 
A Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) define 
degradação do solo como sendo a mudança do status de saúde do solo que 
resulta na redução da capacidade do ecossistema fornecer bens e serviços para 
os seus beneficiários. 
 A lei Federal No 6.938/81, da Política Nacional do Meio Ambiente no seu 
Artigo 3o, inciso Idefine Meio Ambiente como o conjunto de condições, leis, in-
fluências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga 
e rege a vida em todas as suas formas. No inciso II, a mesma lei define Degra-
dação da Qualidade Ambiental como sendo a alteração adversa das caracterís-
ticas do Meio Ambiente. 
Assim, podemos afirmar que o grau de degradação ambiental depende 
de uma conjunção de fatores que podem contribuir para o aumento da magnitude 
e da sua frequência. Os efeitos das modificações antrópicas no ambiente podem 
ter origem, intensidade e frequência diferentes e, portanto, o grau de degradação 
é sempre relativo a esses fatores e ao estado inicial do ambiente. 
 Especialmente dedicado à mineração, o trabalho de WILLIANS et al. 
(1990) admite um conceito relacionado aos aspectos biológicos, edafológicos e 
hídricos afetados pela atividade extrativa, considerando que “a degradação de 
uma área ocorre quando a vegetação nativa e a fauna forem destruídas, remo-
vidas ou expulsas; a camada fértil do solo for perdida, removida ou enterrada; e 
 
 
 
5 
a qualidade e regime de vazão do sistema hídrico for alterado”. Em seguida, 
estabelecem o conceito de degradação ambiental, que “ocorre quando há perda 
de adaptação às características físicas, químicas e biológicas e é inviabilizado o 
desenvolvimento socioeconômico”. Aparentemente, a perda de adaptação a que 
se referem os autores, diz respeito ao solo, sugerindo, então, que a degradação 
do solo conduz à degradação ambiental (Figura 1). 
No quadro da normalização técnica brasileira a degradação do solo é 
apontada pela NBR 10703 como a "alteração adversa das características do solo 
em relação aos seus diversos usos possíveis, tanto os estabelecidos em plane-
jamento quanto os potenciais" (ABNT,1989). O conceito contempla o entendi-
mento de solo enquanto espaço geográfico, ou seja, extrapola o sentido de ma-
téria ou componente predominantemente abiótico do ambiente. Além disto, ao 
citar a expressão “alteração adversa”, sugere a aproximação com o conceito de 
efeito ou impacto ambiental considerado negativo. Todavia, em outra norma, a 
NBR 13030, específica para mineração, definem-se áreas degradadas como 
“áreas com diversos graus de alteração dos fatores bióticos e abióticos, causa-
dos pelas atividades de mineração”, mantendo a noção de alteração, porém sem 
vinculaçãocom o uso do solo (ABNT). 
As referências técnicas contidas na legislação ambiental brasileira não 
são claras e geralmente confundem os conceitos de poluição, degradação am-
biental e impacto ambiental. Até meados da década de 80, o conceito de de-
gradação ambiental no Brasil era dado pelo termo poluição (introduzido em SP 
pela Lei Estadual 997/76), às vezes com o emprego subsidiário de termos como 
devastação no caso de supressão de extensas áreas de cobertura vegetal na-
tiva. A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal 6938/81) expressa polu-
ição como “degradação da qualidade ambiental...” (Artigo 3o, inciso III). Sobre-
põe-se a isto, o conceito oficial de impacto ambiental contido na Resolução 01/86 
do Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA, com uma definição similar 
ao de poluição da Lei Federal 6938/81. 
Na mineração, a degradação é conceituada como os "processos resul-
tantes de danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algu-
mas de suas propriedades, tais como a qualidade ou capacidade produtiva dos 
recursos ambientais" (Decreto Federal 97.632/89, que estabelece a exigência de 
 
 
 
6 
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas- PRAD, para as atividades de mi-
neração). A combinação destes conceitos é muito próxima à definição de degra-
dação do solo contida em ABNT (1989). 
 
 
Figura 1: Degradação ambiental gerada pela mineração (Fonte: https://ciclo-
vivo.com.br/planeta/meioambiente/metodo_inovador_podera_recuperar_areas_degrada-
das_por_mineracao/) 
 
A legislação federal brasileira menciona que o objetivo da recuperação é 
o "retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano 
preestabelecido para o uso do solo, visando a obtenção de uma estabilidade do 
meio ambiente" (Decreto Federal 97.632/89), o que incorpora o conceito de rea-
bilitação ao de recuperação contidos na NBR 10703 (ABNT, 1993), este último 
mais abrangente e, talvez por isso, mais usualmente empregado. Além disso, 
expressa seu objetivo primordial, ou seja, a perspectiva de atingir a estabilidade 
do ambiente. Abordagem similar à da legislação brasileira é apresentada em ou-
tro estudo sobre técnicas de revegetação aplicáveis à mineração, em que “recu-
peração significa que o sítio degradado será retornado a uma forma e utilização 
de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo. Implica que uma 
condição estável será obtida em conformidade com os valores ambientais, esté-
ticos e sociais da circunvizinhança” (WILLIANS et al., 1990). 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/metodo_inovador_podera_recuperar_areas_degradadas_por_mineracao/&psig=AOvVaw2hz5fCjTn7uwSkuMADrtkN&ust=1610220143944000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCIjb3Lf5jO4CFQAAAAAdAAAAABAI
 
 
 
7 
A restauração é praticamente impossível no caso da mineração, pois res-
taurar implica na reprodução exata das condições do local antes da alteração 
sofrida. Assim, os estudiosos preferem utilizar o termo recuperação em virtude 
de sua fácil compreensão pelo público. O conceito de reabilitação se destaca 
no caso de mineração de agregados em face de sua especial adequação às 
situações urbanas. Nesse contexto cabe desfazer a eventual noção de recupe-
ração como um evento que ocorre em uma época ou prazo determinado, de-
vendo sempre ser considerada como um processo de planejamento contínuo 
que se inicia antes da mineração e termina muito depois do encerramento da 
atividade extrativa. 
Não obstante, o termo restauração é comumente encontrado na literatura 
técnica internacional sobre remediação de áreas contaminadas por resíduos ou 
rejeitos (inclusive de mineração), para designar o resultado final de medidas de 
tratamento dos solos ou águas superficiais e subterrâneas afetados. O uso do 
termo remediação (“remediation”) é empregado em razão do caráter predomi-
nantemente químico do tratamento utilizado. 
 
2 Controle ambiental no Brasil 
A história do Brasil tem intima relação com aproveitamento dos seus re-
cursos minerais fazendo parte da ocupação territorial e da história nacional. O 
subsolo brasileiro possui importantes depósitos minerais. Partes dessas reser-
vas são consideradas expressivas quando relacionadas mundialmente. Com 
base nesse patrimônio mineral o Brasil produz cerca de setenta substâncias, 
sendo vinte e uma do grupo de minerais metálicos, quarenta e cinco dos não 
metálicos e quatro dos energéticos. O Brasil é possuidor das maiores reservas 
de nióbio (98,2%), barita (53,3%) e grafita natural (50,7%) em relação ao resto 
do mundo. O país se destacou também por suas reservas de tântalo (36,3%) e 
terras raras (16,1%), ocupando a posição de segundo maior detentor destes 
bens minerais. Os minérios de níquel, estanho e ferro também apresentaram 
participação significativa de valores de reserva a nível mundial em 2013 (DNPM, 
2014). De uma maneira geral, cada país tem suas particularidades no tratamento 
das concessões minerais e no gerenciamento ambiental dessa atividade. Os 
 
 
 
8 
principais países com relevância na produção mineral se destacam: a África do 
Sul, Austrália, Brasil Canadá e Estados Unidos. No Brasil e na África do Sul, o 
Governo Central possui órgãos federais concedentes, enquanto nos demais pa-
íses os Estados, Províncias e Territórios têm o controle da atividade mineral. 
Com relação à gestão ambiental na mineração, é bastante variada a atuação 
governamental. Na África do Sul, o Governo Central estabelece normas gerais 
através do Departamento de Negócios Ambientais e Turismo. Na Austrália, o 
Ministério de Recursos Naturais e o Ministério do Meio Ambiente trabalham em 
conjunto nas questões de controle ambiental na mineração. 
 A Legislação Ambiental Brasileira é considerada uma das mais bem ela-
boradas do mundo, sendo seu texto bastante exigente no que se refere à recu-
peração de áreas degradadas. O Governo Federal, através do CONAMA, esta-
belece normas gerais, a mineração, de um modo geral, está submetida a um 
conjunto de regulamentações, onde os três níveis de poder cabendo aos Esta-
dos e Municípios fixarem procedimentos de seu interesse. Os estados e muitos 
municípios apresentam procedimentos e legislações próprias para atividades po-
tencialmente poluidoras. Estatal possuem atribuições com relação à mineração 
e o meio ambiente bem como licenciar, controlar e fiscalizar. A legislação fede-
ral estabelece que os recursos minerais pertencem à União, quem cabe a prer-
rogativa de autorizar e conceder o aproveitamento de jazida (artigo 176, caput e 
parágrafo 1ª) e competência exclusiva da União legislar sobre “jazidas minas e 
outros recursos minerais e metalurgias” (Artigo 22 incisos XII). Aos Estados e 
municípios e permitido apenas, em competência comum com a União, “registrar 
acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de 
recursos hídricos e minerais em seus territórios” (Artigo 23, item XII). 
 Os Estados e Municípios têm poder constitucional para legislar sobre mi-
neração e meio ambiente. Seria exaustivo enumerar estes órgãos estaduais e 
municipais. Além desses órgãos do poder executivo, nos três níveis, o Ministério 
Público Federal e Estadual também fiscaliza, emitem normas e diretrizes, sendo 
a maioria delas conflitantes entre si. A análise conjunta da legislação ambiental 
vigente, conforme visto notadamente o art. 225 da Constituição Federal brasi-
leira, a Lei n.º 6.938/81 e os Decretos Regulamentadores nº 97.632/89 e 
99.274/90, apontam para a obrigatoriedade de recuperação daqueles impactos 
 
 
 
9 
ambientais. A legislação mineral brasileira tem como base o Código de Minera-
ção (Decreto-Lei Federal 227/67), com suas sucessivas alterações e atualiza-
ções posteriores dispondo sobre o regime de aproveitamento dos recursos mi-
nerais explorados encontrados na superfície ou no subsolo nacional. A Lei Nº 
6.938,de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto Nº 99.274/90, dis-
põe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de 
formulação e aplicação. Em seu Art. 4º, afirma que a Política Nacional do Meio 
Ambiente visará: 
VII - (..) obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos 
causados e, ao usuário da contribuição pela utilização 
de recursos ambientais com fins econômicos. 
O Decreto Nº 97.632, de 10 de abril de 1989, que dis-
põe sobre a regulamentação do artigo 2º, inciso VIII, da 
Lei Nº 6.938, determina: 
Art. 1º - Os empreendimentos que se destinem à explo-
ração de recursos minerais deverão, quando da apre-
sentação do Estudo de Impacto Ambiental - ELO e do 
Relatório de Impacto Ambiental - MAM, submeter à 
aprovação do órgão ambiental competente um plano de 
recuperação de área degradada. 
Em seu Art. 2º, ele define o conceito de degradação: 
(...) são considerados como degradação os processos 
resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais 
se perdem ou se reduzem algumas de suas proprieda-
des, tais como, a qualidade ou capacidade produtiva 
dos recursos ambientais. 
Art. 3º, o decreto estabelece a finalidade dos PRAD: 
A finalidade dos PRAD consiste em possibilitar o re-
torno do sítio degradado a um estado satisfatório de es-
tabilidade do ambiental. 
 
 
 
10 
Assim, quando da elaboração dos projetos de exploração e obtenção das 
licenças, inclusive ambientais, a empresa mineradora deverá elaborar o PRAD 
com o intuito de minimizar os impactos ambientais decorrentes da sua atividade. 
 
3 Impactos diretos da mineração 
 
O impacto das atividades da mineração é uma questão de preocupação 
ambiental que desafia o desenvolvimento sustentável em diversas partes do 
mundo. Os danos causados ao ambiente terrestre se reflete na: diminuição da 
cobertura verde; contaminação do solo; perda parcial ou total da fauna e flora, 
incluindo ecossistemas florestais; redução da quantidade e qualidade dos recur-
sos hídricos; poluição do ar e na saúde e habitação humana ou ambos. 
A redução da cobertura vegetal resulta em erosão do solo. Por esse pro-
cesso, ocorre a mobilização e transporte de partículas do solo, causando princi-
palmente perdas das frações de partículas finas e menos densas, incluindo par-
tículas de húmus e argila, ambas importantes transportadoras de nutrientes do 
solo e agentes estabilizadores para propriedades físicas dos solos. 
A maior exposição do solo a erosão facilita o arrasto de sedimentos até 
atingirem os corpos d’água através de canais laterais, afetando a qualidade dos 
recursos hídricos; os solos são contaminados; parte ou total da flora e fauna se 
perde; e o ar fica poluído. Por estas razões, a cobertura vegetal exerce um papel 
fundamental no equilíbrio dos sistemas e é considerado como um indicador de-
sejável da qualidade ambiental. 
A magnitude e o grau de importância do impacto ambiental devido à mi-
neração varia de mineral para mineral e também com o potencial do ambiente 
circundante em absorver os efeitos negativos da mineração (disposição geográ-
fica dos depósitos minerais e tamanho das operações de mineração). O material 
oriundo das indústrias minerais podem impactar de forma duradoura a paisagem, 
os ecossistemas e as condições sociais, culturais e econômicas da comunidade, 
onde a mina esta inserida. 
 
 
 
 
11 
3. 1 Causas da Degradação devido a mineração 
 
Existem diversos fatores que podem levar a degradação ambiental devido 
a mineração, as mais importantes são: 
Distúrbio do solo: dano ao solo ou ciclo contínuo de práticas que resultam na 
degradação da qualidade do solo ou assoreamento de corpos d’água e em última 
instância leva à degradação. O planejamento do uso da terra permite o uso sus-
tentável dos recursos naturais. O uso do solo fora destes padrões pode levar à 
degradação e poluição do ambiente; 
Poluição: a poluição, sob qualquer forma, seja do ar, da água, da terra ou ruído, 
é nociva para o ambiente e para a saúde humana. A poluição sonora pode cau-
sar danos irreparáveis aos ouvidos quando expostos a sons contínuos de gran-
des dimensões, como buzina de veículos em uma estrada movimentada ou má-
quinas que produzem grande ruído em uma fábrica ou um moinho. A poluição 
da água degrada sua qualidade inclusive para fins de consumo. Como resultado 
das atividades humanas, a poluição do solo resulta na degradação da superfície; 
Superpopulação: o rápido crescimento populacional causa pressão sobre os 
recursos naturais, na produção de alimentos, no abrigo de residências e deposi-
ção de resíduos, o que resulta na degradação do meio ambiente. Nos locoais 
onde as pessoas estão melhor instaladas, há melhoria da vida util. Quanto maior 
o número de pessoas desprovidas, maior a demanda por comida, roupas 
e abrigo, exigindo de maior espaço para cultivar alimentos e fornecer casas para 
milhões de pessoas. Isso resulta no desmatamento, que é outro fator de degra-
dação ambiental; 
Aterros: formados a partir de grande quantidade de resíduos que é gerado por 
famílias, indústrias, fábricas e hospitais, representam um grande risco para a 
saúde do meio ambiente e para as pessoas que vivem lá. Os aterros sanitários 
produzem cheiro desagradável quando são queimados e causam grande degra-
dação ambiental; 
Desmatamento: o rápido crescimento da população e a expansão urbana são 
duas das principais causas do desmatamento. O uso de terras florestais para a 
agricultura, pastoreio de animais, colheita de lenha e exploração madeireira são 
algumas das outras causas de desmatamento. O desmatamento contribui para 
 
 
 
12 
o aquecimento global, uma vez que a diminuição do tamanho da floresta coloca 
o carbono de volta ao meio ambiente. 
 
3.2 Níveis de degradação por atividades mineradoras 
 
Os processos de degradação causados pela mineração afetam solo, se-
dimento, água de superfície e subterrânea e planta. A geoquímica ambiental é 
uma das ferramentas utilizadas para avaliar o efeito da mineração e do proces-
samento de minerais no meio ambiente. Geoquímica é o ramo da ciência geoló-
gica que estuda a química do planeta que utiliza as leis da química para entender 
os processos que governam a abundância e distribuição dos elementos nas di-
versas partes da Terra e nos corpos celestes (cosmoquímica), assim como nos 
diversos materiais que compõem o interior e a superfície da Terra: magmas, ro-
chas, minerais, minérios, água, ar, etc. (CMPM). 
O nível de degradação causado pela atividade de mineração pode ser 
mensurado nos diversos compartimentos do ecossistema como citados a seguir: 
Avaliação de solos baseado na distribuição de metais na superfície e subsuper-
fície; Avaliação de mostra sedimentos; Avaliação de água de córrego; Avaliação 
de águas subterrâneas; Avaliação de plantas. 
Os resultados dos níveis de contaminação de solos e águas subterrâneas 
são validados como prevenção ou investigação de acordo com a Resolução no 
420/2009 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) que “dispõe so-
bre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de 
substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de 
áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antró-
picas”. 
 
4 Recuperação 
 
A imagem da mineração como uma atividade agressiva ao meio ambiente 
e aos interesses do desenvolvimento tem suas raízes na intensa demanda pelos 
bens minerais que vigorou no passado, associada à falta tanto, de soluções tec-
nológicas adequadas, quanto de prioridade para a conservação ambiental na 
 
 
 
13 
agenda dos governos. Esta combinação de fatores induziu o desenvolvimento 
de uma indústria mineral predatória, bastante generalizada no até épocas recen-
tes da história da humanidade. Esta realidade está mudando à medida que a 
indústria mineral se modernizar e que o controle se tornar mais efetivo, esta ima-gem tornar-se-á coisa do passado. Porém essas atividades de remoção da ve-
getação e do solo gera a necessidade de recuperação de Área degradada. 
 
4.1 Efeitos pós-operecaionais da mineração 
 
Depois de iniciado o processo de aproveitamento econômico dos recursos 
minerais, o encerramento de suas atividades é elemento certo a ocorrer, seja 
pelo exaurimento da jazida, ou devido a fatores políticos, econômicos ou ambi-
entais, gerando para o empreendedor a obrigação de recuperar a área lavrada.
 No entanto, a preocupação quanto a esta necessidade de recuperação 
era matéria ausente no planejamento dos empreendimentos minerários, nos 
quais a atenção ambiental voltava-se apenas a impactos que afetavam a capa-
cidade produtiva da atividade, ocasionando a conduta de empresas que, ao en-
cerrarem as atividades da mina, deslocavam-se para novos sítios de exploração, 
deixando para trás um passivo ambiental a ser suportado pela sociedade.
 Estas áreas abandonadas representam impactos ambientais de longo 
prazo, haja vista que seu estado impossibilita uma modalidade regular de uso 
posterior do solo, ocasionando variadas repercussões sociais e ambientais, 
tendo em vista que, em certas circunstâncias, estas regiões são objeto de ocu-
pações humanas desordenadas e clandestinas, como também, utilizadas como 
depósito de lixo ou de rejeitos perigosos, aumentando ainda mais as conseqüên-
cias do abandono. Sob este cenário, estima-se que somente nos Estados Unidos 
existam aproximadamente 500.000 áreas de mineração abandonadas. No Bra-
sil, pode-se citar o caso do estado de Santa Catarina, onde conforme levanta-
mento realizado em 1998, pelo “Estudo de Viabilidade da Recuperação das 
Áreas Degradadas pela Mineração do Carvão na Região Sul de Santa Catarina”, 
produzido a partir de um convênio entre a FATMA – Fundação do Meio Ambiente 
e a JICA – Agência de Cooperação Internacional do Japão, calcularam-se custos 
da ordem de R$ 72 milhões para a melhoria ambiental das operações de lavra e 
recuperação de áreas em atividade e outros R$ 98,5 milhões para a recuperação 
 
 
 
14 
de 3.292 hectares impactados pelas minerações passadas. Diante desta proble-
mática, a Constituição Federal de 1988, visando amenizar o ônus social e acres-
centar condições de sustentabilidade à mineração, no capítulo dedicado ao meio 
ambiente, incluiu no parágrafo 2º do artigo 225, a obrigação daquele que explo-
rar os recursos minerais de recuperar o meio ambiente degradado. 
 A especificidade da mineração e a relevância de seus efeitos pós-opera-
cionais justificam o tratamento dispensado pela Constituição a esta atividade 
econômica, sendo extremamente necessário acrescentar os contornos da sus-
tentabilidade a este segmento. O grande desafio da mineração é contribuir para 
a garantia do direito fundamental a um meio ambiente ecologicamente equili-
brado e para a construção de um modelo de desenvolvimento econômico capaz 
de assegurar a produção de riquezas e a preservação ambiental. Nesta pers-
pectiva, a temática da recuperação das áreas mineradas, assume papéis espe-
ciais sendo de grande relevância que, após a desativação e o fechamento, o uso 
das áreas mineradas permita a contínua agregação de valores ambientais, 
econômicos e sociais às comunidades locais e a toda a sociedade. 
4.2 A atividade de Recuperação 
 
A recuperação é uma atividade que exige uma abordagem sistemática de 
planejamento e visão a longo prazo e não apenas uma tentativa limitada de re-
mediar um dano. Com a consciência da extinção em massa de espécies no 
mundo todo, está crescendo a importância de se manter a diversidade biológica. 
A intervenção em áreas degradadas, através de técnicas de manejo, pode ace-
lerar o processo de regeneração, permitir o processo de sucessão e evitar a 
perda de biodiversidade. 
 A recuperação, como já citado, deverá ter por objetivo o retorno do sítio 
degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido 
para o uso do solo, visando à obtenção de uma estabilidade do meio ambiente.
 Todavia, os PRAD também são importantes instrumentos da gestão am-
biental para outros tipos de atividades, sobretudo aquelas que envolvem desma-
tamentos, terraplenagem, exploração jazidas de empréstimos e bota-foras. Em 
qualquer dos casos, os PRAD são muito mais voltados para aspectos do solo e 
da vegetação, muito embora possam contemplar também, direta e indireta-
mente, a reabilitação ambiental da água, do ar, da fauna e do ser humano.
 
 
 
15 
 Diante desta problemática, a Constituição Federal de 1988, visando ame-
nizar o ônus social e acrescentar condições de sustentabilidade à mineração, no 
capítulo dedicado ao meio ambiente, incluiu no parágrafo 2º do artigo 225, a 
obrigação daquele que explorar os recursos minerais de recuperar o meio ambi-
ente degradado. 
(...)§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obri-
gado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo 
com solução técnica exigida pelo órgão público compe-
tente, na forma da lei. 
A matéria está regulamentada pelo Decreto nº 97.632, de 10.04.1989, eis 
que não existe a lei infraconstitucional específica disciplinando a recuperação de 
áreas degradadas pela mineração. A lei explica ainda à responsabilidade do mi-
nerador pelo cumprimento da obrigação de executar o plano de recuperação de 
área degrada aprovado pelo órgão ambiental competente. 
 
4.2 Manejo e recuperação de áreas degradadas pela mineração 
A degradação da área é inerente ao processo de mineração, independen-
temente da atividade implantada, verifica-se quando: 
a) a vegetação e, por consequência, a fauna, são destruídas, removidas ou ex-
pulsas; 
b) a camada de solo fértil é perdida, removida ou coberta, afetando a vazão e 
qualidade ambiental dos corpos superficiais e/ou subterrâneos d’água. Quando 
isso ocorre, reflete-se na alteração das características físicas, químicas e bioló-
gicas da área, afetando seu potencial socioeconômico. 
A intensidade desta degradação depende do volume, do tipo de minera-
ção e dos rejeitos produzidos. A recuperação destes estéreis e rejeitos deve ser 
considerada como parte do processo de mineração. Esta recuperação resulta 
numa paisagem estável, em que: a poluição do ar e da água é minimizada, a 
terra volta a ser autossuficiente e produtiva, o habitat da fauna é restabelecido, 
 
 
 
16 
e uma paisagem esteticamente agradável é estabelecida. A mineração e demais 
atividades de remoção do solo gera a necessidade de recuperação de área de-
gradada. A ação de recuperação, cuja intensidade depende do grau de interfe-
rência havida na área, pode ser realizada através de métodos edáficos (medidas 
de sistematização de terreno) e vegetativos (restabelecimento da cobertura ve-
getal). Em essência, é imprescindível que o processo de revegetação receba o 
mesmo nível de importância dado à obtenção do bem mineral. 
 Para que seja possível obter-se novo uso da área, é necessário que ela 
esteja em condições de estabilidade física (morro, aterro, depressão de terreno) 
e estabilidade química (a área não deve estar sujeita a reações químicas que 
possam gerar problemas nocivos à saúde humana e ao ecossistema, drenagens 
ácidas de pilhas de estéril ou rejeitos). Dependendo do uso pós-mineração, po-
dem-se adicionar os requisitos de estabilidade geológica (áreas utilizadas com a 
finalidade de conservação ambiental). No caso do empreendimento mineiro, a 
participação do homem deve iniciar ao se ao planejar a mina e finalizar quando 
as relações fauna, flora e solo estiverem em equilíbrio e em condições de sus-
tentabilidade. A recuperação de área degradada é apenas a tentativa limitada 
de reparar um dano. Decorrente a isso tudo são inseridos aspectos jurídicos que 
compõem um conjunto de leis ambientais com objetivo de definir o poluidor pa-
gador, assim normalizando e atribuindo a atividade mineradora de qualquer em-presa tem que se responsabilizar pela conservação, manutenção e recuperação 
do bioma local. 
 A recuperação de áreas degradadas pela mineração, não deverá ser en-
tendida como desencadeamento de ações, nos âmbitos político, legislativo e so-
cial, que culminaram na percepção da necessidade, do estudo e do desenvolvi-
mento de técnicas hábeis a recuperar as áreas degradadas pela mineração e 
por diversos outros tipos de intervenção humana. 
4.2.1 Tecnologias de Remediação 
 
Remediação são tecnologias e ações que visam neutralizar, eliminar ou 
transformar substâncias que estão contaminando o ambiente (terra e água). Es-
tas técnicas quando em prática podem minimizar os efeitos da contaminação. 
 
 
 
17 
Os impactos ambientais das atividades de mineração têm refletido no in-
centivo das pesquisas na busca das melhores técnicas de remediação para re-
cuperar tais áreas degradadas. Estas tecnologias podem ser aplicadas ex situ e 
in situ. Na ex situ, são utilizadas técnicas que removem o solo do local para ser 
descontaminado. Após a descontaminação do solo, o mesmo reposto no local 
de origem; enquanto as tecnologias in situ são aplicadas na área contaminada. 
As técnicas disponíveis para a remediação podem ser onerosas em al-
guns casos e demoradas. As principais técnicas são: 
A) Escavação - técnica ex-situ que envolve a remoção e disposição física de um 
solo contaminado em um aterro designado. Produz resultados rápidos de reme-
diação. Muitas vezes cara devido à operação de transporte e da existência de 
aterro sanitário especiais; 
B) Lavagem do solo/Extração de ácido – técnica ex-situ, baseada na suspen-
são ou dissolução do metal numa solução de lavagem à base de água; 
C) Encapsulamento – técnica in-situ, em que uma capa dura é colocada na 
superfície do solo contaminado. Este método é bastante simples, o que reduz a 
exposição do contaminante, no entanto, não remove contaminantes do solo; 
D) Solidificação - técnica in-situ, em que o solo contaminado é misturado com 
estabilizantes, reduzindo a mobilidade. Como desvantagens, são relativamente 
caras; 
E) Vitrificação - técnica in-situ, em que o metal é quimicamente ligado dentro 
de uma matriz de silicio-arsenatos; 
F) Limpeza do solo – técnica in-situ, onde utiliza água ou compostos orgânicos 
para mobilizar o metal no solo; 
G) Fitorremediação/fitoextração: técnica in-situ, que parte do principio de que 
as plantas podem extrair metais pesados do solo e acumulá-los na biomassa 
acima do solo. 
 
5 Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD 
A avaliação inicial da área contaminada deve objetivar identificar os pro-
cessos de degradação instaladas e os impactos ambientais decorrentes. Depen-
dendo do grau ou estágio atingido pela degradação e da magnitude dos impac-
 
 
 
18 
tos, medidas imediatas e urgentes podem ser necessárias, tais como o isola-
mento da área degradada, a remoção das comunidades eventualmente amea-
çadas, instalação de um sistema de sinalização e alerta na área, entre outros. 
A Norma ABNT – NBR 13030 tem como objetivo de fixar diretrizes para 
elaboração e apresentação de projeto de reabilitação de áreas degradadas pelas 
atividades de mineração, visando a obtenção de subsídios técnicos que possibi-
litem a manutenção e/ou melhoria da qualidade ambiental, independente da fase 
de instalação do projeto (ABNT, 1999). De acordo com a NBR 13030, na elabo-
ração e apresentação do projeto de reabilitação de áreas degradadas pela mi-
neração, deve constar informações sobre os seguintes itens: 
_ Conformação topográfica e paisagística; 
_ Estabilidade, controle de erosão e drenagem; 
_ Adequação paisagística; 
_ Revegetação; 
_ Monitoramento; 
_ Cronograma Físico; 
_ Cronograma Financeiro. 
Os titulares de concessões de lavra no Brasil são responsáveis pela rea-
lização da recuperação das áreas impactadas pelas atividades da mineração, de 
acordo com o PRAD, previamente elaborado e aprovado pelo órgão governa-
mental competente. 
 O PRAD é o conjunto de medidas que visam garantir a segurança e a 
saúde pública, através do restabelecimento de equilíbrio dinâmico de áreas de-
gradadas pelas ações humanas, de modo a retorná-las às condições desejáveis 
e necessárias à implantação de um uso pós-degradação previamente eleito e 
socialmente aceitável. 
O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas é um requerimento do 
Decreto-Lei no 7.632 de 10/04/1989, quando da apresentação do estudo de im-
pacto ambiental - EIA e do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. O PRAD 
também engloba a confecção do cronograma físico-financeiro da recuperação 
ambiental proposta, assim como a indicação do uso futuro pretendido. 
A identificação, a avaliação da importância relativa e o monitoramento dos 
impactos ambientais, no sentido de minimizá-los, eliminá-los ou administrá-los 
 
 
 
19 
de modo a proteger efetivamente o meio ambiente, devem ter seus custos incor-
porados aos estudos de viabilidade econômica do projeto de mineração. Por ou-
tro lado, há a necessidade de se pensar em meio ambiente e suas correlações 
econômicas no início dos projetos de mineneração, pois nesse momento as em-
presas estão capitalizadas e o meio ainda não foi degradado; além de possibilitar 
a execução de estudos ambientais simultâneos a outros relativos à atividade em 
si e suas operações. 
 
5.1 Identificação e caracterização da área degradada 
 
A identificação e caracterização da área degradada pela atividade de mi-
neração envolve a mensuração de diversos parâmetros, os indicados a seguir: 
1. Mapeamento – permite delinear a extensão das áreas sob degradação ambi-
ental direta e indireta, utilizando técnicas como produção de mapas dimensiona-
dos, sensoriamento remoto e fotografias aéreas etc; 
2. Investigações geológicas e geotécnicas - devem ser realizadas em campo 
e laboratório, buscando obter informações sobre os parâmetros essenciais para 
a restauração sustentável para os estratos susceptíveis que influenciam na res-
tauração. Por exemplo, a toxicidade do solo e a estabilidade dos despejos de 
resíduos que precisam ser investigados antes da recuperação ser realizada; 
3. Investigação meteorológica e climatológica – permite avaliar a influência 
na poluição atmosférica e da água a partir de dados normalizados de tempera-
tura, quantidade de chuva, umidade e padrões de vento, etc; 
4. Condições hidrológicas - em um local incluem a quantidade, qualidade, mo-
vimento e armazenamento de água acima e abaixo da superfície. A hidrologia é 
determinada pelas características do clima, geologia, topografia, solo e vegeta-
ção. O clima fornece a entrada de água para o sistema hidrológico enquanto que 
os outros parâmetros determinam o movimento da água para dentro e através 
da superfície; 
5. Condições topográficas - referem-se à configuração superficial de uma área 
descrita como rugosa, ondulada, suave ou lisa. A topografia em torno dos locais 
perturbados também influencia os planos e práticas de recuperação. A superfície 
reconstruída deve misturar-se 
 
 
 
20 
com a paisagem não perturbada, de modo que os fluxos de matéria e energia 
atravessem suavemente a superfície recuperada; 
6. Condições do solo - incluem a capacidade de retenção de água do solo con-
trolada pelos fatores combinados de textura, agregação, densidade aparente e 
sobre toda a profundidade. Influencia diretamente na produtividade da planta, 
potencial de lixiviação e reabastecimento de água subterrânea; 
7. Condição da vegetação - particularmente a qualidade, quantidade e diversi-
dade de vegetação em um local reflete toda a ambientação, além das atividades 
humanas passadas e presentes. A comunidade de plantas em uma área pode 
ser nativa e introduzida, espécies sensíveis e tolerantes, comuns e ameaçadas 
de extinção. 
 
5.2 Planejamento da Recuperação 
 
As atividades básicas no planejamento da recuperação geralmente in-
cluem a definiçãodos objetivos, o estabelecimento do uso futuro da área e a 
elaboração de um plano de recuperação. Os objetivos para a recuperação po-
dem ser vistos a partir de perspectivas teóricas e práticas. Simplificando, um 
projeto de recuperação deve ter por objetivo produzir condições ambientalmente 
estáveis que, em última instância, integrem a área perturbada ao ecossistema 
geral. O plano de recuperação deve abordar a reconstrução topográfica, projeto 
topográfico, substituição do substrato, revegetação e monitoramento e manuten-
ção do local, que serão descritas em outro tópico. 
 
5.3 Níveis de recuperação 
A recuperação dessas áreas degradadas deve ser planejada antes da im-
plantação do empreendimento, isso vai desde a pesquisa, extração, recuperação 
da área a fim de prever a desativação das atividades mineiras e a reabilitação 
dos terrenos remanescente. O sucesso de um programa de vegetação pode ser 
avaliado segundo diferentes pontos de vista. A recuperação de áreas degrada-
das pode ser mais rápida e eficiente ao se usar espécies nativas. Os possíveis 
níveis de recuperação de uma área podem se dividir em: 
 
 
 
21 
a) Nível básico - prevenção de efeitos maléficos para a área ao redor do local, 
porém sem medidas para recuperação do local que foi minerado. 
b) Nível parcial - recuperação da área a ponto de habilita-la para algum uso, mas 
deixando-a ainda bastante modificada em relação a seu estado original. 
c) Recuperação completa - restauração das condições originais do local (espe-
cialmente topografia e vegetação), o que é praticamente impossível na minera-
ção. 
d) Recuperação que supera o estado original da paisagem antes da mineração. 
O art. 3º do Decreto 97.632/89 estabelece que “a recuperação deverá ter 
por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização de acordo 
com um plano preestabelecido para uso do solo, visando à obtenção de uma 
estabilidade do meio ambiente”. Em certos casos, o empenho em recuperar uma 
área já minerada resulta em melhoramento da estética do local em relação ao 
estado original. Em certas situações, as ações de recuperação podem levar um 
ambiente degradado a uma condição ambiental melhor que a situação alterada 
inicial. Alguns dos principais problemas constatados na exploração mineral são: 
assoreamento dos leitos dos rios por material de capeamento (solo vegetal e 
solo residual) e por rejeitos da mineração. Utilização de monitores hidráulicos 
para efetuar desmonte da cobertura do solo, carreando volumes enormes de 
lama para cursos de água, causando turbidez elevada a jusante das trabalhosas 
matas ciliares não protegidas ambientalmente dentro do que determina a legis-
lação, e não raro utilizam estas áreas como bota-fora dos rejeitos ou estéreis. 
Desprezo da terra fértil, quando da limpeza de uma nova frente de trabalho. 
Águas perenes e pluviais espraiando-se pelo pátio de obras. Falta de um lugar 
definido como local de bota-fora dos rejeitos. Portanto, o planejamento ou pro-
grama prévio de recuperação é benéfico tanto para a comunidade, poder público 
e proprietário do terreno, como para o minerador, que conduzirá suas atividades 
e o desenvolvimento da lavra, de acordo com o previsto no programa de recu-
peração, economizando tempo e dinheiro. Surgem destas observações dois ter-
mos muito empregados na recuperação de áreas degradadas. 
 
 
 
22 
- Reabilitação orientada de acordo com o plano prévio 
 Com base em decisões expressas em documento previamente discutido 
entre o minerador e o pode publico. Pode se propor a reabilitação da área 
atribuindo a ela uma função adequada ao uso humano e reestabelecendo 
suas principais características conduzindo-a a uma situação alternativa e 
estável. 
- Reabilitação simultânea a extração 
 Corresponde à incorporação de técnicas disponíveis nas várias etapas que 
compõem a mineração. A recuperação simultânea à lavra é amplamente 
aplicada principalmente em minerações de grande e médio portes, por fa-
cilitar o desenvolvimento da lavra, e principalmente por razões de ordem 
econômica e legal. 
5.4 Etapas Da Recuperação 
A recuperação de áreas degradadas requer a utilização de princípios eco-
lógicos e práticas silviculturas oriundas do conhecimento básico do ecossistema 
que se vai trabalhar, com descrição das espécies a serem utilizadas na aplicação 
de modelos de recuperação. Todavia, para se alcançar pleno êxito nesta tarefa, 
além do conhecimento das causas da degradação e formas de recuperação, é 
preciso, também, conhecer as necessidades sociais, econômicas e os aspectos 
culturais da comunidade humana local. A exploração mineral gera a perda da 
vegetação, dos meios de regeneração bióticos (banco de sementes, plântulas, 
rebrota) e da camada superficial do solo rica em matéria orgânica, além dos ho-
rizontes mais profundos, proporcionando alterações nas propriedades edáficas, 
sinalizando, desta maneira, para uma redução da capacidade produtiva do ecos-
sistema (FRANCO et al., 1992; RUIVO, 1998). 
 De modo geral, os trabalhos de recuperação seguem as seguintes etapas: 
Pré-planejamento, desmatamento, remoção e estocagem do capeamento 
do solo, Obras de engenharia na recuperação, Manejo de solo orgânico, 
Preparação do local para plantio, Seleção de espécies de plantas, Propa-
gação de espécies, Plantio, e acompanhamento (Figura 2). 
 
 
 
23 
 
Figura 2: Etapas da recuperação de áreas degradadas Fonte: (Bitar & Braga, 1995) 
 
5.4.1. Pré–planejamento 
 
O pré-planejamento é essencial em recuperação, pois permite a identifi-
cação prévia de área problemática. O pré-planejamento pode assumir várias for-
mas, e a legislação exige o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o Relatório de 
Impacto Ambiental (RIMA) e o PRAD para atividades de mineração. Estes docu-
mentos são utilizados para preparar o plano de recuperação, com objetivos a 
curto e médio prazos, e deve conter orientações, passo a passo, para os proce-
dimentos que serão empregados para recuperar todas as áreas degradadas pela 
mineração e atividades correlatas. Os objetivos de recuperação são uma parte 
muito importante do processo de planejamento e devem ser explicitamente de-
clarados no plano de recuperação ambiental. Durante estes estudos, deverão 
ser identificadas as áreas de referência ou as que não serão alteradas durante 
a mineração e que poderão ser usadas para orientar o recobrimento vegetal, 
com fontes de sementes, etc. O RIMA identifica e, dentro do possível, quantifica 
todos os impactos associados com a mineração e atividades relacionadas, tais 
como a efetivação de medidas mitigatórias. 
 
 
 
 
24 
5.4.2 Remoção e Estocagem do Capeamento do Solo 
 
O revestimento vegetal do local minerado pode corrigir ou diminuir, substanci-
almente, os impactos provocados pela mineração sobre os recursos hídricos, e 
visuais da área. Normalmente, a vegetação existente no início da mineração é 
eliminada no começo das atividades. Segue abaixo alguns procedimentos para 
remoção da vegetação e das lavras: 
 Retirar qualquer material com valor comercial, como a madeira, para de-
pois remover completamente a cobertura vegetal. 
 Remover completamente todo solo orgânico. 
 Remover o solo estéril e o minério. A deposição de solo estéril ocorre ao 
mesmo tempo em que ocorre a escavação. Esta fase é decisiva para a 
recuperação, pois a futura paisagem estará sendo definida. Sempre que 
possível, o estéril deve ser depositado na mesma sequência que foi reti-
rado - isto vai garantir que o melhor material esteja depositado na superfí-
cie (Figura 3). 
 
Figura 3: Remoção e armazenamento do material orgânico do de capeamento (Fonte: 
Patricio, 2009). 
 
5.4.3 Obras de Engenharia na Recuperação 
 
Do ponto de vista ecológico, o controle de taludes e de água parece ser um 
fator importante para alcançar a estabilidade de áreas mineradas. Em situações 
de mineração nos trópicos, a água pareceser o fator que mais gera instabilidade. 
Isto se manifesta através de deslizamentos de superfície e transporte de partí-
culas ou movimentos de massa dos depósitos estéreis, em virtude da saturação 
 
 
 
25 
e/ou das condições lubrificantes da água, causando sedimentação nos cursos 
de águas. As técnicas para controle da sedimentação nos cursos de água, con-
trole de taludes e águas são as seguintes: 
 Instalar represas ou escavações de lagoas (Figura 4), para facilitar a de-
posição do sedimento proveniente das lavras, antes que este se deposite 
nos córregos ou rios. Pode, também, elaborar projetos que minimizem a 
modificação da área durante a extração de minerais. Deve evitar modifica-
ções no leito original dos cursos d’água criando pontes ou outras obras 
quando estradas de acesso passarem pelos mesmos. 
 
Figura 4: Represa de captação de água (Fonte: Arquivo: Embrapa, 2008). 
 
 No caso de assoreamento, deve-se remover do leito natural, o entulho já 
depositado, o que envolverá catação de grandes blocos de limpeza com 
retroescavadeira de material granulado. O trabalho de desmonte hidráulico 
é inadmissível sem prévia decantação em barreiras adequadamente di-
mensionadas e construídas, segundo diversas tecnologias disponíveis. O 
mais adequado é a construção de barragens com rejeitos provenientes da 
frente de lavra. 
 Modificar o mínimo possível da área durante a mineração. As áreas já con-
turbadas devem ser recuperadas progressivamente, sem esperar seu 
abandono após a mineração. A área minerada deve ficar exposta o mínimo 
de tempo possível. 
 É recomendável implantar, progressivamente, os trabalhos de gradagem e 
revestimento, colocando, pelo menos, vegetação temporária ou cobertura 
 
 
 
26 
morta por cima da área, se houver demora no estabelecimento da vegeta-
ção permanente. Nos últimos anos foi desenvolvida uma nova técnica de 
gradagem com aparelhos que sulcam e alisam o terreno simultaneamente. 
 Evitar a colocação dos restos das escavações nos cursos de água. 
 Evitar a modificação do leito original dos cursos de água; quando as estra-
das de acesso passarem por cima ou acima dos cursos d'água, as pontes 
ou outras obras devem ser construídas de modo que a drenagem não atinja 
o curso de água que está abaixo. Também se deve evitar que os cursos 
de água sejam poluídos durante a construção da ponte ou a instalação de 
canalização. 
 Todo estéril deve ser depositado de maneira controlada, envolvendo uma 
camada drenante na base da pilha, algum tipo de drenagem interna, uma 
base estabilizada de rocha, bancadas que drenem de fora para dentro e 
para as laterais do depósito. 
 A construção de terraços também é reconhecida como uma prática viável 
para recuperação de áreas que sofreram mineração. (A formação de terra-
ços aumenta a estabilidade e favorece a recuperação. A largura dos terra-
ços varia de 3 a 15m, com uma média de 10m. A distância vertical varia de 
8 a 20m, deve-se evitar o alto grau de declividade entre os terraços). 
 Construir terraços ou banquetas com solo compactado e coberto com ve-
getação vigorosa ao pé das escavações da mineração. Estes terraços di-
minuirão a velocidade da enxurrada e receberão seus depósitos de sedi-
mentação antes que estes atinjam o curso de água. 
5.4.4. Manejos de Solo Orgânico 
 
O manejo do solo é o conjunto de todas as práticas aplicadas a um solo 
visando à produção agrícola. Inclui operações de cultivo, práticas culturais, prá-
ticas de correção e fertilização, entre outras. 
 A mineração de superfície exige a retirada da vegetação e da superfície 
do solo existente sobre o minério. Esta capa enriquecida com material orgânico 
é deslocada para qualquer posição, o que, muitas vezes, favorece sua perda. O 
manejo do solo e da matéria orgânica influencia tanto os rendimentos na produ-
ção agrícola como a qualidade ambiental. O ideal para armazenagem de solo 
 
 
 
27 
orgânico é removê-lo e armazená-lo misturado com a vegetação do mesmo lo-
cal, convertida mecanicamente em cobertura morta. O solo pode ser amontoado 
em camadas de terra de até 1,5 metros de altura e de 3 a 4m de largura, com 
qualquer comprimento. O solo armazenado deve ser protegido dos raios solares 
com cobertura de palha. Antes da reposição do solo orgânico que tinha sido ar-
mazenado, a superfície do depósito de estéril a ser recuperado deverá ser esca-
rificada em curvas de nível a uma profundidade de pelo menos 1 metro, para 
atenuar a compactação. Depois da aplicação do solo orgânico, a escavação de-
verá ser repetida. Para o cultivo de gramíneas, recomenda-se que esses solos 
sejam espalhados numa capa de 5 a 8 cm. Para plantio de árvores ou arbustos, 
a profundidade deve ser superior a 30 cm (Figura 5). 
 
Figura 5: Recolocação da camada orgânica sobre a área a revegetar (Fonte: Patrício, 2009). 
 
5.4.5 Preparações do Local Para Plantio 
 
É essencial que se conheçam as características químicas do material que 
será o meio de crescimento e o como isso afeta o crescimento das plantas. O 
fertilizante mais usado nas minas é o composto de nitrogênio-fósforo-potássio 
(NPK). Usa-se também uma rocha fosfática, especialmente no plantio de espé-
cies arbóreas. Este fertilizante tem uma solubilidade lenta, é usado para garantir 
um suplemento de fósforo a longo prazo. Outro corretivo agrícola utilizado em 
problemas edáficos provenientes de alta acidez é o calcário. O tratamento dos 
solos com cinzas industriais pode corrigir, pelo menos parcialmente, a acidez 
dos solos minerados. O uso de resíduos de esgoto sanitário, aplicação de cava-
cos de madeira dura, esterco, bagaço de cana, serragem e outros materiais tam-
bém são medidas potenciais para a redução da acidez do solo. 
 
 
 
28 
 Com a escarificação profunda, os corretivos deverão ser incorporados 
com o uso de máquinas que se movimentem ao longo das curvas de nível. A 
superfície final deverá ser áspera, tanto para interromper o escoamento das 
águas pluviais como para criar micro-habitat para germinação de sementes. Re-
comenda-se que toda gama de corretivos de solo seja investigada e aplicada em 
uma base quantitativa, de acordo com as necessidades pré-determinadas. Deve-
se dar maior ênfase ao uso de corretivos orgânicos, especialmente ao uso de 
produtos residuais orgânicos da vizinhança. Afinidades microbiológicas devem 
ser investigadas, começando com micorrizas e progredindo para a comunidade 
geral de decompositores. Deve-se dar maior ênfase à criação de diversidade 
dentro do habitat da recuperação. 
5.4.6. Seleções de Espécies de Plantas 
 
A escolha de espécies vegetais para utilização em recuperação de áreas 
degradadas deve ter como ponto de partida estudos da composição florística das 
matas remanescentes da região. A partir destes levantamentos, experimentos 
silviculturas devem ser montados procurando explorar a variação ambiental e 
níveis de tecnologia. Todavia, para se alcançar pleno êxito nesta tarefa, além do 
conhecimento das causas da degradação e formas de recuperação, é preciso, 
também, conhecer as necessidades sociais, econômicas e os aspectos culturais 
da comunidade da região local. Uma comunidade pobre, que dependa exclusi-
vamente do recurso natural como a vegetação para sua sobrevivência, deve uti-
lizá-lo de forma racional a fim de mantê-lo para as próximas gerações. Isto sé é 
necessário que se explore apenas o suficiente e que haja reposição do que foi 
retirado. A recuperação de solos degradados pode ser realizada por meio da 
cobertura que tenham facilidade de estabelecimento, rápido desenvolvimento de 
cobertura e que melhorem as condições físicas, biológicas do solo. Por outro 
lado, as espécies pioneiras e secundárias iniciais deverão ter prioridade na pri-
meira fase da seleção de espécies. Podem-se buscar três opções que poderão 
ser utilizadas isoladamente ou em conjunto: 
a) Utilização de espécies florestais paraaplicação no modelo de sucessão se-
cundária. 
 
 
 
29 
b) Espécies florestais para formação de povoamentos puros. 
c) Utilização de espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas. 
O ponto de maior importância a ser considerado com relação ao revesti-
mento vegetal de áreas mineradas é a sobrevivência das plantas nas condições 
extremamente adversas do local. A escolha da espécie deve considerar: valor 
econômico potencial da espécie; a influência da planta sobre a fertilidade do 
solo; a utilidade da planta como abrigo e alimento para fauna; e o efeito estético 
(Figura 6). 
 
Figura 6: Pilhas de estéril em fase de recuperação (Fonte: https://monografias.brasiles-
cola.uol.com.br/geografia/recuperacao-areas-degradadas-pela-mineracao.htm#indice_12). 
Espécies nativas devem ter preferência sobre as introduzidas. Estas em 
geral criam problemas em algum ponto do futuro, como, por exemplo, a suscep-
tibilidade a doenças ou a insetos, a exclusão de outra vegetação desejável, ini-
bição do ciclo de nutrientes, susceptibilidade ao fogo, exclusão da fauna, uso 
excessivo de água, interrupção e supressão de interação biológica, etc. 
 As espécies introduzidas podem contribuir mais significativamente na pro-
cura de objetivos em curto prazo. As gramíneas podem ser descritas como es-
pécies que apresentam crescimento rápido, baixa exigência em fertilidade, alta 
capacidade de perfilhamento e sistema radicular que proporciona melhor suporte 
mecânico para o solo, além do perfilhamento contribuir para a sustentabilidade 
 
 
 
30 
do sistema, por meio do fornecimento de matéria orgânica, devido à grande ca-
pacidade de produção de biomassa. Depende do objetivo da recuperação, se a 
produção de lenha é o objetivo a curto tempo, o eucalipto aparece insuperável 
em termos de produção. As espécies lenhosas usadas em recuperação são 
predominantemente árvores nativas. Estas são algumas das mais utilizadas: Mi-
mosa scabrella, Eucalyptus spp, Tabebuia spp, Inga spp, Pinus spp, Acacia spp, 
Parapiptadenia rigida, Peltophorum dubium, Leucaena leucocephala, Balfouro-
dendron riedelianum. Outras espécies utilizadas: Schinus terebinthifolius, Euge-
nia uniflora, Psidium catleianum, Vitex megapotamica, Luehea divaricata e Cu-
pania vernalis. Quase a totalidade das minas utiliza espécies de gramíneas in-
troduzidas, pois a falta de sementes, a ausência de conhecimento sobre ade-
quação das espécies e os problemas de germinação têm desencorajado o uso 
das gramíneas nativas e, consequentemente, promovido uma dependência de 
espécies introduzidas. 
 A fauna deve ser considerada quando se selecionam espécies de plantas 
para recuperação. A recuperação não deve somente empenhar-se em estabele-
cer o habitat faunístico, mas atrair a fauna para os locais recuperados, com o 
propósito de incrementar a diversidade de espécies de plantas conforme a ne-
cessidade local. 
5.4.7. Propagações de Espécies 
 
A propagação de espécies refere-se ao crescimento de espécies lenho-
sas em um viveiro para plantio posterior em áreas a serem recuperadas. A altura 
média das mudas deve ser de 50 cm. Plantam-se mudas maiores quando há 
competição grave de gramíneas ou quando pode haver danos por animais ou 
pelo próprio homem. A mistura mais usada nos viveiros para preencher os sa-
quinhos é a seguinte: solo vegetal enriquecido com material como esterco, hú-
mus de minhoca, serragem, vegetação, vegetação morta e uma camada de ter-
riço da floresta. Todos os viveiros aplicam nitrogênio, fósforo e potássio à mistura 
de solo e alguns adicionam uma mistura de micronutrientes. 
 
 
 
 
 
31 
5.4.8. Plantio 
 
Usa-se em recuperação duas técnicas básicas de cultivo: semeadura ou 
plantio de mudas. A escolha do método depende de fatores como a natureza da 
área a ser semeada, o tamanho e a capacidade germinativa das sementes e as 
características de propagação de espécies individuais. 
 A semeadura direta pode ser utilizada em situações onde não pode ocor-
rer a regeneração natural e nem o plantio de mudas, além de ser um método 
versátil e barato. Mas apesar das vantagens apresentadas, a técnica de semea-
dura direta apresenta em contrapartida uma germinação irregular e com predo-
minância de poucas espécies, sendo em muitas vezes necessário fazer uma re-
posição das sementes que não germinaram, para que se chegue ao resultado 
esperado. A semeadura pode ser feita a lanço ou por hidro-semeadura. Em vez 
de enterrar sementes em sulcos, a semeadura a lanço as deixa exposta na su-
perfície do local, exigindo a colocação de uma cobertura de solo (Figuras 7 e 8). 
 
Figura 7: Cobertura feita com hidro-semeadura (Fonte: https://monografias.brasiles-
cola.uol.com.br/geografia/recuperacao-areas-degradadas-pela-mineracao.htm#in-
dice_12). 
 
 
 
 
32 
 
 Figura 8: Cobertura colocada sobre o solo (Fonte: Geia Ambiental). 
A hidro-semeadura é uma técnica mecanizada, semelhante à semeadura 
a lanço. O aparelho utilizado consta de um tanque, de uma bomba, de agulheta 
e motor. A mistura de sementes, água e fertilizantes pode ser lançada a uma 
distância de 60 metros. As vantagens da hidro-semeadura são: capacidade de 
cobrir áreas inacessíveis (declives íngremes, por exemplo), rapidez e economia. 
Outros cuidados que devem ser tomados no processo de semeadura direta con-
sistem na escolha de espécies vegetais que possuam maior resistência e que 
possuam fácil germinação. Em geral, é melhor plantar as gramíneas um pouco 
antes da época chuvosa, quando se pode contar com a precipitação. Uma co-
bertura de gramíneas pode também ser obtida por meios vegetativos, usando 
placas de grama ou estolões. Mas são medidas extremamente onerosas. 
 O plantio de mudas envolve em primeiro lugar a escavação de uma cova, 
o espaçamento médio deve ser de aproximadamente 4 x 4 metros. O espaça-
mento depende das espécies selecionadas e do uso futuro escolhido do solo. As 
plantações de eucalipto têm espaçamento mais fechado, enquanto as árvores 
nativas têm espaçamento mais amplo. A prática do plantio de árvores juntamente 
com gramíneas é recomendada, uma vez que as gramíneas asseguram uma 
boa proteção do solo, enquanto as árvores estão crescendo. Uma das vantagens 
de se adotar o método de plantio direto de mudas é que logo após o desenvolvi-
mento das espécies pioneiras o solo desenvolverá camadas de serapilheira e 
húmus, o que atrairá animais dispersores de sementes, como aves e roedores, 
 
 
 
33 
que acelerarão o processo de sucessão vegetal e a completa recuperação da 
área degradada após alguns anos. 
 
6 Monitoramento de Áreas em Processo de Recupera-
ção 
 
Monitoramento ambiental é o processo de observação e de coleta de da-
dos e, o acompanhamento contínuo e sistemático de variáveis ambientais, soci-
ais, econômicas e institucionais em que se objetiva identificar qualitativa e quan-
titativamente as condições dos recursos naturais pontualmente. Assim como 
também a variação destes recursos ao longo do tempo resultante da implemen-
tação dos processos de remediação. 
Os indicadores físicos e químicos são muito importantes no monitora-
mento avaliação do meio aquático. Entre os indicadores físico-químico de quali-
dade da água, estão temperatura, transparência, turbidez, pH, oxigênio dissol-
vido, demanda bioquímica de oxigênio, alcalinidade/acidez, dureza, nutrientes 
entre outros. Na água, os indicadores e parâmetros do meio bióticos da água 
incluí a densidade relativa das comunidades zooplanctônica e bentônica existen-
tes no lago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
7 Considerações finais 
 
A Recuperação de áreas degradadas pela mineração é um ramo que tem 
evoluído ao longo das últimas décadas, passando do objetivo de restabelecer as 
condições originais do sítio, para a busca de situações em que os impactos am-
bientais sejam efetivamente corrigidos e que a estabilidade e a sustentabilidade 
doambiente sejam asseguradas. Assim, a recuperação de áreas degradadas 
por mineração pode ser considerada como um processo que visa a estabilidade 
em relação ao meio ambiente e a progressiva instalação de um uso do solo pla-
nejado, em conformidade com as condições ambientais e culturais da circunvizi-
nhança e, ainda, produtiva, gerenciável e potencialmente sustentável. 
 As características e seu relacionamento com o meio ambiente conferem 
à exploração mineral um tratamento específico dado pela Constituição Federal, 
que ao estabelecer o dever de recuperar a área degradada, reconhece a impor-
tância da atividade e a necessidade de intervenção no ambiente para a viabili-
zação da extração mineral. A Constituição, neste cenário e em seus dispositivos, 
permite a integração entre o exercício das atividades econômicas com a prote-
ção do meio ambiente, unindo-as pelo elo comum da finalidade de melhoria da 
qualidade de vida, pois tanto a mineração, quanto a conservação ambiental, con-
vergem seus objetivos para a satisfação e bem-estar da sociedade, sendo extre-
mamente necessário alcançar-se mecanismos que permitam a harmonia e equi-
líbrio entre ambos. Geralmente, as atividades antrópicas no meio ambiente, 
como na mineração, envolvem uma série de aspectos, tanto negativos (conside-
rando os impactos ambientais) quanto positivos (considerando os aspectos so-
ciais e econômicos envolvidos). Qualquer atividade de produção gera emprego, 
renda e benefícios sociais. Esses vários aspectos devem ser levados em conta 
ao se estudar e avaliar os efeitos das ações de um projeto. 
 O PRAD, como instrumento de gestão ambiental essencial, deve ser re-
alizado por toda empresa de mineração ou por empresas que exercem ativida-
des que degradam a natureza. A empresa precisa contar, além deste plano, com 
uma equipe multidisciplinar composta de Engenheiros Agrônomos, Biólogos, 
Engenheiros Ambientais, Engenheiros Civis, Técnicos Agrícolas altamente ca-
pacitadas para execução de programas voltados à recuperação o ambiental. 
http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-sobre-codigo-florestal-e-cadastro-ambiental-rural-car/
 
 
 
35 
Cabe às operações de recuperação, oferecer uma nova modalidade de uso para 
a área lavrada, respeitando os aspectos socioambientais que a circundam, ge-
rando a estabilidade necessária para a devolução desta região para a sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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