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Adrieli Bertotti – TXXI ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - É um estudo do sistema musculoesquelético, trata afecções musculoesqueléticas agudas ou crônicas. O estudo vai desde as doenças adquiridas ao longo da vida e as congênitas. - No ano de 1741 Nicholas Andry de Boisregard que era um cientista francês, criou um ma- nual sobre os traumas em crianças. - Durante a segunda guerra mundial que a traumatologia se juntou com a ortopedia pelo fato de ser um cenário com fraturas expostas, inicialmente para tratamento era usado a amputação do membro afetado, e com a evolução dos estudos foi percebendo que poderia usar um tratamento mais conservador e dava para juntar os ossos quebrados e com o tempo ele se aderia novamente, podendo conservar o membro. - Subespecialidades são divididas por especializações: coluna, ombro e cotovelo, mão, quadril, joelho, pé e tornozelo, pediátrica, oncológica e medicina do esporte. Quando se divide dessa forma, é melhor para avaliar cada caso e buscar o melhor tratamento. - A medicina do esporte faz o tratamento de lesões que foram sofridas durante a pratica de atividade física, como estiramento, luxações e lesões ligamentares. Por exemplo, os jogadores de alto rendimento sempre tem acompanhamento com ortopedistas para tentar prevenir algumas lesões. - Visa a prevenção de lesões ligamentares, o tratamento de dores como a lombalgia, deformidades como a artrose, limitação de movimento como lesão de manguito dotador (musculatura do ombro). - Trauma não é necessariamente sinônimo de fratura, o trauma é tudo que gera uma lesão como as contusões, lesões de tendões e de ligamentos. - Afecções traumáticas do aparelho locomotor: fartura, luxações, ruptura de tendões. - No pronto socorro cerca de 30 a 40% dos atendimentos envolve ortopedia, as principais queixas são lombalgia (dor nas costas), dor no ombro e trauma (automobilísticos, caída de contruções). - Na infância possui doenças congênitas, algumas incapacitantes, que precisa de reconhecimento e tratamento precoce para limitar a sequela. São exemplos: displasia do quadril e pé torto congênito. Quando o bebe nasce ele passa por avaliação com ortopedista para que se tiver alguma lesão seja tratada precocemente para não comprometer o crescimento da criança ou tentar limitar a sequela. - Referencial anatômico - Proximal: relacionado com a divisão medial do corpo - Distal: distante da linha central (mais usado nos membros) - Medial: mais próximo a linha central - Lateral: afastado da linha central - Cranial: próximo do crânio - Caudal: mais longe do crânio (mais usado na coluna) Adrieli Bertotti – TXXI - Desvio em valgo: para fora, afasta da parte central. “quem tem joelho valgo não cavalga” - Desvio de varo: para dentro, aproxima da parte central. - Na mão tem a parte dorsal (em cima da mão) ou volar ou palmar (palma da mão) - Na mão é dividido no eixo central que é o terceiro dedo, metade é radial (nervo radial) e ulnar (nervo ulnar). - No pronto socorro, o paciente chega com perda de sen- sibilidade na mão (parestesia), precisa dizer a localização correta de acordo com a lesão (dorsal ou volar, radial ou ulnar). Adrieli Bertotti – TXXI SEMIOLOGIA ORTOPÉDICA - Se for paciente de trauma ele vai estar deitado, porque está na cama, já se for um exame normal pode fazer com o paciente sentado. COLUNA CERVICAL - Inspeção vai pesquisar nodulações (no musculo esternocleidomastoide porque na criança tem o torcicolo congênito) , deformidades (por tumores pode estar aumentado) e desvios na cabe- ça (geralmente desvia e inclina para onde está a lesão na torcicolo). - Na ortopedia se usa muito os ângulos, para fazer essa medida é usado um goniômetro que é um instrumento que mede um ângulo ou permite que um objeto seja girado para uma posição angular precisa. - Inspeção dinâmica: • Flexão: encostar queixo no tórax • Extensão: alinhamento da frente e nariz deve ficar na horizontal • Arco normal é 130 graus • Rotação lateral: o queixo alinhado com ombros e arco normal: 80° para ambos os lados • Inclinação lateral: encostar orelha no ombro e arco normal: 45° - Palpação óssea anterior (importante nos acessos cirúrgicos na cervical) • Faz o movimento de dedilhar • Osso hioide está no nível de C3 • Cartilagem tireoidiana no nível de C4 • Primeiro anel cricoide está no nível de C6 - Palpação óssea posterior • Processos espinhosos C1 a C7: procurando dor, crepita- ção ou desalinhamento, importante nos casos de trauma. • ADM (arco de movimento ou amplitude de movimento) passiva: flexoextensão, rotação e inclinação. • No caso de trauma, primeiro faz a palpação de C1 a C7 obsrvando se o paciente relata dor, depois disso fazer os movi- mentos de flexoextensão, rotação e inclinação. Adrieli Bertotti – TXXI - Exame neurológico dos MMSS (prova) - Sensibilidade: com os dedos sob a pele do paciente em am- bos os membros ao mesmo tempo e no mesmo local, pergun- ta se sente a mesma sensação nos dois lados. C5 C6 - Face lateral do braço ou primeiro dedo. C7 C8 - Sensibilidade do terceiro dedo - Não há reflexo, sensibilidade da face medial do an- tebraço. T1 - A raiz de T1 faz parte do flexo braquial, sensibilidade da face medial do antebraço. - Obs: Martelo de Babinski para ver o reflexo. Adrieli Bertotti – TXXI - Testes especiais • Teste da distração: abertura dos forames, quando abre um espa- ço na coluna cervical vai melhorar ou não a queixa do paciente. Poe uma mão no queixo e outra na parte occipital fazendo uma pequena elevação contra o tronco. • Manobra de Spurling: flexão lateral e compressão vertical, au- mento dos sintomas radiculares, vai fazer uma compressão e isso vai gerar mais dor no paciente. O paciente vai lateralizar a cabe- ça para o lado acometido e realiza-se uma compressão no topo da cabeça do paciente para baixo. • Sinal de Lhermitte: irritação meníngea, é feito em pacientes com flexão cervical com dor ou parestesias, a dor se irradia para o braço. A cabeça do paciente vai ser empurrada para frente encostando o queixo no peito. COLUNA LOMBAR - Inspeção • Desvios no plano frontal: escolioses ou contraturas • Manobra de Adms: flexão anterior do tronco, porque paci- ente que tem escoliose vai ter a coluna torta pra um dos lados, a manobra é para o paciente faça uma flexão anterior alinhando a coluna com o solo, o médico vai atras do paciente e olha se a coluna tem alguma curva- tura ou é reta. Isso vai diferenciar se tem uma escoliose estruturada ou não estruturada. • Linha de prumo: C7 ao sulco glúteo, é como se a gente colocasse uma linha no occipito passar ela até os membros por meio do sulco gluteo, se o paciente estiver escoliose a linha vai pender para o plano da curva, para onde está desali- nhado. - Palpação • Processos espinhosos: devido a trauma por lesão ligamentar ou fratura • Musculatura paravertebral: contraturas, hérnias ou tumorações. A musculatura da coluna lombar está associada a dor de hérnia, muitas hérnias começam com dor lombar, não necessariamente por radiação. - Movimentos • Flexão normal de 40-60°, se tiver limitação ou dor pode ser hérnia de disco, fratura, infecção • Extensão normal de 20-35°, se tiver dor pode ser espondilólise ou espondilolistese • Inclinação lateral normal de 15-20°, se tiver dor pode ser uma hérnia discal • Rotação normal de 3-18° - Força muscular: é uma classificação para padronizar o nível da força por graus de acordo com o movimento. O grau V é o normal. Dermátomos (L1 a S1) Adrieli Bertotti – TXXI - Raízes lombares responsáveis pela flexão ou exten- são do quadril, joelhoe tornozelo L4 L5 - A raiz de L4 vai fazer o movimento de dorso flexão do pé, reflexo patelar e sensibilidade da face medial do pé. - A raiz de L5 vai fazer o movimento de extensão do hàlux, não possui reflexo e a sensibilidade do dorso do pé. S1 - A raiz de S1 vai fazer a inversão do pé para o lado lateral por meio dos músculos fibulares longo e curto, o reflexo é o do tendão de Aquiles (reflexo aquileo) e a sensibilidade é da parte lateral do pé. Adrieli Bertotti – TXXI - Compressão medular: importantíssimo no trauma pela lesão do neurônio motor superior • Sinal de Babinski: o normal é o paciente fazer uma flexão dos dedos, quando está altera- do o paciente faz uma extensão dos dedos. • Sinal de Oppenheim: é feito um estimulo na crista da tíbia e o paciente vai fazer uma extensão do pé. • Hiper-reflexia: é quando o paciente tem uma resposta exacerbada de reflexão ao estimulo. • Clônus: é uma série de contrações musculares involuntárias devido a um estiramento súbito do músculo. OMBRO - Inspeção dinâmica • Elevação: plano da escápula ( 0-180° ) • Flexão: plano coronal ( 0-180° ) • Extensão: plano sagital ( 0-60° ) • Abdução: plano frontal ( 0-90° ) • Adução: flexão de 30° ( 0-75° ) • Rotação externa: cotovelo 90° ( 0 a 75-90° ) • Rotação interna: posição da mão no dorso - Testes especiais: síndrome do impacto ou lesão de manguito. • Teste do impacto de Neer: eleva-se o ombro a 90º e o cotovelo também, a 90º, com rotação passiva (sú- bita) • Teste de Jobe: objetivo é que o tendão supraespinhal encoste no acrômio (pra cima) • Teste do infraespinhal: mãos para frente e para o paciente empurrar para fora. • Teste do subescapular ou Gerber: mãos nas costas e empurra a mão do médico. - Testes especiais de instabilidade • Teste da apreensão: pressão do polegar na face posterior • Instabilidade posterior: compressão posterior • Teste da gaveta anterior e posterior: 25% indolor pela hiperelasticidade articular, se tiver dor ou >25%: indica instabilidade • Teste do sulco: abertura >1cm (observa o acrômio). Adrieli Bertotti – TXXI COTOVELO - Inspeção • Região lateral: aumento volume e derrame articular • Região anterior: ângulo de carregamento é o ângulo entre o eixo do úmero e o eixo do antebraço (10° e 13°), cúbito varo é quando o ângulo está diminuído e cúbito valgo é quando o ângulo está aumentado. Crianças que tiveram fratura de cotovelo podem ter uma alteração no ângulo. • Região posterior: bursite olecraniana (no olégrano, ocorre uma inflamação) e nódulos reumatoides. - Inspeção dinâmica • Arco funcional do cotovelo (prova) é de 30° a 130°, quer dizer que o paciente tem que conseguir fletir a 130° e ele pode ter uma perda de 30° de extensão que ainda é funcional, então o normal é 130°-30°= 100° • Flexão: 140° • Extensão: 0° • Pronação: 75° • Supinação: 80° “quando a gente perde a gente suplica então supina” • Arco funcional: 50° para um lado e 50° totalizando 100° Adrieli Bertotti – TXXI - Palpação • Lateral: epicôndilo lateral (porque uma das alterações que temos é a picon- dilte) e cabeça do rádio • Anterior: pulso braquial (medial tendão bíceps) • Posterior: bursa olecraniana e triângulo equilátero (quando o cotovelo está fletido os dois epicôndilos com o olégrano forma um triangulo). E quando está estendido deve fazer uma linha reta, importante no raio x. • Medial: nervo ulnar musculatura flexora - Testes específicos de instabilidade • Varo: flexão de 15° com rotação interna úmero • Valgo: flexão 15°com rotação externa do úmero • É feito um teste em varo para saber se tem instabilidade em valgo. - Testes específicos para epicondilite lateral • Teste de Cozen: pronação e extensão ativa do punho • Teste de Mill: resistência a flexão - Testes específicos para epicondilite medial • Cotovelo 90° flexão • Antebraço supinado • Extensão passiva do cotovelo • Flexão ativa do punho Adrieli Bertotti – TXXI - Testes específicos por ruptura tendão bíceps, o paciente vai relatar que ergueu um peso e deu uma dor súbita, após isso metade do braço amor- teceu. • Teste do gancho • Dedo de lateral para medial PUNHO - Inspeção: para observar possíveis deformidades, nodulações ou crepitação. - Palpação • Tabaqueira anatômica: é formada entre o tendão do extensor longo do polegar e abdu- tor longo do polegar, é importante porque passa a artéria radial, nervo sensitivo e o escafoide. • Tendões flexores: dedo em gatilho • Tendões extensores: tenossinovite de DeQuervain - Inspeção dinâmica • Flexão: 70-80° • Extensão: 60-70° • Desvio radial ou abdução: 15° • Desvio ulnar ou adução: 45° - Testes especiais • Teste de Filkenstein: tenossinovite do 1° compartimento (primeiro dedo). Oposição do polegar e abraçar pelos outros dedos. • Teste de Phalen: síndrome do túnel do carpo, extensão completa do punho, paciente vai relatar que tem parestesia nos três dedos radiais (polegar, indicador e médio). • Teste de Tinnel: percussão do nervo mediano. • Teste tecla do piano: instabilidade da articulação ulna distal, em pronação e supinação. • Teste de Allen: patência da artéria radial e ulnar, oclusão das arteriais da mão e depois observa o enchi- mento capilar. Adrieli Bertotti – TXXI - MÃO - Inspeção • Eminência tenar por hipotrofia na STC: mediopalmar, hipotênar e tenar são importantes para avaliar a força muscular. • Eminência hipotênar • Posição dos dedos normal é em flexão. - Inervação (prova): são três nervos que fazem a inervação da mão, o nervo mediano, nervo ulnar e nervo radial. - O nervo mediano vai dar ramo para o polegar volar, indicador, dedo médio e para metade radial do quarto dedo, vai até a interfalangiana dos dedos e faz a elevação. - O nervo ulnar vai dar ramo para a metade ulnar do quarto dedo e quinto dedo - O nervo radial vem na parte dorsal até a interfalangiana distal dos dedos longos. - Quando é a síndrome do túnel do carpo o paciente vai ter pares- tesia pela alteração no nervo mediano. - Inspeção dinâmica • Metacarpofalangica: extensão 30°, flexão 100°, adução 20° e abdução 30° (tem mais movimento na mão) • Interfalangica proximal: flexão 100° e extensão 0° • Interfalangica distal ou polegar: flexão 90° e extensão 15° - Movimentos do polegar: ele faz movimento em três planos, os movimentos são a rotação, abdução (desvio radial), adução (desvio ulnar), flexão e extensão. - Deformidades dos dedos • Dedo em martelo: hiperflexão da falange distal • Dedo em botoeira: hiperflexão da interfalangiana proximal. • Dedo em pescoço de cisne: hiperextensão da interfa- langiana proximal e uma flexão da interfalangiana dis- tal. - Testes especiais: pacientes de trauma sempre testa a integridade dos tendões. • Teste do flexor superficial: estabiliza outros dedos e pede para o paciente fletir. • Teste para flexor profundo: estabiliza interfalangiana média e pede para dobrar a ponta do dedo. • Porque quando a gente tem um corte a partir da falange média o primeiro tendão a ser lesado é o profundo, o paciente tem flexão do dedo, mas não tem flexão completa Adrieli Bertotti – TXXI QUADRIL - Inspeção • Sinal do C: dor profunda e mal definida • Sinal de Tredelenburg: deficiência glútea - Inspeção dinâmica • Flexão: 120° • Extensão: -30° • Rotação interna: 30° • Rotação externa: 40° • Abdução: 50° • Adução: 30° - Testes específicos • Teste de Thomas: contratura em flexão • Teste de Patrick: dor sacroilíaca contralateral • Teste de Ober: contratura ileotibial • Teste de Ely: contratura retofemoral JOELHO- Sintomas • Estalido: Torção aguda • Falseio: Instabilidade momentânea • Travamento: Mais demorado • Derrame: Aumento volume articular - Inspeção • Geno varo ou valgo • Recurvado • Flexo de joelho • Crepitação femoropatelar - Palpação Adrieli Bertotti – TXXI • Teste da tecla: Derrame articular • Compressão patelar: Lesão de cartilagem • Apreensão femoropatelar: Luxação patelar • O arco de movimento do joelho na flexão é 120° e na extensão é 0°. - Testes específicos lesões meniscais • Teste de McMurray: lesão no menisco medial • Teste de Steimann • Sinal de Smillie: palpação da interlinha articular • Marcha de pato: compressão do corno posterior do menisco - Testes específicos lesões ligamentares • Teste de Lachman: ligamento cruzado anterior e posterior • Teste da gaveta anterior: para frente • Teste da gaveta posterior: para trás - TORNOZELO E PÉ - Inspeção em pé • Arco medial do pé: pé plano • Ponta dos pés: avaliação tibial posterior • Teste de Jack: elevação do arco medial - Inspeção dinâmica Adrieli Bertotti – TXXI • Plano transverso: flexão e extensão • Plano frontal: inversão e eversão • Plano sagital: adução e abdução • Flexão: 45° • Extensão ou flexão dorsal: 25° • Inversão: 20° • Eversão: 10° • Metatarsofalângicas: - Dorsiflexão: 80° - Flexão plantar: 30° • Interfalângicas: - Dorsiflexão: 10° - Flexão plantar: 45° - Deformidade dos dedos • Dedo em martelo (equivale à botoeira da mão) • Dedo em garra • Dedo em taco de golfe (equivale ao martelo da mão) - Testes especiais • Teste de Thompson: integridade Aquiles (prova) • Teste da gaveta anterior: ligamento fibulotalar anterior • Teste de Kleiger: lesão ligamento deltoide • Sinal dos muitos dedos: pé plano • Prova de McBride: varismo hálux • Hiperextensão do tornozelo e dedos: fasceíte plantar - DESENVOLVIMENTO DOS MEMBROS INFERIORES NA CRIANÇA Adrieli Bertotti – TXXI - JOELHO (prova) • Nascimento: varo de 16° • 18 -24 meses: 0° • 3 anos: valgo de 12° • 7 anos: valgo de 5-6° - MARCHA • Passo e passada • Fase de apoio (60% do ciclo) • Fase de balanço Movimento conjunto - MARCHAS PATOLÓGICAS QUADRIL E JOELHO • Marcha de Tredelenburg ou Glúteo médio: paciente não consegue sustentar o peso no lado do quadril que está afetado, casos de coxartrose. • Marcha do glúteo máximo: fixação de Core para manter a coluna reta • Marcha do quadríceps femoral: estabilidade para o joelho, não consegue fazer a flexão do joelho. - MARCHAS PATOLÓGICAS TORNOZELO • Marcha do pé plano: o pé não consegue fazer a extensão do hálux • Marcha escarvante: arrasta o pé - MARCHAS PATOLÓGICAS NEUROLÓGICAS • Marcha dedo-dedo: espasticidade global • Marcha em tesoura: paralisia, espasticidade dos adutores • Marcha ceifante: joga a perna • Marcha ataxica: alteração cerebelar, perder a propriocepção • Marcha parkinsoniana: festinação (tremores, passos pequenos e vai acelerando o passo). • Marcha Distrófica: Sinal de Gowers (distrofia muscular, escalando a si mesmo). Adrieli Bertotti – TXXI INFECÇÕES - Anatomia óssea e fise de crescimento, o osso longo é dividido em: • Diáfise: porção do osso que tem a cortical mais extensa e a medular não é tão vascularizada. • Metáfise: é a parte mais esponjosa, com mais sangue e vasos. • Epífise: corresponde a porção distal ou proximal do osso, depende da localização, que vai ser circundada por cartilagem e vai fazer par- te da articulação. • No osso infantil tem a fise de crescimento que é uma estrutura que vai estar entre a metáfase e a epífise, nessa região que o osso vai crescer. No raio x vai ter uma linha preta porque como é composta por cartilagem, não aparece no raio x. OSTEOMIELITE • Infecção óssea com rápida propagação e gera uma destruição e necrose. • Geralmente é gerada por um único agente, pode ocorrer por polimicrobiana em casos de pé diabético. • Uma bactéria vai estar circulando no corpo por uma bacteremia, chega até a metáfise por meio de trom- bos de bactérias que são um conjunto de bactérias, vai se aderir e começar a infecção gerando um abces- so que vai drenar. - Classificação: • Duração dos sintomas: pode ser aguda, subaguda e crônica dependendo do tempo. • Mecanismo de infecção: pode ser hematogênico por bacteremia com foco prévio ou exógeno por fratura exposta ou iatrogênico (punção óssea por exemplo), essa circulação de bactérias vai se instalar no osso e gerar a osteomielite. - Osteomielite hematogênica aguda: focos a distância - Osteomielite crônica: tratamento atrasado e gera necrose no osso. - Abscesso ósseo: virulência menor e infecção localizada 1) Osteomielite hematogênica aguda - É mais comum, crianças menores de 2 anos ou crianças de 8 a 12 anos, maioria dos casos no sexo masculino. - Causada por bacteremia associada a um fator predisponente, pode ser por trauma local, doença crônica pela baixa imunidade, desnutrição porque está relacionada ao processo inflamatório ou doença imune. - Local: fêmur (27%) e tíbia. Geralmente monoarticular, mas pode ter em mais articulações (crianças prematuras) Adrieli Bertotti – TXXI - Fisi- opa- to- lo- gia: - Tem uma bac- te- re- mia que forma êmbolos de bactérias, que por meio da circulação vai parar na metáfise óssea e vai gerar uma proliferação das bactérias que por consequência desencadeia uma resposta inflamatória no organismo ocasionando uma isquemia tecidual, em 48 horas isso vai gerar uma necrose óssea que forma o abscesso, a partir disso tem duas opções: 1. O abcesso aumenta a pressão gerando uma isquemia da cortical ocasionando uma lesão que vai supurar e drenar através de uma fistula. 2. Quando a bactéria tem baixa virulência e não é tratada, forma um sequestro ósseo e gera a osteomielite crônica. O sequestro ósseo é quando a bactéria consegue destruir um pedaço da cortical e isso fica dentro do abcesso, no raio x consegue ver um fragmento ósseo solto dentro do osso, isso é um sinal de infeção de os- teomielite crônica. - Resposta de defesa • Hiperemia reacional local: aporte de leucócitos, nas primeiras 48 horas, circulação presente, sem a presença de necrose e antibiótico eficiente. •Após 48 horas já tem uma necrose: abscesso encapsulado e antibiótico ineficiente, nesse caso é necessário abrir e drenar • Ocorre mais em crianças de 2 anos porque a metáfise tem menos células fagocíticas, então tem menos defesa na região isso ajuda a bactéria a se desenvolver. A criança tem os vasos que cruzam na fise para nutrir a epífise, então isso acaba sendo um canal de inoculação da bactéria da metáfise para a epífise podendo gerar uma infecção. E quando o abcesso rompe vai fazer um abscesso subperiosteal (preso no periósteo gerando um aumento de pressão e dor). • Nas crianças maiores de 2 anos, a fise se torna uma barreira de proteção para a disseminação, a cortical metafisária é mais espessa isso faz com que a infecção da epífise faça uma disseminação para a diáfise. A infecção na diáfise vai gerar o sequestro ósseo e por consequência a osteomielite crônica. • Em adultos é menos comum porque temos um mecanismo de proteção, em menos circulação de sangue, geralmente ocorre em indivíduos debilitados com doenças crônicas. • Quando tem destruição de corpos vertebrais devemos pensar em tuberculose, e quando tem destruição cortical tem maior risco de fratura patológica. O tratamento é mais difícil porque precisa tratar a fratura e a infecção. Adrieli Bertotti – TXXI - Disseminação • Menores de 2 anos ocorre por cruzamento dos vasos pela fise, articulações com fise intra-articular tem um risco de evoluirpara artrite séptica, os ossos mais afetados são o fêmur proximal, fíbula distal, rádio proximal, úmero proximal ou infecções severas por separação epifisária. • Maiores de 2 anos a fise funciona como barreira para proteger contra bactérias. • Adultos pode metáfise para epífise e artrite séptica. - Etiologia • Staphylococcus aureus é o principal • Streptococcus grupo B em 2-4 semanas sem outras comorbidades • Gram negativos em prematuros • Pseudomonas em usuários de drogas ejetáveis. - Clínica •Dor é a primeira manifestação, ocorre pelo aumento da pressão intra-óssea e reação inflamatória, tem uma dor à palpação na região metafisária porque geralmente é o local onde está a infecção. •Edema, hiperemia ou febre (>39oC) •Impotência funcional: a criança não consegue apoiar o membro para caminhar. - Exames laboratoriais • Hemograma em que vai investigar leucocitose (acima de 10 mil já deve-se pensar em tratamento). •VHS: pico em 3-5 dias, normaliza com 3 semanas (demora para subir e se mantem por mais tempo). • PCR: pico em 48 horas, normaliza com 1 semana, na fase aguda e monitorar tratamento. Se está tratando uma criança e o PCR não está baixando, significa que o tratamento não é adequado, em uma semana o ideal é normalizar. - Radiografia: edema de partes moles (1-3 dias) e alterações ósseas (10-12 dias). - Ressonância: não é feito em todos os casos porque precisa sedar a criança para realizar o exa- me, isso pode ser arriscado. Mas vamos encontrar alterações inflamatórias precoces na medula óssea e tecidos moles. • Boa para detectar abscessos intra-ósseos e subperios- teais • Baixo sinal em T1 (hiposinal), alto em T2 (quando tem água brilha, isso é um sinal de inflamação e infecção). - Ultrassonografia: não é bom para visualização de ossos, mas pode ser utilizado para visualizar celulite, abscesso de partes moles e artrite séptica. - Tratamento •Internamento com hidratação, analgesia e posicionamento confortável do membro, se tiver ausência de melhora clínica em 24-48h deve ser feito cirurgia porque isso quer dizer que inflamação pode evoluir para necrose. •Tratamento precoce reduz a morbidade. •Antibióticos não esterilizarão tecidos avasculares ou abscessos, por isso é necessário remoção cirúrgica. •Antibióticos continuados depois da cirurgia por cerca de 4-6 semanas, 10 dias endovenoso e após via oral. ARTRITE SÉPTICA Adrieli Bertotti – TXXI - Ocorre uma invasão bacteriana no espaço articular, o liquido sinovial que deveria se estéril vai ter bactérias e infecção, as sequelas mais graves em crianças porque prejudica a formação da epífise e da cartilagem. - A agressividade vai depender da: virulência da bactéria e da resposta imune do paciente. Uma artrite séptica com baixa virulência pode ser grave se a resposta imune do paciente for ruim. - Vias de contaminação a) Hematogênica: secundária à bacteremia b) Contiguidade: disseminação da osteomielite, erisipela e celulite. c) Inoculação direta: trauma, cirurgia ou punção. - Metáfise intra-articulares (prova) as regiões mais acometidas - Epidemiologia • Mais comum que osteomielite, ocorre em adultos e crianças • 70% entre 1 mês e 5 anos, sexo masculino • 94% monoarticular, sendo que a maioria das vezes no quadril (41%) - Fisiopatologia 1. Invasão bacteriana da cavidade sinovial fazendo uma bacteremia 2. A bactéria vai ter uma predileção pela falta de membrana basal nos capilares da sinóvia isso faz com que aumente a proliferação e gera uma inibição da fagocitose pelos fibroblastos sinoviais, então tem inibição da resposta imune mediada porque é difícil dos fagócitos se deslocar até lá. 3. A bactéria começa a se proliferar, o liquido sinovial fica contaminado, começa a produzir secreção, o organismo reage mandando os neutrófilos para a região e isso faz com que ataquem também as células carti- laginosas fazendo uma lesão da cartilagem também. 4. Sinóvia hiperemiada, a sinóvia é um tecido que circunda a articulação e produz o liquido sinovial, vai ter leucócitos polimorfonucleares nessa região. 5. A destruição articular inicia após 2° dias 6. A destruição aparente, que é identificável será entre 4-6 dias 7. Destruição completa da articulação ocorre em 4 semanas, que é o caso da artrite séptica crônica. - Etiologia • Staphylococcus aureus: mais comum em todos os grupos • Estreptococos do grupo A • Adultos saudáveis sexualmente ativos: Neisseria gonorrhoeae (causa uma artrite séptica mais lentificada). • Anemia falciforme: Salmonella • Drogas endovenosas: Pseudomonas Fêmur proximal (principal) Úmero proximal Radio proximal Fíbula distal Adrieli Bertotti – TXXI Clínica •Dor intensa e progressiva, a dor piora com mobilização suave (diferencia de osteomielite). • Distensão capsular pelo aumento de liquido que gera um aumento da pressão que distende a capsula. •Limitação da mobilidade porque a reação inflamatória vai gerar uma produção excessiva de liquido sinovial e esse aumento dificulta o movimento. •Aumento de volume articular •Claudicação (mancando para que o membro que está doendo não tenha muito movimento para não doer) posição de defesa. •No pronto socorro a criança vai chegar com o quadril em flexão, abdução e rotação externa porque é a posição em que tem menor pressão interarticular, então vai ter menos dor. A posição que mais dói é a extensão, rotação interna e adução (quando fica em pé). (prova) •Edema, calor, rubor • A criança chega com uma mancha grande, vermelha, dolorida, a criança não deixa encostar. • O que diferencia uma fratura de uma infecção é pela história clínica, se for uma fratura a história é de queda ou batida e a dor começou quando teve a batida. Já na infecção começa com uma dor mais leve e vai progredindo até que dói muito. Obs: a diferença da osteomileite é que quando faz o movimento do local afetado a criança vai relatar que está doendo já na artrite séptica, somente o encostar da mão no local vai fazer com que a criança chore muito de dor. - Laboratoriais • Hemograma: aumento de neutrófilos > 12000/mm3 • VHS: >40mm, pico 3-5 dias e normaliza em 3 semanas • PCR: >20mg/L, sobe após 6h de infecção, pico em 2 dias e normaliza após 1 semana - Critérios de Kocher (prova) são 5 critérios que crianças com artrite séptica tem como sinais e sintomas, calcula a probabilidade de ser uma artrite séptica. • Temperatura> 38.5º (a criança tem febre) • Incapacidade de apoiar o membro • VHS > 40mm • Leucocitose > 12.000 • PCR >2mg/Dl - Identificar o patógeno • Hemocultura: identifica bactéria em 30-60% dos casos, o ideal é que seja coletado no pico febril porque quando tem uma maior bacteremia é quando aumenta a resposta imune, por isso a febre é um sinal indireto de bacteremia. Na febre tem mais chance de identificar a bactéria. • Punção articular: sempre realizar se suspeita de artrite séptica, antes de iniciar antibiótico porque é o momento ouro de identificar a bactéria, gram, cultura, celularidade porque pode ser neoplásica e cristais (artrite reumatoide e por acido úrico). Imagens de crianças com um dos membros todo edemaciado, com alteração no quadril. Adrieli Bertotti – TXXI - Punção articular na artrite séptica • >50.000 leucócitos/mm3 e desses mais de 90% sejam neutrófilos •Glicose 50mg/dl menor que a glicemia sérica porque a bactéria precisa de glicose para se proliferar. •Alto conteúdo proteico - Radiografia •Normal nos primeiros dias • Edema de partes moles e deslocamento do coxim gorduroso (porque quando aumenta o volume da articulação o coxim é deslocado) ou aumento do espaço articular (visível). •Na imagem ao lado observa-se a distancia entre o fêmur proximal e a pelve em ambos os lados, no lado acometido percebe-se que a distancia é maior pelo aumento do espaço interarticular. •Diminuição do espaço pela destruiçãoda cartilagem a longo prazo. •Destruição generalizada •Artrose, osteomielite se a bactéria conseguir chegar na epífise ou metáfise, perda óssea e luxação porque a capsula distende tanto que perde o controle da articulação. - Ultrassom • É muito usado para diagnóstico precoce porque consegue ver partes moles em pouca ou em grande quantidade. • O osso é muito denso então ele capta muita luz (branco), a parte mais escura é liquido porque ele transmite a onda. • Pequenas coleções de fluido intra-articular. •Bilateral comparativo: comparar um membro com o outro para ter um parâmetro. - Tratamento •Drenagem adequada (cirúrgico), repouso em posição estável porque quanto mais estimula a articulação mais vai gerar um processo inflamatório, gerando dor. •Antibiótico para diminuir efeitos sistêmicos. • Antibiotico empírico (aquele que o hospital fornece) até resultado das culturas. • No nosso meio: OXACILINA + GENTAMICINA • Na gonocóccica: CEFTRIAXONA • Endovenoso 7-10 dias + via oral 3 semanas • Na cirurgia é drenado a articulação por duas ou até três vezes por dia e vai acompanhando a evolução, no liquido drenado deve ser observado a cor, aspecto (mais densa ou liquida) e o cheiro. O cheiro vai mudando, no inicio é um cheiro muito forte e depois vai ficando mais suave e o liquido mais fluido. •Caso não tenha uma melhora, deve-se abrir novamente e realizar a lavagem novamente até a agua sair bem clara. Adrieli Bertotti – TXXI Pior prognóstico • Principal fator: atraso no tratamento, precisa internar e investigar se suspeitar de artrite séptica. • Pior local é o quadril porque é onde tem cartilagem •Quando tem osteomielite adjacente é mais difícil de tratar e de identificar. •Tratamento inadequado • Prematuridade SINOVITE TRANSITÓRIA • Causa de dor mais comum no quadril e de claudicação não traumática na infância • 9 meses a adolescência • Média de idade: 6 anos, masculino, branco e 95% unilateral - Etiologia •Causa específica é desconhecida, mas pode estar relacionado com: infecção recente, trauma e hiperssensibilidade alérgica. - Clínica • Semelhante a um quadro de artrite séptica, porém em uma criança saudável. • Dor aguda monoarticular, claudicação, diminuição da ADM • Membro em flexão e rotação externa • Febre baixa: <38°C; • Sintomas podem durar: 1 a 10 dias - Exames •RX: sombra muscular e edema capsular •USG: efusão articular (liquido na articulação e por fora da articulação) •Laboratório inespecífico: normal ou próximo do normal, leucócitos de 10 a 14 000 • VHS próximo de 20 mm (menor que na artrite séptica que é 40 mm) - Diagnóstico •De exclusão, não existe teste diagnóstico para confirmação. •Diagnóstico diferencial: artrite piogênica, osteomielite e febre Reumática Aguda - Tratamento •Autolimitada, o paciente vai melhorando gradativamente. • Resolução gradual e completa após 10 dias a 8 semanas • Sintomático e repouso • Retirado apoio, até melhora da dor e retorno do movimento • AINES (anti-inflamatório) •Articulações sem repouso tem seus sintomas prolongados. Adrieli Bertotti – TXXI ORTOPEDIA PEDIÁTRICA PÉ TORTO CONGÊNITO • Deformidade congênita mais frequente e genética (o gene determina o fenótipo, como a criança vai ser). Uma doença congênita não necessariamente é genética, porque pode ser uma mal formação intraútero. • Incidência 1:1000 nascidos vivos (mais frequente). • Masculino e 50% bilateral • Mais relacionada a caucasianos • O recém-nascido vai ter uma posição de flexo, fica com os braços e pernas dobradas e isso é normal, o anormal é o pé ficar para dentro (medial). - Etiologia • Desconhecida • Multifatorial: bloqueio desenvolvimento fetal, oligodrâmnio (a criança fica apertada dentro da placenta e pode o pé ficar torto) e amniocentese precoce (diminuição do liquido amniótico que faz a criança ficar com espaço menor). • Origem genética - Deformidades associadas • Displasia do desenvolvimento do quadril • Metatarso varo • Torcicolo congênito • Lassidão tecidos moles • Sindactilias • Dedos extranumerários - Alterações • Talus: desvio medial e plantar (o pé vira para dentro e para baixo) • Maleolo lateral: desvio posterior • Navicular, cuboide e calcâneo: desvio medial e plantar • Retração de partes moles • A parte esquelética da criança vai estar medial e plantar, as partes mediais vão sofrer retração e as partes laterais alongamento. Por isso alguns ligamentos podem não ser formados pela deformidade óssea. - Diagnóstico • Quatro deformidade do pé torto congênito (prova): equino (para baixo), varo (para dentro), adução e cavo (aumento do arco medial). • Atrofia músculos da panturrilha • Pé acometido é menor - Classificação do pé torto congênito • Postural: deformidades flexíveis e correção com poucas manipula- ções, volta ao normal porque está relacionado com a postura. • Idiopática: menor flexibilidade e deformidades acentuadas • Teratológico: associado a síndromes, rígido e alto índice de recidiva Adrieli Bertotti – TXXI - Tratamento • Objetivo: reduzir deformidades e pé plantígrado (pé reto com arco e função) com função normal • Início precoce: recém nascidos • Gesso seriado • Cirurgia em alguns casos - Tratamento conservador (não cirúrgico) • Resposta dos tecidos a estímulo mecânico, posiciona o pé da criança na posição e engessa a perna e é esperado que o corpo dela responda ao estimulo (reposicionamento). • Correção semanal: primeira adução, segundo supinação e terceiro equino. • Até 9 meses deve se feito a correção porque a criança responde melhor nessa fase inicial, depois de 9 meses ela já começa a ficar em pé e terá dificuldade. - Método de Ponseti (prova) • Correção de deformidades • Gesso inguinopodálico: joelho com flexão e rotação externa (da região inguinal até a ponta do pé). O joelho tem que star fletido porque é a posição anatômica de repouso do joelho. • Hipercorreção: é feito uma correção maior porque o pé tem a tendencia de voltar ao estado original. • Trocas semanais - Órtese de Denis-Brown • Órtese deixa o pé da criança em adução com rotação lateral (botinha da imagem ao lado). • Continuo por 3 meses (uso integral), depois desse período vai usar de 10-24 horas por dia por 2-4 anos: noturno. • É feito 9 meses de tratamento, a partir de 1 ano a criança começa a usar a botinha de noite até em torno dos 4 anos, porque duran- te o dia a criança vai estar caminhando e estimulando a muscula- tura. - Tratamento cirúrgico • Insucesso do tratamento conservador e em casos graves • Liberações a la carte: liberação de partes moles, transferências tendinosas e procedimentos ósseos. É muito progressivamente, de acordo com o crescimento da criança é feito as correções. • Mais precoce - Complicações • Conservador: pé mata borrão e escaras (lesões por causa do gesso). • Cirúrgico: necrose e infecção - Recidiva • Em cerca de 25% • Volta as deformidades primárias: equino, cavo, adução e varo • A recidiva ocorre quando a correção inicial é incompleta PARALISIA BRAQUIAL OBSTÉTRICA Adrieli Bertotti – TXXI - Plexo braquial são os nervos que saem do pescoço e vão para o braço, é formado por 5 raízes que são ramos ventrais de C5, C6, C7, C8 e T1. - As raízes vão se juntar e formar troncos, depois se divide e formam fascículos e por último formam os nervos. - Lesão do plexo braquial • Geralmente por estiramento ou tração porque aumenta o ângulo entre o pescoço e o ombro estira e ocorre a lesão. • Na criança é uma paralisia flácida que pode ser global ou parcial ao membro • C5C6 – Paralisia de Erb, mais comum, acomete as duas primeiras raízes isso gera uma perda de função do ombro e bíceps (cotovelo). - Fatores de risco maternos • Diabetes gestacional • Idade materna avançada (>35anos) • Multiparidades •Anomalias uterinas - Fatores de risco fetais • Macrossomia: crianças que nascem com o peso maior de 4500kg aumenta a chance de 20% a 25% em desenvolver a paralisia braquial. Isso porque na saída do canal vaginal fica muito apertado para a saída da criança. • Fratura de clavícula: 45% associação - Fatores de risco do parto • Distocia de ombro: fator causal em 2/3, ocorre quando a cabeça da criança na hora do parto sai pelo canal vaginal e o ombro fica travado e para sair é necessário puxar a criança isso faz com que a cabeça vai para um lado e o ombro fica como anteparo gerando uma lesão. • Trabalho de parto prolongado • Uso de fórceps ou extrator a vácuo • Parto pélvico: cabeça derradeira é quando o restante do corpo da criança sai e a cabeça fica presa. - Traumas no parto • Fratura de clavícula: mais comum, cerca de 3,8-7,2 1000 nascidos vivos • Lesões úmero e musculoesqueléticas - Classificação • Paralisia alta: Erb-Duchenne • Paralisia baixa: Klumpke: 1%, pior prognóstico • Paralisia completa - Narakas: parte clínica e prognostico Adrieli Bertotti – TXXI Grupo 1: Erb - Lesão C5 e C6 - Comprometimento abdução e rotação externa do ombro - Comprometimento da flexão do cotovelo - Bom prognóstico - Recuperação espontânea em 80-90% Grupo 2: Erb estendida - Lesão C5, C6 e C7 - Comprometimento anterior e perda extensão do punho - Posição em gorjeta de garçom - Recuperação espontânea em 60% Grupo 3 - Lesão de todas as raízes - Braço flácido - Recuperação espontânea não é possível - Recuperação de ombro e cotovelo em primeiro e depois é necessário fazer outros procedimentos para recuperar punho e mãos. Grupo 4 - Lesão de todas as raízes (mais grave) - Sinal de Claude Bernard-Horner: ptose, miose e enoftal- mia, isso quer dizer que a criança tem uma lesão do siste- ma simpático. - Pior prognóstico - Clínica • Membro em adução e rotação interna • Cotovelo estendido • Antebraço pronado • Reflexo de Moro assimétrico • Sinal do corneteiro: a criança não consegue abduzir o ombro e nem fazer rotação interna, en- tão ela usa o cotovelo. - Tratamento • Expectante: manutenção de mobilidade articular (mexer punho, dedos, cotovelo e ombro) • Se em 3 meses a criança recuperou o cotovelo (bíceps) ela vai recuperar o restante das articulações. • Cirúrgico: não recuperação de flexão de cotovelo, então é necessário fazer um reparo do nervo por uma neurotização (tira nervo do lado funcionante e coloca no que está com deformidade). TORCICOLO MUSCULAR CONGÊNITO • Ocorre fibrose de parte ou todo esternocleidomastoide • Benigno • Boa evolução • Principal causa de deformidade cervical no recém-nascido - Clínica • Inclinação da cabeça para lado acometido • Giro da cabeça para lado oposto • Lado direito (pode ser pela posição intraútero)b - Fatores de risco Adrieli Bertotti – TXXI • Primíparas porque tem a cavidade abdominal mais resistente, tem um espaço menor e menos liquido. • Apresentação pélvica porque a criança fica com a cabeça na parte alta e fica mais inclinada. • Trabalho de parto difícil porque pode causar uma isquemia. • Oligodrâmnio que é a redução de espaço dentro do útero. - Ultrassonografia: o musculo está aumentado pela fibrose. • Exame de escolha porque consegue fazer com a criança sem sedar e consegue identi- ficar o quanto de alteração muscular. - Tratamento • Resolução espontânea no 1º ano • Fisioterapia de 3-6 meses com mobilização do pescoço. • Cirurgia: refratários a 6 meses de FST, liberação muscular e correto posicionamento do pescoço. PARALISIA CEREBRAL - Definição • Lesão motora, isso quer dizer que não necessariamente a criança vai ter retardo mental porque é uma lesão motora. • Espástica: porque perde o nervo do neurônio motor • Não progressiva: ocorreu a lesão naquele momento e é a partir disso que vai gerar o problema, não vai piorando • Cérebro imaturo: prematuros • Associação: retardo mental e convulsões - Etiologia • Fatores pré-natais: infecção materna e defeito de formação cerebral • Fatores perinatais: baixo peso, hipoxia e tocotrauma • Fatores pós-natais: infecções na criança e traumas - Fatores de risco: prematuridade • Crianças com peso menor que 1000g (1 kg) e menos de 32 semanas tem chance de 90:1000 • Acima de 2500g: chance de 3:1000 - Morbidade • Mobilidade da criança, o quanto os membros foram acometidos • Interferência na alimentação (autoalimentação) • Desenvolvimento motor menor 3 meses do controle cervical • Gastrostomia para alimentação. • Quadros graves: sobrevida de 7 anos Adrieli Bertotti – TXXI - Marcos de maturação neurológica (prova) • Controle cervical: 3 meses (o bebe consegue segurar a cabeça) • Sentar sozinho: 6 meses (sentar e permanecer sentado) • Ortostatismo: 10 meses (se apoia e levanta) • Deambulação: 12 meses (caminhar) • Obs: gatinhar faz parte do desenvolvimento da criança, mas não é um marco de maturação neurológica. - Classificação de acordo com a lesão: • Tetraparética: causas pré-natais, não deambulam, não mexe os quatro membros • Hemiparética: um dos lados do corpo, somente metade do corpo, associado a convulsões • Diparética: prematuridade e bom prognóstico, não é curada mas consegue melhorar. - Classificação da GMFCS que vai dividir a criança de acordo com a função motora: • Tipo I: a criança consegue caminhar, correr e subir escada sem apoio. • Tipo II: caminha sem apoio, mas para subir escada precisa de apoio. • Tipo III: deambula com andador ou consegue se movimentar com a cadeira de rodas. • Tipo IV: usa a cadeira de roda como locomoção ou precisa de um apoio para deambular com o andador. • Tipo V: depende totalmente de auxi- lio de outra pessoa. - Tratamento • 0-3 anos: fisioterapia • 4-6 anos: fisioterapia + terapia ocupacional + tratamento ortopédico • 7-18 anos: fisioterapia + terapia ocupacional + tratamento ortopédico + auxilio escolar • Adultos: adaptação ao trabalho e vida social Obs: terapia ocupacional são medida para ajustar utensílios do dia a dia de acordo com a necessidade da criança, é ajustar o meio para que a criança tenha uma autonomia maior. Adrieli Bertotti – TXXI ORTOPEDIA MEMBRO SUPERIOR – PUNHO E MÃO ANATOMIA - Formado por polias ou chamado de complexo flexor da mão é formado por tuneis osteofibroso isso quer dizer que ele tem o osso (metacarpo e falanges) e possui uma bainha fibrosa que é formado pelas polias e pela sinóvia, a bainha tem como função estabilizar o tendão dentro do túnel e aumentar a capacidade de movimento, aumentando o vetor de força. - Quanto mais precisar fletir o dedo, mais próximo do osso o tendão vai ficar para trabalhar com menos força e menos resistência. - Temos 4 tendões flexores superficiais dos dedos longos e 4 tendões flexores profundos dos dedos longos, então nos dedos longos nós temos 2 tendões flexores o superficial (flete a interfalangiana proximal) e o profundo (flete a interfalangiana distal). - A polia A1 é uma polia anular primeira, as polias são chamadas de anular ou cruciforme pelo aspecto, a anular é transversal formando um anel e as cruciformes são em formato de cruzes. As principais para estabilização do tendão são as anulares, na palma da mão é a A1 e nas falanges é a A2 e A4. - Quando os tendões passam no túnel do carpo para os dedos, os dois tendões passam pelas polias, principal- mente na polia A1 e A2 porque ao nível da polia A2 o tendão flexor superficial vai se aproximar do osso e a partir disso o tendão começa a se dividir, se adere, termina ao nível da polia A3 e A4 e depois disso é só o tendão flexor profundo. - Tenossinovite ocorre a inflamação do tendão e da sinóvia. O tendão une musculo com osso, existem dois tipos detendões: os sinoviais (que possuiu uma membrana fina em torno dele, produz liquido sinovial, a nutrição é feita pelos vasos e pela sinóvia) e os não sinoviais (a nutrição é feita só pelos vasos). DEDO EM GATILHO - É uma tenossinovite estenosante (fechando o espaço), quando o tendão passa pela polia A1 a relação de continente e conteúdo na bainha dos tendões flexores fica restrita porque o espaço é menor, isso pode levar a uma inflamação e gerar o dedo em gatilho. - Clínica terá dor na polia A1, estalidos e bloqueio de mobilização ativa do dedo com dificuldade na extensão, o paciente dobra o dedo e o nódulo não consegue passar pelo espaço por isso o dedo fica dobrado. - Epidemiologia: comum em mulheres, pico 55 a 60 anos, causada por nódulos no tendão e alteração na polia. - Doenças associadas: diabetes melito, doença autoimune e doença de colágeno - Diagnostico: clínica e ultrassonografia (parte superior é a pele e a parte inferior é o osso, com a polia espessada com mais de 2 mm). - Tratamento conservador: anti-inflamatório, corticoide M ou quando não melhora faz infiltração, isso melhora de 70 a 90%, fisioterapia com laser diminuiu a inflamação. - Tratamento cirúrgico é a liberação da polia A1, faz um corte em cima da prega do dedo e abre longitudinalmente. Riscos é de lesão do nervo digital e arco de corda de A2 (fica na falange, ocorre perda da flexão). Adrieli Bertotti – TXXI - Complicações: passagem dos nervos digitais, lesão de A2 durante a cirurgia gerando um arco de corda que perde o movimento. TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE DE QUERVAIN - São 6 compartimentos extensores que são seis tuneis osteofibrosos que passam tendões para fazer o movimen- to, começam na parte radial do rádio vão para a parte dorsal do radio e depois para a face dorsal da ulna. Cada compartimento vai ter um tendão no meio: • 1 compartimento: abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar (macete: ALEC) • 2 compartimento: são os extensores do carpo curto e longo • 3 compartimento: extensor longo do polegar • 4 compartimento: extensor dos dedos e do indicador • 5 compartimento: extensor do dedo mínimo (transição do radio e da ulna) • 6 compartimento: extensor ulnar do carpo (região ulnar da ulna) - É uma proliferação fibroblastica com espassamento da bainha e degene- ração mixoide. - É uma DORT: doença orteomuscular relacionada ao trabalho. - Repetição ou tensão sobre os tendões: trauma crônico e sobrecarga. - Epidemiologia: mulheres pela condição hormonal, de 50 a 60 anos, membro dominante pelo esforço, em gestante tem uma hipervolemia isso gera a tenossinovite no túnel do carpo pelo aumento fisiológico, é autolimitada, depois que o bebe nasce vai diminuir. - Variação anatômica: tendões extranumerários (muitos tendões), septação (diminui o espaço e aumenta o atrito) e cistos sinoviais. - Clínica: dor na face radial do punho, piora ao esforço, insidioso e piora ao movimento do polegar (abdução e extensão com punho em desvio ulnar porque estica o tendão). - Exame físico: teste de Fikeinstein (patognomônico) - Exames de imagem: radiografia tem osteófito estiloide radial, se- quela de fratura e Dx rizartrose e ultrassonografia. Na imagem da pra ver um acumulo de liquido. Adrieli Bertotti – TXXI - Diagnostico diferencial: • Fratura estiloide radial • Fratura do escafoide • Pseudoartrose do escafoide • Rizartrose • Neurite do nervo • Síndrome da intersecção - Tratamento: AINE, fisioterapia, repouso com órtese (abdução para deixar o tendão em repouso) e a infiltração melhora em 50 a 80% dos casos, mas o corticoide pode prejudicar o tendão. - Tratamento cirúrgico: incisão da pele, abre o retináculo, identificação nervo sensitivo radial e liberação do retináculo. CISTO SINOVIAL - Tumor de partes moles mais comum (prova) - Conectado a tendão, bainha ou cápsula. - Epidemiologia: mulheres, de 20 a 40 anos, geralmente único e localizado no dorso do punho. - Etiologia: causa desconhecida, pode ser iniciado pelo processo de tenossi- novite que se distende a bainha e forma o cisto, artrose, trauma (10%) e sem relação com atividade laboral (não é DORT, não está relacionado ao trabalho). - Clínica: dor local (nem sempre é doloroso), perda da força, dificuldade de realizar atividades, estética e o nódulo de tamanho variável, consistência firma ou endurecida e homegêneo a transluminação (põe a luz no cisto e ele é homogêneo). - Diagnóstico: exame físico não é dolorosa a palpação a bolinha é bem delimitada, na radiografia vai estar normal ou com um cisto intraósseo, na ultrassonografia pode ser simples ou multiobulado e comunicação com cápsula arti- cular. - Tratamento conservador: observação nos casos assintomáti- cos, aspiração (não é mais indicada pelo risco de infecção co- mo a artrite séptica) ou infiltração de corticoide para alivio de período variável e recidiva de 70 %. - Tratamento cirúrgico: quando tem falha do tratamento conservador ou fazer na persistência dos sintomas, ressecção por abertura ou artroscópica (mais usada). Recidiva de 0-50% quando aberta e 0-30% quando artroscópica. Adrieli Bertotti – TXXI RIZARTROSE - Orteoartrose da base do polegar, na 1 articulação carpo- metacarpica com perda de função do polegar. - Mulher >45 anos na menopausa - No trapézio tem a projeção palmar, a base do 1 metacarpo é bicôncava e a articulação é de dupla sela com o ligamento obliquo anterior. - Evolução osteartrose (prova): sinovite -> erosão de cartilagem -> formação de osteofitos - > subluxação -> rigidez articular - Clínica: dor associada instabilidade, crepitação pela erosão de cartilagem, aumento de volume e deformidade em corcova. - A avaliação radiográfica: • A: articulação normal com um aumento • B: presença de erosão, o osso fica mais branco • C: presença de osteófito • D: alteração importante na articulação - Tratamento conservador: AINE, órtese, fisioterapia, infiltração de corticoide e ácido hialurônico porque ajuda a regenerar cartilagem (estágios mais iniciais). - Tratamento cirúrgico: em sintomas persistentes, as técnicas são variadas: • Reconstrução ligamentar • Artroscopia para ressecção • Osteotomia 1° metacarpo • Trapeziectomia • Artrodese - Caso clínicos para saber o diagnostico: (prova) 1) Paciente de 42 anos, diabética chegou no consultório com queixa de dor na palma da mão e um estalo no dedo: dedo em gatilho. 2) Paciente de 30 anos chegou no consultório dizendo que o punho está fora do lugar, doendo muito e quan- do mexe o polegar para dentro da mão (face lateral do rádio) e pro lado dói muito: tenossinovite de De Quervain 3) Paciente de 24 anos, há 2 meses lacerou o punho, agora quando ela mexe doi um pouco, mas ela não con- segue usar a pulseira que ela gosta, no exame da pra ver um nódulo mole, móvel, delimitado e na luz é trans- lucido: cisto sinovial 4) Paciente de 58 anos, chegou bem chorosa com muita dor na mão e disse que não consegue mais carpir (trabalhadora rural), sente muita dor no polegar e está deformado: rizartrose. Adrieli Bertotti – TXXI SÍNDROMES COMPRESSIVAS - O nervo é formado por três camadas: epineuro que envolve o nervo por completo, perineuro que envolve os fascículos e o endoneuro que envolve cada fibra do nervo. O principal vaso está no epineuro que é maior. - Os nervos tem os fascículos sensoriais que estão na periferia, isso que dizer que serão os primeiros afetados gerando sintomas como formigamento, os fascículos motores estão mais profundos, por isso serão os últimos a serem afetados. - Fisiopatologia • Compressão da microcirculação vascular, pode ser extrínseca (tumor, fáscia ou musculo que vai apertar o nervo) ou intrínseca (inflamação ou infecção do nervo). • Vai gerar um aumento de pressão intraneural • Extravasamentoproteico (exsudato) • Edema endoneural na fibra • Alteração da função do nervo (do sódio e potássio) • Hipóxia de longa duração e necrose (inicia na periferia e depois vai pro nervo). • A necrose gera uma síndrome compartimental - Testes sensitivos • Teste de Weber: discriminação estática de dois pontos • Discriminador de piris • Estesiometria: sensibilidade tátil, monofilamentos com espessuras diferentes. - Exames de imagem • Ultrassom: espessamento do nervo, parte superior é a pele e a inferior é mais profunda. • Ressonância magnética: sinal hiperintenso em T1 e T2 e excesso de fluido endoneural (exsudato). - Eletroneuromiografia: (exame diagnostico para síndrome compressiva) • Poe agulhas no musculo, põe uma onda e ela deve chegar ao outro local na agulha. • Velocidade de condução do nervo • Interferência na condutividade • Proximal para distal - Locais de compressão • Raízes cervicais • Cotovelo: ulnar, radial e mediano • Antebraço: radial e mediano • Punho: ulnar e mediano NERVO MEDIANO - Pode ser comprimido no cotovelo e no punho, no cotovelo tem duas compressões: • Síndrome do pronador: compressão do nervo inteiro (antes de se dividir) • Síndrome do interósseo anterior: compressão motora (já ocorreu a divisão) • Geralmente está associado a musculatura anômala antebraço Adrieli Bertotti – TXXI - Síndrome do pronador • Compressão alta • Dor no antebraço • Raramente dor noturna • Parestesia na região tenar • Tratamento conservador geralmente res- ponde bem, em casos mais graves é feito cirurgia. - Síndrome do nervo interósseo anterior • Ramo motor • Flexores profundos do 2° e 3° dedos • Flexor longo do polegar • Não realizam “O” (sinal de verdadei- ro/positivo) porque precisa do flexor longo do polegar e flexor profundo do indicador. Ao invés de fazer o sinal de positivo faz uma pinça. • Não tem parestesia • Tratamento cirúrgico SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO - Anatomia • Teto: ligamento transverso do carpo • Assoalho: ossos do carpo (trapézio e pisiforme) • Conteúdo do túnel do carpo (prova): nervo mediano, 4 tendões flexores superficiais, 4 tendões flexores profundos, tendão flexor longo do polegar (10 estru- turas, 9 são tendões e 1 nervo). • Síndrome compressiva mais frequente • Unilateral, mas pode ter bilateral em doenças metabólicas • Mão dominante • Mulheres (hormonal) • 40-60 anos • Sintomas noturnos (geralmente dorme com o punho fleti- do e durante a noite a circulação é menor). - Clínica • Dor • Parestesia (formigamento) • Diminuição sensibilidade: polegar, indicador, dedo médio e metade radial do dedo anular • Fraqueza muscular • Atrofia tenar/ hipertrofia tenar quando compara os dois Adrieli Bertotti – TXXI lados. - Exame físico (prova) • Teste de Phalen: flexão e cotovelo em 90 graus segurar por 60 segundos, paciente vai ter parestesia. • Teste de Durkan: compressão do punho e flete o punho (a partir de 30 segundos é positivo) • Teste de Tinel: percussão de distal para proxi- mal, se estiver edemaciado gera um choque no dedo • Sinal de Benediction: lesão do nervo interós- seo an- terior, os flexores profundos e o longo do po- legar vão estar enfraquecidos (casos mais graves). Obs: tendo um desses sinais já é indicativo de túnel do carpo, o correto é fazer os 4 testes. - Diagnóstico • Ultrassonografia: nervo mediano >10mm2 deve-se pensar em uma compressão, porque o nervo mediano tem 10 mm2. • Eletroneuromiografia: ✓ compressão leve ✓ compressão moderada ✓ compressão grave ✓ compressão acentuada - Tratamento conservador em casos iniciais, imobilização noturna por 3 meses, AINE, vitamina B e fisioterapia (ajuda no processo inflama- tório). - Tratamento cirúrgico • Compressão grave ou gravíssima • Sem resposta ao tratamento conservador até 3 meses porque depois disso já começa a te uma degeneração neural. • Aberta: acesso 3cm • Endoscópica: acesso 4mm e põe uma câmera (reabilitação precoce) NERVO ULNAR • Sensibilidade: 4° e 5° dedos e borda ulna da mão • Motor: musculatura intrínseca, flexor profundo e parte do quinto dedo. - Locais de compressão Adrieli Bertotti – TXXI • O nervo ulnar vem do cotovelo, é o ultimo nervo inferior do plexo braquial, desce pela face medi- al e passa atras do cotovelo (epicôndilo medial). • Cotovelo: túnel cubital • Punho: canal de Guyon (parestesia do ciclista) SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL • Túnel Cubital: entre epicôndilo medial e olécrano • Teto: ligamento/aponeurose de Osbourne, cada 45° flexão → tensão de 5mm • Quando a gente dobra o cotovelo temos um estiramento fisiológico porque o nervo fica solto, quando vai dobrando o cotovelo é travado pelo túnel. • O nervo ulnar faz a inervação da musculatura intrínseca que é a da mão. - Compressão no Túnel Cubital • Neurite ulnar do cotovelo, é a segunda mais frequente • Dormência e formigamento dedos ulnares, desconforto região medial do cotovelo • Hanseníase: espessamento do nervo ulnar - Exame físico • Atrofia da musculatura intrínseca (fica umas covi- nhas na mão) • Sinal de Duchenne: garra ulnar pela maior ação da musculatura flexora fazendo uma hiperextensão da metacarpofalângea e uma flexão da interfalan- giana. Obs: intrínseco plus e minus • Tem dois tipos de garra, a garra ulnar proximal (al- ta, menos lesão porque os outros nervos tentam compensar) e distal (maior lesão porque o nervo já se dividiu). • Sinal de Pitres-Testut: abdução de terceiro dedo • Sinal de Froment: teste do polegar, pega uma fo- lha do papel e puxar, o normal é segurar com o dedo reto, nesse caso ficou fletido (principal sinal de lesão do nervo ulnar). • Sinal de Wartenberg: abdução do quinto dedo, não fecha o dedo. - Tratamento conservador • 3 a 6 meses • Órtese em extensão parcial do cotovelo a noite para não fica fletido. • Evitar flexão prolongada do cotovelo Adrieli Bertotti – TXXI • AINE - Tratamento cirúrgico • Não melhora com conservador • Presença de déficit motor (maior lesão) • Descompressão local na cirurgia. • Transposição: tirar o nervo e colocar para frente, é mais indicado somente soltar o nervo. • Pior prognóstico: acima de 6 meses de evolução SÍNDROME DO CANAL DE GUYON • Compressão no punho, ocorre antes da divisão do nervo • Traumas agudos • Traumas de repetição • Paralisia do ciclista: a mão fica em flexão, o punho fica em extensão e os dedos ficam em flexão, essa posição faz uma compressão em cima do canal. - Clínica • Parestesia dos dedos mínimo e anular • Atrofia musculatura intrínseca (se for crônico) • Atitude em garra que é o sinal de Duchene • Sinal de Pitres-Testut • Teste de Fromment - Tratamento • Conservador: AINE, órtese, retirada de trauma de repetição (se for a bicicleta deve parar). • Cirúrgico: não resposta ao conservador e perda motora NERVO RADIAL - Locais de compressão • Braço: compressão intermuscular, paralisia do sábado a noite (acorda sem sentir o braço pela compressão, pode durar até 3 meses. • Cotovelo: síndrome do túnel radial e compressão na cabeça do rádio • Antebraço: nervo sensitivo e Síndorme de Wartenberg - Túnel radial • Terço proximal do antebraço • Divisão antes do musculo supinador • Nervo interósseo posterior • Nervo sensitivo radial - Síndrome do Nervo Interósseo Posterior (radial) • Dor • Compressão intermitente • Supinação • Diagnóstico diferencial: epicondilite lateral • Fraqueza muscular • Extensores dos dedos (mão caída) Adrieli Bertotti – TXXI - Tratamento • Conservador: repouso e AINE • Cirúrgico: paralisia e causa específica de compressão (aneu- risma, neoplasia). SÍNDROME DE WARTENBERG • Cheiralgia paresthetica • Compressão nervosensitivo radial • Pulseiras e relógios • Tecido celular subcutâneo • Emite ramos 5cm proximal ao estiloide radial • Sensibilidade dorso mão - Clínica • Sensação de choque • Dor • Parestesia em face radial da mão • Diagnóstico diferencial: tenossinovite de Dequervain - Tratamento • Conservador: não usar relógio ou pulseira, AINE, órtese • Cirúrgico: neuroma, não resposta, pior prognóstico. Adrieli Bertotti – TXXI LESÕES DO OMBRO NO ESPORTE E ARTROSE Dr. Alexandre Cesar Gobo -O manguito rotador é composto por 4 tendões: subescapular, infra- espinal, redondo menor e supraespinhal. - O principal ligamento é o glenoumeral inferior. - O manguito rotador recobre toda a cabeça do úmero. - O ombro tem três bursas que são focos de patologias: subacromial (o acrômio é o teto ósseo do ombro), subcoracoide e subdeltoideia. - O manguito faz a estabilização do ombro, elevação, rotação interna e contenção. 1 - Articulação glenoumeral é de natureza instável, com grande arco de movimen- to, mas baixa capacidade de contensão. - Tem uma desproporção entre a cabeça e a cavidade glenoidal. - Frouxidão das estruturas capsuloligamentares, isso tem interferência genética, como por exemplo na Síndrome de Ehlers-Danos conferindo uma maior predispo- sição para instabilidade. 2 - Estabilizadores estáticos: envolve ligamentos e capsulas que se alteram com exercícios, principal é a banda anterior do ligamento glenoumeral inferior (mais importante), tem outros como ligamento glenoumeral superior e para estabilização superior o tendão cabeça longa do bíceps. 3 - Estabilizadores dinâmicos: envolve tendões e músculos, os principais são os tendões do manguito rotador e o musculo deltoide. Por isso que em casos de frouxidão capsuloligamentar é importante fortalecer a musculatura e os tendões para ajudar a estabilizar e centrar a articulação. 4- Manguito Rotador: - Deltoide: tem estimulo de força e traz a cabeça do úmero para manipulação de 10 graus, tem importância na estabilização anterior, lateral e posterior. É o principal músculo para realizar a flexão do braço (levantar o braço) - Tendão subescapular: vem em direção ao tubérculo menor do úmero e tem a função de estabilizar a parte posterior do ombro. - Tendão da cabeça longa do bíceps: ajuda a fazer estabilização superior - Tendão supraespinhal: mais comum de patologias, estabilização no sentido transversal - Tendão infraespinhal: ajuda a evitar que ocorra luxação anteriormente. - Tendão redondo menor Adrieli Bertotti – TXXI Estilizadores estáticos - Arco coracoacromial: estabilidade anterossuperior - Fossa glenoideia: estabilidade posteroinferior - Labrum: faz uma volta de 360 graus, aumenta a superfície articular e provem estabi- lidade em todos os planos. - Ligamento glenoumeral superior (abdução), médio (rotação externa e abdução a 45 graus) e inferior (estabilidade anterior posterior e rotação externa) Estabilizadores dinâmicos - Deltoide: estabilidade inferior - Manguito rotador: são os 4 tendões - Tendão cabo longo do bíceps: ajuda a deprimir a cabeça do úmero em abdução - Musculatura periescapular: estabilização da escapula 5 - Plexo braquial: Nervo supraescapular, nervo musculocutâneo e nervo axilar (inerva o deltoide e redondo menor). Por exemplo se tiver uma luxação de ombro anterior que é a mais frequente pode lesionar esses nervos. EXAME FÍSICO - Inspeção estática: pode ter uma luxação do ombro - Inspeção dinâmica: arco de movimento, ativo e passivo. - Palpação (sensibilidade): palpar todo o trajeto da clavícula, acrômio, cabo longo do bíceps, subescapular, Bursa subdeltoide, deltoide, espinha da escapula. - Neurológico: Nível Motor Sensitivo Reflexo C5 Deltoide e bíceps parcial Deltoide lateral Bíceps C6 Bíceps, extensor radial longo do carpo (ERLC) e extensor radial curto do carpo (ERCC) Polegar Braquiorradial e bíceps C7 Tríceps, flexores do punho e extensores dos dedos Dedo médio Tríceps C8 Flexores dos dedos Borda ulnar e quinto dedo T1 Intrínsecos Lado medial e braço proximal - Amplitude de movimento: • EAA é elevação assistida, o paciente levanta os braços o máximo que conse- guir, até 150 graus é o correto. • Abdução: plano de 90 graus, é uma elevação anterior passiva (EAP) com esse movimento podemos avaliar se a capsula pode estar prejudicada vai ocor- rer um bloqueio e o paciente não consegue fazer a elevação de forma passiva. • Rotação lateral: braço para baixo e faz a rotação lateral ou eleva o braço a 90 graus. • Rotação interna ou medial: nível de vertebra torácica do processo espinhoso que o polegar pode chegar (mãos para trás das costas). Adrieli Bertotti – TXXI -Força muscular • Grau 0: ausência de contração muscular. • Grau 1: há contração muscular fraca sem capacidade de movimento articular • Grau 2: possibilidade de movimento articular eliminando a ação da gravidade • Grau 3: movimento articular possível contra a ação da gravidade • Grau 4: movimento articular possível contra resistência moderada aposta ao examinador • Grau 5: movimento articular possível contra forte resistência aposta pelo examinador LESÕES TRAUMÁTICAS 1- Luxação acromioclavicular - O acrômio está articulado com a ponta da clavícula por três ligamen- tos: ligamento acromioclavicular, ligamento conoide e trapezoide (que formam o ligamento coracoclavicular). - Subestimada (entorses), em 60% dos pacientes menores de 30 anos - Lesões associadas (glenoumeral) - 14% lesão SLAP (lesão de arremesso) e 4% lesão de manguito - Ligamento conoide e trapezoide (coracoclavicular) fazem estabilidade vertical e o ligamento acromioclavicular faz a estabilidade horizontal. - A articulação acromioclavicular é diartrodial, tem pouca mobilidade e grande torque. - Classificação da luxação: • Tipo I: lesão de entorse/distensão, tratamento conservador. • Tipo II: ruptura do ligamento, mas os principais estabilizado- res estão íntegros. • Tipo III: ruptura de todos podendo cursar com um grau de estabilidade horizontal. • Tipo IV: mais raro, a clavícula vai para posterior, sempre cirúr- gico. • Tipo V: ascensão acima de 100%, precisa de um raio x chapa única que veja os dois ombros e mede a distância entre a clavícula e o coracoide. • Tipo VI: lesão de tórax associada, a clavícula desloca-se inferi- ormente. - Tratamento • Lesão de tipo I e II o tratamento é conservador, tratar sintomas com AINE, RICE e FST, evitar esportes de contato e trabalho braçal, normalmente até 6 meses o problema se resolve. • Lesão do tipo III: controverso, estabilidade horizontal tem resultados bons, tem uma subclassificação em grau 3A que tem ascensão até 50% e estabilidade normal e o grau 3B tem ascensão maior que 50%, mas é instável (indicado cirurgia). • Lesão de IV, V e VI: cirúrgico, principal objetivo é redução anatômica da articulação, reparo (agudo) ou reconstrução (crônico) dos ligamentos coracoacromial, manter a estabilidade na fase inicial da cicatriza- ção, reparo do deltoide e fáscia trapezoidal e ressecção lateral da clavícula nas crônicas. • Importante: se for fazer cirurgia precisa reconstruir os ligamentos coracoacromiais Adrieli Bertotti – TXXI 2 - Luxação glenoumeral - Lesões associadas em 40% dos casos, sendo que no nervo axilar em 13%, manguito rotador em 20%-54%, em pacientes acima de 80 anos ocorre em 80% dos casos. - Manobras de redução: • Manobra de Hipocrates não é mais usada porque é bem agressiva • Tração ou contra-tração • Cadeira: não funciona muito, é demorada • Manobra de Kocher: tração do cotovelo de 90 graus e flexão (RE +ABD – ADU +RI) • Manobra de Stimson: deitado ventral, com musculo suspenso e o peso de 2 a 3 kg • Manobra de Milch: abduçãomais rotação externa sob tração • Rotação lateral • Spasso • Manobra de Eskimo • Manipulação escapular - Na pratica o paciente está com muita dor, primeiro faz uma radiografia para saber onde está a lesão, faz uma sedação rápida e coloca o ombro no lugar sem dor e com facilidade. - Radiografia Hill- Sachs: deformidade póstero lateral da cabeça do úmero - Tomografia para lesões ósseas: abdução e rotação externa joga a cabeça do úmero para frente - Tomografia com lesão Bone Loss: - Tratamento conservador: imobilização em rotação externa (difícil), pode ser rotação interna que fica mais fácil - Técnica cirúrgica: defeito da glenoide menor que 25% faz reparo Bankart artroscopico, 3 - Luxação esterno clavicular: - Menos comum de 1 a 3%, potencial de gravidade e deve ter atenção, está localizado próximo a grandes vasos - Cirurgia somente se tiver sintomas como dispneia e lesão de traqueia. - LESÕES MICROTRAUMATICAS (POR REPETIÇÃO) - Síndrome do impacto e GIRD - Lesão especifica de levantador de peso: faz uma osteose acromioclavicular (lesão na ponta da clavícula) - Sindrome do Impacto • Dor, rigidez, deformidades, fraqueza • Manobra de Neer: levanta o braço e doi • Teste de Supraespinhal e infraespinhal: força contra a resistência • Teste de Jobe testa o supraespinhal • Teste de subescapular • Radiografia: de acordo com o tipo de acrômio quanto mais pontudo mais tendencia ao impacto Adrieli Bertotti – TXXI • Ultrassonografia: sensibilidade > 90% e especificidade > 65%, ruim é lesão de <1 cm/parcial • Codmam em 1911 , no brasil em 1986 começou a ser estudado. • Elevação do braço: tubérculo maior, tendões e bursas, espaço subacromial... • Evolução: avaliar a morfologia do desfiladeiro, “overuse” do membro superior, envelhecimento biológico... • Tratamento conservador: idade, atividades, impacto e lesões de manguito rotador • Objetivos: analgesia (AINE, infiltração, gelo, corticoide) estabilizar e prevenir com fisioterapia • Fortalecimento muscular: sem dor, cinesioterapia, isométricos e contra resistência • Balanço das forças: modalidade esportiva, evitar contraturas, evitar fraqueza, fadiga muscular, mante o equilíbrio do manguito rotador, dieta adequada e não usar anabolizantes. - GIRD • Tratamento conservador: reestabelecer o arco de movimento, • Cirurgia - Artrose de ombro • Inflamação da articulação • Classificação modificada de Walch: de acordo com a perda da glenoide • Tratamento conservador: medicação, modificação de atividade, fisioterapia suave, gelo/calor, infiltrados • Artroscopia e artroplastia (prótese parcial, total ou reversa). Adrieli Bertotti – TXXI LESÕES DE MANGUITO ROTADOR Dr. Giovanni Di Giunta - Manguito: estabilização do ombro, elevação, rotação e contenção. - Arco coracoacromial: teto do ombro - Zona crítica (Codman): vascularização - Síndrome do impacto (Neer): morfologia, dependendo da inclinação prevalece um tipo de lesão - Biomecânica: - Etiologias • Extrínseco: morfolagia e impacto subacromial (Neer) • Intrínseco: inerente a vascularização, degenerativa (Codman) • Traumática: trauma direto que leva a lesão do maguito • Fatores de risco: idade (normalmente acima de 40 anos) e lado dominante, pico de incidência de 60 anos. - Como ocorre 1) Manguito que sobre um trauma ou overuse 2) Fica fraco e danificado 3) Inefetivo contra a força do deltoide 4) Instabilidade dinâmica superior 5) Impacto secundário - Clinica: com dor no ombro, as vezes irradiada para o cotovelo, impotência funcional (dificuldade de movimentar), arco doloroso (dor em todo o movimento, principalmente na elevação), piora noturna devido a baixa no cortisol de noite e quando deita o espaço entre o teto do manguito fica diminuído. - Testes especiais • Elevação anterior: mãos para cima no plano da escapula • Rotação interna: • Rotação externa • Teste de Neer: elevação passiva do ombro, paciente vai referir dor • Teste de Jobe: braço em 90 graus, polegar para o chão, faz o esforço contra a mão do medico • Teste de Patte: avalia os rotadores externos, musculo infraespinal e redondo menor. • Teste de Gerber: avalia os rotadores internos, musculo subescapular. - Exames de imagens: • Radiografia: necessário fazer a antiversão da escapula, anteroposterior e neutra (rotação interna e exter- na), de perfil vai avaliar morfologia do acrômio, incidência axilar (apoia o braço sobre a mesa). • Ultrassonografia: dinâmico, observa somente as imagens associada ao laudo • Ressonância nuclear magnética (padrão ouro): sagital e em T1, pega a região da escapula. Adrieli Bertotti – TXXI - Lesão parcial • Articular • Bursal • Intrasubstancial - Tratamento • Conservador: quando não tem uma ruptura completa, apenas lesões parciais ou inflamações. Por meio de anti-inflamatórios, analgésicos e fisioterapia que ajuda no fortalecimento. • Cirúrgico: tem a ruptura completa, exceto em pacientes acamados ou com doenças agravantes, pode ser uma cirurgia aberta ou artroscópica. O tendão é fixado por meio de ancoras e sutura o manguito rotador. A cirurgia aberta pode gerar inflamações pela exposição e a cirurgia artroscópica é melhor para visualizar e melhora no pós cirúrgico. O tempo para recuperação do tendão é de 6 semanas. - Artropatia do manguito rotador: ascendência da cabeça do úmero, manguito retraído, degeneração gordurosa do músculo subespinal, isso ocorre se deixar o manguito rotador lesionado por vários anos. Adrieli Bertotti – TXXI PATOLOGIAS DO QUADRIL DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Doença de Legg Calvé Perthes (DLCP) - Necrose isquêmica do núcleo secundário de ossificação ... - Episódio de isquemia é único e fugaz - Após episódio de isquemia, instala-se imediatamente o processo de reparo - A cura sempre ocorre, podendo ou não deixar sequelas - Epidemiologia: 4 a 8 anos, pico nos 6 anos, meninos 4/1, brancos, lado esquerdo, bilateral de 10 – 20% (pode ser assimétrico), baixa renda - 4 fases • 1: necrose / isquemia • 2: fragmentação / reparação (mais importante porque aqui o osso perde resistência, achata, deforme e você fica com uma articulação incongruente • 3: reossificação • 4: residual (fase de sequela), cabeça magna: processo irritativo provoca sobrecrescimento do trocânter e da cabeça do colo curto - Quadro clínico: dor, claudicação, quadro mais arrastados, passa de 10 dias - Exame físico: atrofia quadríceps e glúteos, contratura em adução, redução global dos movimentos - Diagnóstico por imagem: • Primeiro exame a alterar: RNM • Primeiro exame solicitado: radiografia • Cintilografia: hiper fluxo na fase inflamatória - Opções de tratamento: • 60% dos casos o tratamento não modifica a história natural da doença • Conservador: fisioterapia (maioria das vezes) • Gesso / órteses • Cirurgias: osteotomias fêmur proximal e ou pelve (quando tem deformidades muito grosseiras) • Objetivos: - Fatores de mau prognóstico: • Idade > 6 anos • Meninas • Envolvimento de > 50% (classificação de caterral) • Fator de risco: desenvolver artrose na idade adulta Epifisiólise do fêmur proximal - Adolescentes - Escorregamento epifisário - Coxa vara do adolescente - Alteração da relação anatômica entre a cabeça e o colo femoral “(como se fosse uma fratura da cabeça com o colo, um escorregamento)” Adrieli Bertotti – TXXI - Enfermidade mais comum no quadril do adolescente - Evolução gradual, semanas a meses - Epidemiologia: afrodescendente, masculino (13-15 anos), feminino (11-13), <10 anos >16: pesquisar disfunção endócrina, masc > feminino, bilateralidade chega a 85% (enquanto não fecha a cartilagem, não terminou de crescer, tem chance de acontecer no outro lado também) - Há relação com atraso na maturidade esquelética, aumento do peso ou estatura em relação
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