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Características gerais Bactéria gram negativa Pertence à família das enterobactériass Crescem em MacConkey (toleram sais biliares) Não fermentam lactose Zoonótica Transmissão: água ou alimentos contaminados e utensílios Habitat primário: trato gastrointestinal, ovários e linfonodos Excreção nas fezes por portadores ou infectados Principais manifestações Salmonelose entérica: Maioria das espécies animais, independente da idade Aguda Febre Diarréia profusa sanguinolenta e fétida Perda de peso Salmonelose septicêmica Qualquer idade Mais comum em bezerros, potros e leitões Início repentino: febre, prostração, depressão Morte em 48 horas se não tratar Salmonelose em aves domésticas Ovários infectam ovos Pulorose: diarreia branca bacilar pintos e perus jovens; alta mortalidade Tifo aviária: semelhante a pulorose; septicemia e morte Patogênese Primeira barreira: estômago Acidez estomacal Quando caem no pH ácido, elas ativam diversos fatores de virulência para resistir à acidez Células alvo: células M do epitélio que reveste o tecido linfático associado ao intestino (porção distal do delgado e porção superior do grosso) Adesão nas células M Adesinas: se aderem quando identificam o intestino delgado ou início do grosso (onde há células M), dando início a primeira etapa (colonização) Na adesão, ela injeta fatores de virulência na célula, afim de ajudar no quadro invasivo As que invadem as células não são eliminadas Internalização: salmonelas estarão nas células M, linfonodos e submucosa Resposta inflamatória: influxo de PMN (neuropenia) PMN são os mais eficientes em matar salmonelas fim da infecção; diarreia (síntese de prostaglandinas pelos PMN) A resposta inflamatória já começa durante a colonização Aumenta a permeabilidade vascular, favorecendo perdas hidroeletrolíticas Diarreia sanguinolenta ou não, vai depender da capacidade invasiva da Salmonella A diarreia possui efeito mecânico em eliminar a Salmonella A diarreia também auxilia na resolução do quadro clínico Salmonella A infecção pode ter fim, mas o indivíduo ainda pode portar a Salmonella (portador silencioso) Pode se tornar portador para o resto da vida sem nunca mais apresentar sinais clínicos Logo, a patogenia da salmonela é composta por 3 fases: Colonização intestinal Invasão intestinal Produção de diarreia A Salmonella também se mantém dentro dos macrófagos O quadro clínico depende da capacidade virulenta da cepa e do sistema imune do hospedeiro Fatores ativadores de salmonelose latente ou subclínica Baixa sanidade Condições climáticas Transporte Superlotação Hospitalização Esforço Parto Parasitismo Infecções virais Tratamento antimicrobianos Quimioterapia Sorotipos Não adaptados: potencialmente zoonóticos Adaptados: normalmente não são zoonóticos ou tem baixo potencial Divisão em 3 grupos: Altamente adaptados a humanos Altamente adaptados a animais Não adaptados (zoonose) Diagnóstico Histórico, quadro clínico e idade Confirmação laboratorial é requerida Meios seletivos: grande quantidade de salmonelas isoladas no material Aborto: líquido abomaso e placenta Amostras fecais Sangue (em caso de septicemia) Amostras de alimentos e água Doenças clínicas importantes Tifo aviário: S.Gallinarum bv Gallinarum Afeta aves adultas e ocasionalmente aves jovens Mortalidade influenciada pela idade, nutrição, manejo das aves e cepa bacteriana Não apresentam risco para a saúde humana Causam grandes perdas econômicas na produção avícola Transmissão horizontal Existe vacinação Diarreia branda Redução da produção de ovos, perda de apetite, sonolência, penas arrepiadas, febre alta, palidez de crista e barbela e alta mortalidade variável Pode existir aves assintomáticas Pulorose S.Gallinarum bv Pullorum Acomete principalmente aves jovens Diarréia branca dos pintinhos Perda de apetite, sonolência, asas caídas, penas arrepiadas, febre alta, diarreia e alta mortalidade Transmissão vertical Se sobrevivem, tornam-se portadoras assintomáticas Paratifo aviário Salmoneloses invasivas o Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium o Poucos sinais clínicos nas aves Severos problemas entéricos em humanos (zoonose) consumo de produtos de origem animal contaminados S.Enteritidis princial sorovar em ovos (infecção transovariana) Salmonella em bovinos Quadros vinculados ao trato gastrointestinal Comumente em terneiros (pois ainda não está com a microbiota formada, logo, possuem receptores livres aos quais a Salmonella pode se ligar; a disponibilidade de receptores é maior nessa faixa etária; animais que não recebem colostro também tem maior pré-disposição) Quadros em animais mais velhos principalmente quadros reprodutivos, como abortos Causa febre, diarreia, desidratação e fraqueza Perdas reprodutivas (abortos no período final da gestação) e septicemia em bezerros recém nascidos 3 formas: doença clínica, sem sinais clínicos mas eliminando a bactéria e sem sinais e sem eliminar a bactéria Principais: S.Typhimurium e S.Dublin (o sorovar Dublin é mais relacionado a infecções sistêmicas em bezerros, geralmente não associados à diarreia e, ocasionalmente, causa aborto em vacas prenhes) Salmonella em suínos Infecção por vários sorovares, que não causam a doença clínica, mas podem ser importantes fontes de contaminação para os produtos finais Contaminação fecal-oral Diarreia ou assintomáticos Salmonella em equinos S.abortus-equi: aborto no terço médio da gestação A salmonela pe a causa mais comum de diarreia aguda que acomete os potros (S.Typhimurium) 4 síndromes clínicas o Infecções inaparentes com estados de portador latente o Enterocolite fulminante ou superaguda com diarreia o Portador ativo: depressão, febre, anorexia, neuropenia sem diarreia ou cólica o Septicemia Salmonella em pequenos animais As maiores incidências estão associadas a alta concentração de animais e higienização inadequada O meio de transmissão mais comum é através de alimentos, água, fômites e fezes contaminadas S.Typhimurium o Vômitos, diarreia, febre e dor abdominal o Homem pode contrair a bactéria (zoonose) o Mesmo sem sintomas, o animal poderá continuar eliminando bactérias
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