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Psicodrama

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PSICODRAMA
· Definição: ciência que busca a "verdade" por métodos dramáticos. Abrange áreas como psicoterapia, sociologia, artes, pedagogia, ética e recreação.
· Fundador e Proposta: criado por Jacob Levy Moreno. Define como "a ciência que explora a verdade por métodos dramáticos." Desempenho de papéis pela dramatização, inspirado no teatro. Atua na direção psicoterápica, explorando problemas e questões individualmente.
· Objetivos e Métodos: desenvolver a espontaneidade e flexibilidade mental. Uso de jogo dramático para examinar problemas. Métodos experimentais como sociometria, roleplaying e dinâmicas de grupo. Facilita insights, crescimento pessoal e integração cognitiva.
· Aplicações e Resultados: ampliação de vínculos e criatividade. Melhorias na saúde, mudanças de atitude e percepção sofisticada. Desenvolvimento adequado de papéis.
· Características Simples: baseado no jogo de faz de conta espontâneo. Permite vivenciar emoções, fantasias e situações próximas à realidade. Utiliza linguagem verbal, corporal e interação entre corpos. Pode ser aplicado individualmente ou em grupo.
· Terapia de Grupo: pacientes improvisam cenas dramáticas analisadas em conjunto. Auxilia no equilíbrio mental, esclarecimento de questões e desenvolvimento de habilidades. Melhora a capacidade de aprendizagem e expressão de cada pessoa.
· Aplicações em Psiquiatria: auxilia no tratamento de transtornos afetivos, fobias, estresse pós-traumático, transtornos alimentares, automutilação, alcoolismo e abuso de substâncias tóxicas.
· Origem do Nome: "psico" (grego) = alma, "drama" = ação. Traduzido como "através da ação" ou "adentrar as verdades da alma."
· Criação por Jacob Levy Moreno: infância marcada por brincadeiras que influenciaram sua abordagem. Experimentos com improvisação e teatro de espontaneidade. Trabalho em grupos, incluindo adultos, prostitutas e experiências durante a Primeira Guerra Mundial.
· Desenvolvimento do Psicodrama: teatro terapêutico, sociometria e catarse. Influências de Aristóteles e resgate da ideia de khatarsis. Conceito de "tele" na interação entre pessoas desprovidas de papéis sociais.
· Histórico e Contribuições de Moreno: experiências primitivas similares ao psicodrama em civilizações antigas. Teatro grego, Commedia dell'arte, e revoluções no teatro do século 20. Fundação da American Society of Group and Psychodrama em 1942 por Moreno. Contribuições no Brasil a partir da década de 60.
· Instituições e Legado: Fundação da American Board of Examiners in Psychodrama, Sociometry and Group Psychotherapy. Fundação da Federation of Trainers and Training Program in Psychodrama. Contribuições e instituições no Brasil, incluindo a Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP).
· Contexto Inicial e Resistências: surgiu na década de 1930 em meio à predominância da psicanálise. Inicialmente, enfrentou resistência devido à sua radical divergência. Anos 50: Abertura para práticas psicoterápicas alternativas, mas o psicodrama clássico permaneceu isolado. Oposição clara de Moreno às ideias de Freud dificultava a aceitação acadêmica.
· Críticas Iniciais: duração longa das sessões (2-3 horas) era criticada como imprática e economicamente inviável. Conteúdo emocional intenso exigia preparações e cuidados adicionais. Influência teatral de Moreno era alvo de desconfiança na época.
· Desafios na Difusão: reprodução inadequada do psicodrama por entusiastas resultou em situações desastrosas. Falta de preparação levou a críticas injustas ao método em vez dos responsáveis pelo treinamento inadequado. Exposição de sentimentos pessoais em grupo era inicialmente resistida.
· Evolução Positiva ao Longo do Tempo: compartilhar sentimentos pessoais em grupo tornou-se benéfico com o tempo. Terapeutas não estavam inicialmente preparados para o manejo em grupo. Treinamento inicial era conduzido principalmente por Moreno, sendo difícil de realizar e limitando o acesso.
· Desafios com Publicações e Controle de Moreno: pouca literatura sobre psicodrama até meados dos anos 60, principalmente de autoria de Moreno. Dificuldade na disseminação devido à falta de equivalência com termos conhecidos. Moreno controlava as publicações, o que alienava outros interessados e prejudicava a qualidade do trabalho.
· Ramificações do Psicodrama: Psicodrama existencial: base do psicodrama clínico com abordagem existencial. Psicodrama analítico: síntese de psicodrama e psicanálise, com uma hipótese analítica encenada no palco. Psicodrama analítico francês: foco em crianças, dirigido por dois terapeutas que encenam o conteúdo da criança. Hipnodrama: síntese de psicodrama e hipnose, com a hipnose como ponto de partida. Etnodrama: representação e análise de questões raciais ou culturais. Axiodrama: estudo e análise de valores inerentes a papéis sociais e culturas, com base na ciência de valores. Psicodrama diagnóstico: pesquisa de síndromes grupais ou situações diagnósticas individuais usando recursos psicodramáticos. Psicodrama didático: com função pedagógica, utilizando um ego-auxiliar ou método direto. Psicodança: ampliação do psicodrama com o uso da dança. Psicomúsica: uso de recursos musicais, incluindo instrumentos ou o corpo.
· Atualidade: diversidade de desdobramentos do psicodrama, seguindo os princípios de criatividade e espontaneidade. A American Board of Examiners in Psychodrama, Sociometry and Group Psychotherapy treina e certifica profissionais nos EUA e Canadá. Existem 36 instituições federadas no Brasil, contribuindo para a manutenção do psicodrama, vinculadas à Federação Brasileira de Psicodrama. Destaque para a Sociedade de Psicodrama de São Paulo e o Congresso Brasileiro de Psicodrama a cada dois anos. Psicodramatistas atuam em diversas áreas no Brasil, com colaboração da FEBRAP.
· Fundamentos: psicodrama como aprofundamento da psicoterapia de grupo, baseado na espontaneidade criadora. Três contextos: social, grupal e dramático, considerando regras sociais, relações grupais e expressão de sentimentos obscuros. Fases do psicodrama: aquecimento, ação ou dramatização, participação do grupo e feedback. Cinco condições necessárias segundo Moreno: cenário, protagonista, diretor, egos auxiliares e plateia.
· Cenário: Espaço vital supradimensional e móvel. Palco circular com três degraus e balcão para o "super-ego". Quatro níveis: concepção, crescimento, consumação e galeria. 
· Protagonista: representa o tema do grupo. Selecionado do grupo ou paciente na terapia individual. Aquecimento para ser o mais autêntico possível. 
· Diretor: profissional formado em escola de psicodrama. Pode ser produtor, terapeuta ou analista social. Orienta a dramatização e favorece o insight.
· Egos Auxiliares: indivíduos com papéis significativos.
· Funções como "duplo", "feedback", "ator", "agente terapêutico" e "investigador social". Contribuem para o processo terapêutico.
· Plateia, Grupo ou Auditório: composta por espectadores e ego-auxiliares. Fornece feedback ao protagonista. Garante a veracidade da vivência.
· Métodos Comuns no Psicodrama - 1. Desdobramento do eu: o ego auxiliar coloca-se ao lado do protagonista e adota seu comportamento, evidenciando características possivelmente despercebidas por ele; 2. Inversão de papéis: o papel do protagonista é trocado com seu interlocutor. Bem aplicada, a técnica traz benefícios consideráveis, sendo muito utilizada por conta de sua simplicidade; 3. Solilóquio: qualquer um dos personagens pode usar esta técnica, que consiste em dizer em voz alta o que se está pensando em relação ao que está acontecendo. É necessário virar a cabeça para o lado, para esclarecer que se trata de um solilóquio; 4. Espelho: bastante delicada essa técnica implica em uma aplicação por parte de alguém que se sinta à vontade em relação ao protagonista, para evidenciar a ele suas atitudes típicas sem que pareça estar zombando; 5. Autoapresentação: consiste na representação simples, dirigidas pelo próprio protagonista, das personagens e situações de sua vida; 6. Interpolação de resistência: o diretor modifica a cena proposta pelo protagonista,fazendo com que ele atue num contexto determinado; 7. Realização simbólica: nessa técnica realizam-se fatos irreais para representar outros acontecimentos, possivelmente difíceis de serem acessados concretamente. 8. Psicodrama com marionetes.
· Prática do Psicodrama - Objetivo: modificar comportamento e aliviar tensões, buscando o encontro genuíno entre pessoas. Vivenciar o "Tele" como a força energética que atrai as pessoas. Oferecer habilidades para uma vida social e integrar modalidades de viver (tempo, espaço, realidade e cosmos).
· Método: dramatização como fase principal. Inicia com aquecimento grupal. Participantes protagonizam situações conflituosas. Diretor intervém com técnicas específicas. Busca aprofundar relações e vínculos no presente. Compartilhamento das repercussões na vida pessoal/profissional do grupo.
· Setting Terapêutico: pode ocorrer em diferentes contextos, não apenas terapêuticos. Configura-se como um palco, preferencialmente tridimensional. Utiliza elementos facilitadores no ambiente.
· Técnica: supervisão do diretor ou psicodramatista. Aquecimento inicial e condução da cena conforme necessidades do protagonista. Uso de inúmeras técnicas do psicodrama, baseadas na criatividade. Protagonista encena conflitos, passados/presentes, sonhos, medos, fantasias. Foco no aqui e agora para ressignificar conflitos. Ego-auxiliares, em sessões grupais, apoiam o desenvolvimento da cena.
· Duração e Público-Alvo: sessões geralmente de duas a três horas. Sem restrições de idade ou perfil; pode ser individual ou em grupo.
· Analista: diretor ou psicodramatista é o responsável. Não participa da cena, exceto em sessões individuais. Requer habilidades complexas para lidar com personagens e desafios. Necessita deslocar-se de seu próprio enfoque. Treinamento adequado em instituições reconhecidas.
· Áreas de Aplicação: contextos psicoterápicos, educacionais, empresariais e sociais. Favorece o contato com defesas conscientes e inconscientes. Na educação, usado para ensino, aprendizagem e orientação. Em empresas, aplicado em seleção e treinamento de pessoal.
· Principais Obras de Jacob Levy Moreno: 1. "Fundamentos do Psicodrama" (1983): Publicado pela Summus Editorial, apresenta um rico debate entre psicoterapeutas, sociólogos e outras figuras importantes sobre a importância do psicodrama. Clareia os principais conceitos dessa prática. 2. "O Teatro da Espontaneidade" (1923): Contribui significativamente para o desenvolvimento da teoria do teatro da espontaneidade, peça fundamental para o psicodrama. 3. "Psicoterapia de Grupo e Psicodrama": Uma das principais referências da obra de Moreno, esclarece a importância do trabalho em grupo e fundamenta conceitos cruciais do psicodrama, sendo leitura obrigatória para quem deseja se aprofundar na abordagem. 4. "Psicodrama": Um clássico de Jacob Levy Moreno que aborda a teoria e a prática da terapia de grupo e do teatro terapêutico.
· Influência nas Terapias Alternativas: em um contexto onde a psicanálise dominava, Moreno foi um catalisador fundamental para aqueles que buscavam alternativas. Contribuições para as artes criativas em terapia, especialmente em terapias corporais, aproximaram-se do psicodrama.
· Contribuições para Outras Abordagens - 1. Terapia de Família: embora não seja obrigatório, o psicodrama é comumente usado nessa abordagem, aproveitando ferramentas de Moreno para facilitar o diálogo familiar. 2. Visualização Dirigida ou Imaginação Ativa: essas técnicas usam princípios do psicodrama, incorporando o contexto imaginário interpessoal e interação com conteúdos inconscientes.
· Indivíduos que Se Utilizaram do Psicodrama – 1. Marian Chace (1896-1970): Importante na integração de dança e terapia, influenciada por Moreno. 2. Fritz Perls (1893-1970): Criador da Gestalt-terapia, influenciado por Moreno, incorporou elementos como a técnica da cadeira vazia e a ênfase no aqui e agora. 3. James Hillman (1926-2011): Terapeuta junguiano que integrou métodos psicodramáticos em sua abordagem de psicologia arquetípica, enriquecendo o diálogo imaginário com imagens arquetípicas. Essas influências e desenvolvimentos demonstram como o psicodrama não apenas se estabeleceu como uma abordagem terapêutica autônoma, mas também influenciou diversas áreas terapêuticas e criativas ao longo do tempo.

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