Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 – BOVINOCULTURA LEITEIRA 1.1 – SISTEMAS DE PRODUÇÃO • O sistema de produção é empregado a partir do perfil regional, da disponibilidade genética dos animais e do plano de remuneração desejada 1 – EXTENSIVO • Está relacionado à PASTAGEM. Este sistema é de baixa produção, feita de pequenos rebanhos (baixo lucro). Exemplo de países: Índia, África e Rússia • Em torno de 80% das fazendas brasileiras de sistema extensivo, predominâncias de animais Girolando, Gir e SRD, as vacas são ordenhadas à mão 2 – INTENSIVO: PASTO • Menos tecnificadas comparada aos confinamentos (menor produção diária). Sistema com maiores áreas para a manutenção dos animais. Os pastos podem ser de dois tipos: pastos adubados e manejados corretamente pela ROTAÇÃO DA PASTAGEM ou pelo pasto tradicional (pastagem contínua). • Exemplo de países: Nova Zelândia, Irlanda, Austrália e Argentina 3 – INTENSIVO: SEMI-CONFINAMENTO • 4 – INTENSIVO: CONFINAMENTO • São fazendas intensificadas, com alta produtividade e investimento. Exemplo de países: Japão, Israel, Canadá e Holanda • FREE STALL: sistema utilizado para vacas de média e alta produção, neste modelo o animal tem livre acesso ao cocho, a área de repouso é individual e em camas, desvantagens: alto custo de produção • CROSS VENTILATION: controla a temperatura, proporcionando bem-estar aos animais e as condições ideais para a produção de leite. O sistema de ventilação substitui o ar, o mais quente e úmido do interior do estábulo, podendo ser por ventilação NATURAL ou MECÂNICA • COMPOST BARN: consiste numa grande área de descanso, geralmente revestida com uma cama de serragem, aparas de madeira e esterco compostado, e seu princípio básico de funcionamento é a COMPOSTAGEM DESTA CAMA. O principal objetivo é proporcionar aos animais um local confortável e seco durante todo o ano CRIAÇÃO E PRODUÇÃO ANIMAL I 1.2 – REPOSIÇÃO DOS ANIMAIS NA FAZENDA 1 – FASE DE CRIA • Essa é a fase do animal que vai do nascimento até o desmame. Na cria, os cuidados com as BEZERRAS devem começas bem antes do parto, ainda com a vaca gestante para que ela possa parir em boas condições • A fase cria é um setor muito importante, pois esse grupo de animais serão o grupo de reposição da fazenda. As maiores metas na fase de cria é de GARANTIR O MÁXIMO DE SOBREVIVÊNCIA DAS BEZERRAS e um RITMO DE CRESCIMENTO ADEQUADO ÀS METAS PROPOSTAS • A taxa de mortalidade entre as bezerras é considerável razoável até 5% MANEJO NA FASE DE CRIA: DIETA LÍQUIDA DIETA SÓLIDA INSTALAÇÕES ROTINA • Colostragem, aleitamento e água • Concentrado e volumoso • Higiene e conforto • Consistência do manejo MANEJO DO PÓS-NASCIMENTO: • O animal recém-nascido ficará na MATERNIDADE. Alguns cuidados, como a inspeção do animal, em suas instalações, corte e desinfecção do cordão umbilical e identificação do animal são necessários MANEJO DA COLOSTRAGEM: • Colostro é a mistura de secreções lácteas e imunoglobulinas, sendo essencial para a alimentação e pela transferência de IgG à prole. A administração do colostro é muito importante nas primeiras horas de vida do recém-nascido, sua absorção é de 25% nas primeiras 2 e 6 horas e de 13% em até 20 horas • O colostro está ligado diretamente à taxa de mortalidade, em que quanto mais ingestão de colostro nas primeiras semanas de vida da bezerra menor é a taxa de mortalidade em até 60 dias de vida • A ingestão de colostro deve ser feita até os primeiros 3 dias de vida do animal. Caso o colostro não atinja seus pontos de qualidade deve ser fornecido seu aumento de volume • TIPOS DE COLOSTRO: congelado e silagem • ALEITAMENTO NATURAL: as vacas dependem da presença do bezerro para que o ocorra o estímulo de ocitocina e liberação do leite, a ausência da cria na ordenha faz com que ocorra a diminuição da produção diária de leite, na persistência de lactação e na secagem imediata das vacas. O aleitamento natural deve ser CONTROLADO pela DIVISÃO DAS MAMAS, após 60 dias de vida da bezerra, ela será levada à vaca para apenas para estímulo na ordenha • ALEITAMENTO NATURAL-TRADICIONAL: usado em sistemas extensivo. O ritmo de crescimento da bezerra depende de alimento sólido, não do leite • ALEITAMENTO ARTIFICIAL: bezerras separas da vaca recebem sua dieta líquida em baldes ou mamadeiras. O aleitamento artificial é bom pois controla mais o manejo, a ordenha e na quantidade de leite ingerida pelas bezerras ALIMENTAÇÃO SÓLIDA: • CONCENTRADO: deve ter características desejáveis, como a patabilidade, textura grosseira, baixo nível em fibras, alto teor energético em NDT, níveis adequados de proteína e restrição a ureia. Ajuda também no desaleitamento e no desenvolvimento ruminal • DESALEITAMENTO: o concentrado ajuda no desaleitamento, a disponibilização de concentrado a partir das primeiras semanas de vida ajuda no desaleitamento, além da redução na frequência do fornecimento de leite. Após desaleitamento deve se limitar o fornecimento de concentrado. O desaleitamento deve ser feito quando o animal atinge o dobro do peso ao nascer, geralmente ocorre entre 6-12 semanas • VOLUMOSOS: não é essencial. É possível a inclusão junto a forragens pois contribui para o desenvolvimento muscular, mas deve ser fornecido somente após desmame MANEJO ALIMENTAR: 2 – FASE DER RECRIA • É todo o período de pós-desmame até o animal inicial a atividade reprodutiva (primeiro parto). Essa fase requer muita atenção do produtor, pois os requerimentos do animal em crescimento estão em constante mudança em função de ALTERAÇÕES NA COMPOSIÇÃO CORPOREA, a medida que o animal vai crescendo, reduz-se a taxa de formação óssea e proteica, entretanto, ocorre um aumento acentuado na deposição de gordura • As NOVILHAS apresentam em média no início da recria um peso de 80-90 kg, deve ser feito o MONITORAMENTO DIÁRIO do ganho de peso dos animais, não ultrapassando os 900 g por dia. As medições evitam a má formação da glândula mamária, vacas acima do peso acumulam gordura mais facilmente e, assim, diminuem a quantidade de tecido secretor de leite, resultando em menor produção de leite durante a primeira lactação CRESCIMENTO DAS NOVILHAS: • A puberdade é o reflexo da IDADE FISIOLÓGICA (TAMANHO OU PESO) e não da idade cronológica da novilha. Deste modo, o plano de alimentação a ser adotado para as novilhas será aquele que, de forma mais econômica, permita que elas atinjam o peso para a cobrição o mais cedo possível. • O tamanho corporal do animal tende sempre a aumentar, a novilha para chegar à puberdade deve ter seu peso aumentando, quando inseminada, seu peso também aumenta. O peso das vacas aumenta também de acordo com o número de parições • PUBERDADE: pode ocorre antes dos 9 meses de idade quando o crescimento das novilhas for muito rápido. Puberdade normal = 9-13 meses de idade • MEDIÇÕES: devem ser feitas mensalmente, separando as fêmeas em grupos com os mesmos padrões (GRUPOS HOMOGÊNIOS). Deve ter o registro em fichas individuais dos pesos e de quaisquer problemas ocorrido com as novilhas • INSTRUMENTOS PARA MEDIÇÃO: fita métrica, balança e hipômetro, onde se medem a profundidade torácica, a altura, largura e comprimento da garupa CONTROLE DO RITMO DE CRESCIMENTO: • SCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL (ECC) é a ferramenta usada para ajustar a nutrição e as práticas de manejo para a maximização do potencial produtivo • É uma escada de 1 a 5, em que 1 é muito magra e 5 obesa. A escala é feita pela OBSERVAÇÃO DA GARUPA a partir da cobertura de gordura do animal SCORE 1 • Muito magra, incapaz de reproduzir • Baixa produção de leite pela falta de reservas corporais, alguns problemas metabólicos e atraso no aparecimento do estro após o parto SCORE2 • Mínimo para a reprodução = 2,5 SCORE 3 • Mínimo para parir = 3-3,5 • 3-3,5 = score ideal para FINAL DA LACTAÇÃO e PERÍODO SECO SCORE 4 • Tendência a obesidade (animal com alta cobertura de gordura) SCORE 5 • Obeso. Não consegue parir por conta própria pela diminuição de concentração de ocitocina, além de possuir alta concentração de glucagon estocado, o que aumenta a lipólise, acelerando a beta- oxidação e causando cetose pós-parto 1.3 – MANEJO 1 – MANEJO REPRODUTIVO • EFICIÊNCIA NO MANEJO REPRODUTIVO: identificação dos animais com sua escrituração e pedigree, bom manejo alimentar e sanitário e mão-de-obra capacitada • O desempenho reprodutivo é responsável direito pela produção de leite por dia de vida útil da vaca, número de animais de reposição, redução de custos e aumento do ganho genético ESCOLHA DOS REPRODUTORES E MATRIZES: REPRODUTORES MATRIZES • ↑ disseminação • CLASSIFICAÇÃO: perímetro escrotal, capacidade de serviço, andrológico e genética • PUBERDADE: dependente do desenvolvimento físico da raça, entre 9-10 meses • Preferência por fêmeas multíparas • CLASSIFICAÇÃO: ↑ produção de leite, ↓ IEP, ↑ período de serviço, ↓ IPP e ↓ incidência de mastites • Ciclo estral de 21 dias, estro de 18 horas SISTEMAS DE ACASALAMENTO: • MONTA NATURAL: à campo. Machos e fêmeas permanecem juntos • MONTA CONTROLADA: a vaca no cio é levada ao reprodutor, sendo retirada após a cobertura • INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL (IA) e IATF BALANÇO ENERGÉTICO NEGATIVO PÓS-PARTO E DESEMPENHO REPRODUTIVO: • O início da lactação está associado a um período prolongado de BEN, durante o qual o consumo de energia é inferior às exigências envolvidas no rápido aumento da produção de leite. O BEN geralmente inicia alguns dias antes da parição, à medida que a ingestão diminui, e torna-se visível e aparente durante o início da lactação, devido a perda na condição corporal • O BEN no início da lactação é o principal fator nutricional relacionado à baixa fertilidade das vacas leiteiras em lactação • O BEN atrasa a recuperação da função reprodutiva no pós-parto e exerce efeitos persistentes, que reduzem a fertilidade no período de cobertura • O BEM afeta a qualidade dos folículos, diminui a taxa de concepção, a qualidade dos oócitos e quantidade de progesterona secretada pelo corpo lúteo. BEM causa perca na condição corporal (CC) o que diminui a taxa de concepção • Estratégias de alimentação, nutrição e saúde das vacas em lactação voltadas ao melhor desempenho reprodutivo devem começar no período de transição e continuar até o início da lactação • É fundamental manter o consumo energético do período pré-parto até a parição e aumentar o consumo rapidamente no período posterior para reduzir o BEN e os efeitos prejudiciais nas funções ovarianas e hepáticas GESTAÇÃO: • Tem duração de aproximadamente 152 dias (média de 132-166 dias), a gestação é influenciada pela época do ano, tamanho da prole, ordem de parto, nível de produção de leite e raça • OBS: liberdade de movimentação das vacas, observações diárias, evitar traumas, boa alimentação e condição corporal e suspender a ordenha pelo menos 60 dias antes da parição (SECAGEM) DESCARTE • PRINCIPAIS CAUSAS: problemas reprodutivos, doenças no membro locomotor, ↑CCS, problemas na conformação do úbere e ↓ produção de leite 2 – MANEJO ALIMENTAR • Corresponde os maiores custos da fazenda: concentrado, silagem e leite para a bezerra • LOTE DE VACAS: deve ser separado em de vacas primíparas (PP) e vacas multíparas (MP), na qual, vacas multíparas são mais territoriais e se encontram numa posição social elevada no rebanho, consumindo mais alimento que as PP, porém as PP são os animais com maior exigência nutricional. As vacas devem ser separadas de 40 a 100 animais por lotes, assim, terá mais facilidade na locomoção, reconhecimento do grupo, na observação dos animais e na formulação de dietas • OBS: animais de raça leiteira consomem mais alimento do que raças produtoras de carne e animais em lactação consomem mais do que animais em final de gestação • VACA LEITEIRA 3 SEMANAS ANTES DO PARTO: o crescimento acelerado do feto e início da síntese de colostro aumentam significativamente a exigência nutricional nessa fase, deve aumentar as necessidades energéticas, proteicas e de vitaminas e minerais • CMS x TEMPERATURA: em MESES QUENTES 60% da dieta deve ser oferecida à noite, a cada grau centígrado acima de 25°C ocorre uma redução de 3% de CMS TIPOS DE ALIMENTOS: 1 – VOLUMOSO • É a base da alimentação bovina, é de baixo custo, contém alto teor de fibra e possui importância por MANTER O TEOR DE GORDURA NO LEITE. Outro fator importante é que o alimento volumoso é rico em carboidratos estruturais, o que diminui a digestibilidade, causando efeito de saciedade • PROBLEMAS DO PASTO: é dependente da época do ano, o que diminui os fatores qualitativos e quantitativos da pastagem, para enfrentar esse tipo de problema, é utilizado o PASTO ROTACIONADO, outras opções em épocas de escassez é o uso da cana-de-açúcar e forragens conservadas, como a silagem e o feno e também de plantas forrageiras como o sorgo e o girassol • VOLUMOSO: pastagem, silagem de milho, sorgo ou capim e a cana-de-açúcar 2 – CONCENTRADO • Deve ser bem distribuído e de forma homogenia aos animais • Tem a função de suprir as deficiências nutricionais das forrageiras e permitir a produção elevada das vacas leiteiras, os concentrados são compostos por suplementos energéticos, proteicos e de suplementos minerais e vitamínicos RECOMENDAÇÕES: PÓS-PARTO: • As vacas só devem sair do grupo de mais alta produção depois de recuperado o ECC pré-parto • ↓ digestibilidade = ↑ teor de gordura PRÉ-PARTO: • PASTO MATERNIDADE: 20-45 dias do parto previsto PERÍODO SECO: • 45-60 dias de descanso fisiológico e recuperações do úbere para novo período de produção • SECAGEM DO LEITE: atender as necessidades de descanso fisiológico • Produção de colostro de alta qualidade • ECC DE SECAGEM: 3,25 a 3,50 • DIVISÃO DE PIQUETES: 60 dias antes do parto e 21 dias antes do parto MANEJO ALIMENTAR DA VACA: OBS: ↑ ÁCIDO ACÉTICO • ↑ gordura no leite ↑ ÁCIDO PROPIÔNICO • ↑ índice de gordura corpórea ↓ na produção de leite ↓ DIGESTIBILIDADE • Volumoso de má qualidade = ↑ teor de gordura ↑ PROTEÍNA NO LEITE • Fornecimento de ureia na alimentação • ↑ do nível proteico no concentrado DIVISÃO DE LOTES: MATERNIDADE: • VACAS PÓS-PARTO 3-4 dias • BEZERRAS de 0 a 2 meses em piquetes individuais • BEZERRAS de 0 a 6 meses em piquetes coletivos CRIA: • BEZERRAS de 6 a 10 meses em piquete-pasto (MATURIDADE SEXUAL) RECRIA: • NOVILHAS de 10 a 15 meses à pasto (INSEMINADAS) • NOVILHAS de 15 a 24 meses à pasto (EM GESTAÇÃO) • VACAS EM LACTAÇÃO • VACAS SECAS PERÍODO SECO (60 DIAS PRÉ-PARTO) • ↓ exigência nutricional • Pode ser suprida apenas com VOLUMOSO de boa qualidade e MISTURA MINERAL • Evitar ganho de peso em excesso e separação para o piquete maternidade na recria • O feto ganha ½ de seu peso no final da gestação INÍCIO DE LACTAÇÃO (DO PARTO AOS 100 DIAS PÓS-PARTO) • ↑↑↑ exigência nutricional • PICO DE LACTAÇÃO = 4 a 8 semanas • O animal geralmente emagrece nessa fase pelo alto volume de leite e hormônios lactogênicos (prolactina e somatotropina bovina) produzidos. Forncer o volumoso antes do concentrado para que não haja alterações bruscas no pH • Maior teor de CONCENTRADO (MILHO; FARELO DE SOJA ou ALGODÃO) nas primeiras semanas • Retornar o CMS o mais rápido possível (deve ter sempre alimento disponível no cocho) MEIO DE LACTAÇÃO (DOS 101 AOS 200 DIAS PÓS-PARTO) • ↑↑ exigência nutricional • Pico de CMS e ↓ do concentrado FINAL DE LACTAÇÃO (DOS 201 AOS 305 DIAS PÓS-PARTO) • ↑ exigência nutricional• Ajuste da dieta 2 – BOVINOCULTURA DE CORTE • Gado de corte é o conjunto de raças bovinas destinas ao abate, para a produção de carne e de seus derivados, além de alguns subprodutos. Essas raças devem ser precoces, bem desenvolvidas, resistentes e ter um bom rendimento líquido de carne (mínimo de 45%) • RAÇAS EUROPÉIAS: Hereford, Duhan, Aberdeen Angus e Galloway • RAÇAS INDIANAS: Nelore, Guzerá e Gir LINHA DO TEMPO: 2.1 – CICLOS DE PRODUÇÃO 1 – CICLO PARCIAL • CRIA: rebanho de fêmeas em reprodução, podendo estar incluída a recria de fêmeas para reposição, para crescimento do rebanho e para a venda. Todos os machos são vendidos imediatamente após a desmame, em geral com 7-9 meses de idade. Além de machos desmamados, são comercializados bezerras desmamadas, novilhas, vacas e touros. Em geral, as bezerras desmamadas e as novilhas jovens (1-2 anos) são vendidas para a reprodução, enquanto as novilhas de 2-3 anos, as vacas e os touros são descartados para se destinarem ao abate • CRIA/RECRIA: difere da anterior pelo fato dos machos serem retidos até 15-18m de idade, quando então são comercializados. Estes são comumente denominados de GARROTES • RECRIA/ENGORDA: tem início com o bezerro desmamado e termina com o boi gordo. Entretanto, em função da oferta de garrotes de melhor qualidade, também pode começar com esse tipo de animal, o que, associado a uma boa alimentação, reduz o período de recria/engorda. O mesmo ocorre com bezerros desmamados de alta qualidade. Embora essa atividade tenha prodominânica de machos, verifica-se também a utilização de fêmeas • ENGORDA (TERMINAÇÃO): atividade isolada 2 – CICLO COMPLETO • CRIA/RECRIA/ENGORDA: Assemelha-se as anteriores, porém os machos são vendidos como bois gordos para o abate, com idade de 15-42 meses, dependendo do sistema de produção em uso 2.2 – SISTEMAS DE PRODUÇÃO 1 – EXTENSIVO • São caracterizados pela utilização de PASTAGENS NATIVAS e CULTIVADAS como únicas fontes de alimento energético e proteico. Essas pastagens são normalmente deficientes de fósforo, zinco, sódio, cobre, cobalto e iodo, incluindo-se também enxofre e selênio (todos fornecidos via suplementação mineral) .Esse grupo representa em torno de 80% dos sistemas do BR. Tipos de pastagem: Brachiaria e Panicum 2 – SEMI-INTENSIVO • Também apresentado como base alimentar as pastagens (nativas e cultivadas) e os suplementos minerais, além de suplementos proteicos e energéticos. O objetivo é alcançar uma pecuária de CICLO MAIS CURTO, suplementando os animais em suas diversas fases de crescimento (aleitamento, recria e engorda). Existe ainda, uma diversidade de ingredientes para compor os concentrados, conforme as características regionais TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO: • ENERGÉTICA: milho, sorgo, aveia e milheto • PROTÉICA: farelo de soja, algodão, glúten de milho, grão de soja e ureia • ADITIVOS: ionóforos (promotores de crescimento) e os probióticos ALTERANTIVAS DE SUPLEMENTAÇÃO: CREEP FEEDING • Consiste na SUPLEMENTAÇÃO DOS BEZERROS a partir de 60 dias de idade ou antes, utilizando instalações construídas no próprio pasto, a qual impede o acesso das vacas ao suplemento. O resultado é o AUMENTO DO PESO À DESMAMA, esse sistema geralmente está empregado em fazendas de ciclo completo SAL PROTÉICO • A função desse suplemento é reduzir as perdas de peso, assegurar a mantença ou permitir leves ganhos de peso. Esse suplemento não visa a atender diretamente as demandas protéicas do bovino em pastejo, mas a deficiência de nitrogênio para as bactérias ruminais através da ureia CONCENTRADO • Sua função é garantir o ganho de peso, independente da época do ano 3 – INTENSIVO • Se diferencia do semi-intensivo por inserirem a prática de CONFINAMENTO da terminação de machos 2.3 – TECNOLOGIA CAPAZES DE AUEMENTAR A PRODUÇÃO 1 – ELEVAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CARNE POR ANIMAL • Melhoramento genético, sanidade, mineralização e a intensificação do sistema de produção 2 – ELEVAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CARNE POR ÁREA • Correção da adubação do solo, irrigação, pastejo rotacionado e integração lavoura-pecuária 3 – TECNOLOGIAS MAIS DIFUNDIDAS • REPRODUÇÃO: IA, IATF, TE e FIV • SANIDADE: controle de vacinação e vermifugação • NUTRIÇÃO: suplementação à pasto e terminação intensiva 2.4 – FASES DE CRIAÇÃO CRIA • Fase que corresponde a todos os cuidados dos bezerros até a sua desmama, além da seleção de novilhas para reposição, os reprodutores e a fase de reprodução da fazenda OBJEITIVOS: • O principal índice zootécnico, e o primeiro que deve ser avaliado na fase de cria, é o INTERVALO ENTRE PARTOS (IP), para os bovinos o ideal seria um intervalo médio de 12 meses (produção de 1 bezerro/vaca/ano) • Outro índice fundamental a ser observado é o PESO AO DESMAME, pois quanto mais pesado é o bezerro, menor é a necessidade alimentar para atingir o peso ao abate. A desmama do bezerro de corte é feito pela IDADE (7meses) SISTEMA DE ESTAÇÃO DE MONTA (EM): • A melhor época para o NASCIMENTO coincide com o PERÍODO SECO, quando é baixa a incidência de doenças, como pneumonia, e de parasitas, como carrapatos, berne, moscas e vermes. Por isso, o período recomendado para MONTA deve ser entre NOVEMBRO-JANEIRO. Neste caso, as PARIÇÕES ocorrerão de AGOSTO-OUTUBRO e o terço inicial de lactação, que apresenta as maiores exigências nutricionais, irá coincidir com o de maior oferta de alimento de melhor qualidade (estação das águas), e a DESMAMA entre FEVEREIRO-ABRIL • Para vacas adultas, o período ideal para a duração da estação de monta deve ser entre dois e três meses. Para novilhas, não deve ultrapassar a 45 dias, e tanto seu início como final devem ser antecipados em pelo menos 30 dias em relação ao das vacas. Essa antecipação visa, principalmente proporcionar às primíparas, por estarem ainda em crescimento e lactação, tempo suficiente para a recuperação do seu estado fisiológico e início do segundo período de monta, junto com as demais categorias de fêmeas • O objetivo principal de estabelecer uma EM, é que haja alta frequência de nascimentos no primeiro mês de parição, de modo que as matrizes tenham tempo necessário para a recuperação do ECC corporal, de maneira a facilitar a nova concepção (o ideal é permitir que as matrizes possam usufruir de abundância de forragens na sua fase mais crítica, isto é, logo após o parto). Animais nascidos nessa época do ano apresentam maior peso ao desmame. O sistema de estação de monta também ajuda a padronizar cada tipo de manejo, além de permitir melhor administração de rotinas, como a aplicação de vermífugos, vacinas, castração e descorna. As categorias de rebanho ainda seguem um fluxo mais organizado, o que facilita a divisão de pastagens e o trabalho dos funcionários responsáveis por cada categoria • OBJETIVOS: favorecer a seleção de vacas de maior habilidade maternal, concentra a estação de nascimento, concentra a desmama, concentra a faixa etária dos lotes de novilhas e garrotes destinados ao abate e permite a utilização de touros de alta capacidade reprodutiva com maior número de vacas ÉPOCA • É determinada em função da MELHOR ÉPOCA DE NASCIMENTO DOS BEZERROS e do PERÍODO DE MAIOR EXIGÊNCIA NUTRICIONAL DAS MATRIZES. Deve ser estabelecido para cada região brasileira qual a melhor opção para essas variáveis DURAÇÃO DA ESTAÇÃO DE MONTA • ESTAÇÃO DE MONTA: é a época de melhor qualidade e de maior disponibilidade de alimento, condição adequada para o restabelecimento da atividade reprodutiva de fêmeas e reprodutores (aumentando assim o incide de prenhez) • ESTAÇÃO DE NASCIMENTO: baixa incidência de doenças (pneumonia e parasitas) • DESMAME: dos 6-7 meses de idade, elimina o estresse da amamentação durante a seca pela diminuição da produção de leite CONDIÇÃO CORPORAL (ECC) DAS MATRIZES • Para que os objetivos de EM sejam atingidos, é necessário quea ECC das matrizes seja monitorada. O score de ECC da vaca de corte varia de 1 a 9 devido as reservas energéticas de tecido adiposo • A ECC é mais eficiente que a avaliação do peso vivo das matrizes pelo fato de levar em consideração o acúmulo de reservas corporais das quais as fêmeas dispõem para mobilizar durante a fase de aleitamento • A nutrição da vaca de corte durante toda a sua vida é a grande responsável pela resposta adequada em termos de kg do bezerro desmamado/ano. Contudo, tanto a sub quanto a superalimentação são prejudiciais ao sistema • Primíparas e vacas de ECC abaixo do ideal, por exemplo, as “magras”, no pré-parto, necessitam ganhar peso para apresentar um bom ECC ao parto. Parte do aumento do peso, que normalmente se observa no terço final da gestação e que pode atingir de 40-50 kg, é resultado do crescimento do feto, das membranas e do acúmulo de líquidos fetais, bem como do aumento do próprio útero, portanto, o animal pode ter apresentado aumento de peso sem ter melhorado a sua ECC ou mesmo por ter tido perda da ECC, o que não é o ideal, considerando que o desejado é que as vacas, principalmente as de primeira cria, voltem a ciclar o mais rapidamente possível após o parto. A recomendação é que o REBANHO DE MATRIZES tenha em média 5-7 pontos de ECC ao parto • Vacas com boas condições corporais ao parto retornam ao cio mais cedo e apresentam maiores índices de concepção, portanto, há a necessidade de ajustes nutricionais para que o ECC se adeque ao parto. A maioria das vacas que pariram com uma boa ECC (5-7), apresentam o primeiro cio em até dois meses pós-parto. Assim, é possível que vacas que apresentam baixa ECC ao parto, mas alimentadas para ganhar peso pós- parto, tem uma média de 1° cio boa (76 dias), mas as vacas que parem em boa ECC tem média de 1° cio de 38 dias, embora tenha sido alimentada pós-parto apenas para manter o peso • Vacas primíparas, geralmente, têm o período de parto, ao primeiro cio, maior do que as multíparas, por essa razão, deve ter maiores cuidados à alimentação das novilhas gestantes. Vacas primíparas precisam ser mantidas com ECC igual ou superior a 3,5 para apresentarem elevada taxa de prenhez. Em suma, vacas magras não têm boa taxa de gestação e levam mais tempo para apresentar cio dentro da EM. Vacas com ECC moderada têm boa taxa de gestação, porém um pouco inferior àquelas vacas de boa ECC. Deve-se procurar fazer com que todas as vacas tenham ECC moderado ao parto MATERNIDADE: • A fase de cria é onde ocorre as maiores perdas. Os cuidados necessários se iniciam de 15-30 dias pré-parto, quando as vacas gestantes são levadas para o PIQUETE MATERNIDADE. A maternidade corresponde ao període que a vaca é levada à maternidade até os 45 dias de vida do bezerro • A gestação do bezerro é de 9m e o PL é de 210-240d (7-8m) INGESTÃO DE COLOSTRO • Durante a gestação do bezerro, ele não recebe anticorpos via transplacentária, e na fase pós-natal, leva algum tempo para produzir sistema imunológico próprio. A absorção de colostro pelos enterócitos do bezerro é decrescente à medida que se passam as horas após o nascimento • A PRIMEIRA INGESTÃO DO COLOSTRO deve ser mais rápida (2-3 horas após o nascimento) e abundante (pelo menos 1L durante essas primeiras horas) MANEJO SANITÁRIO DO BEZERRO • Deve-se proceder a “cura do umbigo”, de modo a evitar a contaminação com agentes patogênicos externos, identificação do animal e, evitar a movimentação de animais novos junto com animais adultos • RELAÇÃO VACA/BEZERRO: lambimento, mamada do colostro e imprinting SISTEMA DE DESMAMA: • O animal deve ser desmamado com no mínimo, 2x o seu peso de nascimento e estando consumindo alimentação concentrado por no mínimo de 5 dias, além do uso do creep feeding e grazing • DESMAMA TRADICIONAL: animais permanecem com a mãe durante todo o aleitamento e, então, são separados • DESMAMA PRECOCE: consiste em separar os animais antes do tradicional • DESMAMA TEMPORÁRIA ou INTERROMPIDA (MÉTODO SHANG): consistem em separar o bezerro da vaca, por um período de 48-96h, a partir de 30-40 dias pós-parto • DESMAMA CONTROLADA (AMAMENTAÇÃO CONTROLADA): permitir a permanência do bezerro com a mãe durante dois curtos períodos do dia, entre 6-8h e das 16 às 18h, a partir do 30° dia de vida MANEJO ALIMENTAR DURANTE O ALEITAMENTO: CREEP FEEDING (COCHOS PRIVADOS) • Prática de administrar alimento suplementar (concentrado energético ou grãos) aos bezerros antes do desmame. O suplemento deve ser fornecido de modo que os animais adultos não o consumam. É uma prática econômica que visa ao criador uma forma de obter bezerros com maior peso ao desmame, e assim, melhorar o seu desempenho na recria. Animais que recebem mais alimentação suplementar antes da desmama, consomem geralmente, 10% mais de MS na recria • Com o creep feeding é possível aumentar o ↑GANHO DE PESO PRÉ-DESMAME e ↑PESO AO DESMAME, além da REDUÇÃO DA TAXA DE MORTALIDADE de bezerros nessa fase • Bezerros que estão nesse sistema sofrem menos estresse na desmama, se adaptam mais facilmente a programas de confinamento e recuperam pelo mais rapidamente após estresse, também apresentam menos predisposições a problemas de saúde DESVANTAGENS • São geralmente evidenciadas após o desmame. A suplementação excessiva de energia pode aumentar o depósito de TECIDO ADIPOSO em relação ao tecido muscular. Se os bezerros depositam muita gordura, o seu desempenho na recria será menor • NOVILHAS que chegam na recria muito gordas apresentam seu desempenho ruim quando vacas, pois a gordura substituirá o tecido glandular no úbere, prejudicando a produção leiteira e afetando sua prole. O creep feeding dificulta também a HABILIDADE MATERNA, pois mascara o potencial de produção leiteira CREEP GRAZING: • É uma forma de fornecer forrageira de melhor qualidade aos bezerros em aleitamento. Consiste em cercar uma área dentro do pasto, de forma também que apenas os bezerros tenham acesso, e introduzir, nessa área, pasto de ótima qualidade SISTEMA DE REPRODUÇÃO: • Na bovinocultura de corte é utilizado a MONTA NATURAL ou IA • A relação de touro maduro para vacas de ser de 1:40, enquanto que para touros que já reproduziram antes 1:25, essa proporção é utilizada na monta natural, por isso, os lotes de novilhas ou vacas em natural não devem ser grandes pois pode comprometer o resultado final de prenhes MANEJO REPRODUTIVO: TOURO VACA AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA: • CIRCUNFERÊNCIA ESCROTAL: característica herdável e de alta repetibilidade. Quanto maior a circunferência, maior será a produção de sêmen, libido e, está ainda, correlacionado com a puberdade das fêmeas (precocidade) • Comportamento social, desempenho reprodutivo e resistência EXAME CLÍNICO GERAL: • Sistema locomotor, defeitos físicos congênito e estado nutricional FATORES QUE AFETAM A REPRODUÇÃO: • PRESENÇA DO TOURO: feromônios liberados pelas gônadas do macho • AMBINTE: a vaca não se reproduz em ambientes quentes e úmidos, causa estresse térmico e diminuição na fertilidade • ECC: 5-7 • AMAMENTAÇÃO: libera endorfina, alterando o ciclo do cio • IDADE RECRIA • A fase de recria é a que retém os animais por mais tempo no BR, especialmente no subsistema tradicional de produção. Em animais abatidos por volta dos 4 anos, a recria pode prolongar-se por cerca de 30m, reduzindo-se para 10-12 meses, pois a meta é a PRODUÇÃO DE NOVILHOS PRECOCES • A recria é a fase que inicia pós desmame do bezerro (7m), é repleta de variações de peso e vai até os animais atingirem PV de 350-400 kg. Objetivo = ENCURTAR O TEMPO DE RECRIA • A eficiência de crescimento do animal ocorre em função de duas características básicas: a TAXA DE GANHO DE PESO e a COMPOSIÇÃO DOS TECIDOS DEPOSITADOS. Do ponto de vista nutricional, o crescimento doanimal pode ser abordado de duas formas: EFICIÊNCIA ENERGÉTICAS e ALIMENTAR. O nível nutricional e o manejo alimentar adotados durante a vida do animal afetam a taxa de crescimento, o tempo de acabamento, o peso e a proporção dos componentes da carcaça (músculo, gordura e ossos). A densidade energética da dieta pode direcionar o uso da energia para a síntese de proteína ou de gordura. Esses fatores são essenciais para a obtenção de carcaça tida como ideal (aquela que apresenta uma boa proporção de carne em relação a ossos e boa cobertura de gordura, que confere maior maciez e paladar à carne • O emprego de suplementação alimentar pode viabilizar o abate de animais mais jovens, com carcaças de melhor qualidade, além de aumentar a capacidade de suporte da propriedade MANEJO DA DESMAMA: CAMINHO PARA A RECRIA • Ocorre a separação dos bezerros das mães e a separação dos bezerros pelo sexo, tendo dois grupos de animais, machos e fêmeas. As FÊMEAS são separadas e levadas para um manejo em que o objetivo é DIMINUIR O TEMPO DE 1° CIO, enquanto os MACHOS, são levados para a engorda, no qual o objetivo é a REDUÇÃO DA IDADE AO ABATE SUPLEMENTAÇÃO NO PERÍODO SECO: CONCENTRADO PROTEICO (SAL PROTEICO) MISTURA MÚLTIPLA • Sal + ureia • Usado para ganhar 300> g/d, recomenda-se (0,1% do PV do animal na seca) • Concentrado proteico + energético • É um concentrado mais caro, usado para ganhar 500? g/d, recomenda-se (0,5% do PV do animal na seca). Ganho de peso garantido ENGORDAR: SISTEMA EXTENSIVO SISTEMA DE SEMI-CONFINAMENTO CONFINAMENTO • Usado quando a engorda cair na época das chuvas, se caso cair na época das secas, usar suplementação • Usado quando a engorda cair no final da época das águas e começo da seca • O animal chega com 400kg e deve sair com 460-70kg • São instalações a céu aberto em uma linha reta de coxo. Usado para o ano todo ou apenas em época de seca. O boi entra com 300kg e sai com 450kg ABATE: • O @ do boi magro varia de acordo com o tempo de vida, valendo mais quando se é mais jovem e de peso de 450-520 kg. O abate do boi magro pode ser em sua SUPERPRECOCIDADE (1-1,5 anos de vida), PRECOCE ( até 3 anos de vida) e CONVENCIONAL ( a partir de 3 anos de vida)
Compartilhar