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UNINGÁ – CENTRO UNIVERSITÁRIO Curso de Farmácia EAD IEDA MARIA NESI NASCIMENTO RA: 1861237 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS, PARASITÁRIAS E AUTOIMUNES CASCAVEL, 2023 1. INTRODUÇÃO A coloração de Gram tornou-se uma prática desenvolvida a partir de 1884, por seu criador Christian Gram, sendo um dos procedimentos de coloração mais utilizados, já que divide as bactérias em dois grandes grupos Gram Positivas (+) ou Gram Negativas (-). A Gram Positiva cora-se em roxo e a Gram Negativa cora-se em rosa. A coloração de Gram é muito utilizada nos laboratórios de microbiologia, sendo um recurso auxiliar no diagnóstico de doenças bacterianas. A Gram Positiva além de ser roxa mantem o corante após o tratamento com álcool, possui espessa camada de Peptideoglicano, a estrutura de sua parede é mais simples, com citoplasma, membrana celular e parede celular, esta ainda sofre mais com a administração de antibióticos como: penicilina, carbapenêmicos, sulfonamideos, macrolídeos, quinolonas, fluorquinolonaas, glicopeptídeos, lincosamidas, tetraciclinas, anfenicóis e nitroimidazólicos, pois não são resistentes a eles, diminuindo sua porosidade e gordura. Já as bactérias Gram Negativas perdem o corante após o tratamento com o álcool possuem aumento de porosidade, fazendo uma extração dos lipídeos da parede celular, já que por possuírem a camada externa impedem a penetração desses antibióticos já citados. Nas bactérias Gram negativas, temos a presença de uma fina camada de Peptideoglicano, com uma estrutura celular mais complexa, citoplasma, membrana celular, espaço periplásmico e membrana externa. Prática de Parasitologia- Parasitológico direto O exame parasitológico direto permite a visualização de trofozoítos, cistos, protozoários, ovos e larvas de helmintos. É recomendável, quando se trata de fezes diarreicas ou disentéricas, o emprego dos seguintes procedimentos: a) exame direto a fresco para observação dos movimentos dos trofozoítos; b) seguido de feitura de esfregaço de fezes com coloração permanente para observação morfológica dos trofozoítos, especialmente, de amebas. O exame de fezes pode ser quantitativo ou qualitativo. Os métodos quantitativos são aqueles nos quais se faz contagem de ovos para avaliação da carga parasitária. O mais conhecido é o de Stoll, mas, o mais empregado atualmente é o de Kato-Katz. Os métodos qualitativos são os mais utilizados para a demonstração da presença das formas parasitárias e frequentemente o número das formas parasitárias é pequeno, assim é necessário recorrer a processos de enriquecimento dessas formas para concentrá-las. O exame de urina (urinálise) é um dos mais comuns e antigos exames laboratoriais. Com a vantagem de não ser desfavorável, o exame de urina fornece informações importantes, com baixo custo e rapidez, sobre o diagnóstico e/ou monitoramento de doenças renais ou trato urinário ou até mesmo para identificar doenças sistêmicas ou metabólicas não necessariamente relacionadas com o sistema renal. A amostra de escolha para o exame de urina rotina (ou urinálise) é a primeira urina da manhã, e mais especificamente a urina do jato médio. O período mínimo de permanência da bexiga na urina antes da coleta deve ser de 4 horas. O recomendável é que seja realizada com no mínimo 7- 8 horas de repouso, antes de realizar atividades físicas. Na impossibilidade de coletar a primeira urina da manhã, deve-se recorrer ao tempo de retenção de urina de no mínimo 4 horas. O recipiente que será usado para a coleta da urina deve ser limpo, com tampa e boca larga, descartável e à prova de vazamento. O recipiente não deve liberar partículas ou substâncias, cheiro, devendo ser, portanto, inerte. 2. OBJETIVOS Diferenciar a composição da parede celular das bactérias Gram-positivas e Gram- negativas; Compreender a técnica de coloração de Gram; Diferenciar bactérias Gram positivas e Gram negativas; Identificar ovos e cistos de parasitas por meio do microscópio; Confirmar a presença de microrganismos e identificar qual é o microrganismo responsável pela infecção; Distinguir formas das bactérias em coco, Streptococcus, Eschericia coli, Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus, entre outras; Realizar análise físico/química da urina por meio de fitas reagentes. 3. MATERIAL E MÉTODOS Coloração de Gram No dia da aula na sede da Uningá não realizarmos a prática da coloração de Gram seguindo todos os passos da mesma. A professora Laíse entregou uma lâmina pronta, justificando sua ação na fala de que poderíamos nos contaminar, já que estávamos em muitos alunos para realizar tal prática. De acordo com o vídeo mostrado pela professora Laíse os materiais utilizados na prática de Coloração de Gram foram lâminas para microscopia; óleo de imersão; lamínulas; microscópio; alça de platina; bico de Bunsen; tubo contendo solução com água esterilizada e corante: cristal de violeta. Utilizando uma lâmina já semeada e fornecida pela professora Laíse realizamos a finalização da Coloração de Gram que consiste na observação de todas as células que tornaram- se violeta ou roxo. As bactérias Gram-negativas só adquiriram cor vermelha na última etapa. Prática de Parasitologia- Parasitológico direto Para a realização do procedimento foi utilizada uma lâmina de microscópio limpa, em que utilizamos amostras de fezes prontas. Na sequência, com o auxílio de uma pipeta de pasteur pingamos uma gota da amostra sobre a lâmina e duas gotas do corante lugol. Realizamos a homogeneização com a lamínula que é colocada sobre a amostra. Assim, conseguimos visualizar aas estruturas parasitárias no aumento de 10x (ovos) e 40x (cistos). Sistema Urinário- Prática de Urinálise com fitas reagentes Primeiramente o paciente deve ser orientado a realizar a higiene das mãos e da região pélvica antes da coleta. O primeiro jato deve ser descartado no vaso sanitário e sem interromper a micção, deve ser coletado entre 30 e 50 minutos do jato médio. O restante deve ser desprezado no vaso. Tampar o frasco da amostra imediatamente. Na investigação laboratorial de nossa prática começamos pela análise física da urina como: cor, volume, aspecto e densidade e na análise química começamos pelo odor característico, já o cheiro forte, pode indicar infecção. Em nossa prática de Urinálise utilizamos uma urina que foi distribuída pela professora para cada grupo e que estava em um tubo plástico próprio para coleta de urina e denominado como coletor universal. Primeiramente analisamos o aspecto, o odor e a cor da urina que se encontrava turva transferimos esta urina para um tubo de análise foi identificado como 2. Neste tubo mergulhamos a fita reagente por completo e esperamos por alguns minutos. Na sequência retiramos a fita imersa do tubo que continha à urina e esperamos secar em um papel toalha, após isso fizemos as análises da urina diante do descrito no tubo das fitas reagentes conforme descrito nos resultados e discussões. RESULTADOS E DISCUSSÃO Resultados da Coloração de Gram em ordem de aplicação: a) Em cristal violeta a reação do aspecto das bactérias Gram-positivas ficou corada em violeta e as Gram-negativas também; b) Em solução de lugol, a reação se dá pela formação CV-I no interior da célula, que permanece violeta nas bactérias Gram-positivas, ocorrendo o mesmo nas Gram- negativas; c) Em adição de álcool-acetona (descorante), houve a desidratação da parede celular, diminuição da porosidade e da permeabilidade; o complexo cristal violeta-iodo (CVI) não consegue sair da célula, que permanece violeta nas bactérias Gram-positivas, já nas Gram-negativas ocorreu a extração dos lipídeos da parede celular, aumento da porosidade; o complexo CVI foi removido da célula;d) Na quarta e última etapa com a adição de safranina, a bactéria Gram-positiva não foi afetada, permanecendo violeta e na gram-negativa a célula adquiriu o corante tornando- se vermelha. Para concluir as cores foram mudando conforme aumentávamos a objetiva do microscópio: em 4 ficou rosa, em 10 permaneceu rosa, em 40 continuou rosa e em 100 confirmamos a presença das duas cores, Gram-positiva e Gram-negativa. Nos resultados do exame parasitológico de fezes observamos que o desenho do Ovo é mais alongado enquanto o Cisto é arredondado, também podemos detalhar que na visualização do ovo detectamos que o mesmo era um Ascaris lumbricoides fértil, e o cisto, um Escherichia coli. Na observação do ovo de Ascaris lumbricoides podemos visualizar os ovos adultos como longos, robustos, cilíndricos e que apresentam as duas extremidades afiladas. Já os machos são menores do que as fêmeas e apresentam a extremidade posterior fortemente encurvada para a face ventral. E na caracterização do cisto Escherichia coli observamos que estes eram esféricos ou ovais e em preparações sem coloração ou a fresco, eles pareciam como corpos claros e de coloração palha, pouco visíveis, mas quando corados pelo lugol seus núcleos tornaram-se bem visíveis e variavam de um a quatro, tomando a cor castanho-escuro, sendo a membrana nuclear mais escura devido ao revestimento da cromatina. Já no exame de Urinálise por meio de fitas reagentes no que se refere aos resultados químicos temos: Cor: amarela; Volume: 10 ml; Aspecto: turvo; Odor: característico; Urobilinogênio: normal; Glicose: normal; Corpos Cetônicos: normal; Bilirrubina: normal; Proteína: normal mg/dl; Nitrito: normal; PH: 5,0: Sangue: normal; Densidade: 1,020; Leucócitos: normal. Como observado nos resultados do exame de Urinálise os leucócitos encontram-se normais, mas se houvesse a presença deles na urina, isso indicaria inflamação nas vias urinárias, sugerindo infecção urinária em geral. 4. CONCLUSÃO Na aula prática ministrada pela professora Laíse, adquirimos conhecimentos que poderemos aplicar no decorrer do estágio de Análises Clínicas, também buscamos colocar em prática todos os conhecimentos teóricos aprendidos durante as aulas, leituras e pesquisas que realizamos durante nossos estudos. Isso gerou a oportunidade de obtermos maior desenvoltura e intimidade com as técnicas laboratoriais o que ocasionalmente nos trará maior entendimento e compreensão dos conteúdos trabalhados. Devemos salientar ainda, que os vídeos repassados pela professora Laíse envolvendo a Coloração de Gram foram bem esclarecedores no sentido de que, bactérias Gram Positivas se diferenciam pela parede celular, possuindo membrana plasmática, mais camada fosfolipídica, e é formada por várias camadas de peptidoglicano, ou seja, carboidrato. As bactérias Gram Negativas possuem membrana plasmática, espaço periplasmático e apenas uma camada de peptidoglicano e membrana externa extra, formada por lipopoliosacarídeo. Sendo assim, a Coloração de Gram não faz o diagnóstico de doenças, a técnica auxilia na identificação da bactéria. Ao participar da aula prática podemos levar em consideração que compreendemos e aprendemos como se dá a prática de Coloração de Gram, de Parasitologia e Urinálise e ao vivenciarmos este momento, sabemos o quão importante e significativo este processo será para nossa prática profissional. 5. REGISTRO FOTOGRÁFICO BIBLIOGRAFIA https://www.tuasaude.com/coloracao-de-gram/ https://www.google.com/search?client=avast-a- 1&q=coloracao+de+gram&oq=coloracao+de+gram&aqs=avast..69i64.7j0j1&ie=UTF-8 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/115_03gram.pdf https://www.rbac.org.br/artigos/importancia-da-analise-sedimentoscopica-diante-dos-achados- fisico-quimicos-normais-no-exame-de-urina/ https://www.tuasaude.com/coloracao-de-gram/ https://www.google.com/search?client=avast-a-1&q=coloracao+de+gram&oq=coloracao+de+gram&aqs=avast..69i64.7j0j1&ie=UTF-8 https://www.google.com/search?client=avast-a-1&q=coloracao+de+gram&oq=coloracao+de+gram&aqs=avast..69i64.7j0j1&ie=UTF-8 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/115_03gram.pdf https://www.rbac.org.br/artigos/importancia-da-analise-sedimentoscopica-diante-dos-achados-fisico-quimicos-normais-no-exame-de-urina/ https://www.rbac.org.br/artigos/importancia-da-analise-sedimentoscopica-diante-dos-achados-fisico-quimicos-normais-no-exame-de-urina/
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