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HISTÓRIA AULA 6

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História – Fundamentos e 
Metodologias nos Anos Iniciais 
do Ensino Fundamental 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Janieyre Scabio Cadamuro 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Veremos nesta aula algumas metodologias de trabalho com a utilização 
de diferentes recursos no ensino de história para o Ensino Fundamental I, tais 
como literatura, imagens, jogos, leituras e análise de jornais, crônicas e diários, 
além da elaboração de maquetes. Qualquer tipo de recurso ou de trabalho com 
o documento histórico é muito importante no processo de aprendizagem. 
Schmidt e Cainelli (2004, p. 94) justificam a importância do uso de 
documentos históricos em sala de aula da seguinte maneira: 
Sua utilização hoje é indispensável como fundamento do método de 
ensino, principalmente porque permite o diálogo do aluno com 
realidades passadas e desenvolve o sentido de análise histórica. O 
contato com as fontes históricas facilita a familiarização do aluno com 
formas de representação das realidades do passado e do presente, 
habituando-o a associar o conceito histórico à análise que o origina e 
fortalecendo sua capacidade de raciocinar baseada em uma situação 
dada. 
Ao fazer a análise de documentos históricos e outros recursos em sala de 
aula, se desenvolve no aluno a capacidade crítica e investigativa, além de 
fomentar a sua criatividade. 
TEMA 1 – IMAGENS 
As imagens representam um recurso pedagógico indispensável para a 
compreensão dos conhecimentos artísticos e culturais, além de possibilitar o 
desenvolvimento da criticidade e da interpretação, favorecendo a reflexão sobre 
diferentes contextos históricos. De acordo com Paiva (2002, p. 17): 
A iconografia é, certamente, uma fonte histórica das mais ricas, que 
traz embutida as escolhas do produtor e todo o contexto no qual foi 
concebida, idealizada, forjada ou inventada. Nesse aspecto, ela é uma 
fonte como qualquer outra e, assim como as demais, tem que ser 
explorada com muito cuidado. Não são raros os casos em que elas 
passam a ser tomadas como verdade, porque estariam retratando 
fielmente uma época, um evento, um determinado costume ou uma 
certa paisagem. 
Perceba que Paiva deixa clara a ideia de que a imagem é sempre uma 
representação, e não obrigatoriamente a realidade. Litz (2009, p. 3) 
complementa: 
Qualquer imagem precisa ser bem utilizada e bem explorada e, quando 
necessário, articulada a um texto, passível de ser interpretada, pois 
representa uma determinada época. Dessa forma, se constituirá em 
uma autêntica fonte de informação, de pesquisa e de conhecimento, a 
 
 
3 
partir da qual o aluno pode perceber diferenças entre épocas, culturas 
e lugares distintos. 
Uma das sugestões dos Parâmetros Nacionais Curriculares é o uso de 
vários recursos em sala de aula para tornar a aprendizagem instigante e 
interessante. Assim, as imagens podem e devem ser exploradas na disciplina de 
História, sendo necessária também uma contextualização, que pode ser dirigida 
a partir de um texto escrito. As imagens ajudam a estabelecer diferenças entre 
épocas, culturas e lugares distintos. 
Todas as vezes que for utilizada uma imagem como recurso em sala de 
aula, é preciso criar um roteiro para que os alunos identifiquem os seguintes 
itens: 
• Procedência; 
• Finalidade; 
• Tema; 
• Estrutura formal/técnica; 
• Estilo histórico (pintura, escultura etc.); 
• Simbolismos. 
Vejamos algumas imagens para entender o que pode ser feito de trabalho 
em sala. As duas fotos a seguir mostram uma fazenda de café, da fase 
cafeicultora do Estado de São Paulo, na época da chegada dos imigrantes 
europeus no Brasil, século XIX. Através delas, pode-se trabalhar com os alunos 
a dinâmica de uma fazenda de café, como trabalhavam os barões do café, os 
tipos de trabalhadores, a organização da sociedade na época e a forma de 
plantio. 
 
Crédito: Arquivo Público do Estado de São Paulo. 
Já a imagem a seguir mostra um documento sobre a expectativa de 
exportação de sacas de café para alguns países do mundo, com a taxa de 
 
 
4 
crescimento dessas exportações entre os anos de 1896 a 1899. Pela imagem, 
pode-se trabalhar com a importância do grão para a economia do país, com suas 
relações internacionais na virada do século XIX para o XX, a fase da chamada 
de República Velha. 
 
Crédito: Arquivo Público do Estado de São Paulo. 
Outras sugestões muito interessantes de imagens são: 
• Fotos do passado e presente – por exemplo, imagens que mostrem a 
Avenida Paulista no final do século XIX e atualmente; assim, trabalhamos 
as mudanças temporais como sugerem os parâmetros; 
• Charges – uma forma bem-humorada para abordar assuntos que possam 
causar conflitos; 
• Pinturas clássicas – a partir da leitura dessas pinturas, pode-se definir as 
características da época em que foram produzidas; 
• Imagens – a (des)construção do mito, principalmente quando se fala de 
Tiradentes e da Inconfidência Mineira; 
• Comparação de documentos – mudanças nas características físicas e de 
informação dos diferentes documentos ao longo do tempo. Aqui, é 
interessante pedir aos alunos que tragam de casa cópias de documentos 
antigos, pensando inclusive na perspectiva de composição populacional; 
• A imagem e a moda – analisar o vestuário feminino e masculino para 
verificar as alterações na perspectiva de conceitos de beleza e cultura. 
Através da dinâmica de imagens de passado e presente, é possível 
atender aos parâmetros curriculares e ajudar o aluno a compreender que a 
história registra mudanças no tempo. Além das sugestões aqui propostas, outra 
 
 
5 
que pode ser utilizada é a de imagens do entorno das crianças, como o bairro 
em que moram, a escola em que estudam, a cidade e a família. 
TEMA 2 – DIÁRIO, CARTAS E CRÔNICAS 
Outro recurso interessante para pensar a história é a leitura de cartas, 
diários e crônicas de jornais. No início do ensino fundamental, os alunos adoram 
escrever em diários, especialmente as meninas. Lembre-se que no século XIX a 
produção feminina era fortemente baseada em diários, sua única forma de 
evasão. Através da leitura, muito se aprendeu sobre os costumes e o dia a dia 
da época. 
Durante as aulas de história, a utilização de documentos tornou-se uma 
forma bastante interessante de motivar o aluno a pesquisar e a se interessar pelo 
conhecimento. A utilização desses recursos pode ser feita por meio de imagens 
projetadas ou mesmo pelo recolhimento e pela pesquisa de materiais “originais”. 
Esse recurso estimula as lembranças e as referências do passado, e ensina 
maneiras interessantes de questionar o documento e de elaborar pesquisas e/ou 
sínteses. Nesse sentido, Schmidt e Cainelli (2004, p. 93) explicam: 
No caso do ensino da história, a utilização dos documentos tornou-se 
uma forma de o professor motivar o aluno para o conhecimento 
histórico, de estimular suas lembranças e referências sobre o passado 
e, dessa maneira tornando o ensino menos livresco e mais dinâmico. 
[...] O documento passou a ser instrumento didático para o professor 
porque ajudaria a tirar o aluno de sua passividade. 
Vejamos alguns documentos que podem ser trabalhados com os alunos, 
lembrando que esses recursos podem ser encontrados facilmente na internet. 
Por exemplo, fazer uma comparação de cartas. A carta a seguir é de Arthur 
Bernardes (presidente da República) a Monteiro Lobato. É uma carta de caráter 
mais oficial, por serem duas personalidades conhecidas. 
Atualmente, as cartas foram substituídas por e-mails ou mensagens de 
celular, mas é interessante pensar na sua importância histórica, como recurso 
de comunicação, até há poucos anos. As cartas praticamente desapareceram, 
por isso, trabalhá-las em sala pode ser surpreendentemente interessante, 
pensando nas mudanças do tempo e nos gêneros textuais que a língua 
portuguesa nos traz. 
 
 
6 
 
Crédito: Arquivo Público do Estado de São Paulo. 
Outro exemplo é esta carta oficial manuscrita,um documento de 1824. 
Pode-se trabalhar aqui com a caligrafia da época, propondo transcrição, para 
que as crianças compreendam a complexidade do trabalho do historiador. 
 
Crédito: Arquivo Público do Estado de São Paulo. 
Outra sugestão pode ser a apresentação de uma carta pessoal, 
lembrando que existem muito poucos exemplares desse tipo nos arquivos 
públicos. Desenvolver uma atividade em que os alunos troquem cartas entre si 
ou com seus familiares pode ser bem significativo – ressaltando que é a vida 
cotidiana o que se retrata nesses documentos. Observar e analisar os selos 
também é uma atividade que trabalha a temporalidade. 
Finalmente, temos o trabalho com os diários pessoais. Alguns 
historiadores trabalham os diários como principal fonte para entender o 
comportamento de determinados grupos sociais e o contexto de uma época. Os 
diários eram utilizados por uma elite, afinal, pouquíssimas mulheres sabiam 
 
 
7 
escrever. Eles retratam a realidade do cotidiano, sendo uma fonte histórica muito 
importante. 
Com relação ao diário, é muito produtivo realizar a atividade do diário de 
turma, registrando o dia a dia de um bimestre, por exemplo. Passado o bimestre, 
ao realizar a leitura do diário, os alunos poderão se dar conta de que fizeram um 
registro histórico. 
TEMA 3 – LEITURA E ANÁLISE DE JORNAIS 
Outro recurso para entender a história é analisar jornais de época. A 
introdução à utilização dessa fonte pode ser feita questionando os alunos, para 
saber quem recebe jornal físico em casa. Afinal, hoje em dia a maioria das 
famílias faz a leitura digital das informações. Além da materialidade do recurso, 
é preciso trabalhar com os alunos a sua função de instrumento de informações 
sobre a história, podendo inclusive aliar o trabalho com a disciplina de Português. 
Sobre o uso de jornais como fonte de pesquisa e ensino, Calonga (2012, 
p. 86) comenta: 
Historiadores de diversos matizes teóricos reconheceram na imprensa 
escrita novas possibilidades de análises e ressignificações do 
passado. Contudo, a inserção dos impressos na produção 
historiográfica brasileira, especialmente o uso de jornais, revistas, 
folhetins e edições ilustradas, ainda é recente se comparado a Europa 
e Estados Unidos. Somente nos últimos anos, os trabalhos que se 
valham de jornais e revistas como fonte para o conhecimento da 
história do Brasil se consolidaram. Identificam-se, a partir daí, relativo 
aumento na utilização dos periódicos como documento e objeto de 
pesquisas, incluindo-se dissertações de mestrado, teses de doutorado, 
publicações de artigos e/ou livros. 
Ao utilizar o jornal em sala de aula, é preciso salientar que existem 
diferentes técnicas vinculadas a esse recurso, podendo haver momentos 
distintos de trabalho. São eles: 
• Técnicas de manuseio – apresenta a forma correta de lidar com esse tipo 
de material impresso; 
• Técnicas de preservação – explica que, para que esse material seja 
preservado ao longo do tempo, para servir como fonte de pesquisa nos 
anos vindouros, há diferentes técnicas de preservação, inclusive a 
filmagem da folha; 
• Técnicas de leitura – para falar sobre este item, vejamos um exemplo. 
Temos, a seguir, alguns fragmentos de jornais que falam sobe a Revolta 
 
 
8 
da Chibata, conflito que aconteceu no Brasil em 1910. Perceba que, ao 
fazer a leitura, é possível recompor o que foi esse episódio. Os fragmentos 
selecionados mostram visões diferentes sobre o fato, o que é muito 
importante no estudo da história. 
 
Fonte: A Revolta, 1910. 
O primeiro fragmento fala dos revoltosos e dos castigos físicos que eram 
aplicados aos marinheiros, em sua grande maioria homens negros. Um ponto de 
análise pode ser sobre o próprio jornal, que é do ano de 1910. A escravidão tinha 
sido abolida em 1888, o que mostra que a discriminação ainda acontecia. O 
segundo fragmento é de outro jornal, de tendência mais favorável à revolta, e 
enaltece as virtudes do líder da revolta. 
Outros assuntos que podem ser trabalhados com o recurso do jornal e de 
revistas são escravidão, moda, propagandas e comportamentos variados, 
lembrando que é preciso trabalhar a temporalidade, trazendo o antigo e o novo 
para que os alunos compreendam o movimento da história. 
TEMA 4 – JOGOS E BRINCADEIRAS 
Neste bloco, vamos trabalhar com os conceitos de jogos e brincadeiras, 
recurso que os alunos adoram. Salientamos que são conceitos diferentes: no 
jogo as regras estão bem definidas, já a brincadeira é mais livre. Nas aulas de 
história, usamos muito os jogos de júri simulado, tabuleiro, mapas, quebra-
cabeça, personagem oculto etc. 
 
 
9 
Huizinga (1999, p. 3) define jogo da seguinte forma: 
Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados 
limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, 
mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, 
acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma 
consciência de ser diferente de vida cotidiana. 
Um jogo muito interessante de ser usado em sala é o bingo. Monta-se no 
quadro, ou em uma cartolina, um tabuleiro como o de batalha naval, com letras 
e números nas colunas e linhas. A cada combinação de letra e número, o 
professor coloca uma pergunta ou tarefa a ser executada, sempre fazendo 
relação com o assunto trabalhado, podendo inclusive ser uma “revisão” dos 
assuntos estudados. 
Kishimoto (2010, p. 1) explica a brincadeira da seguinte maneira: 
O brincar é uma ação livre, que surge a qualquer hora, iniciada e 
conduzida pela criança; dá prazer, não exige como condição um 
produto final; relaxa, envolve, ensina regras, linguagens, desenvolve 
habilidades e introduz a criança no mundo imaginário. O brincar é a 
atividade principal do dia a dia para as crianças. Pois neste momento 
a criança toma decisões, expressa sentimentos, valores, conhece a si, 
os outros e o mundo, repete ações prazerosas, partilhar brincadeiras 
com o outro, expressa sua individualidade e identidade, explorar o 
mundo dos objetos das pessoas, da natureza e da cultura para 
compreendê-lo, usar o corpo, os sentidos, os movimentos, as várias 
linguagens para experimentar situações que lhe chamam a atenção, 
solucionar problemas e criar. 
As atividades lúdicas são fundamentais em determinada faixa etária. 
O jogo do júri simulado é bem interessante de ser trabalhado, 
principalmente quando se estudam as guerras. Alguns exemplos de assunto 
para esse jogo são: defesa e ataque a Hitler na Segunda Guerra Mundial e 
posicionamento da Rússia; no Brasil, Dom Pedro I e o retorno a Portugal; ainda 
no Brasil, a invasão holandesa à Pernambuco no século XVI. 
Para o desenvolvimento do jogo do júri, é preciso dividir a turma em juiz, 
réus, testemunhas e advogados de defesa e acusação, além dos jurados. É um 
jogo interessante, porque os alunos estudam o contexto histórico e podem 
observar aspectos positivos e negativos em situações diversas. 
Outro jogo que faz sucesso é o personagem oculto. A partir das 
características fornecidas pelo professor, são feitas perguntas para adivinhar o 
personagem histórico. 
Pode-se utilizar quebra-cabeça de imagens já consagradas pela 
iconografia. O professor recorta a imagem e coloca os pedaços num recipiente, 
 
 
10 
para que os alunos peguem e montem. Depois de montar, as crianças devem 
apresentar o contexto histórico da imagem. 
Para jogos de tabuleiro, sugerimos que você leia a história do jogo de 
xadrez e a dinâmica das peças. Outros jogos podem ser montados criando uma 
sequência de acontecimentos de determinado episódio histórico, em que o 
avanço pode ser feito com dados. 
Outra sugestão é utilizar o comércio intercolonial, trabalhando a compra e 
venda de produtos. Nas cidades em que há um mercado municipal, é muito 
interessante organizar passeios para identificar, por exemplo, especiarias, 
observando como, até nos dias de hoje elas são dispendiosas, por serem raras. 
Depoisdo passeio, pode-se organizar um mercado dentro da sala de aula, 
simulando a realidade do que foi vivenciado. 
TEMA 5 – MAQUETES 
A maquete é um material tridimensional muito instigante, e permite ao 
professor observar como os alunos compreenderam determinado assunto. A 
maquete permite também que os alunos visualizem uma representação sobre 
determinado momento histórico. 
As maquetes podem ser desenvolvidas em sala, ou o professor pode 
trazê-las para explicar um contexto. Perceba que elas são uma materialização 
do conteúdo e que, a partir delas, pode-se trabalhar o anacronismo (o que não 
pertence àquele contexto) e a proporcionalidade, pois ela possibilita “concretizar” 
o abstrato. 
Para Lopes, Flôres e Soares (2007, p. 4), a maquete como material lúdico 
proporciona “uma visualização mais concreta de acontecimentos históricos, 
tipologias arquitetônicas, acidentes geográficos, fenômenos climáticos e 
ambientais, entre outros”. Além disso, os autores enfatizam a interação que a 
maquete proporciona entre docentes e discentes no processo de construção. 
A maquete pode fazer parte de um projeto em desenvolvimento. Após a 
apresentação do conteúdo, e realizada uma pesquisa, o professor lança mão de 
algumas perguntas que devem ser respondidas através da maquete. A 
construção deve acontecer em sala de aula, com a supervisão do professor, que 
vai questionar cada fase, apontando o que precisa ser reelaborado ou 
repensado. 
A elaboração das maquetes precisa obedecer aos seguintes processos: 
 
 
11 
• Conhecer o contexto histórico anteriormente; 
• Elaborar, com os alunos, perguntas sobre o tema que a maquete irá 
“responder”; 
• Ter cuidado com as questões anacrônicas e com as dimensões (escala 
apropriada), evitando que elementos que não cabem temporalmente 
sejam inseridos; 
• O terreno/relevo são importantes componentes. 
A maquete irá problematizar e questionar determinado tema/período/fato, 
e proporcionará ao aluno a experiência tátil. Lembre-se de que esse não é um 
processo aleatório, sendo necessário pesquisa e organização para se chegar a 
um resultado, por isso, é preciso ter clareza quanto aos objetivos que se 
pretende atingir. É inclusive uma ferramenta muito importante para desenvolver 
o trabalho em grupo. 
Sintetizando a ideia da maquete, podemos dizer que o simples falado não 
tem o mesmo poder de fixação daquilo que pode ser admirável. 
NA PRÁTICA 
Novamente, como exercício prático, sugerimos a leitura de dois textos 
muito interessantes: 
• AREND, J. F.; PACHECO, C. E. S.; SOARES, A. L. R. Maquete e ensino 
de história. Revista do Lhiste, Porto Alegre, n. 3, v. 2, jul./dez. 2015. 
Disponível em: 
<www.seer.ufrgs.br/revistadolhiste/article/download/59811/36932+&cd=1
97&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em 11 dez. 2019. 
• AMORIM, R. M. de; SILVA, C. G. da. O uso das imagens no ensino de 
história: reflexão sobre o uso e a interpretação das imagens dos povos 
indígenas. História & Ensino, Londrina, v. 22, n. 2, p. 165-187, jul./dez. 
2016. Disponível em: 
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/viewFile/2626
3/20301>. Acesso em 11 dez. 2019. 
Sugerimos também que você exercite a elaboração de um roteiro de 
trabalho com maquete, pensando em um tema-chave e em como seria 
dinamizada a atividade. 
 
 
12 
FINALIZANDO 
Na aula de hoje, vimos que é possível utilizar vários recursos didáticos 
para as aulas de História no Ensino Fundamental I, tais como o uso de imagens, 
a elaboração e a execução de jogos e brincadeiras, a análise e o manuseio de 
cartas e jornais e a elaboração de maquetes. 
Vale destacar que a temporalidade precisa permear a utilização de todos 
os recursos na sala de aula, pois é a partir dela que se configura a disciplina de 
História. 
 
 
 
13 
REFERÊNCIAS 
A REVOLTA na armada. A Platéa. São Paulo, n. 124, 24 e 25 nov. 1910. p. 6. 
(APESP) SUCCESSOS do Rio. Correio de Campinas. Campinas (SP), n. 7591, 
29 nov. 1910. Capa. Arquivo Público Do Estado De São Paulo. 
CALONGA, M. D. O jornal e suas representações: objeto ou fonte da história? 
Comunicação & Mercado, Dourados, v. 1, n. 2, edição especial, p. 79-87, nov. 
2012. 
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento cultural. São Paulo: 
Perspectiva, 1999. 
KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e brincadeiras na educação infantil. In: 
SEMINÁRIO NACIONAL CURRÍCULO EM MOVIMENTO, 1., 2010. Anais... 
Belo Horizonte, nov. 2010. 
LITZ, V. G. O uso da imagem no ensino de história. Trabalho (Especialização) 
– UFPR, Curitiba, 2009. Disponível em: 
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1402-6.pdf>. 
Acesso em: 11 dez. 2019. 
LOPES, W. M.; FLÔRES, C. S.; SOARES, A. L. R. Preto no branco? Resgate 
histórico em maquete de um navio negreiro. X Cidade Revelada. Encontro sobre 
Educação Patrimônio Cultural, 2007. 
PAIVA, E. F. História & Imagens. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. 
SCHMIDT, M. A.; CAINELLI. M. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2004.

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