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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS RECOMENDAÇÕES DE PROCEDIMENTOS SANITÁRIOS PARA A OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO NA NATUREZA 01 Versão 2.1 | Agosto, 2020 Foto: Ion David FICHA TÉCNICA: DIRETORIA: Teriana G. Selbach Presidente Vinicius Viegas Vice-presidente Luiz Del Vigna Diretor Executivo Pollyana Pugas Diretora Técnica Tiago Correa Diretor de Qualificação e Sustentabilidade Fernando Angeoletto Diretor de Comunicação Vinícius Martins Diretor de Mercados Marcos Dias Soares Diretor de Relações Institucionais CONSELHEIROS: Adriana Schmit-PE Bruno Borges-PA Eduardo Coelho-MS Guilherme dos Santos-SC Jaime Prado- PE Jaqueline Franco-SP Lisa Canavarros-MT Marina Marchezini-GO Paulin Antar Talaska-SP Thaynara Siqueira-MG Vanessa Almeida-BA EQUIPE EXECUTIVA: Andreia Moraes Thais Mota CONTEUDISTA E CONSULTORA: Dartilene de Souza e Silva 8 Vias Consultoria COORDENAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO: Dartilene de Souza e Silva 8 Vias Consultoria Pollyana Pugas Vonát Consultoria & Treinamento ABETA COLABORAÇÃO E REVISÃO: Leonardo de Moura Persi MANUAL DE BOAS PRÁTICAS RECOMENDAÇÕES DE PROCEDIMENTOS SANITÁRIOS PARA A OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO NA NATUREZA COLABORADORES: Adriana Vieira de Miranda (ICMBio/CMA) Anna Monforte (Raizeira Ecoturismo e Aventura) Anderson Florêncio (Polo Socioambiental Sesc Pantanal) Antônio Covolan (Território Brasil) Bruno Borges (Amazônia Aventura) Bruno Leite Miranda (Parque Ecológico Rio Formoso) Carolina Chagas (Daventura) Carolina Prudencio Coelho (Fazenda San Francisco AGroecoturismo) Cristian Krumen (Brasil Raft Park) Daniel Madureira (Território Brasil) Daniel Tardelli (Terra Nativa) Eduardo Franco (Minas Nature Tours) Edgardo de Lima Pelaez (Rota Sul Adventure) Édrei Ascencio (Canoe Brasil) Edson Moroni (Manakin Nature Tours) Evandro Kanda (Terra Nativa) Evandro Schutz (Atitude Ecologia e Turismo) Felipe Buloto (Natura Ecoturismo) Felipe Machado Felipe Uzzacki (Rota da Baleia Franca) Fernando Angeoletto (Caminhos do Sertão) Fernando Figueiredo (FATEC - Jahú/SP) Fernando García Sanchez (Terra Nativa Ecoturismo) Fred Crema (Maritaca Expedtion) Gilliane Herculano Dall Orto (AVES - Aventureiros do ES, Voando Alto) Ion David (Travessia Ecoturismo) Instituto O canal Julio César Meyer (Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso) MANUAL DE BOAS PRÁTICAS RECOMENDAÇÕES DE PROCEDIMENTOS SANITÁRIOS PARA A OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO NA NATUREZA Julio Jomertz (Rede Brasileira de Trilhas) José Eduardo Moraes (Campo dos Sonhos) Katiely França (Ecobocaina) Laila Blanch Galetti (Mantra Adventure) Luiz Gadetto (Vara Mato) Maria Antonietta Castro Pivatto (Consultora em Turismo de Observação de Aves) Marcelo Pontes (Ravenala Viagens) Marina Marchezini (Raizeira Ecoturismo e Aventura) Mauro Goulart (Fazenda Casimiro de Abreu Trilhas Equestres) Massimo Desiati (Quatro Elementos) Michel Russi (Aicá Diving) Pedro Lacaz (Gear Tips) Pollyana Pugas (Vonát Consultoria) Ralph Reis (Roncador Expedições) Ricardo Roitburd (SENAC/SP) Richard Eilers Smith (Rede Brasileira de Trilhas) Rodrigo Pereira (Paraty Explorer) Roséli Azi Nascimento (Empresa Entre Rios Consultoria e Eventos) Sergio Cipolotti (Instituto Baleia Jubarte) Simone Scorsato (BLTA) Stelzimar Magesck Serra - (AVES - Aventureiros do ES, Voando Alto) Sven Janssen (Apoema Turismo de Aventura) Teriana G. Selbach (Raft Adventure Park) Thaynara Baumgartner (Mantiqueira Ecoturismo) Thiago Ferrari (Projeto Amigos da Jubarte) Vanessa Leite Miranda (Parque Ecológico Rio Formoso) Vinicius Viegas (Nattrip) Vinícius Martins (MSV Adventure) APRESENTAÇÃO Num evento que certamente marcará essa e as próximas gerações, fomos confrontados, repentinamente, com a avassaladora propagação de uma pandemia que colocou em xeque toda a ordem global. Em pouco tempo, a circulação e o contato entre as pessoas, características básicas tanto do convívio humano quanto da produção de bens e serviços, tornaram-se dramaticamente restritas por um tempo indeterminado, dado o desconhecimento pela ciência até então de vacinas e remédios para o controle da doença Covid-19. Como é possível de se supor, a atividade turística foi uma das mais impactadas pela pandemia. De guias de turismo a pequenos receptivos, de grandes agências e hotéis a operadores aéreos, toda esta cadeia econômica sofreu os efeitos da paralisação das viagens e viu-se diante de enormes obstáculos para retomada da confiança do público e retorno de suas atividades. Levando em conta a persistência do inimigo invisível que nutre-se do contato humano, é unânime a compreensão de que nossa normalidade não será como antes, e o enfrentamento deste desafio só será possível com base na criatividade, cooperação e resiliência. Desde as primeiras semanas de isolamento social no Brasil, a ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura) tem se empenhado em compreender a realidade do segmento diante deste desafio, estimulando e buscando soluções comuns. Em sintonia com os novos tempos, passamos a produzir semanalmente um encontro virtual com o objetivo de acolher, congregar e inspirar nossos associados e sociedade em geral, mantendo a coesão para que todos cheguem juntos e fortes à outra margem. A partir destes encontros, foram instituídos alguns Grupos de Trabalho (GTs) para discussões e encaminhamentos de ações para o enfrentamento da crise. Como resultado destes GT’s e do empenho qualificado de muitos profissionais envolvidos, surgiu a construção deste primeiro “Manual de Boas Práticas Sanitárias” para controle da contaminação pelo coronavírus nas operações turísticas e atividades de turismo de natureza. Acreditamos que a retomada segura de todas as atividades econômicas só será viável com a adesão de boas práticas adequadas a cada setor. Logo, por entendermos que não somos uma entidade especialista nas temáticas da área da saúde, se faz importante esclarecer que todas as considerações que serão apresentadas aqui são resultados de nossas pesquisas junto as principais entidades sanitárias que vem tratando do tema da Covid-19 no Brasil (OMS, Vigilância Sanitária, ANVISA, etc.) além da consulta a diversos protocolos sanitários já adotados por outros países. Sem deixar de considerar também o olhar profissional de quem está na ponta da linha das atividades de turismo de natureza, sempre avaliando e questionando a viabilidade quanto a aplicação das recomendações aqui em questão. Por tratar-se de uma questão de gestão da segurança, podemos concluir que a ABETA já parte com vantagem considerável, uma vez que esta temática é central para a associação desde os seus primórdios, tendo participação ativa na construção de Normas Técnicas que regem as operações turísticas na natureza. Se a gestão de riscos é inerente à qualquer atividade na natureza, mantemos firme nosso propósito de balizar os operadores e gerar confiança aos consumidores, aprofundando os quesitos relacionados à segurança sanitária que ora se impõem. Teriana Selbach - Presidente ABETA MANUAL DE BOAS PRÁTICAS RECOMENDAÇÕES DE PROCEDIMENTOS SANITÁRIOS PARA A OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO NA NATUREZA 01 05 08 13 18 22 25 INTRODUÇÃO 3. MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO DE AMBIENTES Higienização de equipamentos, objetos, roupas, veículos e resíduos. 5. MEDIDAS DE HIGIENE PESSOAL PARA COLABORADORES 6. TREINAMENTO DA EQUIPE ANEXOS e REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. REVISÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA DE TURISMO DE AVENTURA 4. CUIDADO NA PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES 7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO 8. MEDIDAS DE MONITORAMENTO 9. OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO DE NATUREZA 9.1 Cicloturismo; 9.2 Atividades aquáticas; 9.3 Caminhada e caminhada de longo curso; 9.4 Turismo equestre; 9.5 Observação da vida silvestre; 9.6 Técnicas Verticais 9.7 Transporte e turismo em veículos motorizados 28 33 36 101 2. MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO FÍSICO E PREVENÇÃO DE CONTÁGIO INTRODUÇÃO Foto:Fernando Angeoletto 01 A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Altamente contagiosa, provoca uma síndromerespiratória aguda e é transmitida por secreções das vias respiratórias (gotículas de saliva) de uma pessoa infectada (com ou sem sintomas) e atingem as mucosas (olhos, nariz e boca) de outros indivíduos. Pode ocorrer também pelo contato das mãos com superfícies contaminadas que em seguida tocam os olhos, nariz ou boca. Para infecções confirmadas pela COVID-19 há relatos de pessoas sem nenhum sintoma, com sintomas leves e outras com sintomas muito graves, chegando ao óbito, em algumas situações. Os sintomas mais comuns dessas infecções podem incluir manifestações respiratórias (tosse, espirro, coriza, dor de garganta, dificuldade para respirar, entre outros) e febre acima de 38º (a febre pode não estar presente em alguns pacientes, como crianças, idosos, imunossuprimidos ou que tomam medicamentos para diminuir a febre). Os sintomas da COVID-19 podem aparecer de 2 até 14 dias após a exposição do vírus (em média de 5 a 6 dias). Essa doença ainda não tem tratamento nem vacina e a melhor maneira de preveni-la é adotando medidas para impedir a propagação do vírus. A Portaria Conjunta nº 20, de 18 de junho de 2020 que versa sobre as “medidas necessárias a serem observadas pelas organizações visando à prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19 em ambientes de trabalho, de forma a preservar a segurança e a saúde dos colaboradores, os empregos e a atividade econômica”, determina a empresa a: - Estabelecer e divulgar orientações ou protocolos com a indicação das medidas necessárias para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19 nos ambientes de trabalho. As orientações ou protocolos devem estar disponíveis INTRODUÇÃO 02 Foto:Acervo ABETA A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 medidas de prevenção nos ambientes de trabalho, nas áreas comuns da organização, a exemplo de refeitórios, banheiros, vestiários, áreas de descanso e no transporte de colaboradores, quando fornecido pela organização; ações para identificação precoce e afastamento dos colaboradores com sinais e sintomas compatíveis com a COVID-19; procedimentos para que os colaboradores possam reportar à organização, inclusive de forma remota, sinais ou sintomas compatíveis com a COVID-19 ou contato com caso confirmado da COVID-19; e instruções sobre higiene das mãos e etiqueta respiratória. para os colaboradores e suas representações, quando solicitado, - As orientações ou protocolos devem incluir: Essas instruções normativas são parte do documento acima referido e indica-se a consulta do mesmo (consultar referências bibliográficas) para que sejam seguidas todas as exigências. Diante desse quadro, as empresas, os estabelecimentos comerciais e de serviços em todo território nacional necessitam reforçar os procedimentos de higienização, bem como garantir as condutas adequadas de higiene pessoal e saúde dos colaboradores, além de estabelecer medidas de atendimento aos participantes (clientes) focadas na minimização do risco de contágio pela COVID-19, buscando sustentabilidade financeira da empresa, os cuidados com o meio ambiente e com as comunidades locais dos destinos de turismo de natureza. 03 INTRODUÇÃO Foto:AiON dAVID A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 Este Manual apresenta recomendações sanitárias para as empresas de turismo de natureza, visando atender as novas necessidades de se adotar medidas de distanciamento físico, sanitização de ambientes, equipamentos, objetos e roupas, cuidados na preparação de refeições, destinação de resíduos, medidas de higiene pessoal dos trabalhadores, treinamento da equipe, comunicação (com clientes, colaboradores e comunidade local) e monitoramento. Os procedimentos sugeridos neste documento se baseiam em protocolos da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde, OMS - Organização Mundial da Saúde, Fiocruz - Fundação Oswaldo Cruz, dentre outras referências internacionais e nacionais, sendo que ainda é necessário o acompanhamento das normativas Federais, Estaduais e Municipais sobre as exigências relacionadas à COVID-19 aplicáveis ao seu negócio. Ressalta-se que as medidas recomendadas nesse documento são orientativas, com exceção daquelas exigidas por lei e que cada empresa tem a liberdade para seguir aquelas aplicáveis à sua operação, de acordo com suas necessidades e viabilidade. Além disso, é fundamental que as empresas do segmento de Ecoturismo e Turismo de Aventura façam revisão do seu sistema de gestão da segurança (SGS), no intuito de incluir o risco biológico da COVID- 19. 04 INTRODUÇÃO Foto: Acervo ABETA A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 REVISÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA DE TURISMO DE AVENTURA 05 Foto: Ion David 1. REVISÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA DE TURISMO DE AVENTURA A Lei Geral do Turismo – nº 11.771 de 17 de setembro de 2008, regulamentada pelo Decreto nº 7381, de 02 de dezembro de 2010, no Artigo 34, exige que as agências de turismo que comercializam serviços turísticos de aventura a “dispor de sistema de gestão de segurança implementado, conforme normas técnicas oficiais, adotadas em âmbito nacional”, no caso, a ABNT NBR ISO 21101 – Turismo de Aventura – Sistemas de Gestão de Segurança – Requisitos. Essa norma “estabelece requisitos mínimos para um sistema de gestão da segurança para prestadores de serviço das atividades de turismo de aventura especificando como a organização gerencia suas operações em termos de segurança”, a partir de um processo de gerenciamento de riscos. Dentro desse contexto, a empresa deve incluir o risco biológico da COVID-19 na sua avaliação de riscos, implantar procedimentos para a mitigação do contágio, capacitar a equipe e comunicar os participantes em relação às novas práticas adotadas por meio, por exemplo, do termo de conhecimento de riscos e corresponsabilidade. O termo de conhecimento de riscos e corresponsabilidade é um documento adotado em grande parte das organizações para atender aos requisitos da norma ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de Aventura – Informações para Participantes que “especifica as informações mínimas a serem comunicadas aos participantes e aos potenciais participantes antes, durante e após as atividades para assegurar a segurança”. A disponibilidade das informações assegura que os participantes entendam os riscos, estejam preparados para contribuir na mitigação dos danos e a efetuarem escolhas conscientes. Com o evento da pandemia pela COVID-19 é importante ressaltar no Termo de Conhecimento de Riscos e Corresponsabilidade as características de cada atividade, acrescentar informações sobre sintomas da COVID-19 (como por exemplo, coriza, tosse, febre, falta de ar, doenças pré- existentes), informar sobre as novas práticas sanitárias adotadas na empresa, esclarecer o que deve ser providenciado pelo participante durante a atividade (como por exemplo, máscaras faciais, copo/garrafa de água individual, álcool gel 70%), priorizar o distanciamento físico conforme orientação da equipe, evitar aglomerações, não compartilhar objetos e equipamentos, cancelar previamente a reserva caso sinta algum sintoma da COVID-19 e informar a empresa caso apresente sintomas ou seja diagnosticado com COVID-19 nos 14 dias seguintes da prática da atividade no destino turístico. 06 1. REVISÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA DE TURISMO DE AVENTURA A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C OT U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 Outro fator importante a ser considerado no sistema de gestão da segurança da empresa é o treinamento da equipe a respeito da COVID-19 e dos novos procedimentos sanitários adotados para a mitigação do risco de contágio. Recomenda-se fornecer capacitação para todos os colaboradores (próprios ou terceirizados) para a prevenção da transmissão da doença e sobre o uso correto e seguro dos EPIs (equipamentos de proteção individual), segundo orientação da Anvisa. Orientá-los sobre as medidas de precaução adotados na organização, como: usar EPIs (incluindo máscara facial); evitar usar acessórios (brincos, relógios, pulseiras, anéis, entre outros); cumprimentar a distância; procedimentos da etiqueta respiratória, lavar as mãos com água e sabão e/ou higienizar com álcool gel 70% constantemente; respeitar o distanciamento físico entre as pessoas (clientes e colaboradores); não tocar as mãos no rosto (olhos, nariz e boca); não compartilhar equipamentos, nem objetos pessoais ou do ambiente de trabalho. Para a implementação da ABNT NBR ISO 21101 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão da Segurança – Requisitos, utilize como apoio o Guia de Implementação da Norma Técnica ABNT NBR ISO 21101 (acesso gratuito), documento da ABNT e Sebrae. 07 1. REVISÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA DE TURISMO DE AVENTURA A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO FÍSICO E PREVENÇÃO DE CONTÁGIO 08 Foto:Acervo ABETA 2. MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO FÍSICO E PREVENÇÃO DE CONTÁGIO O vírus da COVID-19 tem como principal agente transmissor a pessoa, mas se mantém ativo em materiais e superfícies por horas ou dias (se não for realizada a limpeza). Por isso, os procedimentos de distanciamento físico e higiene pessoal, assim como a limpeza das diversas superfícies são tão importantes. Portanto, seguem recomendações para manter o distanciamento físico e prevenir o risco de contágio da COVID-19 durante a prática de atividades de turismo na natureza. 2.1 Solicitar o uso de máscara facial por todos os colaboradores e participantes (uso obrigatório de acordo com as exigências dos órgãos oficiais e de saúde). NOTA 1: O uso de máscaras pela população é um método de barreira importante quando combinado aos demais cuidados de higiene já preconizados. As pessoas que usarem máscaras devem seguir as boas práticas de uso, remoção e descarte, assim como higienizar adequadamente as mãos antes e após a remoção. NOTA 2: o uso de máscara não diminui a necessidade do distanciamento f ís ico. 2.2 Prover condições para higiene das mãos, providenciando um lavatór io/pia com dispensador de sabonete l íquido, suporte para papel toalha, papel toalha, l ixe ira com tampa e acionamento por pedal , sem contato manual . 2. MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO FÍSICO E PREVENÇÃO DE CONTÁGIO 09 Foto: Teriana G. Selbach A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 2.3 Disponibilizar dispensadores com álcool gel 70% para a higiene das mãos em pontos estratégicos como na entrada do estabelecimento, nos corredores, nas portas de elevadores, balcões e mesas de atendimento, para uso de todo fluxo de pessoas inerente a estas áreas 2.4 Informar as pessoas sobre o procedimento de higienização das mãos com álcool gel 70% (ou preparações antissépticas ou sanitizantes de efeito similar), colocadas em dispensadores e disponibilizadas às pessoas. Estimular que, ao adentrarem ou saírem do estabelecimento, as pessoas higienizem as mãos frequentemente, principalmente após contato com materiais, superfícies, equipamentos, pessoas e secreções respiratórias. 2.5 Colaboradores 2.5.1 Adequar as bases operacionais (espaços comuns), naturais e/ou construídas (escritório, sede, recepção), além dos locais de execução da atividade, às determinações de distanciamento físico mínimo necessário. 2.5.2 Alterar a frequência e a forma de contato entre os colaboradores (e entre estes e os participantes), evitando o contato físico nos postos de trabalho compartilhado e reuniões presenciais (alterar para remoto/online, quando possível). 2.5.3 Adequar as equipes de trabalho da linha de atendimento ao participante às recomendações da OMS, quais sejam: distanciamento físico para caso(s) de recepção, briefing (alinhamento de procedimento), boas vindas, etc., equipados com máscara individual e/ou protetor facial (face shield) que cubra a frente e os lados do rosto. 10 2. MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO FÍSICO E PREVENÇÃO DE CONTÁGIO Foto: Dallonder A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 NOTA 1: No caso de fornecimento de uso de máscara descartável, observar o descarte apropriado (ver item 4.5 Destinação dos Resíduos). NOTA 2: Orientar os colaboradores a levarem garrafas/copos reutilizáveis para água. Evitar o uso de copos e outros utensílios descartáveis. 2.5.4 Manter os ambientes ventilados (preferencialmente com ventilação natural - janelas abertas) para aumentar a troca de ar. 2.5.5 Evitar objetos decorativos e a disponibilização de folders, revistas e jornais no ambiente de recepção ou demais áreas afins e priorizar versões eletrônicas, evitando manuseio. 2.5.6 Substituir o uso de papel nas transações comerciais por tickets/vouchers e pagamentos eletrônicos (preferência pré-pago, pela internet, mobile pay). 2.5.7 Afastar o colaborador no caso de qualquer suspeita ou confirmação de COVID-19. Para os colaboradores que forem do grupo de risco, recomenda-se que sejam remanejados para atividades que não tenham contato com outros colegas ou clientes. 2.5.8 Definir um responsável devidamente capacitado quanto aos procedimentos internos em caso de suspeita de infecção da COVID-19 (acompanhar a pessoa com sintomas a um espaço de isolamento, prestar-lhe a assistência necessária e contatar o serviço de saúde oficial). 2.6 Participantes 2.6.1 Definir número proporcional de participantes de acordo com a disponibilidade de atendentes ao ingressar na empresa por meio de sinalização, evitando aglomerações em seu interior, respeitando a capacidade do espaço e garantido o distanciamento físico entre todos. 2.6.2 Manter distanciamento entre as pessoas para controle da movimentação, evitando-se o tráfego indesejado e o cruzamento desnecessário entre todos. 11 2. MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO FÍSICO E PREVENÇÃO DE CONTÁGIO A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 avaliar previamente o impacto/risco em relação às visitas durante a pandemia; realizar as visitas em comum acordo, quando a comunidade estiver preparada para receber visitantes; intensificar os cuidados e fornecer informação à comunidade e visitantes; fornecer máscaras para os moradores locais; usar proteção facial e respeitar o distanciamento físico; orientar os clientes quanto à higienização das mãos e ao comportamento durante a visita. 2.6.3 Caso identificar um participante com algum sintoma de tosse, dor de garganta ou desconforto respiratório, orientar para retornar imediatamente para casa. Recomenda-se, quando possível, em caso de medição de temperatura corporal, a utilização somente de termômetros de infravermelho (ver ANEXO 1).2.6.4 O uso dos recursos hídricos com contato primário para recreação em água (poços de rios, cachoeiras, lagos, entre outros) deve ser feito com a máxima cautela, pois estudos identificaram o vírus causador da COVID-19 em águas residuárias (esgotos) e recursos hídricos contaminados por esgotos, mas não há, até o momento, nenhuma evidência científica de pacientes contaminados por vetores hídricos. NOTA: Considerar a possibilidade de realizar análise(s) da qualidade da água de recursos hídricos (rios, lagos, barragens e similares) utilizados para ingestão ou recreação de contato primário e/ou mapeamento de rios com potencial contaminação por esgotos domésticos ao longo do percurso planejado e evitar o contato direto com tais pontos de recursos hídricos. 2.7 Comunidades Quando na operação das atividades de ecoturismo e turismo de aventura houver visita a alguma comunidade, recomenda-se: 12 2. MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO FÍSICO E PREVENÇÃO DE CONTÁGIO A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO DE AMBIENTES 13 Foto:Acervo ABETA 3. MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO DE AMBIENTES Estudos apontam que os coronavírus (incluindo informações preliminares sobre o SARS-CoV-2) podem resistir nas superfícies por algumas horas ou até vários dias, podendo variar conforme diferentes condições (como por exemplo, tipo de superfície, temperatura ou umidade do ambiente). Apesar de não se ter exatidão quanto ao período em que esse vírus permanece ativo, tem-se o abaixo alguns apontamentos (Quadro 1): Quadro 1 - Período de contaminação. (Fonte: Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade de São Paulo (USP); Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático – SOBRASA; Sanarmed) As superfícies carreiam um risco mínimo de transmissão direta de infecção, mas podem contribuir para a contaminação cruzada secundária, por meio das mãos dos profissionais e de instrumentos ou produtos que poderão ser contaminados ao entrar em contato com essas superfícies e posteriormente, contaminar pessoas ou outras superfícies. A prol i feração do v írus nos ambientes pode estar relacionada ao uso de técnicas incorretas de l impeza, de desinfecção de superf íc ies e de manejo inadequado dos resíduos. As superf íc ies apenas l impas reduzem em 80% o número de microrganismos, enquanto as superf íc ies que foram l impas e desinfetadas conseguem reduzir em cerca de 99%. 3. MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO DE AMBIENTES 14 Foto: Rede dos Sonhos A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 Dessa forma recomenda-se: 3.1 Limpar superfícies com água e sabão (qualquer sabão de uso comum, como detergentes, preferencialmente biodegradáveis) ou álcool a 70% ou hipoclorito a 0,1%. NOTA: Deve-se tomar cuidado com aspersão de hipoclorito, que é tóxico para mucosas, inclusive do trato respiratório. 3.2 É recomendado que a desinfecção das superfícies dos ambientes seja realizada após a sua limpeza. Sabe-se que os vírus são inativados pelo álcool a 70% ou pelo cloro. Portanto, preconiza-se a limpeza das superfícies com detergente neutro (preferencialmente biodegradável) seguida da desinfecção com uma solução desinfetante regularizada junto à Anvisa (consultar ANEXO 6). 3.3 Recomenda-se ampliar a frequência de limpeza de acordo com o fluxo de pessoas com álcool 70% ou outro desinfetante padronizado pelo serviço de saúde, principalmente das superfícies mais tocadas como bancadas, teclados de computador, telefones, canetas, pias, torneiras, espelhos, vasos sanitários, maçanetas, corrimãos, cadeiras, mesas, utensílios, equipamentos, interruptores de luz, superfícies dos banheiros e vestiários, entre outros. 3.4 Durante os procedimentos de limpeza, evitar atividades que favoreçam o levantamento das partículas em suspensão, como o uso de sopradores, aspiradores de pó ou vaporizadores. Não realizar a varredura seca. Manter as superfícies (mobiliários em geral, pisos, paredes e equipamentos, dentre outras) limpas e secas; remover rapidamente matéria orgânica das superfícies. 15 3. MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO DE AMBIENTES Foto: Rede dos Sonhos A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 3.5 Reforçar a limpeza e desinfecção dos ambientes sempre que houver pessoas suspeitas de infecção da COVID-19, principalmente nas superfícies frequentemente manuseadas e mais utilizadas por elas. 3.6 Higienização de equipamentos, objetos e roupas A higienização de equipamentos, objetos e roupas carece de muita atenção na operação das atividades de turismo de natureza. Recomenda-se a indicação de um(a) responsável para essas tarefas que seja capacitado(a) para a função, já que todo equipamento tem suas especificidades em relação ao material utilizado e o produto que pode ser aplicado para evitar danos. Uma vez nomeada a pessoa responsável pela higienização dos equipamentos, recomenda-se: 3.6.1 Utilizar EPIs apropriados como forma de barreira contra a contaminação do trabalhador (por exemplo, luvas de látex, viseira, máscara, avental, touca, botas) NOTA: são recomendadas as luvas de borracha, reutilizáveis e de cano longo. Não é recomendado o uso de luvas de látex, devido a sua fragilidade. 3.6.2 Avaliar a melhor forma de fazer a limpeza dos diversos equipamentos de acordo com as especificidades do fabricante e tipo de material. (consultar ANEXO 6). NOTA: a título de eliminação da COVID-19, o procedimento de lavagem com sabão/detergente (preferencialmente biodegradável) por 20 segundos é suficiente. Para desinfecção complementar, recomenda-se consultar o documento da Anvisa - Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. 16 3. MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO DE AMBIENTES Foto: Raizeira Ecoturismo Foto: Rede dos Sonhos A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 3.6.3 Separar os equipamentos para a lavagem em recipientes específicos que permitam vedação. Esse armazenamento pode ser feito em sacos plásticos, sacos estanques, tambores, caixas plásticas, devidamente sinalizados e que deverão ser lavados também. 3.6.4 Armazenar e/ou estocar os equipamentos em local limpo, livre de umidade e, de preferência, arejado. 3.6.5 Garantir que os equipamentos e objetos sejam manuseados somente quando necessário e com prévia higienização das mãos. NOTA: a frequente higienização das mãos pelo pessoal que manuseia os equipamentos é essencial para a prevenção do contágio da COVID-19. 3.6.6 Os equipamentos (coletes, capacetes, cordas, entre outros) podem ser reutilizados mesmo que estejam molhados, desde que tenham sido higienizados. 3.6.7 Recomenda-se que a entrega de equipamentos seja feita em kits individuais para cada cliente, embalados individualmente e devidamente higienizados. NOTA: Vantagens de embalar o equipamento: maior segurança e credibilidade ao serviço que está sendo prestado, com a validação de que está limpo; redução de risco de contaminação; maior facilidade no controle do equipamento. 3.6.8 É de responsabilidade dos colaboradores a lavagem diária dos uniformes após o uso. Os EPIs podem ser lavados com água e sabão e/ou desinfetados. 3.6.9 Limpar e desinfetar as superfícies internas do veículo após a realização do transporte, em especial a higienização de: maçanetas, cintos de segurança e bancos. 17 3. MEDIDAS DESANITIZAÇÃO DE AMBIENTES A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 CUIDADO NA PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES 18 Utilizem máscaras de proteção individual limpa ou nova (que não seja a mesma utilizada durante a operação, no caso de líder ou auxiliar apoiando nesta manipulação de alimentos); Mantenham o distanciamento entre os colegas de trabalho e os Mantenham as unhas curtas e sem esmaltes; Estejam com as mãos higienizadas e sem adornos (anéis, aliança, relógio, piercings), pois acumulam sujeiras e microrganismos; Não conversem, espirrem, tussam, cantem ou assoviem em cima dos alimentos, superfícies ou utensílios; Não sejam compartilhados utensílios de cozinha e alimentação. 4. CUIDADOS NA PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES Em algumas operações de turismo de aventura, o serviço de alimentação é necessário, sendo, muitas vezes, a refeição preparada pela própria equipe de operação. Em tempos de pandemia, recomenda-se a suspensão desse tipo de serviço quando possível, orientando os clientes que levem seu próprio alimento e recipiente de água individual. 4.1 No caso de oferta aos participantes de alimentos e bebidas que sejam eventualmente manipulados pela equipe da operação, recomenda-se que sejam seguidas as orientações exigidas pelos órgãos de controle e legislações vigentes, como a Resolução Federal RDC 216/2004 e a Nota Técnica NT 23/2020, da ANVISA e/ou de acordo com as normas do município (se aplicável) que adicionalmente: participantes; NOTA: a recomendação vale para o momento do preparo e na hora de servir. 19 4. CUIDADO NA PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES Foto: Thalita Selbach A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 20 4. CUIDADO NA PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES Foto: Ion David dimensionar as pessoas por intervalo de tempos evitando, assim, aglomerações; orientar os participantes a somente se aproximarem da mesa com máscara limpa (ou nova) e com as mãos previamente higienizadas; manter o distanciamento durante o período de alimentação. 4.2 No transporte dos alimentos durante o percurso, recomenda-se que sejam gerados procedimentos de proteção e higienização das embalagens dos alimentos compartilhados nas mochilas dos participantes. NOTA: para lanches de trilha, distribuir kits individuais com todas as embalagens, demais alimentos e utensílios utilizados, todos previamente higienizados. 4.3 No momento de se servir, recomenda-se: 4.4 Para a ingestão de água de recursos hídricos recomenda-se o uso de produtos para a desinfecção da água para o consumo humano (como por exemplo, hipoclorito de sódio a 2,5%, cloreto de sódio 1,0%, água deionizada q. s. p. 100%). NOTA: Recomenda-se que ao reabastecer as garrafas de água, realizar uma higienização destas e/ou utilizar um único recipiente para o uso pessoal e outro para reabastecimento (que terá contato com a fonte). 4.5 Destinação dos resíduos De acordo com o que se sabe até o momento, a COVID-19 pode ser enquadrada como agente biológico classe de risco 3. Seguindo a Classificação de Risco, todos os resíduos provenientes de pessoas suspeitas ou confirmadas de infecção pela COVID-19 devem ser enquadrados na categoria A1, conforme Resolução RDC/Anvisa nº 222, de 28 de março de 2018. O uso de materiais e objetos descartáveis contribuem para a poluição do meio ambiente e, quando destinados de forma inadequada, podem ser facilmente levados à natureza tornando-se um produto de alto impacto negativo para a flora e a fauna e, se estiverem contaminados, podem causar danos ainda maiores. Nesse sentido, as recomendações sobre o descarte de resíduos relacionados ao turismo de natureza, são: A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 Foto: Ion David 21 4. CUIDADO NA PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES 4.5.1 Descartar os EPIs e utensílios descartáveis em recipientes específicos e devidamente sinalizados como “material infectante”; 4.5.2 Para o recolhimento dos resíduos, recomenda-se que o profissional responsável utilize os EPIs adequados, como aventais não permeáveis, luvas de borracha de cano longo, óculos de proteção e máscaras protetoras faciais. Evitar que os sacos se encostem no corpo do profissional ou que sejam arrastados pelo chão; 4.5.3 Recolher sacos de resíduos dos recipientes próprios com fecho, fechados quando 80% de sua capacidade estiverem preenchidos ou sempre que necessário, evitando coroamento ou transborde. Nesse caso, uma frequência de recolhimento deve ser estabelecida, de acordo com o volume gerado em cada empresa/operação; 4.5.4 Não transferir o conteúdo de um saco de resíduos para outro saco, para fins de preenchimento Foto:Rede dos Sonhos A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 MEDIDAS DE HIGIENE PESSOAL PARA COLABORADORES 22 Foto: Teriana G. Selbach 5. MEDIDAS DE HIGIENE PESSOAL PARA COLABORADORES Sabendo-se que a empresa deve garantir proteção dos colaboradores atuantes no atendimento, segundo a Portaria Conjunta nº 20, de 18 de junho de 2020, recomenda-se: 5.1 Informar sobre a frequente higienização das mãos com água e sabonete/sabão, durante pelo menos 20 segundos (tempo necessário para quebrar as moléculas de gordura que envolvem o SARS-Cov-2) ou usar desinfetante para as mãos que tenha pelo menos 70% de álcool, cobrindo todas as superfícies das mãos e esfregando-as até ficarem secas, principalmente antes e depois do atendimento de cada cliente, após uso do banheiro, após entrar em contato com superfícies de uso comum como balcões, corrimãos, teclados, identificação de clientes, canetas, telefones, papéis, cartões de créditos, entre outros. 5.2 Instruir quanto a etiqueta respiratória: tossir ou espirrar para o antebraço flexionado/curvado (sobre o rosto na altura do cotovelo) ou usar lenço de papel, que depois deve ser imediatamente descartado no lixo; higienizar as mãos sempre após tossir ou espirrar e depois de se assoar. 5.3 Solicitar o uso de máscaras por 100% dos colaboradores durante toda jornada de trabalho, inclusive durante a prática de atividades molhadas (no caso de rafting, por exemplo), pelo menos enquanto for solicitado pelos órgãos oficiais. NOTA: Sugere-se que funcionários tenham sempre barba aparada e pele limpa, sem maquiagem, pois o uso de barba e maquiagem impedem a ventilação. 23 5. MEDIDAS DE HIGIENE PESSOAL PARA COLABORADORES Foto: Teriana G. Selbach Foto: Rede dos Sonhos A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 5.4 Orientar para que os colaboradores não compartilhem alimentos, utensílios, copos, talheres, garrafas, toalhas e outros objetos pessoais como celular, protetor solar, repelente, entre outros. Sugere-se eliminar ou restringir o compartilhamento de itens como canetas, pranchetas, telefones, computadores, máquinas de cartão de débito/crédito, rádios comunicadores, entre outros. 5.5 Salientar que evitem tocar olhos, nariz e boca sem higienizar as mãos previamente. 5.6 Definir e capacitar os colaboradores (terceirizados ou não) de atendimento público sobre os procedimentos de etiqueta respiratória e higienização pessoal, incluindo e não se limitando a, roupas e calçados,conservação e higienização de equipamentos de uso pessoal, antes, durante e após a realização das atividades do dia. 5.7 Para os profissionais de limpeza: quando realizar a limpeza dos ambientes, recomenda-se usar gorro (para procedimentos que geram aerossóis); óculos de proteção ou protetor facial; máscara; avental; luvas de borracha com cano longo; botas impermeáveis de cano longo. 5.8 Quando líderes, instrutores, condutores, monitores e toda e qualquer pessoa da equipe de trabalhadores necessitarem fazer contato físico com os participantes, que sejam orientados a lavar ou higienizar as mãos antes e após os procedimentos (como por exemplo, colocação de equipamentos de segurança inerentes à atividade contratada, ajuda para transpor um obstáculo, atendimento emergencial, entre outros). 5.9 Em caso de acidentes com participantes, quando houver risco de exposição do trabalhador a secreções corporais, sangue, excreções, recomenda-se fazer uso, minimamente, de luvas, máscara e óculos de proteção ou protetores faciais (que cubra a frente e os lados do rosto). 24 5. MEDIDAS DE HIGIENE PESSOAL PARA COLABORADORES A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 TREINAMENTO DA EQUIPE 25 Foto: Teriana G. Selbach Foto: Rede dos Sonhos sintomas da COVID-19 e formas de transmissão; distanciamento físico e prevenção de contaminação; etiqueta respiratória; uso de máscaras faciais; higienização das mãos; sanitização dos ambientes; uso de vestimenta/uniforme e EPIs; manutenção, higienização e armazenagem dos equipamentos; or ientação aos cl ientes ( informação e comunicação); 6. TREINAMENTO DA EQUIPE Conforme Portaria Conjunta nº 20, de 18 de junho de 2020, é necessário passar informações e realizar treinamentos em relação a COVID-19 para os colaboradores. Para que as equipes envolvidas na operação de ecoturismo e turismo de aventura saibam como implementar as medidas sanitárias, é vital que sejam qualificadas, com treinamentos prévios aos atendimentos, assim como recebam atualizações constantes, uma vez que os órgãos de saúde, entidades governamentais, entre outras pertinentes, podem publicar atualizações das recomendações sanitárias e de higienização dos ambientes visitados (incluindo as estruturas físicas dos atrativos turísticos), assim como da proteção das pessoas envolvidas (tanto trabalhadores, como participantes e as comunidades locais impactadas pelo turismo). 6.1 Recomenda-se executar treinamento específico para competência dos líderes para execução dos procedimentos sanitários estabelecidos e as devidas avaliações de eficácia. 6.2 Atender a Norma Técnica ABNT NBR ISO 21102 – Turismo de Aventura – Líderes – Competência Pessoal 6.3 Atualizar o sistema de gestão da segurança de turismo de aventura. 6.4 Preparar os trabalhadores para realizar sua atividade profissional de acordo com os novos procedimentos operacionais e sanitários da empresa, a respeito de: 26 6.TREINAMENTO DA EQUIPE Foto: Rede dos Sonhos A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 transações comerciais digitais; situações de emergência durante a operação, definindo recomendações de segurança do ponto de vista sanitário, para os líderes atuarem em situações de emergência, onde seja necessário utilizar técnicas de primeiros socorros, tendo em vista a COVID-19: Prover no kit de primeiros socorros álcool 70%, luvas, óculos/proteção facial, máscaras sobressalentes, avental, termômetro infravermelho, oxímetro; Aferir a temperatura e nível de oxigenação [parâmetros clínicos de anormalidade: temperatura igual ou maior que 37,8 C e saturação (SpO2) menor que 95%]; Garantir a assepsia do material que poderá ser utilizado nas técnicas de primeiros socorros; ·Caso seja necessário o deslocamento com maca, recomenda-se que o instrumento esteja higienizado e o veículo para remoção a ser utilizado também. 1. 2. 3. 4. Após a retomada, é possível que parte dos colaboradores se acostumem aos novos procedimentos operacionais e tenham a tendência a um relaxamento. É neste momento que se torna-se imprescindível que eles atuem de forma alerta para a prevenção, em todos os momentos das etapas operacionais. 27 6.TREINAMENTO DA EQUIPE A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO 28 Foto: Acervo ABETA 7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO Alerta-se que o acesso a informações atualizadas seja proveniente de fontes oficiais (por exemplo, governo federal, estadual, municipal, Ministério da Saúde, da OMS, Anvisa, Fiocruz e outras fontes confiáveis) e que o compartilhamento das informações relacionadas à COVID-19 seja realizado frequentemente visando combater notícias falsas (fake news). Considerando existência de norma técnica que prevê a comunicação antecipada dos riscos inerentes às atividades de ecoturismo e turismo de aventura, que utilizem a norma ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de Aventura – Informações para Participantes, para incluírem em sua comunicação com o participante (cliente/consumidor) o risco de contágio pela COVID- 19 e insiram esta informação em seus protocolos operacionais, incluindo mas não limitando-se, ao Termo de Conhecimento de Risco e Corresponsabilidade, a fim de esclarecer os procedimentos a seguir relacionados: 7.1 Clientes 7.1.1 Antes mesmo de efetuar a reserva, comunique o participante, além das informações relativas à prática da atividade, a inserção do risco de contaminação pela COVID-19 no SGS e os procedimentos sanitários adotados como medidas de prevenção e gestão dos riscos implementados pela empresa. NOTA: passar esses dados preferencialmente por meio de suporte digital/online: via site, redes sociais, telefone ou mensagem. 7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO 29 Foto: Teriana Selbach A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 7.1.2 Solicitar previamente ao participante sua condição e estado de saúde, indicando se teve ou está com febre, falta de ar, sintomas de gripe ou algum outro sintoma ligado à COVID-19. 7.1.3 Informar antecipadamente sobre a corresponsabilidade do participante na prevenção do contágio e as suas responsabilidades durante a atividade, como por exemplo: ter e usar máscara facial pessoal, respeitar o distanciamento físico, evitar aglomerações, realizar a higienização das mãos com frequência, levar garrafa/copo de água individual, possuir e utilizar constantemente álcool gel 70%, não compartilhar objetos e equipamentos, informar a empresa previamente caso apresente qualquer sintoma de infecção respiratória (por exemplo, tosse, coriza, dificuldade para respirar) e, nesse caso, suspender a reserva para evitar colocar outras pessoas em risco. NOTA: A empresa precisa adotar um procedimento de adiamento/cancelamento de reserva conforme a situação e legislações aplicáveis (consultar ANEXO 2, Medida Provisória 946/20 para atender esses casos). 7.1.4 Ao chegar na organização, que os participantes recebam as informações (briefing, cartaz) sobre os novos procedimentos sanitários adotados na empresa a fim de prevenir a contaminação por COVID-19, como, por exemplo: o uso de máscara facial pessoal; não usar acessórios (brincos, relógios, pulseiras, anéis, entre outros); cumprimentar à distância; lavar as mãos com água e sabonete/sabão líquido ou higienizar com álcoolgel 70% frequentemente; respeitar o distanciamento entre as pessoas (clientes e colaboradores); informar se estão com sintomas de infecção respiratória; não tocar as mãos no rosto (olhos, nariz e 30 7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO Foto: Rede dos Sonhos A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 boca) sem higienizá-las; não compartilhar objetos (copos/garrafas de água e talheres, óculos, telefones, toalhas, canetas, protetor solar), ou equipamentos (como por exemplo, snorkel, capacete, coletes de flutuação, luvas, entre outros) sem estarem higienizados. Nota: nos casos em que o participante não esteja de posse de sua máscara, recomenda-se que o operador disponibilize uma nova a este participante em suas operações. 7.1.5 Fornecer aos participantes instruções sobre etiqueta respiratória e a forma correta para a higienizar as mãos com água e sabonete/sabão líquido ou preparação alcoólica a 70% e etiqueta respiratória (consultar ANEXOS 3 e 5). NOTA: pode-se utilizar alertas visuais (cartazes, placas, pôsteres, entre outros) em locais estratégicos (por exemplo, recepção, áreas de espera, lanchonetes) para essa finalidade. 7.1.6 Comunicar aos participantes que informem a empresa caso apresentarem sintomas ou diagnóstico de COVID-19, num período de até 14 dias, após o retorno para suas casas depois de praticar a atividade de turismo, para que a empresa possa tomar as devidas providências. 7.1.7 Informar clientes que estiveram no destino turístico, após seu retorno à suas casas, de eventuais casos confirmados da COVID-19 com outros clientes atendidos na mesma época (para ações de prevenção com a realização de exames médicos, seguindo os protocolos das entidades oficiais de saúde nacionais e a OMS), conforme é definido na ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de aventura – Informações para Participantes. 7.2 Trabalhadores 7.2.1 O trabalhador precisa ser comunicado quanto a COVID-19 e medidas de prevenção e contágio, assim como a sua corresponsabilidade na mitigação dos riscos de transmissão da doença. 7.2.2 No caso de apresentar qualquer sintoma de infecção respiratória (por exemplo, tosse, coriza, dificuldade para respirar) ou diagnóstico de COVID-19, solicitar que o trabalhador permaneça em casa para evitar colocar outras pessoas em risco. 31 7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 NOTA: O trabalhador tem a responsabilidade de informar a empresa sobre as suas condições de saúde, principalmente relacionadas aos sintomas da COVID-19 e se pertence a algum grupo de risco (por exemplo, idosos, diabéticos, cardíacos, doenças autoimunes). A recomendação é ficar em casa durante 14 dias e procurar atendimento médico em casos mais críticos, conforme protocolos de saúde adotados oficialmente. 7.2.3 Informar publicamente e manter disponíveis, normas e rotinas dos procedimentos envolvidos na higienização das pessoas, equipamentos e ambientes/superfícies, tais como: etiqueta respiratória, lavagem das mãos, procedimentos de colocação e retirada dos EPIs, não compartilhamento de objetos pessoais, material de trabalho e equipamentos, transações comerciais (termos de ciência, vouchers, notas fiscais, pagamentos – preferencialmente online), permissões e fluxo das pessoas dentro do empreendimento e nas operações, procedimentos de remoção e higienização de roupas/equipamentos e produtos utilizados na operação, rotinas de limpeza e desinfecção de ambientes, superfícies e remoção dos resíduos, entre outros. 7.2.4 A cada contato com qualquer pessoa de seu fluxo de trabalho e objetos ou utensílios que possam ser compartilhados orientar sobre a utilização frequente de álcool em gel 70%. 7.2.5 Passar orientações aos trabalhadores envolvidos no atendimento e assistência dos clientes quanto às medidas de prevenção adotadas pela empresa. 7.2.6 Informar o responsável pelo sistema de gestão da segurança de turismo de aventura do empreendimento, se houveram ocorrências em relação a COVID-19 durante a operação. 7.2.7 Caso ocorra algum caso posterior de notificação de pessoas contaminadas por COVID-19, recomenda-se que os demais participantes, trabalhadores, fornecedores e comunidades locais envolvidos na operação sejam informados, para o devido monitoramento, seguindo as orientações da “ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de aventura – Informações para participantes”. 7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO 32 Foto: Acervo ABETA A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 MEDIDAS DE MONITORAMENTO 33 Foto: Rede dos Sonhos Foto: Rede dos Sonhos 8. MEDIDAS DE MONITORAMENTO É importante que a organização mantenha um estado de atenção em relação aos seus trabalhadores, participantes, assim como do local de trabalho. Dessa forma, recomenda-se: 8.1 Realizar registro periódico dos sintomas de gripe (tosse ou dificuldade em respirar) dos colaboradores. 8.2 Revisar junto as empresas terceirizadas de prestação de serviço de saúde do trabalho, seus planos de PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e os ajustem considerando esta nova situação com a presença do COVID-19. 8.3 Monitorar os colaboradores afastados por suspeita e/ou confirmação de COVID-19. 8.4 Monitorar quadro de saúde dos colaboradores no caso de ter contato com um caso suspeito ou confirmado (participante ou trabalhador) na empresa. Sugere-se isolar ou afastar o funcionário que atendeu o contaminado. 8.5 Realizar o monitoramento dos participantes pós atividade, e em casos de notificação de pessoas que apresentem sintomas da COVID-19, que a empresa se comunique com os demais participantes envolvidos na mesma operação para também o devido monitoramento. 8.6 Acompanhar o estado de saúde do cliente com suspeita ou confirmação de contaminação. 8.7 Estabelecer um processo de comunicação, consulta e monitoramento com os parceiros e fornecedores envolvidos em suas atividades para assegurar que estes estejam engajados e adotando também medidas sanitárias como prevenção de contágio da COVID-19. 8.8 Acompanhar o surgimento de algum caso suspeito ou confirmado de COVID-19 na comunidade/território, e comunicar aos participantes que eventualmente tiveram contato com o doente para o devido monitoramento. 8. MEDIDAS DE MONITORAMENTO 34 A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 8.9 Definir e registrar os procedimentos de limpeza e desinfecção de equipamentos, produtos e ambientes. 8.10 Monitorar se os produtos de higiene, como sabonete, papel toalha, álcool 70% e outros são suficientes para atender às necessidades da operação/dia e programar a aquisição antecipadamente, para evitar falta destes durante o período de operação. 8.11 Acompanhar as informações sobre a propagação da COVID-19 localmente e as medidas impostas pelos órgãos oficiais nas esferas municipal, estadual e federal. 8. MEDIDAS DE MONITORAMENTO 35 A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO DE NATUREZA 36 Foto: Ion David 9.1 Cicloturismo; 9.2 Atividades aquáticas; 9.3 Caminhada e caminhadade longo curso; 9.4 Turismo equestre; 9.5 Observação da vida silvestre; 9.6 Técnicas Verticais 9.7 Transporte e turismo em veículos motorizados Este documento complementar é parte do Manual de Boas Práticas - Recomendações de Procedimentos Sanitários para a Operação de Atividades de Turismo de Natureza da ABETA que visa orientar os participantes (empresários, líderes, condutores, guias e outros profissionais do segmento) quanto à adoção de procedimentos sanitários exclusivamente durante a operação das atividades de natureza. O Manual de Boas Práticas da ABETA já contempla as questões de revisão do sistema de gestão da segurança, distanciamento físico, sanitização de ambientes, equipamentos, objetos, roupas, cuidados na preparação de refeições, destinação de resíduos, medidas de higiene pessoal dos colaboradores, treinamento da equipe, comunicação (com clientes e colaboradores) e monitoramento, e, portanto, sugere-se que a leitura desse documento inicie por esse capítulo. Nos próximos capítulos serão abordadas somente as especificidades das atividades de: Sabe-se que cada destino tem suas particularidades e que as práticas relacionadas aqui podem ou não serem adotadas pelos empresários e participantes. Recomenda-se uma avaliação criteriosa individual a respeito das condições e da viabilidade de se aplicar determinadas medidas, a fim de proporcionar as melhores condições higiênico-sanitárias para prevenir o contágio pela COVID-19. Cabe também, consultar as normas técnicas ABNT referente as atividades de turismo de aventura, a fim de obter um melhor direcionamento quanto as boas práticas de operação de cada atividade. A operação de turismo de aventura requer alguns pontos de atenção em tempos de COVID- 19 (ainda sem uma vacina ou um tratamento consolidado até o momento), já que o desafio de uma operação segura aumenta consideravelmente. 9. OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO DE NATUREZA 37 A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 38 Portanto, é fundamental reforçar as boas práticas e os procedimentos de sanitização, bem como garantir as condutas adequadas dos procedimentos de saúde dos colaboradores, além de estabelecer medidas de atendimento ao cliente, a fim de minimizar o risco de transmissão da COVID-19. Ressalta-se a importância de rever o Sistema de Gestão da Segurança da empresa, de acordo com a norma ABNT NBR ISO 21101 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão de segurança– Requisitos, incluindo o risco de contaminação da COVID-19 e adotando os procedimentos necessários, como o termo de conhecimento de risco e corresponsabilidade (norma ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de Aventura – Informações para Participantes). Nota: Cada cliente é também corresponsável pela sua segurança e pelos riscos de acidente e precaução de contaminação do COVID-19. 9. OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO DE NATUREZA A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 CICLOTURISMO 39 Foto: Ion David Foto: Fernando Angeoletto 1. OPERAÇÃO A operação de turismo de aventura a atividade de cicloturismo requer alguns pontos de atenção em tempos de COVID-19 (ainda sem uma vacina ou um tratamento consolidado até o momento), já que o desafio de uma operação segura aumenta consideravelmente. Portanto, é fundamental reforçar as boas práticas e os procedimentos de sanitização, bem como garantir as condutas adequadas dos procedimentos de saúde dos colaboradores, além de estabelecer medidas de atendimento ao cliente, a fim de minimizar o risco de transmissão da COVID-19. Ressalta-se a importância de rever o Sistema de Gestão da Segurança da empresa, de acordo com a norma ABNT NBR ISO 21101 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão de segurança– Requisitos, incluindo o risco de contaminação da COVID-19 e adotando os procedimentos necessários, como o termo de conhecimento de risco e corresponsabilidade (norma ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de Aventura – Informações para Participantes). Nota: Cada cliente é também corresponsável pela sua segurança e pelos riscos de acidente e precaução de contaminação do COVID-19. 2. ATIVIDADE DE CICLOTURISMO Conforme a norma ABNT NBR 15509-1 – Turismo de aventura – Cicloturismo – Parte 1: Requisitos para produto, define-se o clicloturismo como atividade de turismo que tem como elemento principal a realização de percursos com bicicleta. 2.1 Divisão de responsabilidades da equipe Um dos pontos importantes para a efetiva implementação dos protocolos é a divisão das responsabilidades de cada membro da equipe, quanto aos cuidados sanitários e de higienização para a prevenção aos riscos de contágio ao vírus SarS-Cov 2 (COVID-19). Portanto, é fundamental que cada empresa/organização defina e atualize, em seu plano de gestão, os papéis de todos os envolvidos na operação de turismo de aventura, a fim de que cada um saiba suas responsabilidades, tarefas, quais protocolos devem seguir e quais atividades devem controlar. 40 9.1 CICLOTURISMO A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 2.2 INÍCIO DA OPERAÇÃO DE CICLOTURISMO Recomenda-se, durante o processo de comercialização ou antes do início da operação de cicloturismo: • No prólogo (briefing), que os clientes sejam orientados a manterem distanciamento e que sejam recomendados que na operação de cicloturismo também busquem um distanciamento entre as bicicletas durante sua progressão; • Que os clientes sejam orientados sobre o uso dos equipamentos de proteção individual, inclusive máscaras protetoras faciais; • Rever a classificação do percurso de cicloturismo, que pode ter alteração no esforço físico, pelo uso de máscara de proteção facial; • Realizar a higienização das bicicletas (quadro, manoplas, selim, alavancas de câmbio, área da caramanhola e outras partes da bicicleta), onde o cliente possa ter contato, antes de ser entregue ao cliente; • A higienização das mãos dos líderes e auxiliares antes de qualquer contato com o cliente ou equipamentos, assim como imediatamente após, mesmo que não haja atendimento de outro cliente na sequência ou manuseio dos equipamentos; • Avaliar paradas adicionais no percurso para beber líquidos, já que durante a progressão, com o uso de máscaras, não seja possível beber durante a progressão; • Avaliar reduzir o ritmo de velocidade média de progressão do grupo, pelo fato do uso das máscaras, que pode reduzir a condição normal de respiração das pessoas (líderes, auxiliares e clientes); • Avaliar as condições de clima, temperatura e atmosféricas da região a ser visitada pelo percurso de cicloturismo, o que pode desgastar as máscaras mais rapidamente (como por exemplo, suor excessivo), e sendo necessário, recomenda-se a troca por uma outra máscara. 41 9.1 CICLOTURISMO Foto: Ion David A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 2.3 DURANTE A OPERAÇÃO DE CICLOTURISMO Recomenda-se que o líder ou auxiliar de cicloturismo esteja atento e observe constantemente os clientes durante a progressão do percurso de cicloturismo, para orientá-los sobre o posicionamento adequado e, se necessário, a troca por outra máscara, se esta estiver sem condições de uso. Recomenda-se, durante a operação de cicloturismo o uso de: • proteção para cabeça (como por exemplo, bandanas, toucas, lenços) sob os capacetes e higienizaçãodos capacetes dos clientes (incluindo fitas/fivelas de fixação e sistema de ajuste interno para a cabeça); • máscaras protetoras faciais, que atendam as recomendações dos órgãos competentes, por todas as pessoas (líderes, auxiliares e clientes) durante toda a atividade – recomenda-se atentar para o descarte adequado das máscaras não reutilizáveis; • luvas de ciclismo higienizadas (partes interna e externa das luvas); • óculos (para proteção) higienizados. Se os clientes tiverem seus próprios equipamentos, como bicicletas, capacetes, luvas, óculos, recomenda-se que sejam orientados para que não os compartilhem com os demais cicloturistas e que estes sejam responsáveis pela sua higienização. Recomenda-se que estes equipamentos sejam previamente verificados pela equipe de líderes de cicloturismo, antes de seu uso na operação. Recomenda-se orientar os clientes que: • mantenham distância uns dos outros, tanto durante a operação, como nas paradas técnicas; • evitem mexer nas máscaras durante a progressão; • paradas técnicas, como para alimentação e ingestão de líquidos, podem ser realizadas durante o percurso. 42 9.1 CICLOTURISMO A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 Importante informar que, durante a realização de atividades de cicloturismo com o uso de máscara, podem ocorrer alterações fisiológicas em função da redução da capacidade respiratória. Qualquer necessidade, a recomendação é buscar o atendimento especializado de profissionais da área de saúde. Em caso de alimentação durante a progressão do cicloturismo, consultar capítulo 4 do Manual - Cuidados na Preparação de Refeições. 2.4 CONCLUSÃO DA OPERAÇÃO DE CICLOTURISMO • Recomenda-se realizar a higienização da bicicleta e demais equipamentos de cicloturismo utilizados pelos clientes, líderes e auxiliares, imediatamente após o término da atividade. • Nos casos de operação de cicloturismo que envolvam pernoite, recomenda-se que a higienização da bicicleta ou demais equipamentos seja feita diariamente e ao final de cada período da rota de cicloturismo (pela empresa/organização ou pelo próprio cliente, a ser definido pelo responsável da operação). • Para a maioria dos equipamentos, os produtos de limpeza recomendados são água e sabão neutro. Mesmo assim, recomenda-se que para qualquer tipo de higienização, antes de realizar o procedimento, siga as recomendações dos fabricantes das bicicletas e demais equipamentos utilizado na operação. • Atenção aos resíduos gerados na operação de cicloturismo, os quais devem ser devidamente acondicionados para posterior adequada destinação. 3. TRANSPORTE No caso de transporte de clientes na operação desta atividade, antes, durante ou após a operação específica, recomenda-se redimensionar, se aplicável, a quantidade de líderes, auxiliares e clientes nos veículos utilizados, valorizando o distanciamento entre as pessoas, seguindo as orientações e regras oficiais dos órgãos competentes. 43 9.1 CICLOTURISMO A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 Para mais detalhes consultar o capítulo referente ao “Transporte e Turismo em Veículos Motorizados”. No caso de transporte das bicicletas em veículo de apoio do cicloturismo, recomenda-se que o responsável pelo manuseio das bicicletas (seja o líder, auxiliar ou o motorista do veículo de apoio) e demais equipamentos siga as recomendações de higienização pessoal, para a devida entrega posterior aos clientes. Recomenda-se a higienização das fitas, estensores ou amarras usadas na fixação das bicicletas nas carretas do veículo de apoio. 4 - PROTOCOLOS ADICIONAIS DE SEGURANÇA Para a implementação da “ABNT NBR ISO 21101 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão – Requisitos” , utilize como apoio o “Guia de Implementação da Norma Técnica ABNT NBR ISO 21101” (acesso gratuito) , documento da ABNT e Sebrae. Adicionalmente, para a atividade de turismo de aventura de cicloturismo, consulte as Normas Técnicas ABNT específicas, que se aplicam à atividade, Para a atividade de cicloturismo, aplicam-se as seguintes Normas Técnicas ABNT, que podem ser acessadas em https://www.abntcatalogo.com.br: O acesso a Norma ABNT NBR ISO 21101 pode ser feito gratuitamente devido a uma parceria com a ABNT/SEBRAE em virtude do momento de pandemia do coronavírus. O Manual pode ser acessado via parceria ABNT/SEBRAE. 9.1 CICLOTURISMO 44 Foto: Ion David A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 ATIVIDADES AQUÁTICAS 45 Foto: Ion David Foto: Teriana G. Selbach 1. OPERAÇÃO A operação de turismo de aventura em atividades aquáticas requer alguns pontos de atenção em tempos da COVID-19 (ainda sem uma vacina ou um tratamento consolidado até o momento), já que o desafio de uma operação segura aumenta consideravelmente. Portanto, é fundamental reforçar as boas práticas e os procedimentos de sanitização, bem como garantir as condutas adequadas dos procedimentos de saúde dos colaboradores, além de estabelecer medidas de atendimento ao cliente, a fim de minimizar o risco de transmissão da COVID-19. Ressalta-se a importância de rever o Sistema de Gestão da Segurança da empresa, de acordo com a norma ABNT NBR ISO 21101 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão – Requisitos, incluindo o risco de contaminação da COVID-19 e adotando os procedimentos necessários, como o termo de conhecimento de risco e corresponsabilidade (norma ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de Aventura – Informações para Participantes). NOTA: Cada cliente é também corresponsável pela sua segurança e pelos riscos de acidente e precaução de contaminação da COVID- 19. 9.2 ATIVIDADES AQUÁTICAS 46 Foto: Teriana G. Selbach A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 2. TURISMO DE AVENTURA EM ATIVIDADES AQUÁTICAS As atividades contempladas nesse documento são: Rafting: descida de rios com corredeiras em botes infláveis. (Fonte: ABNT NBR 15500 – Turismo de aventura – Terminologia). Boia-cross ou acquaride: descida de rios praticada um bote inflável especialmente concebido para a atividade ou em câmaras de pneus de caminhão, encapadas com lona, nas quais o praticante viaja sentado (boia-cross), onde normalmente deita-se de peito, com o tronco apoiado na embarcação e os membros para fora (acquaride). As mãos são usadas para remar e desviar de obstáculos; as pernas, para direcionar o caminho. (Fonte: ABETA). Stand up paddle – SUP: atividade que mescla canoagem com surfe, em que o turista rema em pé em cima de uma prancha que pode ser praticada no mar, em lagos e rios de águas calmas. (Fonte: ABETA). Canoagem: atividade praticada em canoas e caiaques, indistintamente, em mar, rio, lago, águas calmas ou agitadas. A canoa pode ser aberta ou fechada, com remo de uma só pá. O caiaque é uma embarcação fechada que utiliza remo de duas pás; o praticante permanece sentado na cabine (Fonte: ABETA). Flutuação: consiste no mergulho superficial em rios, mares ou lagos de águas calmas e claras, em que o turista tem contato direto com a natureza, observando rochas, fauna e flora subaquáticas com auxílio de máscaras, snorkel, colete de flutuação e nadadeiras. (Fonte: ABETA). Mergulho recreativo: no turismo de aventura, consideram-se os mergulhos com fins recreacionais ou contemplativos, que englobam os de apneia (suspensãotemporária da respiração) e os autônomos (praticados com o auxílio de equipamentos que permitem a respiração submersa). É possível praticar a atividade em águas oceânicas ou interiores – cavernas, lagos, rios, entre outros. 47 9.2 ATIVIDADES AQUÁTICAS A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 Mergulho autônomo turístico (produto turístico): produto em que a atividade principal é o mergulho autônomo e o praticante não é necessariamente um mergulhador qualificado (Fonte: ABNT NBR 15500 – Turismo de Aventura - Terminologia). NOTA: o mergulho é uma atividade que possui procedimentos sanitários bem definidos. Para tanto é recomendável uma consulta ao manual da DAN (Divers Alert Network Europe) – Versão de 4 de maio de 2020. Em função das medidas sanitárias a serem cumpridas em relação à COVID-19, priorizar a comercialização das atividades previamente, redimensionando o tamanho dos grupos. O rafting comercial tem uma característica particular em relação a outras atividades aquáticas, por ser realizado em pequenos grupos que, em determinados momentos, podem aproximar os participantes uns dos outros. Portanto, recomenda-se uma comunicação prévia com todos os participantes quanto a essa questão, assim como ao uso de máscaras e ao cumprimento dos procedimentos higiênico-sanitários como pré-requisito à prática da atividade, considerando as publicações dos órgãos oficiais aplicáveis. NOTA: a comunicação prévia pode ser pelo site na internet, redes sociais, termo de conhecimento de risco e corresponsabilidade, entre outros. Recomenda-se que seja disponibilizado um local para que se possa lavar as mãos com água e sabonete/sabão líquido ou oferecido álcool gel 70% em pontos estratégicos da operação. O uso dos recursos hídricos com contato primário para recreação (rios, poços de rios, cachoeiras, lagos, entre outros) deve ser feito com cautela. Recomenda-se a identificação prévia de rios e/ou cursos d`água com potencial contaminação por esgotos domésticos ao longo da caminhada planejada e evitar o contato direto com estas áreas. NOTA: Estudos identificaram o vírus que causa a COVID-19 em águas residuais (esgotos) e recursos hídricos contaminados por esgotos, mas não há até o momento nenhuma evidência científica de pacientes contaminados por vetores hídricos. 9.2 ATIVIDADES AQUÁTICAS 48 A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 3.1 Divisão de responsabilidades da equipe Um dos pontos importantes para a efetiva implementação dos protocolos é a divisão das responsabilidades de cada membro da equipe, quanto aos cuidados sanitários e de higienização, para a prevenção aos riscos de contágio da COVID-19. Portanto, é fundamental que cada empresa defina e atualize, em seu plano de gestão, tais responsabilidades, para que todos os envolvidos na operação de turismo de aventura saibam suas responsabilidades, suas tarefas, quais protocolos devem seguir e quais atividades deve controlar. 3.2. INÍCIO DA OPERAÇÃO DE TURISMO DE AVENTURA EM ATIVIDADES AQUÁTICAS Recomenda-se que, durante o processo de comercialização ou antes do início da operação: • se avalie a importância e/ou necessidade de incluir, no kit de primeiros socorros, itens de monitoramento de sintomas e prevenção de contágio da COVID-19, como por exemplo: máscaras extras, termômetro, oxímetro, álcool gel 70%, óculos, avental, entre outros, de acordo com a complexidade da operação e atendimento a emergência; • seja seguida a legislação local sobre o uso de máscaras de proteção; • o trabalhador faça a higienização prévia das mãos e uso correto das máscaras antes de higienizar todos os equipamentos (como por exemplo, remos, coletes de flutuação, capacetes, botes, cabos de resgate, snorkel, entre outros) necessários para prática da atividade; 49 Foto: Teriana G. Selbach 9.2 ATIVIDADES AQUÁTICAS A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 • todos os participantes estejam devidamente protegidos com proteção facial (máscara, bandana, tube-necks/headwear, entre outros) resistente ao impacto da água (que não saia com facilidade do rosto) e providenciem a troca das máscaras sempre que necessário; • no prólogo (briefing), seja respeitado o distanciamento entre os participantes, e que recomendem que na operação também busquem um distanciamento durante sua progressão. NOTA: realizar o prólogo (briefing) para grupos redimensionados para evitar momentos de aglomeração. • para atividades com grandes fluxos (como parques de aventura), haja um redimensionamento da capacidade máxima segura de atendimento valorizando o distanciamento físico conforme recomendado pelos órgãos de saúde e dinâmica da atividade, levando em consideração o número de pessoas, agenda de atendimento e quantidade de pessoas por grupo; • se crie procedimentos onde o líder/condutor oriente os participantes a colocarem adequadamente seu próprio equipamento, incluindo as máscaras de proteção, permitindo uma inspeção final pelo trabalhador; • sejam entregues os equipamentos higienizados aos participantes. Caso os equipamentos sejam entregues fora da sala de armazenagem, que sejam transportados em recipientes fechados para evitar qualquer possibilidade de contaminação. NOTA: sugere-se a identificação dos equipamentos limpos. • se realize a higienização das mãos dos líderes e auxiliares antes de qualquer contato com os participantes ou equipamentos, assim como imediatamente após, mesmo que não haja atendimento de outro cliente na sequência ou manuseio dos equipamentos; • se evite tocar em objetos e estruturas e intensificar a higienização das mãos, nos casos inevitáveis. 50 9.2 ATIVIDADES AQUÁTICAS A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A . W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1 3.3 DURANTE A OPERAÇÃO DE TURISMO DE AVENTURA EM ATIVIDADES AQUÁTICAS Recomenda-se, durante a operação de turismo de aventura em atividades aquáticas: • valorizar o distanciamento físico entre os participantes e que se evite pontos de aglomeração, como por exemplo, nos momentos de fotografar, banhos, refeições, entre outros; • não compartilhar equipamentos entre os participantes; • nas atividades de mais um dia ou em que o participante tenha que retirar e colocar os equipamentos mais de uma vez, que os mesmos não sejam compartilhados e/ou trocados e sejam armazenados em local seguro, dando preferência para que o cliente fique sob a guarda do seu material, desde o início até o fim da atividade; • se houver alimentação durante a atividade, consultar o capítulo 4 do Manual - Cuidados na Preparação de Refeições; • nos casos de operação que envolvam pernoite, recomenda-se que a higienização dos equipamentos seja feita diariamente e ao final de cada percurso (pela empresa/organização ou pelo próprio cliente, a ser definido pelo responsável da operação). Em atividades que envolvam pernoite em acampamentos, recomenda-se: • ao utilizar barracas de camping, higienizá-las após a montagem (antes de serem disponibilizadas aos participantes) e ao término do uso (antes de serem desmontadas e guardadas); • orientar os líderes quanto ao uso de máscaras durante o processo de montagem das barracas de camping; • distribuir as barracas de camping no ambiente, de forma a respeitar o distanciamento umas das outras; • evitar sacudir as barracas de camping durante
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