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Exame Físico 5 Período USANDO MUITO

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1 
 
Semiologia –Exame Físico 
Somatoscopia: 
Precauções durante o exame: 
9 Exposição a AIDS, hepatite B e hepatite C, Tuberculose e outras infecções; 
9 Nunca cheirar o hálito diretamente; 
9 Lavar SEMPRE as mãos (antes e depois de examinar!) 
 
Durante a anamnese, observar: 
9 Sinais de desconforto ao chegar; 
9 Consciência, marcha e fala Æ grau de orientação! Sonolento, torporoso, 
obnubilado, coma (superficial/profundo); 
9 Peso, altura, biometria; 
9 Atitude (típica ou atípica), postura; 
9 Estado geral: saúde, nutrição, higiene, muletas, cadeira de rodas; 
9 Pele, mucosas, fâneros e circulação colateral. Não esquecer o dorso! 
9 Tom de voz, olhar; 
9 Dor, agitação, tremores, suores, ansiedade, palidez, dispneia, cianose, sede, 
etc; 
9 Examinar bem as mãos; 
9 Face Æ fácies típicas? 
 
Avaliação do estado geral: 
9 BEG – bom estado geral; 
9 REG – regular estado geral; 
9 MEG – mau estado geral. 
 
Cumprimentar o paciente, se apresentar, lavar as mãos, esquentar mãos e 
estetoscópio antes dos procedimentos. Fazer perguntas para saber se o paciente está 
lúcido e orientado no tempo e espaço (LOTE). 
 
Cabeça e Pescoço 
Inspeção 
9 Analisar fácies (atípica, hipocrática, basedowiana, lúpica, sofrimento, 
Cushingoide, Mongoloide, Adenoideana, Parkinsoniana, Leonina, renal, 
miastênica, mexidematosa, acromegálica, esclerodérmica, etc) 
9 Analisar tamanho craniano (atípico, macrocefalia/hidrocefalia, microcefalia, 
turricefalia/acrocefalia, escafocefalia, dolicocfalia, braquicefalia, plagiocefalia, 
etc) 
9 Analisar fontanela anterior (normotensa, abaulada, fechada, aberta) 
9 Simetria ou assimetria do rosto: movimentos involuntários, edema, massas, 
etc. Paralisia facial periférica: desvio da comissura labial para lado saudável. 
 
2 
 
9 Presença de alguma lesão; 
9 Analisar pele: normocorada, ictérica, cianose, palidez, textura, espessura, 
pigmentação, lesões, distribuição do cabelo, acne, etc. 
9 Veia jugular: se apresenta turgência. 
Inspeção e Palpação do Couro Cabeludo 
Buscar abaulamentos, depressões, nódulos, lesões, cicatrizes. Indicar o local. 
Cabelo: quantidade, qualidade (brilho, etc), distribuição, padrão de perda (se houver), 
caspa. 
 
Palpação do Rosto 
9 Seios da face: indicar se há dor à palpação. Frontais, maxilares. 
 
Olhos 
Indicar olho acometido. 
9 Pálpebras: edema, (blefaro)ptose, pilificação (padrão observado é normal?), 
ectrópio, entrópio, xantelasma, hordéolo, epicanto, equimose, etc. 
9 Supercílios: madarose (Hanseníase, esclerodermia, desnutrição acentuada); 
9 Fenda palpebral: aumentada, normal, diminuída. 
9 Conjuntivas: normocoradas, hiperemiadas, hipocoradas. 
9 Exoftalmia, protrusão, enoftalmia, microftalmia, hipertelorismo (afastamento 
das cavidades orbitárias) 
9 Analisar esclera: anictérica, ictérica, azulada, hiperemiada. 
9 Analisar pupilas com lanterna: reação à luz, comparação do tamanho entre as 
duas pupilas. Isocóricas, anisocoria, miose, midríase. 
9 Fotorreação direta (em qual olho ocorre); 
9 Fotorreação consensual; 
9 Analisar musculatura ocular: teste com a caneta – estrabismo (convergente, 
divergente, hipertropia, hipotropia, ciclotropia) e nistagmo (oscilação tênue 
rítmica dos olhos – horizontal ou vertical). Alterar distância também. 
9 Exame de campo visual. 
 
Nariz 
9 Analisar a mucosa nasal apertando a ponta do nariz e vendo a coloração da 
mucosa com a ponta da lanterna. Normocorada, hiperemiada, violácea, 
edemaciada. Indicar o lado.1 
9 Presença ou ausência de secreção: purulenta, mucopurulenta, 
piossanguinolenta, sangramento. Indicar lado. 
9 Hipertrofiado, em sela, destruição da estrutura. 
 
 
1 Rinite viral: hiperemia e edema. 
 Rinite alérgica: pálida, cianótica ou vermelha. 
3 
 
Boca 
9 Inspeção dos lábios: normocorados, cianóticos, edemaciados, presença de 
lesões, rachaduras, hidratados, queilite angular. Indicar se é lábio superior ou 
inferior. 
9 Pedir para paciente abrir e fechar a boca, verificar se há baba (estado de 
hidratação). 
9 Ver cor e arquitetura do palato duro. 
9 Inspeção da língua: tamanho, coloração, atípica, geográfica, saburrosa, escrotal, 
lisa, cianótica, hidratação, edema, lesões. Indicar locais. 
9 Pedir ao paciente que levante a língua para avaliar embaixo também. 
9 Simetria à protrusão (teste NC XII – hipoglosso). 
9 Analisar lado e ventre da língua (maioria dos cânceres) Æ palpação indicada em 
pacientes homens acima de 50 anos etilistas e tabagistas. 
9 Inspeção das gengivas (normocoradas, cianose, tumefeitas, hiperemiadas, 
presença de sangramentos. Indicar local). 
9 Inspeção dos dentes: bom ou mau estado, dentes faltando, descoloridos, 
posição anormal. 
9 Palpação da mucosa: colocar luva e fazer análise da mucosa em busca de 
lesões2, depressões, nódulos, etc. Manchas de Koplik. 
 
Faringe 
9 Usar abaixador de língua no terço distal da língua para 
examinar a garganta juntamente com uma lanterna. Pedir 
para paciente dizer “e”. Examinar aspecto da úvula (lesão 
de NC X Î palato mole não se eleva e úvula se desvia 
para lado contralateral Æ Sinal da Cortina). 
9 Examinar tonsilas: hipertrofia, atrofia, hiperemia, cáseo, 
exsudato, lesões. Indicar o local. 
 
Ouvidos 
9 Usar o otoscópio. Adultos: puxar a orelha delicadamente para cima; crianças: 
puxar para o lado. 
9 Cone luminoso: presente ou ausente; indicar o lado. 
9 Membrana timpânica: íntegra, normocorada, hiperemiada, exsudato. Indicar o 
lado. 
9 Otorragia ou otorreia. Indicar o lado. 
 
Pescoço 
9 Palpação dos linfonodos: mentonianos, submandibulares, faríngeos 
(amígdalas), cervicais anteriores, cervicais posteriores, occipitais, 
 
2 Afta: lesão ulcerada com base eritematosa. 
4 
 
retroauriculares, pré-auriculares, supraclaviculares3. Indicar se são móveis ou 
fixos, se são palpáveis ou não, indolores ou dolorosos, pétreos ou elásticos. 
Indicar o lado. 
9 Pré-auriculares: usar 1º e 2º dedos com movimentos gentis e em rotação para 
palpar. 
9 Turgência de jugulares ou carótidas; dizer o lado. 
9 Tireoide: localizar a cartilagem tireoide e a cartilagem cricoide e 2cm acima da 
fúrcula esternal é a localização aproximada da tireoide. 
9 Realizar a palpação da tireoide com o paciente com o pescoço reto, levemente 
levantado, rosto virado para o lado, analisando os lobos mais precisamente. 
Indicar se é palpável ou não palpável (indicar lado). Se notar aumento ou 
anomalia, auscultar. Fazer palpação por trás. Consistência (mole na doença de 
Graves, endurecida na de Hashimoto ou com nódulos malignos), tamanho e 
forma da tireoide, nódulos (benignos ou malignos) e se está dolorida (sensível 
em tireoidites). 
 
Abdome 
Não se faz palpação e percussão antes de auscultar! 
Inspeção Estática 
9 Paciente deitado na maca com a cabeceira baixa. Abordar paciente pelo lado 
direito. Pedir permissão e expor o abdome corretamente. Pode observar de 
cima pra baixo ou tangencialmente. 
9 Formato do abdome: globoso (aumento simétrico – ascite volumosa, gravidez, 
hepatoesplenomegalias volumosas, obesidade, etc), em batráquio (aumento 
assimétrico – neoplasia, hérnia), escavado (doença terminal, desnutrição 
grave), em avental, atípico. 
9 Lesões dermatológicas: herniações; estrias. 
9 Circulação colateral: 2 tipos principais: tipo porta (“cabeça de medusa”) e tipo 
cava (de baixo pra cima). 
9 Sinal de Cullen: equimose na região periumbilical Æ gravidez ectópica, 
pancreatite aguda. 
9 Sinal de Grey-Turner: equimose na região dos flancos. Surge em 24-48hrs; 
exclusivo da pancreatite necrohemorrágica (parte da síndrome do abdome 
agudo). 
9 Presença de pulsações (pessoas magras Æ pulsação da aorta abdominal na 
região epigástrica: fisiológico), massas, assimetria de abdome. Pulsação 
patológica na região periumbilical (aneurisma de aorta abdominal). 
9 Cicatriz umbilical. 
 
 
3 Gânglio de Virchow:aumento do linfonodo supraclavicular esquerdo Î câncer do TGI. 
Linfonodomegalias do lado direito: tumores do tórax ou mama. 
5 
 
Inspeção Dinâmica 
9 Manobra de Valsalva: pedir para paciente assoprar a mão sem deixar o ar sair 
Î aumento da pressão intra-abdominal para pesquisa de hérnia umbilical. 
9 Manobra de Smith Bates: pedir ao paciente que inicie um abdominal e volte Î 
aumento da pressão intra-abdominal para pesquisa e hérnia umbilical. 
Ausculta 
9 Considerar 4 quadrantes: superior direito, superior esquerdo, inferior direito e 
inferior esquerdo. 
9 Ondas peristálticas: contar ondas 
peristálticas/minuto no quadrante onde for mais 
audível. Normal: 5-40 Aumentada (diarreia, 
retocolite, síndrome do intestino irritável, obstrução 
intestinal – fase aguda), contínua ou ausente 
(obstrução intestinal – fase crônica). 
9 Ruídos hidroaéreos (“ar passando pela boca de uma 
garrafa” – ar passando por coleção de líquido) 
9 Borborigmo: escutado sem estetoscópio. 
9 Sopros nas artérias intra-abdominais: renais, ilíacas, 
femorais, aorta abdominal. Normal: não auscultável; sopros em situações 
patológicas (compressão extrínseca ou obstrução intrínseca – aterosclerose Î 
turbilhonamento). Paciente com HAS: auscultar artérias renais (estenose é uma 
das causas de HAS secundária; produz sopro) 
9 Loja hepática e loja esplênica: presença e sopros quando se tem neoplasias 
nessas regiões. 
 
Palpação 
9 Perguntar ao paciente se sente dor em algum lugar antes de começar a 
palpação Æ palpar região dolorosa por último. 
9 Palpação superficial: observar a parede abdominal. Nódulos (lipoma), massa. 
9 Tensão da parede abdominal Æ paciente com dor enrijece parede abdominal 
9 Reflexo cutâneo Æ hipo- (patologia de coluna) ou hiperestesia 
(hepatopatologias). 
9 Palpar superficialmente os 9 quadrantes. 
9 Palpação profunda: início por palpação genérica dos 9 quadrantes: hipocôndrio 
direito, epigástrico, hipocôndrio esquerdo, flanco direito, mesogastro, flanco 
esquerdo, fossa ilíaca direita, hipogastro/suprapúbis e fossa ilíaca esquerda. 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 Fígado – 3 manobras: 
� Bimanual (fazer rechaço com mão esquerda e com a direita começar a 
palpar profundamente na fossa ilíaca direita até o hipocôndrio direito – 
fígado aumenta longitudinalmente); 
� Garra4 (com as duas mãos no hipocôndrio direito; importante para ver se 
fígado está aumentado, além de possibilitar sentir melhor sua borda – 
alguns aspectos sugerem patologia específica). Bordas muito arredondadas 
sugerem hepatite, borás duras e com nódulos sugerem câncer. 
� Polegar esquerdo: começando na fossa ilíaca direita e subindo para o 
hipocôndrio direito – ver a vesícula no ponto cístico: traçar uma linha da 
crista ilíaca esquerda passando pela cicatriz umbilical, até o rebordo costal. 
Vesícula não é palpável em condições fisiológicas. 
9 Sinal de Courvoisier-Terrier (no ponto cístico): positivo se vesícula palpável 
9 Sinal de Murphy (no ponto cístico): mantendo o polegar sobre o abdome, 
pede-se para o paciente expirar. Descer o polegar junto com musculatura o 
paciente e manter pressionado. Pedir 
para inspirar e manter o polegar 
pressionado. Ao sinal de dor, paciente 
irá suspender a respiração Î sinal 
positivo: indicativo de colecistite aguda. 
9 Baço – 2 manobras: 
� Bimanual: baço aumenta 
transversalmente Î começar 
palpação da fossa ilíaca direita, em 
direção ao hipocôndrio esquerdo. 
� Garra: passar para lado esquerdo do paciente. 
� Posição de Schuster: paciente fica em decúbito lateral direito, flexiona a 
perna de cima e estende a outra, tirando o braço da frente para diminuir a 
tensão da parede abdominal. Repetir as duas manobras do baço, passando 
para o lado esquerdo apenas para fazer a manobra em garra. 
9 Rins – 3 manobras: 
� Método de Guyon: examina paciente em decúbito dorsal – quando o rim 
está muito aumentado, pode ser sentido na região do flanco Î palpar os 
flancos bimanualmente, fazendo um rechaço sempre com a mão esquerda. 
 
4 Manobra de Mathieu-Cardarelli 
7 
 
� Método de Israel: pedir para paciente ficar em decúbito lateral esquerdo e 
examinar o rim que ficar para cima, fazendo rechaço no flanco. Trocar de 
lado. 
� Método de Goeller: pedir para o paciente ficar em pé e colocar um joelho 
sobre uma cadeira. Examinar o lado da perna fletida. Pedir para o paciente 
trocar a perna (não precisa trocar de lado do paciente). 
� Sinal de Giordano: investigar distensão de cápsula 
renal – pielonefrite ou hidronefrose pela litíase renal. 
Sinal positivo se o paciente relatar dor. Pressão dos 
dedos pode ser suficiente para causar dor. Se não, usar 
percussão do punho nos ângulos costovertebrais 
(figura). 
� Palpação de pontos ureterais dolorosos: 2ª e 3ª linhas 
imaginárias – palpar somente a porção superior e 
média do ureter para localizar em que altura do ureter 
o cálculo está. 
 
Percussão 
Macicez/timpanismo. Região periumbilical tende ao timpanismo (gases no intestino 
delgado); porção final do intestino tende à macicez (fezes). Importante saber 
percussão normal das regiões. Percussão é feita nos 9 quadrantes. 
9 Sinal de Joubert: presença de gás na região infradiafragmática – ruptura de 
víscera oca Î Pneumoperitônio: por ex.: úlcera péptica perfurada – gás 
acumula nessa região e, por causa da anatomia, se acumula mais na direita do 
que na esquerda. Gás se concentra mais na loja hepática Î hipertimpanismo à 
percussão (parece um tambor). Raio-X evidencia ar na região 
infradiafragmática. 
9 Sinal de Torres-Homem: dor à percussão na loja hepática. Característico do 
abscesso hepático (febre de origem obscura). Precisa de ultrassonografia para 
confirmar (muito sensível para doenças do trato biliar). 
9 Hepatimetria: delimitar limites superior e inferior do fígado e medir com fita 
métrica. Embora se possa medir o lobo esquerdo e direito, vamos medir apenas 
o direito. Começar a percussão na fosse ilíaca direita (timpanismo) e ir subindo 
até escutar macicez = limite inferior. Também é constatável por palpação 
profunda. Percutir, então, a partir do 2º espaço intercostal (pulmão é 
timpânico) até escutar macicez = limite superior. Medir: 9-12cm é normal. 
Mulheres: mama se insere no 5º espaço intercostal – começar percussão ali. 
9 Espaço de Traube: delimitado por linha axilar anterior, rebordo costal 
esquerdo, apêndice xifoide e 6º espaço intercostal esquerdo. Espaço virtual 
que consiste na topografia do baço. Percutir 2 espaços intercostais dentro do 
espaço de Traube. Normal: timpanismo Î Traube livre. Macicez: 
esplenomegalia (possivelmente ainda não palpável). 
9 Ponto de McBurney: traçar linha da cicatriz umbilical até crista ilíaca direita Æ 
fica no terço proximal da crista ilíaca – localização anatômica do apêndice. 
9 Sinal de Bloomberg: no ponto de McBurney – positivo: descompressão 
dolorosa. Também pode ser usado em outras situações: diverticulite 
8 
 
(“apendicite do lado esquerdo”) pode ter descompressão dolorosa se 
comprometer peritônio parietal nessa região. Descompressão dolorosa difusa: 
peritonite bacteriana espontânea. 
9 Sinal de Rovsing: compressão em rolamento na fossa ilíaca esquerda com mão 
cerrada no sentido ínfero superior Î retrocesso de gás Î dor no ponto de 
McBurney. Apendicite. 
9 Sinal do Psoas: músculo passa atrás do apêndice. Pedir para o paciente fazer 
contra-resistência com a perna esquerda levantada. Positivo se relatar dor. 
Apendicite. 
9 Sinal do Obturador: dor na fossa ilíaca direita à rotação interna passiva da coxa. 
Apendicite. 
9 Sinal do Piparote: para ascite de grande 
volume. Pedir ao paciente que coloque a 
mão sobre a cicatriz umbilical. Dá um 
peteleco do lado direito e sente se onda 
se propaga para o outro lado. 
9 Semicírculo de Skoda: quando paciente 
com ascite não muito volumosa se deita, 
líquido se desloca para os flancos. Ao 
percutir, escutará macicez lateral e 
timpanismo no centro. Ao pedir para 
pacienteficar em decúbito lateral, líquido forma 
um semicírculo e, ao começar a percussão de 
cima pra baixo, vai escutar timpanismo e depois 
macicez (líquido). 
9 Sinal da poça: pedir ao paciente que fique de pé 
e apoie os dois braços na maca. Líquido de 
pequena monta se deslocará para a região 
periumbilical. Ao percutir, encontra-se 
timpanismo nos flancos e macicez na região 
periumbilical. 
 
Como Registrar os Achados do Exame 
9 Abdome atípico 
9 Indolor à palpação profunda e superficial, ausência de visceromegalia e massas 
9 Ausência de massas, pulsação, dermatose, equimose ou herniação 
9 Peristalse presente – xx por minuto 
9 Ausência de sopros 
9 Hepatimetria (cm) 
9 Traube livre 
9 Sinais: positivos ou negativos 
 
 
 
9 
 
Respiratório 
 
Inspeção 
1. Estática: 
Observar frontalmente, tangencialmente e posteriormente a forma do tórax: 
¾ Atípico 
¾ Típico: barril/tonel (aumento do diâmetro antero-posterior –enfisema, DPOC), 
pectus carinatum, pectus escavatum, em sino (grandes ascites, grandes 
hepatomegalias) 
¾ Tatuagens 
¾ Abaulamentos 
¾ Depressões 
¾ Simetria 
¾ Cicatrizes 
¾ Circulação colateral 
¾ Lesões de pele: manchas acrômicas podem ser vitiligo ou Hanseníase (sem 
sensibilidade – pedir para fechar olhos e tocar com um estilete para pesquisar 
sensibilidade) 
Observar também a coluna vertebral: 
¾ Cifose 
¾ Lordose 
¾ Escoliose 
É feita ao redor do paciente: frontalmente, tangencialmente e posteriormente! 
 
2. Dinâmica: 
9 Observar a frequência respiratória através das incursões abdominais: eupneico, 
taquipneico, bradipneico. 
� Homens e crianças: respiração predominantemente abdominal 
� Mulheres: respiração predominantemente torácica 
� Tipo respiratório de Duchenne (inverso abdominal): tórax se contrai na 
inspiração e abdome se dilata Î pericardites 
� Padrão respiratório paradoxal: depressão subcostal e dilatação abdominal. 
Comum em bebês. 
9 Sempre procurar sinais de esforço/desconforto respiratório5: 
� Utilização da musculatura acessória para respirar: 
esternocleidomastoideo e trapézio 
� Batimento de asas de nariz 
� Tiragens intercostais, subcostais 
� Retração de fúrcula 
� Taquipneia Æ o mais valorizado! 
� Cianose: em RN, cianose perioral pode ser hipoglicemia ou 
cardiomiopatia congênita. Generalizada, de extremidades ou perioral. 
� Gemência Æ muito comum em lactentes; fácies de sofrimento 
acompanham (doença aguda). É expiratória. 
 
5 Observar a posição da traqueia é útil porque é deslocada para o lado quando há pneumotórax, 
derrame pleural e atelectasia. 
Paciente deitado na 
maca para contar! 
curvaturaexcessiva p fora
curvaturaexcessivapldentro
v curvaturalateral
µ lado oposto
G ladoda atelectasia
ladooposto
10 
 
Frequências Respiratórias: 
¾ Adulto: 16/20 irpm 
¾ RN: 50/60 irpm 
¾ Lactente: 40/50 irpm 
¾ 1ª infância: 30/40 irpm 
¾ 2ª infância: 20/30 irpm 
É mais fácil de ser observada com o paciente em decúbito dorsal. Observar 
principalmente se há taquipneia (e outros sinais de esforço respiratório). 
 
Síndrome infecciosa febril + taquipneia + esforço respiratório: pensar em condensação 
pulmonar 
Cetoacidose diabética: ritmo respiratório de Kussmaul 
 
 
Palpação 
1. Expansibilidade torácica6: 
a. Lobo médio e Língula: com o paciente deitado sobre a maca, examinar 
pelo lado direito. Com o examinador 
mais para o lado caudal, na altura do 
joelho do paciente, apoiar as mãos 
acima do rebordo costal e fazer a 
prega cutânea. Pedir para respirar 
profundamente. 
b. Ápices: com o paciente de pé, palpar 
7ª vértebra cervical e colocar 
polegares sobre ela em um ângulo 
reto. Repousa as palmas 
completamente sobre os ombros do 
paciente, relaxadas. Pede para 
paciente respirar fundo (inspira pelo 
nariz e expira pela boca semiaberta) e 
observa a alteração do ângulo entre os 
polegares: diminui na expiração e 
aumenta na inspiração. É importante comparar os dois lados para ver se 
há simetria na expansibilidade (pode diminuir em hemitórax acometido 
por lesão). 
c. Bases: com as mãos bem espalmadas, polegares na altura da 10ª 
costela, fazer prega cutânea no gradil costal no dorso do paciente. 
Enfisema pulmonar: expansibilidade muito diminuída. 
 
Exame normal: expansibilidade preservada e simétrica. 
 
2. Flexibilidade Torácica: 
� Em mulheres, colocar a mão acima da mama. 
 
66 Causas de diminuição/atraso de expansibilidade unilateral: fibrose crônica do pulmão ou pleura 
subjacentes, derrame pleural, pneumonia lombar, obstrução brônquica unilateral. 
Elasina.mn
illumine
11 
 
� Compressão leve e rápida Æ fazer duas compressões porque precisa avaliar 
compressão e expansão. 
� Hemitórax esquerdo, direito e parte latero-lateral. 
� No caso de fratura de costela ou algum processo inflamatório, paciente 
refere dor. 
� Precisa abordar os dois lados do paciente – não tem como permanecer 
somente do lado direito. 
 
3. Frêmito Toracovocal: 
9 Método em escada para não esquecer nenhuma 
parte. 
9 Pedir para paciente falar “33” sempre que for 
encostando a mão. 
9 Fazer no hemitórax direito e no esquerdo, no sentido 
antero-posterior e latero-lateral. 
9 Evitar escápula e coluna vertebral, pode pedir 
paciente para se abraçar para afastar mais as 
escápulas. 
9 Usar sempre a mesma mão para a pesquisa (mais 
sensível) 
9 Começar acima das escápulas 
9 Fazer em um lado e depois no outro antes de descer mais a mão, para 
comparar um lado com o outro! 
9 Na região anterior: supraclavicular, infraclavicular e mais 1 ponto de cada lado 
(acima dos seios)! 
9 Derrame pleural: FTV muito diminuído ou ausente, coincidindo com a parte 
superior do líquido 
9 Síndrome de condensação pulmonar: FTV aumentado. 
 
OBS: 
� RN – muito importante palpar a clavícula para ver se há crepitação Æ fratura 
� Biotipo/Tipo Constitucional: 
¾ Normolíneo (intermediário, estênico): equilíbrio entre membros e 
tronco, ângulo de Charpy7 reto, corpo proporcional 
¾ Brevelíneo (curto, pícnico, hiperestênico): Membros curtos, tórax 
alargado, abdome globoso, pescoço curto e grosso, panículo adiposo 
desenvolvido e ângulo de Charpy obtuso Æ normalmente pacientes 
obesos, com tendência a HAS, diabetes, hipercolesterolemia (síndrome 
metabólica). 
¾ Longilíneo (longo, hipoestênico, leptossômico): predomínio dos 
membros sobre tronco, tórax alargado e chato, pescoço longo e 
delgado, musculatura e panículo adiposo escassos e ângulo de Charpy 
agudo Æ mais propensos a doenças no aparelho respiratório, 
principalmente tuberculose. 
 
7 Ângulo de Charpy: formado pelas duas porções do gradil costal junto ao apêndice xifoide. Hoje, a 
análise biotipológica só é importante para exame do aparelho circulatório e na interpretação do coração 
em raio-x de tórax e ECG. 
pneumonia atelectasia
12 
 
Percussão 
 
9 Nos mesmos pontos onde pesquisou o FTV Æ 8 pontos na região posterior 
9 Evitar escápulas e coluna vertebral 
9 Som característico: som claro atimpânico 
9 Som maciço: reflete ausência de ar e algo denso no local percutido (som 
gerado na percussão de órgãos maciços, como fígado). Patologias (ex: 
pneumonia) Æ hepatização do parênquima pulmonar e atelectasia8. 
9 Som timpânico: presença de ar (ex: percussão do estômago vazio). 
Importante no diagnóstico de pneumotórax hipertensivo. 
9 Som submaciço: som alcançado na percussão da transição entre o pulmão e 
fígado, “mistura” dos sons maciço e atimpânico. Evidenciado nos pacientes 
com DPOC. 
9 Exame normal: som claro atimpânico e simétrico em todas as regiões 
pesquisadas 
9 Enfisema pulmonar: hipertimpanismo 
 
 
 
Ausculta 
 
9 Murmúrio vesicular: som básico. Pode ser: 
¾ Normal: presente/audível em ambos os hemitórax, ou presente 
universalmente, etc. 
¾ Diminuído: fibrose pulmonar ou DPOC 
¾ Abolido: pneumectomizados, derrame pleural, pneumotórax. 
9 Sopro tubário/traqueal: auscultado normalmentena fúrcula. Em outras 
regiões, sugere condensação pulmonar (1ª hipótese). Diminuído em idosos e 
pacientes enfisematosos. 
9 Ruídos adventícios: sons que envolvem alterações patológicas do sistema 
respiratório. Podem ser simplificados nos 3 grupos seguintes: 
¾ Sons contínuos: 
� Sibilos: sons agudos, semelhantes a um assobio ou chiado, 
gerados pela passagem de ar em brônquios e bronquíolos 
estreitados. Predominam na expiração, podendo ocorrer 
também na inspiração. Pacientes com asma9, DPOC, bronquite, 
asma cardíaca, bronquiolite. 
� Roncos: sons mais graves, predominando na inspiração, 
semelhantes ao roncar das pessoas. Secreção em grandes vias 
aéreas; normalmente têm intensidade alterada após tosse e 
expectoração. Podem ser nas VAS (roncos nasais). Paciente 
muito tempo acamado acumula secreção Æ pedir para tossir 
antes para facilitar a ausculta. 
 
8 Atelectasia: colapso parcial ou total do pulmão ou lóbulo pulmonar que ocorre quando os alvéolos não 
são apropriadamente insuflados (?). Resulta em diminuição da complacência pulmonar. 
9 Broncoconstrição devido à inflamação diminui calibre das vias aéreas, produzindo sibilo. 
13 
 
¾ Sons descontínuos: 
� Estertores finos (crepitantes): são sons agudos, audíveis no final 
da expiração, de curta duração, correspondendo ao líquido ou 
exsudato nos alvéolos (intra-alveolares), devido a processos 
inflamatórios. O som se assemelha ao atrito entre os fios de 
cabelo. Alvéolo se distende e faz barulho de saco molhado. A 
tosse, por mobilizar secreções em vias aéreas proximais, facilita 
a passagem do ar para os alvéolos congestos, tornando mais 
nítida sua ausculta. Primeiras hipóteses diagnósticas: pneumonia 
ou ICC. 
� Estertores grossos (subcrepitantes ou bolhosos): são sons 
graves, extra-alveolares, audíveis no início da inspiração e em 
toda expiração, correspondendo à abertura e fechamento de 
vias aéreas superiores com secreção. O som é semelhante ao 
assoprar um copo com água com um canudo para fazer bolhas, 
podendo ser definidas bolhas (mais agudo), médias bolhas ou 
grossas bolhas (mais grave). A tosse mobiliza estas secreções, 
sendo modificado, portanto, com tal manobra. 
¾ Atrito Pleural: ocorre quando o paciente está em processo de instalação 
de derrame pleural, precedendo-o. Assemelha-se ao ranger do couro. 
Quando o derrame pleural se instala, o atrito pleural desaparece. 
¾ Estridor: som que assusta – mães dizem que o filho está com tosse de 
cachorro – e se deve a inflamação na laringe Î estreitamento Î 
estridor à passagem de ar. Presente na laringite estridulosa e 
laringotraqueomalácea (deficiência na cartilagem das vias aéreas, que 
gera uma respiração ruidosa). 
 
Exame normal = murmúrio vesicular presente/audível em ambos os hemitórax, ou 
presente universalmente, etc. Ausência de ruídos adventícios. 
Exame alterado Î dizer qual ruído adventício está auscultando e em que local. 
 
Obs: presença de sibilo localizado, mesmo após tosse, pode ser indicativo da presença 
de corpo estranho Æ muito comum em crianças. Pesquisar se não pode ser 
tuberculose. Após exclusão e à persistência do sibilo, pensar em corpo estranho. 
Quase sempre se instala no pulmão direito porque o brônquio fonte é mais calibroso e 
mais vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
não
desaparecem
na tosse
se modifica
com a
tosse
O
14 
 
 Sd. de Condensação DPOC Derrame Pleural Atelectasia Pneumotórax ICCE 
Inspeção 
Esforço 
respiratório 
Taquipneia 
Tórax em tonel 
RX revela desvio 
contra-lateral do 
mediastino, 
abaulamento 
RX revela desvio 
ipsilateral do 
mediastino 
RX revela desvio 
contra-lateral 
do mediastino 
RX revela 
mediastino 
centrado 
Palpação 
Expansibilidade do 
local 
Frêmito 
toracovocal 
Expansi-
bilidade 
universal 
Frêmito 
toracovocal 
 Expansibilidade 
Frêmito toracovocal 
ausente 
Expansibilidade 
Frêmito 
toracovocal ou 
ausência 
Expansibilidade 
Frêmito 
toracovocal ou 
ausente Nada 
Percussão Submacicez Macicez Hipertimpânico 
Submacicez a 
macicez Macicez 
Hipertimpânico 
ou timpânico Nada 
Ausculta Estertores finos Sopro tubário 
Roncos, sibilos, 
estertores 
Atrito pleural Î 
ausente Ausente 
Atrito pleural 
ocasional 
Estertores 
crepitantes 
nas bases ao 
final da 
inspiração 
Sibilos 
 
Comentários sobre algumas síndromes do aparelho respiratório: 
 
¾ Paciente com febre, tosse com secreção/expectoração que pode ir tornando-se 
cada vez mais densa, com aspecto de cor de tijolo (hemoptise), queda do 
estado geral, certa dificuldade respiratória Î sinais de esforço respiratório 
(vide pág. 9) Æ são básicos para o diagnóstico das síndromes respiratórias. 
¾ Taquipneia é o padrão-ouro para diagnóstico de pneumonia. Muito encontrada 
em síndrome de condensação. 
¾ Síndrome de condensação é um processo de solidificação/hepatização do 
tecido pulmonar. Infecção (seja Streptococcus sp. ou Staphyloccocus sp.) gera 
hepatização do tecido: se condensa, se agrega e perde permeabilidade Î ar 
não penetra com a mesma facilidade. É uma situação estrutural do pulmão, 
que se solidifica, se consolida. Não confundir com processo de fibrose. Frêmito 
aumenta porque o som se transmite com mais intensidade. 
¾ DPOC: Enfisema10 Pulmonar Æ tórax em tonel, expansibilidade difusamente 
diminuída (será muito discreta nas manobras). Restrição à passagem de ar 
diminui o frêmito. Ar retido aumenta o timpanismo Î hipertimpanismo. 
Paciente muito sujeito à infecções Î roncos, sibilos (devido a broncoespasmo 
na via aérea distal), estertores. 
 
10 O enfisema caracteriza-se por destruição dos espaços aéreos envolvidos na troca gasosa, ou seja, 
bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos. As paredes dessas estruturas tornam-se 
perfuradas e mais tarde seu lúmen é obstruído pela coalescência de pequenos espaços aéreos 
independentes para formar espaços aéreos anormais e muito maiores. 
Ô 53 acuso soro crônica
o
15 
 
¾ Derrame pleural: líquido no hemitórax empurra mediastino para o lado oposto 
(visto no raio-x); expansibilidade diminuída; líquido diminui muito o frêmito ou 
o torna ausente, torna a percussão maciça e impede ausculta. 
¾ Pneumotórax: ar também rechaça mediastino para o lado oposto, 
expansibilidade estará diminuída, frêmito diminuído ou ausente. Presença de 
ar confere à percussão hipertimpanismo. Atrito pleural ocasional Æ quando é 
auscultado, significa que paciente desenvolverá derrame Æ atrito desaparece. 
¾ ICCE: dificuldade de ejeção do sangue Æ volta e se acumula na árvore 
pulmonar Æ estertores crepitantes, principalmente no final da expiração. ICCE 
é bem diferente da pneumonia, porque ICCE não tem febre, apresenta história 
de dispneia progressiva, ortopneia (acorda sem ar de madrugada). 
 
 
Sistema Cardiovascular 
Revisão de Conceitos Importantes 
9 Valvas tricúspide e mitral: atrioventriculares 
9 Valvas aórtica e pulmonar: semilunares 
9 Sístole: valva aórtica está aberta, permitindo a ejeção do sangue e a valva 
mitral está fechada, impedindo regurgitação para o átrio esquerdo. 
9 Diástole: valva aórtica está fechada, prevenindo regurgitação para o ventrículo 
esquerdo e a valva mitral está aberta, permitindo ao sangue fluir o átrio 
esquerdo para o ventrículo esquerdo relaxado. 
9 Entender as inter-relações das pressões nessas três câmaras (átrio esquerdo, 
ventrículo esquerdo e aorta) e o movimento das valvas é fundamental para 
entender os sons cardíacos. 
9 Na ausculta, a primeira e segunda bulhas definem a duração da sístole e 
diástole. 
9 Importante: palpar os pulsos ao mesmo tempo para saber o ritmo e se estão 
iguais! Registrar se estão palpáveis, com ritmos simétricos, se é fino/amplo 
(com o tempo, se entende isso) etc. Caso haja diferença, pode colocar “ritmo 
assimétrico”. Se todos estiverem normais, basta dizer “pulsos periféricos”. No 
caso de alteração, descrever o pulso. 
 
Sempre que examinar o paciente,ele precisa estar sem blusa e as mulheres sem sutiã 
(preferencialmente). Explicar o que vai fazer; se necessário, pedir para mobilizar o seio 
para palpar o ictus. Fazer inspeção de frente e tangencial! 
 
 
 
 
Pulso Jugular 
É reflexo da função e anatomia das cavidades direitas do coração. Devido à sua 
anatomia, com trajeto retilíneo em direção ao átrio direito, a veia jugular interna 
16 
 
direita deve ser preferida para o estudo. Ela reflete a pressão no átrio direito, ou 
Pressão Venosa Central. 
É preciso, primeiro, se certificar de que se trata da veia jugular que estamos 
observando, e não da artéria carótida. 
 
Pulso Jugular Interno Pulso Carotídeo 
Facilmente visível Pouco visível 
Raramente palpável Facilmente palpável 
Ondas múltiplas Onda única 
Pulso é reduzido ou some à pressão 
digital Pulso não se altera à pressão digital 
Manobra de Rivero Carvallo11 diminui a 
altura do pulso 
Manobra de Rivero Carvallo não altera o 
pulso 
Elevação da cabeceira diminui a altura do 
pulso; abaixamento eleva a altura 
Alteração do ângulo da cabeceira não 
altera o pulso 
 
9 Deixar paciente confortável. Pode elevar um pouco a cabeça com um 
travesseiro para relaxar o esternocleidomastoideo. 
9 Elevar a cabeceira da maca a 30° (fundamental para o pulso venoso jugular). 
Vire a cabeça do paciente levemente (30-45°) para o lado oposto ao que este 
sendo examinado. 
9 Identificar a VJI: supraclavicular, na base do pescoço. Precisa visualizar a 
pulsação e, ao colocar o dedo, ela não deve ser palpável. 
9 Fazer inspeção tangencial de forma a visualizar melhor o pulso. Pode subir a 
parte caudal da maca para aumentar o retorno venoso e facilitar a visualização. 
Outra forma de aumentá-lo seria comprimindo o abdome. 
 
 
 
 
11 Manobra de Rivero Carvallo: aumenta o retorno venoso, aumentando o sopro de insuficiência 
tricúspide. A manobra consiste em pedir ao paciente que faça uma inspiração longa e mais profunda, 
sem prender o ar. Mais eficaz com o tórax na posição ortostática. 
17 
 
Pulso Carotídeo 
É um ótimo reflexo do ventrículo esquerdo. 
 
 
9 Importante para detecção de estenose ou insuficiência da valva aórtica. 
9 Palpação da artéria carótida: achar o triângulo entre o ângulo da mandíbula, 
esternocleidomastoideo (ECOM) e traqueia. Pode ser palpado desviando-se o 
ECOM lateralmente. Deve-se evitar a palpação junto ao ângulo da mandíbula 
pela possibilidade de manobra vagal. 
9 Importante: NUNCA palpar ambas as carótidas simultaneamente para evitar 
síncope do paciente. 
9 Ausculta12: pedir para paciente parar de respirar, se não vai escutar o som do 
ar entrando na traqueia (sopro tubário). Pesquisar presença de sopros. 
9 Pesquisa do frêmito: colocar a parte lateral da mão ao longo da artéria. Se 
houver alguma obstrução ao fluxo, gera uma turbulência, a qual gera um som 
(sopro). Esse som gera o frêmito. Portanto, é preciso auscultar e pesquisar o 
frêmito. Não precisa pesquisar frêmito se não auscultar fúrcula. 
Palpação da Fúrcula Esternal 
Palpa-se a fúrcula esternal para pesquisar o 
arco aórtico (pode ter um aneurisma, por 
exemplo), além de permitir pesquisar o átrio 
direito (anatomicamente o mais próximo). No 
caso de aumento de câmara do AD, pode-se 
senti-lo na fúrcula. 
9 Palpar para baixo. 
 
 
 
 
 
12 Estenose Aórtica: sopro é melhor audível no foco aórtico, irradiando-se para base do pescoço e 
carótida. 
18 
 
Palpação da Região Epigástrica 
9 Coloca a ponta do dedo logo abaixo do processo xifoide. 
9 Pesquisa de dilatação do ventrículo direito. Neste caso, sentirá pulsação 
pontual na ponta do dedo. 
9 Palma da mão: pesquisa de aneurisma de aorta abdominal. Nesse caso, sente 
pulsação. 
 
 
 
Ictus Cordis 
 
É o ápice do coração, a extremidade do ventrículo esquerdo. 
Localização: paciente deve estar em decúbito dorsal com a 
cabeceira do leito a 30°, seu tórax exposto e membros não 
cruzados, repousando sobre o leito. Encontra-se entre o 4º e 5º 
espaços intercostais, na linha hemiclavicular esquerda (de 6-
10cm à esquerda da linha média). Geralmente, na região 
inframamária. Pode mudar de acordo com o biótipo do 
paciente. 
 
Inspeção: abaixa a maca quase a 0° e faz-se inspeção tangencial 
para ver se ictus tem pulsação visível. Pode pedir para o 
paciente parar de respirar um pouco. 
 
Palpação: 
9 Se não conseguir palpar, pedir para paciente ficar em decúbito lateral 
esquerdo, com a perna direita semiflexionada e a direita estendida, de forma a 
aproximar o coração da caixa torácica. Permanecer à direita da maca. 
9 Outra posição é com o paciente sentado: com as pernas esticadas, ou pode 
sentar na maca de lado e pedir para inclinar-se para frente e expirar, fazendo 
uma pausa na respiração. Atenção para não “abraçar” o paciente! 
9 Ao se sentir a pulsação, desliza-se a mão procurando o lugar onde o pulsar do 
ictus se encontra mais forte; deslizar a mão de maneira que fique apenas a 
19 
 
polpa digital sobre o mesmo. É importante dizer que o ictus não deve 
ultrapassar duas polpas digitais. 
9 Saber o número de polpas digitais usadas para palpar. 
 
 
 
Pulso Braquial 
9 A artéria braquial passa por baixo do bíceps. Usa-se esse 
músculo de referência para palpá-la. Palpar ambos os lados 
com as duas mãos. 
9 Puxa o bíceps pra cima. Pode pedir pra fazer um muque pra 
ajudar. 
9 Palpação da artéria braquial no epicôndilo. Palpar cada 
lado separadamente e depois juntos, para fins de 
comparação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pulso Radial 
9 A artéria radial passa sobre o processo estiloide do rádio. 
9 Palpar cada lado de uma vez e depois ambos juntos para comparar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Pulso Femoral 
9 Referências anatômicas: crista ilíaca e sínfise púbica. Traçar uma linha 
imaginária e palpar bem no meio. 
9 Como essa artéria é de grosso calibre, pode-se palpá-la com o polegar,ao 
contrário das outras. 
9 Artéria é dura, tem uma tensão, portanto é interessante apertá-la e segurá-la 
contra uma protuberância óssea, de forma a sentir o pulso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pulso Poplíteo 
9 É bem profundo. 
9 Não é sentido diretamente, sente-se um reflexo dele. 
9 Palpação bimanual com as mãos em garra. Não é possível, portanto, palpar ambos 
simultaneamente. 
9 Pede para o paciente soltar todo o peso da perna e levanta a perna dele. 
9 Em crianças, usar o polegar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Pulso Tibial Posterior 
9 Pedir para o paciente tirar os sapatos e meia. 
9 Palpado imediatamente atrás do maléolo medial. 
9 Palpar no máximo 2cm acima, porque depois a artéria passa por baixo da 
musculatura e não pode ser palpada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pulso Pedioso 
9 Artéria dorsal do pé é palpada no dorso do pé entre o 3º e 4º metatarsos, 
próximo ao tendão do hálux. Pode pedir para paciente flexionar o hálux para 
achar o tendão. 
9 A artéria é lateral ao tendão. 
 
 
Ausculta 
Não há uma sequência rígida para se fazer a ausculta, 
mas é, de certa forma, uma convenção fazê-la na 
sequência do ciclo cardíaco. 
Fluxo sanguíneo: átrio esquerdo Æ Valva Mitral 
Æ ventrículo esquerdo Æ Valva Aórtica Æ 
circulação sistêmica (grande circulação) Æ átrio 
direito Æ Valva Tricúspide Æ ventrículo direito 
Æ Valva Pulmonar Æ pequena circulação. 
A ausculta, portanto, segue essa ordem do fluxo 
sanguíneo, sendo feita na seguinte ordem: 
1. Foco Mitral 
2. Foco Aórtico 
3. Foco Aórtico Acessório 
4. Foco Tricúspide 
5. Foco Pulmonar 
Não precisa seguir essa sequência, mas como ela 
segue o ciclo cardíaco, ela facilita na hora de construir um diagnóstico no caso de 
22 
 
alteração. Em todos os focos pode-se escutar B1 e B2, mas em determinados focos, a 
ausculta é melhor. 
Os focos não correspondem à posição anatômica, e sim à área de abrangência daquela 
característica anatômica. Os focos correspondem ao local onde se ausculta melhor 
esta característica.9 B1: melhor auscultado nos focos Mitral 
(principalmente) e Tricúspide. 
 
1. Foco Mitral Æ coincide com a ponta do coração 
(ictus) Î 4º e 5º espaços intercostais na linha 
hemiclavicular esquerda, inframamário. 
2. Foco Aórtico Æ 2º espaço intercostal direito na 
linha paraesternal. 
3. Foco Aórtico Acessório Æ 3º espaço intercostal 
esquerdo na linha paraesternal. 
Frequentemente é melhor que o foco aórtico 
para auscultar. 
4. Foco Tricúspide Æ 4º espaço intercostal na linha paraesternal esquerda, e 
também na base do processo xifoide (região de abrangência). 
5. Foco Pulmonar Æ 2º espaço intercostal na linha paraesternal esquerda. 
 
9 Começar a auscultar e palpar o pulso arterial junto: o pulso arterial é sentido 
normalmente imediatamente após B1 (B1: fecha mitral e tricúspide, sangue é 
ejetado do ventrículo esquerdo e, então sente-se 
o pulso). Para ter certeza de que o “Tum” é B1, 
palpa-se o pulso arterial – ouve “Tum”, sente o 
pulso e então ouve-se “Tá”. Se houver um sopro 
entre as bulhas, consegue identificar se é 
sistólico13, diastólico14, próximo de B1, ou de B2, 
para montar as hipóteses diagnósticas. 
9 Pode palpar o pulso radial ou carotídeo, por 
serem pulsos fáceis de serem palpados,além de 
serem mais centrais, o que diminui a 
interferência da resistência vascular periférica. 
9 Fica um tempo até localizar B1 e B2 (até se 
acostumar com o som). 
9 Não precisa palpar enquanto ausculta todos os 
focos. Se na primeira ausculta conseguir identificar o que é B1 e o que é B2, 
não precisa mais palpar o pulso. 
9 Começar com foco mitral. Logo abaixo da clavícula já é o primeiro espaço 
intercostal. 
9 Aórtico 
9 Aórtico Acessório 
9 Tricúspide 
 
13 Sopros sistólicos: fisiológicos 
14 Sopros diastólicos: patológicos 
23 
 
9 Pulmonar 
Ficar um tempo auscultando para se acostumar com o som e aprender. 
Sons de baixa frequência: usar campânula, porque o som se propaga melhor no ar. 
Como a campânula é funda, tem mais ar, melhorando a propagação do som de baixa 
frequência. 
Sons de alta frequência: usar diafragma. 
� B1 e B2: sons de alta frequência. 
� B3 e B4: sons de baixa frequência. 
Logo, se auscultar apenas com o diafragma, B3 e B4 podem passar despercebidos. É 
importante auscultar com os dois lados. Não precisa auscultar em todos os focos, mas 
é imprescindível auscultar na Mitral, Aórtico e Aórtico Acessório tanto com a 
campânula e o diafragma. 
¾ B3: vem logo depois de B2. Ouve-se “Tum-Trá”. É antes do pulso, longe dele. 
¾ B4: é imediatamente antes do pulso. 
¾ Pulso jugular reflete a chegada de sangue no átrio direito. Ainda não aconteceu 
B1, logo, é visualizado antes de B1. 
 
Pulso jugular ------- B1 ------- Pulso Arterial 
 
� B4 é fisiológica no idoso devido a alteração de complacência de átrio e 
ventrículo, então é fisiológica em idoso porque há algum grau de patologia. 
� B3, ao contrário de B4, pode, sim, ser fisiológica. 
 
Desdobramento de B2: valvas, na verdade, não fecham juntas, mas não conseguimos 
observar isso. Em algumas situações, seu tempo de fechamento muda e se prolonga, 
permitindo auscultar as duas (desdobramento de B2). Normalmente, valva aórtica 
fecha antes da valva pulmonar. 
Situações fisiológicas em que há desdobramento de B2: síndromes hipercinéticas, que 
levam à taquicardia. Na taquicardia, a frequência aumenta e o tempo da sístole e 
diástole fica muito próximos (normalmente, o tempo da sístole é menor e da diástole é 
maior). 
¾ Inspiração: aumenta o retorno venoso, o que aumenta a quantidade de sangue 
a ser ejetado do ventrículo direito, em direção ao pulmão. Como há mais 
sangue, a valva aórtica fecha, mas a valva pulmonar demora mais tempo para 
se fechar, levando a desdobramento fisiológico de B2. 
¾ Melhor auscultado nos focos aórtico e pulmonar. 
¾ Não é um desdobramento fixo: desdobra mais na inspiração ou em manobras 
que induzam ao aumento de retorno venoso. 
¾ Pode também haver desdobramento de B2 na inspiração, mas é mais comum 
em crianças e mais difícil em adultos. 
¾ Se o desdobramento some quando o paciente senta (estava em decúbito 
dorsal), isso indica que é fisiológico, porque o retorno venoso diminuiu. Se 
estiver fixo (não sumiu), é patológico. 
¾ Pode ser confundido com B3. B2 é melhor auscultado nos focos aórtico e 
pulmonar; é um som sistólico. B3 é um som diastólico: palpar pulso arterial. Se 
for B3, som não será auscultado junto com o pulso. 
 
24 
 
Pressão Arterial Sistêmica 
Método auscultatório: 
9 Paciente deve estar confortável, em repouso por pelo menos 5mins, sem fumar 
há pelo menos 30mins. 
9 Localizar o pulso da artéria braquial. 
9 Colocar o manguito justo, com a folga de 1 dedo, sobre a artéria braquial. A 
parte que insufla deve estar sobre o trajeto da artéria (vem escrito no 
manguito). 
9 Palpar o pulso da artéria radial e insuflar de 10 em 10mmHg até o pulso 
desaparecer. 
9 Desinsuflar o manguito na velocidade de 2-4mmHg/segundo até voltar a sentir 
o pulso radial Î pressão arterial sistólica aferida pelo método palpatório. 
9 Aguardar 1 minuto. 
9 Insuflar o manguito 20-30mmHg acima da pressão aferida à palpação e colocar 
o estetoscópio sobre a artéria braquial (fossa cubital) e auscultar os sons de 
Korotkoff, desinsuflando o manguito 2-4mmHg/segundo. 
9 Primeiro som audível: pressão sistólica. 
9 Último som audível: pressão diastólica. 
9 Auscultar até 0mmHg. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Sistema Osteomuscular 
 
Osteoartrite e artrose são queixas muito comuns. Tendinite e artrite são queixas extra-
articulares que podem ser resolvidas pelo generalista. LES e artrite são os reumatismos 
mais frequentes. 
Paciente hipertenso pode fazer uso de diazida, um diurético que causa artrite. 
 
Artrite Æ sinais flogísticos 
Anamnese 
Idade 
¾ Crianças: febre reumática 
¾ Adultos: LES e artrite reumatoide 
¾ >50 anos: gota 
 
Sexo 
¾ Feminino: LES 
¾ Masculino: Gota 
 
É importante na anamnese descrever a ocupação do paciente, colchão, histórico de 
amigdalites, uso de medicamentos diuréticos, além de sintomas extra-articulares na 
revisão dos sistemas, como: febre, fraqueza, anorexia, uretrite (Síndrome de Reiter ou 
artrite gonocócica), diarreia, lesões descamativas e sinal de asa de borboleta. 
Os sintomas importante a serem investigados na HDA são: 
9 Crepitação 
9 Rigidez matinal (> ou < 30 minutos) 
9 Edema 
9 Limitação de movimentos 
9 Artralgia 
� Súbita (ex: crise de gota) 
� Mono articular (gota) 
� Poliarticular 
� Insidiosa (osteoartrite/artrose) 
� Cumulativa (artrite reumatoide) 
� Migratória (característica da febre reumática) 
 
Artralgias de causa extra-articular: 
¾ Bursites, tendinites, tendossinovites, miosites (mialgias) 
¾ Cervicalgia: pode irradiar para MS devido ao comprometimento de raiz nervosa 
Î parestesia, hemiparesia, etc. 
¾ Lombalgia: pode irradiar para MI (Síndrome da Cauda Equina). Na linha média 
ou não. 
 
Artrite reumatoide compromete a membrana sinovial Î líquido extravasa 
Gota: cristais de ácido úrico comprometem membrana sinovial 
Hérnia de disco e osteócrito (bico de papagaio) podem ter os mesmos sintomas por 
comprometimento de raiz nervosa. 
26 
 
Articulação Temporomandibular (ATM) 
9 Inspeção: comparar lados, ver abaulamento. Parotidite Î 
abaulamento da ATM. 
9 Palpação: na frente do trago, pedir ao paciente para abrir a 
boca. Verificar crepitação e dor palpação. 
9 Movimentos ativos: abrir e fechar a boca (palpar com 3 
dedos); protrusão e retração; lateralização. 
 
 
Cintura Escapular 
 
3 articulações: 
9 Articulação Acromioclavicular 
9 Articulação gleno-umeral 
9 Articulação esterno-clavicular 
Dor torácica na altura do precórdio também pode ser comprometimento de 
articulação: se a dor aumenta, é de origem osteoarticular e não cardíaca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
9 Inspeção: procura de edemas ou sinais flogísticos 
9 Palpação: pontos dolorosos: 
¾ Acromial (bursa) 
¾ Processo coracoide 
¾ Tubérculo maior (inspeção de Síndromede 
Resposta Inflamatória Sistêmica) 
¾ Bicipital (sulco intertubercular) 
 
9 Amplitude: 
¾ Flexão 
¾ Extensão 
¾ Abdução 
¾ Adução 
¾ Rotação interna 
¾ Rotação externa 
 
Manobras: 
1. Teste do Cruzamento: 
Articulação acromioclavicular: adução na altura da clavícula. 
A estrutura mais lesionada no ombro é o manguito rotador. Quando há tendinite, o 
paciente refere dor no local quando faz o teste do cruzamento. 
 
2. Manguito rotador: grupo de músculos 
escapuloumerais que rotacionam o ombro 
lateralmente. 
Estender o cotovelo passivamente e elevá-lo para trás Æ 
verificar tendinite supraespinhosa. 
 
 
3. Teste de coçar de Apley: tendinite no manguito 
rotador 
Rotação geral do ombro. 
 
4. Sinal da Queda do Braço: 
Pedir ao paciente que abduza o braço completamente ao nível do ombro e o abaixe 
lentamente. Sinal positivo no caso de o paciente não conseguir manter o braço 
completamente abduzido ao nível do ombro, indicando ruptura no manguito rotador. 
Abdução acima do nível do ombro se 
dá por ação do deltoide. 
 
Cotovelo 
3 articulações: 
9 Úmero-ulnar 
9 Rádio-ulnar 
9 Rádio-ulmeral 
 
28 
 
Lesões: 
9 Epicondilite medial (golfista) 
9 Epicondilite lateral (tenista) 
9 Sinovite 
9 Bursite olecraniana 
 
¾ Palpar epicôndilos 
¾ Amplitude: flexionar e estender; pronação e supinação 
 
Articulações do Punho 
3 articulações: 
9 Radiocárpica 
9 Intercárpica 
9 Radioulnar distal 
 
 
9 Palpação: edema, nódulos 
9 Amplitude: flexão e extensão; abdução e 
adução 
 
 
Síndrome do Túnel do Carpo: 
 
O nervo mediano inerva a região da palma da mão, e, quando há tendinite, ele é 
comprimido, podendo provocar parestesia e fraqueza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
Manobras: 
1. Teste de Phalen: 
Pedir para o paciente segurar as mãos na posição ao lado por 60s. Esta 
posição comprime o nervo mediano. 
 
 
 
2. Teste de Tinel: fazer uma leve percussão no local indicado pela seta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Teste de Abdução/Fraqueza do Polegar: pedir ao paciente para o paciente 
erguer o polegar perpendicularmente à palma, enquanto se aplica resistência 
na falange distal. Esse teste é usado para pesquisar a força do abdutor curto do 
polegar, que é inervado apenas pelo nervo mediano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Articulações das Mãos 
9 Articulações interfalangianas distais Æ flexão e extensão 
9 Articulações interfalangianas proximais Æ flexão e extensão 
9 Articulações metacarpofalangianas Æ flexão e extensão; adução e abdução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteoartrite compromete as articulações interfalangianas distais Î Nódulos de 
Heberden 
Artrite reumatoide poupa as articulações interfalangianas distais e compromete as 
proximais Î Nódulos de Bouchard 
 
 
Tenossinovite de De Quervain 
A Tenossinovite de De Quervain se manifesta sobre os 
tendões extensor e abdutor onde cruzam pelo processo 
estiloide do rádio. 
 
 
Manobras: 
1. Preensão Manual 
2. Teste de Finkelstein (Movimento do Polegar): 
 
 
31 
 
Quadril 
Articulação coxofemoral 
9 Amplitude: flexão e extensão; abdução e adução; rotação externa e interna 
9 Inspeção da marcha 
9 Palpação da bursa trocantérica 
 
 
 
Manobras: 
1. Teste de Thomas: 
Faz o achatamento da lordose. É importante verificar a contração da coxa 
contralateral. 
 
 
 
 
2. Manobra de Patrick-Fabere: 
Consiste em uma flexão, abdução e rotação 
externa simultâneas. Fazer abdução e adução 
com estabilização contralateral. O objetivo é 
investigar dor na articulação sacroilíaca. Em caso 
de inflamação, paciente refere dor na região 
posterior. 
 
3. Rotação interna e externa da coxa com 
perna flexionda a 90°. 
32 
 
Joelho 
2 articulações: 
9 Tíbiofemural 
9 Patelofemural 
 
Inspeção: 
9 Observar marcha 
9 Genu varum 
9 Genu valgum 
9 Bursites 
 
 
 
Palpação: 
9 Bursa suprapatelar 
9 Bursa pré-patelar 
9 Bursa anserina (2,5-5cm abaixo do 
joelho) 
9 Laterais 
Perguntar se paciente sente dor! 
 
Amplitude: 
9 Flexão e extensão 
9 Rotação interna e rotação externa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manobras: 
1. Sinal do Abaulamento: 
Observado em derrames menores. Comprimir a área suprapatelar e medial e percutir a 
área lateral. 
 
 
33 
 
2. Sinal do Balão: 
Quando se faz compressão, líquido se acumula e patela fica boiando. Pode afundar a 
patela Æ sinal da tecla. Colocar o polegar e indicador nos lados da patela e comprimir 
a bursa patelar contra o fêmur. Verificar sinal da tecla. 
 
 
 
3. Rechaço da Patela 
Avalia grandes derrames. Empurrar a patela firmemente contra o fêmur. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Teste da Abdução Forçada: 
Investiga o ligamento colateral medial. 
 
5. Teste da Adução Forçada: 
Investiga o ligamento colateral lateral. 
 
 
 
6. Sinal da Gaveta Anterior: 
Investiga o ligamento cruzado anterior. 
 
7. Sinal da Gaveta Posterior: 
Investiga o ligamento cruzado posterior. 
 
 
 
 
34 
 
Tornozelo e Pé 
4 articulações: 
9 Tibiotársica 
9 Metatarsofalangeanas 
9 Interfalangeanas proximais 
9 Interfalangeanas distais 
 
 
 
 
 
 
 
Inspeção: 
9 Pé varo/valgo 
9 Pé plano/cavo 
 
 
 
 
 
Palpação: 
9 Nódulos reumatoides 
9 Tendões (tendinites) 
9 Podagra: artrite da articulação do 1º 
metatarso falangeano. É associada à gota. 
 
 
Exame Físico: 
Amplitude: flexão e extensão; inversão e eversão. 
 
 
Coluna Vertebral 
 
Inspeção: 
9 Lordose 
9 Cifose 
9 Escoliose 
 
Palpação: 
9 Musculatura paravertebral 
9 Espondilolistese: quando o 
corpo vertebral sai do lugar 
9 Processos espinhosos: 
escoliose, hérnia e artrite 
Não se faz mais percussão! 
35 
 
Manobras: 
1. Teste de Laségue: 
Levantar a perna do paciente e ver se sente dor lombar. 
 
2. Teste de Bragard: 
Levantar a perna do paciente e fazer uma dorsoflexão do pé. 
 
 
Ambos os testes acima investigam compressão radicular e hérnia de disco. 
 
3. Teste de Schober: 
Examina anquilose vertebral (rigidez) para investigar espondilite anquilosante. 
Marca-se a articulação sacroilíaca e faz-se uma segunda marca 10cm acima. Pedir ao 
paciente eu flexione a coluna e então mede-se a distância entre os dois pontos 
marcados. A nova medida deverá ser 4-5cm maior para o teste ser normal. 
 
Sinais Extra-Articulares 
 
1. Tofos: depósitos de ácido úrico na derme que 
ocorrem na gota. 
2. Nódulos subcutâneos 
3. Asa de Borboleta 
4. Lesões Cutâneas da Psoríase 
 
 
Exame Neurológico 
 
É de extrema importância na anamnese que se pergunte sobre: 
9 Início da doença 
9 Modo de instalação da doença 
9 Evolução cronológica dos sintomas 
 
Doença hemorrágica ou isquemia cerebral são doenças agudas, de início súbito. Já 
Parkinson e Alzheimer se desenvolvem durante anos. 
Quando um paciente se queixa da “pior dor-de-cabeça da vida”, a primeira hipótese 
diagnóstica tem que ser hemorragia subaracnoidea. 
36 
 
A evolução dos sintomas também apresenta pistas para o diagnóstico. Um tumor 
cerebral, por exemplo, tem evolução progressiva dos sintomas. 
 
 
Esq: AVE isquêmico. Dir: AVE hemorrágico. Ambos têm início recente na HDA. 
 
Exame Neurológico: 
1. Marcha 
2. Estado mental 
3. Avaliação de pares cranianos 
4. Exame de força motora 
5. Sensibilidade tátil e dolorosa 
6. Sensibilidade profunda 
7. Reflexos profundos e superficiais 
8. Coordenação 
 
 
Nervos Cranianos 
I – Olfativo/Olfatório 
II – Óptico 
III – Oculomotor 
IV – Troclear 
V – Trigêmeo 
VI – Abducente 
VII – Facial 
VIII – Vestibulococlear 
IX – Glossofaríngeo 
X – Vago 
XI – Acessório 
XII – Hipoglosso 
 
Os nervos oculomotor, troclear e abducente são estudados juntos, bem como o 
glossofaríngeo e o vago. 
 
 
37 
 
I – Olfativo/Olfatório 
 
O nervo cruza pela lâmina crivosa do 
osso etmoide. Quando o paciente está 
resfriado, há edema de mucosa, que 
se sobrepõe aos nervos olfatórios. 
 
Avaliação: 
9 Usam-se substâncias com 
odores conhecidos, como 
canela, café, cravo, álcool, etc. 
9 Paciente de olhos fechados 
deve reconhecer o aroma que 
o examinador coloca diante de cada narina. 
9 Devem-se afastar condições que impeçam oreconhecimento do odor, como 
resfriado comum e atrofia de mucosa (pacientes com rinite alérgica mal 
tratada). 
 
Fraturas do andar anterior da base do crânio e tumores da goteira olfativa podem 
causar comprometimento deste nervo. 
 
Sintomas: 
9 Hiposmia 
9 Anosmia 
9 Parosmia (perversão do 
olfato) 
9 Cacosmia 
 
II – Óptico 
Avaliar: 
9 Acuidade visual Æ pedir ao 
paciente para ler (mesa, 
parede da sala de exame). 
Avaliar olhos 
separadamente. 
Ambliopia: diminuição da 
acuidade visual 
Amaurose: ausência da acuidade 
visual 
 
9 Campo visual Æ 
campimetria. Vide 
semiologia de cabeça e 
pescoço. 
 
38 
 
9 Fundoscopia: estudo do fundo do olho com o oftalmoscópio, que avalia o 
tecido nervoso (retina e papila óptica) e os vasos (artérias, veias e capilares). 
Importante na detecção do glaucoma. 
 
III – Oculomotor; IV – Troclear e VI – Abducente 
São estudados juntos! 
IV – Troclear inerva o músculo oblíquo superior (preso em um sistema de roldana a 
uma estrutura chamada tróclea) 
VI – Abducente inerva o músculo reto lateral 
III – Oculomotor inerva os músculos restantes e a musculatura levantadora palpebral 
 
Avaliar a motilidade extrínseca e intrínseca. 
 
Motilidade Extrínseca: 
� Reto medial 
� Reto inferior 
� Reto superior 
� Reto lateral 
� Oblíquo superior 
� Oblíquo inferior 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Motilidade Intrínseca: 
O exame da motilidade intrínseca é mais específico para a musculatura da pupila e é 
realizado em seguida da motilidade extrínseca dos globos oculares. 
O SN Parassimpático contrai o músculo circular da íris quando luz forte incide sobre o 
olho, levando à miose. Quando há baixa luminosidade, o SN Simpático contrai o 
músculo radial da íris, causando midríase. 
Verificar: 
9 Reflexo consensual 
9 Reflexo fotomotor direto 
9 Reflexo de acomodação: aproximar obeto dos olhos; pupilas deverão se 
contrair normalmente. 
 
 
¾ Pupilas isocóricas 
 
¾ Pupilas anisocóricas: 
 
 
 
 
 
 
¾ Midríase: 
 
 
 
 
 
 
Midríase paralítica: na lesão unilateral do oculomotor, a pupila entra em midríase 
homolateral (predomínio do simpático) e não responde a estímulo algum. A pupila 
oposta permanece normal. 
 
¾ Miose: pode ser causada por sedativos pesados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
¾ Discoria: pupila irregular. Pode ser familiar ou causada por traumas, cirurgias, 
sífilis, etc. 
 
 
 
V – Trigêmeo 
É um nervo misto, sendo constituído por raiz motora e raiz sensitiva. 
9 Raiz Motora: Nervo mastigador inerva os músculos destinados à mastigação: 
temporal, masseter e pterigoide. 
 
Lesão unilateral: 
1. Atrofia das regiões temporais e masseterianas. 
2. Abertura da boca promove desvio da mandíbula para o lado da lesão. 
3. Ao trincar os dentes, nota-se debilidade do lado paralisado. 
4. Dificuldade de lateralização da mandíbula. 
 
9 Raiz Sensitiva: é composta pelos nervos oftálmico, maxilar e mandibular. 
Responsável pela sensibilidade da metade anterior do segmento cefálico. 
 
 
 
Exame é semelhante ao estudo da sensibilidade superficial. Cabe acrescentar pesquisa 
de sensibilidade corneana: avaliar o reflexo córneo-palpebral, que faz o paciente piscar 
quando algo encosta na córnea. 
41 
 
Pode-se usar uma mecha de algodão para encostar suavemente entre a esclerótica e 
córnea. Paciente deve estar com os olhos virados para o lado oposto. 
 
Causas de alterações do trigêmeo: 
9 Herpes zoster 
9 Traumatismo 
9 Tumores 
Comprometimento de raiz sensitiva Î dor na área correspondente à sua distribuição 
Î neuralgia do trigêmeo. 
 
 
VII – Facial 
Do ponto de vista semiológico interessa a raiz motora, que se divide em: 
¾ Têmporo-facial 
¾ Cérvico-facial 
 
Distribuem-se para a mímica facial. 
 
Exame: 
9 Enrugar a testa 
9 Franzir os supercilhos 
9 Cerrar as pálpebras 
9 Mostrar os dentes 
9 Assobiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paralisia Unilateral: 
¾ Olho permanece semiaberto 
(lagoftalmia) 
¾ Não pisca 
¾ Epífora (lacrimejamento) 
¾ Desvio da boca para o lado normal 
 
Prosopoplegia: paralisia da face 
Diplegia facial: paralisia bilateral da face 
 
 
 
 
 
42 
 
Paralisia da Face: 
1. Tipo central (supranuclear): 
Apenas a metade inferior da face contralateral 
é atingida (AVC, tumores). 
9 Metade inferior de uma hemiface 
9 Contralateral à lesão 
9 Lesão no trato córtico-nuclear 
(supranuclear) 
9 Geralmente é mais grave 
9 Causas: tumor, abscesso cerebral, AVC 
 
2. Tipo periférica (infranuclear): 
Toda a hemiface homolateral é atingida. 
9 Toda uma hemiface 
9 Homolateral à lesão 
9 Lesão no núcleo motor do nervo facial 
(nuclear) ou infranuclear (no nervo 
facial – mais comum) 
9 Geralmente é menos grave 
9 Causas: idiopática, viral, diabetes e trauma do nervo. 
 
 
Nervo intermédio/Intermediário de Wrisberg: 
¾ Curto trajeto ao nervo facial 
¾ Pode ser acometido quando nervo facial é acometido 
¾ Função: recolhe as impressões gustativas dos 2/3 anteriores da língua (doce, 
amargo, salgado e ácido) 
 
 
 
VIII – Vestibulococlear 
 
2 Raízes: 
¾ Coclear Æ audição 
¾ Vestibular Æ equilíbrio 
 
O exame completo deste nervo requer aparelhagem especializada. No exame 
neurológico de rotina faz-se apenas uma exploração mais ou menos grosseira destas 
duas raízes do nervo. 
 
 
Exame da Raiz Coclear: 
1. Diminuição gradativa da intensidade da voz natural 
2. Voz cochichada 
3. Atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido 
4. Audiometria 
43 
 
5. Prova de Rinne: 
Aplicar o diapasão na região mastoide e quando deixar de ouvir a vibração, colocar o 
aparelho próximo ao ouvido. 
Rinne positivo: quando o paciente acusa audição do som (normal). 
Rinne negativo: paciente não ouve o som – a transmissão óssea é mais prolongada do 
que a aérea Î deficiência auditiva de condução. 
 
 
 
Surdez de condução: paciente escuta o diapasão no mastoide (condução óssea), mas 
não escuta o diapasão próximo ao conduto auditivo externo (condução aérea). 
Surdez de percepção: condução óssea e aérea estão comprometidas. 
 
Alterações auditivas: 
¾ Hipoacusia 
¾ Zumbido 
¾ Hiperacusia 
¾ Alucinações 
 
Afastadas as causas de diminuição ou de abolição de acuidade por transmissão aérea 
(cerume, otosclerose), a causas mais comuns de lesão da raiz coclear são a rubéola, 
trauma, tumores, etc. 
Os sintomas irritativos (zumbidos) podem estar ou não associados a déficit de audição, 
ou depender de focos corticais (alucinações). 
 
Raiz Vestibular: 
Seu acometimento pode ser percebido na anamnese quando paciente se queixa de 
estado vertiginoso, vômitos, náusea e desequilíbrio. 
Vertigem: incômoda e ilusória sensação de deslocamento do corpo ou dos objetos, 
sem alteração da consciência. 
 
Sinais: 
9 Nistagmo Æ não necessariamente traduz doença! Movimentos oculares 
ritmados com dois componentes: rápido e lento. Pode ser espontâneo ou 
provocado (olhar extremo). Pode ser horizontal, vertical, rotatório e misto. 
9 Desvio lateral durante a marcha 
9 Desvio postural 
9 Prova de Romberg: paciente de pé ou sentado com os olhos fechados e os 
membros superiores estendidos para a frente e elevados em ângulo reto com o 
44 
 
corpo. Os braços irão desviar-se para o lado do labirinto lesado, e o corpo 
tenderá a cair para o mesmo lado. 
9 Provas calórico e rotatória 
 
IX – Glossofaríngeo e X – Vago 
Examinados juntos devido às estreitas ligações entre origem, trajeto e distribuição. 
 
IX – Glossofaríngeo: inerva 1/3 posterior da língua. Lesão unilateral pode caracterizar-
se por distúrbios da gustação do terço posterior da língua (hipogeusia e ageusia). Pode 
aparecer disfagia. 
 
X – Vago: lesão isolada pode levar à disfonia: alteração da fonação. Alteração no 
volume e qualidade da voz (voz rouca). 
 
Lesão unilateral do NC IX e NC X provoca: 
 
9 Desvio do véu palatino para o lado normal, quando o paciente pronuncia as 
vogais “a” ou “e”. 
9 Desvio da parede posterior da faringe para o lado normal (“sinal da cortina”). 
9 Disfagia com regurgitação de líquidos pelo nariz e diminuição ou abolição do 
reflexo velopalatino.XI – Acessório 
 
 
45 
 
Essencialmente motor. Inerva o esternocleidomastoideo e porção superior do 
trapézio. 
 
Lesão: leva a fraqueza 
9 Deficiência na elevação do ombro (trapézio) 
9 Deficiência na rotação da cabeça para o lado oposto (esternocleidomastoideo) 
 
 
XII - Hipoglosso 
 
 
Essencialmente motor. Inerva basicamente a língua. 
 
Exame: 
9 Inspeção da língua 
9 Avaliar movimentos da língua para todos os lados 
9 Forçar língua de encontro à bochecha 
9 Avaliar a consistência 
 
Lesões unilaterias: 
¾ Atrofia e fasciculação da metade comprometida 
¾ Protrusão da língua leva a desvio para o lado doente 
 
 
 
Lesões bilaterais: 
¾ Atrofia 
¾ Fasciculações 
¾ Paralisia 
46 
 
¾ Disartria acentuada 
¾ Dificuldade para mastigar e deglutir 
 
Tumor de base de língua é causa comum de lesão.

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