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APG 04 – Ossos do ofício e uma luz no fim do túnel 
1) REVISAR A ANATOMIA DA MÃO, PUNHO E 
ANTEBRAÇO. 
3) COMPREENDER A ETIOLOGIA, FATORES DE 
RISCO, FISIOPATOLOGIA, MANIFESTAÇÕES 
CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO DA 
SÍNDROME DO TUNEL DO CARPO E SÍNDROME 
ASSOCIADAS DO PUNHO E DA MÃO. 
4) CITAR TESTES CLÍNICOS PARA DIAGNÓSTICO DA 
SINDROME DO TÚNEO DO CARPO. 
Anatomia do punho e mão 
A mão em si consiste de ossos específicos sobre os 
quais vários músculos se inserem, e uma coleção de 
estruturas neurovasculares responsáveis pela 
drenagem e inervação. Entretanto, os músculos 
intrínsecos da mão são responsáveis somente por 
parte de toda a sua amplitude de movimento. Os 
outros principais contribuintes são os músculos do 
antebraço, que projetam tendões em direção à mão 
através do punho. 
Ossos Carpo: escafoide, 
semilunar, piramidal, 
pisiforme, trapézio, 
trapezoide, capitato, 
hamato 
Metacarpo: base, 
diáfise, cabeça 
Falanges: falanges 
proximal, média, distal 
Músculos Grupo tenar: abdutor 
curto do polegar, adutor 
do polegar, flexor curto 
do polegar, opositor do 
polegar 
Grupo hipotenar: 
abdutor do dedo 
mínimo, flexor do dedo 
mínimo, opopsitor do 
dedo mínimo, palmar 
curto. 
Grupo metacarpal: 
lumbricais, interósseos 
palmar, interósseos 
dorsais. 
Nervos Nervo mediano e seus 
ramos (nervos digitais 
palmares comum e 
próprio) inervam 
predominantemente os 
músculos tenares. 
 
Nervo radial: fornece 
inervação cutânea ao 
longo da parte externa 
do polegar. 
Nervo ulnar e seus 
ramos (superficial, 
profundo e dorsal) 
inervam os grupos 
hipotenar e metacarpal 
Artérias Todos os ramos se 
originam das artérias 
radial e ulnar. Eles 
incluem: arcos 
palmares (superficial, 
profundo), artérias 
digitais palmares 
(comuns, próprias), 
arco dorsal do carpo, 
artérias metacárpicas 
dorsais, artérias digitais 
dorsais, artéria 
principal do polega 
Veias Arcos venosos 
palmares (superficial, 
profundo), rede venosa 
dorsal da mão e veias 
digitais metacárpicas 
palmares, todas 
drenando para as veias 
radial e ulnar 
 
 
• Ossos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Músculos: 
 
 
 
• Nervos (pag 251) 
 
 
 
 
• Artérias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Punho: conecta toda a mão ao rádio e à ulna, 
facilita a passagem de tendões juntamente 
com as estruturas neurovasculares 
mencionadas acima desde o antebraço até a 
mão, e permite-nos explorar todos os seus 
movimentos. Estes são a flexão, extensão, 
abdução e adução da mão. 
 
 
 
 
Síndrome do túnel do carpo 
É a denominação dada à compressão do nervo 
mediano ao nível do punho, e é a neuropatia 
compressiva mais comum do membro superior. Ela 
é mais frequente em mulheres, tem acometimento 
bilateral em cerca de 50% dos casos e apresenta 
maior incidência entre os 40 e 60 anos. Uma 
provável explicação possível para a predominância 
feminina é a questão anatômica. A área transversal 
do túnel do carpo costuma ser menor em mulheres 
do que em homens. A STC tem acometimento da 
mão dominante em 51%, bilateral em 34% e na 
mão não dominante em 15%. 
O túnel do carpo é uma estrutura inelástica 
localizada no punho anterior, que contém os 
tendões flexores superficiais e profundos dos dedos 
longos, o flexor longo do polegar e o nervo 
mediano. Sua borda anterior é composta pelo 
ligamento carpal transverso, seu assoalho, pelos 
ossos do carpo, seu limite medial é determinado 
pelo trapézio, pelo escafoide e pelo flexor radial do 
carpo, enquanto sua borda lateral é composta pelo 
gancho do hamato, pelo piramidal e pelo pisiforme. 
Pode-se dividir as causas relacionadas ao 
aparecimento dessa condição fundamentalmente 
em três categorias: alterações anatômicas nas 
estruturas ou na configuração do canal carpal, 
condições locais (tenossinovites) ou sistêmicas 
(diabetes melito, hipotiroidismo, alcoolismo, artrite 
reumatoide, gravidez) que levem ao edema das 
estruturas que atravessam o túnel, e, por último, 
ainda que controversa, relacionadas ao esforço ou 
à ocupação profissional. 
Fisiopatologia: O túnel do carpo é uma estrutura 
inelástica localizada no punho. É formado 
superiormente pelo ligamento transverso do carpo 
(ou seja, o teto do túnel) e inferiormente pelos ossos 
do carpo (chão do túnel), na parede lateral é 
delimitado pelo osso escafoide e trapézio, e na 
parede ulnar é delimitado pelo pisiforme e hamato. 
O túnel do carpo tem como componentes o nervo 
mediano e 9 tendões, sendo 4 flexores profundos e 
4 flexores superficiais do 2º, 3º, 4º e 5º dedos, além 
do flexor longo do polegar. 
A fisiopatologia da STC é multifatorial. O 
aumento da pressão no canal do carpo 
desempenha um papel fundamental no 
desenvolvimento da STC clínica. Em modelos 
experimentais, pressões a partir de 20 a 30 mmHg 
já causam prejuízo na microcirculação neural; e 
com 80 a 120 mmHg há sua interrupção. Os 
distúrbios na microcirculação causam um 
aumento na permeabilidade dos vasos 
epineurais e endoneurais, levando a edema, com 
aumento da pressão intrafascicular. Além disso, 
com pressões de 30 mmHg já passa a ocorrer 
desmielinização, decorrente de necrose e 
apoptose das células de Schwann. Embora a 
etiologia precisa do aumento da pressão do túnel 
do carpo na STC seja incerta, evidências 
experimentais sugerem que a compressão 
anatômica e/ou a inflamação são possíveis 
mecanismos. O aumento da pressão no túnel do 
carpo pode ferir o nervo diretamente, 
prejudicar o transporte axonal ou comprimir os 
vasos no perineuro e causar isquemia do nervo 
mediano. No túnel do carpo passam nove tendões 
flexores, qualquer um dos quais pode ficar 
inflamado ou espessado e acabar comprimindo 
o nervo mediano. Outras causas possíveis de 
compressão incluem espaço anatômico 
congenitamente pequeno, lesões em massa, 
como cisto, neoplasia ou artéria mediana 
persistente, e edema ou condições inflamatórias 
resultantes de doenças sistêmicas, como a artrite 
reumatoide. 
Etiologia: 
• Traumática: incluem fraturas e luxações que 
podem levar a formação de hematomas, 
deformidade angular imobilizações inadequadas, 
etc. Um exemplo é a fratura de colles que 
corresponde a uma fratura do rádio distal em que o 
fragmento fraturado do rádio se desvia para cima. 
A causa mais comum dessa fratura é a queda sobre 
o braço estendido. Ela é caracterizada por uma 
deformidade do antebraço denominada “dorso de 
garfo”. 
• Condições relacionada ao trabalho: posturais, 
esforços repetitivos, extensão e flexão prolongadas 
do punho, uso das mãos em baixas 
temperaturas...etc 
• Condições preexistentes: obesidade, diabetes, 
AR, hipotireoidismo, osteoartrite de mão, 
acromegalia. 
• Infecciosa: podem levar a STC pela formação de 
abcesso local com compressão do nervo mediano. 
• Idiopática: quando nenhuma causa aparente é 
encontrada. 
Manifestações clínicas: 
Os sintomas típicos dos pacientes são queixas de 
dor ou parestesia no território do nervo 
mediano. Esses sintomas normalmente se 
acentuam durante a noite. Queixas de fraqueza 
nas mãos, história de queda de objetos, 
alteração da sudorese e da temperatura da mão 
no território do mediano também podem ser 
encontradas. 
O acometimento motor, representado pela atrofia 
tênar, é, em geral, achado tardio na evolução e 
normalmente representa doença avançada. 
Os pacientes com suspeita de síndrome do túnel do 
carpo devem ser avaliados à procura de outras 
patologias do membro superior (tenossinovites, 
patologias do ombro) e cervicopatias que podem 
confundir o diagnóstico ou, como na maioria das 
vezes, coexistir com o quadro de compressão do 
nervo mediano, devendo, portanto, ser tratadas 
paralelamente. 
 
Diagnóstico: É principalmente clínico, e tem 
como sintomas principais a dor noturna ou 
parestesia na distribuição do nervo mediano. 
Exame físico: Realizar em um primeiro momentoa 
inspeção, avaliando se há edema, pode ser 
identificada a hipotrofia ou atrofia da eminência 
tenar que aparece em casos mais avançados. Nesse 
caso os pacientes podem relatar que perderam a 
“gordurinha” da mão. É importante informar aos 
pacientes que essa atrofia já estabelecida se 
mantêm mesmo que haja melhora da síndrome 
compressiva com o tratamento. 
Teste de sensibilidade e motricidade: Déficits 
sensoriais e motores podem estar presentes nas 
regiões da mão inervadas pelo nervo mediano, mas 
sua ausência não exclui o diagnóstico de STC. A 
sensibilidade deve ser testada em todas as regiões 
da os déficits sensoriais geralmente ocorrem 
tardiamente no curso da STC, e envolvem os dedos 
medianos inervados, mas poupam a eminência 
tenar. A fraqueza muscular pode ocorrer na STC 
avançada e é limitada aos músculos da eminência 
tenar. Isso se manifesta principalmente como 
fraqueza na abdução e na oposição do polegarmão, 
antebraço e parte superior do braço. 
 
Testes irritativos para o nervo mediano 
Teste de Phalen: Consiste em manter os punhos na 
flexão máxima durante 1 minuto. A posição fletida 
do punho comprime ainda mais o nervo 
mediano já comprimido na posição neutra, no 
caso de STC. É positivo quando a sensação de 
formigamento ou dormência é relatada no 
território do nervo mediano e com mais 
frequência no dedo médio. O teste de Phalen 
invertido tem o mesmo objetivo, porém com os 
punhos em extensão máxima, na “posição de 
oração”, com as palmas das mãos juntas na frente 
do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Teste ou sinal de Tinel: Consiste na percussão 
leve sobre o punho, na localização do nervo 
mediano. O resultado positivo é encontrado quando 
essa percussão transmite uma sensação de 
parestesia na região de distribuição do nervo 
mediano. A percussão de um nervo em local de 
compressão, onde há desmielinização ou axônios 
em regeneração, desencadeia a sensação 
desagradável de choque. 
 
• Teste de Durkan: o examinador pressiona com 
os 2 polegares a região do carpo por 30 segundos. 
É considerado positivo se os sintomas comuns da 
STC se apresentarem ao longo do trajeto no nervo 
mediano. 
 
Eletroneuromiografia (ENMG) Pode ser usada 
em casos duvidosos, nos quais a clínica e o exame 
físico não chegaram ao diagnóstico de STC, porém 
a suspeita se mantém. Se o diagnóstico está 
fortemente estabelecido, não é necessária a 
realização do exame. Porém este é um exame útil 
para avaliar a gravidade da compressão nervosa e 
auxiliar nas decisões relacionadas à intervenção 
cirúrgica. Além disso é um exame auxiliar na busca 
de diagnóstico diferencial. 
Radiografia na incidência tunell view: Pode ser 
usada na avaliação de partes ósseas para avaliar o 
formato, conformidade do túnel do carpo e 
presença de estenose óssea do carpo. 
 
 
Em alguns casos a ressonância magnética e o 
ultrassom também podem ser realizados. Exames 
laboratoriais devem ser solicitados sempre que a 
suspeita diagnóstica estiver relacionada com 
alterações metabólicas e/ ou hormonais. Então, por 
exemplo, se houver suspeita de tireoidopatias 
podem ser solicitados TSH e T4 livre. Outros 
exames que podem ser solicitados são: VHS (que 
pode estar aumentado em pacientes com artrite 
reumatoide), glicemia (para avaliar se o paciente é 
diabético), ácido úrico etc. 
O Tratamento conservador é reservado para os 
casos mais leves, sem atrofia tênar ou 
comprometimento importante de sensibilidade. 
Estão descritos o uso de órteses, anti-inflamatórios 
não hormonais, injeção de corticosteroides no canal 
carpal, uso oral de vitamina B6(administrada por 
12 semanas melhora o edema e a mobilidade dos 
dedos) e alterações posturais e de hábitos. O uso de 
órteses, mantendo o punho imobilizado em posição 
neutra, é eficaz nos estágios iniciais, e muitos 
pacientes apresentam remissão dos sintomas após o 
tratamento, sem necessidade de intervenção 
cirúrgica. 
 
O tratamento cirúrgico está reservado para falhas 
do tratamento conservador e para os casos mais 
graves. Consiste na descompressão do canal carpal 
realizada por meio da secção do ligamento carpal 
transverso. A cirurgia pode ser aberta ou 
endoscópica. 
 
1) REVISAR A ANATOMIA DO MANGUITO 
ROTADOR, OMBRO. 
2) COMPREENDER A ETIOLOGIA, FATORES 
DE RISCO, FISIOPATOLOGIA, 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SMR 
(exames de imagem). 
3) CITAR OS PRINCIPAIS TESTES 
DIAGNÓSTICOS PARA SMR. 
Anatomia 
O corpo humano possui dois cíngulos dos membros 
superiores que prendem os ossos dos membros 
superiores ao esqueleto axial. Cada um dos dois 
cíngulos dos membros superiores consiste em uma 
clavícula e uma escápula. A clavícula é o osso 
anterior e se articula com o manúbrio do esterno na 
articulação esternoclavicular. A escápula se 
articula com a clavícula na articulação 
acromioclavicular e com o úmero na articulação do 
ombro. Os cíngulos dos membros superiores não se 
articulam com a coluna vertebral e são mantidos em 
posição e estabilizados por um grupo de grandes 
músculos que se estendem da coluna vertebral e das 
costelas à escápula. 
 
 
 
A articulação glenoumeral é uma das articulações 
associadas com a cintura escapular. que permite 
uma ampla gama de movimentos do membro 
superior. Ela é a articulação entre a fossa glenoidal 
ou cavidade glenoide da escapula, uma depressão 
que se projeta lateralmente, e a cabeça do úmero. 
Ossos: O ombro é a região onde o membro superior 
se prende ao tronco. Os ossos desta região são: 
Clavícula: e um osso curvo que conecta o tórax ao 
membro superior. Ela dá forma à parte superior do 
ombro, acima da região peitoral, e é facilmente 
visível. A clavícula não tem cobertura muscular e é 
palpável logo abaixo da pele. 
Escápula: A escápula é um osso plano e triangular 
que se encontra entre a segunda e a sétima costelas. 
Possui duas superfícies (ventral e dorsal), três 
bordas (superior, lateral e medial) e três ângulos 
superomedial, interomedial e lateral) 
Úmero: é um osso longo e o maior do membro 
superior que conecta o cotovelo ao ombro. 
Articula-se com a escapula, o rádio e com a ulna 
através das articulações do ombro e do cotovelo. 
Músculos: Os dois músculos mais superticiais do 
ombro são os músculos deltóide e trapezio. Que 
tornam o contorno característico ao ombro. 
Outro grupo de músculos que é muito importante 
para esta região é o grupo muscular do manguito 
rotador. Este grupo consiste em 4 músculos: o 
supraespinhal, o infraespinhal, o redondo menor e 
o subescapular. Seus tendões tornam-se 
confluentes entre si e a cápsula articular quando se 
aproximam de suas inserções. O MR trabalha como 
unidade combinada para estabilizar a cabeça do 
úmero na cavidade glenóide; o adjetivo rotador 
poderia perfeitamente ser substituído por 
compressor, provavelmente o componente mais 
importante entre as suas múltiplas funções. Ele 
comprime a cabeça umeral contra a glenóide, 
aumentando a estabilidade, resistindo ao 
deslizamento e à translação da mesma (nos sentidos 
ântero-posterior e ínfero-superior), permitindo 
ainda alguma rotação em torno dos seus três 
maiores eixos (ântero-posterior, médio-lateral e 
diáfiso- umeral), isoladamente ou em conjunto. 
Nas amplitudes médias de movimento, todos os 
estabilizadores estáticos da articulação 
glenoumeral estão relaxados e, nesta situ- ação, a 
estabilidade articular é quase que exclusivamente 
garantida pelo MR. 
As suas principais funções são 
• Centralizar e baixar a cabeça umeral; 
• Potencializar as rotações da articulação 
glenoumeral; 
• Estabilizar a articulação glenoumeral; 
•Proporcionar um compartimento fechado 
importante para a nutrição articular. 
Os nervos nesta área se originam do plexo braquial. 
O plexo consiste em fusões dos ramos anteriores do 
quinto ao oitavo nervos cervicais (C5-C8), com 
participação do ramo anteriordo primeiro nervo 
espinhal torácico (T1). No ombro e no braço o 
plexo braquial da origem a dois nervos: 
Nervo supraescapular 
Nervo axilar 
Quando o plexo braquial é lesionado estes nervos 
são afetados e algumas síndromes clinicas podem 
ser observadas. 
 
 
 
 
Síndrome do manguito rotador 
 
O desenvolvimento de lesões aos tendões que 
circundam o MR se dá principalmente após os 30 
anos, em decorrência de causas intrínsecas 
(processos degenerativos, alterações metabólicas e 
vasculares) ou extrínsecas (traumas agudos ou de 
repetição). 
Desse modo, destacam-se como fatores de risco a 
idade > 50 anos e a prática de esportes com rotação 
contínua do ombro, como vôlei e natação, e 
atividades repetitivas, a exemplo de pintar e limpar 
janelas. 
Com a instalação da lesão do MR, esta se estratifica 
em três etapas distintas, a saber: 
Fase 1: presente em indivíduos com menos de 25 
anos, cursa com edema, hemorragia e inflamação; 
Fase 2: se estendendo entre os 25 e 40 anos, tem 
como característica a presença de fibrose e 
tendinite/bursite, podendo ou não haver lesões 
parciais; 
Fase 3: representa a ruptura do tendão (parcial ou 
completa), associada à artrose acrômio-clavicular, 
sendo observada em > 40 anos. 
Classificação: 
• Em relação à espessura (parciais ou não 
transfixantes e completas ou transfixantes): 
• Tamanho da lesão quando completa (pequena, < 
1cm; média, de 1 a 3cm; grande, de 3 a 5cm; e 
maciça, de mais de 5cm) 
• Ao grau de retração do coto tendinoso em relação 
à cabeça umeral (distais ou periinsercionais, 
intermediárias e proximais) 
• A cronologia (agudas, crônicas e crônicas 
agudiza- das); 
• À etiologia (traumáticas, microtraumáticas, 
degenerativas, associadas às instabilidades, etc). 
As lesões parciais podem ser classificadas de 
acordo: 
• Localização (bursal, articular e intratendinosa) 
• Espessura e o seu tamanho (grau l = 25% ou até 
3mm; grau II = 50% ou de 3 a 6mm; e grau III = 
50% ou > 6mm). 
Fisiopatologia: 
Na patogênese das lesões do MR a literatura define 
duas diferentes causas: 
• Intrínseca: 
 Envelhecimento biológico: O envelhecimento dos 
tendões é outro aspecto importante quando se 
estudam as roturas do MR. O envelhecimento 
provoca alterações morfológicas e bioquímicas nos 
tendões caracterizadas pela diminuição dos 
tenoblastos, adelgaçamento dos tenócitos e 
diminuição das organelas citoplasmáticas, além de 
alteração da matriz colágena. considera que a causa 
primária seria um processo degenerativo 
relacionado ao envelhecimento natural dos tendões 
(entesopatia) 
Vascularização do MR: Rathbun e Macnab 
demonstraram que, quando o braço está em 
abdução, os vasos do tendão do SE, da parte 
superior do tendão do IE e da CLB estão livres e 
cheios de sangue, enquanto, com o braço ao lado 
do corpo, quando os referidos tendões, além de 
traciona-dos, ficam comprimidos contra a cabeça 
do úmero, há neles uma área de constante 
hipovascularidade. Essa área, centrada no SE e 
junto ao tubérculo maior – área crítica – mede cerca 
de 1 cm de largura e é justamente o local vulnerável 
onde acontece a degeneração tendínea, enquanto a 
área hipovascular do tendão da CLB abrange o seu 
segmento que cursa sobre a cabeça do úmero. 
• Extrínseca ou traumática 
A literatura atual vem mostrando que os fatores 
extrínsecos, como o esporão acromial, têm papel 
secundário na lesão do manguito rotador e que sua 
etiologia, na verdade, é multifatorial. 
Recentemente, descreveram-se lesões 
intraarticulares secundárias ao impacto interno 
principalmente em jovens atletas arremessadores. 
A interação repetitiva entre a superfície interna do 
manguito e a glenóide póstero-superior seria o fator 
responsável por tal lesão. 
O uso forçado das articulações e dos músculos 
costuma provocar alterações fisiológicas e 
estruturais que o próprio organismo tem condições 
de corrigir, se houver tempo e repouso suficientes. 
Várias causas são invocadas para explicar os 
distúrbios musculares decorrentes da sobrecarga 
funcional. Sejam elas lesões inflamatórias por 
perturbação do metabolismo do cálcio muscular, 
alterações por hipóxia e acúmulo de ácido lático, 
sobrecarga das fibras musculares do tipo I ou 
alteração do padrão de estimulação gama do 
músculo, o resultado final será perturbação da força 
e do sincronismo musculares e, consequentemente, 
falência dos mecanismos motores e estabilizadores 
dinâmicos do ombro. 
Outro fator importante é o estiramento excessivo 
do MR, dos ligamentos e da cápsula articular aos 
esforços exagerados e prolongados, que provoca 
deformações plásticas irreversíveis e lesões 
estruturais microtraumáticas (microrroturas). É o 
que pode ocorrer nos ombros de esportistas de alto 
nível (nadadores, ginastas, tenistas e atletas 
arremessadores em geral) e principalmente de 
esportistas amadores, quase sempre menos 
preparados fisicamente e que costumam não 
respeitar suas limitações. 
Manifestações clínicas: 
 
A dor é o principal sintoma, normalmente se 
localiza na região anterolateral do ombro e face 
lateral do braço, tendo intensidade variável. A 
maioria dos pacientes relata que a dor piora a noite 
e que há dificuldade ou incapacidade deitar-se 
sobre o local afetado. Na anamnese é importante 
avaliar o tempo de evolução dos sintomas e suas 
características, o tipo de ocupação profissional ou 
de prática esportiva, a história de um ou mais 
eventos traumáticos e tratamentos prévios 
(fisioterapia, infiltrações, etc.), a dominância, a 
idade e o sexo. 
Exame físico: Iniciar pela inspeção, avaliando 
assimetrias das cinturas escapulares, atrofias das 
fossas supra e infraespinhais, cicatrizes e 
deformidades da coluna cervicotorácica. Na 
inspeção dinâmica, é importante observar tanto 
a amplitude de movimento como o movimento 
escapulotorácico. 
Na palpação é importante avaliar se há presença de 
dor, sinais flogísticos, edema, etc. Também é 
possível verificar se há a presença de crepitações 
quando é realizada a movimentação ativa e passiva 
do ombro. 
Nas lesões do MR, os testes de impacto de Neer, 
Hawkins-Kennedy e Yocum apresentam 
positividade variável, em decorrência da presença 
ou não do fator extrínseco que pode estar presente 
na patogenia da doença. Os testes de função 
muscular são específicos e, em sua positividade e 
intensidade, dependem do tendão lesado e da 
extensão da rotura. Para avaliação do SE, utilizam-
se o teste de Jobe e o teste do supraespinal. Para o 
IE, os testes de Patte, do infraespinal e o da 
cancela. 
 
O terapeuta instrui o paciente para realizar uma 
flexão e abdução de 30º de membros superiores e 
uma rotação interna, apontando os polegares para o 
chão (lata vazia). O terapeuta impõe uma 
resistência com ambas às mãos na altura do 
cotovelo do paciente e pede que o mesmo realize 
uma flexão contra a resistência. Avalia o tendão do 
músculo supraespinhoso. 
 
 O terapeuta, em frente ao paciente, instrui para que 
o mesmo realize uma flexão do braço até o cotovelo 
tocar a testa. O terapeuta poderá auxiliar o paciente 
a elevar ainda mais o cotovelo, isso irá exacerbar 
os sintomas de uma tendinite do supra-espinhoso 
ou alguma lesão na articulação acromioclavicular. 
 
Teste de patte: a abdução de braço a 90º, flexão do 
cotovelo à 90º e, rotação externa do braço contra a 
resistência do terapeuta imposta na altura do punho 
do paciente. Esse teste será mais direcionado para 
o tendão do músculo infra-espinhoso. 
 Gerber: O terapeuta instrui ao paciente que realize 
uma adução e rotação interna do membro superior 
a ser avaliado e pede ao paciente que coloque o 
dorso da mão na altura da região lombar. Após o 
terapeuta pede para que o paciente afaste o dorso 
da mão da lombar. Caso o paciente não consiga 
levar o braço até a posição ou não consiga afastá-lo 
da região lombar indica inflamaçãoou até mesmo 
ruptura do tendão do músculo subescapular. 
Exame de imagem 
Exame radiográfico: Tem como objetivo avaliar 
sinais sugestivos de impacto e rotura do MR 
(esclerose, cistos e irregularidades no tubérculo 
maior; esclerose e presença de osteófito no 
acrômio). O formato e a espessura do acrômio, a 
presença de os acromiale e de artrose 
acromioclavicular também podem ser avaliados. 
As incidências utilizadas são: anteroposterior 
verdadeira, em rotação medial e lateral, 
anteroposterior com 30° de inclinação caudal, túnel 
do su-praespinal (ou outlet view, um perfil 
escapular com 10° de inclinação caudal) e perfil 
axilar. 
 
Exame de ressonância magnética: Tem altos 
índices de especificidade e sensibilidade. A 
ressonância magnética (RM) é o exame de escolha 
para avaliação de possível rotura do MR. Com sua 
análise, é possível mensurar a lesão (espessura, 
retração, número de tendões acometidos) e obter 
informações sobre a qualidade dos ventres 
musculares do MR (presença de infiltração 
gordurosa). Tem como vantagem adicional avaliar 
possíveis lesões associadas intraarticulares. 
 
Tratamento: 
Conservador: O tratamento conservador é indicado 
nas roturas parciais e nas roturas completas em 
pacientes com baixa demanda funcional ou sem 
condições clínicas para realização da cirurgia. 
a) Retirada dos fatores de risco causadores da 
rotura. 
b) Analgesia e medidas anti-inflamatórias: uso de 
analgésicos simples ou opioides; utilização de anti-
inflamatórios não hormonais orais e hormonais por 
via sistêmica (intramuscular). 
c) Restabelecimento da amplitude de movimentos 
articulares (exercícios passivos e ativos) 
d) Fortalecimento do MR para restaurar o 
mecanismo depressor da cabeça do úmero 
(exercícios isométricos, isotônicos e de 
coordenação motora) 
Tratamento deve ser mantido por, no mínimo, 3 
meses, podendo se prolongar de acordo com a 
reposta do paciente. 
Cirúrgico: O tratamento cirúrgico é indicado para 
pacientes nos quais o tratamento conservador não 
foi efetivo, nas roturas completas do manguito em 
indivíduos com alta demanda funcional e naquelas 
de origem aguda/traumática. Pode ser realizado por 
via aberta ou artroscópica e consiste basicamente 
nos seguintes procedimentos: 
1) Desbridamento intra-articular e subacromial. 
2) Descompressão subacromial (DSA) – seção do 
ligamento coracoacromial, acromioplastia 
anteroinferior, exérese de osteófitos 
acromioclaviculares. 
3) Reparação dos tendões rotos.

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