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CadernetaAnestesiologia CLASSIFICAÇÃO DO PACIENTE COM BASE NO ESTADO FÍSICO ASA I – Paciente saudável que não apresenta anormalidade. Mostra pouca ou nenhuma ansiedade, sendo capaz de tolerar muito bem o estresse ao tratamento dental, com risco mínimo de complicações. ASA II – Paciente portador de doença sistêmica moderada, maior grau de ansiedade ao tratamento odontológico. ex : Obesidade moderada, Primeiros dois trimestres da gestação; Desordens convulsivas com medicação… ASA III – Paciente portador de doença sistêmica severa, exige algumas modificações no plano de tratamento. ex : Último trimestre da gestação, Pacientes sob quimioterapia, Infarto do miocárdio, ocorrido há mais de seis meses, mas ainda com sintomas, como dor no peito ou falta de ar… ASA IV – Paciente acometido de doença sistêmica severa, sob constante risco de morte. Quando houver indicação inequívoca de uma pulpectomia ou exodontia, a intervenção deve ser efetuada em ambiente hospitalar) ex : Pacientes com dor no peito ou falta de ar enquanto sentados, sem atividade; Incapazes de andar ou subir escadas… ASA V – Paciente em fase terminal, os procedimentos odontológicos eletivos estão contraindicados e as urgências odontológicas podem receber tratamento paliativo, como no caso de dor. ASA VI – Pacientes com morte cerebral declarada, cujos órgãos serão removidos com propósito de doação. Não se aplica à clínica odontológica. Os anestésicos locais (AL) são agentes que causam redução da sensibilidade, através do bloqueio reversível da condução nervosa, quando aplicados a uma região circunscrita do corpo, sem perda da consciência. Após sua remoção, há retorno completo e espontâneo da transmissão Lidocaína anestésico padrão, concentrações de 2%, associada geralmente à epinefrina, norepinefrina, fenilefrina ou sem vasoconstrictor. Possui ação vasodilatadora, não há indicação de lidocaína 2% sem vasoconstritor. Início da ação de 2 a 3 minutos. Quando associada a vasoconstritor, proporciona em torno de 60 minutos de anestesia pulpar e até 180 minutos em tecidos moles. Tempo de meia vida=1,6 h Prilocaína potência pouco menor que da lidocaína e um início de ação por volta de 2 a 4 minutos. Duração de 60 min (pulpar) e 180 min (tec moles). Concentração 3% ou 4% e possui menor atividade vasodilatadora.(É contra indicada em gestantes.) Tempo de meia vida=1,6 h Mepivacaína anestésico de duração intermediária. Apresenta potência e toxicidade maior que a lidocaína, tendo o seu início da ação por volta de 1 ½ a 2 minutos. Duração de 60 min (pulpar) e 2 a 4 h (tec moles). concentração 2% (com vasoconstritor) e de 3% (sem vasoconstritor). Produz pouca ação vasodilatadora, então consegue ter um tempo maior de anestesia do que os outros anestésicos sem o uso do vasoconstrictor meia vida=1,9 h. Articaína Início rápido de ação (1-3 minutos). Potência 1,5 maior que lidocaína. Toxicidade semelhante à lidocaína. Duração média de 180 min (pulpar). Apesar de ser do grupo amida, é eliminada rapidamente pelos rins. Por isso, é adequada para idosos e pacientes com disfunção hepática ou renal. Tempo de meia vida menor= 1 h Concentração ideal: 4% Bupivacaína A potência do cloridrato de bupivacaína é 5 vezes maior que a da lidocaína e a toxicidade absoluta é 4 vezes maior que a da lidocaína, mas devido à sua concentração mais baixa, a toxicidade relativa é menor. Pode durar de 4 a 9 horas. Metabolizado no fígado e excretado (eliminado) pelos rins. Meia-vida = 2,7 horas. Estudos sobre sua toxicidade demonstraram que são causadas por uma overdose (superdosagem) de anestésicos ou injeção acidental no vaso sanguíneo, e essas reações não são diferentes das de outros anestésicos locais. Não é recomendada para menores de 12 anos pelo risco de mordedura de lábios e língua, gestantes, idosos, hepatopatas, nefropatas. É mais útil para controle da dor pós-operatória apenas nas primeiras horas pois parece aumentar as concentrações de PGE2 24 h após procedimento, no local da aplicação, aumentando a intensidade da dor. Benzocaína Único anestésico do grupo éster disponível no Brasil. concentração 20% promove anestesia da mucosa superficial após 2 minutos. Diminuindo a dor à punção da agulha. Embora as reações alérgicas a anestésicos locais sejam raras, sua maior incidência é com o uso de ésteres. Por isso, não é muito utilizada. Epinefrina É o vasoconstritor mais utilizado no mundo. É o mais usado em pacientes, incluindo crianças, gestantes e idosos. (aumento da força e frequência cardíacas). Pode provocar também dilatação das artérias coronárias e grandes vaso. Em pacientes com doenças cardiovasculares a dosagem de epinefrina deve ser reduzida , aumentando o fluxo sanguíneo para o miocárdio. Dose máxima segura Pacientes saudáveis: 0,2 mg por sessão (equivale a 11 tubetes de 1,8 ml à concentração de 1:100000 • Pacientes com doença cardíaca (ASA III ou ASA IV): 0,04 mg (equivale a 2 tubetes à concentração de Pode elevar a glicemia. Evitar em pacientes diabéticos descompensados NOREPINEFRINA Atua em receptores alfa e beta, com predomínio em receptores alfa (90%). Elevação de pressão arterial, necrose e descamação tecidual. Em função disso, seu uso em Odontologia está sendo abolido. CORBADRINA OU LEVONORDEFRINA Atua estimulando diretamente receptores alfa (75%) e beta (25%). Possui menor atividade vasopressora e não apresenta nenhuma vantagem sobre a epinefrina. Dose máxima: 1 mg por consulta para qualquer paciente (11 tubetes) FENILEFRINA Vasoconstritor sintético. É um alfa estimulador, com pequena atividade em receptores beta. Na concentração empregada, promove vasoconstrição prolongada. Os efeitos adversos, quando na sobredosagem, também são mais duradouros. Não apresenta vantagem sobre epinefrina. Dose máxima: 4 mg por consulta para pacientes saudáveis (5,5 tubetes) e de 1,6 mg para pacientes ASA III e ASA IV (2 tubetes) FELIPRESSINA (OCTAPRESSINA) Vasoconstritor sintético análogo da vasopressina (ADH). Por sua semelhança com a ocitocina, pode induzir contrações uterinas, sendo contra indicada para grávidas. Não possui efeitos sobre o miocárdio e influencia pouco a pressão arterial. Presente em soluções em que o sal anestésico é a Prilocaína. Dose máxima: 0,27 UI por consulta para pacientes ASA III e ASA IV (5 tubetes). Em pacientes saudáveis, a dose máxima é maior. FÓRMULAS LIDOCAÍNA 2% 20 mg/ml - Em 1 tubete há 1,8 ml 20 mg x 1,8 = 36 mg DOSE MÁXIMA: 4,4 MG/KG Peso do paciente x 4,4 = resultado (dividir) 36 = dose de tubetes PRILOCAÍNA 3% 30 mg x 1,8 = 54 mg DOSE MÁXIMA: 6 MG/KG Peso do paciente x 6 = resultado (dividir) 54 = dose de tubetes MEPIVACAÍNA 2% 20 mg x 1,8 = 36 mg DOSE MÁXIMA: 4,4 MG/KG Peso do paciente x 6 = resultado (dividir) 54 = dose de tubetes ARTICAÍNA 4% 40 mg x 1,8 = 72 mg DOSE MÁXIMA: 7 MG/KG Peso do paciente x 7= resultado (dividir) 72 = dose de tubetes BUPIVACAÍNA 0,5% 5 mg x 1,8 = 9 mg DOSE MÁXIMA: 1,3 MG/KG Peso do paciente x 1,3 = resultado (dividir) 9 = dose de tubetes Vasoconstritores ● Todos os anestésicos locais possuem ação vasodilatadora, que promove sua rápida absorção para a corrente sanguínea, limitando o tempo de duração da anestesia e aumentando o risco de toxicidade ● com o sal anestésico permaneça por mais tempo no local da injeção, em contato com as fibras nervosas, prolonga a duração da anestesia, reduz o risco de toxicidade e ainda produz hemostasia, pela redução do calibre dos vasos, reduzindo o sangramento em procedimentos cirúrgicos AMINAS SIMPATICOMIMÉTICA • EPINEFRINA (ADRENALINA) • NOREPINEFRINA (NORADRENALINA) • CORBADRINA (LEVONORDEFRINA) • FENILEFRINA = ATUAM COMO AGONISTAS DE RECEPTORES ALFA E BETA ADRENÉRGICOS. A AÇÃO VASOCONSTRITORA É EXERCIDA PELA INTERAÇÃO COM RECEPTORES ALFA 1 FELIPRESSINA= ANÁLOGO SINTÉTICO DA VASOPRESSINA (ADH). PROVOCA VASOCONSTRIÇÃO POR SUA AÇÃO EM RECEPTORES V1 DA VASOPRESSINA, COM MAIS EFEITO NA MICROCIRCULAÇÃO VENOSA DO QUE NA ARTERIOLAR. POR ISSO TEM MENOR EFEITO SOBRE A HEMOSTASIA CRITÉRIOS DE ESCOLHA DA SOLUÇÃO ANESTÉSICA ● Procedimentosde curta e média duração que demandem anestesia pulpar > 30 minutos • Lidocaína 2% com epinefrina 1:100000 • Mepivacaína 2% com epinefrina 1:100000 • Articaína 4% com epinefrina 1:100000 • Prilocaína 3% com felipressina 0,03UI/ml ● Procedimentos mais invasivos ou de maior tempo de duração (tratamento endodôntico, exodontias, implantes, enxertos, etc) • Lidocaína 2% com epinefrina 1:100000 • Articaína 4% com epinefrina 1:100000 ou 1:200000 • Bupivacaína 0,5% com epinefrina 1:200000 ● Procedimentos de curta e média duração que demandem anestesia pulpar de até 30 minutos • Mepivacaína 3% sem vasoconstritor • Promove anestesia pulpar de 20 a 40 minutos. ● Procedimentos que demandem anestesia pulpar com duração > 30 minutos • Prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/ml Situações especiais: • Pacientes com problemas cardíacos e hipertensão controladas: Utilizar no máximo 2 tubetes de Lidocaína com epinefrina ou Mepivacaína com epinefrina (1:100000) ou 4 tubetes com epinefrina 1:200000, ou Prilocaína com felipressina (influencia menos na PA). • Casos de hipertensão severa (PAS > 180 mmHg): não tratar no consultório, encaminhar para atendimento hospitalar. • Se houver contra indicação absoluta ao uso de vasoconstritores (situação rara), usar Mepivacaína 3% sem vasoconstritor. • GESTANTES: Preferência para Lidocaína 2% com epinefrina 1:100000, no máximo 2 tubetes. Evitar Prilocaína e Mepivacaína (risco de metahemoglobina) e felipressina (induz contrações uterinas). • DIABÉTICOS: Dar preferência para Prilocaína 3% + felipressina. Evitar o vasoconstritor epinefrina pelo risco de aumento da glicemia, principalmente na doença descompensada. • IDOSOS E PACIENTES COM DISFUNÇÃO RENAL OU HEPÁTICA: A articaína é também metabolizada por colinesterases plasmáticas gerando metabólitos inativos e inertes, eliminados pelos rins. É o anestésico ideal para esses pacientes. • CRIANÇAS: Preferência por Lidocaína 2% com epinefrina 1:100000. O maior cuidado deve ser em relação à dose, para não provocar sobre dosagem, em função do peso corporal. Posição do C.D Área de Inervação do Trigêmeo (V) Nervo Maxilar (V/2) Ramos Alveolares Superiores Posteriores penetram nas foraminas alveolares e alcançam os dentes. Conduzem fibras sensitivas dos molares superiores (exceto raiz mesial do 1 molar), periodonto, gengiva vestibular e tecido ósseo de molares. ● Ramos Alveolares Superiores Médios ( Nervo infraorbital) Estão presentes em 60% dos indivíduos. Conduzem sensibilidade da raiz mesiovestibular do primeiro molar superior, pré molares, periodonto, gengiva vestibular e osso maxilar dessa área, parte da mucosa do seio maxilar. ● Nervo alveolar superior anterior ● Ramos alveolares superiores anteriores ● ( Nervo infraorbital) Conduzem sensibilidade dos caninos e incisivos superiores, periodonto, gengiva vestibular e osso maxilar dessa área, parte da mucosa do seio maxilar. ● Nervo Pterigopalatino ● Nervo Palatino ● Nervo Palatino Maior Pode ser bloqueado em todo o seu trajeto sob a mucosa palatina. ● Nervo Esfenopalatino ● Nervo Nasopalatino Pode ser bloqueado ao emergir do forame incisivo. Como ponto de referência, observar a papila incisiva, que recobre o forame de mesmo nome Nervo Mandibular (V/3) Nervo Auriculotemporal Provê sensibilidade da região temporal, pavilhão da orelha, ATM, membrana tímpano e glândula parótida Nervo Bucal Inerva o músculo bucinador, mucosa e pele da comissura labial, mucosa da bochecha e tecido mole vestibular da região molar inferior Nervo Alveolar Inferior Inerva dentes mandibulares até a linha média, corpo da mandíbula, mucosa vestibular anterior ao forame mentual. Nervo Mentual Emerge da mandíbula pelo forame mentual e se distribui na gengiva, mucosa e pele da região do lábio inferior e mento, mucosa do lábio inferior, até a gengiva inserida de pré molares e incisivos. Ramos Incisivos Sensibilidade geral da polpa e ligamento periodontal de incisivos e caninos inferiores, gengiva vestibular e osso esponjoso. Nervo Lingual TÉCNICAS ANESTÉSICAS ANESTESIA TERMINAL / PROFUNDAS INFILTRATIVAS O anestésico será infiltrado estritamente na área em que será realizado o procedimento, bloqueando os nervos terminais. De forma geral, podem ser realizadas na maxila e na mandíbula. Visa depositar o anestésico diretamente na polpa dentária. Indicada como complementar durante procedimentos endodônticos, principalmente biopulpectomias •INTRAPULPAR •INTRA ÓSSEA •INTRA SEPTAL •INTRA LIGAMENTAR •SUPRA PERIÓSTEA TÉCNICAS Usar agulha curta 27 G . inserir na polpa, de preferência dentro dos canais radiculares. Inserida longitudinalmente através do sulco gengival e ligamento periodontal. Injetar pequeno volume de anestésico, sob pressão. Bisel voltado para a raiz. Injetar sob baixa pressão pequena quantidade do anestésico, lentamente. Secar a mucosa. Aplicar, aguarda 2-3 minutos antes de fazer a injeção. OBJETVIVO: insensibilização das mucosas ou tecidos custaneos, para evitar a sensação dolorosa na hora da penetração da agulha. É dominada anestesia tópica Causadas por refrigeração, pulverização e fricção. (friccionar com pomada a área com um chumaço de algodão. Ex: na mucosa antes da penetração da agulha. OBS: Nessa técnica, pode ser necessário promover uma dobra na agulha para facilitar o acesso à câmara pulpar e canais radiculares. Apesar de reduzir a resistência da agulha e aumentar o risco de fraturas, nessa técnica isso não representa grande problema já que a injeção é diretamente no dente, sem penetração em tecidos moles. SUPRAPERIÓSTEAL Consiste em se puncionar a mucosa fazendo com que a ponta da agulha penetre até a região submucosa, junto ao periósteo, mas sem atingi-lo ou penetrá-lo. SUPRAPERIÓSTEAL / LOCAL Para anestesia de qualquer dente maxilar; Ponto de punção: fundo de saco adjacente ao elemento Região anestesiada: mucosa vestibular e elemento em questão Inserção da agulha curta e paralela ao longo eixo do dente, ate que sua ponta esteja próxima ao ápice do elemento. Bisel voltado para o osso. Deposito da solução: próximo ao ápice do elemento. Quantidade de 0,6 – 0,9 ml É a técnica mais usada na maxila, para anestesiar dentes superiores. pouco traumática, com altos índices de sucesso. Deve ser realizada utilizando agulha curta, calibre 25 ou 27 G. Introduzir a agulha no fundo do saco do vestíbulo do dente, a poucos milímetros de profundidade, o suficiente para que a ponta da A agulha fique ao nível do ápice do dente. Sempre realizar refluxo antes da injeção. A injeção supraperióstea (ou paraperióstea) é indicada para tratamentos limitados a áreas circunscritas, envolvendo poucos dentes (1-2) e tecidos moles adjacentes. Deve ser usada em áreas limitadas, em procedimentos de pequeno porte e como técnica complementar a outras técnicas. É mais eficaz na maxila do que na mandíbula, que possui osso mais compacto. Está contra indicada em casos de infecção ou inflamação na área da injeção. VOLUME RECOMENDADO DE ANESTÉSICO = 0,06 ANESTESIAS POR BLOQUEIO REGIONAL O anestésico é depositado próximo ao tronco nervoso principal, geralmente distante do local da intervenção operatória. Indicado quando se deseja anestesiar mais de dois dentes na mesma hemiarcada. indicada em casos de inflamações e infecções que contra indicam a técnica infiltrativa supraperióstea ou quando se deseja anestesiar áreas de osso muito compacto, como na mandíbula. Bloqueio do nervo Alveolar Superior Posterior O bloqueio do nervo ASP é eficaz para anestesiar polpas de terceiro, segundo e primeiro molar, além de tecido vestibular. Como a raiz mesiovestibular do primeiro molar é inervada pelo alveolar superior médio, torna-se então necessária uma segunda injeção supraperiosteal para que ela seja anestesiada mais efetivamente. Inserir a agulha no fundo do saco vestibular, na altura da raiz disto vestibular do segundo molar, em ângulo de 45 graus com linha média e com o plano oclusal. Esta técnica também é denominada como bloqueio da tuberosidade baixa. TÉCNICA O CD devese posicionar na posição 10 h (para bloqueio do NAS esquerdo) e na posição 8 h (para bloqueio do NAS direito). agulha curta de calibre 27 •O paciente deverá estar posicionado de forma a que o plano oclusal da arcada superior forme um ângulo de 45° com o solo. Secar a mucosa com gaze estéril e aplicar anestésico tópico. Área de introdução da agulha é a prega muco-vestibular acima do segundo molar superior. Bisel da agulha voltado para a superfície óssea. • Tensionar os tecidos no local da injeção. Áreas anestesiadas: molares superiores, com exceção da raiz mesiovestibular do primeiro molar; também são anestesiados o tecido periodontal, o osso, o periósteo, o tecido conjuntivo e a membrana mucosa vestibular adjacente a região. VOLUME RECOMENDADO DE ANESTÉSICO = 0,9 – 1,8 Bloqueio do nervo Alveolar Superior Médio Indicado principalmente quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produzir anestesia pulpar distal ao canino superior. O bloqueio pode ser feito na parede da maxila, acima do ápice do 2 pré molar, semelhante a uma anestesia supraperióstea. Este tipo de anestesia tem uma utilidade clínica limitada, pelo fato de o nervo alveolar superior médio estar presente em média em 60-72% da população. Técnica •Posição do operador: 10 h (para anestesia lado direito) e 8-9 h (para anestesia lado esquerdo) • agulha curta de calibre 27. •Secar a mucosa com gaze estéril e aplicar anestésico tópico. •Bisel da agulha voltado para a superfície óssea. •Introduzir a agulha até que a mesma alcance o ápice segundo pré-molar superior (semelhante a uma anestesia supra perióstea). •Injetar o anestésico lentamente (após refluxo ou aspiração) na quantidade de aproximadamente 0,9 a 1,2ml de solução anestésica. • Retirar a agulha cuidadosamente. Aguardar 3 -5 minutos. Áreas anestesiadas: primeiro e segundo pré- molares, raiz mesiovestibular do primeiro molar superior, tecidos periodontais, osso, periósteo e mucosa vestibular adjacente à região anestesiada. VOLUME RECOMENDADO DE ANESTÉSICO =0,9 – 1,2 Bloqueio do nervo Alveolar Superior Anterior Esse tipo de anestesia tem uma utilidade clínica para procedimentos que envolvem dentes anteriores maxilares (incisivo central, incisivo lateral e canino). Esse nervo também pode ser anestesiado na técnica do bloqueio do nervo infraorbitário. Técnica Posição do operador: 10 h (para anestesia lado direito e esquerdo) agulha curta de calibre 27. Área de punção da agulha na prega muco-jugal acima do canino superior. Secar a mucosa com gaze estéril e aplicar anestésico tópico. Bisel da agulha voltado para a superfície óssea. Introduzir a agulha até que alcance uma posição acima do ápice do canino superior. Injetar o anestesico lentamente (após refluxo ou aspiração) na quantidade de aproximadamente 0,9 a 1,2ml de solução anestésica. ▪Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico. Áreas anestesiadas: Incisivo central, incisivo lateral e canino, maxilar, tecidos periodontais, osso, periósteo, mucosa vestibular adjacente à região anestesiada e lábio superior. Podem ser bloqueados infiltrando-se lateralmente à abertura piriforme, na altura do ápice do canino, além da possibilidade de anestesia supraperióstea da região. OBS: As fibras desse ramo podem cruzar o plano mediano, então deve-se anestesiar também o lado oposto, para anestesiar o incisivo central. VOLUME RECOMENDADO DE ANESTÉSICO =0,9 – 1,2 Bloqueio do Nervo Infraorbitário O nervo infraorbitário é o ramo terminal do nervo maxilar, que caminha em direção à face, depois de percorrer o canal infraorbital, de onde saem seus ramos alveolares médio e anterior. O nervo infraorbitário emerge pelo forame de mesmo nome e divide-se em ramos palpebral inferior, nasal lateral e labial superior. Para que ocorra o bloqueio de todos os ramos mencionados é necessário que a solução anestésica seja depositada na entrada do forame infraorbital e caminhe para o seu interior, anestesiando desta forma os ramos alveolar superior anterior e médio. Técnica •Profissional na posição 10 h. Paciente colocado na cadeira de forma a que seu plano oclusal forme 45° com o plano horizontal (solo). Localizar o forame infraorbital. O paciente deve estar olhando para frente, palpar a região do rebordo infraorbital. Uma linha reta imaginária é traçada verticalmente, passando pelo centro pupilar, forame infraorbital, pré-molares e forame mentoniano. Quando o rebordo infraorbital é palpado pode-se observar uma saliência, que corresponde a sutura maxilozigomática; deslizando o indicador aproximadamente 1 cm para baixo, comprimindo suavemente os tecidos, observaremos uma depressão rasa, onde está localizado o forame infraorbital. agulha longa calibre 27 Introduz-se a agulha na prega muco-vestibular, de preferência, no primeiro pré-molar superior, com bisel da agulha voltado para o osso. - Introduz-se a agulha na prega muco-vestibular, de preferência, no primeiro pré-molar superior, com bisel da agulha voltado para o osso. Avance a agulha lentamente até que toque suavemente o osso, sendo o ponto de contato a borda superior do forame infra-orbital e a profundidade de penetração da agulha de aproximadamente 16 mm (metade da agulha longa). A agulha deverá ser mantida paralela ao longo eixo do dente enquanto é avançada para evitar contato prematuro com o osso. Caso ocorra tal problema, deve-se recuar a agulha e introduzi- la na direção correta. Injetar o anestésico lentamente (realizando refluxo ou aspiração) na quantidade de aproximadamente 0,9 a 1,2ml de solução anestésica. Retirar a agulha cuidadosamente. Manter pressão firme com o dedo sobre o local da injeção de forma a aumentar a difusão da solução anestésica para o forame infra-orbital, por 1 a 2 minutos Aguardar 3 a 5 minutos VOLUME RECOMENDADO DE ANESTÉSICO =0,9 – 1,2 Bloqueio do Nervo Palatino Maior As injeções na região palatina são procedimentos traumáticos para muitos pacientes. A anestesia tópica eficaz é o primeiro passo para uma técnica indolor, e deve ser realizada de forma a que o anestésico tópico permaneça em contato com a mucosa por no mínimo 2 minutos. Outra manobra é a utilização da compressão local antes, durante e depois da injeção da solução anestésica, que pode ser obtida com a utilização de cotonete. O cotonete deve ser pressionado firmemente, o suficiente para produzir uma leve isquemia dos tecidos palatinos. Deve-se injetar pequena quantidade de solução anestésica (0,45-0,6 ml), de forma lenta. Técnica -O operador deve se posicionar na posição 7- 8 h (para bloqueio do lado direito) e na posição 11 h (para bloqueio do lado esquerdo). agulha curta calibre 27. Secar a mucosa palatina e aplicar anestésico tópico. Ponto de reparo: forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e osso palatino. Posicionar a agulha de forma a que faça um ângulo reto com a região palatina, para isto é importante que o corpo da seringa esteja direcionado do lado oposto ao que será anestesiado. Introduzir a agulha lentamente na profundidade média de 4mm. Bisel orientado em direção aos tecidos palatinos. -Injeta-se a solução lentamente na quantidade 0,45 a 0,6 ml de anestésico. Retirar a agulha cuidadosamente. Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico. Áreas anestesiadas: porção posterior do palato duro e tecidos moles sobrejacentes, limitando-se anteriormente a área do primeiro pré-molar e medialmente pela linha média. Indicado para procedimentos cirúrgicos, periodontais ou que necessitem manipulação palatina, como colocação de grampos para isolamento absoluto, adaptação de matriz subgengival, etc. o forame palatino maior fica localizado entre os segundos e terceiros molares superiores, aproximadamente a 1cm da margem gengival palatina, no sentido da linha média. O paciente deve abrir bem a boca. OBS: Nos casos em que se necessita manipular tecido palatino em área bem restrita (instalação de grampos ou matrizes subgengivais), pode ser realizado um bloqueio anestésico do nervo apenas na área a ser manipulada, injetando a solução a aproximadamente 5-10 mm da borda gengival palatinado dente em questão. VOLUME RECOMENDADO DE ANESTÉSICO =0,45 – 0,6 Bloqueio do Nervo Nasopalatino Pode ser bloqueado ao emergir do forame incisivo. Como ponto de referência, observar a papila incisiva, que recobre o forame de mesmo nome. Esta técnica está indicada quando da necessidade de manipulação dos tecidos palatinos da região anterior maxilar durante tratamentos odontológicos, como nas exodontias, restaurações subgengivais, inserção de matriz subgengival, grampos, etc. Técnica (injeção única no palato duro) Posição do operador: 9-10 h. agulha curta de calibre 27. Posicionar o paciente de forma a que fique com a boca bem aberta e a cabeça ligeiramente inclinada para uma melhor visualização da papila incisiva. Secar a mucosa palatina e aplicar anestésico tópico. Introduzir a agulha lateralmente à papila incisiva, em um ângulo de aproximadamente 45° Penetrar a agulha na profundidade de aproximadamente 5mm. Injetar lentamente uma pequena quantidade de solução anestésica (0,3-0,4 ml) Retirar a agulha cuidadosamente. Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico. OBS: Nos casos em que se necessita manipular tecido palatino em área bem restrita (instalação de grampos ou matrizes subgengivais), pode ser realizado um bloqueio anestésico do nervo apenas na área a ser manipulada, injetando a solução a aproximadamente 5 -10 mm da borda gengival palatina do dente em questão. VOLUME RECOMENDADO DE ANESTÉSICO = MAXIMO DE 0,45 ANESTESIA TRONCULAR: BLOQUEIO DO NERVO MAXILAR É um método eficaz para se obter anestesia profunda de todo hemi maxila. Indicada em procedimentos que envolvam a manipulação de todo o quadrante maxilar, cirurgias extensas, quando uma infecção ou inflamação impeçam a realização de um bloqueio nos ramos terminais maxilares ou como auxílio diagnóstico de neuralgia do trigêmeo. Pode ser realizada por via intraoral ou extra oral. Técnica da tuberosidade alta (intraoral) Recomenda-se usar agulha 25 ou 27 G longa Área da punctura da agulha na prega muco vestibular acima da face distal do segundo molar superior, sendo alvo o nervo maxilar no ponto em que ele atravessa a fossa pterigopalatino. Bisel da agulha voltado para o osso Tensionar os tecidos, secar a mucosa, aplicar anestésico tópico Introduzir a agulha, avançando para cima, para dentro e para trás, com um ângulo de 45 graus com o plano oclusal A profundidade de penetração da agulha é de aproximadamente 28 mm (sem resistência à penetração) Injetar o anestésico lentamente, realizando sempre o refluxo, em torno de 1,5 a 1,8 ml do tubete. Retirar a agulha com cuidado e aguardar entre 3 a 5 minutos. TÉCNICAS ANESTÉSICAS MANDIBULARES O bloqueio anestésico da mandíbula apresenta taxas de sucesso mais baixas que as técnicas da maxila, em função da maior densidade da lâmina óssea vestibular, que dificulta a injeção supra perióstea, grande variação anatômica entre os pacientes, acesso mais difícil ao nervo alveolar inferior. TECNICAS • Bloqueio do nervo alveolar inferior • Bloqueio do nervo lingual • Bloqueio do nervo bucal • Bloqueio do nervo mentoniano e incisivos • Bloqueio do nervo mandibular (Técnica de Gow Gates) • Bloqueio do nervo mandibular com a boca fechada (Técnica de Vazirani-Akinosi) BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR Também chamado de técnica anestésica Pterigomandibular, é a segunda técnica mais usada em Odontologia. Técnica direta de bloqueio do nervo alveolar inferior: serão anestesiados o nervo alveolar inferior e o nervo lingual. agulha longa, calibre 25 ou 27 G O profissional deve estar posicionado em posição 8 h para anestesia do nervo alveolar inferior direito, e na posição 10 h para anestesia do nervo alveolar inferior esquerdo. Pontos de reparo anatômico: incisura coronóide (maior concavidade da borda anterior do ramo), rafe pterigomandibular, e plano oclusal dos dentes posteriores mandibulares Técnica direta de bloqueio do nervo alveolar inferior: serão anestesiados o nervo alveolar inferior e o nervo lingual. Com o dedo indicador ou polegar da mão esquerda, palpa-se a incisura coronóide e afasta-se os tecidos, para facilitar a injeção. Traça-se uma linha imaginária da ponta do dedo até a rafe pterigomandibular. O ponto de introdução da agulha situa-se a três quartos da distância anteroposterior da incisura até a rafe, geralmente a 1 cm acima do plano oclusal. Penetrar com a agulha até que ela toque levemente o osso (20 a 25 mm, em torno de 2/3 da agulha) Ao tocar o osso, recuar 1 mm e injetar aproximadamente 1 ml da solução anestésica, lentamente, após realizar refluxo Depois, recuar 1/3 da agulha e injetar mais 0,5 ml da solução. Sempre verificar o refluxo, pois a taxa de refluxos positivos é maior nessa técnica: 10 a 15 % OBS: Essa técnica NÃO anestesia o nervo bucal BLOQUEIO DO NERVO BUCAL O nervo bucal é um ramo da divisão anterior do nervo mandibular, geralmente deve-se anestesiar o nervo bucal quando se deseja realizar procedimentos envolvendo tecidos moles vestibulares da região de molares inferiores. TÉCNICA Utiliza-se geralmente a mesma agulha da técnica do bloqueio do nervo alveolar inferior . • A agulha será introduzida na mucosa vestibular do dente molar inferior mais distal do arco (geralmente segundo ou terceiro molar) • Os pontos de reparo são os molares inferiores e prega muco jugal • Bisel da agulha voltado para o osso • Secar a mucosa. Aplicar anestésico tópico. Tracionar os tecidos moles • Introduzir a agulha no fundo da região vestibular do último molar, na profundidade máxima de 4 mm • Injetar o anestésico lentamente, após refluxo, na quantidade de aproximadamente 0,3 ml de solução • Retirar a agulha com cuidado e esperar de 3-5 minutos. BLOQUEIO DO NERVO LINGUAL Essa anestesia é geralmente obtida durante a técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior. Nos casos em que se pretende anestesiar apenas o nervo lingual, utiliza-se os mesmos parâmetros, entretanto a profundidade em que será injetada a solução será menor, pois o nervo lingual se posiciona mais superficialmente. Deve-se introduzir a agulha no mesmo local da técnica direta do alveolar inferior, após secar mucosa e aplicar anestésico tópico. Introduzir a agulha na profundidade de aproximadamente 10 mm (1/3 da agulha). Realizar o refluxo e injetar de 0,5 a 1 ml da solução anestésica lentamente. Retirar a agulha e aguardar. BLOQUEIO DOS NERVOS MENTONIANO E INCISIVOS Nessa técnica geralmente se anestesia os dois nervos, que são ramificações do nervo alveolar inferior. A introdução da agulha e a injeção da solução deve ser feita de cima para baixo, de trás para frente e de fora para dentro, em um único movimento. TECNICA agulha curta, 25 ou 27 G. Introduzir a agulha na prega muco jugal na direção dos pré molares inferiores. Bisel voltado para o osso. Paciente posicionado, com a boca semiaberta. Afastar o lábio e localizar o forame mentoniano. Secar a mucosa e aplicar anestésico tópico. Introduzir a agulha no fundo do saco do vestíbulo, na direção do primeiro pré molar, orientando a seringa para o forame mentoniano. Penetrar aproximadamente 5 mm e injetar de 0,5 a 1 ml da solução lentamente, após refluxo. Bloqueio troncular gow – gates bloqueia todo o tronco do nervo mandibular, com altas taxas de sucesso e menor taxa de aspiração positiva (2%). Técnicas Traçar uma linha imaginária da comissura labial até a incisura intertrago agulha longa 25 ou 27 G. Paciente deitado e profissional à frente e à direita. Manter a boca amplamente aberta. Colocar o dedo na incisura coronóide, retraindo os tecidos. Visualizar os pontos de referência: cúspide palatina do segundo molar superior. A introdução da agulha fica imediatamente distal ao segundo molar maxilar. Secar mucosa. Aplicar anestésico tópico O corpo da seringa deve estar direcionado para o ângulo da boca, sobre pré molares, do lado oposto ao que será anestesiado, alinhado no mesmo plano imaginário traçado no início. A agulha avança lentamente até encostar no osso (aproximadamente 25 mm). Retrair 1 mm a agulha e injetar o anestésico lentamente (1, 8 ml). Retirara agulha com cuidado Solicitar que o paciente mantenha a boca aberta por 2 minutos após injeção, para facilitar a difusão da solução anestésica. Aguardar de 5 a 10 minutos para se obter o efeito anestésico. TÉCNICA DE VAZIRANI-AKINOSI Usada em casos onde o paciente não consegue abrir a boca. Pode ser usada em qualquer situação, mas é mais indicada em casos de limitação de abertura bucal. São anestesiados Nervo alveolar inferior, mentoniano e incisivo, lingual e milohióideo. TÉCNICA agulha longa calibre 25 ou 27. Paciente permanece de boca fechada, com dentes em oclusão Coloca-se o indicador sobre a incisura coronóide, afastando tecidos moles lateralmente. A agulha será introduzida nos tecidos moles sobre a borda medial do ramo mandibular adjacente à tuberosidade maxilar, na prega mucogengival correspondente ao terceiro molar superior. Secar a mucosa. Aplicar anestésico tópico. O corpo da seringa é posicionado paralelamente ao plano oclusal maxilar e a agulha, na altura da junção mucogengival do terceiro molar superior. Orientar a agulha posteriormente e ligeiramente para o lado, de forma a avançar tangenciando o processo alveolar maxilar posterior, paralela ao plano de oclusão maxilar. Bisel voltado para a linha média. Avançar com a agulha em torno de 25 mm e injetar lentamente, fazendo refluxo, 1,5 ml do tubete anestésico. Aguardar 5 minutos para obter o efeito anestésico. ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS 1- Analgesia preventiva: antes do início da sensação dolorosa. o paciente ainda se encontra sob os efeitos da anestesia local, seguida por doses de manutenção por um curto espaço de tempo . 2- Analgesia preemptiva: previamente ao trauma tecidual, maior período de tempo sem dor, depois de cessados os efeitos da anestesia local. 3- Analgesia perioperatória: Mantido no período pós-operatório imediato. Este regime farmacológico tem se mostrado como o mais eficaz para a prevenção e controle da hiperalgesia, nos procedimentos cirúrgicos de maior tempo de duração que envolvem descolamento tecidual intenso e traumatismo ósseo. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS (AINEs) Analgésicos, Antipiréticos e Antiinflamatórios São excelentes medicamentos para tratar os efeitos indesejáveis causados pela resposta inflamatória. Diminuem o edema, a hiperemia, a febre, a dor. Como selecionar o analgésico? Critérios: Diferenças farmacocinéticas que influenciam na terapêutica Toxicidade relativa Experiência prévia do profissional Experiência prévia do paciente Analgésicos não-opióides ● São indicados por curto tempo ● Dores leves e moderadas ● Propriedades analgésicas, antitérmicas e antiinflamatórias. Ex : paracetamol, dipirona, ibuprofeno e cetorolaco. obs: Apresentam alta taxa de ligação a proteínas plasmáticas Se acumulam nos tecidos inflamados. AINES Inibidores não-seletivos da COX * Efeito analgésico: PGE2 sensibilizam as terminações nervosas nociceptivas a outros mediadores. eficazes na dor de origem inflamatória. * Efeito antipirético: A temperatura corporal é regulada por um centro sensitivo no hipotálamo. * Efeito antiinflamatório: DAINES tem efeito principalmente sobre vasodilatação e eritema, com menor efeito sobre acúmulo celular. * Distúrbios gastrintestinais: função protetora à mucosa gástrica. Dispepsia, náuseas, vômitos, sangramento e ulceração. * Reações cutâneas: Reações de hipersensibilidade. Erupções leves, urticária. * Efeitos renais adversos: Podem causar insuficiência renal aguda, reversível, em indivíduos susceptíveis, devido à inibição de PGs envolvidas na manutenção da dinâmica sangüínea renal. * Bloqueio da agregação plaquetária: Pela inibição da síntese de Tromboxanos, podendo aumentar tempo de sangramento. SALICILATOS (Ácido acetilsalicílico) Predomínio dos efeitos analgésicos e antipiréticos. Fraca atividade anti-inflamatória, apenas em altas doses * Antipirese: Reduz a temperatura elevada de forma rápida e eficaz. (comprimidos de 500 mg – 4/4 h) * Analgesia: Alívio da dor de baixa e média intensidade (comprimidos de 500 mg – 4/4 h) * Artrite reumatóide: É o medicamento padrão para o tratamento da artrite, em doses maiores. Na AR a lesão das articulações é o componente mais difícil de ser tratado e a redução da inflamação é importante para atenuar ou retardar o desenvolvimento de deformações incapacitantes. * Profilaxia de doença cardioembólica: Por seu efeito inibindo a síntese de TXA2, reduz a agregação plaquetária (100 mg/dia). OBS: Geralmente não é muito utilizado na Odontologia. Efeitos indesejados * Efeitos locais: Distúrbios gastrintestinais * Efeitos sistêmicos: - Salicismo, hipersensibilidade cutânea, Síndrome de Reye, Alterações metabólicas. - CONTRA INDICADA EM CASOS DE DENGUE, pelo aumento do risco de sangramento. Derivados Pirazolônicos (Dipirona) Predomínio dos efeitos analgésicos e antipiréticos. Fraca atividade anti-inflamatória. é um analgésico muito útil para modular a dor já estabelecida, após o estímulo álgico. Deve ser evitado durante gravidez e lactação. * Toxicidade gastrintestinal * Reações cutâneas * Discrasias sanguíneas: Risco de Agranulocitose e aplasia USO EM ADULTOS E ADOLESCENTES ACIMA DE 15 ANOS: Expectativa de dor leve a moderada após procedimentos odontológicos: comprimidos 500 mg – 6/6 horas por 24 a 48 horas Expectativa de dor moderada, após procedimentos mais invasivos: 1 g de dipirona logo após o término do procedimento + doses de manutenção de 500 mg de 6/6 h por até 48 h. SOLUÇÃO ORAL 500 MG/ML Cada 1 mL = 20 gotas Adultos e adolescentes acima de 15 anos: Tomar 20 a 40 gotas em administração única ou até o máximo de 40 gotas, 4 vezes ao dia. (cada 20 gotas contém 500 mg) CRIANÇAS: Não usar em crianças menores de 3 meses e 5 Kg de peso Crianças com mais de 3 meses e acima de 5 kg: 10 a 25 mg/kg/dose, de 6/6 h; máximo 500 mg Supositório: crianças acima de 4 anos: 300 mg, 1 a 4 vezes ao dia; crianças de 12 a 14 anos: 600 mg, 1 a 4 vezes ao dia. Apresentação: Gotas 500 mg/ml, Comprimidos 500 mg, Solução injetável 500 mg/ml, Solução oral 50 mg/ml, Supositório infantil 300 mg OBS: Geralmente usa-se ½ a 1 gota/Kg até o máximo de 20 gotas. 1 ml de solução gotas = 20 gotas SOLUÇÃO ORAL – 50 MG/ML Derivados do P-aminofenol (Paracetamol) fraca ação anti-inflamatória porque tem menor efeito sobre a cicloxigenase , mas, no SNC tem ação efetiva sendo utilizado como analgésico e antipirético (COX3??). Não apresentam também ação plaquetária e nem tem efeito no tempo de coagulação. ● Apresenta a vantagem sobre a aspirina de não ser considerada irritante para o trato gastrintestinal. Substituto eficaz para a aspirina nas indicações analgésica e antipirética, onde o AAS é contra- indicado ou quando o aumento do tempo de sangramento for indesejado. É fármaco de escolha em caso de dengue. Pode ser uma alternativa quando a dipirona não for indicada. Atividade antiinflamatória fraca. É o analgésico mais utilizado durante a gravidez. POSOLOGIA: NUNCA EXCEDER 4g/DIA Efeitos indesejados Poucos e raros em doses terapêuticas. Podem ocorrer reações cutâneas, náuseas e vômitos. O risco mais grave ocorre com doses altas que pode provocar a hepatoxicidade e levar ao óbito . Em casos de uso de doses altas, dentro de dez horas após a administração do paracetamol, a administração de N-acetilcisteína pode ser um antídoto, pois, a N-acetilcisteína contém grupamentos sulfidrila aos quais o metabólito tóxico pode ligar-se. ADULTOS: Expectativa de dor leve a moderada após procedimento: comprimidos 500 ou de 750 mg – 6/6 horas por 24 a 48 horas Expectativa de dor moderada, procedimentos mais invasivos: 750 mg logo após o término do procedimento + doses de manutenção de 500 mg de 6/6 h por até 48 h. CRIANÇAS: Via oral – 10 a 15 mg/kg de 6/6 h; dose máxima: 4 doses ao dia. Supositório – 10 a 20 mg/Kg/dia (máximo 60 mg/Kg/dia) Apresentação: Suspensão oral 100 mg/ml, 32 mg/ml, solução gotas 200 mg/ml, Comprimidos 500 e 750 mg OBS: Geralmente usa-se 1 gota/Kg até o máximo de 35 gotas. 1 ml de solução gotas = 20 gotas 10 a 15 mg/kgde 6/6 h, pode ser indicado para crianças maiores de 6 anos (+ 22 Kg) IBUPROFENO Derivado do ácido propiônico muito utilizado, bem tolerado, podendo provocar principalmente distúrbios gastrintestinais indesejados. Efeito analgésico, antipirético e anti-inflamatório significativos. Indicado para tratamento da dor e inflamação, inclusive causadas por procedimentos cirúrgicos. POSOLOGIA: Adultos: 400 a 600 mg (geralmente prescrevemos 600 mg) – 6/6 h Crianças: 5 a 10 mg/kg, de 6/6 h; dose máxima: 40 mg/kg/dia. Apresentação: Comprimidos 300 e 600 mg, Suspensão oral 30 mg/ml e 100 mg/5 ml, Cápsulas 400 mg, Comprimidos 200 mg, solução oral gotas 50 mg/ml e 100 mg/ml OBS: geralmente 1 gota/Kg. (máximo 30 gotas). Ibuprofeno gotas pediátricas de 50 mg/mL e 100 mg/mL Crianças a partir dos 6 meses: geralmente, a dose recomendada é 1 gota de ibuprofeno 50 mg/mL por cada 1 kg de peso corporal da criança, administradas 3 a 4 vezes por dia, em intervalos de 6 a 8 horas. Crianças com mais de 30 Kg: geralmente, a dose máxima recomendada é de 200 mg, o equivalente a 40 gotas de Ibuprofeno 50 mg/mL ou 20 gotas de Ibuprofeno 100 mg/mL. Dose recomendada: 5 a 10 mg/kg DICLOFENACO promove efeito analgésico, antipirético e anti-inflamatório bastante significativos. Tem ação direta, por dessensibilizar diretamente os nociceptores, sendo muito útil para tratamento da dor já estabelecida. Indicado para tratamento da dor e inflamação, inclusive artrite reumatoide. Pode aumentar o efeito dos anticoagulantes orais, e da heparina. Parecem interferir na ação de medicamentos anti-hipertensivos, reduzindo seus efeitos. POSOLOGIA: Adultos: diclofenaco sódico (Voltaren) / diclofenaco potássico (Cataflan) comprimidos 50 mg – 8/8 h por até 3 dias. Crianças: Normalmente não utilizamos diclofenaco em crianças CETOROLACO anti-inflamatório não esteróide, de potente ação analgésica, usado para o tratamento a curto prazo, da dor aguda de moderada a severa. A dose recomendada varia de 10 a 20 mg em dose única ou de 8/8 h, sem exceder 60 mg/dia em adultos, por até 3 dias. Administrado por comprimidos sublinguais, de ação rápida. NIMESULIDA Possui efeitos analgésico, antipirético e anti-inflamatório significativos. Apresenta menores efeitos gastrintestinais adversos e não exerce efeitos tóxicos cardiovasculares graves. Bastante indicado em Odontologia para controle da dor e inflamação. POSOLOGIA: Adultos: comprimidos 100 mg – 2 vezes ao dia por até 3 dias. Crianças: 5 mg/kg/dia (suspensão oral 10 mg/ml), ou 1 gota/kg (solução 50 mg/ml) duas vezes/dia. AINES Inibidores altamente seletivos da COX 2 Controlar os sinais da inflamação sem provocar efeitos adversos gastrintestinais, como os AINEs tradicionais. São potentes em reduzir dor moderada a intensa, como a que se segue à exodontias e outras cirurgias odontológicas. Podem ser indicados principalmente nos casos em que há contra indicação ao uso de AINES convencionais, como em casos de gastrites e úlceras graves, porém apenas em pacientes sem nenhuma alteração cardiovascular, em função dos riscos. POSOLOGIA - ADULTOS: CELECOXIB cápsulas 100 a 200 mg – 1 a 2 vezes/dia por até 3 dias ETORICOXIB comprimidos 60 a 120 mg – 1 a 2 vezes/dia por até 3 dias OBS: Esses fármacos estão sujeitos a controle especial, com retenção de uma via da receita na farmácia ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS (GLICOCORTICÓIDES) OS GLICOCORTICÓIDES SÃO ANTIINFLAMATÓRIOS MAIS EFICAZES DISPONÍVEIS, SUPLANTANDO OS AINES QUANTO AO BLOQUEIO DO EDEMA. 1) Efeitos metabólicos e sistêmicos 2) Efeitos no feedback negativo na hipófise e hipotálamo 3) Efeitos antiinflamatórios e imunosupressores: Inibem as manifestações iniciais e tardias da inflamação, em doses terapêuticas (eritema, edema, calor, dor...). Diminuem a vasodilatação, o acúmulo de leucócitos sanguíneos no local da inflamação. Recomendações: Quando optar por corticoterapia 1. Só devem ser indicados em doenças ou manifestações definidamente responsivas a eles; 2. Só devem ser utilizados após tentativas com medicamentos de menor risco; 3. Emprega-se as menores doses eficazes, pelo menor tempo possível; 4. Descontinuação de tratamento prolongado deve ser lenta e gradual, a fim de permitir reativação funcional progressiva do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Antiinflamatórios esteroidais 1. Glicocorticóides de ação curta (para tratamento de reposição): Cortisona – hidrocortisona (Solu-Cortef) (Stiefcortil)(Cortisonal). 2. Glicocorticóides de ação intermediária: Prednisolona (Prelone) (Predsim) (Prednisolon) –metilprednisolona (Solu-Medrol) (Unimedrol) – prednisona (Meticorten) (Predicorten) –triancinolona (Omcilon) (Theracort) – beclometasona (Beclosol) (Clenil) 3. Glicocorticóides de ação longa: Betametasona (Celestone) (Diprospan) (Candicort)(Novacort) – dexametasona (Decadron) (Decadronal) (Duo-Decadron). ( tela que nao teve como anexar ) Na Odontologia, a utilização é por curto prazo, geralmente com uso preemptivo, 1 h antes de procedimento em que há maior expectativa de edema e dor intensa, como exodontias múltiplas de dentes retidos, implantes, cirurgias maiores, etc. Efeitos indesejados: Os efeitos adversos são comuns com a terapia a longo prazo, porém incomuns no uso odontológico, em que o tratamento é de curta duração. EX: úlceras pépticas – hipertensão arterial (com a hidrocortisona e a cortisona) – edema psicóticos e labilidade emocional – aumento da gordura abdominal – face de lua cheia com bochechas vermelhas –adelgaçamento da pele…. AFTAS Tratamento sintomático, geralmente regride espontaneamente em alguns dias. Pode-se prescrever, para adultos: Acetonida de triancinolona (Omcilon A orabase) – tubo de 10 mg Aplicar pequena quantidade sobre a lesão, duas vezes ao dia, após refeições e ao deitar Fármacos analgésicos Opióides ● Quando necessário o uso de analgésico, iniciar com aqueles menos potentes e que apresentam menores efeitos adversos ● Em caso de dor intensa, não postergar uso de analgésicos mais fortes ● Não empregar analgésicos na base de “se necessário” em casos sabidamente dolorosos ● Monitorar reações adversas. Drogas Analgésicas *Analgésicos não-opioides - Antiinflamatórios não esteroidais - Antiinflamatórios esteroidais * Analgésicos opioides Como selecionar um opióide? Indicações: Tratamento de dores agudas, moderadas ou intensas que não respondem a analgésicos menos potentes Controle de dores crônicas -> limitação: dependência. ● Os agonistas opióides fortes são os mais potentes analgésicos disponíveis destinados ao manejo de dores intensas. Heroína da Bayer divulgada como um substituto não viciante da morfina e um remédio contra tosse para crianças. Opióides Naturais - Morfina Codeína Derivado semi-sintético - Heroína Sintéticos - Meperidina Fentanil Metadona Análogos opiáceos de baixa potência - Nalorfina,Nalbufina e Pentazocina Antagonistas - Naloxona Naltrexona EFEITOS FARMACOLÓGICOS ● No SNC * Analgesia Sítios espinhais Sítios supraespinhais * Euforia Bem estar Depressão respiratória Induz náusea (40%) e vômitos (15%) Reduz o reflexo da tosse Induz constrição pupilar (miose) ● Diminui a motilidade do TGI - ● Prolonga a duração do trabalho de parto ● Mortalidade neonatal ● Liberação de histamina dos mastócitos - urticária e prurido no local da injeção - broncoconstrição asmáticos ● Vasodilatação periférica hipotensão ● Efeitos imunossupressivos - susceptibilidade à infecções. OBS: O uso de opioides pode provocar tolerância (necessidade de aumento das doses para observar os mesmos efeitos anteriores) e dependência. Então, de forma geral: ● Controle de dores agudas, de intensidade leve a moderada, não associada a lesões teciduais intensas: Pode-se iniciar empregando analgésicos não opioides, como dipirona ou paracetamol, de forma preventiva (após o procedimento) e mantendo por período máximo de 48 a 72 h ● Controle de dores agudas, de intensidade moderada a severa, após procedimentos mais invasivos, que geram lesão tecidual mais intensa: Pode-se utilizar AINEsem regime preventivo também, por até 72 h. ● Para prevenir a hiperalgesia e controlar o edema inflamatório em intervenções eletivas mais invasivas: pode-se usar analgesia preemptiva com antiinflamatórios esteroides (dexametasona ou betametasona, de 4 a 8 mg), 1 hora antes do procedimento e pode-se manter com analgésicos não opioides (dipirona ou paracetamaol) ou AINEs por até 72 h. ● Para tratar dores moderadas, que não responderam bem a outros analgésicos, ou em casos de intolerância a AINEs, pode utilizar associação entre analgésicos opioides leves (codeína ou tramadol) associado a analgésicos não opioides, por no máximo 72 h. TERAPÊUTICA ODONTOLÓGICA NORMAS DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS FARMACOTÉCNICA: Ramo das Ciências Farmacêuticas que transforma a matéria prima em medicamentos, por meio de procedimentos técnicos e científicos que levam à forma farmacêutica pretendida FÓRMULA FARMACÊUTICA: É o conjunto de substâncias, discriminadas item por item, que entram na constituição de um medicamento. FORMA FARMACÊUTICA: É o estado final de apresentação da fórmula farmacêutica, com a finalidade de facilitar sua administração e obter o maior efeito terapêutico possível e o mínimo de efeitos indesejados: comprimidos, cápsulas, drágeas, soluções, suspenções, colutórios, etc. ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA: Produto oriundo da indústria farmacêutica com registro na ANVISA e disponível comercialmente no mercado. 1- Medicamento de marca ou referência: É o produto inovador, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente por ocasião do seu registro no Ministério da saúde. É geralmente o primeiro medicamento que surgiu para curar determinada doença e sua marca é bem conhecida. O laboratório que detém a patente do produto tem exclusividade para produzi-lo durante 20 anos, a partir do pedido de patente. Depois deste prazo, outros laboratórios que estiverem interessados poderão produzi-lo. 2- Medicamento genérico: É um medicamento idêntico ao produto de marca. Isto é, pode ser trocado por este pois tem rigorosamente as mesmas características e efeitos sobre o organismo do paciente. A garantia é dada pelo Ministério da Saúde que exige testes de bioequivalência farmacêutica que comprovam se os dois produtos possuem a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição, qualitativa e quantitativa, de princípio ativo, são absorvidos em igual quantidade e na mesma velocidade pelo organismo de quem os toma. 3- Medicamento similar: Contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência. Antes da RDC 134/03 não passavam por testes de bioequivalência, portanto não eram intercambiáveis. Desde 2007 os medicamentos similares que passam pelos mesmos testes de bioequivalência e biodisponibilidade pelos quais passam os medicamentos genéricos, ganham o status de “similares equivalentes”. A RECEITA COMUM é empregada na prescrição de medicamentos de referência ou genéricos, como antiinflamatórios e analgésicos ou quando se deseja selecionar fármacos para manipulação em farmácias A RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL é utilizada na prescrição de medicamentos à base de substâncias sujeitas a controle especial, de acordo com a Portaria 344/98, da ANVISA, como antibióticos, antiinflamatórios inibidores seletivos de COX2, antidepressivos tricíclicos, anestésicos gerais, antiparkinsonianos, etc), desde que para uso odontológico. NOTIFICAÇÃO DE RECEITA: É o documento que autoriza a dispensação de medicamentos a base de outras substâncias que também estão sujeitas a controle especial (Portaria 344/98). NOTIFICAÇÃO DE RECEITA “A” (AMARELA): AUTORIZA A DISPENSAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES DAS LISTAS A1 E A2 (EX: MORFINA) E PSICOTRÓPICOS A3 (ANFETAMINAS). NOTIFICAÇÃO DE RECEITA “B” (AZUL): Exigida na dispensação de substâncias psicotrópicas que constam da lista B1 (benzodiazepínicos, para o tratamento por, no máximo 60 dias e 5 ampols, no caso de injetáveis) e B2 (anfetaminas). Válida por 30 dias, em todo território nacional (norma recente da ANVISA). O profissional deve procurar a Vigilância sanitária municipal, fazer um cadastro e receber a numeração controlada para ser impressa no talonário, que é feito na gráfica pelo interessado. NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ESPECIAL: (Cor branca): Para dispensação de substâncias retinóicas, imunossupressoras ou anabolizantes, das listas C2, C3 e C5. Uso exclusivo médico. ● A notificação de receita não substitui a prescrição, que deve estar afixada. A notificação fica retida na farmácia e a receita é devolvida ao paciente, com carimbo confirmando que foi aviada.
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