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Suinocultura Produção e consumo de carne suína: algumas considerações O rebanho suíno brasileiro tem a sua maior representação numérica, econômica e tecnológica na região Sul. Na região Sul se concentra a maior parte das indústrias e, por consequência, uma tecnologia de ponta. As regiões Sudeste e Centro Oeste também têm-se destacado na suinocultura brasileira, haja vista os grandes investimentos que estão sendo implantados em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, principalmente. A região Nordeste, que detém um rebanho muito grande, tem uma importância social e econômica expressiva para esses estados. A população brasileira considera o ponto forte da carne suína o seu sabor e como pontos fracos o mal à saúde, é perigosa e possui muita gordura e colesterol A população mal informada a respeito dos avanços obtidos na suinocultura moderna desconhece todos os esforços das lideranças representativas dessa atividade, os quais deveriam ser concentrados no sentido de levar a verdade ao conhecimento público Certamente, pouco se tem feito para desmistificar a carne suína como vetor de doenças e de colesterol, embora essa informação já tenha sido esclarecida e anulada pela pesquisa científica, nos últimos anos A carne suína é a mais produzida e consumida no mundo Do campo à mesa, o suíno vem ajudando a construir o desenvolvimento econômico e social de várias regiões do país, garantindo emprego e renda a milhares de brasileiros. A suinocultura é uma atividade importante para a economia brasileira, pois gera emprego e renda para cerca de 2 milhões de propriedades rurais. O setor fatura mais de 12 bilhões por ano Suínos são muito utilizados na área da medicina farmacêutica, existem mais de 40 drogas utilizadas na medicina humana que são extraídas ou obtidas do suíno Suíno é utilizado para experiências médicas, transplantes, clonagens pois é o animal anatómico e fisiologicamente mais semelhante ao homem São utilizados em transplantes de válvulas cardíacas, enxertos de pele Couro suíno é muito utilizado na confecção de sapatos, bolsas, luvas e outros acessórios Dejetos dos suínos: biodigestores -> geração de energia térmica e elétrica Na alimentação: patês, farinha de vísceras utilizada como componente de ração Os suínos são considerados o quarto animal em inteligência ficando atrás somente do homem, primatas e golfinhos Os suínos são o único artiodáctilo (biungulados) não ruminantes vivendo em domesticidade Apareceram na terra há cerca de 40 milhões de anos, e pertencem ao gênero Sus Ancestrais: javalis europeus, asiáticos e africanos Todos os suínos são descendentes do javali europeu Diferenciação anatômica do perfil cefálico das diferentes espécies: tamanho da orelha e formato da concavidade frontonasal De acordo com o gênero Sus Scrofa Tipo céltico descendente do javali europeu Sus Vittatus Tipo asiático originário da Índia Sus Mediterraneus Tipo ibérico Domesticação: Chineses 5.000 a 4.900 a.C. Na América, não existiam suínos antes da chegada do homem. No Brasil: os primeiros porcos (suínos) chegaram ao litoral paulista (São Vicente) em 1532, trazidos pelo navegador Martim Afonso de Souza. Pertenciam às raças da Península Ibérica, existentes em Portugal. Raças naturalizadas. A partir do início do século XX que começaram os processos de melhoramento daquelas raças através das importações de animais das raças: Berkshire Tamworth Large Black da Inglaterra Duroc Poland China Raça duroc é muito utilizada em cruzamento genético e como raça pura em alguns planteis Numa granja: não se utiliza raças, se utiliza linhagens Linhagem: produto obtido do cruzamento de várias raças Com o melhoramento genético, cada linhagem produzida tem uma aptidão: carne, reprodução Entre 1930 e 1940 chegaram as raças Wessex e Hampshire Na década de 50, os Landrace Na década de 60, os Large White E na década de 70 os primeiros híbridos da Seghers Na década de 70 começou o avanço do melhoramento genético no Brasil, empresas começaram a exportar linhagens. Embrapa – pesquisas Híbridos comerciais: linhagens comerciais com alto desempenho de produção de musculo, pernil, carré Suinocultura para abate: espera-se que os leitões tenham alto crescimento, ótima conversão alimentar e elevado conteúdo de musculo na carcaça (mais carne, menos gordura) Gene halatono e gene da carne ácida: Genes presentes em raças puras que estão relacionados ao nível de estresse do animal. Através do melhoramento genético se anulou esses genes, quando esse gene se manifesta prejudica a qualidade da carne (pouco suculenta, mais escura, seca) Cruzamentos com linhagens sem melhoramento genético: progênie com baixa qualidade de ganho de peso, carne com baixa qualidade Características de uma boa matriz: ser dócil, produzir grande quantidade de leitões, boa produtora de leite Instalação adequada, alimentação balanceada, qualificação técnica Classificação zoológica dos suínos domésticos Classe: mamalia Ordem: ungulata Subordem: artiodactila (número par de dedos nas patas) Família: suidae Gênero: sus Espécie: Sus scrofa domesticus Do suíno tradicional ao suíno light O porco selvagem da Antiguidade possuía 70% da massa anterior e 30% de posterior Conformação do javali foi mudando com o passar do tempo e a domesticação O PORCO TIBO BANHA começou sua fase na época da domesticação, há 10 mil anos, o que perdurou até o início do século XX Com a domesticação, o porco não necessitava mais procurar alimentos na floresta, nem precisava fugir de seus inimigos foi se tornando “obeso” Vivendo em recintos (“chiqueiro”) fechados, recebia toda a alimentação de que necessitava. Comendo mais e fazendo menos exercícios, começou a alterar sua composição corporal, passando a apresentar 50% de dianteiro e 50% de traseiro O acúmulo de gordura fez com que passasse a ser considerado o animal ideal para o homem, já que lhe fornecia grande quantidade de banha e carne O SUÍNO MODERNO começou a ser desenvolvido no início do século XX, através do melhoramento genético com o cruzamento de raças puras (landrace, large White, duroc) Pressionados por uma melhor produtividade para tornar a espécie economicamente mais viável e pelas exigências da população por um animal com menos gordura, devido à substituição das mesmas pelas margarinas vegetais, os técnicos e criadores passaram a desenvolver um suíno com 30% de massa anterior e 70% de posterior O suíno atual é exigente (sensíveis) e é criado em instalações confinadas, limpas, desinfetadas e sem acesso à terra Menores teores de gorduras na sua carcaça e mais massas musculares proeminentes, especialmente nas carnes nobres, como o lombo e o pernil No início dessa seleção, o suíno apresentava 40% a 45% de carne magra e espessuras de toucinho de 5,0 a 6,0 cm Atualmente, graças aos programas de genética e nutrição, o suíno moderno apresenta de 55% a 62% de carne magra na carcaça, e de 1,5 a menos de 1,0 cm de espessura de toucinho São animais denominados de quatro pernis Na realidade, cerca de 70% da gordura suína localiza-se na capa de gordura, também conhecida como toucinho, enquanto os outros 30% se localizam em outras regiões do corpo do animal Assim, a carne suína, propriamente dita, apresenta baixos teores de gordura e é inclusive indicada para dietas de emagrecimento, na maioria dos países europeus A carne suína contém 65% de gordura do tipo insaturada, ou seja, aquela que contribuipara a formação do chamado bom colesterol, enquanto apenas 35% é composta de gordura saturada, ou seja, aquela que produz o chamado mau colesterol. Peste suína africana: vírus, contaminação de granjas -> biossegurança é muito necessária (China) Custo da produção de suíno é alto, margem de lucro é baixa. Uma solução -> política agraria: milho e soja não aumentar para suinocultores Número de tetas: 4 a 9 pares Uma boa matriz deve ter de 6 a 7 pares de tetas funcionais Temperatura corporal retal Média de 38,7ºC em adultos e 39,8ºC em leitões Os animais jovens sempre apresentam temperatura corporal mais elevada em razão da sua elevada relação superfície/massa. A temperatura retal média dos recém-nascidos é de 40,5ºC Frequência respiratória e Pulsação (Ambiente térmico favorável) FR: entre 20 a 30mpm Pulsação: entre 60 a 120bpm Pele Possuem pele espessa, com camada de gordura subcutânea que aumenta com a idade Mesmo animais melhorados geneticamente possuem essa deposição de tecido adiposo no local Olfato e paladar São bem desenvolvidos Pouca capacidade nasal sendo propenso à asfixia em razão de sua dificuldade respiratória nasal (umedecer a ração) Não devem ser manuseados em condições de calor (estresse térmico) Dificuldade de termólise: possuem glândulas sudoríparas afuncionais e utilizam a ofegação para dissipar o calor corpóreo extra Gestação Duração média: 114 ± 3 dias (3 meses / 3 semanas / 3 dias) Ciclo estral: se repete a cada 21 dias Processo de crescimento Durante a vida o suíno elabora diferentes tipos de tecidos (ósseo, muscular e adiposo) que não ocorrem de forma homogênea Do nascimento aos 7 meses de vida, aumenta cerca de: 75 vezes o seu peso vivo, 100 vezes o tecido ósseo, 81 vezes o tecido muscular, 676 vezes o tecido adiposo Principais fatores que influem no crescimento Fatores intrínsecos: Raça e linhagem Fatores extrínsecos: Nutrição, manejo, instalações e clima Quando esses fatores confluem o animal consegue expressar o máximo de seu crescimento O índice real de crescimento será o resultado da interação desses fatores Taxa de crescimento da suinocultura em determinado espaço de tempo (a cada ano) O brasil apresenta baixo índice de desfrute Índice de desfrute = Taxa de crescimento + taxa de abate Causas para o baixo índice de desfrute na suinocultura brasileira Criações extensivas Abate clandestino Comercialização individual Deficiência da contabilidade da suinocultura Baixa prolificidade e produtividade das matrizes Manejo reprodutivo, alimentar e sanitário deficientes Instalações inadequadas Para que a suinocultura moderna sobreviva é necessário que se garanta a boa produtividade dos animais e a menor mortalidade possível, com baixo custo em todas as fases do ciclo de produção Para tanto, a escrituração zootécnica deve ser rigorosa, pois com ela podem ser determinados e corrigidos os pontos fracos. Dias não produtivos – DNP São definidos como dias em que as fêmeas não estão gestando nem lactando, improdutivas no plantel Fêmeas ingerindo ração, ocupando espaço produtivo, utilizando mão de obra e instalações sem dar retorno econômico DNP deve ser controlado para garantir maior lucro Cálculo do DNP DNP = 365 - [PFA x (PG + PL)] PFA: Parto/Fêmea/Ano PG: Período de gestação PL: Período de lactação Período de gestação é fisiológico, não vai ser alterado Alterar dias não produtivos: lactação, número de partos/ano Granja 2: DNP menor -> partos/ano maior 300 matrizes x 2 partos/ano= 600 partos x 11 partos= 6600 terminados (vão para abate) Granja 2 mandou +825 leitões para o abate Importante para monitorar o Sistema de Produção de Suínos (SPS) e diagnosticar os problemas. Aspectos a serem monitorados: desempenho histórico do rebanho e expectativa de futura produtividade. O objetivo é refletir o potencial de produtividade do rebanho. Para tanto, devem ser estabelecidos em níveis superiores ao desempenho atual do rebanho e devem ser revisados e discutidos quando ocorrerem mudanças importantes Multíparas: várias crias por parto Marrãs: femeas pré e pós-puberes selecionadas para a cobrição, ainda não gestantes Nulíparas: femeas gestantes antes do primeiro parto Porcas: femeas que pariram Primíparas: femeas após o primeiro parto Secundíparas, terciparas, pluriparas: ordem de parição Matrizes: reprodutoras em qualquer estagio ou descarte Varrão, cachaço: reprodutor macho jovem (180 a 365 dias) ou adulto (+1 ano) Leitegada: conjunto de leitões de uma matriz Fase de amamentação (maternidade) Parir e amamentar os leitões, 21 a 28 dias, pesando de 5 a 8kg Fornecer aquecimento para os leitões, fornecer um macroambiente mais ameno e adequado para a mãe produzir leite (colostro) e garantir que os leitões recebam as imunoglobulinas para o seu bom desenvolvimento incial É imprescindível que os leitões mamem o mais rápido possível logo após o nascimento Fase de creche Leitões saem da amamentação e vão para creche, até 63 dias pesando ate 25kg Atenção as mudanças da alimentação: evitar diarreia e infecções oportunistas Fase de crescimento Saída da creche até 105 dias, pesando até 55kg Composição do ganho de peso dos animais É a fase em que ocorre a maior deposição de proteína em relação a deposição de gordura na carcaça Fase de terminação Saída do crescimento, 105 a 140 dias, pesando até 100kg Na fase de terminação o GP é acentuado e a ingestão de alimentos é elevada A composição do GP se altera em relação a Fase de Crescimento: maior deposição de gordura em relação à deposição de proteína na carcaça Fase de pós terminação Sair pesando até 120kg É a fase mais recente no sistema de produção de suínos Os animais devem ser de genéticas melhoradas para responderem bem a essa fase Proporciona maior crescimento e rendimento corporal dos animais, possibilitando aumentar o número de cortes na carcaça Foi criada para atender à demanda por um produto suíno diferenciado no mercado Fase de reprodução (machos e femeas reprodutoras) Nesta fase o objetivo é aumentar o número de nascidos viáveis e garantir o maior número de terminados por porca por ano Todo desmame causa estresse, deixam de tomar leite e passam a comer ração, entram em contato com outros leitões -> gera muito estresse, causa alta de mortalidade Não basta ter a melhor genética sem o manejo adequado (ambiente, vacinação, nutrição) Manejo de leitões lactantes (fase de aleitamento) Fase de vidas dos suínos considerada CRÍTICA: podem ocorrer perdas significativas de leitões, principalmente, na 1ª semana de vida (maior índice de morte) Fornecer um macroambiente mais ameno e adequado para a mãe produzir leite (colostro) e garantir que os leitões recebam as imunoglobulinas para o seu bom desenvolvimento inicial Nesta fase é importante fornecer aquecimento para os leitões, evitar hipotermia Temperatura da porca mais baixa que a dos leitões Manter a maternidade isenta de umidade, frio e calor excessivos Leitões precisam mamar o mais rápido possível após o nascimento Principais causas de perdas de leitões Alimentação, manejo, cuidados higiênicos- sanitários, instalações, equipamentos Preparo da maternidade O ambiente da maternidade deve ser limpo, seco e calmo Vazio sanitário: mínimo de 5 dias Transferência da porca: pelo menos, 7 dias antes do parto Verificar o funcionamento dos equipamentos: bebedouro, comedouro,escamoteador Temperatura: em torno de 16 a 22°C. Manejo de cortina. A oscilação térmica pode favorecer o aumento na duração do parto e na taxa de natimortos Fornecimento de água: uma porca em lactação consome entre 20 a 30L por dia. É importante que o bebedouro libere, pelo menos, 2 litros/minuto Parto É uma das etapas mais CRÍTICAS no processo global da produção de suínos, tanto em relação ao bem-estar da porca como dos leitões Sempre que possível, o parto deverá ser assistido pelo tratador e só fazer intervenção quando necessário Acompanhar até o dia após o parto Cuidados com os leitões recém-nascidos Enxugar os leitões recém-nascidos para evitar perda de calor; uso de pós-secantes (diminui a perda de calor e desidratação dos leitões Orientar e auxiliar na primeira mamada, os leitões precisam ingerir colostro nas primeiras 24 hrs de vida. O colostro é importante não só do ponto de vista imunológico, mas também para manutenção das reservas corporais devido ao seu alto teor de energia Quando a mãe não puder fornecer o colostro, transferir a leitegada para outras porcas recém-paridas Em caso de emergência: fornecer colostro artificial Produção de leite da porca: 6 a 10L por dia Fatores que afetam a produção de leite: temperatura ambiente, número de leitões lactantes, gordura corporal da porca no início da lactação, quantidade de ração fornecida Corte e desinfecção do cordão umbilical Fornecimento de calor aos leitões Apresentam um sistema termorregulador fisiologicamente imaturo, ambiente externo é mais frio que o útero. Os leitões para manter sua temperatura corporal consomem reservas de glicogênio do fígado Após a 1ª mamada, os leitões devem ser colocados sob fonte de calor (escamoteador) Corte dos dentes e do terço final da cauda Dente: corte ou desgaste bem rente a gengiva, não deixar pontas nos dentes Cauda: evitar vícios e canibalismo, utilizar bisturi, alicate ou cauterizador Uniformização e redistribuição de leitões Aplicação preventiva contra anemia ferropriva O leitão nasce com pouca reserva de ferro, em torno de 20 mg. O leitão precisa receber cerca de 5 mg por dia para atender suas necessidades O leite da porca apresenta pouca quantidade de ferro, no 5º dia de vida o leitão pode apresentar o quadro de anemia ferropriva É importante a suplementação de ferro para prevenir e tratar a anemia Deve-se fornecer ferro (100 mg ou 1 a 2 ml de ferro dextrano) por aplicação intramuscular no 3ª dia, podendo reforçar no 12º dia de vida do leitão Fornecimento de ração e agua para leitões recém nascidos Após o nascimento ocorre grande crescimento e desenvolvimento do intestino dos leitões, a disponibilização de alimento irá estimular o crescimento intestinal, promovendo a formação de novos enterócitos Os enterócitos fetais são gradualmente substituídos por enterócitos maduros. Esse processo tem início na parte proximal do intestino delgado e é completado com 3 a 4 semanas após o parto Nos primeiros dias de vida, a produção de suco gástrico e a atividade da pepsina estão muito baixas, enquanto a secreção de lactase é máxima. A atividade da lactase vai diminuindo, enquanto aumentam as atividades das aminopeptidases e maltases Pode ocorrer a partir do 5º dia de vida, ração de alta digestibilidade e alta palatabilidade Água tem papel decisivo para: formação tecidos corporais; digestão e absorção de nutrientes; regulação da temperatura corporal; eliminação de substâncias tóxicas; constituição das células Castração dos leitões machos Finalidade: evitar a venda de carne de animais inteiros, uma vez que o cheiro e gosto desagradáveis não são eliminados pelo aquecimento ou industrialização. O forte cheiro na carne sem castrar é devido ao hormônio 5-α- androstenona e ao escatol Recomenda-se castrar os leitões entre 7 e 15 dias de idade A castração compreende a contenção, desinfecção, a operação que envolve a retirada dos testículos e a aplicação de cicatrizantes, desinfetantes e repelentes Vantagens da castração nas primeiras semanas de vida Menor exigência de mão de obra, facilidade da operação; a ocorrência de hemorragias é rara, cicatrização rápida, praticamente inexistente o risco de complicações, estresse para o leitão é menor Recomendações: Evitar outras práticas de manejo durante a castração cirúrgica, não castrar animais doentes, examinar o leitão e verificar se não há problemas de hérnia e criptorquidia, proceder a castração sem mexer dentro da incisão. Aplicar cicatrizante, desinfetante e repelente na incisão, logo após a remoção dos testículos Castração cirúrgica x castração imunológica Para atender às normas de bem-estar animal, a castração convencional vem sendo substituída pela castração imunológica A castração imunológica consiste em aplicação de duas doses de vacina contendo uma forma modificada de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) que é conjugada a uma proteína, que induz à formação de anticorpos direcionados contra o GnRH do macho inteiro. Assim, o próprio sistema imunológico do suíno combate o seu GnRH, impedindo o estímulo de LH e FSH. Na prática são aplicadas duas doses de vacina na forma subcutânea, sendo a primeira por volta de 120 dias de idade e a segunda por volta de 150 dias de idade Desmame Muito estressante para os leitões, procurar minimizar o estresse Se o leitão não ganhar peso nessa idade, tende a ter o crescimento retardado durante todo o período de crescimento e terminação O bom desenvolvimento do sistema enzimático do leitão garantirá o melhor ganho de peso A produção de enzimas responsáveis pela digestão da ração estará crescente no período da desmama e a produção de lactase vai reduzindo A idade do desmame varia de acordo com o sistema de criação e manejo. Nas criações extensivas desmama-se com 3 a 4 meses. Na criação intensiva o desmame precoce, mais usual, ocorre entre 21 a 35 dias. Separar por sexo: ração diferente para macho e fêmea Sistema wean to finish – WF Consiste na eliminação da fase de creche Os animais são desmamados aos 28 dias de idade e vão diretamente para a fase de crescimento Sistema consiste em possibilitar que os animais permaneçam do desmame ao abate em uma mesma instalação Não tem no Brasil -> custo inicial alto
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