Buscar

5153046220dc7

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
FFAACCUULLDDAADDEE AASSSSIISS GGUURRGGAACCZZ 
 
 
 
 
 
ENTEROBIOSE E OUTRAS ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS 
MATRICULADAS EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL - PR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cascavel 
2012 
 
2 
 
MARCELI GONÇALVES BELETINI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENTEROBIOSE E OUTRAS ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS 
MATRICULADAS EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL – PR 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado a Faculdade Assis 
Gurgacz, FAG, Curso de Farmácia. 
Profª. Orientadora: Maria das Graças 
Marciano Hirata Takizawa. 
 
 
 
 
 
Cascavel 
2012 
 
3 
 
MARCELI GONÇALVES BELETINI 
 
 
 
 
ENTEROBIOSE E OUTRAS ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS 
MATRICULADAS EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL - PR 
 
 
Trabalho apresentado no Curso de Farmácia da FAG, como requisito parcial para 
obtenção do título de Bacharel em Farmácia, sob a orientação da Professora Me. Maria 
das Graças Marciano Hirata Takizawa. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_______________________________ 
Me. Maria das Graças Marciano Hirata Takizawa 
 
___________________________ 
Me. Claudinei Mesquita 
 
_______________________________ 
Me. Patrícia Stadler Rosa Lucca 
 
Cascavel, 09 de Novembro de 2012. 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Aos meus pais pela educação que me deram, base perfeita para construir meu 
saber. 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a Deus, pela força espiritual para a 
realização desse trabalho. 
Agradeço aos meus pais Wilson e Sirlene, pelo eterno orgulho de nossa 
caminhada, pelo apoio, compreensão, ajuda, e, em especial, por todo carinho ao 
longo deste percurso, e também à Mileni, querida irmã, pelo carinho, compreensão 
e grande ajuda. 
Aos meus amigos e colegas de curso, pela cumplicidade, compreensão, 
ajuda e amizade durante os 4 anos de graduação. 
Agradeço imensamente à Profª Me. Maria das Graças Marciano Hirata 
Takizawa, pelo companheirismo, amizade e esforço para a realização de um 
excelente trabalho e pela valiosa orientação concedida. 
A todos os Professores do Curso de Farmácia da Faculdade Assis Gurgacz, 
pela incansável busca por uma formação integral de seus acadêmicos. 
A Secretaria de Educação do Município de Cascavel – PR, especialmente à 
Professora Erica da Silva. 
A coordenação do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Espaço e 
Vida, especialmente à Professora Ivete e à Greyce, pela contribuição ao projeto de 
pesquisa. 
Agradeço também à Mariangela e Diandra, colaboradoras do Laboratório de 
Parasitologia da FAG, pela contribuição e ajuda durante a realização das análises 
laboratoriais. 
E também aos sujeitos da pesquisa, pela participação e imensa colaboração 
para o desenvolvimento presente estudo. 
6 
 
Sumário 
 
1. REVISÃO DA LITERATURA...............................................................................07 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................25 
2. ARTIGO..............................................................................................................34 
NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA.....................................................................51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
PARASITOLOGIA HUMANA 
A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do 
homem e das enfermidades que o atinge, pode-se avaliar que não existe um 
simples processo onde a epidemiologia de determinadas doenças, caracterizadas 
como doenças da pobreza são substituídas por doenças modernas, sendo que o 
que realmente observa-se são adaptações e alterações do hospedeiro, vetores e 
agentes etiológicos, fazendo com que não exista uma expectativa de vida livre de 
infecções nos próximos anos (BARATA, 2000). 
A história dos seres humanos, bem como as infecções que afetam a saúde 
dos mesmos está intimamente relacionada à evolução cultural juntamente com as 
migrações, desde o início das atividades voltadas à agricultura e a domesticação 
de animais. Esses e outros fatores induziram mudanças relacionadas à dieta 
humana e, consequentemente, as vias de transmissão de patógenos, inclusive as 
parasitoses humanas (CHAME et al 2005). 
Os estudos acerca da parasitologia humana possui extrema importância, 
pois as infecções por parasitas, principalmente intestinais, são frequentes na 
população mundial. Determinados parasitas, particularmente, representam um 
agravante problema de saúde pública, caracterizando síndromes de má nutrição, 
deficiência de aprendizado e incapacidade funcional, principalmente em crianças 
(CIMERMAN, 2005). 
De acordo com Cimerman & Cimerman (1999), seguindo relatos da 
Organização Mundial da Saúde (OMS), existe uma alta frequência de doenças 
parasitárias na população mundial, estimando que cerca de 980 milhões de 
pessoas estejam parasitadas por Ascaris lumbricoides, 200 milhões pelo 
Schistosoma mansoni e 16 milhões pelo Trypanosoma cruzi. 
 Os parasitas humanos apresentam a necessidade de obtenção de 
nutrientes a partir de seu hospedeiro, sendo que o relacionamento comensal não 
deve lesar permanentemente o mesmo, onde as alterações e comprometimentos 
8 
 
do organismo poderia fazer com que perdesse o hospedeiro. De acordo com 
Mascarini (2005), a relação parasita-hospedeiro ideal é aquela que não resulta em 
danos e doença ao indivíduo, sendo que pode ser observada em alguns parasitas, 
os quais sofreram adaptações, dando origem a outro tipo de relação, denominada 
simbiose. 
 Sabe-se que tanto a intensidade quanto a disseminação das doenças 
parasitárias estão extremamente relacionadas com as condições higiênico-
sanitárias dos indivíduos, envolvendo principalmente as baixas condições de 
saneamento básico, nível socioeconômico e cultural inadequado, falta de 
orientação a respeito de transmissão e cuidados a serem tomados, higiene 
precária, entre outros (BIESI et al., 2010). 
 
ENTEROPARASITOSES 
Parasitoses intestinais são caracterizadas pela presença de microrganismos, 
sejam eles protozoários ou helmintos, que em pelo menos uma fase de seu ciclo 
evolutivo de vida, localizam-se no aparelho digestório de seu hospedeiro, o 
homem, resultando em diversas alterações patológicas, dependendo do estado 
imunológico do mesmo (BAPTISTA et al 2006 apud FERREIRA et al 2004). 
No Brasil e em outros países em desenvolvimento, as parasitoses intestinais 
encontram-se ainda disseminadas e com alta prevalência. Esse alto índice de 
infecção por enteroparasitas reflete o desenvolvimento socioeconômico do país ou 
região, evolvendo ações de saneamento básico e melhorias habitacionais, além do 
conhecimento limitado da população mais carente, sendo que as parasitoses são 
geralmente transmitidas por água, solo e alimentos, estando, portanto relacionadas 
a questões de higiene ambiental e individual (COUTO et al., 2007; OLIVEIRA, 
2004; ROCHA et al 2000). 
A transmissão das enteroparasitoses geralmente acontece pela via fecal-oral 
ou penetração pela pele, sendo que a prevalência dessas infecções é maior em 
9 
 
países ou regiões com condições socioeconômicas baixas e saneamento básico 
precário, incluindo-se o tratamento de água, esgoto, recolhimento de lixo, e 
também pela falta de controle de vetores (KUNZ et al., 2008). 
Por causarem vários efeitos deletérios à saúde dos indivíduos, programas de 
controle de parasitoses têm sido criados para serem colocados em prática em 
diversos países, porém o êxito não é alcançado na maioria dos países que 
apresentam uma economia mais pobre (LUDWIG et al 1999). 
As infecções que mais frequentemente acometem os seres humanos são as 
causadas pelos parasitas intestinais, sendo que os que se instalam com maior 
freqüência são Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, os ancilostomídeos Necator 
americanus e Ancylostomaduodenale, e os protozoários Entamoeba 
histolytica/dispar e Giardia intestinalis (FERREIRA et al., 2000). 
Em geral, de acordo com Frei (2008), três fatores devem estar 
necessariamente presentes para que ocorra uma infecção parasitária, sendo os 
fatores relacionados ao hospedeiro: estado nutricional, fatores genéticos e idade, 
condições em relação ao parasito: mecanismos de defesa contra o sistema 
imunológico do hospedeiro, e em relação ao ambiente: saneamento básico e 
higiene. 
Para indivíduos que habitam áreas não endêmicas para parasitoses em 
geral, que não tiveram em nenhum momento contato com parasitas e mesmo com 
o sistema imunológico competente podem desenvolver ou apresentar 
sintomatologia relativa à parasitose logo após a infecção, porém, indivíduos com o 
sistema imunológico deficiente, ou imunocomprometidos frequentemente 
apresentam sintomas mais intensos (MOTTA & SILVA, 2002). 
Nos últimos anos, após o aparecimento da síndrome da imunodeficiência 
humana houve um grande aumento na prevalência e na gravidade de algumas 
doenças infecciosas, incluindo as parasitárias, bacterianas e virais (MARKELL et al 
2003). 
10 
 
De acordo com Roque et al (2005), a sintomatologia relacionada às 
infecções por parasitas intestinais pode sofrer variações de leves a graves, visto 
que nas infecções mais leves as manifestações sintomáticas podem apresentar-se 
mais inespecíficas, sendo relatadas irritabilidade, anorexia, distúrbios do sono, 
vômitos e diarréia, porém, a sintomatologia mais grave está relacionada à 
pacientes que apresentam-se imunodeprimidos ou desnutridos. 
As parasitoses intestinais geralmente não expressam manifestações clínicas 
quando ocorrem, visto que o quadro clínico não é característico, podendo variar de 
manifestações discretas até casos excepcionalmente graves e até letais, além do 
mais, não existem quadros clínicos característicos de enteroparasitoses, porém, 
determinados sintomas específicos podem alertar o médico para o diagnóstico 
adequado. As inúmeras manifestações clínicas e lesões decorrentes de infecções 
por enteroparasitas estão relacionadas tanto com as características biológicas dos 
parasitas, tais como localização no hospedeiro, capacidade de invasão e carga 
parasitária, além dos fatores relacionados ao hospedeiro, como estado imunológico 
e estado nutricional (CHEHTER & CABEÇA, 1994). 
 
PARASITOSES INTESTINAIS EM CRIANÇAS 
Atualmente, em função da maior participação feminina no mercado de 
trabalho e à maior urbanização, uma grande proporção de crianças em idade pré-
escolar começaram a frequentar creches, que por se tratar de um ambiente 
fechado, abrigando grande número de crianças durante a maior parte do dia, 
tornaram-se um potencial ambiente de contaminação pelo alto contato interpessoal 
de crianças em banheiros e dormitórios (GURGEL et al 2005; BARROS et al 1998; 
NASCIMENTO et al 2009), 
A maior prevalência de parasitoses intestinais é observada em crianças em 
idade escolar de regiões periféricas, devido a hábitos alimentares, cultura e higiene 
precárias, tornando-as mais suscetíveis às infecções parasitárias. A frequência do 
parasitismo intestinal em crianças pré-escolares sofre uma grande variação no 
11 
 
Brasil, podendo alcançar de acordo com a região estudada, índices de 
aproximadamente 80% (SANTOS et al 1999; BELOTTO et al., 2011). 
As crianças constituem o principal grupo de risco para a contaminação e 
aquisição de infecções intestinais que se não devidamente tratadas podem 
acarretar incapacidades físicas e mentais, resultando em baixo rendimento escolar, 
problemas físicos, com sintomas gastrintestinais, baixo desenvolvimento corporal, 
além de sintomas sociais (FERREIRA et al 1997; MORAES, 2008). 
Apesar de possuírem uma natural vulnerabilidade para adquirirem infecções, 
as crianças que frequentam creches possuem a maior probabilidade de adquirirem 
e desenvolver as infecções de repetição, ou seja, as respiratórias, gastrintestinais e 
cutâneas, sendo que diarreias e gastroenterites são indicadas como importante 
problema de saúde pública apresentado pelas crianças atendidas em creches 
municipais (MASCARINI & DONASÍLIO, 2009). 
A população pediátrica representa a classe com os mais elevados índices de 
enteroparasitoses, sendo que nesses indivíduos as infecções por parasitos podem 
acarretar diversos problemas, onde além de comprometer o desenvolvimento físico 
e mental pode resultar até mesmo em óbito, principalmente em crianças com faixa 
etária entre 0 e 5 anos que apresentam hábitos de higiene inadequados, sistema 
imunológico ainda em formação e ainda pelo fato de dependerem de cuidados 
alheios, nos casos que frequentam as creches (CARVALHO et al 2006; 
BARÇANTE et al 2008). 
A presença de enteroparasitas no organismo pode resultar em patogenias 
cujos sintomas clínicos podem ser semelhantes com os de outras patologias, e 
serem consequentemente confundidos, ou serem inespecíficos para o diagnóstico 
preciso de parasitose. A anemia ferropriva ou por deficiência de ferro é evidente na 
maioria dos escolares e adolescentes, e pode ser considerada como exemplo, uma 
vez que pode ser causada por parasitas intestinais espoliativos como Ascaris 
lumbricoides, Trichuris trichiura, Ancilostomídeos e Taenia sp., ou também pode 
ser causada pela simples deficiência na ingestão de ferro na alimentação, fato 
12 
 
clássico em crianças desnutridas (ARAÚJO e FERNÁNDEZ, 2005; GOMES et al 
2006 apud TSUYUIKA et al 1999). 
A desnutrição pode acarretar ao indivíduo dificuldade na realização de 
atividades, tais como o trabalho, possibilita maior vulnerabilidade às infecções, 
menor capacidade cognitiva, bem como pode diminuir a absorção intestinal de 
nutrientes e biotransformação metabólica, no entanto, essas consequências são 
piores quando a desnutrição acontece em fazes precoces da vida, como é o caso 
das crianças (BISCEGLI et al., 2009). 
Esse tipo de infecção não apresenta um quadro de mortalidade significativo, 
no entanto, por se apresentarem na maioria das vezes de forma assintomática, as 
infecções parasitárias necessitam de atenção especial devido às alterações 
biológicas que podem acarretar, variando de acordo com a espécie parasitária, 
pode envolver casos de desnutrição tratando-se de Ascaris lumbricoides, anemia 
ferropriva envolvendo os ancilostomídeos Necator americanus e Ancylostoma 
duodenale, síndrome da má absorção intestinal e diarreia causadas por 
protozoários, além de desenvolverem outras manifestações, dependendo da 
espécie do parasita e carga parasitária no indivíduo, tais como dores abdominais, 
constipação e irritabilidade (COSTA-MACEDO et al 1998; MARINHO et al 2002; 
YAMAMOTO et al., 2000). 
Dentre as infecções parasitárias, representadas pelos protozoários, 
destacam-se a Giardíase e a Amebíase apresentando-se bastante frequentes na 
população infantil e também nas populações com alto nível socioeconômico. Essas 
protozoonoses são transmitidas diretamente pelo contato interpessoal, sendo 
possível o contágio entre crianças que habitam o mesmo ambiente como creches e 
escolas, mesmo que possuam saneamento básico e tratamento de água (BECKER 
et al., 2002; ALVES et al., 2003). 
De acordo com Carneiro Filho et al (1994), tratando-se das infecções 
parasitárias causadas por helmintos, os parasitas que possuem maior prevalência 
de infecções em humanos, principalmente na população infantil, são a Ascaridíase, 
13 
 
Tricuríase, Enterobiose, Ancilostomose e Estrongiloidose, sendo que esses vermes 
possuem ampla distribuição geográfica no Brasil, onde são encontrados na zona 
rural e urbana, prevalecendo onde os níveis e as condições sanitárias são mais 
precárias na população. 
De acordo com Moura et al (1997), apesar de diversos estudos 
comprovarem os problemas de saúde provocados pelas parasitoses intestinais, 
não existem dados suficientes sobre a população infantilem idade pré-escolar, o 
que seria de extrema importância, pois esse grupo de indivíduos não utiliza com 
frequência os serviços básicos de atenção à saúde. 
 A partir do momento que as enteroparasitoses recebem destaque 
especial, levando em consideração os dados epidemiológicos de prevalência das 
mesmas e os quadros de diarreia crônica e desnutrição, associados às crianças em 
idade pré-escolar, torna-se de suma importância a conscientização dos órgãos 
públicos para a adoção de medidas específicas de controle (MONTEIRO et al., 
1988; ANDRADE et al 2008), porém o custo para o financiamento das medidas 
técnicas e a falta de projetos junto à comunidade dificultam a implementação 
(LUDWIG et al 1999). 
Em seus estudos, Carvalho et al (2006), pesquisaram a ocorrência de 
enteroparasitos em creches da cidade de Botucatu, São Paulo, utilizando-se do 
método de sedimentação espontânea para o processamento das 279 amostras de 
fezes, e também o método de Graham ou método da fita gomada para a pesquisa 
especifica de Enterobius vermicularis, obteve como resultados o coeficiente geral 
de prevalência de parasitoses intestinais equivalente a 53,40%, sendo as espécies 
G. duodenalis, Cryptosporidium sp., Blastocystis hominis e E. vermicularis as mais 
encontradas. Apesar da baixa prevalência de helmintos nas creches, a 
espécie E. vermicularis foi caracterizada como a mais frequente entre as crianças 
(10,04%), sendo o método de diagnóstico essencial para justificar essa 
prevalência. 
14 
 
Já Pereira-Cardoso et al (2010), em sua pesquisa sobre a prevalência de 
enteroparasitoses em escolares de 06 a 14 anos no município de Araguaína, 
Tocantins, obteviveram como resultado uma prevalência de parasitas intestinais 
equivalente a 55,3%, sendo que para as amostras positivas destacaram-se 
Entamoeba coli (28,9%), Endolimax nana (18,4%), Giardia duodenalis (11,8%) e 
Ascaris lumbricoides (9,2%) como as parasitoses mais frequentes. No entanto, a 
baixa prevalência do parasito da espécie Enterobius vermicularis (1,3%) pode estar 
relacionada a não utilização da técnica específica de diagnóstico, uma vez que a 
técnica ideal seria pelo método do Swab anal ou fita gomada. 
Castro et al., (2004), através de um levantamento de parasitoses intestinais 
em escolares da rede pública de Cachoeiro de Itapemirim – ES, ao analisar 421 
amostras obteve como resultado um coeficiente geral de prevalência de 
parasitoses intestinais de 19,71%, as espécies mais frequentes foram: Giardia 
lamblia (34,9%), Entamoeba coli (22,9%), Ascaris lumbricoides (4,8%) e Enterobius 
vermicularis (4,8%). 
Buschini et al., (2007), através de uma pesquisa a respeito da distribuição 
espacial de enteroparasitas em escolares de Guarapuava – PR, obteve como 
resultado, a partir da realização de exames parasitológicos de fezes, a maior 
prevalência para o protozoário Giardia duodenalis (56,41%) e para o helminto 
Ascaris lumbricoides (18,85%). 
Quadros et al (2004), em uma pesquisa de parasitoses intestinais em 
centros municipais de educação infantil na cidade de Lages – SC, obteve como 
resultado uma prevalência de 70,5% de crianças infectadas por pelo menos um tipo 
de parasita intestinal, para helmintos, as taxas foram de 41,5% no gênero 
masculino e 55,3% no feminino. Os helmintos mais frequentes foram: Ascaris 
lumbricoides (35%), Trichuris trichiura (13%) e Hymenolepis nana (0,5%). 
 Barreto (2006), ao avaliar a prevalência de enteroparasitoses em 
crianças e adolescentes carentes da cidade de Guaçuí - ES, os quais representam 
um importante grupo de risco para a aquisição dessa classe de infecções, pode 
15 
 
observar uma prevalência de 88,6% de casos positivos, ou seja, de 35 amostras 31 
encontravam-se positivas para algum enteroparasito, seja ele um helminto ou 
protozoário. O exame parasitológico de fezes foi realizado pela técnica de 
sedimentação espontânea, e o parasito mais frequente foi o protozoário 
Entamoeba coli (25,7%), seguindo pela Entamoeba histolytica (17,1%) e Giardia 
lamblia (2,9%). Entre os helmintos o mais frequente foi Ascaris lumbricoides 
(62,9%), seguido por Trichuris trichiura (48,6%), Strongyloides stercoralis (8,6%) e 
Enterobius vermicularis (5,7%). Avaliando os resultados, pode-se observar uma 
alta prevalência de enteroparasitoses em crianças carentes, sendo um fator 
alarmante aos responsáveis pelo fornecimento de água não potável, destino 
inadequado do lixo, saneamento básico e fornecimento de orientações a respeito 
dos meios de prevenção dessas infecções. 
 TRANSMISSÃO DE ENTEROPARASITOSES 
Geralmente as parasitoses intestinais são transmitidas pela via oral, ou seja, 
pelo contato direto fecal-oral, ou também por outras vias, como pela contaminação 
de alimentos e água por material fecal contaminado em ambientes onde as 
condições sanitárias são impróprias. Sendo assim, a população mais pobre, ou de 
baixa renda, que em geral habita locais com aglomeração de pessoas, sem possuir 
acesso à coleta de lixo e ao saneamento básico possuem, risco mais elevado de se 
contaminarem por enteroparasitas (MOTTA & SILVA, 2002). 
Vários são os meios de transmissão dos parasitas intestinais, tanto 
helmintoses quanto protozoonoses, porém os que se destacam são através do 
solo, relacionado ao destino adequado dos dejetos humanos e também dos 
animais, e consequentemente a falta de saneamento básico; pelo ar; água 
contaminada, a ingestão oral das formas infectantes ou penetração pela pele; por 
vetores mecânicos, como moscas; pelas mãos, através da via fecal-oral 
envolvendo os hábitos de higiene; e, finalmente pelos alimentos, incluindo verduras 
consumidas sem cozimento prévio (SOARES & CANTOS, 2005; ORLANDINI & 
MATSUMOTO, 2010). 
16 
 
O conhecimento sobre a transmissão de parasitas intestinais através de 
água considerada imprópria para consumo humano por se apresentar contaminada 
é antigo, uma vez que o homem parasitado contamina o ambiente pelas formas 
infectantes de enteroparasitas, sejam elas cistos ou ovos, a água pode preservá-
las por extensos períodos de tempo além de transportá-las para outros locais, 
podendo contaminar também os vegetais consumidos frequentemente crus, e 
voltar ao hospedeiro suscetível para infecção ou reinfecção (BEVILACQUA et al., 
2002; MARZOCHI & CARVALHEIRO, 1978). 
Segundo Uchoa et al (2004), não se pode descartar ainda a transmissão das 
enteroparasitoses através dos manipuladores de alimentos. As creches podem ser 
incluídas nesse meio de contaminação, pois falhas na higiene desses indivíduos 
podem contaminar os alimentos que posteriormente serão distribuídos às crianças, 
viabilizando consequentemente a transmissão dos parasitas e de outros agentes 
infecciosos. 
ENTEROBIOSE 
Agente etiológico 
A enterobiose ou oxiurose é uma verminose intestinal causada pelo agente 
etiológico Enterobius vermicularis, um nematódeo popularmente conhecido como 
oxiúro, por ser um parasito exclusivamente humano, competindo com o Ascaris 
lumbricoides pelo primeiro lugar entre as endemias parasitárias com ampla 
distribuição geográfica e alta frequência (REY, 2001). 
O E. vermicularis é um helminto pequeno, e apresenta características 
bastante particulares, o verme adulto possui coloração branco-leitosa e brilhante, 
possui forma cilíndrica e é recoberto finamente por uma cutícula estriada 
transversalmente. Em sua extremidade anterior, lateralmente à boca, possui duas 
expansões vesiculosas características, também chamadas de “asas cefálicas”. Seu 
aparelho digestório é pouco complexo, com três pequenos lábios retráteis, 
seguindo pelo esôfago, bulbo esofagiano, e no caso dos machos termina com a 
17 
 
cloaca. O aparelho digestório das fêmeas termina com o reto e orifício anal, situado 
na porção posterior do corpo. 
O parasito não apresenta particularidades em relação ao aparelho 
reprodutivo, porém apresenta nítido dimorfismo sexual, sendo a fêmea 
caracterizadapor uma cauda pontiaguda e longa, medindo cerca de 1,0 cm de 
comprimento e 0,4 cm de diâmetro, já o macho apresenta uma cauda fortemente 
recurvada no sentido ventral, apresentando um espículo, órgão acessório da 
cópula, mede cerca de 5 cm de comprimento por 0,2 mm de diâmetro. O ovo mede 
cerca de 50 micrômetros de comprimento por 20 micrômetros de largura, possui 
morfologia bastante característica por apresentar-se com aspecto de um D, 
apresenta membrana dupla, lisa e transparente, e no momento em que sai da 
fêmea já apresenta uma larva em seu interior (REY, 2008; NEVES, 2009; NEVES, 
2003). 
 
Habitat 
Os vermes adultos habitam o intestino grosso dos humanos, mais 
precisamente no ceco, podendo ocorrer na última parte do intestino delgado e 
também no apêndice cecal. Erraticamente o E. vermicularis pode invadir os órgãos 
genitais femininos, bexiga, vagina e útero, provocando alterações mais ou menos 
graves de acordo com o estado imunológico em que a mesma se apresenta. Os 
machos possuem um tempo de vida muito curto, de aproximadamente 15 dias, pois 
assim que fecundam as fêmeas são eliminados nas fezes, já as fêmeas vivem 40 a 
60 dias, tempo suficiente para a maturação dos ovos e dirigem-se para o ânus, 
preferencialmente à noite e na região perianal liberam seus ovos (MORAES, 2008; 
NEVES, 2009). 
 
 
 
18 
 
Ciclo Biológico 
O E. vermicularis é um nematódeo monoxênico, ou seja, os humanos são os 
únicos hospedeiros definitivos e a maturação dos ovos acontece no meio exterior 
poucas horas após a eliminação. Assim que os ovos são ingeridos, atravessam o 
estômago sem sofrer danos e chegam ao intestino delgado, local onde as larvas 
irão eclodir e dirigir-se para o ceco, tornando-se adultos machos e fêmeas, fixam-
se na região cecal, e como descrito anteriormente, após a fecundação, o macho é 
eliminado nas fezes, e as fêmeas dirigem-se para a região perianal (NEVES, 2009; 
MORAES, 2008). 
 
Transmissão 
Essa helmintíase possui distribuição mundial, tendo maior prevalência em 
crianças em idade escolar. A transmissão ocorre inevitavelmente em ambiente 
doméstico ou em ambientes coletivos como creches, asilos e enfermarias infantis, 
onde os fatores responsáveis pela alta taxa de transmissão são: a espécie 
Enterobius vermicularis especifica da espécie humana, as fêmeas realizam 
oviposição de grande número de ovos na região perianal, tornando-se infectantes 
em curto período de tempo e resistem até três semanas contaminando roupas de 
cama, roupas íntimas, alimentos e poeira (BONEBERGER, 2007 apud GARCIA, 
2001). 
Neves (2003, 2009) e Rey (2001) relatam como principais meios de 
transmissão da Enterobiose: 
 Heteroinfecção ou também chamada primoinfecção, caracterizada pela 
ingestão de ovos presentes na poeira, alimentos ou mão sujas atingindo 
novo hospedeiro; 
 Autoinfecção externa, quando os ovos presentes na região perianal são 
levados através das mãos até a boca. 
19 
 
 Autoinfecção interna, mecanismo de transmissão mais raro, porém relatado 
por vários autores, no qual as larvas infectantes eclodem ainda no reto e 
depois migram até o ceco transformando-se em vermes adultos; 
 Retroinfecção, onde as larvas eclodem na região perianal, penetram pelo 
ânus e migram pelo reto até a região cecal, onde se transformam em vermes 
adultos. 
 
Sintomatologia 
A maioria dos indivíduos parasitados por E. vermicularis são assintomáticos, 
não sendo relatadas alterações na região cecal e anal (NEVES, 2009). 
De acordo com Moraes (2008) e Neves (2003), a sintomatologia depende da 
localização e da extensão das lesões causadas pela presença do parasita no 
hospedeiro, além da carga parasitária, e eficiência do sistema imunológico. 
Podendo assim ser relatadas em pacientes sintomáticos, diarréia mucopurulenta e 
sanguinolenta, apresentando-se fétidas, tenesmo, dores abdominais, apendicite, 
enterite catarral, anemia e prurido nasal. Além desses sintomas, a alteração mais 
frequente da enterobiose é o prurido anal, provocado pela presença das fêmeas 
grávidas na região perianal e eclosão dos ovos, sendo que as alterações mais 
relatadas decorrentes do prurido anal são irritabilidade, nervosismo, insônia, e 
raramente convulsões. 
 
Patogenia 
As alterações patológicas observadas no hospedeiro ocasionadas pelo E. 
vermicularis são decorrentes das características relacionadas ao parasito e ao 
organismo parasitado, ou seja, na patogenia da enterobiose deve-se considerar a 
ação do parasito sobre a mucosa intestinal, na região perianal, em outras 
localizações do trato gastrintestinal e ainda a ação do parasito nos órgãos genitais, 
principalmente em pacientes do gênero feminino (MORAES, 2008). 
20 
 
Diagnóstico 
Sabe-se que os vermes adultos, responsáveis por toda a patogenia 
relacionada à parasitose vivem no ceco, cólon, apêndice e na região anal. Após a 
fecundação os ovos são liberados na região perianal pela ação mecânica sobre o 
parasita ou pela dessecação dos mesmos. 
Assim, como os ovos são liberados fora do corpo, os exames parasitológicos 
de fezes mesmo com enriquecimento só revelam cerca de 5 a 10% dos casos 
positivos (REY, 2001), logo, o diagnóstico mais preciso para a enterobiose é 
realizado através dos swabs anais, também denominado método de Graham, um 
método de isolamento de ovos da região perianal (DE CARLI, 1994). 
 
Tratamento 
Vários fármacos podem ser eficazes para a eliminação dos vermes, pois os 
mesmos são bastante sensíveis às drogas usuais, e outros métodos mais simples 
como enemas de água morna também são eficazes (MARKELL, 2003; NEVES, 
2009). Os fármacos mais recomendados são Albendazol 400mg em dose única 
para adultos, e divididas em duas tomadas para crianças, Mebendazol 100mg duas 
vezes ao dia, tanto para adultos quanto para crianças, Invermectina 200 
microgramas para crianças com até 15 kg ou 12 gramas para adultos, e Pamoato 
de pirivínio na dose de 10 mg/kg/dia em dose única (NEVES, 2009). 
 
MÉTODO DE GRAHAM 
Geralmente a baixa frequência do parasita E. vermicularis em estudos tanto 
em crianças como em adultos está relacionado à baixa especificidade das técnicas 
utilizadas para o seu diagnóstico em laboratório, sendo que basicamente são 
utilizados métodos de sedimentação espontânea ou técnicas de concentração, as 
quais são inespecíficas para sua identificação (FIRMO et al 2010). 
21 
 
De acordo com Moraes (2008), deve-se coletar o material algum tempo 
depois do paciente ter se deitado, ou pela manhã antes de qualquer higiene íntima. 
Várias adaptações foram feitas no método descrito por Graham (1941), 
consistindo em um pedaço de fita tipo durex adaptada a uma lâmina de vidro. Com 
o objetivo de facilitar a coleta do material perianal e aumentar o conforto do 
paciente no momento da coleta, Von Hofe (1944) adaptou um tubo de ensaio onde 
a fita seria colocada sobre o fundo do tubo com a parte adesiva para cima. Jacobs 
(1942), de acordo com Costa (1955), empregou um abaixador de língua, para 
facilitar a adesão da fita adesiva sobre a região perianal. 
Descrição da preparação e do método de acordo com Neves (2009) e De 
Carli (2007): 
 Devem-se utilizar luvas em todas as etapas do procedimento. 
 Cortar um pedaço de fita adesiva transparente, em um comprimento 
aproximado de 8 a 10 cm de comprimento e 20 mm de largura. Colocar 
etiquetas nas extremidades da fita que excedam o tamanho da lâmina. 
 Posicionar fita com a parte adesiva para fora sobre um tubo de ensaio, ou 
utilizando o dedo indicador. Pode-se utilizar também um abaixador de 
língua. 
 Aplicar a fita na região perianal, pressionando repetidas vezes (2 a 3 vezes), 
tanto nas pregas direita como esquerda com o objetivo de analisar toda a 
extensão dessa região. 
 Posteriormente, aderir a fita em uma lâmina de vidro comprimindo-a bem, a 
fim de eliminar as bolhas de ar, o que dificulta a visualização dos ovos, e 
identificar a lâminacom o nome do paciente e data de realização. 
 E finalmente, levar a lâmina ao microscópio observando no aumento de 10X 
e 40X, procurando os ovos característicos de E. vermicularis, e às vezes 
fêmeas desse verme. 
De Carli (2007) ainda relata a utilização de tolueno, xileno ou iodo-xilol, o 
que deixara a preparação mais clara, facilitando a visualização, tonando os ovos 
bem visíveis. 
22 
 
EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES 
Os parasitos intestinais geralmente são diagnosticados pelo exame 
parasitológico de fezes, sendo que os estágios frequentemente visualizados são 
cistos, trofozoítos, oocistos e esporos de protozoários, além de ovos e larvas de 
helmintos. Uma identificação segura e posteriormente o diagnóstico verdadeiro de 
enteroparasitos depende dos critérios morfológicos de cada parasito, estão 
intimamente relacionados a uma coleta bem feita, bem como a utilização de 
conservantes. Os materiais fecais colhidos de forma inadequada, mal conservados 
ou velhos não terão valor de diagnóstico (DE CARLI, 2007). 
As características físicas da amostra, como consistência possui grande 
significado, pois pode indicar que tipo de estágios dos parasitos pode conter. 
Markell (2003) relata que os trofozoítos de protozoários intestinais frequentemente 
são encontrados em fezes pastosas ou líquidas, e nunca em fezes totalmente 
formadas, pois como o trânsito intestinal está acelerado, não há tempo suficiente 
para o encistamento do mesmo. Já os cistos dos protozoários somente são 
encontrados em fezes formadas, e os ovos de helmintos podem ser visualizados 
em fezes líquidas ou formadas. 
Com relação aos métodos de análises coproparasitológicas, as técnicas 
mais utilizadas rotineiramente são os métodos de concentração, como o de 
Sedimentação Espontânea, Ritchie e Coprotest, os quais possibilitam a 
identificação de diferentes parasitos nas diferentes formas evolutivas. No entanto, 
os métodos de Baermann-Moraes, Faust, Graham e Kato-Katz, são mais utilizados 
na pesquisa e levantamentos epidemiológicos (MARIANO et al 2005 apud 
GRAEFF et al 1997). 
Segundo Mendes et al (2005), rotineiramente em laboratórios de análises 
clínicas, tratando-se de exames parasitológicos de fezes, é de relevante 
importância a realização de mais de um método de concentração, uma vez que 
aumenta o índice de detecção de protozoários e helmintos, principalmente quando 
a carga parasitária é baixa, no entanto, dependendo da suspeita clínica é 
necessária a utilização de métodos específicos, como o método de Rugai para 
23 
 
detecção de estrongiloidíase, Graham para enterobiose e o de Willis para 
ancilostomíase. 
 
Método de Sedimentação Espontânea (Lutz/Hoffmann, Pons & Janer) 
Esse método é bastante empregado na Saúde Pública por sua eficiência e 
também pelo baixo custo, pois requer a utilização mínima de vidrarias e é 
dispensado o uso de reagentes e da centrifugação. É baseada em um 
procedimento simples no qual consiste na combinação da gravidade e da 
sedimentação, indicada para a pesquisa de ovos e larvas de helmintos e cistos de 
protozoários. Ao contrário de outras técnicas de concentração, a técnica de 
sedimentação espontânea requer grande quantidade de material fecal, garantindo 
assim maior segurança e eficácia do diagnóstico, porém existe a desvantagem 
relacionada à grande quantidade de detritos fecais presentes no sedimento, o que 
dificulta a preparação do esfregaço e a visualização da lâmina (DE CARLI, 1994; 
MORAES, 2008). 
 
CONSERVANTES 
A utilização de conservantes para a conservação de amostras fecais, 
segundo De Carli (1994) é de grande importância, pois permitem a preservação 
das estruturas parasitárias e prevenir o desenvolvimento de alguns ovos e larvas 
de helmintos. A preservação temporária das amostras pode ser feita através da 
refrigeração (3-5ºC) em um recipiente hermeticamente fechado, tornando cistos de 
protozoários e ovos de helmintos viáveis durante alguns dias. 
Porém é frequente o uso de substâncias conservantes para a preservação 
permanente da morfologia de ovos, cistos, larvas e trofozoítos, através de fixadores 
como solução de formaldeído, mertiolato-iodo-formaldeído (MIF), acetato de sódio-
ácido acético-formaldeído (SAF), álcool polivinílico (fixador APV) e o de Schaudinn 
(DE CARLI, 1994; MORAES, 2008; MARKELL, 2003). 
24 
 
 
Formalina 
De acordo com De Carli (2007), a solução de formaldeído ou também 
denominada formalina, é utilizada para a preservação da morfologia dos estágios 
de diagnóstico de protozoários e helmintos. As concentrações recomendadas são 
diferentes para cistos de protozoários e oocistos de cocídios, esporos de 
microsporídios, ovos e larvas de helmintos, sendo 5% e 10%, respectivamente. 
Rotineiramente a solução de 5% é a de preferência, pois os ovos de A. 
lumbriocoides e de T. trichiura continuam seu desenvolvimento, não interferindo 
consequentemente a identificação das espécies. 
Esse conservante não é recomendado para a preservação de trofozoítos, 
sendo que a formalina neutra é mais eficiente para a manutenção das 
características morfológicas, no entanto a solução de formaldeído tamponado com 
fosfato de sódio é o mais indicado para a conservação de amostras fecais (DE 
CARLI, 1994). 
Segundo Neves (2009), deve-se colocar um pouco da solução conservante 
dentro do recipiente de plástico que será utilizado para a coleta da amostra e em 
seguida adicionar as fezes, posteriormente realizar a homogeneização e cobrir com 
mais conservante. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. ALVES, J.R; MACEDO, H.W; RAMOS, J.A.N; FERREIRA, L.F; 
GONÇALVES, M.L.C; ARAÚJO, A. Parasitoses intestinais em região 
semi-árida do Nordeste do Brasil: resultados preliminares distintos das 
prevalências esperadas. Cad Saúde Pública. 2003;19(2): 667-70. 
2. ANDRADE, F; RODE, G; FILHO, H.H.S; GOULART, J.A.G. Parasitoses 
intestinais em um Centro de Educação Infantil Público do município de 
Blumenau (SC), Brasil, com ênfase em Cryptosporidium spp e outros 
protozoários. Rev. Patol. tropical [online]. Vol. 37, n.4, pp. 332-340. 2008. 
Disponível em: 
<http://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/view/5665/4497>. Acesso 
em: 06 de março de 2012. 
3. ARAUJO, C.F; FERNÁNDEZ, C.L. Incidência de enteroparasitoses em 
localidades atendidas pelo comando da aeronáutica no estado do 
Amazonas. RMAB [online]. Vol. 55, pp.40-46. 2005. Disponível em: < 
http://www.dirsa.aer.mil.br/revistas/2005/07_05.pdf>. Acesso em: 06 de 
março de 2012. 
4. BARATA, R.B. Cem anos de endemias e epidemias. Rev. Ciência & 
Saúde Coletiva [online]. Vol. 5, n.2, pp.333-345, 2000. 
5. BAPTISTA, S,C; BREGUEZ, J.M.M; BAPTISTA, M.C.P; SILVA, G.M.S; 
PINHEIRO, R.O. Análise da incidência de parasitoses intestinais no 
município de Paraíba do Sul, RJ. Rev. Bras. Anal. Clin. [online] vol.38, n.4, 
pp.271-273, 2006. Disponível em: 
<http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_38_04/rbac_38_04_13.pdf>. 
Acesso em: 04 de março de 2012. 
6. BARBETTA, P.A. 6- Amostragem. Referencia: Estatística Aplicada às 
Ciências Sociais. Cap 3. Ed. UFSC, 5ª Edição, 2002. Disponível em: 
<http://www.inf.ufsc.br/~freitas/cursos/Metodos/2005-2/Aulas/A11-12/6%20-
%20Amostragem%20pf.pdf>. Acesso em: 02 de abril de 2012. 
7. BARÇANTE, T.A; CAVALCANTI, D.V; SILVA, G.A; LOPES, P.B; BARROS, 
R.F; RIBEIRO, G.P; NEUBERT, L.F; BARÇANTE, J.M.P. Enteroparasitos 
em crianças matriculadas em creches públicas do município de 
Vespasiano, Minas Gerais. Rev. Patol. Trop. [online]. Disponível em: < 
https://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/viewFile/4029/3604>. 
Acesso em: 01 de março de 2012. 
8. BARRETO, J.G. Detecção da incidência de enteroparasitos nas crianças 
carentes da cidade de Guaçuí – ES. RBAC [online]. vol. 3, n.4, pp. 221-
223, 2006. Disponível em: < 
http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_38_04/rbac_38_04_03.pdf>. 
Acesso em: 01 de março de 2012. 
http://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/view/5665/4497http://www.dirsa.aer.mil.br/revistas/2005/07_05.pdf
http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_38_04/rbac_38_04_13.pdf
http://www.inf.ufsc.br/~freitas/cursos/Metodos/2005-2/Aulas/A11-12/6%20-%20Amostragem%20pf.pdf
http://www.inf.ufsc.br/~freitas/cursos/Metodos/2005-2/Aulas/A11-12/6%20-%20Amostragem%20pf.pdf
https://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/viewFile/4029/3604
http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_38_04/rbac_38_04_03.pdf
26 
 
9. BARROS, A.J.D; HALPERN, R; MENEGON, O.E. Creches públicas e 
privadas de Pelotas, RS: aderência à norma técnica. Jornal de Pediatria 
[online] - Vol. 74, Nº5, 1998. Disponível em: 
<http://www.jped.com.br/conteudo/98-74-05-397/port.pdf>. Acesso em: 05 
de março de 2012. 
10. BASSO, R.M.C; RIBEIRO, R.T.S; SOLIGO, D.S; RIBACKI, S.I; JACQUES, 
S.M.C;ZOPPAS, B.C.A. Evolução da prevalência de parasitoses 
intestinais em escolares em Caxias do Sul, RS. Rev. Soc. Bras. Med. 
Trop. [online]. 2008, vol.41, n.3, pp. 263-268. 
11. BECKER, A.A; LOSCHPE, R; DELWING, D; CANALI, J. Incidência de 
parasitoses intestinais em escolares do município de Novo Hamburgo, 
RS. Rev. Bras Anal. Clin. 2002;34(2): 85-7. 
12. BEVILACQUA, P.D; BASTTOS, R.K.X; HELLER, L; OLIVEIRA, A.A; VIEIRA, 
M.B.C.M; BRITO, L.L.A. Densidades de Giardia e Cryptosporidium em 
mananciais de abastecimento de água e prevalência de giardíase: usos 
e aplicações do modelo teórico de avaliação de risco. In: XXVIII 
Congreso Interamericano de Ingenieña Sanitaria y Ambiental. 2002. 
Disponível em: < http://www.bvsde.paho.org/bvsaidis/mexico26/ix-005.pdf>. 
Acesso em: 06 de março de 2012. 
13. BIASI, L. A.; TACCA, J. A; NAVARINI, M.; BELUSSO, R; NARDINO, A; 
SANTOLIN, J. C; BERNARDON, V; JASKULSKI, M. R. Prevalência de 
enteroparasitoses em crianças de entidade assistencial de Erechim/RS. 
PERSPECTIVA, Erechim. [online]. V.34, n.125, p. 173-179, 2010. 
14. BISCEGLI, T.S; ROMERA, J; CANDIDO, A.B; SANTOS, J.M; CANDIDO, 
E.C.A; BINOTTO, A.L. Estado nutricional e prevalência de 
enteroparasitoses em crianças matriculadas em creche. Rev. paul. 
pediatr. [online]. 2009, vol.27, n.3, pp. 289-295, 2009. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
05822009000300009&script=sci_arttext>. Acesso em: 29 de março de 2012. 
15. BONEBERGER, R. Levantamento epidemiológico de prevalência de 
parasitoses intestinais em escolares do município de Parobé – RS. 
Monografia Pós-graduação em Anal. Clin. 2007. Disponível em: < 
http://ged.feevale.br/bibvirtual/Monografia/MonografiaRodrigoBoneberger.pdf
>. Acesso em: 01 de março de 2012. 
16. BUSCHINI, M.L.T; PITTNER, E; CZERVINSKI, T; MORAES, I.F; MOREIRA, 
M.M; SANCHES, H.F; MONTEIRO, M.C. Distribuição espacial de 
enteroparasitas em crianças escolares na cidade de Guarapuava, 
Estado do Paraná, Brasil. Rev. bras. epidemiol. [online]. 2007, vol.10, n.4, 
pp. 568-578. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-
790X2007000400015&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 01 de março 
de 2012. 
http://www.jped.com.br/conteudo/98-74-05-397/port.pdf
http://www.bvsde.paho.org/bvsaidis/mexico26/ix-005.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-05822009000300009&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-05822009000300009&script=sci_arttext
http://ged.feevale.br/bibvirtual/Monografia/MonografiaRodrigoBoneberger.pdf
http://ged.feevale.br/bibvirtual/Monografia/MonografiaRodrigoBoneberger.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-790X2007000400015&script=sci_arttext&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-790X2007000400015&script=sci_arttext&tlng=pt
27 
 
17. CARNEIRO FILHO, M; FERREIRA, R.F; GARCIA, C.E. Incidência de 
enteroparasitas em crianças de Joinville (SC). J Bras Med. 
1994;67(3):167-70. 
18. CARVALHO, T.B; CARVALHO, L.R; MASCARINI, L.M. Occurrence of 
enteroparasites in day care centers in Botucatu (São Paulo State, 
Brazil) with emphasis on Cryptosporidium sp., Giardia duodenalis and 
Enterobius vermicularis. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo [online]. 2006, 
vol.48, n.5, pp. 269-273. 
19. CASTRO, C.G; BEYRODT, C.G.P. Ações de enfermagem na prevenção 
de 
20. parasitoses intestinais em creches. Rev Enferm UNISA [online] 2003, 
vol.4, pp. 76-80. 
21. CASTRO, A.Z; VIANA, J.D.C; PENEDO, A.A. DONATELE, D.M. 
Levantamento das Parasitoses Intestinais em Escolares da Rede 
Pública na Cidade de Cachoeiro de Itapemirim – ES. NewsLab [online]. 
Edição 63 – 2004. Disponível em: < 
http://www.newslab.com.br/ed_anteriores/63/parasitoses61.pdf>. Acesso 
em: 01 de março de 2012. 
22. CHAME, M; BATOULI-SANTOS, A.L; BRANDÃO, M.L. As Migrações 
Humanas e Animais e a Introdução de Parasitas Exóticos Invasores 
que Afetam a Saúde Humana no Brasil. FUMDHAMentos VII [online]. 
2005. 
23. CHEHTER, L; CABEÇA, M. Parasitoses Intestinais. Rev. Bras. 
Med.[online], vol. 51, pp. 125-132, 1994. 
24. CIMERMAN B, CIMERMAN S. Parasitologia humana e seus 
fundamentos gerais. Editora Atheneu, São Paulo, p.375, 1999. 
25. CIMERMAN, S; CIMERMAN, B. Enterobíase, artigo de revisão. Rev. 
Panam. Infectol [online], 2005. Vol. 7. N.3. pp. 27-30. Disponível em: 
http://www.revista-api.com/3%20edicao%202005/pdf/materia%2004.pdf>. 
Acesso em: 01 de março de 2012. 
26. COSTA, O.R. Incidência de Enterobius vermicularis em 359 escolares 
de Belém, Pará. Publicado originalmente em Revista do Serviço Especial de 
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 221-229, 1955. Disponível em: < 
iah.iec.pa.gov.br/iah/fulltext/memo_iec/v6p251-260.pdf>. Acesso em: 01 de 
março de 2012. 
27. COSTA-MACEDO, L.M; HADDAD, F.; SANTOS, D.S.; LORENZONI, D.P.; 
TELEFORA, K.S. Controle de parasitoses intestinais e pediculose em 
instituições de atendimento a populações carentes da cidade do Rio de 
http://www.newslab.com.br/ed_anteriores/63/parasitoses61.pdf
http://www.revista-api.com/3%20edicao%202005/pdf/materia%2004.pdf
28 
 
Janeiro. In: I Congresso de Extensão Universitária, 2002, João Pessoa. CD 
Rom do I Congresso de Extensão Universitária, 2002. 
28. COUTO, W.F; PEREIRA, R.V; FIGUEIREDO, B.C.P; SILVA, A.C; 
GRAMIGNA, L.L; SANA, D.E.M; GOMES, R.S; ANDRADE, G.F; BRANT, 
J.F.A.C; BREGUES, G.S; SILVA, M.A.R; BARBEITOS, P.O; JUNIOR, L.C.P; 
REIS, L.E.S; JAYME, M.F; CAMARGO, R.S; FRANCO, M.N; AMARAL, M.S; 
NICOLATO, R.L.C; CARNEIRO, C.M; REIS, A.B. Relação entre 
parâmetros ambientais, econômicos e socioculturais na identificação 
de regiões de risco para ocorrência de parasitoses intestinais em uma 
área rural de Ouro Preto, MG. Rev. eletr. Farm [online]. vol. IV, n.2, pp.148-
150. 2007. Disponível em: < 
http://www.revistas.ufg.br/index.php/REF/article/view/2783/8220>. Acesso 
em: 04 de março de 2012. 
29. DE CARLI, G.A. Diagnóstico Laboratorial das Parasitoses Humanas - 
Métodos e Técnicas. Medsi, 1994. 
30. DE CARLI, G.A. Parasitologia Clínica – Seleção de métodos e técnicas 
para o diagnóstico das parasitoses humanas. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 
2007. 
31. FERNANDEZ, S.C.L. Avaliação epidemiológica de parasitoses 
intestinais entre escolares assistidos por micro-áreas de unidades de 
saúde do município de Caldas-MG. 2006. Disponível em: < 
http://tede.unifenas.br/tde_arquivos/2/TDE-2007-11-27T041343Z-
22/Publico/Dissertacao%20completa%20Silvia%20Cristina%20Lopes%20Fe
rnandez.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012. 
32. FERREIRA, M.U; FERREIRA, C.S; MONTEIRO, C.A. Tendência secular 
das parasitoses intestinais na infância na cidade de São Paulo (1984-
1996)*. Rev. Saúde pública [online]. vol.34, n.6, pp.73-82, 2000. Disponível 
em: < http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n6s0/3520.pdf>. Acesso em: 04 de 
março de 2012. 
33. FERREIRA, C.B; MARÇAL JUNIOR, O. Enteroparasitoses em escolares 
do Distrito de Martinésia, Uberlândia, MG: um estudo piloto. Rev. Soc. 
Bras. Med. Trop.[online]. 1997, vol.30, n.5, pp. 373-377. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-
86821997000500004&script=sci_arttext>. Acesso em: 05 de março de 2012. 
34. FIRMO, W.C.A; MARTINS, N.B; SOUSA, A.C; COELHO, L.S; FREITAS, 
M.S. Estudo comparativoda ocorrência de parasitos intestinais no 
serviço de saúde pública e privado de Estreito-MA. 2010. Disponível em: 
<http://eduep.uepb.edu.br/biofar/v6n1/estudo_comparativo_da_ocorrencia_d
e_parasitos_intestinais_no_servico_de_saude_publica_e_privado_de_estreit
o-ma.htm#_ftn3>. Acesso em: 15 de março de 2012. 
http://www.revistas.ufg.br/index.php/REF/article/view/2783/8220
http://tede.unifenas.br/tde_arquivos/2/TDE-2007-11-27T041343Z-22/Publico/Dissertacao%20completa%20Silvia%20Cristina%20Lopes%20Fernandez.pdf
http://tede.unifenas.br/tde_arquivos/2/TDE-2007-11-27T041343Z-22/Publico/Dissertacao%20completa%20Silvia%20Cristina%20Lopes%20Fernandez.pdf
http://tede.unifenas.br/tde_arquivos/2/TDE-2007-11-27T041343Z-22/Publico/Dissertacao%20completa%20Silvia%20Cristina%20Lopes%20Fernandez.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n6s0/3520.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86821997000500004&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86821997000500004&script=sci_arttext
http://eduep.uepb.edu.br/biofar/v6n1/estudo_comparativo_da_ocorrencia_de_parasitos_intestinais_no_servico_de_saude_publica_e_privado_de_estreito-ma.htm#_ftn3
http://eduep.uepb.edu.br/biofar/v6n1/estudo_comparativo_da_ocorrencia_de_parasitos_intestinais_no_servico_de_saude_publica_e_privado_de_estreito-ma.htm#_ftn3
http://eduep.uepb.edu.br/biofar/v6n1/estudo_comparativo_da_ocorrencia_de_parasitos_intestinais_no_servico_de_saude_publica_e_privado_de_estreito-ma.htm#_ftn3
29 
 
35. FREI, F; JUNCASEN, C; RIBEIRO-PAES, J.T. Levantamento 
epidemiológico das parasitoses intestinais: viés analítico decorrente 
do tratamento profilático. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro. [online]. 
Vol.24, n.12, pp. 2919-2925, 2008. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n12/21.pdf>. Acesso em: 04 de março de 
2012. 
36. GOMES, R.P; SILVA, S.C; MATOS, A. Fatores condicionantes de 
parasitoses intestinais em crianças de 1 a 8 anos de idade. Educação e 
prevalência. [online]. 2006. Disponível em: 
<http://www.ciencianews.com.br/revistavirtual/artrenatogomes.pdf>. Acesso 
em: 06 de março de 2012. 
37. GRAHAM, C. F. 1941. A device for the diagnosis of Enterobius 
vermicularis. Am. J. Trop. Med., 21: 159 - 161. Disponível em: 
<http://www.ajtmh.org/content/s1-21/1/159.full.pdf+html>. Acesso em: 14 de 
março de 2012. 
38. GURGEL, R.Q; CARDOSO, G.S; SILVA, A.M; SANTOS, L.N; OLIVEIRA, 
R.C.V; Creche: ambiente expositor ou protetor nas infestações por 
parasitas intestinais em Aracajú, SE. Rev Soc Bras Med Trop [online] 
v.38, n.3, pp.267-269, 2005. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v38n3/24009.pdf>. Acesso em: 01 de março 
de 2012. 
39. KUNZ, J.M.O; VIEIRA, A.S; VARVAKIS, T; GOMES, G.A; ROSSETO, A.L; 
BERNARDINI, O.J; ALMEIDA, M.S.D; ISHIDA, M.M.I. Parasitas intestinais 
em crianças de escola municipal de Florianópolis, SC – Educação 
ambiental e em saúde. Biotemas [online]. vol. 21, n.4, pp. 157-162, 2008. 
40. LUDWIG, K.M; FREI, F; ALVARES FILHO, F; RIBEIRO-PAES, J.T. 
Correlação entre condições de saneamento básico e parasitoses 
intestinais na população de Assis, Estado de São Paulo. Rev. Soc. Bras. 
Med. Trop. [online]. 1999, vol.32, n.5, pp. 547-555. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-
86821999000500013&script=sci_arttext>. Acesso em: 05 de março de 2012. 
41. MARIANO, M.L.M; CARVALHO, S.M.S; MARIANO, A.P.M; ASSUNÇÃO, 
F.R. Uma Nova Opção para Diagnóstico Parasitológico: Método de 
Mariano & Carvalho. NewsLab [online]. Edição 68, 2005. Disponível em: 
<http://www.newslab.com.br/ed_anteriores/68/art03.pdf>. Acesso em: 02 de 
março de 2012. 
42. MARINHO, M.S, SILVA, G.B, DIELE, C.A, CARVALHO, J.B. Prevalência de 
enteroparasitoses em escolares da rede pública de Seropédica, 
município do estado do Rio de Janeiro. Rev. Bras. Anál. Clínicas. 2002; 
34: 195-6. 
http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n12/21.pdf
http://www.ajtmh.org/content/s1-21/1/159.full.pdf+html
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v38n3/24009.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86821999000500013&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86821999000500013&script=sci_arttext
http://www.newslab.com.br/ed_anteriores/68/art03.pdf
30 
 
43. MARKELL, E; JOHN, D; KROTOSKI, W. Parasitologia médica. 8.ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 
44. MARZOCHI, M.C.A; CARVALHEIRO, J.R. Estudo dos fatores envolvidos 
na disseminação dos enteroparasitas: III - Distribuição de algumas 
enteroparasitoses em dois grupos populacionais da cidade de Ribeirão 
Preto, São Paulo, Brasil. Rev. Inst. Med. trop. [online] S.Paulo. Vol.20, n.1, 
pp.31-35, 1978. 
45. MASCARINI, M.L. Uma abordagem histórica da trajetória da 
parasitologia. Rev. Ciência e Saúde Coletiva [online]. Vol. 8, n. 3, pp. 809-
814, 2003. 
46. MASCARINI, L.M; DONASÍLIO, M.R. Giardíase e criptosporidiose em 
crianças institucionalizadas em creches no Estado de São Paulo. Rev. 
Socied. Bras. Medicina Tropical [online]. vol. 39, n.6, pp.577-579, 2006. 
47. MENDES, C.R; TEIXEIRA, A.T.L.S; PEREIRA, R.A.T; DIAS, L.C.S. Estudo 
comparativo de técnicas parasitológicas: Kato-Katz e coprotest. Rev. 
Bras. Med. Trop. [online]. vol.38, n. 2, pp. 178-180, 2005. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v38n2/23577.pdf>. Acesso em: 01 de março 
de 2012. 
48. MONTEIRO, C.A; CHIEFFI, P.P; BENICIO, M.H.A; DIAS, R.M.S; TORRES, 
D;M.A.C.V; MANGINI, A.C.S. Estudo das condições de saúde das 
crianças do município de São Paulo (Brasil), 1984/1985, VII-Parasitoses 
Intestinais. Rev. Saúde. Públ. [online], Vol.22, n.1, pp.8-15. 1988. 
Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v22n1/02.pdf>. Acesso em: 
06 de março de 2012. 
49. MORAES, R.G. Parasitologia & micologia humana. 5.ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2008. 
50. MOTTA, M.E.F.A; SILVA, G.A.P. Diarréia por parasitas. Rev. Bras. Saude 
Mater. Infant. [online]. vol.2, n.2, 2002. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-
38292002000200004>. Acesso em: 04 de março de 2012. 
51. MOURA, E.C; BRAGAZZA, L.M; COELHO, M.F.L; AUN, S.M.F. Prevalência 
de parasitose intestinal em escolares da primeira série de uma escola 
pública. Jornal de Pediatria [online]. Vol. 73, Nº6, pp.406-410, 1997. 
Disponível em: <http://www.jped.com.br/conteudo/97-73-06-406/port.pdf>. 
Acesso em: 06 de março de 2012. 
52. NASCIMENTO, W.R.C; CAVALCANTI, I.M.F; IRMAO, J.I; ROCHA, FJ.S. 
Presença de Cryptosporidium spp em crianças com diarréia aguda em 
uma creche pública de Recife, Estado de Pernambuco. Rev. Soc. Bras. 
Med. Trop. [online]. 2009, vol.42, n.2, pp. 175-178. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v38n2/23577.pdf
http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v22n1/02.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292002000200004
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292002000200004
http://www.jped.com.br/conteudo/97-73-06-406/port.pdf
31 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-
86822009000200016&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 05 de março de 2012. 
53. NESTI, Maria MM e Goldbaum, Moisés. As creches e pré–escolas e as 
doenças transmissíveis. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2007, v.83, n.4, pp 
299-312. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-
75572007000500004>. Acesso em: 01 de março de 2012. 
54. NEVES, D.P. Parasitologia Dinâmica. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 
55. NEVES, D.P. Parasitologia Humana. 10 ed. São Paulo: Atheneu, 2004. 
56. NEVES, D.P. Parasitologia Humana. 10 ed. São Paulo: Atheneu, 2003. 
57. OLIVEIRA, A.A; Enteroparasitas em populações usuárias de diferentes 
sistemas de abastecimento de água em Viçosa-MG. 2004. Disponível em: 
< http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/8/TDE-2007-01-
16T154503Z-218/Publico/texto%20completo.pdf>. Acesso em: 04 de março 
de 2012. 
58. ORLANDINI, M. R.; MATSUMOTO, L. S. Prevalência de parasitoses 
intestinais em escolares. Universidade Estadual do Norte do Paraná, 
Campus Luiz Meneghel ENP/CLM)2010. Disponível em: < 
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1655-8.pdf>. 
Acesso em: 06 de março de 2012. 
59. PEREIRA-CARDOSO, F.D; ARAÚJO, B.M; BATISTA, H.L; GALVÃO, W.G. 
Prevalência de enteroparasitoses em escolares de 06 a 14 anos no 
município de Araguaína – Tocantins. 2010, v.7, n.1, pp.54-64. Disponível 
em: < revistas.ufg.br/index.php/REF/article/download/9595/6651>. Acesso 
em: 01 de março de 2012. 
60. PRADO, M.S; BARRETO, M.L; STRINA, A; FARIA, J.A.S; NOBRE, A.A; 
JESUS, S.R. Prevalência e intensidade da infecção por parasitas 
intestinais em crianças na idade escolar na Cidade de Salvador (Bahia, 
Brasil). Rev. socied. bras. med. tropical. [online]. 2001, vol.34, n.1, pp.99-
101. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v34n1/4326.pdf>. 
Acesso em: 01 de março de 2012. 
61. QUADROS, R.M; MARQUES, S; ARRUDA, A.A.R; DELFES, P.S.W; 
MEDEIROS, I.A.A. Parasitas Intestinais em centros de educação infantil 
municipal de Lages, SC, Brasil. Rev. Bras. Med. Trop. [online]. Vol. 37, n. 
5, pp. 422-423, 2004. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v37n5/21345.pdf>. Acesso em: 01 de março 
de 2012. 
62. REY, L. Bases da parasitologia médica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan; 2002. 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822009000200016&lng=pt&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822009000200016&lng=pt&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000500004
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000500004
http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/8/TDE-2007-01-16T154503Z-218/Publico/texto%20completo.pdf
http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/8/TDE-2007-01-16T154503Z-218/Publico/texto%20completo.pdf
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1655-8.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v34n1/4326.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v37n5/21345.pdf
32 
 
63. REY, L. Parasitologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 
64. REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2008. 
65. ROCHA, R.S; SILVA, J;G; PEIXOTO, S.V; CALDEIRA, R.L; FIRMO, J.O.A; 
CARVALHO, O.S; KATZ, N. Avaliação da esquistossomose e de outras 
parasitoses intestinais, em escolares do município de Bambuí, Minas 
Gerais, Brasil. Soc. bras. med. trop. [online]. Vol.33, n.5, pp.431-436, set-
out, 2000. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v33n5/3122.pdf>. 
Acesso em: 04 de março de 2012. 
66. ROQUE, F.C; BORGES, F.K; SIGNORI, L.G.H; CHAZAN, M; PIGATTO, T; 
COSER, T.A; MEZZARI, A; WIEBBELLING, A.M.P. Parasitos Intestinais: 
Prevalência em Escolasda Periferia de Porto Alegre – RS. NewsLab 
[online]. Ed 69 – 2005. Disponível em: < 
http://www.newslab.com.br/ed_anteriores/69/art06.pdf>. Acesso em: 05 de 
março de 2012. 
67. SANTOS, J. F., et al. Estudo das Parasitoses intestinais na comunidade 
carente dos bairros periféricos do município de Feira de Santana (BA). 
Sitientibus [online]. vol.20, pp.55-67, 1999. Disponível em: 
<http://www2.uefs.br:8081/sitientibus/pdf/20/estudo_das_parasitoses.pdf>. 
Acesso em: 05 de março de 2012. 
68. SANTOS-JÚNIOR, G.O; SILVA, M.M; SANTOS, F.L.N. Prevalência de 
enteroparasitoses em crianças do sertão baiano pelo método de 
sedimentação espontânea. 2006, v.35, n.3, pp.233-240. Disponível em: 
http://www.iptsp.ufg.br/revista/uploads/files/2006_35(3)233_240.pdf>. 
Acesso em: 01 de março de 2012. 
69. SILVA, A.C.S; BASTOS, O.M.P; BRENER, B. Estudo da contaminação de 
elementos sanitários por estruturas enteroparasitárias em cinco pré-
escolas públicas da cidade de Patrocínio-MG. 2011, v.40, n.4, pp.315-
322. Disponível em: < 
http://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/view/16758/10204>. Acesso 
em: 01 de março de 2012. 
70. SILVA, E.F; SILVA, E.B; ALMEIDA, K.S; SOUZA, J.J.N; FREITAS, F.L. 
Enteroparasitoses em crianças de áreas rurais do município de Coari, 
Amazonas, Brasil. Rev. Patol. Trop. [online] v.38, n.1, pp.35-43, 2009. 
Disponível em: < 
www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/download/6219/4727>. Acesso 
em: 29 de março de 2012. 
71. SOUZA, A.I; FERREIRA, L.O.C; FILHO, M.B; DIAS, M.R.F.S. 
Enteroparasitoses, Anemia e Estado Nutricional em Grávidas 
Atendidas em Serviço Público de Saúde. RBGO [online]. Vol. 24, n. 4, pp. 
253-259, 2002. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v33n5/3122.pdf
http://www.newslab.com.br/ed_anteriores/69/art06.pdf
http://www2.uefs.br:8081/sitientibus/pdf/20/estudo_das_parasitoses.pdf
http://www.iptsp.ufg.br/revista/uploads/files/2006_35(3)233_240.pdf
http://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/view/16758/10204
http://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/download/6219/4727
33 
 
http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v24n4/a07v24n4.pdf>. Acesso em: 20 de março 
de 2012. 
72. UCHÔA, C.M.A; ALBUQUERQUE, M.C; CARVALHO, F.M; FALCÃO, A.O; 
SILVA, P; BASTOS, O.M.P. Parasitismo intestinal em crianças e 
funcionários de cheches comunitárias na cidade de Niterói-RJ, Brasil. 
Rev. patol. tropical. [online]. 2009, vol.38, n.4, pp. 267-278. Disponível em: 
www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/download/8590/6073. Acesso em: 
01 de março de 2012. 
73. UCHOA, C.M.A; ALBUQUERQUE, M.C; BASTOS, O.M.P; SILVA, D.G; 
SILVA, P;S. Enteroparasitoses em Crianças de Creche. Apresentado em 
anais 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. 2004. Disponível 
em: <http://www.ufmg.br/congrext/Saude/Saude80.pdf>. Acesso em: 06 de 
março de 2012. 
74. VON HOFE, F. H., 1944. Um método melhorado de demonstrar ovos de 
Enterobius vermicularis. J.A.M.A., 125: 27. Disponível em: < 
http://jama.ama-assn.org/content/125/1/27.1>. Acesso em: 14 de março de 
2012. 
75. YAMAMOTO R, NAGAI N, KAWABATAN M. Effect of intestinal 
helminthiesis on nutritional status of schoolchildren. South Asian J Trop 
Med Publ Health 2000, vol. 31, pp. 755-61. Disponivel em: < 
http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0717-
77122005000100014&script=sci_arttext>. Acesso em: 01 de março de 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v24n4/a07v24n4.pdf
http://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/download/8590/6073
http://www.ufmg.br/congrext/Saude/Saude80.pdf
http://jama.ama-assn.org/content/125/1/27.1
http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0717-77122005000100014&script=sci_arttext
http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0717-77122005000100014&script=sci_arttext
34 
 
2. ARTIGO 
 
Enterobiose e outras enteroparasitoses em crianças matriculadas em um 
centro de educação de Cascavel - PR 
Enterobius and others enteroparasitosis in children fron a educational Center in 
Cascavel - PR 
Marceli Gonçalves Beletini ¹, Maria das Graças Marciano Hirata Takizawa². 
 
RESUMO 
Este estudo mostra a ocorrência de enteroparasitoses em 100 crianças com idade 
entre 0 – 5 anos de um Centro de Educação da cidade de Cascavel, PR no período 
de abril a setembro de 2012. Foi utilizado o método de Graham para o diagnóstico 
específico de Enterobius vermicularis e a técnica de Lutz/HPJ para a análise das 
amostras de fezes. Os resultados revelaram 26% de positividade, onde Giardia 
lamblia (61,5%) foi a espécie predominante, seguida por Endolimax nana (42,3%) e 
Enterobius vermicularis (26,9%). Foi observada relação entre a idade e a 
positividade, onde a idade mais parasitada foi entre 2-3 anos, no entanto não 
houve relação entre o gênero e o parasitismo. A frequência de protozoários foi 
maior na faixa etária entre 2-3 anos, porém a frequência do helminto é maior na 
faixa etária entre 4-5 anos. O método de Graham mostrou-se específico para a 
detecção de E.vermicularis, revelando, exclusivamente, 26,9% de positividade para 
o helminto. Observou-se uma elevada prevalência de enteroparasitoses, 
justificando-se pelo alto contato entre as crianças no ambiente coletivo, sendo 
necessário melhorar a qualidade de vida com a adoção de programas de educação 
sanitária nas creches. 
Palavras-chave: Enteroparasitoses,Crianças, Centro de Educação. 
ABSTRACT 
This paper shows enteroparasitosis among one hundred one-to-five-year-old 
children with are students at na Educational Center in Cascavel – PR carried out 
from April to September in 2012. It was employed the Graham Test and Lutz/HPJ 
technic to the faeces analysis to diagnose Enterobius vermicularis infection. The 
result shows 26% positive cases, where Giardia lamblia (61,5%) was the 
predominant species, followed by Endolimax nana (42,3%) and Enterobius 
vermicularis (26,9%). It was observed relations between the age and positivity. It 
was conclued that 2 and 3 year-old-children were the more parazited. However, the 
study didn’t show any influence between genre and parasitism. The major protozoa 
infection incidence was found among 2 and 3 years old children, however greater 
helminth frequency was found in children between 4 and 5 years old. Graham 
method proved specifc to find E.vermicularis, revealing exclusively 26,9% of 
35 
 
positivity to helminth. It hás been observed that there was a higher prevalence of 
enteroparasitosis and the happens because of the personal contact between 
children in a public environment, so it is necessary to improve life quality by 
adopting programs of sanitary education at this Educational Center. 
Key-words: Enteroparasitosis, children and Educational Center. 
 
¹ Discente do Curso de Farmácia da Faculdade Assis Gurgacz – FAG. E-mail: marceli_gb@hotmail.com 
² Docente do Curso de Farmácia da Faculdade Assis Gurgacz – FAG. 
Laboratório de Parasitologia da Faculdade Assis Gurgacz-FAG, Avenida das Torres, 500, Cascavel, Paraná, 
Brasil. 
 
INTRODUÇÃO 
Apesar de serem amplamente discutidas e conhecidas, poucos passos têm 
sido dados com relação ao controle das parasitoses intestinais, cuja prevalência 
permanece ainda tão elevada nos países em desenvolvimento, sendo considerada 
um problema de saúde pública (COSTA-MACEDO et al 17) sofrendo variações de 
acordo com as condições de saneamento básico, nível socioeconômico, grau de 
escolaridade, idade e hábitos de higiene, entre outras variáveis (BASSO et al 6). 
Dentre as infecções mais frequentemente encontradas em seres humanos, 
estão as ocasionadas por parasitos intestinais, visto que afetam as crianças em 
idade escolar principalmente dos bairros pobres dos centros urbanos, acarretando 
importantes transtornos (PRADO et al 33). 
Os parasitos que vivem no trato gastrintestinal do homem geralmente 
pertencem aos filos Protozoa, Platyhelminthes, Nematoda e Acantocephala, sendo 
que condições de moradia e saneamento básico são determinantes para a 
transmissão dos mesmos. Alguns como Ascaris lumbricoides, Entamoeba 
histolytica, Enterobius vermicularis, Giardia intestinalis, Hymenolepis nana, Taenia 
soluim e Trichuris trichiura são transmitidos pela água ou alimentos contaminados, 
outros como Ancylostoma duodenale, Necator americanus e Strongyloides 
stercoralis são transmitidos por larvas presentes no solo (NEVES 29). 
A transmissão das enteroparasitoses, na maioria das vezes, ocorre pela via 
oral passiva, relacionada a áreas onde as condições higiênicas e sanitárias são 
precárias, e cujo sistema de saneamento básico, incluindo o tratamento de água e 
esgoto facilita a disseminação de cistos e ovos de parasitas (UCHÔA et al 44). Silva 
et al 40) relata ainda como meios de transmissão a geofagia e a coprofagia. 
Enterobius vermicularis é um nematelminto de importância para a saúde 
pública causador do prurido anal com frequência (CASTRO & BEYRODT13). De 
acordo com Rey36, as crianças que frequentam escolas e creches são os 
hospedeiros mais parasitados por este, visto que a disseminação das formas 
36 
 
infectantes, representadas pelos ovos, ocorre de forma intensa nos orfanatos, 
colégios e outras instituições em que ocorre a reunião de um elevado número de 
crianças. 
Segundo Cimerman14, a especificidade da técnica utilizada para o 
diagnóstico é de extrema relevância, uma vez que as técnicas habituais de exames 
coprológicos não apresentam alta positividade para esta espécie, pois as fêmeas 
de E. vermicularis não realizam oviposição no intestino. Rey36 relata como a melhor 
técnica para o encontro dos ovos de E. vermicularis, o método da fita gomada ou 
método de Graham, o qual consiste em aplicar sobre a pele da região perianal uma 
fita adesiva transparente adaptada a uma lâmina de vidro. Costa16 descreve que 
várias modificações foram avaliadas e introduzidas, com o objetivo de melhorar a 
eficiência da técnica, empregando tubos de ensaio ou abaixador de língua, a fim de 
pressionar a fita contra a região perianal. 
De acordo com Cardoso et al11, constrangimento para o indivíduo e 
dificuldades operacionais são realidades tratando-se da técnica de swab anal ou 
método de Graham, em estudos de Uchôa et al e Santos-Júnior et al.,44,40, a baixa 
prevalência encontrada de E. vermicularis se deve ao fato da utilização de técnicas 
menos sensíveis à detecção do mesmo. 
Diante do exposto e tratando-se do alto índice de pacientes pediátricos em 
idade pré-escolar que apresentam risco de infecções parasitárias, tanto de 
enterobiose, quanto para as demais enteroparasitoses, por frequentarem 
diariamente locais com aglomeração de pessoas, utilizando dormitórios e banheiros 
coletivos, fator essencial na transmissão de formas infectantes de parasitas, é 
relevante a realização de um estudo, utilizando-se técnicas sensíveis para a 
detecção de enterobiose e outras enteroparasitoses nos Centros Municipais de 
Educação Infantil em Cascavel-Paraná, visto que de acordo com Gurgel et al 23, as 
creches representam locais com maior prevalência de parasitoses, apresentando 
risco de infestação 1,5 vezes maior que outros centros coletivos. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 Trata-se de um estudo transversal de caráter qualitativo realizado em 
crianças com idade pré-escolar entre 0 a 5 anos, matriculadas em um Centro de 
Educação da cidade de Cascavel – Paraná durante o período de abril a setembro 
de 2012, onde foi realizado o Método de Graham além do exame parasitológico de 
fezes. 
Participaram da pesquisa todas as crianças que tiveram o termo de 
consentimento livre e esclarecido (TCLE) assinado pelos pais ou responsáveis. Os 
kits de coleta foram entregues durante uma reunião marcada com os responsáveis 
pelas crianças. Para a coleta do swab anal, o kit continha uma lâmina com a fita 
adesiva “durex” já grudada e um folheto contendo orientações de coleta, 
identificada com nome, idade e data da coleta, e um outro kit para a coleta do 
37 
 
material fecal, composto por um frasco coletor contendo Formalina 10%, uma 
pazinha e um folheto com orientações de coleta, devidamente identificado com 
nome, idade e data da coleta. 
As amostras foram analisadas no Laboratório de Parasitologia da Faculdade 
Assis Gurgacz, sendo transportadas utilizando caixa de isopor, e conservadas no 
laboratório sob-refrigeração. O método utilizado para a análise do material fecal foi 
o de Sedimentação Espontânea – Lutz/HPJ (Hoffmann, Pons & Janer), onde foram 
analisadas três lâminas de cada sedimento utilizando microscópio óptico. Já para a 
análise das lâminas do Método de Graham foi utilizado microscópio óptico nas 
objetivas de 10X e 40X. 
Após a realização dos exames e conclusão dos resultados, os mesmos 
foram impressos, assinados pela pesquisadora orientadora responsável pela 
pesquisa e entregues a coordenadora do CMEI, que entregou o laudo 
individualmente aos responsáveis, levando em consideração o sigilo total das 
informações obtidas. 
Os resultados foram analisados estatisticamente através do teste qui-
quadrado a 0,05% de significância. 
 
 
RESULTADOS 
Foram analisadas 100 amostras de fezes, com respectivas lâminas 
coletadas pelo método de Graham, no período de abril a setembro de 2012. A 
proposta deste trabalho consistiu no atendimento de 210 crianças matriculadas em 
um centro de educação localizado na cidade de Cascavel – PR, no entanto,apenas 
100 crianças participaram, com o consentimento dos responsáveis, onde a taxa de 
aceitação do projeto foi de 47,62%, um valor considerado abaixo do esperado, 
considerando a gratuidade dos exames. 
Os dados referentes às análises demonstram na Fig.1, que 26% dos 
pacientes estavam infectados por pelo menos uma espécie de enteroparasita 
enquanto 74% dos indivíduos não estavam parasitados, sendo considerado um 
resultado significativo (p<0,05). 
Figura 1: Relação de positividade para 100 amostras obtidas de crianças de um Centro de 
Educação de Cascavel, abril a setembro de 212. Fonte: Análises realizadas. (p<0,05) 
.
26%
74%
Positivo
Negativo
 
 
38 
 
A ocorrência de enteroparasitos, por espécie, é demonstrada na Tabela 1, 
sendo que Giardia lamblia foi a espécie predominante entre os protozoários, 
seguido por Endolimax nana, e entre os helmintos, a única espécie observada foi 
Enterobius vermicularis. 
 
Tabela 1: Ocorrência de enteroparasitoses em crianças de um Centro de Educação de Cascavel, 
Paraná, abril a setembro de 2012. 
Enteroparasitas n % 
________________________________________________________________________________ 
Endolimax nana 11 42,3 
Giardia lamblia 16 61,5 
Enterobius vermicularis 7* 26,9 
_______________________________________________________________________________ 
Fonte: Análises realizadas.* Resultado encontrado exclusivamente pelo Método de Graham. 
(p<0,05). 
Já com relação à positividade dos exames, pode-se observar na Fig. 2, que 
a maioria dos casos positivos foi representada pelo monoparasitismo, no entanto, 
também foram encontrados casos de biparasitismo e poliparasitismo. 
 
73%
23%
4%
Monoparasitismo 
(n=19)
Biparasitismo (n=6)
Poliparasitismo (n=1)
 
Figura 2: Grau de parasitismo em crianças de um Centro de Educação de Cascavel, Paraná, abril a 
setembro de 2012. Fonte: Análises realizadas. (p<0,05). 
 
A taxa de infecção por protozoários foi significativamente mais elevada do 
que a taxa de helmintos, onde a ocorrência de espécies patogênicas foi mais 
elevada do que as espécies não patogênicas. Observando-se a Tabela 2, com 
relação à incidência de enteroparasitoses por gênero, não há relação significativa 
(p<0,05) entre o gênero e a infecção por enteroparasitas. 
39 
 
 
Tabela 2: Ocorrência de enteroparasitoses por gênero e faixa etária em crianças de um Centro de 
Educação de Cascavel, Paraná, abril a setembro de 2012. 
Variável Classe Número e percentual de indivíduos parasitados Total
 ___________________ 
 n % 
Gênero Masculino 14 25,4 55
 
 Feminino 12 26,7 45 
Faixa Etária* 0 – 1 2 18,2 11 
 2 – 3 18 26,5 68 
 4 – 5 5 20,8 24 
Fonte: Análises realizadas. (*p<0,05) 
 
Observa-se, de acordo com a Fig.3, que a frequência de protozoários é 
maior na faixa etária entre 2 – 3 anos, sendo a espécie predominante Giardia 
lamblia, porém a frequência do helminto E. vermicularis é maior na faixa etária 
entre 4 – 5 anos. 
 
0
2
4
6
8
10
12
Endolimax nana Giardia lamblia Enterobius 
vermicularis
0 - 1 ano
2 - 3 anos
4 - 5 anos
 
Figura 3: Distribuição de enteroparasitos por faixa etária em crianças de um Centro de Educação 
de Cascavel, Paraná, abril a setembro de 2012. Fonte: Análises realizadas. 
Visualizando os dados descritos na Tabela 3, pode-se observar que a taxa 
de positividade para o helminto Enterobius vermicularis foi predominante nos 
exames realizados pelo método de Graham, método específico para o diagnóstico 
40 
 
do mesmo, onde se pode observar maior prevalência desse parasito em indivíduos 
do gênero masculino. Já pelo método de sedimentação espontânea (Lutz – HPJ) 
pode-se diagnosticar em apenas uma amostra do gênero feminino a presença 
desse helminto, no entanto a amostra apresentou-se positiva também para a 
lâmina de Graham. 
Tabela 3: Positividade por método para detecção de Enterobius vermicularis em crianças de um 
Centro de Educação do gênero feminino e masculino, abril a setembro de 2012. 
Técnica 
Lutz/HPJ Método de Graham* 
 
n % n % 
________________________________________________________________________________ 
Gênero Feminino 1 14,3 3 42,8 
 Masculino 0 0 4 57,1
 
Fonte: Análises realizadas. *p<0,05. 
 
DISCUSSÃO 
Atualmente sabe-se que tanto no Brasil quanto em outros países em 
desenvolvimento, as parasitoses intestinais apresentam alta prevalência e fácil 
disseminação, sendo reflexo das condições de saneamento básico, 
desenvolvimento socioeconômico e conhecimento limitado da população, 
principalmente crianças com idade até 10 anos, as quais não apresentam hábitos 
de higiene e saúde totalmente formados (COUTO et al.,; COELHO et alOLIVEIRA; 
ROCHA et al.18,15,31,37 ). 
As crianças que frequentam creches constituem o principal grupo de risco 
para a contaminação e aquisição de infecções intestinais, pois se trata de um 
ambiente fechado, abrigando grande número de crianças durante a maior parte do 
dia, tornando-se um potencial ambiente de contaminação pelo alto contato 
interpessoal de crianças em banheiros e dormitórios (BARROS et al; GURGEL et 
al; NASCIMENTO et al5,23,28 ). 
Observou-se uma prevalência de 26% (26/100) de indivíduos parasitados 
com pelo menos uma espécie de enteroparasita na população estudada, um índice 
próximo ao encontrado por outros pesquisadores em estudos com crianças com 
idade entre 0 – 5 anos como Barreto, Biscegli et al e Ferreira & Júnior4,9,20. 
A presença de monoparasitismo foi mais frequente, como relatado 
previamente em outras pesquisas de Ferreira & Andrade, Pereira-Cardoso et al., 
Santos et al e Silva et al21,32,39,42. No entanto, o biparasitismo também foi 
41 
 
encontrado, onde a associação verificada foi entre os protozoários Giardia lamblia 
e Endolimax nana, sendo uma associação bastante comum, pois as condições 
exigidas para o seu desenvolvimento e transmissão são semelhantes. Já para o 
poliparasitismo um único caso foi encontrado, assim como no estudo de Biolchini e 
Ferreira & Júnior8,20, sendo que a associação encontrada foi entre E. nana, G. 
lamblia e E. vermicularis. 
De acordo com Biolchini8, a associação entre dois ou mais parasitas 
favorece ainda mais a espoliação do indivíduo, onde além de consumirem 
nutrientes das crianças infectadas, retardando o seu desenvolvimento físico, 
destroem tecidos e órgãos, causando dor abdominal, diarréia, obstrução intestinal, 
anemia, úlceras e outros problemas de saúde, levando a um desenvolvimento 
cognitivo mais lento, prejudicando consequentemente o crescimento intelectual e 
social da população infantil. 
Diversos estudos realizados no Brasil, avaliando a prevalência de 
enteroparasitoses em crianças com idade pré-escolar entre 0 – 5 anos comprovam 
a alta disseminação dessas infecções na população pediátrica, principalmente as 
causadas por protozoários, sendo que Basso et al6, em sua pesquisa acerca de 
parasitoses intestinais em escolares do Rio Grande do Sul observou uma 
prevalência de 24% para o protozoário Giardia lamblia, além de 20% para 
Endolimax nana, Cardoso et al11, em seus estudos em creches de Aracajú (SE) 
encontraram 63,3% para Giardia lamblia. Já Baptista et al², encontraram 22 casos 
positivos para Giardia lamblia em indivíduos com idade entre 0 – 10 anos no Rio de 
Janeiro. Barçante et al3 avaliaram a prevalência de enteroparasitoses em crianças 
de uma creche do município de Minas Gerais, sendo que destacou-se a 
prevalência de Entamoeba coli (57,5 %), Giardia duodenalis (40%). Na presente 
pesquisa a prevalência observada para o protozoário Giardia lamblia foi de 61,5% 
(16/26), sendo o parasita mais prevalente, estando de acordo com os resultados 
supracitados, indicando que a giardíase é classificada como uma das principais 
enteroparasitoses que acometem crianças em idade pré-escolar. 
Neves29 relata que a giardíase está presente no mundo todo, sendo que a 
incidência

Continue navegando