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Slides de Aula I Estudos Disciplinares Xl Estudos Disciplinares Prática Baseada em Evidências

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Prof. Me. Nelson Carvas Jr.
UNIDADE I
Estudos Disciplinares
Prática Baseada
em Evidências
 PBE é um movimento mundial que surgiu da constatação de que as evidências geradas por 
pesquisadores não chegavam aos clínicos e aos pacientes.
 Esse movimento surgiu com o propósito de enfrentar essa lacuna entre pesquisa
e prática clínica.
 Objetivos da PBE: melhorar a efetividade clínica e apoiar o profissional de saúde
em suas condutas.
Prática baseada em evidências
 A PBE usa conhecimentos básicos de Epidemiologia e Bioestatística para avaliar a evidência 
clínica quanto à sua validade e utilidade potencial.
 Praticar com base em evidências é integrar.
 A PBE surgiu para restringir a autonomia malconduzida!
Prática baseada em evidências
Evidência 
científica
Experiência 
profissional
Preferência do 
paciente
Prática baseada em evidências
“Uso explícito, judicioso e consciencioso da melhor 
evidência atual proveniente da pesquisa clínica na 
abordagem de pacientes individuais.”
BMJ. 1996; 312:71-2
Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/esporte-lesão-
f%C3%ADsica-fisioterapia-2765769/
Prática baseada em evidências
Informar os pacientes e suas famílias sobre 
os benefícios e riscos dos tratamentos, 
considerando a melhor evidência e 
diretrizes a respeito.
 Há um movimento muito forte de compartilhamento das decisões entre profissionais de 
saúde e os pacientes!
Prática baseada em evidências
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/feminino-médico-2828449/
 Parece simples, mas existem diversas barreiras para implementar a PBE.
 Falta de treinamento sobre a importância de implementar PBE.
 Habilidade de identificar as evidências científicas.
 Habilidade de avaliar criticamente os estudos.
 Lacuna entre pesquisa e prática clínica!
Prática baseada em evidências
 Como surgiu a PBE.
Prática baseada em evidências
Fonte: https://commonground.ca/david-
sackett-revolutionary/
1990
David SackettArchibald Cochrane
1970 Atualmente
Fonte: Diagn Tratamento. 2018;23(2):43-4. 
Prática Baseada em Saúde
O que devo fazer para trabalhar com PBE?
Prática baseada em evidências
Evidência 
científica
Experiência 
profissional
Preferência do 
paciente
Como encontrar?
 A PBE é a arte de fazer perguntas!
 Uma pergunta clínica bem construída possibilita a definição correta de quais evidências são 
necessárias para a resolução de um problema clínico.
 Uma pergunta bem construída maximiza a recuperação de evidências nas bases de
dados disponíveis.
Prática baseada em evidências
As perguntas podem ser classificadas como:
Prática baseada em evidências
BÁSICAS CLÍNICAS
O que é? Qual?Como? Ancoram decisões
A B
 PARA QUEM?
 Intervenção ou comparador?
 Estratégia PICO
Prática baseada em evidências
= POPULAÇÃO / PROBLEMA
= INTERVENÇÃO
= CONTROLE, COMPARADOR
= DESFECHO
P
I
C
O
grupo de participantes parecidos com o 
meu paciente
 Estratégia PICO
Prática baseada em evidências
= POPULAÇÃO / PROBLEMA
= INTERVENÇÃO
= CONTROLE, COMPARADOR
= DESFECHO
P
I
C
O
intervenção de interesse, a que eu 
desejo saber se devo aplicar
 Estratégia PICO
Prática baseada em evidências
= POPULAÇÃO / PROBLEMA
= INTERVENÇÃO
= CONTROLE, COMPARADOR
= DESFECHO
P
I
C
O
intervenção comumente aplicada
ou qualquer outra
 Estratégia PICO
Prática baseada em evidências
= POPULAÇÃO / PROBLEMA
= INTERVENÇÃO
= CONTROLE, COMPARADOR
= DESFECHO
P
I
C
O o que eu quero saber se vai melhorar com
a intervenção
 Estratégia PICO
Prática baseada em evidências
= POPULAÇÃO / PROBLEMA
= INTERVENÇÃO
= CONTROLE, COMPARADOR
= DESFECHO
P
I
C
O o que eu quero saber se vai melhorar com
a intervenção
DESFECHOS
 Clínicos
 Substitutos
Interessa ao paciente
Interessa ao profissional
Exemplos de desfechos clínicos:
 Morte.
 Internação.
 Redução da dor.
 Reduzir fraturas e/ou infecção.
 Melhorar uma determinada função.
Prática baseada em evidências
Exemplos de desfechos clínicos:
 Redução do tamanho de um tumor.
 Aumentar a densidade mineral óssea.
 Escore psicológico neuropsicológico.
 Reduzir concentrações de colesterol e/ou triglicérides.
Prática baseada em evidências
 Combinar desfechos
Prática baseada em evidências
CLÍNICO SUBSTITUTO+
Não é recomendável fazer isso!
Exemplo prático:
 Idosa, 72 anos, refere desequilíbrio postural, principalmente ao realizar movimentos rápidos 
com a cabeça e ao diminuir a base de sustentação. Refere duas quedas no último ano sem 
consequências graves e medo de cair. Procurou você para, por meio da fisioterapia, realizar 
um programa de reabilitação para reduzir o risco de cair. Ela comentou que uma amiga 
reduziu o risco de quedas usando realidade virtual com jogos interativos.
Perguntas básicas:
O que é queda? 
Como reconhecer?
Qual o mecanismo da queda?
Perguntas básicas:
O que é realidade virtual?
Como trabalha?
Qual o mecanismo?
Prática baseada em evidências
 Estratégia PICO
Prática baseada em evidências
P
I
C
O
= idosos com desequilíbrio postural
= jogos interativos com realidade virtual
= fisioterapia convencional
= quedas / medo de cair
A PICO deve ficar assim:
Prática baseada em evidências
Jogos interativos com realidade virtual são mais efetivos que fisioterapia convencional para 
diminuir o risco de quedas e medo de cair em idosos com desequilíbrio postural? 
População
Intervenção Controle, comparador
Desfechos
A respeito da Prática Baseada em Evidências (PBE), assinale a alternativa incorreta:
a) A PBE prevê metodologias e processos para a identificação de evidências de que um certo 
tratamento, ou meio diagnóstico, seja efetivo para a resolução de uma questão clínica.
b) A PBE tem como objetivo melhorar o cuidado do paciente, por meio da identificação e da 
promoção de práticas que funcionem e eliminação das práticas ineficientes.
c) A PBE propõe que os problemas clínicos que surgem na prática assistencial sejam 
decompostos e organizados em perguntas clínicas.
d) Na PBE, os pacientes devem receber apenas as melhores intervenções, independente da 
sua preferência.
e) A estratégia PICO representa um acrônimo para Paciente, 
Intervenção, Comparação e Outcomes (desfechos).
Interatividade
A respeito da Prática Baseada em Evidências (PBE), assinale a alternativa incorreta:
a) A PBE prevê metodologias e processos para a identificação de evidências de que um certo 
tratamento, ou meio diagnóstico, seja efetivo para a resolução de uma questão clínica.
b) A PBE tem como objetivo melhorar o cuidado do paciente, por meio da identificação e da 
promoção de práticas que funcionem e eliminação das práticas ineficientes.
c) A PBE propõe que os problemas clínicos que surgem na prática assistencial sejam 
decompostos e organizados em perguntas clínicas.
d) Na PBE, os pacientes devem receber apenas as melhores intervenções, independente da 
sua preferência.
e) A estratégia PICO representa um acrônimo para Paciente, 
Intervenção, Comparação e Outcomes (desfechos).
Resposta
 Considerações finais
Prática baseada em evidências
DESFECHOS
Experiência clínica
Expectativas e preferências 
dos pacientes
Melhor evidência
Vimos que:
Prática baseada em evidências
Evidência 
científica
Experiência 
profissional
Preferência do 
paciente
PBE = 
 Nesta aula vamos discutir sobre o risco de viés em estudos 
de intervenção.
Prática baseada em evidências
Qual a confiança no 
efeito?
Qual a credibilidade 
do estudo?
Evidência 
científica
Experiência 
profissional
Preferência do 
paciente
 A questão é que precisamos saber questões relacionadas à validade do estudo.
Prática baseada em evidências
Evidência 
científica
A validade de um estudo está relacionada à:
 VALIDADE EXTERNA
 VALIDADE INTERNA 
a capacidade de generalização do estudo!
a como o estudo foi conduzido!
Podem acontecer ERROS 
Os erros são classificados como:
 ERROS ALEATÓRIOS
 ERROS SISTEMÁTICOSPrática baseada em evidências
SÃO ERROS QUE OCORREM NATURALMENTE 
SÃO ERROS CONTROLÁVEIS 
VIÉS é um erro sistemático que pode desviar a 
verdade sobre o resultado de um estudo
 Exemplo: uso de terapias respiratórias para prevenir pneumonia associada à ventilação 
mecânica em pacientes internados na UTI.
Prática baseada em evidências
 Perguntas básicas que podemos responder
O que são terapias respiratórias?
Como as terapias respiratórias trabalham para reduzir a mortalidade?
Qual seria o mecanismo de ação dessa intervenção?
Prática baseada em evidências
 Estratégia PICO
Prática baseada em evidências
P
I
C
O
= Pacientes em ventilação mecânica
= Manobras de higiene brônquica associada à ventilação mecânica
= Ventilação mecânica
= Mortalidade
Prática baseada em evidências
Pacientes
Prática baseada em evidências
Pacientes
Randomização
Intervenção
Prática baseada em evidências
Pacientes Tempo
Randomização
Término do estudoIntervenção
Prática baseada em evidências
Pacientes Tempo
Randomização
Término do estudo
Foi confiável?
Intervenção
Prática baseada em evidências
Pacientes Tempo
Randomização
Término do estudo
Foi confiável?
Os pesquisadores sabiam 
quem ia para qual grupo?
Intervenção
Prática baseada em evidências
Pacientes Tempo
Randomização
Término do estudo
Foi confiável?
Os avaliadores estavam no grupo 
intervenção ou controle?
Os pesquisadores sabiam 
quem ia para qual grupo?
Intervenção
Prática baseada em evidências
Pacientes Tempo
Randomização
Término do estudo
Foi confiável?
Os pesquisadores sabiam 
quem ia para qual grupo?
Os avaliadores estavam no grupo 
intervenção ou controle?
Houve perda de participantes?
Intervenção
Prática baseada em evidências
Pacientes Tempo
Randomização
Término do estudo
Foi confiável?
Os pesquisadores sabiam 
quem ia para qual grupo?
Os avaliadores estavam no grupo 
intervenção ou controle?
Houve perda de participantes?
Houve relato seletivo de 
desfechos?
Intervenção
 O viés de um estudo pode ser identificado com o uso de check lists.
 O check list é uma ferramenta construída e estruturada que segue um fluxo contínuo quando 
é aplicada a um estudo.
 Com a aplicação do check list, conseguimos levantar provas para julgar se o estudo possui 
ou não possui um alto risco de viés.
Prática baseada em evidências
Detetive
 Os check lists avaliam o risco de viés por meio de domínios
 Viés de seleção
 Viés de desempenho
 Viés de detecção
 Viés de atrito
 Viés de relato
Prática baseada em evidências
Processo de randomização.
Sigilo na alocação dos participantes.
Cegamento dos participantes e do pessoal da pesquisa.
Cegamento dos avaliadores de desfechos.
Perdas de participantes.
Relato seletivo de desfechos.
O risco de viés de um estudo de intervenção pode ser classificado como:
 Alto / Baixo / Incerto
 As cores permitem avaliar rapidamente o risco de viés quando aplicamos a avaliação em 
vários estudos.
Prática baseada em evidências
“Baixo risco” “Risco incerto” “Alto risco”
O risco de viés de um estudo de intervenção pode ser classificado como:
 Alto / Baixo / Incerto
Prática baseada em evidências
“Baixo risco” “Risco incerto” “Alto risco”
Estudo 1
Estudo 2
Estudo 3
Estudo 4 Fonte: autoria própria.
Entre as ferramentas disponíveis para avaliação da qualidade da evidência de ensaios clínicos 
randomizados, a mais conhecida é a ferramenta da Cochrane. De acordo com o instrumento, 
são avaliados diferentes domínios. Em relação a isso, assinale a alternativa correta:
a) Avalia seis domínios estabelecendo uma nota para a qualidade metodológica do artigo.
b) A percepção do risco de cada domínio não deve ser baseada em fatos e provas.
c) A evidência de que houve falhas no domínio deve ser classificada com risco incerto.
d) A ferramenta classifica os domínios em três categorias possíveis: baixo, incerto e alto.
e) As cores dos ícones não possuem utilidade prática.
Interatividade
Entre as ferramentas disponíveis para avaliação da qualidade da evidência de ensaios clínicos 
randomizados, a mais conhecida é a ferramenta da Cochrane. De acordo com o instrumento, 
são avaliados diferentes domínios. Em relação a isso, assinale a alternativa correta:
a) Avalia seis domínios estabelecendo uma nota para a qualidade metodológica do artigo.
b) A percepção do risco de cada domínio não deve ser baseada em fatos e provas.
c) A evidência de que houve falhas no domínio deve ser classificada com risco incerto.
d) A ferramenta classifica os domínios em três categorias possíveis: baixo, incerto e alto.
e) As cores dos ícones não possuem utilidade prática.
Resposta
 Nesta aula vamos aplicar o check list ROB.
Prática baseada em evidências
Fonte: Fisioter Pesqui. 2021; 28(1): 101-108.
 Estratégia PICO
Prática baseada em evidências
P
I
C
O
= Pacientes fase II na pós-cirurgia de revascularização miocárdica
= Estimulação elétrica funcional + treinamento combinado
= Estimulação elétrica funcional
= Fluxo arterial periférico / qualidade de vida
 Tópicos de um Ensaio Clínico Randomizado e Aleatorizado.
 Título.
 Resumo – abstract.
 Introdução / justificativa / objetivo.
 Métodos / delineamento / participantes / randomização / procedimentos / avaliações / estat.
 Resultados.
 Discussão.
 Conclusão.
Prática baseada em evidências
 Tópicos de um Ensaio Clínico Randomizado e Aleatorizado.
 Título.
 Resumo – abstract.
 Introdução / justificativa / objetivo.
 Métodos / delineamento / participantes / randomização / procedimentos / avaliações / estat.
 Resultados.
 Discussão.
 Conclusão.
Prática baseada em evidências
 O check list ROB avalia 6 domínios do risco de viés com 7 itens.
 Viés de seleção
 Viés de desempenho
 Viés de detecção
 Viés de atrito
 Viés de relato
Prática baseada em evidências
Processo de randomização.
Sigilo na alocação dos participantes.
Cegamento dos participantes e do pessoal da pesquisa.
Cegamento dos avaliadores de desfechos.
Perdas de participantes.
Relato seletivo de desfechos.
 Primeiro item do check list: viés de seleção.
O estudo em questão utilizou algum método de geração de sequência aleatória para alocar os 
participantes em um dos dois grupos de intervenção?
 Risco baixo: sorteio aleatório / arremesso de moeda / software.
 Risco alto: número do prontuário / data de aniversário / dia da semana / par e ímpar.
 Risco incerto: o estudo não fornece nenhuma informação.
Prática baseada em evidências
“Baixo risco” “Risco incerto” “Alto risco”
 Primeiro item do check list: viés de seleção.
O estudo em questão utilizou algum método de geração de sequência aleatória para alocar os 
participantes em um dos dois grupos de intervenção?
Prática baseada em evidências
Randomização
Os sujeitos incluídos no estudo foram randomizados em
dois grupos: grupo intervenção (GI), que realizou a EEF
adicionalmente ao treinamento combinado (exercício
aeróbico e de resistência), e grupo sham (GS), submetido à
EEF sham em associação com o TC. A randomização em
blocos foi realizada por um colaborador externo ao estudo,
através de uma ordem aleatória de alocação, utilizando os
números 1 e 2 para designar os sujeitos do GI e do GS
respectivamente, através do software Random Number
Generator (Pro v2.00, Segobit, Issaquah, WA, EUA).
Fonte: CARVALHO, A. P. V.; SILVA, V. G. A. Avaliação do risco de viés de ensaios 
clínicos randomizados pela ferramenta da colaboração Cochrane. Diagnóstico Trat
[Internet]. 2013;18(1):38-44.
 Segundo item do check list: viés de seleção.
O estudo em questão garantiu o sigilo da alocação dos participantes em um dos dois grupos
de intervenção?
 Risco baixo: a randomização foi realizada por uma pessoa que não fazia parte da alocação 
dos participantes / usou um envelope opaco, selado e numerado sequencialmente.
 Risco alto: os pesquisadores do estudo sabiam da alocação dos participantes.
 Riscoincerto: não há informações.
Prática baseada em evidências
 Segundo item do check list: viés de seleção.
O estudo em questão garantiu o sigilo da alocação dos participantes em um dos dois grupos
de intervenção?
Prática baseada em evidências
Randomização
Os sujeitos incluídos no estudo foram randomizados em
dois grupos: grupo intervenção (GI), que realizou a EEF
adicionalmente ao treinamento combinado (exercício
aeróbico e de resistência), e grupo sham (GS), submetido à
EEF sham em associação com o TC. A randomização em
blocos foi realizada por um colaborador externo ao estudo,
através de uma ordem aleatória de alocação, utilizando os
números 1 e 2 para designar os sujeitos do GI e do GS
respectivamente, através do software Random Number
Generator (Pro v2.00, Segobit, Issaquah, WA, EUA).
Fonte: CARVALHO, A. P. V.; SILVA, V. G. A. Avaliação do risco de viés de ensaios 
clínicos randomizados pela ferramenta da colaboração Cochrane. Diagnóstico Trat
[Internet]. 2013;18(1):38-44.
 Terceiro item do check list: viés de desempenho.
Os participantes do estudo estavam cegos em relação à intervenção recebida?
Prática baseada em evidências
Visando garantir o duplo cegamento, os pacientes
não foram informados sobre o grupo de alocação e a
EEF foi realizada por uma pesquisadora que não
participou da avaliação das medidas de desfechos.
Fonte: CARVALHO, A. P. V.; SILVA, V. G. A. Avaliação do risco de viés de ensaios 
clínicos randomizados pela ferramenta da colaboração Cochrane. Diagnóstico Trat
[Internet]. 2013;18(1):38-44.
 Quarto item do check list: viés de detecção.
Os avaliadores dos desfechos estavam cegos em relação à intervenção que o participante 
recebeu durante o estudo?
Prática baseada em evidências
Visando garantir o duplo cegamento, os pacientes
não foram informados sobre o grupo de alocação e a
EEF foi realizada por uma pesquisadora que não
participou da avaliação das medidas de desfechos.
Fonte: CARVALHO, A. P. V.; SILVA, V. G. A. Avaliação do risco de viés de ensaios 
clínicos randomizados pela ferramenta da colaboração Cochrane. Diagnóstico Trat
[Internet]. 2013;18(1):38-44.
 Quinto item do check list: viés de atrito.
Houve perdas / desistência de participantes ao longo do estudo? Se houve, foi realizado algum 
método de intenção de tratar?
Prática baseada em evidências
Pacientes potencialmente 
elegíveis (n=26)
Randomizados (n=20)
Excluídos (n=6)
 Doença Obstrutiva 
Periférica (n=5)
 Marca-passo (n=1)
Alocados para 
grupo Sham (n=11)
Falta de 
assiduidade (n=2)
Analisados (n=9)
Alocação
Seguimento
Análise
Alocados para 
grupo EEF (n=9)
Falta de 
assiduidade (n=1)
Analisados (n=8)
Figura 1: Fluxograma do estudo
Fonte: CARVALHO, A. P. V.; SILVA, V. G. A. Avaliação do risco de viés 
de ensaios clínicos randomizados pela ferramenta da colaboração 
Cochrane. Diagnóstico Trat [Internet]. 2013;18(1):38-44.
 Sexto item do check list: viés de relato.
O estudo em questão relatou os desfechos descritos previamente em um protocolo registrado?
Prática baseada em evidências
MÉTODOS
Delineamento do estudo
Ensaio clínico randomizado duplo-cego, registrado no
ClinicalTrials.gov (Identifier: NCT03560713), realizado no
Programa de Reabilitação Cardíaca da Unidade de
Reabilitação do Hospital Universitário de Santa Maria
(HUSM), em Santa Maria (RS), Brasil, no período de abril
de 2017 a junho de 2018. Todos os participantes
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido
antes da inclusão no estudo, conforme determinação da
Resolução n. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
Fonte: CARVALHO, A. P. V.; SILVA, V. G. A. Avaliação do risco de viés de ensaios 
clínicos randomizados pela ferramenta da colaboração Cochrane. Diagnóstico Trat
[Internet]. 2013;18(1):38-44.
 Sexto item do check list: viés de relato.
O estudo em questão relatou os desfechos descritos previamente em um protocolo registrado?
Prática baseada em evidências
 Sexto item do check list: viés de relato.
O estudo em questão relatou os desfechos descritos previamente em um protocolo registrado?
Prática baseada em evidências
 Sexto item do check list: viés de relato.
O estudo em questão relatou os desfechos descritos previamente em um protocolo registrado?
Prática baseada em evidências
 Sexto item do check list: viés de relato.
O estudo em questão relatou os desfechos descritos previamente em um protocolo registrado?
Prática baseada em evidências
Figura 2. Comparação intra e entre grupos do fluxo arterial periférico avaliado
por meio do índice tornozelo-braquial nos momentos avaliados
Pré-intervenção
Pós-intervenção
Diferença
Grupo Sham Grupo Intervenção
p=0,01
p=0,002
p=0,02
Ín
d
ic
e
 T
o
rn
o
z
e
lo
-B
ra
q
u
ia
l 
(m
m
H
g
)
1,5
1,0
0,5
0,0
Fonte: acervo pessoal.
 Sexto item do check list: viés de relato.
O estudo em questão relatou os desfechos descritos previamente em um protocolo registrado?
Prática baseada em evidências
Valores expressos em média e desvio-padrão. GI: grupo intervenção (EEF + treino combinado); 
GS: grupo sham (EEF sham + treino combinado); TC6M: teste de caminhada de seis minutos; 
QV: qualidade de vida (escore do domínio global do questionário MacNew); Δ: variação; 
*: significância estatística p<0,05. aTeste T Student.
Tabela 2. Capacidade funcional submáxima e qualidade de vida.
GI (n=8) GS (n=9) Comparação entre grupos
Variáveis Pré Pós p Pré Pós p Δ entre grupos p
TC6M 414,7±49,8 545,6±60,8 0,002*a 414,7±44,9 488,4±41,9 <0,001*a 57,2±27,1 0,072a
QV 4,5±0,6 5,6±0,5 <0,001*a 4,5±0,7 5,1±0,6 0,004*a 0,5±0,2 0,020*a
Fonte: acervo pessoal.
 Sétimo item do check list: outros vieses.
O estudo em questão apresentou outro risco de viés não contemplado no check list?
 Diferenças na linha de base.
 Efeito carry over.
 Evidências de conflitos de interesse?
Prática baseada em evidências
 Sétimo item do check list: outros vieses.
O estudo em questão apresentou outro risco de viés não contemplado no check list?
Prática baseada em evidências
Valores expressos em média e desvio-padrão; GS: grupo 
sham (EEF sham + treino combinado); GI: grupo intervenção 
(EEF + treino combinado); IMC: índice de massa corporal; 
FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; DM: 
diabetes mellitus; HAS: hipertensão arterial sistêmica; RC: 
reabilitação cardíaca; CRM: cirurgia de revascularização do 
miocárdio; AINEs: anti-inflamatórios não esteroides; IECA: 
inibidores da enzima conversora de angiotensina.
Tabela 1. Características clínicas e demográficas dos pacientes
Variáveis GI (n=8) GS (n=9)
Idade, anos 51,6±12,4 57,7±7,2
Sexo masculino, n (%) 5 (62,5) 5 (55,6)
IMC, kg/m2 28,8±2,2 28,0±2,5
FEVE, % 59,1±14,9 60,4±12,8
DM, n (%) 5 (62,5) 5 (55,6)
HAS, n (%) 6 (75,0) 8 (88,9)
Início da RC pós-CRM, dias 35,8±2,1 38,4±1,7
Medicamentos, n (%)
AINEs 5 (62,5) 9 (100,0)
Antiplaquetário 2 (25,0) -
Estatina 6 (75,0) 9 (100,0)
Diurético 3 (37,5) 5 (55,6)
Anticoagulante - 1 (11,1)
IECA 6 (75,0) 1 (11,1)
Betabloqueador 5 (62,5) 7 (77,8)
Fonte: acervo pessoal.
 Apresentação do risco de viés do estudo
Prática baseada em evidências
Geração da sequência aleatória
Sigilo da alocação
Cegamentos dos participantes e pessoal
Cegamentos dos avaliadores de desfechos
Viés de atrito
Relato seletivo de desfechos
Outros vieses
Em relação ao risco de viés de um estudo de intervenção, assinale a alternativa incorreta:
a) O risco de viés é baixo em um item quando há evidência de que o estudo contemplou o 
quesito em questão.
b) Outros vieses se referem a questões não contempladas nos itens anteriores do check list.
c) Quando o estudo não relata informações suficientes, devemos dar alto risco de viés.
d) A geração da sequência aleatória deve ser realizada por procedimentos aleatórios.
e) Quando há alto risco de viés em todos os quesitos, não podemos ter muita confiança nos 
resultados do estudo.
Interatividade
Em relação ao risco de viés de um estudode intervenção, assinale a alternativa incorreta:
a) O risco de viés é baixo em um item quando há evidência de que o estudo contemplou o 
quesito em questão.
b) Outros vieses se referem a questões não contempladas nos itens anteriores do check list.
c) Quando o estudo não relata informações suficientes, devemos dar alto risco de viés.
d) A geração da sequência aleatória deve ser realizada por procedimentos aleatórios.
e) Quando há alto risco de viés em todos os quesitos, não podemos ter muita confiança nos 
resultados do estudo.
Resposta
 Nesta aula vou abordar o efeito das intervenção e sua precisão!
 Essa informação fica ainda mais clara quando está 
acompanhada com uma medida estatística.
Risco Relativo (RR):
IC 95%:
Prática baseada em evidências
Comparadas à ventilação mecânica, as terapias 
respiratórias combinadas à ventilação mecânica 
reduziram o desfecho de pneumonia associada à 
ventilação mecânica em pacientes intubados. 
 O efeito é o que interessa ao paciente!
Prática baseada em evidências
P
I
C
randomização
O
O
ocorrência
ocorrência
Desfechos ≠Tempo 
O risco é uma razão:
Prática baseada em evidências
Nº de eventos
Nº total de expostos
Risco = = %
N=100
evento ocorreu em 4%
O evento ocorreu em 4:100
Quando nós temos duas intervenções sendo comparadas:
 O risco em cada grupo!
Prática baseada em evidências
I C
Nº de eventos
Nº total de expostos
Risco =
Nº de eventos
Nº total de expostos
Risco =
Quando nós temos duas intervenções sendo comparadas:
 A medida de efeito que nos interessa agora é o Risco Relativo (RR).
 É o risco dos participantes que receberam a intervenção sobre o risco dos participantes que 
receberam o controle / comparador.
 Isso é facilmente visto na tabela 2x2.
Prática baseada em evidências
Risco Relativo (RR):
Prática baseada em evidências
Terapias manuais + ventilação 
mecânica
Ventilação mecânica
Pneumonia Não tiveram
a
c
b
d
Intervenção =
Controle/Comparador =
a / (a + b)
c / (c + d)
Risco Relativo (RR):
Prática baseada em evidências
Terapias manuais + ventilação 
mecânica
Ventilação mecânica
Pneumonia Não tiveram
24
28
53
40
Intervenção =
Controle/Comparador =
24 / (24+53) =
28 / (28+40) =
0,312
0,452
= 0,690
Redução de Risco Relativo (RRR):
Prática baseada em evidências
O RR de fazer terapias manuais + ventilação mecânica é: 0,690
Uma medida mais fácil de interpretar é RRR = 1 – 0,690 = 0,31
Fazer a intervenção reduz o risco de 
pneumonia em 31%
Odds Ratio (RR):
Prática baseada em evidências
Terapias manuais + ventilação 
mecânica
Ventilação mecânica
Pneumonia Não tiveram
a
c
b
d
A chance de pneumonia nos que
receberam a intervenção sob a chance
dos que receberam controle.
A chance de não ter pneumonia nos
que receberam intervenção sob a
chance dos que receberam controle.
Odds Ratio (RR):
Prática baseada em evidências
Terapias manuais + ventilação 
mecânica
Ventilação mecânica
Pneumonia Não tiveram
24
28
53
40
 Para avaliar a influência do fumo passivo sobre o risco de câncer de pulmão, foi feito um 
estudo em que se mediu a frequência de câncer de pulmão em mulheres não fumantes, com 
maridos fumantes e não fumantes. O resultado mostrou um odds ratio (OR) de 1,8 para as 
mulheres com maridos fumantes, comparados aos não fumantes.
a) O risco de câncer de pulmão é 80% maior nas mulheres com maridos não fumantes.
b) A chance de câncer é 80% maior nos maridos não fumantes.
c) Ter um marido fumante reduz a chance de câncer de pulmão em 80%.
d) A odds ratio de 1,8 pode ser interpretada como aumento de 80% na chance de ter câncer.
e) Não podemos aplicar a regra de redução de risco relativo para odds ratio.
Interatividade
 Para avaliar a influência do fumo passivo sobre o risco de câncer de pulmão, foi feito um 
estudo em que se mediu a frequência de câncer de pulmão em mulheres não fumantes, com 
maridos fumantes e não fumantes. O resultado mostrou um odds ratio (OR) de 1,8 para as 
mulheres com maridos fumantes, comparados aos não fumantes.
a) O risco de câncer de pulmão é 80% maior nas mulheres com maridos não fumantes.
b) A chance de câncer é 80% maior nos maridos não fumantes.
c) Ter um marido fumante reduz a chance de câncer de pulmão em 80%.
d) A odds ratio de 1,8 pode ser interpretada como aumento de 80% na chance de ter câncer.
e) Não podemos aplicar a regra de redução de risco relativo para odds ratio.
Resposta
 CARVALHO, A. P. V.; SILVA, V. G. A. Avaliação do risco de viés de ensaios clínicos 
randomizados pela ferramenta da colaboração Cochrane. Diagnóstico Trat [Internet]. 
2013;18(1):38-44.
 COUTINHO, E. S. F.; CUNHA, G. M. da. Conceitos básicos de epidemiologia e estatística 
para a leitura de ensaios clínicos controlados. Rev Bras Psiquiatr. 2005;27(2):146-51.
 DUQUIA, R. P.; BASTOS, J. L. D. Medidas de efeito: existe associação entre exposição e 
desfecho? Qual a magnitude desta associação? Sci Med (Porto Alegre). 2007;17(3):171-4.
 LOPES, A. A. Medicina Baseada em Evidências: a arte de aplicar o conhecimento científico 
na prática clínica. Assoc Med Bras. 2000;46(3):285-8.
 PEREIRA, M. G.; GALVÃO, T. F.; SILVA, M. T. Saúde Baseada 
em Evidências. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2021.
 STERNE, J. A. C.; SAVOVIĆ, J.; PAGE, M. J.; ELBERS, R. G.; 
BLENCOWE, N. S.; BOUTRON, I. RoB: A revised tool for 
assessing risk of bias in randomised trials. BMJ. 2019;366:1-8.
Referências
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