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MANUAL
DE BOAS
PRÁTICAS
RECOMENDAÇÕES DE
PROCEDIMENTOS SANITÁRIOS PARA
A OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE
TURISMO NA NATUREZA
01
 Versão 2.1 | Agosto, 2020
Foto: Ion David
FICHA TÉCNICA:
DIRETORIA:
Teriana G. Selbach
Presidente
Vinicius Viegas
Vice-presidente
Luiz Del Vigna
Diretor Executivo
Pollyana Pugas
Diretora Técnica
Tiago Correa
Diretor de Qualificação e Sustentabilidade
Fernando Angeoletto
Diretor de Comunicação
Vinícius Martins
Diretor de Mercados
Marcos Dias Soares
Diretor de Relações Institucionais
CONSELHEIROS:
Adriana Schmit-PE
Bruno Borges-PA
Eduardo Coelho-MS
Guilherme dos Santos-SC
Jaime Prado- PE
Jaqueline Franco-SP
Lisa Canavarros-MT
Marina Marchezini-GO
Paulin Antar Talaska-SP
Thaynara Siqueira-MG
Vanessa Almeida-BA
EQUIPE EXECUTIVA:
Andreia Moraes
Thais Mota
CONTEUDISTA E CONSULTORA:
Dartilene de Souza e Silva
8 Vias Consultoria
COORDENAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO:
Dartilene de Souza e Silva
8 Vias Consultoria
Pollyana Pugas
Vonát Consultoria & Treinamento ABETA
COLABORAÇÃO E REVISÃO:
Leonardo de Moura Persi
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS
RECOMENDAÇÕES DE PROCEDIMENTOS SANITÁRIOS PARA A
OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO NA NATUREZA
COLABORADORES:
Adriana Vieira de Miranda (ICMBio/CMA)
Anna Monforte (Raizeira Ecoturismo e Aventura)
Anderson Florêncio (Polo Socioambiental Sesc Pantanal)
Antônio Covolan (Território Brasil)
Bruno Borges (Amazônia Aventura)
Bruno Leite Miranda (Parque Ecológico Rio
Formoso)
Carolina Chagas (Daventura)
Carolina Prudencio Coelho (Fazenda San
Francisco AGroecoturismo)
Cristian Krumen (Brasil Raft Park)
Daniel Madureira (Território Brasil)
Daniel Tardelli (Terra Nativa)
Eduardo Franco (Minas Nature Tours)
Edgardo de Lima Pelaez (Rota Sul Adventure)
Édrei Ascencio (Canoe Brasil)
Edson Moroni (Manakin Nature Tours)
Evandro Kanda (Terra Nativa)
Evandro Schutz (Atitude Ecologia e Turismo)
Felipe Buloto (Natura Ecoturismo)
Felipe Machado
Felipe Uzzacki (Rota da Baleia Franca)
Fernando Angeoletto (Caminhos do Sertão)
Fernando Figueiredo (FATEC - Jahú/SP)
Fernando García Sanchez (Terra Nativa
Ecoturismo)
Fred Crema (Maritaca Expedtion)
Gilliane Herculano Dall Orto (AVES - Aventureiros do ES,
Voando Alto)
Ion David (Travessia Ecoturismo)
Instituto O canal
Julio César Meyer (Rede Brasileira de Trilhas
de Longo Curso)
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS
RECOMENDAÇÕES DE PROCEDIMENTOS SANITÁRIOS PARA A
OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO NA NATUREZA
Julio Jomertz (Rede Brasileira de Trilhas)
José Eduardo Moraes (Campo dos Sonhos)
Katiely França (Ecobocaina)
Laila Blanch Galetti (Mantra Adventure)
Luiz Gadetto (Vara Mato)
Maria Antonietta Castro Pivatto (Consultora em
Turismo de Observação de Aves)
Marcelo Pontes (Ravenala Viagens)
Marina Marchezini (Raizeira Ecoturismo e Aventura)
Mauro Goulart (Fazenda Casimiro de Abreu Trilhas
Equestres)
Massimo Desiati (Quatro Elementos)
Michel Russi (Aicá Diving)
Pedro Lacaz (Gear Tips)
Pollyana Pugas (Vonát Consultoria)
Ralph Reis (Roncador Expedições)
Ricardo Roitburd (SENAC/SP)
Richard Eilers Smith (Rede Brasileira de Trilhas)
Rodrigo Pereira (Paraty Explorer)
Roséli Azi Nascimento (Empresa Entre Rios
Consultoria e Eventos)
Sergio Cipolotti (Instituto Baleia Jubarte)
Simone Scorsato (BLTA)
Stelzimar Magesck Serra - (AVES - Aventureiros
do ES, Voando Alto)
Sven Janssen (Apoema Turismo de Aventura)
Teriana G. Selbach (Raft Adventure Park)
Thaynara Baumgartner (Mantiqueira Ecoturismo)
Thiago Ferrari (Projeto Amigos da Jubarte)
Vanessa Leite Miranda (Parque Ecológico Rio
Formoso)
Vinicius Viegas (Nattrip)
Vinícius Martins (MSV Adventure)
APRESENTAÇÃO
Num evento que certamente marcará essa e as próximas gerações, fomos confrontados, repentinamente, com a
avassaladora propagação de uma pandemia que colocou em xeque toda a ordem global. Em pouco tempo, a
circulação e o contato entre as pessoas, características básicas tanto do convívio humano quanto da produção
de bens e serviços, tornaram-se dramaticamente restritas por um tempo indeterminado, dado o
desconhecimento pela ciência até então de vacinas e remédios para o controle da doença Covid-19.
Como é possível de se supor, a atividade turística foi uma das mais impactadas pela pandemia. De guias de
turismo a pequenos receptivos, de grandes agências e hotéis a operadores aéreos, toda esta cadeia econômica
sofreu os efeitos da paralisação das viagens e viu-se diante de enormes obstáculos para retomada da confiança
do público e retorno de suas atividades. Levando em conta a persistência do inimigo invisível que nutre-se do
contato humano, é unânime a compreensão de que nossa normalidade não será como antes, e o enfrentamento
deste desafio só será possível com base na criatividade, cooperação e resiliência.
Desde as primeiras semanas de isolamento social no Brasil, a ABETA (Associação Brasileira das Empresas de
Ecoturismo e Turismo de Aventura) tem se empenhado em compreender a realidade do segmento diante deste
desafio, estimulando e buscando soluções comuns. Em sintonia com os novos tempos, passamos a produzir
semanalmente um encontro virtual com o objetivo de acolher, congregar e inspirar nossos associados e
sociedade em geral, mantendo a coesão para que todos cheguem juntos e fortes à outra margem. A partir destes
encontros, foram instituídos alguns Grupos de Trabalho (GTs) para discussões e encaminhamentos de ações
para o enfrentamento da crise. Como resultado destes GT’s e do empenho qualificado de muitos profissionais
envolvidos, surgiu a construção deste primeiro “Manual de Boas Práticas Sanitárias” para controle da
contaminação pelo coronavírus nas operações turísticas e atividades de turismo de natureza.
Acreditamos que a retomada segura de todas as atividades econômicas só será viável com a adesão de boas
práticas adequadas a cada setor. Logo, por entendermos que não somos uma entidade especialista nas
temáticas da área da saúde, se faz importante esclarecer que todas as considerações que serão apresentadas
aqui são resultados de nossas pesquisas junto as principais entidades sanitárias que vem tratando do tema da
Covid-19 no Brasil (OMS, Vigilância Sanitária, ANVISA, etc.) além da consulta a diversos protocolos sanitários já
adotados por outros países. Sem deixar de considerar também o olhar profissional de quem está na ponta da
linha das atividades de turismo de natureza, sempre avaliando e questionando a viabilidade quanto a aplicação
das recomendações aqui em questão.
 
Por tratar-se de uma questão de gestão da segurança, podemos concluir que a ABETA já parte com vantagem
considerável, uma vez que esta temática é central para a associação desde os seus primórdios, tendo
participação ativa na construção de Normas Técnicas que regem as operações turísticas na natureza. Se a
gestão de riscos é inerente à qualquer atividade na natureza, mantemos firme nosso propósito de balizar os
operadores e gerar confiança aos consumidores, aprofundando os quesitos relacionados à segurança sanitária
que ora se impõem.
Teriana Selbach - Presidente ABETA
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS
RECOMENDAÇÕES DE PROCEDIMENTOS SANITÁRIOS PARA A
OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO NA NATUREZA
01
05
08
13
18
22
25
INTRODUÇÃO
3. MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO DE AMBIENTES
Higienização de equipamentos, objetos, roupas, veículos e resíduos.
5. MEDIDAS DE HIGIENE PESSOAL PARA COLABORADORES
6. TREINAMENTO DA EQUIPE
ANEXOS e REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. REVISÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA DE TURISMO DE
AVENTURA
4. CUIDADO NA PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES
7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO
8. MEDIDAS DE MONITORAMENTO
9. OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE TURISMO DE NATUREZA
9.1 Cicloturismo;
9.2 Atividades aquáticas;
9.3 Caminhada e caminhada de longo curso;
9.4 Turismo equestre;
9.5 Observação da vida silvestre;
9.6 Técnicas Verticais
9.7 Transporte e turismo em veículos motorizados
28
33
36
101
2. MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO FÍSICO E PREVENÇÃO DE
CONTÁGIO
INTRODUÇÃO
Foto:Fernando Angeoletto
01
A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2.
Altamente contagiosa, provoca uma síndromerespiratória aguda e
é transmitida por secreções das vias respiratórias (gotículas de
saliva) de uma pessoa infectada (com ou sem sintomas) e atingem
as mucosas (olhos, nariz e boca) de outros indivíduos. Pode
ocorrer também pelo contato das mãos com superfícies
contaminadas que em seguida tocam os olhos, nariz ou boca.
Para infecções confirmadas pela COVID-19 há relatos de pessoas
sem nenhum sintoma, com sintomas leves e outras com sintomas
muito graves, chegando ao óbito, em algumas situações. Os
sintomas mais comuns dessas infecções podem incluir
manifestações respiratórias (tosse, espirro, coriza, dor de
garganta, dificuldade para respirar, entre outros) e febre acima de
38º  (a febre pode não estar presente em alguns pacientes, como
crianças, idosos, imunossuprimidos ou que tomam medicamentos
para diminuir a febre). Os sintomas da COVID-19 podem aparecer
de 2 até 14 dias após a exposição do vírus (em média de 5 a 6
dias). Essa doença ainda não tem tratamento nem vacina e a
melhor maneira de preveni-la é adotando medidas para impedir a
propagação do vírus.
A Portaria Conjunta nº 20, de 18 de junho de 2020 que versa
sobre as “medidas necessárias a serem observadas pelas
organizações visando à prevenção, controle e mitigação dos riscos
de transmissão da COVID-19 em ambientes de trabalho, de forma a
preservar a segurança e a saúde dos colaboradores, os empregos e
a atividade econômica”, determina a empresa a:
- Estabelecer e divulgar orientações ou protocolos com a
indicação das medidas necessárias para prevenção, controle e
mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19 nos ambientes
de trabalho. As orientações ou protocolos devem estar disponíveis
INTRODUÇÃO
02
Foto:Acervo ABETA
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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medidas de prevenção nos ambientes de trabalho, nas áreas
comuns da organização, a exemplo de refeitórios, banheiros,
vestiários, áreas de descanso e no transporte de
colaboradores, quando fornecido pela organização;
ações para identificação precoce e afastamento dos
colaboradores com sinais e sintomas compatíveis com a
COVID-19;
procedimentos para que os colaboradores possam reportar à
organização, inclusive de forma remota, sinais ou sintomas
compatíveis com a COVID-19 ou contato com caso
confirmado da COVID-19; e
instruções sobre higiene das mãos e etiqueta respiratória.
para os colaboradores e suas representações, quando solicitado,
- As orientações ou protocolos devem incluir:
Essas instruções normativas são parte do documento acima
referido e indica-se a consulta do mesmo (consultar referências
bibliográficas) para que sejam seguidas todas as exigências.
Diante desse quadro, as empresas, os estabelecimentos
comerciais e de serviços em todo território nacional necessitam
reforçar os procedimentos de higienização, bem como garantir as
condutas adequadas de higiene pessoal e saúde dos
colaboradores, além de estabelecer medidas de atendimento aos
participantes (clientes) focadas na minimização do risco de
contágio pela COVID-19, buscando sustentabilidade financeira da
empresa, os cuidados com o meio ambiente e com as
comunidades locais dos destinos de turismo de natureza.
03
INTRODUÇÃO
Foto:AiON dAVID
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Este Manual apresenta recomendações sanitárias para as empresas
de turismo de natureza, visando atender as novas necessidades de
se adotar medidas de distanciamento físico, sanitização de
ambientes, equipamentos, objetos e roupas, cuidados na
preparação de refeições, destinação de resíduos, medidas de
higiene pessoal dos trabalhadores, treinamento da equipe,
comunicação (com clientes, colaboradores e comunidade local) e
monitoramento. Os procedimentos sugeridos neste documento se
baseiam em protocolos da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, Ministério da Saúde, OMS - Organização Mundial da
Saúde, Fiocruz - Fundação Oswaldo Cruz, dentre outras referências
internacionais e nacionais, sendo que ainda é necessário o
acompanhamento das normativas Federais, Estaduais e Municipais
sobre as exigências relacionadas à COVID-19 aplicáveis ao seu
negócio.
Ressalta-se que as medidas recomendadas nesse documento são
orientativas, com exceção daquelas exigidas por lei e que cada
empresa tem a liberdade para seguir aquelas aplicáveis à sua
operação, de acordo com suas necessidades e viabilidade. Além
disso, é fundamental que as empresas do segmento de Ecoturismo
e Turismo de Aventura façam revisão do seu sistema de gestão da
segurança (SGS), no intuito de incluir o risco biológico da COVID-
19.
04
INTRODUÇÃO
Foto: Acervo ABETA
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REVISÃO DO SISTEMA DE
GESTÃO DA SEGURANÇA DE
TURISMO DE AVENTURA
05
Foto: Ion David
1. REVISÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA DE TURISMO DE AVENTURA
A Lei Geral do Turismo – nº 11.771 de 17 de setembro de 2008, regulamentada pelo Decreto nº
7381, de 02 de dezembro de 2010, no Artigo 34, exige que as agências de turismo que
comercializam serviços turísticos de aventura a “dispor de sistema de gestão de segurança
implementado, conforme normas técnicas oficiais, adotadas em âmbito nacional”, no caso, a
ABNT NBR ISO 21101 – Turismo de Aventura – Sistemas de Gestão de Segurança – Requisitos. 
Essa norma “estabelece requisitos mínimos para um sistema de gestão da segurança para
prestadores de serviço das atividades de turismo de aventura especificando como a organização
gerencia suas operações em termos de segurança”, a partir de um processo de gerenciamento de
riscos. Dentro desse contexto, a empresa deve incluir o risco biológico da COVID-19 na sua
avaliação de riscos, implantar procedimentos para a mitigação do contágio, capacitar a equipe
e comunicar os participantes em relação às novas práticas adotadas por meio, por exemplo, do
termo de conhecimento de riscos e corresponsabilidade.
O termo de conhecimento de riscos e corresponsabilidade é um documento adotado em grande
parte das organizações para atender aos requisitos da norma ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de
Aventura – Informações para Participantes que “especifica as informações mínimas a serem
comunicadas aos participantes e aos potenciais participantes antes, durante e após as atividades
para assegurar a segurança”. A disponibilidade das informações assegura que os participantes
entendam os riscos, estejam preparados para contribuir na mitigação dos danos e a efetuarem
escolhas conscientes. 
Com o evento da pandemia pela COVID-19 é importante ressaltar no Termo de Conhecimento de
Riscos e Corresponsabilidade as características de cada atividade, acrescentar informações sobre
sintomas da COVID-19 (como por exemplo, coriza, tosse, febre, falta de ar, doenças pré-
existentes), informar sobre as novas práticas sanitárias adotadas na empresa, esclarecer o que
deve ser providenciado pelo participante durante a atividade (como por exemplo, máscaras
faciais, copo/garrafa de água individual, álcool gel 70%), priorizar o distanciamento físico
conforme orientação da equipe, evitar aglomerações, não compartilhar objetos e equipamentos,
cancelar previamente a reserva caso sinta algum sintoma da COVID-19 e informar a empresa
caso apresente sintomas ou seja diagnosticado com COVID-19 nos 14 dias seguintes da prática
da atividade no destino turístico.
06
1. REVISÃO DO SISTEMA DE
GESTÃO DA SEGURANÇA DE
TURISMO DE AVENTURA
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C OT U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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Outro fator importante a ser considerado no sistema de gestão da segurança da empresa é o
treinamento da equipe a respeito da COVID-19 e dos novos procedimentos sanitários adotados
para a mitigação do risco de contágio. Recomenda-se fornecer capacitação para todos os
colaboradores (próprios ou terceirizados) para a prevenção da transmissão da doença e sobre o
uso correto e seguro dos EPIs (equipamentos de proteção individual), segundo orientação da
Anvisa. Orientá-los sobre as medidas de precaução adotados na organização, como: usar EPIs
(incluindo máscara facial); evitar usar acessórios (brincos, relógios, pulseiras, anéis, entre
outros); cumprimentar a distância; procedimentos da etiqueta respiratória, lavar as mãos com
água e sabão e/ou higienizar com álcool gel 70% constantemente; respeitar o distanciamento
físico entre as pessoas (clientes e colaboradores); não tocar as mãos no rosto (olhos, nariz e
boca); não compartilhar equipamentos, nem objetos pessoais ou do ambiente de trabalho.
Para a implementação da ABNT NBR ISO 21101 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão da
Segurança – Requisitos, utilize como apoio o Guia de Implementação da Norma Técnica ABNT
NBR ISO 21101 (acesso gratuito), documento da ABNT e Sebrae.
07
1. REVISÃO DO SISTEMA DE
GESTÃO DA SEGURANÇA DE
TURISMO DE AVENTURA
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO
FÍSICO E PREVENÇÃO DE
CONTÁGIO
08
Foto:Acervo ABETA
2. MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO FÍSICO E PREVENÇÃO DE
CONTÁGIO
O vírus da COVID-19 tem como principal agente transmissor a
pessoa, mas se mantém ativo em materiais e superfícies por horas
ou dias (se não for realizada a limpeza). Por isso, os procedimentos
de distanciamento físico e higiene pessoal, assim como a limpeza
das diversas superfícies são tão importantes. Portanto, seguem
recomendações para manter o distanciamento físico e prevenir o
risco de contágio da COVID-19 durante a prática de atividades de
turismo na natureza.
2.1 Solicitar o uso de máscara facial por todos os colaboradores e
participantes (uso obrigatório de acordo com as exigências dos
órgãos oficiais e de saúde).
NOTA 1: O uso de máscaras pela população é um método de
barreira importante quando combinado aos demais cuidados de
higiene já preconizados. As pessoas que usarem máscaras devem
seguir as boas práticas de uso, remoção e descarte, assim como
higienizar adequadamente as mãos antes e após a remoção.
NOTA 2: o uso de máscara não diminui a necessidade
do distanciamento f ís ico.
2.2 Prover condições para higiene das mãos,
providenciando um lavatór io/pia com dispensador de
sabonete l íquido, suporte para papel toalha, papel
toalha, l ixe ira com tampa e acionamento por pedal ,
sem contato manual .
2. MEDIDAS DE
DISTANCIAMENTO FÍSICO E
PREVENÇÃO DE CONTÁGIO
09
Foto: Teriana G. Selbach
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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2.3 Disponibilizar dispensadores com álcool gel 70% para a higiene
das mãos em pontos estratégicos como na entrada do
estabelecimento, nos corredores, nas portas de elevadores, balcões
e mesas de atendimento, para uso de todo fluxo de pessoas
inerente a estas áreas
2.4 Informar as pessoas sobre o procedimento de higienização das
mãos com álcool gel 70% (ou preparações antissépticas ou
sanitizantes de efeito similar), colocadas em dispensadores e
disponibilizadas às pessoas. Estimular que, ao adentrarem ou
saírem do estabelecimento, as pessoas higienizem as mãos
frequentemente, principalmente após contato com materiais,
superfícies, equipamentos, pessoas e secreções respiratórias.
2.5  Colaboradores
 
2.5.1 Adequar as bases operacionais (espaços comuns), naturais
e/ou construídas (escritório, sede, recepção), além dos locais de
execução da atividade, às determinações de distanciamento físico
mínimo necessário.
2.5.2 Alterar a frequência e a forma de contato entre os
colaboradores (e entre estes e os participantes), evitando o
contato físico nos postos de trabalho compartilhado e reuniões
presenciais (alterar para remoto/online, quando possível).
2.5.3 Adequar as equipes de trabalho da linha de atendimento ao
participante às recomendações da OMS, quais sejam:
distanciamento físico para caso(s) de recepção, briefing
(alinhamento de procedimento), boas vindas, etc., equipados com
máscara individual e/ou protetor facial (face shield) que cubra a
frente e os lados do rosto.
10
2. MEDIDAS DE
DISTANCIAMENTO FÍSICO E
PREVENÇÃO DE CONTÁGIO
Foto: Dallonder
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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NOTA 1: No caso de fornecimento de uso de máscara descartável, observar o descarte
apropriado (ver item 4.5 Destinação dos Resíduos). 
NOTA 2: Orientar os colaboradores a levarem garrafas/copos reutilizáveis para água. Evitar o uso
de copos e outros utensílios descartáveis. 
2.5.4 Manter os ambientes ventilados (preferencialmente com ventilação natural - janelas
abertas) para aumentar a troca de ar.
2.5.5 Evitar objetos decorativos e a disponibilização de folders, revistas e jornais no ambiente de
recepção ou demais áreas afins e priorizar versões eletrônicas, evitando manuseio.
2.5.6 Substituir o uso de papel nas transações comerciais por tickets/vouchers e pagamentos
eletrônicos (preferência pré-pago, pela internet, mobile pay).
2.5.7 Afastar o colaborador no caso de qualquer suspeita ou confirmação de COVID-19. Para os
colaboradores que forem do grupo de risco, recomenda-se que sejam remanejados para
atividades que não tenham contato com outros colegas ou clientes.
2.5.8 Definir um responsável devidamente capacitado quanto aos procedimentos internos em
caso de suspeita de infecção da COVID-19 (acompanhar a pessoa com sintomas a um espaço de
isolamento, prestar-lhe a assistência necessária e contatar o serviço de saúde oficial).
2.6  Participantes
2.6.1 Definir número proporcional de participantes de acordo com a disponibilidade de
atendentes ao ingressar na empresa por meio de sinalização, evitando aglomerações em seu
interior, respeitando a capacidade do espaço e garantido o distanciamento físico entre todos.
2.6.2 Manter distanciamento entre as pessoas para controle da movimentação, evitando-se o
tráfego indesejado e o cruzamento desnecessário entre todos.
11
2. MEDIDAS DE
DISTANCIAMENTO FÍSICO E
PREVENÇÃO DE CONTÁGIO
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
W W W . A B E T A . T U R . B R • 2 0 2 0 M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - V E R S Ã O 2 . 1
avaliar previamente o impacto/risco em relação às visitas durante a pandemia;
realizar as visitas em comum acordo, quando a comunidade estiver preparada para receber
visitantes;
intensificar os cuidados e fornecer informação à comunidade e visitantes;
fornecer máscaras para os moradores locais;
usar proteção facial e respeitar o distanciamento físico;
orientar os clientes quanto à higienização das mãos e ao comportamento durante a visita.
2.6.3 Caso identificar um participante com algum sintoma de tosse, dor de garganta ou
desconforto respiratório, orientar para retornar imediatamente para casa. Recomenda-se,
quando possível, em caso de medição de temperatura corporal, a utilização somente de
termômetros de infravermelho (ver ANEXO 1).2.6.4 O uso dos recursos hídricos com contato primário para recreação em água (poços de rios,
cachoeiras, lagos, entre outros) deve ser feito com a máxima cautela, pois estudos identificaram o
vírus causador da COVID-19 em águas residuárias (esgotos) e recursos hídricos contaminados
por esgotos, mas não há, até o momento, nenhuma evidência científica de pacientes
contaminados por vetores hídricos. 
NOTA: Considerar a possibilidade de realizar análise(s) da qualidade da água de recursos hídricos
(rios, lagos, barragens e similares) utilizados para ingestão ou recreação de contato primário
e/ou mapeamento de rios com potencial contaminação por esgotos domésticos ao longo do
percurso planejado e evitar o contato direto com tais pontos de recursos hídricos. 
 
2.7 Comunidades
Quando na operação das atividades de ecoturismo e turismo de aventura houver visita a alguma
comunidade, recomenda-se:
12
2. MEDIDAS DE
DISTANCIAMENTO FÍSICO E
PREVENÇÃO DE CONTÁGIO
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO DE
AMBIENTES
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Foto:Acervo ABETA
3. MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO DE AMBIENTES
Estudos apontam que os coronavírus (incluindo informações
preliminares sobre o SARS-CoV-2) podem resistir nas superfícies
por algumas horas ou até vários dias, podendo variar conforme
diferentes condições (como por exemplo, tipo de superfície,
temperatura ou umidade do ambiente).  Apesar de não se ter
exatidão quanto ao período em que esse vírus permanece ativo,
tem-se o abaixo alguns apontamentos (Quadro 1):
Quadro 1 - Período de contaminação. (Fonte: Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade de
São Paulo (USP); Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático – SOBRASA; Sanarmed)
As superfícies carreiam um risco mínimo de transmissão direta de
infecção, mas podem contribuir para a contaminação cruzada
secundária, por meio das mãos dos profissionais e de instrumentos
ou produtos que poderão ser contaminados ao entrar em contato
com essas superfícies e posteriormente, contaminar pessoas ou
outras superfícies.
A prol i feração do v írus nos ambientes pode estar
relacionada ao uso de técnicas incorretas de l impeza,
de desinfecção de superf íc ies e de manejo inadequado
dos resíduos. As superf íc ies apenas l impas reduzem em
80% o número de microrganismos, enquanto as
superf íc ies que foram l impas e desinfetadas conseguem
reduzir em cerca de 99%. 
3. MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO
DE AMBIENTES
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Foto: Rede dos Sonhos
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Dessa forma recomenda-se:
3.1 Limpar superfícies com água e sabão (qualquer sabão de uso comum,
como detergentes, preferencialmente biodegradáveis) ou álcool a 70%
ou hipoclorito a 0,1%. 
NOTA: Deve-se tomar cuidado com aspersão de hipoclorito, que é tóxico
para mucosas, inclusive do trato respiratório.
3.2 É recomendado que a desinfecção das superfícies dos ambientes seja
realizada após a sua limpeza. Sabe-se que os vírus são inativados pelo
álcool a 70% ou pelo cloro. Portanto, preconiza-se a limpeza das
superfícies com detergente neutro (preferencialmente biodegradável)
seguida da desinfecção com uma solução desinfetante regularizada junto
à Anvisa (consultar ANEXO 6).
3.3 Recomenda-se ampliar a frequência de limpeza de acordo com o
fluxo de pessoas com álcool 70% ou outro desinfetante padronizado
pelo serviço de saúde, principalmente das superfícies mais tocadas como
bancadas, teclados de computador, telefones, canetas, pias, torneiras,
espelhos, vasos sanitários, maçanetas, corrimãos, cadeiras, mesas,
utensílios, equipamentos, interruptores de luz, superfícies dos banheiros
e vestiários, entre outros.
3.4 Durante os procedimentos de limpeza, evitar atividades que
favoreçam o levantamento das partículas em suspensão, como o uso de
sopradores, aspiradores de pó ou vaporizadores. Não realizar a
varredura seca. Manter as superfícies (mobiliários em geral, pisos,
paredes e equipamentos, dentre outras) limpas e secas; remover
rapidamente matéria orgânica das superfícies.
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3. MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO
DE AMBIENTES
Foto: Rede dos Sonhos
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3.5 Reforçar a limpeza e desinfecção dos ambientes sempre que
houver pessoas suspeitas de infecção da COVID-19, principalmente
nas superfícies frequentemente manuseadas e mais utilizadas por
elas. 
 
3.6 Higienização de equipamentos, objetos e roupas
A higienização de equipamentos, objetos e roupas carece de muita
atenção na operação das atividades de turismo de natureza.
Recomenda-se a indicação de um(a) responsável para essas
tarefas que seja capacitado(a) para a função, já que todo
equipamento tem suas especificidades em relação ao material
utilizado e o produto que pode ser aplicado para evitar danos. Uma
vez nomeada a pessoa responsável pela higienização dos
equipamentos, recomenda-se:
3.6.1 Utilizar EPIs apropriados como forma de barreira contra a
contaminação do trabalhador (por exemplo, luvas de látex, viseira,
máscara, avental, touca, botas) 
 
NOTA: são recomendadas as luvas de borracha, reutilizáveis e de
cano longo. Não é recomendado o uso de luvas de látex, devido a
sua fragilidade. 
3.6.2 Avaliar a melhor forma de fazer a limpeza dos diversos
equipamentos de acordo com as especificidades do fabricante e
tipo de material. (consultar ANEXO 6).
NOTA: a título de eliminação da COVID-19, o procedimento de
lavagem com sabão/detergente (preferencialmente biodegradável)
por 20 segundos é suficiente. Para desinfecção complementar,
recomenda-se consultar o documento da Anvisa - Segurança do
paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de
superfícies.
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3. MEDIDAS DE SANITIZAÇÃO
DE AMBIENTES
Foto: Raizeira Ecoturismo
Foto: Rede dos Sonhos
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3.6.3 Separar os equipamentos para a lavagem em recipientes específicos que permitam vedação.
Esse armazenamento pode ser feito em sacos plásticos, sacos estanques, tambores, caixas
plásticas, devidamente sinalizados e que deverão ser lavados também.
3.6.4 Armazenar e/ou estocar os equipamentos em local limpo, livre de umidade e, de preferência,
arejado.
3.6.5 Garantir que os equipamentos e objetos sejam manuseados somente quando necessário e
com prévia higienização das mãos.
NOTA: a frequente higienização das mãos pelo pessoal que manuseia os equipamentos é essencial
para a prevenção do contágio da COVID-19. 
3.6.6 Os equipamentos (coletes, capacetes, cordas, entre outros) podem ser reutilizados mesmo
que estejam molhados, desde que tenham sido higienizados.
3.6.7 Recomenda-se que a entrega de equipamentos seja feita em kits individuais para cada cliente,
embalados individualmente e devidamente higienizados.
NOTA: Vantagens de embalar o equipamento: maior segurança e credibilidade ao serviço que está
sendo prestado, com a validação de que está limpo; redução de risco de contaminação; maior
facilidade no controle do equipamento.
3.6.8 É de responsabilidade dos colaboradores a lavagem diária dos uniformes após o uso. Os EPIs
podem ser lavados com água e sabão e/ou desinfetados.
3.6.9 Limpar e desinfetar as superfícies internas do veículo após a realização do transporte, em
especial a higienização de: maçanetas, cintos de segurança e bancos. 
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3. MEDIDAS DESANITIZAÇÃO
DE AMBIENTES
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CUIDADO NA PREPARAÇÃO DE
REFEIÇÕES
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 Utilizem máscaras de proteção individual limpa ou nova (que
não seja a mesma utilizada durante a operação, no caso de
líder ou auxiliar apoiando nesta manipulação de alimentos);
 Mantenham o distanciamento entre os colegas de trabalho e os
Mantenham as unhas curtas e sem esmaltes;
Estejam com as mãos higienizadas e sem adornos (anéis,
aliança, relógio, piercings), pois acumulam sujeiras e
microrganismos;
Não conversem, espirrem, tussam, cantem ou assoviem em
cima dos alimentos, superfícies ou utensílios;
 Não sejam compartilhados utensílios de cozinha e alimentação.
4. CUIDADOS NA PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES
Em algumas operações de turismo de aventura, o serviço de
alimentação é necessário, sendo, muitas vezes, a refeição
preparada pela própria equipe de operação. Em tempos de
pandemia, recomenda-se a suspensão desse tipo de serviço
quando possível, orientando os clientes que levem seu próprio
alimento e recipiente de água individual. 
4.1 No caso de oferta aos participantes de alimentos e bebidas que
sejam eventualmente manipulados pela equipe da operação,
recomenda-se que sejam seguidas as orientações exigidas pelos
órgãos de controle e legislações vigentes, como a Resolução
Federal RDC 216/2004 e a Nota Técnica NT 23/2020, da ANVISA
e/ou de acordo com as normas do município (se aplicável) que
adicionalmente:
 participantes;
NOTA: a recomendação vale para o momento do preparo e na hora
de servir.
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4. CUIDADO NA PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
Foto: Thalita Selbach
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4. CUIDADO NA PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
Foto: Ion David
dimensionar as pessoas por intervalo de tempos evitando, assim, aglomerações;
orientar os participantes a somente se aproximarem da mesa com máscara limpa (ou nova) e
com as mãos previamente higienizadas;
manter o distanciamento durante o período de alimentação.
4.2 No transporte dos alimentos durante o percurso, recomenda-se que sejam gerados
procedimentos de proteção e higienização das embalagens dos alimentos compartilhados nas
mochilas dos participantes. 
NOTA: para lanches de trilha, distribuir kits individuais com todas as embalagens, demais alimentos
e utensílios utilizados, todos previamente higienizados. 
4.3 No momento de se servir, recomenda-se:
4.4 Para a ingestão de água de recursos hídricos recomenda-se o uso de produtos para a
desinfecção da água para o consumo humano (como por exemplo, hipoclorito de sódio a 2,5%,
cloreto de sódio 1,0%, água deionizada q. s. p. 100%). 
NOTA: Recomenda-se que ao reabastecer as garrafas de água, realizar uma higienização destas
e/ou utilizar um único recipiente para o uso pessoal e outro para reabastecimento (que terá contato
com a fonte).
 
4.5 Destinação dos resíduos
De acordo com o que se sabe até o momento, a COVID-19 pode ser enquadrada como agente
biológico classe de risco 3. Seguindo a Classificação de Risco, todos os resíduos provenientes de
pessoas suspeitas ou confirmadas de infecção pela COVID-19 devem ser enquadrados na categoria
A1, conforme Resolução RDC/Anvisa nº 222, de 28 de março de 2018. 
O uso de materiais e objetos descartáveis contribuem para a poluição do meio ambiente e, quando
destinados de forma inadequada, podem ser facilmente levados à natureza tornando-se um produto
de alto impacto negativo para a flora e a fauna e, se estiverem contaminados, podem causar danos
ainda maiores. Nesse sentido, as recomendações sobre o descarte de resíduos relacionados ao
turismo de natureza, são:
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Foto: Ion David
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4. CUIDADO NA PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
4.5.1 Descartar os EPIs e utensílios descartáveis em
recipientes específicos e devidamente sinalizados como
“material infectante”;
4.5.2 Para o recolhimento dos resíduos, recomenda-se que o
profissional responsável utilize os EPIs
adequados, como aventais não permeáveis, luvas de borracha
de cano longo, óculos de proteção e máscaras protetoras
faciais. Evitar que os sacos se encostem no corpo do
profissional ou que sejam arrastados pelo chão;
4.5.3 Recolher sacos de resíduos dos recipientes próprios com
fecho, fechados quando 80% de sua
capacidade estiverem preenchidos ou sempre que necessário,
evitando coroamento ou transborde. Nesse caso, uma
frequência de recolhimento deve ser estabelecida, de acordo
com o volume gerado em cada empresa/operação;
4.5.4 Não transferir o conteúdo de um saco de resíduos para
outro saco, para fins de preenchimento
Foto:Rede dos Sonhos
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MEDIDAS DE HIGIENE PESSOAL
PARA COLABORADORES
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Foto: Teriana G. Selbach
5. MEDIDAS DE HIGIENE PESSOAL PARA COLABORADORES
Sabendo-se que a empresa deve garantir proteção dos
colaboradores atuantes no atendimento, segundo a Portaria
Conjunta nº 20, de 18 de junho de 2020, recomenda-se:
5.1 Informar sobre a frequente higienização das mãos com água e
sabonete/sabão, durante pelo menos 20 segundos (tempo
necessário para quebrar as moléculas de gordura que envolvem o
SARS-Cov-2) ou usar desinfetante para as mãos que tenha pelo
menos 70% de álcool, cobrindo todas as superfícies das mãos e
esfregando-as até ficarem secas, principalmente antes e depois do
atendimento de cada cliente, após uso do banheiro, após entrar
em contato com superfícies de uso comum como balcões,
corrimãos, teclados, identificação de clientes, canetas, telefones,
papéis, cartões de créditos, entre outros.
5.2 Instruir quanto a etiqueta respiratória: tossir ou espirrar para o
antebraço flexionado/curvado (sobre o rosto na altura do cotovelo)
ou usar lenço de papel, que depois deve ser imediatamente
descartado no lixo; higienizar as mãos sempre após tossir ou
espirrar e depois de se assoar. 
5.3 Solicitar o uso de máscaras por 100% dos colaboradores
durante toda jornada de trabalho, inclusive durante a prática de
atividades molhadas (no caso de rafting, por exemplo), pelo menos
enquanto for solicitado pelos órgãos oficiais. 
NOTA: Sugere-se que funcionários tenham sempre barba aparada e
pele limpa, sem maquiagem, pois o uso de barba e maquiagem
impedem a ventilação.
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5. MEDIDAS DE HIGIENE
PESSOAL PARA
COLABORADORES
Foto: Teriana G. Selbach
Foto: Rede dos Sonhos
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5.4 Orientar para que os colaboradores não compartilhem alimentos, utensílios, copos, talheres,
garrafas, toalhas e outros objetos pessoais como celular, protetor solar, repelente, entre outros.
Sugere-se eliminar ou restringir o compartilhamento de itens como canetas, pranchetas,
telefones, computadores, máquinas de cartão de débito/crédito, rádios comunicadores, entre
outros. 
5.5 Salientar que evitem tocar olhos, nariz e boca sem higienizar as mãos previamente. 
5.6 Definir e capacitar os colaboradores (terceirizados ou não) de atendimento público sobre os
procedimentos de etiqueta respiratória e higienização pessoal, incluindo e não se limitando a,
roupas e calçados,conservação e higienização de equipamentos de uso pessoal, antes, durante e
após a realização das atividades do dia.
5.7 Para os profissionais de limpeza: quando realizar a limpeza dos ambientes, recomenda-se
usar gorro (para procedimentos que geram aerossóis); óculos de proteção ou protetor facial;
máscara; avental; luvas de borracha com cano longo; botas impermeáveis de cano longo. 
5.8 Quando líderes, instrutores, condutores, monitores e toda e qualquer pessoa da equipe de
trabalhadores necessitarem fazer contato físico com os participantes, que sejam orientados a
lavar ou higienizar as mãos antes e após os procedimentos (como por exemplo, colocação de
equipamentos de segurança inerentes à atividade contratada, ajuda para transpor um obstáculo,
atendimento emergencial, entre outros).
5.9 Em caso de acidentes com participantes, quando houver risco de exposição do trabalhador a
secreções corporais, sangue, excreções, recomenda-se fazer uso, minimamente, de luvas,
máscara e óculos de proteção ou protetores faciais (que cubra a frente e os lados do rosto).
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5. MEDIDAS DE HIGIENE
PESSOAL PARA
COLABORADORES
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TREINAMENTO DA EQUIPE
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Foto: Teriana G. Selbach
Foto: Rede dos Sonhos
sintomas da COVID-19 e formas de transmissão;
distanciamento físico e prevenção de contaminação;
etiqueta respiratória;
uso de máscaras faciais;
higienização das mãos;
sanitização dos ambientes;
uso de vestimenta/uniforme e EPIs;
manutenção, higienização e armazenagem dos equipamentos;
or ientação aos cl ientes ( informação e comunicação);
6.     TREINAMENTO DA EQUIPE 
Conforme Portaria Conjunta nº 20, de 18 de junho de 2020, é necessário passar informações e
realizar treinamentos em relação a COVID-19 para os colaboradores. Para que as equipes
envolvidas na operação de ecoturismo e turismo de aventura saibam como implementar as
medidas sanitárias, é vital que sejam qualificadas, com treinamentos prévios aos atendimentos,
assim como recebam atualizações constantes, uma vez que os órgãos de saúde, entidades
governamentais, entre outras pertinentes, podem publicar atualizações das recomendações
sanitárias e de higienização dos ambientes visitados (incluindo as estruturas físicas dos atrativos
turísticos), assim como da proteção das pessoas envolvidas (tanto trabalhadores, como
participantes e as comunidades locais impactadas pelo turismo). 
6.1   Recomenda-se executar treinamento específico para competência dos líderes para execução
dos procedimentos sanitários estabelecidos e as devidas avaliações de eficácia.
6.2    Atender a Norma Técnica ABNT NBR ISO 21102 – Turismo de Aventura – Líderes –
Competência Pessoal
6.3   Atualizar o sistema de gestão da segurança de turismo de aventura.
6.4   Preparar os trabalhadores para realizar sua atividade profissional de acordo com os novos
procedimentos operacionais e sanitários da empresa, a respeito de: 
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6.TREINAMENTO DA EQUIPE
Foto: Rede dos Sonhos
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transações comerciais digitais;
situações de emergência durante a operação, definindo recomendações de segurança do
ponto de vista sanitário, para os líderes atuarem em situações de emergência, onde seja
necessário utilizar técnicas de primeiros socorros, tendo em vista a COVID-19:
Prover no kit de primeiros socorros álcool 70%, luvas, óculos/proteção facial, máscaras
sobressalentes, avental, termômetro infravermelho, oxímetro;
Aferir a temperatura e nível de oxigenação [parâmetros clínicos de anormalidade:
temperatura igual ou maior que 37,8 C e saturação (SpO2) menor que 95%];
 Garantir a assepsia do material que poderá ser utilizado nas técnicas de primeiros socorros;
·Caso seja necessário o deslocamento com maca, recomenda-se que o instrumento esteja
higienizado e o veículo para remoção a ser utilizado também.
1.
2.
3.
4.
Após a retomada, é possível que parte dos colaboradores se acostumem aos
novos procedimentos operacionais e tenham a tendência a um relaxamento. É
neste momento que se torna-se imprescindível que eles atuem de forma alerta
para a prevenção, em todos os momentos das etapas operacionais.
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6.TREINAMENTO DA EQUIPE
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MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO
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Foto: Acervo ABETA
7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO
Alerta-se que o acesso a informações atualizadas seja proveniente
de fontes oficiais (por exemplo, governo federal, estadual,
municipal, Ministério da Saúde, da OMS, Anvisa, Fiocruz e outras
fontes confiáveis) e que o compartilhamento das informações
relacionadas à COVID-19 seja realizado frequentemente visando
combater notícias falsas (fake news).
Considerando existência de norma técnica que prevê a
comunicação antecipada dos riscos inerentes às atividades de
ecoturismo e turismo de aventura, que utilizem a norma ABNT NBR
ISO 21103 – Turismo de Aventura – Informações para
Participantes, para incluírem em sua comunicação com o
participante (cliente/consumidor) o risco de contágio pela COVID-
19 e insiram esta informação em seus protocolos operacionais,
incluindo mas não limitando-se, ao Termo de Conhecimento de
Risco e Corresponsabilidade, a fim de esclarecer os procedimentos
a seguir relacionados:
7.1 Clientes
7.1.1 Antes mesmo de efetuar a reserva, comunique o participante,
além das informações relativas à prática da atividade, a inserção do
risco de contaminação pela COVID-19 no SGS e os procedimentos
sanitários adotados como medidas de prevenção e gestão dos
riscos implementados pela empresa. 
NOTA: passar esses dados preferencialmente por meio de suporte
digital/online: via site, redes sociais, telefone ou mensagem.
7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO
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Foto: Teriana Selbach
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7.1.2 Solicitar previamente ao participante sua condição e estado
de saúde, indicando se teve ou está com febre, falta de ar, sintomas
de gripe ou algum outro sintoma ligado à COVID-19. 
7.1.3 Informar antecipadamente sobre a corresponsabilidade do
participante na prevenção do contágio e as suas responsabilidades
durante a atividade, como por exemplo: ter e usar máscara facial
pessoal, respeitar o distanciamento físico, evitar aglomerações,
realizar a higienização das mãos com frequência, levar
garrafa/copo de água individual, possuir e utilizar constantemente
álcool gel 70%, não compartilhar objetos e equipamentos, informar
a empresa previamente caso apresente qualquer sintoma de
infecção respiratória (por exemplo, tosse, coriza, dificuldade para
respirar) e, nesse caso, suspender a reserva para evitar colocar
outras pessoas em risco. 
NOTA: A empresa precisa adotar um procedimento de
adiamento/cancelamento de reserva conforme a situação e
legislações aplicáveis (consultar ANEXO 2, Medida Provisória
946/20 para atender esses casos).
7.1.4 Ao chegar na organização, que os participantes recebam as
informações (briefing, cartaz) sobre os novos procedimentos
sanitários adotados na empresa a fim de prevenir a contaminação
por COVID-19, como, por exemplo: o uso de máscara facial
pessoal; não usar acessórios (brincos, relógios, pulseiras, anéis,
entre outros); cumprimentar à distância; lavar as mãos com água e
sabonete/sabão líquido ou higienizar com álcoolgel 70%
frequentemente; respeitar o distanciamento entre as pessoas
(clientes e colaboradores); informar se estão com sintomas de
infecção respiratória; não tocar as mãos no rosto (olhos, nariz e
30
7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO
Foto: Rede dos Sonhos
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boca) sem higienizá-las; não compartilhar objetos (copos/garrafas de água e talheres, óculos,
telefones, toalhas, canetas, protetor solar), ou equipamentos (como por exemplo, snorkel,
capacete, coletes de flutuação, luvas, entre outros) sem estarem higienizados.
Nota: nos casos em que o participante não esteja de posse de sua máscara, recomenda-se que o
operador disponibilize uma nova a este participante em suas operações.
7.1.5 Fornecer aos participantes instruções sobre etiqueta respiratória e a forma correta para a
higienizar as mãos com água e sabonete/sabão líquido ou preparação alcoólica a 70% e etiqueta
respiratória (consultar ANEXOS 3 e 5). 
NOTA: pode-se utilizar alertas visuais (cartazes, placas, pôsteres, entre outros) em locais
estratégicos (por exemplo, recepção, áreas de espera, lanchonetes) para essa finalidade.
 
7.1.6 Comunicar aos participantes que informem a empresa caso apresentarem sintomas ou
diagnóstico de COVID-19, num período de até 14 dias, após o retorno para suas casas depois de
praticar a atividade de turismo, para que a empresa possa tomar as devidas providências.
7.1.7 Informar clientes que estiveram no destino turístico, após seu retorno à suas casas, de
eventuais casos confirmados da COVID-19 com outros clientes atendidos na mesma época (para
ações de prevenção com a realização de exames médicos, seguindo os protocolos das entidades
oficiais de saúde nacionais e a OMS), conforme é definido na ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de
aventura – Informações para Participantes.
7.2 Trabalhadores
7.2.1 O trabalhador precisa ser comunicado quanto a COVID-19 e medidas de prevenção e
contágio, assim como a sua corresponsabilidade na mitigação dos riscos de transmissão da doença.
7.2.2 No caso de apresentar qualquer sintoma de infecção respiratória (por exemplo, tosse, coriza,
dificuldade para respirar) ou diagnóstico de COVID-19, solicitar que o trabalhador permaneça em
casa para evitar colocar outras pessoas em risco.
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7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO
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NOTA: O trabalhador tem a responsabilidade de informar a empresa sobre as suas condições de
saúde, principalmente relacionadas aos sintomas da COVID-19 e se pertence a algum grupo de risco
(por exemplo, idosos, diabéticos, cardíacos, doenças autoimunes). A recomendação é ficar em casa
durante 14 dias e procurar atendimento médico em casos mais críticos, conforme protocolos de
saúde adotados oficialmente.
7.2.3 Informar publicamente e manter disponíveis, normas e rotinas dos procedimentos envolvidos
na higienização das pessoas, equipamentos e ambientes/superfícies, tais como: etiqueta
respiratória, lavagem das mãos, procedimentos de colocação e retirada dos EPIs, não
compartilhamento de objetos pessoais, material de trabalho e equipamentos, transações comerciais
(termos de ciência, vouchers, notas fiscais, pagamentos – preferencialmente online), permissões e
fluxo das pessoas dentro do empreendimento e nas operações, procedimentos de remoção e
higienização de roupas/equipamentos e produtos utilizados na operação, rotinas de limpeza e
desinfecção de ambientes, superfícies e remoção dos resíduos, entre outros. 
7.2.4 A cada contato com qualquer pessoa de seu fluxo de trabalho e objetos ou utensílios que
possam ser compartilhados orientar sobre a utilização frequente de álcool em gel 70%. 
7.2.5 Passar orientações aos trabalhadores envolvidos no atendimento e assistência dos clientes
quanto às medidas de prevenção adotadas pela empresa. 
7.2.6 Informar o responsável pelo sistema de gestão da segurança de turismo de aventura do
empreendimento, se houveram ocorrências em relação a COVID-19 durante a operação. 
 7.2.7 Caso ocorra algum caso posterior de notificação de pessoas contaminadas por COVID-19,
recomenda-se que os demais participantes, trabalhadores, fornecedores e comunidades locais
envolvidos na operação sejam informados, para o devido monitoramento, seguindo as orientações
da “ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de aventura – Informações para participantes”.
7. MEDIDAS DE COMUNICAÇÃO
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Foto: Acervo ABETA
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MEDIDAS DE MONITORAMENTO
33
Foto: Rede dos Sonhos
Foto: Rede dos Sonhos
8. MEDIDAS DE MONITORAMENTO
É importante que a organização mantenha um estado de atenção em relação aos seus
trabalhadores, participantes, assim como do local de trabalho. Dessa forma, recomenda-se:
8.1 Realizar registro periódico dos sintomas de gripe (tosse ou dificuldade em respirar) dos
colaboradores. 
8.2 Revisar junto as empresas terceirizadas de prestação de serviço de saúde do trabalho, seus
planos de PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e PPRA - Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais e os ajustem considerando esta nova situação com a presença do
COVID-19.
8.3 Monitorar os colaboradores afastados por suspeita e/ou confirmação de COVID-19.
8.4 Monitorar quadro de saúde dos colaboradores no caso de ter contato com um caso suspeito
ou confirmado (participante ou trabalhador) na empresa. Sugere-se isolar ou afastar o funcionário
que atendeu o contaminado.
8.5 Realizar o monitoramento dos participantes pós atividade, e em casos de notificação de pessoas
que apresentem sintomas da COVID-19, que a empresa se comunique com os demais participantes
envolvidos na mesma operação para também o devido monitoramento.
8.6 Acompanhar o estado de saúde do cliente com suspeita ou confirmação de contaminação.
8.7 Estabelecer um processo de comunicação, consulta e monitoramento com os parceiros e
fornecedores envolvidos em suas atividades para assegurar que estes estejam engajados e
adotando também medidas sanitárias como prevenção de contágio da COVID-19.
8.8 Acompanhar o surgimento de algum caso suspeito ou confirmado de COVID-19 na
comunidade/território, e comunicar aos participantes que eventualmente tiveram contato com o
doente para o devido monitoramento.
8. MEDIDAS DE
MONITORAMENTO
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8.9 Definir e registrar os procedimentos de limpeza e desinfecção de equipamentos, produtos e
ambientes. 
8.10 Monitorar se os produtos de higiene, como sabonete, papel toalha, álcool 70% e outros são
suficientes para atender às necessidades da operação/dia e programar a aquisição
antecipadamente, para evitar falta destes durante o período de operação.
8.11 Acompanhar as informações sobre a propagação da COVID-19 localmente e as medidas
impostas pelos órgãos oficiais nas esferas municipal, estadual e federal.
8. MEDIDAS DE
MONITORAMENTO
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A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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OPERAÇÃO DE ATIVIDADES DE
TURISMO DE NATUREZA
36
Foto: Ion David
9.1 Cicloturismo;
9.2 Atividades aquáticas;
9.3 Caminhada e caminhadade longo curso;
9.4 Turismo equestre;
9.5 Observação da vida silvestre;
9.6 Técnicas Verticais
9.7 Transporte e turismo em veículos motorizados
Este documento complementar é parte do Manual de Boas Práticas - Recomendações de
Procedimentos Sanitários para a Operação de Atividades de Turismo de Natureza da ABETA que
visa orientar os participantes (empresários, líderes, condutores, guias e outros profissionais do
segmento) quanto à adoção de procedimentos sanitários exclusivamente durante a operação das
atividades de natureza. 
O Manual de Boas Práticas da ABETA já contempla as questões de revisão do sistema de gestão
da segurança, distanciamento físico, sanitização de ambientes, equipamentos, objetos, roupas,
cuidados na preparação de refeições, destinação de resíduos, medidas de higiene pessoal dos
colaboradores, treinamento da equipe, comunicação (com clientes e colaboradores) e
monitoramento, e, portanto, sugere-se que a leitura desse documento inicie por esse capítulo. 
Nos próximos capítulos serão abordadas somente as especificidades das atividades de:
Sabe-se que cada destino tem suas particularidades e que as práticas relacionadas aqui podem
ou não serem adotadas pelos empresários e participantes. Recomenda-se uma avaliação
criteriosa individual a respeito das condições e da viabilidade de se aplicar determinadas medidas,
a fim de proporcionar as melhores condições higiênico-sanitárias para prevenir o contágio pela
COVID-19. Cabe também, consultar as normas técnicas ABNT referente as atividades de turismo
de aventura, a fim de obter um melhor direcionamento quanto as boas práticas de operação de
cada atividade.
A operação de turismo de aventura requer alguns pontos de atenção em tempos de COVID-
19 (ainda sem uma vacina ou um tratamento consolidado até o momento), já que o desafio
de uma operação segura aumenta consideravelmente.
9. OPERAÇÃO DE ATIVIDADES
DE TURISMO DE NATUREZA
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Portanto, é fundamental reforçar as boas práticas e os
procedimentos de sanitização, bem como garantir as
condutas adequadas dos procedimentos de saúde dos
colaboradores, além de estabelecer medidas de atendimento
ao cliente, a fim de minimizar o risco de transmissão da
COVID-19.
Ressalta-se a importância de rever o Sistema de Gestão da
Segurança da empresa, de acordo com a norma ABNT NBR
ISO 21101 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão de
segurança– Requisitos, incluindo o risco de contaminação da
COVID-19 e adotando os procedimentos necessários, como o
termo de conhecimento de risco e corresponsabilidade
(norma ABNT NBR ISO 21103 – Turismo de Aventura –
Informações para Participantes).
Nota: Cada cliente é também corresponsável pela sua
segurança e pelos riscos de acidente e precaução de
contaminação do COVID-19.
9. OPERAÇÃO DE ATIVIDADES
DE TURISMO DE NATUREZA
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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CICLOTURISMO
39
Foto: Ion David
Foto: Fernando Angeoletto
1. OPERAÇÃO
A operação de turismo de aventura a atividade de cicloturismo requer alguns pontos de atenção
em tempos de COVID-19 (ainda sem uma vacina ou um tratamento consolidado até o momento),
já que o desafio de uma operação segura aumenta consideravelmente.
Portanto, é fundamental reforçar as boas práticas e os procedimentos de sanitização, bem como
garantir as condutas adequadas dos procedimentos de saúde dos colaboradores, além de
estabelecer medidas de atendimento ao cliente, a fim de minimizar o risco de transmissão da
COVID-19.
Ressalta-se a importância de rever o Sistema de Gestão da Segurança da empresa, de acordo
com a norma ABNT NBR ISO 21101 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão de segurança–
Requisitos, incluindo o risco de contaminação da COVID-19 e adotando os procedimentos
necessários, como o termo de conhecimento de risco e corresponsabilidade (norma ABNT NBR
ISO 21103 – Turismo de Aventura – Informações para Participantes).
Nota: Cada cliente é também corresponsável pela sua segurança e pelos riscos de acidente e
precaução de contaminação do COVID-19.
2. ATIVIDADE DE CICLOTURISMO
Conforme a norma ABNT NBR 15509-1 – Turismo de aventura – Cicloturismo – Parte 1:
Requisitos para produto, define-se o clicloturismo como atividade de turismo que tem como
elemento principal a realização de percursos com bicicleta.
2.1 Divisão de responsabilidades da equipe
Um dos pontos importantes para a efetiva implementação dos protocolos é a divisão das
responsabilidades de cada membro da equipe, quanto aos cuidados sanitários e de higienização
para a prevenção aos riscos de contágio ao vírus SarS-Cov 2 (COVID-19).
Portanto, é fundamental que cada empresa/organização defina e atualize, em seu plano de
gestão, os papéis de todos os envolvidos na operação de turismo de aventura, a fim de que cada
um saiba suas responsabilidades, tarefas, quais protocolos devem seguir e quais atividades
devem controlar.
40
9.1 CICLOTURISMO
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2.2 INÍCIO DA OPERAÇÃO DE CICLOTURISMO
Recomenda-se, durante o processo de comercialização ou antes do início da operação de
cicloturismo:
• No prólogo (briefing), que os clientes sejam orientados a manterem distanciamento e que sejam
recomendados que na operação de cicloturismo também busquem um distanciamento entre as
bicicletas durante sua progressão;
• Que os clientes sejam orientados sobre o uso dos equipamentos de proteção individual, inclusive
máscaras protetoras faciais;
• Rever a classificação do percurso de cicloturismo, que pode ter alteração no esforço físico, pelo
uso de máscara de proteção facial;
• Realizar a higienização das bicicletas (quadro, manoplas, selim, alavancas de câmbio, área da
caramanhola e outras partes da bicicleta), onde o cliente possa ter contato, antes de ser entregue
ao cliente;
• A higienização das mãos dos líderes e auxiliares antes de qualquer contato com o cliente ou
equipamentos, assim como imediatamente após, mesmo que não haja atendimento de outro
cliente na sequência ou manuseio dos equipamentos;
• Avaliar paradas adicionais no percurso para beber líquidos, já que durante a progressão, com o
uso de máscaras, não seja possível beber durante a progressão;
• Avaliar reduzir o ritmo de velocidade média de progressão do grupo, pelo fato do uso das
máscaras, que pode reduzir a condição normal de respiração das pessoas (líderes, auxiliares e
clientes);
• Avaliar as condições de clima, temperatura e atmosféricas da região a ser visitada pelo percurso
de cicloturismo, o que pode desgastar as máscaras mais rapidamente (como por exemplo, suor
excessivo), e sendo necessário, recomenda-se a troca por uma outra máscara. 
41
9.1 CICLOTURISMO
Foto: Ion David
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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2.3 DURANTE A OPERAÇÃO DE CICLOTURISMO
Recomenda-se que o líder ou auxiliar de cicloturismo esteja atento e observe constantemente os
clientes durante a progressão do percurso de cicloturismo, para orientá-los sobre o
posicionamento adequado e, se necessário, a troca por outra máscara, se esta estiver sem
condições de uso.
Recomenda-se, durante a operação de cicloturismo o uso de:
• proteção para cabeça (como por exemplo, bandanas, toucas, lenços) sob os capacetes e
higienizaçãodos capacetes dos clientes (incluindo fitas/fivelas de fixação e sistema de ajuste
interno para a cabeça);
• máscaras protetoras faciais, que atendam as recomendações dos órgãos competentes, por
todas as pessoas (líderes, auxiliares e clientes) durante toda a atividade – recomenda-se atentar
para o descarte adequado das máscaras não reutilizáveis;
• luvas de ciclismo higienizadas (partes interna e externa das luvas);
• óculos (para proteção) higienizados.
Se os clientes tiverem seus próprios equipamentos, como bicicletas, capacetes, luvas, óculos,
recomenda-se que sejam orientados para que não os compartilhem com os demais cicloturistas e
que estes sejam responsáveis pela sua higienização. Recomenda-se que estes equipamentos
sejam previamente verificados pela equipe de líderes de cicloturismo, antes de seu uso na
operação.
Recomenda-se orientar os clientes que:
• mantenham distância uns dos outros, tanto durante a operação, como nas paradas técnicas;
• evitem mexer nas máscaras durante a progressão;
• paradas técnicas, como para alimentação e ingestão de líquidos, podem ser realizadas durante
o percurso.
42
9.1 CICLOTURISMO
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Importante informar que, durante a realização de atividades de cicloturismo com o uso de
máscara, podem ocorrer alterações fisiológicas em função da redução da capacidade
respiratória. Qualquer necessidade, a recomendação é buscar o atendimento especializado de
profissionais da área de saúde.
Em caso de alimentação durante a progressão do cicloturismo, consultar capítulo 4 do Manual -
Cuidados na Preparação de Refeições.
2.4 CONCLUSÃO DA OPERAÇÃO DE CICLOTURISMO 
• Recomenda-se realizar a higienização da bicicleta e demais equipamentos de cicloturismo
utilizados pelos clientes, líderes e auxiliares, imediatamente após o término da atividade.
• Nos casos de operação de cicloturismo que envolvam pernoite, recomenda-se que a
higienização da bicicleta ou demais equipamentos seja feita diariamente e ao final de cada
período da rota de cicloturismo (pela empresa/organização ou pelo próprio cliente, a ser definido
pelo responsável da operação).
• Para a maioria dos equipamentos, os produtos de limpeza recomendados são água e sabão
neutro. Mesmo assim, recomenda-se que para qualquer tipo de higienização, antes de realizar o
procedimento, siga as recomendações dos fabricantes das bicicletas e demais equipamentos
utilizado na operação.
• Atenção aos resíduos gerados na operação de cicloturismo, os quais devem ser devidamente
acondicionados para posterior adequada destinação.
3. TRANSPORTE 
No caso de transporte de clientes na operação desta atividade, antes, durante ou após a
operação específica, recomenda-se redimensionar, se aplicável, a quantidade de líderes,
auxiliares e clientes nos veículos utilizados, valorizando o distanciamento entre as pessoas,
seguindo as orientações e regras oficiais dos órgãos competentes.
43
9.1 CICLOTURISMO
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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Para mais detalhes consultar o capítulo referente ao “Transporte e Turismo em Veículos
Motorizados”.
No caso de transporte das bicicletas em veículo de apoio do cicloturismo, recomenda-se que o
responsável pelo manuseio das bicicletas (seja o líder, auxiliar ou o motorista do veículo de apoio) e
demais equipamentos siga as recomendações de higienização pessoal, para a devida entrega
posterior aos clientes. Recomenda-se a higienização das fitas, estensores ou amarras usadas na
fixação das bicicletas nas carretas do veículo de apoio.
4 - PROTOCOLOS ADICIONAIS DE SEGURANÇA 
Para a implementação da “ABNT NBR ISO 21101 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão –
Requisitos” , utilize como apoio o “Guia de Implementação da Norma Técnica ABNT NBR ISO 21101”
(acesso gratuito) , documento da ABNT e Sebrae.
Adicionalmente, para a atividade de turismo de aventura de cicloturismo, consulte as Normas
Técnicas ABNT específicas, que se aplicam à atividade, 
Para a atividade de cicloturismo, aplicam-se as seguintes Normas Técnicas ABNT, que podem ser
acessadas em https://www.abntcatalogo.com.br:
 O acesso a Norma ABNT NBR ISO 21101 pode ser feito gratuitamente devido a uma parceria com a ABNT/SEBRAE em virtude do momento de
pandemia do coronavírus. 
 O Manual pode ser acessado via parceria ABNT/SEBRAE.
9.1 CICLOTURISMO
44
Foto: Ion David
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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ATIVIDADES AQUÁTICAS
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Foto: Ion David
Foto: Teriana G. Selbach
1. OPERAÇÃO
A operação de turismo de aventura em atividades aquáticas requer
alguns pontos de atenção em tempos da COVID-19 (ainda sem uma
vacina ou um tratamento consolidado até o momento), já que o
desafio de uma operação segura aumenta consideravelmente.
Portanto, é fundamental reforçar as boas práticas e os
procedimentos de sanitização, bem como garantir as condutas
adequadas dos procedimentos de saúde dos colaboradores, além
de estabelecer medidas de atendimento ao cliente, a fim de
minimizar o risco de transmissão da COVID-19.
Ressalta-se a importância de rever o Sistema de Gestão da
Segurança da empresa, de acordo com a norma ABNT NBR ISO
21101 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão – Requisitos,
incluindo o risco de contaminação da COVID-19 e adotando os
procedimentos necessários, como o termo de conhecimento de
risco e corresponsabilidade (norma ABNT NBR ISO 21103 –
Turismo de Aventura – Informações para Participantes).
NOTA: Cada cliente é também corresponsável pela sua segurança e
pelos riscos de acidente e precaução de contaminação da COVID-
19. 
9.2 ATIVIDADES AQUÁTICAS
46
Foto: Teriana G. Selbach
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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2. TURISMO DE AVENTURA EM ATIVIDADES AQUÁTICAS
As atividades contempladas nesse documento são:
Rafting: descida de rios com corredeiras em botes infláveis. (Fonte: ABNT NBR 15500 – Turismo
de aventura – Terminologia).
Boia-cross ou acquaride: descida de rios praticada um bote inflável especialmente concebido
para a atividade ou em câmaras de pneus de caminhão, encapadas com lona, nas quais o
praticante viaja sentado (boia-cross), onde normalmente deita-se de peito, com o tronco apoiado
na embarcação e os membros para fora (acquaride). As mãos são usadas para remar e desviar de
obstáculos; as pernas, para direcionar o caminho. (Fonte: ABETA).
Stand up paddle – SUP: atividade que mescla canoagem com surfe, em que o turista rema em pé
em cima de uma prancha que pode ser praticada no mar, em lagos e rios de águas calmas.
(Fonte: ABETA).
Canoagem: atividade praticada em canoas e caiaques, indistintamente, em mar, rio, lago, águas
calmas ou agitadas. A canoa pode ser aberta ou fechada, com remo de uma só pá. O caiaque é
uma embarcação fechada que utiliza remo de duas pás; o praticante permanece sentado na
cabine (Fonte: ABETA).
Flutuação: consiste no mergulho superficial em rios, mares ou lagos de águas calmas e claras, em
que o turista tem contato direto com a natureza, observando rochas, fauna e flora subaquáticas
com auxílio de máscaras, snorkel, colete de flutuação e nadadeiras. (Fonte: ABETA).
Mergulho recreativo: no turismo de aventura, consideram-se os mergulhos com fins recreacionais
ou contemplativos, que englobam os de apneia (suspensãotemporária da respiração) e os
autônomos (praticados com o auxílio de equipamentos que permitem a respiração submersa). É
possível praticar a atividade em águas oceânicas ou interiores – cavernas, lagos, rios, entre
outros. 
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9.2 ATIVIDADES AQUÁTICAS
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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Mergulho autônomo turístico (produto turístico): produto em que a atividade principal é o
mergulho autônomo e o praticante não é necessariamente um mergulhador qualificado (Fonte:
ABNT NBR 15500 – Turismo de Aventura - Terminologia).
NOTA: o mergulho é uma atividade que possui procedimentos sanitários bem definidos. Para
tanto é recomendável uma consulta ao manual da DAN (Divers Alert Network Europe) – Versão de
4 de maio de 2020.
Em função das medidas sanitárias a serem cumpridas em relação à COVID-19, priorizar a
comercialização das atividades previamente, redimensionando o tamanho dos grupos.
O rafting comercial tem uma característica particular em relação a outras atividades aquáticas,
por ser realizado em pequenos grupos que, em determinados momentos, podem aproximar os
participantes uns dos outros. Portanto, recomenda-se uma comunicação prévia com todos os
participantes quanto a essa questão, assim como ao uso de máscaras e ao cumprimento dos
procedimentos higiênico-sanitários como pré-requisito à prática da atividade, considerando as
publicações dos órgãos oficiais aplicáveis.
NOTA: a comunicação prévia pode ser pelo site na internet, redes sociais, termo de conhecimento
de risco e corresponsabilidade, entre outros.
Recomenda-se que seja disponibilizado um local para que se possa lavar as mãos com água e
sabonete/sabão líquido ou oferecido álcool gel 70% em pontos estratégicos da operação.
O uso dos recursos hídricos com contato primário para recreação (rios, poços de rios,
cachoeiras, lagos, entre outros) deve ser feito com cautela. Recomenda-se a identificação prévia
de rios e/ou cursos d`água com potencial contaminação por esgotos domésticos ao longo da
caminhada planejada e evitar o contato direto com estas áreas. 
NOTA: Estudos identificaram o vírus que causa a COVID-19 em águas residuais (esgotos) e
recursos hídricos contaminados por esgotos, mas não há até o momento nenhuma evidência
científica de pacientes contaminados por vetores hídricos. 
9.2 ATIVIDADES AQUÁTICAS
48
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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3.1 Divisão de responsabilidades da equipe 
Um dos pontos importantes para a efetiva implementação dos
protocolos é a divisão das responsabilidades de cada membro da
equipe, quanto aos cuidados sanitários e de higienização, para a
prevenção aos riscos de contágio da COVID-19.
Portanto, é fundamental que cada empresa defina e atualize, em
seu plano de gestão, tais responsabilidades, para que todos os
envolvidos na operação de turismo de aventura saibam suas
responsabilidades, suas tarefas, quais protocolos devem seguir e
quais atividades deve controlar.
3.2. INÍCIO DA OPERAÇÃO DE TURISMO DE AVENTURA EM
ATIVIDADES AQUÁTICAS
Recomenda-se que, durante o processo de comercialização ou
antes do início da operação:
• se avalie a importância e/ou necessidade de incluir, no kit de
primeiros socorros, itens de monitoramento de sintomas e
prevenção de contágio da COVID-19, como por exemplo: máscaras
extras, termômetro, oxímetro, álcool gel 70%, óculos, avental,
entre outros, de acordo com a complexidade da operação e
atendimento a emergência;
• seja seguida a legislação local sobre o uso de máscaras de
proteção;
• o trabalhador faça a higienização prévia das mãos e uso correto
das máscaras antes de higienizar todos os equipamentos (como
por exemplo, remos, coletes de flutuação, capacetes, botes, cabos
de resgate, snorkel, entre outros) necessários para prática da
atividade;
49
Foto: Teriana G. Selbach
9.2 ATIVIDADES AQUÁTICAS
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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• todos os participantes estejam devidamente protegidos com proteção facial (máscara,
bandana, tube-necks/headwear, entre outros) resistente ao impacto da água (que não saia
com facilidade do rosto) e providenciem a troca das máscaras sempre que necessário;
• no prólogo (briefing), seja respeitado o distanciamento entre os participantes, e que
recomendem que na operação também busquem um distanciamento durante sua progressão.
NOTA: realizar o prólogo (briefing) para grupos redimensionados para evitar momentos de
aglomeração.
• para atividades com grandes fluxos (como parques de aventura), haja um
redimensionamento da capacidade máxima segura de atendimento valorizando o
distanciamento físico conforme recomendado pelos órgãos de saúde e dinâmica da atividade,
levando em consideração o número de pessoas, agenda de atendimento e quantidade de
pessoas por grupo;
• se crie procedimentos onde o líder/condutor oriente os participantes a colocarem
adequadamente seu próprio equipamento, incluindo as máscaras de proteção, permitindo
uma inspeção final pelo trabalhador;
• sejam entregues os equipamentos higienizados aos participantes. Caso os equipamentos
sejam entregues fora da sala de armazenagem, que sejam transportados em recipientes
fechados para evitar qualquer possibilidade de contaminação.
NOTA: sugere-se a identificação dos equipamentos limpos.
• se realize a higienização das mãos dos líderes e auxiliares antes de qualquer contato com os
participantes ou equipamentos, assim como imediatamente após, mesmo que não haja
atendimento de outro cliente na sequência ou manuseio dos equipamentos;
• se evite tocar em objetos e estruturas e intensificar a higienização das mãos, nos casos
inevitáveis.
50
9.2 ATIVIDADES AQUÁTICAS
A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A S E M P R E S A S D E E C O T U R I S M O E T U R I S M O D E A V E N T U R A .
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3.3 DURANTE A OPERAÇÃO DE TURISMO DE AVENTURA EM ATIVIDADES AQUÁTICAS
Recomenda-se, durante a operação de turismo de aventura em atividades aquáticas:
• valorizar o distanciamento físico entre os participantes e que se evite pontos de aglomeração,
como por exemplo, nos momentos de fotografar, banhos, refeições, entre outros;
• não compartilhar equipamentos entre os participantes;
• nas atividades de mais um dia ou em que o participante tenha que retirar e colocar os
equipamentos mais de uma vez, que os mesmos não sejam compartilhados e/ou trocados e sejam
armazenados em local seguro, dando preferência para que o cliente fique sob a guarda do seu
material, desde o início até o fim da atividade;
• se houver alimentação durante a atividade, consultar o capítulo 4 do Manual - Cuidados na
Preparação de Refeições;
• nos casos de operação que envolvam pernoite, recomenda-se que a higienização dos
equipamentos seja feita diariamente e ao final de cada percurso (pela empresa/organização ou
pelo próprio cliente, a ser definido pelo responsável da operação).
Em atividades que envolvam pernoite em acampamentos, recomenda-se:
• ao utilizar barracas de camping, higienizá-las após a montagem (antes de serem
disponibilizadas aos participantes) e ao término do uso (antes de serem desmontadas e
guardadas);
• orientar os líderes quanto ao uso de máscaras durante o processo de montagem das barracas
de camping;
• distribuir as barracas de camping no ambiente, de forma a respeitar o distanciamento umas das
outras;
• evitar sacudir as barracas de camping durante

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