Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ana Clara Galhano Salmonella Salmonella são bactérias em forma de bastonete da família enterobacteriaceae que podem causar infecções gastrointestinais febris em humanos e animais, entre outras coisas. Ela é frequentemente patogênica para os seres humanos ou animais quando adquiridas por via oral e são transmitidas a partir de animais e produtos de origem animal. Provocam enterite, infecção sistêmica e febre entérica. Frango cru é a principal fonte de contaminação cruzada e repteis são reservatórios de salmonella. Espécies: S. entérica (grande importância pra gente) e S. bongori Subespécies: S. entérica → entérica, salamae, arizonae, diarizonae, houtenae e indica Divisão em sorovares Salmonella Typhimurium → causador de gastroenterite/enterocolite Salmonella Typhi → doenças sistêmicas e febre tifoide (febre, mal estar, cefaleia, prisão de ventre, bradicardia e etc) Salmonella Enteritidis → enterocolite Salmonella Choleraesuis → bacteremia com lesões focais, afeta suínos Salmonella Paratyphi → febre paratifoide Patogenicidade O principal problema está relacionado com a infecção intestinal, acometendo principalmente a célula M no intestino e célula epitelial intestinal com aderência mediada pelas adesinas tipo 1. As salmonelas produzem invasinas (enzimas) que vão favorecer alterações no citoesqueleto. Fatores estressantes podem ativar a salmonelose latente ou subclínica, exemplos: infecções recorrentes, transporte, superlotação, prenhez, temperatura ambientais extremas, privação de água, anestesia geral e etc. Fatores epidemiológicos Cosmopolita, elevado número de espécies que acomete, potencial zoonótico, depende das espécies animais envolvidos, sorotipos, alimentos, água, fonte de infecção principal são os próprios animais, eliminação nas fezes Infecção Geralmente ocorre por via oral, por ingestão de água e alimentos contaminados por fezes. Fômites e utensílios de uso comum em animais. Pode ocorrer por geniturinária, umbilical, cutânea, conjuntival e transplacentária e ocasionalmente pela via respiratória. Fatores predisponentes → excesso de fezes, dejetos e matéria orgânica no ambiente. Ingestão deficiente de colostro pelos neonatos. Baixa habilidade maternal, mudanças bruscas no regime alimentar, deficiência na antissepsia umbilical, consumo de carne crua, deficiência na desinfecção do ambiente de criação. Ana Clara Galhano A doença pode ser divida em manifestações entéricas e extraentéricas (principalmente septicêmica) Sinais clínicos entéricos: diarreia, inapetência/anorexia, febre, perda de preso e quadros de desidratação (7 a 10 dias) – doença aguda pode levar a óbito. Diarreia profusa e fétida, podendo conter sangue, muco e células epiteliais descamadas. Septicemia: choque endotóxico, morte em até 48h, pneumonia, artrite e meningite. Mias comum em animais jovens. Typhimurium → enterite e diversas afecções extraentéricas (septicemia, poliartrite, pneumonia, hepatite, nefrite e endocardite) > animais domésticos e humanos Enteritidis: enterite e diversas afecções extraentéricas (septicemia, poliartrite, pneumonia, hepatite, nefrite e endocardite) > animais domésticos e humanos Dublin: enterite, septicemia, poliartrite e pneumonia, podendo ocorrer ocasionalmente encefalite, abortamentos e osteomielite > bovinos Abortusequi, newport e agona: equinos Galinarum e Polurum: aves adultas e aves jovens, respecitavamente Abortusovis e Brandenburg: ovinos Choleraesuis: suínos Diagnóstico Achados clínico-epidemiológicos Exames clínico laboratoriais Isolamento e caracterização microbiológica Diagnóstico molecular Diagnóstico sorológico – pouco empregado Achados anatomopatológicos Diagnóstico diferencial Tratamento É recomendado para quadros clínicos entéricos graves ou casos disseminados. O antimicrobiano é recomendado no início da manifestação clínica da doença. Pode ser utilizado Sulfadiazina /trimetoprima, enrofloxacino, gentamicina, amoxacilinia , cloranfenicol, cefotaxima , amicaxina. Recomendado 7 a 10 dias em casos entéricos e 15 dias ou mais em casos septicêmicos ou disseminados. Terapia de suporte com anti-inflamatórios não esteroides e reposição hidroeletrolítica e energética. REALIZAR ANTIBIOGRAMA! Profilaxia e controle Reduzir a contaminação ambiental Cuidados com a alimentação dos animais Medidas de manejo específicas Colostragem Vacinação Eliminar a fonte de infecção Separar animais doentes Não é possível erradicar
Compartilhar