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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL GRADUÇÃO EM HISTÓRIA Iasmin Rosa de Carvalho SEGUNDA AVALIAÇÃO – PROVA CAMPOS DOS GOYTACAZES ABRIL DE 2021 1º Questão: Qual a defesa do professor Maurício Abreu sobre a valorização do passado, tratado em seu texto? (2 pontos) O professor Maurício defende que a valorização do passado é algo comum no final do século XX. No Brasil é algo novo, e apresenta uma grande mudança, antes só se valorizava o novo, hoje a valorização do antigo reflete uma grande mudança nos valores da sociedade. A necessidade de preservar a memória urbana coincide com os três eixos de análise descritas pelo autor. O primeiro eixo trata da ideia associada a duas referências, a primeiro é o passado como paisagem que pode ser lido através de placas, nomes das ruas, e a partir de instituições de memórias como museus arquivos, bibliotecas. A segunda é a globalização, esse fenômeno que está mudando não somente espaços geográficos mas também históricos e sociais, fazendo a sociedade refletir que passado querem deixar para o futuro, e valorizando o que foi construído em tempos passados. O segundo eixo trata-se do entendimento por memórias da cidade, tendo em vista a memória oral, visual, social, histórica e a preservação dos espaços e patrimônio histórico- arquitetônico das cidades a exemplo de Olinda fundada em 1537, que se tornou patrimônio cultural da humanidade, Salvador em 1949, São Paulo em 1554, Rio de Janeiro em 1565 e Ouro Preto em 1711. O Terceiro eixo visa discutir o papel da geografia no resgate da memória, este expõe a problemática da degradação do passado que dá lugar a modernização dos espaços pelas reformas urbanísticas radicais que transformam abruptamente diversas cidades brasileiras, a culpa dessa mudança está na elite modernizadora do país que taxam a valorização de espaços do passado como algo conservador e arcaico. 2º Questão: A partir do texto, defina memória individual, fazendo referências aos autores citados no texto. (2 pontos) Milton Santos afirma que o lugar é a extensão do acontecer solidário, e entendendo-se por solidariedade a obrigação de viver junto, ou seja, a memória solidária é a memória compartilhada. Para Poulet, a memória é a segurança de que o tempo não está perdido, e se este não estiver perdido, o espaço também não está. Segundo Bosi, Costa e Muhey, a memória individual pode contribuir para a recuperação da memória das cidades, pois é a partir dela e de seus registros se pode passar pelas lembranças e atingir momentos urbanos que o tempo apagou fisicamente. Nota-se que o indivíduo é inexplicavelmente fundamental para a preservação da memória das cidades, a memória que é compartilhada e solidária que faz manter vivo os espaços através do tempo e sendo assim contribuindo para a recuperação do mesmo. 3ª Questão: A partir do texto, explique a diferença entre Memória Individual e Memória Coletiva. (3 pontos) A memória coletiva não vive sem a individual, e a individual não vive sem a coletiva, ambas se completam. A memória individual é aquela que pertence unicamente ao indivíduo e perpassa por suas vivências e experiências. A memória, por definição é subjetiva, pode-se fazer dela o que quiser, porém essa memória individual tem elementos da memória coletiva, onde este indo judô se tornou um ser social. O sociólogo francês, Maurice Halbwachs (1990) enfatiza a impossibilidade de separar o tempo do espaço da memória, para Maurice, a memória coletiva faz parte da individual mas, não se confunde com ela. A coletiva é uma coleção de lembranças que são construídas na sociedade, é formada pelos fatos e aspectos que são relevantes e são guardados como memória da sociedade, elas tem referências que transcendem o indivíduo. 4º Questão: Apresente as ideias do professor Maurício Abreu sobre a relação entre Geografia, História e Memória. (3 pontos) Para o professor Maurício, há algo entre a história e a geografia que as separa e que limita a contribuição entre ambas, não somente para o conhecer e entender do que é a memória dos lugares mas, para o entendimento dos mesmos. Enquanto os historiadores estudavam a memória do tempo através dos quadros naturais e territoriais onde ocorreram os fatos, os geógrafos ocupavam-se de ir até o espaço e estudar o processo histórico da região em análise, tendo em vista a busca por elementos que o ajudassem a singularizá-la. A contribuição da geografia para o resgate da memória tem sido então bastante limitada tendo em vista que foi obrigada a tratar unicamente do presente, o trabalho da geografia histórica tem se limitado, em numerosa parte, à reconstituição de antigas formas morfológicas acompanhadas do tempo.
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