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Essa matéria abrange os diferentes tipos de produções pecuárias além dos ruminantes, como a suinocultura e piscicultura. Conjunto de técnicas utilizadas e destinadas à criação e reprodução de animais domésticos com fins econômicos. • Esses animais são comercializados e abastecem o mercado consumidor; Os avanços tecnológicos são de extrema importância e vem ganhando espaço na pecuária. • Redução do impacto ambiental; Junção de diversas atividades produtivas que estão diretamente ligadas à produção e subprodução de produtos derivados da agricultura e pecuária. • Transformação dos produtos primários em alimentos; • Frigoríficos, indústria de enlatados, laticínios, couro, etc.; • Abrange pecuária, indústria e agricultura; A suinocultura é a criação de suínos para a produção de alimentos e seus derivados. • Setor que cresceu fortemente no Brasil, porém desde a pandemia e as relações com a China importadora, esse setor está em constante queda; Carne suína é a mais consumida no mundo, porém estudos revelam que dentre alguns anos a carne de frango irá ultrapassa-la. Os suínos são mamíferos que apareceram na região do velho mundo. • Capacidade cognitiva; • É um modelo animal muito utilizado na medicina humana; Pecuária Indústria Agroindús tria • Baixos custos de produção; • Disponibilidade de insumos e área para expansão; • Situação dos países concorrentes; • Alta demanda por carne suína no mundo; • Clima favorável; • Forte parque industrial; • Tecnologia; O Brasil em 2017 recebeu uma alta demanda para exportação de carne suína, e os lucros foram investidos em instalações de granjas *consumo per capta de carne suína por país* Até meados de 2018 a China tinha a maior produção de carne suína, porém foi acometida pela Peste Africana, e sua taxa de produção caiu drasticamente. Devido a este fato, a china começou a importar carne suína advinda do Brasil. O Brasil aumentou a produção suína devido a alta demanda, os produtores lucraram e investiram uma grande quantia em instalações. Porém, em 2020 veio a pandemia, e a partir daí a China começou a se reerguer e aumentar sua taxa de produção, sendo assim, passaram a importar menos carne suína do Brasil. Com a exportação brasileira caindo, os produtores que investiram uma grande quantia nessas instalações para atender a alta demanda estão “quebrados”, a suinocultura no Brasil está passando por uma crise. Sendo assim, o mercado está desvalorizado, a taxa de produção, importação e exportação caindo drasticamente, e a tendência é piorar. Esquema prático: O Brasil é o 4° maior produtor e exportador de carne suína do mundo. • O plantel reprodutivo brasileiro é de 1.720.255 matrizes, tendo produzido 39.263.964 suínos para abate em 2015; • Produto Interno Bruto (PIB) da suinocultura no Brasil somou R$ 62,576 bilhões; No Brasil existe um preconceito culturalmente enraizado contra a carne suína. • Fake News que a carne suína causa inflamações (tatuagens, piercings...); • Associação do animal a sujeira (“porco”); • Crenças religiosas; O maior custo de produção é com a ração desses animais, em média 80% dos custos. • Principal ração é o milho (60% da dieta); • Diretamente afetado pela produção de milho, ou seja, se a produção cai, o custo aumenta e o produtor tem uma diminuição dos lucros; Outros fatores podem afetar também nessa produção e valor, como concorrências (exportação, etanol, distância) 1960 • Animal apresentava maior taxa de gordura corporal; • 45 a 46% de carne magra; • 5 a 6 cm de Esp. Toicinho; Hoje em dia • Animal apresenta maior taxa de massa magra; • 60 a 65% de carne magra; • 0,8 a 1,2 de Esp. Toicinho; A procura do mercado consumidor é a massa magra, quanto mais massa magra este animal possuir, melhor é o seu valor Existem diversos motivos para ao longo dos anos priorizarem o emagrecimento dos suínos. • Suíno tipo BANHA < eficiência alimentar (2,5 x mais energia para depositar gordura > custo); • Indústria – aproveitamento melhor das carcaças; • Mercado consumidor procura carne com menos gordura (exigência); Ao longo dos anos a produção suína sofreu um avanço significativo. • Melhores instalações; • Nível nutricional dos alimentos; • Ambiência (bioclimatologia); • Manejo; • Controle sanitário (barreiras sanitárias, biossegurança, restrição de acesso...); • Melhoramento genético; O melhoramento genético foi fundamental para essa evolução da carne suína, levando a uma seleção de uma carne magra e cortes nobres (pernil e lombo). 1 2 3 1. Suíno selvagem: anterior (70%) + posterior (30%); 2. Suíno tipo banha: anterior (50%) + posterior (50%); 3. Suíno moderno: anterior (30%) + posterior (70%); A evolução foi rápida, porém sua morfologia não acompanhou adequadamente, pelo sobrepeso nos m. posteriores os suínos apresentam bastante problemas podais e de cascos A produção de carne foi diretamente influenciada pelo MGA, aumentando sua produção. • Década de 70: 100 kg de peso aos 6 meses e rendimento de carne inferior a 48%; • Atualmente: 100kg de peso aos 5 meses e com rendimento de 54%; Portanto, 1 mês a menos, ganha-se 7kg de peso a mais por animal O exterior do suíno é muito importante e nos dá diversas informações. • Identificação das raças e variedades da espécie; • Avaliação do estado de saúde e características reprodutivas; *Mapa do suíno* O objetivo geral é o melhoramento genético, aumentando a frequência de genes e/ou genótipos desejáveis. Objetivos específicos • Melhorias na saúde; • Resistência a doenças; • Diminuir problemas congênitos; • Melhoria da qualidade da carne e carcaça; • Espessura de toucinho, % de carne magra; • Melhorias das características produtivas; • Prolificidade; • Conversão alimentar; As características visadas na seleção de um macho são: • Ganho de peso (GPD); • Conversão alimentar (CA); • Rendimento de cortes nobres (pernil, paleta e lombo); • Espessura de Toucinho (carne magra); • Qualidade da carcaça e da carne; As características visadas na seleção de uma fêmea são: • Prolificidade; • Habilidade materna; • Características de carcaça; • Ganho de peso (GPD); • Conversão alimentar (CA); Temos os rebanhos núcleos, e a partir deles se desenvolve a cadeia de produção. Apenas os rebanhos comerciais chegarão para o mercado consumidor. Algumas granjas possuem o ciclo completo, outras podem conter algumas partes só. • Reprodução: pré-cobrição, cobertura e gestação; • Maternidade; • Creche; • Crescimento e terminação; O melhoramento genético nesse quesito visa o aumento da eficiência reprodutiva. • Redução da idade a puberdade: 8 p/ 5 meses; • Intervalo entre partos-idade ao desmame. • N° de leitões / leitegada (6 a 8 p/ 10 a 12); A duração da gestação de um suíno é “333”, 3 meses, 3 semanas e 3 dias, totalizando em média 114 dias O melhoramento genético também influenciou diretamente no crescimento do animal. • Crescimento em suínos: herdabilidade de 20% a 50%; • Rápido crescimento e ganho de peso; Pontos negativos • Disfunções anatômicas e fisiológicas; • Deposição de taxas indesejáveis de gordura; • Problemas de aprumos (tipo de piso); Existem diversas características diferentes entre as raças suínas. • Raças nacionais e estrangeiras; • Raças tipo banha e tipo carne; • Formato de orelha e cor de pelagem; Orelhas 1 2 3 1. Asiáticas; 2. Ibéricas;3. Célticas; Perfil Existem diversas raças estrangeiras, porém as principais são as 2 primeiras. • Large White / Yorkshire; • Landrace; • Duroc; • Pietrain; • Hampshire – Grâ-Bretanha; • Perfil côncavo; • Orelha tipo asiática; • Linha dorso lombar reta; • Boa morfologia terços anteriores e posteriores; • Bons aprumos, membros curtos; • Mamas c/ boa inserção; • Grande perímetro torácico; Possui grande rebanho no Brasil, principal raça utilizada comercialmente Características produtivas • Alto rendimento de carcaça; • Ótima qualidade de carcaça; • Ótima conversão alimentar; • Alto ganho médio diário de peso (GMDP); Características reprodutivas • Ótima habilidade materna; • Alta prolificidade – média de 11 leitões / leitegada; • Precocidade reprodutiva; • Machos e fêmeas utilizados em cruzamentos; Outros fatores • Baixa imunidade; • Não adaptado a altas temperaturas; • Perfil retilíneo; • Orelha tipo céltica; • Linha dorso lombar reta; • Totalmente despigmentado; • Pelagem branca; • Mamas bem constituídas; • Mais curto que o Large White; Características produtivas • Alto rendimento de carcaça; • Alta percentagem de cortes nobres; • Algumas linhagens apresentam PSE (carne pálida, flácida e exudativa); • Alto ganho médio diário de peso; • Ótima conversão alimentar; Características reprodutivas • Ótima habilidade materna; • Alta prolificidade; • Precocidade reprodutiva; • Machos e fêmeas utilizados em cruzamentos; A diferença entre Large White e Landrace se dá pelas orelhas O melhoramento genético foi de extrema significância para a evolução desses animais. • Aumentando a deposição de carne em áreas nobres; • Nos últimos anos o número de leitões / leitegada aumento mais de 30% (até 21 leitões/parto); • Idade ao abate e conversão alimentar; Existem 2 modelos de sistemas: extensivo e intensivo. Animais são criados soltos, a campo. • Práticas de manejo primitivas; • Baixos índices de produtividade; • Poucos animais em grandes áreas; • Produção de subsistência; Produtividade de sistema extensivo • Leitões / porca / ano: 5 a 6; • Desmamados / parto: 3 a 5; • N/ de partos / ano: menos de 1; • Idade abate (meses): 12 a 18; • Peso ao abate (kg): 70 a 09; São subdivididos em sistemas tradicionais (SISCON) e sistemas alternativos (SISCAL). Sistemas Tradicionais (SISCON) • Confinados com baixa, média e alta tecnologia; • Possuem ciclo completo, ou produtores de leitão, ou de terminações; Sistemas Alternativos • Ao ar livre com baixa, média e alta tecnologia (SISCAL); • Sistema de criação misto ou semi- confinamento; UPLs São granjas que envolvem apenas a fase de reprodução. • Venda de leitões de +/- 6 ou 27kg; • Comum em integrações e cooperativas; • Mão-de-obra especializada; • Instalações adequadas; UTs São granjas que abrangem somente as fases de crescimento e terminação. • Aquisição do animal +/- 27kg; • Até a terminação com média de 100kg; • Menor necessidade de gerenciamento; • Habilidade para compra e venda de animais; CCs Abrangem desde a reprodução até a terminação. SISCAL • Desenvolvido inicialmente na Europa; • Economicamente mais rentável; • Tecnicamente mais adequada; • Ambientalmente correta; • Pequenos e médios produtores; Animais são mantidos em • Piquetes: nas fases de reprodução, maternidade e creche; • Confinamento: nas fases de crescimento e terminação; Outras características do SISCAL • Baixo custo e facilidade de implantação e manutenção; • Número reduzido de edificações; • Mobilidade das instalações; • Redução do uso de medicamentos; • Instalado apenas em terrenos com declividade superior a 15% e solos com boa capacidade de drenagem; • Sombreamento; Abrange tanto a criação ao ar livre, como em confinamento. • Machos e fêmeas vazias e gestantes em piquetes; • Fêmeas lactantes e leitões confinados; • Animais de abate confinados; • Bons índices produtivos; • Instalações adequadas para cada fase; • Uso de maior área; • Mão de obra especializada; • Alimentação: rações balanceadas, ingredientes de boa qualidade, diferenciada de acordo com a fase do animal; SISCON Os animais estarão confinados, maior tecnologia e maior qualidade de produto. • Necessidade de área é mínima; • O investimento é alto; • Mecanização do fornecimento de ração e limpeza; • Cuidados com a produção, armazenagem e destino dos dejetos; • Alta produtividade deve ser alcançada; Produtividade do SISCON • Leitões / porca / ano: 18 a 23; • Nascidos vivos / parto: 9,15 até 10,3; • Desmamados / parto – 8,50 até 9,7; • N° de partos / porca / ano: 2,0 até 2,35; • Idade ao abate (meses) – 5 até 6; • Peso ao abate (kg): 90 até 100kg; Instalações • Celas de gestação; • Celas de maternidade; • Celas de creche; • Celas de crescimento e terminação; • Celas de cachaço (reprodutor); Diferentes tipos de manejo serão realizados de acordo com a fase que o suíno se encontra. • Baias coletivas: fêmeas de reposição até o primeiro parto e as porcas a partir de 28 dias de gestação; • Em boxes individuais: fêmeas desmamadas e até 28 dias de gestação; • Baias individuais: machos; Instalações • São abertas; • Com controle de ventilação por meio de cortinas; • Baias para reprodutoras em frente ou ao lado das baias para cachaços; • Baias das porcas em gestação podem ter acesso à piquetes para o exercício; As celas de gestação são individuais. • Porcas só conseguem levantar e deitar; Nos últimos 7 dias de gestação as fêmeas vão para a maternidade. • Parto e fase de lactação das porcas; • Erro na construção poderá causar: umidade (empoçamento de fezes e urina), esmagamento de leitões, calor ou frio em excesso (alta mortalidade de leitões); • 2 ambientes distintos – um para as porcas e outro para os leitões (escamoteador); Celas de maternidade • Vazio sanitário de 7 dias; • 21 dias até desmame dos leitões, em seguida encaminhados para a creche; • Kit parição a cada 5 celas; • Temperatura de entre 16° a 22°C; • Consumo de água das porcas: 25L /dia; • Leitões ao nascimento: 1,2 a 1,5 kg; • Desmame: 14 a 21 dias de vida (6 a 7kg); Leitões na maternidade • Ate 70% de taxa de mortalidade na 1ª semana de vida; • Sistema termorregulador INATIVO; • Uso de sistemas de aquecimento (abrigo escamoteador): temperatura ideal 32°C; Após o nascimento esses leitões recebem um cuidado intensivo por mão de obra especializada. • Enxugar os leitões; • Corte e antissepsia do umbigo; • Corte da cauda (canibalismo); • Corte de presas; • Treinar os leitões a ir p/ escamoteador; Primeiras 24 horas de vida • Observar ingestão de colostro: imunoglobulinas (IgG e IgA); • Amamentação de 20x ao dia com duração de 25 segundos; • Troca entre porcas (leitões fracos), até o 3° dia de vida; Porcas possuem baixa produtividade de leite, portanto não conseguem amamentar muitos porquinhos 3° dia de vida • Medicação ferro priva (evitar anemia) – injetável no pescoço, 20% das necessidades via leite materno; Peso ao nascimento influência diretamente na taxa de mortalidade, quanto menor o porquinho, maior a chance de vir a óbito (mais frágil) Fornecimento de ração • Ração apropriada; • Mesclar necessidades (ingestão de leite e fornecimento de ração); • ↓ lactação das porcas; • ↑ necessidades nutritivas dos leitões; • ↓ estresse da desmama; Fornecimento de água • Indispensável aos leitões; • Auxilia na composição muscular; • Auxilia na ingestão de dietas sólidas; • O leiteda porca não oferece toda a água requerida pelos leitões; Após os 7 primeiros dias de vida o manejo dos leitões muda. Castração • • 1° semana de vida; • Menor hemorragia, maior facilidade de operação, menor estresse animal; • Uso de cicatrizante; • Visa eliminação de odores da carne (escatol); • Machos inteiros (maior desempenho de rendimento); Ordem de Desempenho 1. Machos inteiros; 2. Fêmeas; 3. Machos castrados; Os leitões chegam na creche após a desmama com 21 dias entre 5 a 6 kg. • Permanecem até 70 dias, com 20 a 25 kg; • 20 leitões por baia, lotação média de 3 leitões / m2; • Piso ripado ou gaiola elevada; Ideal no período noturno. • Junção de lotes homogêneos; • Separação por sexo (se possível); • Período de adaptação de 7 dias; • Pode haver perdas: troca de alimentação, troca de ambiente, entrada em novo grupo social de uniformização dos lotes; • Estresse é o maior fator nessa fase; Desmame precoce • Mais utilizado (21 a 35 dias de vida); • Melhor aproveitamento geral e menor consumo de ração; Desmame precoce segregado • 5 a 21 dias de vida; • Custo muito alto para a sua implantação; • Muitas controvérsias sobre a sua aplicabilidade; Fase que vai da saída da creche até a comercialização. • Piso ripado ou 2/3 compacto e 1/3 ripado; • Manejo dejetos: do lado de fora da edificação, por sala (maior higiene e limpeza); • Necessitem de pouca proteção contra o frio, porém grande proteção contra o calor excessivo (bem ventiladas); • Fases menos preocupantes dos suínos; • Sistema “todos dentro, todos fora” (vazio sanitário); • Manter mesmos grupos da creche ou refazer por tamanho e sexo; • Salas entre 16°C e 18/C; • Ração de crescimento à vontade até os 50kg de peso vivo e ração de terminação até o abate; • Venda por lote; Manejo Crescimento • Elevado desenvolvimento – observar principalmente os cascos (10 a 40%); • Densidade animal – mortalidade de 1% por brigas; • Lotes homogêneos; Manejo Terminação • Leitões aos 70 dias (20 a 100 kg), abate com 150 dias; • Cuidados com cascos; • Carcaça mais pesada (estender fase de terminação por mais 30 dias); • 1 animal / m2 devido ao tamanho dos animais; • Não é comum ocorrer mortalidade por brigas; Valores críticos e metas nessas fases: • Jejum de 12 horas; • Trajeto no transporte: deve ser curto, não realizar em horas quentes do dia, fornecimento de água até o momento de embarque (espaço do caminhão 1 animal / m2); • Rampa de embarque – inclinação de 20°; • Transporte inadequado lesões – 0,3% de mortes;
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