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Empreendedorismo e Plano de Negócios

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Gestão Estratégica, 
Empreendedorismo e 
Plano de Negócios
Empreendedorismo
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Clovis Cabrera
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Empreendedorismo e Oportunidades Empreendedoras;
• Empreendedorismo Estratégico;
• Criação de Valor por Meio do Empreendedorismo Estratégico;
• Construindo uma Empresa de Sucesso;
• Necessidade de um Plano de Negócios.
Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Planejar e desenvolver um negócio de sucesso; 
• Construir o conhecimento a respeito do tema Empreendedorismo, alcançando uma nova 
perspectiva pessoal e profissional.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Empreendedorismo
UNIDADE 
Empreendedorismo
Contextualização
Nesta unidade, apresentaremos os estudos sobre a implantação das estratégias e aná-
lises do tema Empreendedorismo de uma maneira simples e amigável. Esperamos que o 
conteúdo apresentado seja atual e relevante para as empresas.
Além disso, ofereceremos indicações de vários artigos e vídeos que aparecem em 
sites e livros, que procuram apresentar situações de como as empresas podem se desen-
volver utilizando informações do tema Empreendedorismo.
Muitas das empresas que vamos discutir são bem familiares e de várias áreas do mer-
cado de negócios. Utilizamos exemplos de empresas do mundo todo.
Esperamos que você perceba a importância do Empreendedorismo nas organiza-
ções, se interesse e aprenda bastante sobre o tema desta unidade.
6
7
Empreendedorismo e
Oportunidades Empreendedoras
Empreendedorismo
Empreendedor, em francês “entrepreneur”, e em inglês “entrepreneurship”, quer 
dizer aquele que assume Riscos e faz Algo Novo.
O Empreendedor não é somente um fundador de novas empresas, o construtor de 
novos negócios ou o consolidador e impulsionador de negócios atuais. Ele é muito mais 
do que isso, pois proporciona a energia que move toda a economia, alavanca as mudan-
ças e transformações, produz a dinâmica de novas ideias, cria empregos e impulsiona 
talentos e competências (CHIAVENATO, 2012).
O Empreendedor precisa ficar atento ao ambiente de negócios e sempre buscar se 
desenvolver, procurando um maior acesso à informação, à formação e à capacitação, 
para melhor desenvolver seus projetos.
Segundo Chiavenato (2012), o Empreendedorismo reflete a prática de criar novos 
negócios ou revitalizar aqueles já existentes. O espírito empreendedor está também 
presente em todas as pessoas que, mesmo sem fundar uma empresa ou iniciar seus pró-
prios negócios, estão preocupadas e focadas em assumir riscos e inovar continuamente, 
mesmo que não estejam em seus próprios negócios. 
Além do conceito de Empreendedorismo, existe também o de intraempreendedo-
rismo, que a maioria das grandes organizações pretende desenvolver em todos os seus 
quadros funcionais. Qual é a empresa que não gostaria de ter pessoas trabalhando como 
se fossem sócias ou parceiras de seu negócio e plenamente engajadas e comprometidas 
em alcançar os objetivos organizacionais? A diferença é que os intraempreendedores 
não são donos do negócio. Ainda assim, o espírito empreendedor é idêntico: dedicar-se 
de corpo e alma ao negócio da empresa, seja ela própria ou alheia.
O Empreendedorismo e a inovação gerados são importantes para as corporações 
que competem na economia mundial e para os países que procuram estimular as con-
dições econômicas com potencial para melhorar os padrões de vida de sua população 
(HITT et al., 2015).
Segundo Hitt et al. (2015), Empreendedores são indivíduos, atuando de maneira 
independente ou como parte de uma organização, que veem uma oportunidade em-
preendedora e assumem os riscos para desenvolver uma inovação e tentar colocá -la 
em prática. Eles podem ser encontrados por toda uma organização, desde gerentes 
de alto nível até os funcionários que trabalham na fabricação dos produtos e serviços.
Os Empreendedores tendem a demonstrar diversas características, incluindo o otimis-
mo, a grande motivação, a disposição para assumir responsabilidade por seus projetos 
e a coragem. Além disso, tendem a demonstrar paixão e emoção no que diz respeito ao 
valor e à importância de suas ideias com base na inovação. Eles são aptos a lidar com 
incertezas e são mais alertas a oportunidades do que outros.
7
UNIDADE 
Empreendedorismo
Empreendedorismo no Brasil
O conceito de Empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil nos últimos 
anos, intensificando-se no final da década de 1990, mas cujo início, como marco na 
consolidação do tema e de sua relevância para o país, ocorreu a partir do ano 2000 
(DORNELAS, 2016).
Segundo Dornelas (2016), no Brasil, a preocupação com a criação de pequenas em-
presas duradouras e a necessidade da diminuição das altas taxas de mortalidade desses 
empreendimentos são, sem dúvida, motivos para a popularidade do termo “empreen-
dedorismo”, que tem recebido especial atenção por parte do governo e de entidades 
de classe. Isso porque, nos últimos anos, após várias tentativas de estabilização da eco-
nomia e da imposição advinda do fenômeno da globalização, muitas grandes empresas 
brasileiras tiveram de procurar alternativas para aumentar a competitividade, reduzir os 
custos e se manter no mercado. Uma das consequências imediatas foi o aumento do 
índice de desemprego, principalmente nas grandes cidades, onde a concentração de 
empresas é maior. Sem alternativas, os ex-funcionários dessas empresas começaram a 
criar novos negócios, às vezes mesmo sem experiência no ramo, utilizando o pouco que 
ainda lhes restava de economias pessoais, fundo de garantia, entre outros.
No Brasil, foram desenvolvidos vários Programas / Informações de Empreendedoris-
mo como, por exemplo:
• Leis e Decretos, disponível no site: https://goo.gl/9wLWrU.
 » Lei 11.598/2007: Cria a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da 
Legalização de Empresas e Negócios - REDESIM e estabelece normas gerais para 
a simplificação e integração do processo de registro e legalização de empresários 
e de pessoas jurídicas;
 » Lei Complementar 123/2006 (Lei Geral da Micro e Pequena Empresa): Institui o 
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte;
 » Lei Complementar 128/2008: Cria a figura do Microempreendedor Individual - 
MEI e modifica partes da Lei Complementar 123/2006;
 » Lei Complementar 139/2011: Altera o limite de faturamento do MEI para até 
R$ 60.000,00 e modifica partes da Lei Complementar 123/2006;
 » Lei Complementar 147/2014: Modifica partes da Lei Complementar 123/2006;
 » Lei Complementar 155/2016: Altera a Lei Complementar 123/2006 e altera/
revoga outras Leis;
 » Decreto 6.884/2009: Cria o Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Sim-
plificação do Registro e da Legalizaçãode Empresas e Negócios - CGSIM.
• Governo lança programa de apoio ao sucesso dos empreendedores / INOVATIVA 
BRASIL, de acordo com o site: https://goo.gl/DBzBHg.
• ANUÁRIO DO TRABALHO nos Pequenos Negócios 2015 SEBRAE/DIEESE, dis-
ponível no site: https://goo.gl/Lx6ziK.
8
9
• Sobrevivência das Empresas no Brasil, Outubro/2016, disponível no site:
https://goo.gl/WaL9nY.
• O Que é Ser Empreendedor (Adriane Alvarenga da Rocha Pombo), Numa visão 
mais simplista, podemos entender como empreendedor aquele que inicia algo 
novo, que vê o que ninguém vê, enfim, aquele que realiza antes, aquele que sai da 
área do sonho, do desejo, e parte para a ação. Ser empreendedor significa, acima 
de tudo, ser um realizador que produz novas ideias através da congruência entre 
criatividade e imaginação. Disponível no site: https://goo.gl/ADrpB1.
“50 HISTÓRIAS PARA INSPIRAR SUA JORNADA EMPREENDEDORA. UM EXEMPLO PARA CHA-
MAR DE SEU”. Endeavor / SEBRAE, Disponível em: https://goo.gl/mFfVAv. 
“No meio da arrebentação, a única coisa que você faz é remar”.
Disponível em: https://goo.gl/WwNkJN.
Oportunidades Empreendedoras
Oportunidades Empreendedoras são condições nas quais novos produtos ou serviços 
conseguem atender à necessidade do mercado. Cada vez mais, o empreendedorismo 
está contribuindo positivamente para o desempenho de organizações e estimulando o 
crescimento em economias inteiras (HITT et al., 2015).
Segundo Hitt et al. (2015), há inúmeras formas de oportunidades empreendedoras, 
como a chance de desenvolver e vender um novo produto e de vender um produto exis-
tente em um novo mercado. As empresas deveriam estar abertas à busca de oportunida-
des empreendedoras sempre e onde quer que elas surjam. A essência do Empreendedo-
rismo é identificar e explorar as oportunidades empreendedoras, ou seja, oportunidades 
que outros não veem ou das quais não reconhecem o potencial comercial, e gerenciar 
riscos de forma adequada conforme surgirem. 
Empreendedores bem-sucedidos buscam identificar oportunidades em potencial no 
mercado para poderem conduzir suas inovações. Essa mentalidade empreendedora 
pode ser uma fonte de vantagens competitivas para uma empresa porque o conheci-
mento está sempre disponível em suas várias áreas, e seus colaboradores, que têm essa 
mentalidade empreendedora, devem ser apoiados e incentivados a desenvolverem esse 
perfil de atitude e comportamento no trabalho.
O fato de uma ideia ser ou não única não importa. O que importa é como o empre-
endedor utiliza sua ideia, inédita ou não, de maneira a transformá-la em um produto ou 
serviço que faça sua empresa crescer (DORNELAS, 2016).
Segundo Dornelas (2016), se você tem uma ideia que acredita ser interessante e que 
pode se transformar em um negócio de sucesso, pergunte a si mesmo e a seus sócios: 
9
UNIDADE 
Empreendedorismo
Quais são os clientes que comprarão o produto ou o serviço de sua empresa? Qual o 
tamanho atual do mercado em reais e em número de clientes? O mercado está em 
crescimento, estável ou estagnando? Quem atende a esses clientes atualmente, ou seja, 
quem são os concorrentes? Se você e seus sócios não conseguirem responder a essas 
perguntas básicas iniciais com dados concretos, vocês têm apenas uma ideia, não uma 
oportunidade de mercado.
Há uma enorme variedade de negócios à disposição dos empreendedores. Os ramos 
de atividades de negócios são extremamente variados. Alguns são explorados intensa-
mente, enquanto outros surgem de maneira aleatória como áreas inexploradas, verda-
deiras oportunidades em um mundo carregado de competição (CHIAVENATO, 2012).
1. Qual é o volume de capital que você pretende investir?
2. Em quanto tempo?
3. Qual é o retorno que você pensa ou precisa obter?
4. Qual é a natureza das atividades de trabalho envolvidas?
5. Quais são as suas experiências profissionais?
6. Quais são os seus objetivos?
7. Quais são as suas atitudes e opiniões a respeito de negócios?
8. Quais são as suas características de personalidade?
9. Quais são os seus conhecimentos e suas habilidades?
10. Quanto tempo você pode ficar sem um salário mensal?
O primeiro passo é refletir a respeito de todas essas questões. Elas certamente in-
fluenciarão suas escolhas futuras e impactarão em suas decisões a respeito da natureza 
e dimensão do negócio.
Exemplos de Oportunidades Empreendedoras
• VISLUMBRANDO OPORTUNIDADES ONDE OS OUTROS VEEM PROBLE-
MAS (CHIAVENATO, 2012 - baseado no: Guia PEGN – como montar seu próprio 
negócio. Rio de Janeiro: Globo, 2002. p. 16-7):
 » Ernesto Igel foi um brasileiro que entrou no mundo dos negócios depois de um 
incidente. O dirigível Zeppelin, que tinha seus voos programados para o Brasil, 
explodiu. Com ele, sobraram alguns campos de pouso e depósitos de gás que 
abasteciam o dirigível. Ninguém sabia o que fazer com todo aquele combustível. 
Igel percebeu a oportunidade por trás do problema: pensou em engarrafar o gás 
em cilindros de metal para abastecer fogões domésticos. Era uma alternativa hi-
giênica para os tradicionais fogões a lenha ou a carvão. Barreiras não faltaram: 
não havia fogões adequados no mercado para o uso do combustível e as pessoas 
imaginavam que o botijão de gás era uma bomba dentro de casa. Para contor-
nar essas barreiras, Igel não somente engarrafou o gás – pela Ultragaz – como 
também produziu os fogões, vendendo-os por intermédio de uma cadeia própria 
10
11
de lojas. Foi por meio dessas iniciativas que surgiu o Grupo Ultra, cuja estratégia 
global mudou completamente a figura do grupo empresarial.
• O BOTICÁRIO (CHIAVENATO, 2012 - Baseado no: Guia PEGN – como montar 
seu próprio negócio. Rio de Janeiro: Globo, 2002. p. 17):
 » Em 1977, o bioquímico Miguel Krigsner e mais três sócios fundaram em Curitiba, 
no Paraná, uma pequena botica chamada “O Boticário” para fabricar xampus e 
cremes. O ativo fixo era composto de uma batedeira de bolos para misturar cre-
mes e alguns garrafões de vinho para armazenar componentes líquidos. Enquanto 
aviava receitas de dermatologistas, Krigsner analisava o mercado de cosméticos, 
e assim percebeu que haveria público para produtos de alta qualidade com um 
conceito ligado à natureza, desde que existisse um canal de distribuição alterna-
tivo, pois as lojas de departamentos e os supermercados estavam focados em 
perfumes e cosméticos de grandes fabricantes. Em 1980, Krigsner abriu uma loja 
no aeroporto Afonso Pena como um canal inicial para vendas. A aceitação foi 
surpreendente, e os sócios começaram a receber pedidos de franquia da marca. 
Hoje, a empresa conta com milhares de lojas franqueadas no país.
Empreendedorismo Estratégico
Segundo Hitt et al. (2015), empreendedorismo estratégico significa realizar ações 
empreendedoras utilizando perspectiva estratégica. Nesse processo, a corporação tenta 
encontrar oportunidades em seu ambiente externo que possa explorar por meio de 
inovações. Identificar oportunidades para explorar por meio de inovações é a parte em-
preendedora do empreendedorismo estratégico, enquanto determinar a melhor maneira 
de gerenciar os esforços de inovação de uma empresa é a parte estratégica. Assim, o 
empreendedorismo estratégico considera as companhias integrando suas ações para 
encontrar oportunidades e inovar de forma bem-sucedida. 
Segundo Dornelas (2016), muitos negócios iniciados puramente on-line continuam 
a surgir, principalmente relacionados com vendas de produtos de nicho no varejo e com 
prestação de serviços especializados, mas não são incomuns negócios que promovam a 
junção de competências do mundo real com complementos possíveis apenas no mun-
do virtual. A tendência dos mercados tem sido o atendimento personalizado aos clien-
tes, focando nichos específicos, cada vez com características mais peculiares. Aqueles 
empreendedores que souberem antever essas mudanças e criaremprodutos e serviços 
baseados na Web para esses nichos poderão ser bem-sucedidos. Isso já se tornou fato, 
haja vista a crescente proliferação das comunidades virtuais nas redes sociais, dos blogs 
de adolescentes e jovens (e também empresariais), da troca de informação e conteúdo 
entre os participantes dessas comunidades (vídeo, som, documentos e jogos) e dos sites 
de compras coletivas e clubes de compras. Outra tendência irreversível, que já é reali-
dade na verdade, é a integração das mídias, TV, internet, celular, tablets etc. Aplicati-
vos e formas mais eficazes de comunicação e utilização dessas tecnologias serão muito 
bem-vindos e terão espaço no mercado, como é o caso dos aplicativos de comunicação 
11
UNIDADE 
Empreendedorismo
instantânea via celular, por exemplo, ou dos apps de geolocalização, que geram infor-
mação a partir da alimentação de informação dos usuários participantes da comunidade. 
O mercado crescente de jogos e simuladores tem se mostrado outro campo promissor 
para os interessados em atuar com tecnologia e Internet.
Empreendedorismo digital: o passo a passo para criar um negócio na internet”, disponível 
em: https://goo.gl/TBM5Za.
As redes sociais são uma das maiores inovações na primeira década do século XXI. 
Talvez as redes sociais mais populares e importantes sejam o Facebook, o Twitter, o 
LinkedIn e o MySpace. (HITT et al., 2015)
Ainda segundo Hitt et al., (2015), o empreendedorismo internacional, ou o pro-
cesso de identificar e explorar as oportunidades empreendedoras fora do mercado 
doméstico da empresa, está se tornando importante para as companhias ao redor 
do mundo. Algumas evidências sugerem que aquelas capazes de se dedicar de forma 
eficaz ao empreendedorismo internacional superam as que competem apenas em seus 
mercados domésticos.
Segundo Chiavenato (2012), as oportunidades para iniciar um novo negócio podem 
ser resumidas em quatro vertentes principais:
1. Oferta de um novo produto/serviço que requer um novo tipo de negócio, como 
foi o caso dos computadores e telefones celulares. Trata-se de fornecer aos clien-
tes um produto/serviço que ainda não existe no mercado.
2. Desenvolvimento de uma nova tecnologia, como é o caso da internet e da gran-
de maioria dos negócios virtuais. Trata-se de um processo tecnicamente novo 
que pode mudar as regras do jogo.
3. Desenvolvimento de um novo mercado, como é o caso da inclusão social de 
novas faixas e níveis de consumidores. Trata-se de fornecer aos novos clientes 
um produto/serviço que não existe em seu mercado, mas que já existe em outros 
níveis socioeconômicos mais elevados. A maior parte dos empreendimentos de 
inovação disruptiva começou por mercados de nível mais baixo, melhorando 
sua qualidade ao longo do tempo e invadindo mercados de nível mais elevado 
posteriormente.
4. Desenvolvimento de novos benefícios, que são conceitos para desempenhar 
antigas funções de uma maneira mais aprimorada e com execução superior. 
Trata-se de realizar o que já se faz no mercado, mas de maneira mais sofisticada 
ou com elevada qualidade, acrescentando assistência técnica, instalação domés-
tica, marca e estilo ou luxo.
Segundo Dornelas (2016), em todo o mundo, o interesse pelo empreendedorismo se 
estende além das ações dos governos nacionais, atraindo também a atenção de muitas 
organizações e entidades multinacionais, como ocorre na Europa, nos Estados Unidos 
e na Ásia. Há uma convicção de que o poder econômico dos países depende de seus 
futuros empresários e da competitividade de seus empreendimentos.
12
13
Outro exemplo é o interesse do Fórum Econômico Mundial, que patrocina a confe-
rência anual de Davos, no qual o tema empreendedorismo tem sido discutido de forma 
recorrente, já que é considerado de interesse global. Em uma reunião realizada em 2009 
por integrantes do Fórum, denominada “Educando a próxima onda de empreendedo-
res”, após vários debates e análises de experiências bem-sucedidas no mundo, algumas 
recomendações foram feitas para que se potencialize o empreendedorismo nos jovens, 
de maneira que consigam suprir as demandas e desafios do século XXI.
Segundo ainda Dornelas (2016), a conjunção de um intenso dinamismo empresarial 
e rápido crescimento econômico, somados aos baixos índices de desemprego e às bai-
xas taxas de inflação ocorridas, por exemplo, na década de 1990, nos Estados Unidos, 
aparentemente aponta para uma única conclusão: o empreendedorismo é o combus-
tível para o crescimento econômico, criando emprego e prosperidade. O desafio dos 
americanos é retomar esse mesmo dinamismo para vencer uma forte crise econômica, 
iniciada com o estouro da bolha do mercado imobiliário, em 2007 e 2008, e agravada 
com a crise de crédito e insolvência de bancos. Aparentemente, isso já vem ocorrendo 
e ratifica o que os economistas e especialistas americanos são unânimes em dizer: que 
a resposta para a saída da crise continua a mesma, ou seja, estimular e desenvolver o 
empreendedorismo em todos os níveis.
Criação de Valor por Meio do 
Empreendedorismo Estratégico
A prática do empreendedorismo estratégico por todos os tipos de corporações, de gran-
de ou pequeno porte, novas ou mais estabelecidas, cria valor para todas as partes interessa-
das, especialmente para os acionistas e clientes. O empreendedorismo estratégico também 
contribui para o desenvolvimento econômico de nações inteiras (HITT et al., 2015).
Segundo Hitt et al. (2015), as empresas empreendedoras mais novas, em geral, 
são mais eficazes do que as maiores e mais bem estabelecidas em relação a identificar 
oportunidades empreendedoras. Como consequência, parece que os negócios empre-
endedores produzem mais inovações radicais do que as companhias maiores e mais 
bem-estabelecidas. A flexibilidade estratégica e a disposição para assumir riscos dos ne-
gócios empreendedores podem ser responsáveis por sua habilidade de localizar oportu-
nidades e, em seguida, desenvolver inovações radicais para explorá -las. Por outro lado, 
as maiores e mais bem-estabelecidas quase sempre têm mais recursos e capacitações 
para explorar oportunidades já identificadas. As mais jovens e empreendedoras geral-
mente se sobressaem na busca pela oportunidade do empreendedorismo estratégico, 
enquanto aquelas mais bem-estabelecidas se sobressaem na busca pela vantagem. No 
entanto, para competir de modo eficaz no cenário competitivo do século XXI, as organi-
zações não devem apenas identificar e explorar as oportunidades, mas fazê -lo enquanto 
alcançam e sustentam vantagem competitiva. Desse modo, relativamente, as empreen-
dedoras mais novas devem aprender a alcançar vantagem competitiva (comportamentos 
13
UNIDADE 
Empreendedorismo
de busca por vantagens), e as mais velhas e mais bem-estabelecidas devem reaprender 
a identificar oportunidades empreendedoras (habilidades de busca por oportunidades).
Ainda segundo Hitt et al. (2015), é preciso ter mentalidade empreendedora para 
que os gerentes e funcionários tentem identificar, de modo persistente, oportunidades 
empresariais que a corporação possa perseguir desenvolvendo novos produtos, serviços 
e mercados. Equipes multifuncionais são importantes para promover o comprometi-
mento e as ideias integradas de projetos de novos produtos para sua implementação 
subsequente. A liderança eficaz e os valores compartilhados promovem integração e 
visão para a inovação e o comprometimento com ela. O resultado final é a criação de 
valor para os clientes e as partes interessadas, desenvolvendo e comercializando novos 
produtos. Devemos reconhecer que nem todos os esforços empreendedores são bem-
-sucedidos, mesmo com administração eficaz.
Em uma pequena ou grande empresa, seja uma empresa jovem ou uma empresa 
com bastante tempo no mercado, mesmo com uma boa administração, nem sempre 
os esforços empreendedores são bem-sucedidos. Mas independentedisso, equipes mul-
tifuncionais devem ser criadas para desenvolver e promover o comprometimento com 
as ideias dos projetos de novos produtos que estão sendo produzidos. Esses valores 
compartilhados e uma liderança eficaz podem promover uma melhor integração entre 
os colaboradores da empresa em busca da inovação, do direcionamento desses novos 
projetos e da criação de valor para a empresa e seus clientes.
Construindo uma Empresa de Sucesso
As pequenas empresas, por causa de seu tamanho reduzido, não apresentam a enor-
me especialização vertical nem horizontal que as tornariam pesadas, lentas e onerosas. 
Ao contrário, as pequenas empresas têm a agilidade e a flexibilidade para mudanças 
rápidas e manobras ágeis que as grandes em geral não possuem (CHIAVENATO, 2012). 
Segundo Chiavenato (2012), as grandes empresas não sabem tirar proveito de três 
pontos fundamentais:
1. Pequenos nichos de mercado, que envolvem um pequeno volume de negócios; 
2. Atendimento às necessidades individualizadas e personalizadas dos clientes, isto 
é , produtos/serviços personalizados para cada cliente;
3. Aparecimento de oportunidades passageiras de mercado que envolvem agili-
dade e prontidão para rápidas decisões, e alterações em estratégias e oferta de 
novos produtos/serviços.
Ainda segundo Chiavenato (2012), as oportunidades para iniciar um negócio po-
derão estar em alguma das seguintes áreas principais: fabricação ou manufatura,
14
15
atacado, varejo, serviços, informação e cultura e entretenimento. Contudo, a era da 
informação ainda vai trazer muitas surpresas pela frente, com a criação de novas tec-
nologias e, sobretudo, com o surgimento de novos produtos e novas modalidades de 
trabalho e de emprego.
O empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do ad-
ministrador, e alguns atributos pessoais que, somados a características sociológicas e 
ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa. De uma ideia, surge uma 
inovação, e desta, uma empresa (DORNELAS, 2016).
Segundo Dornelas (2016), é interessante observar que o empreendedor de suces-
so leva consigo ainda uma característica singular, o fato de conhecer como poucos o 
negócio em que atua, o que leva tempo e requer experiência. Talvez esse seja um dos 
motivos que levam à falência empresas criadas por jovens entusiasmados, mas sem o 
devido preparo.
Para os empreendedores iniciarem empresas de sucesso, eles precisam explorar as 
oportunidades que são mais vantajosas para as novas empresas do que para as empresas 
estabelecidas. Além disso, essa vantagem tem de ser grande o suficiente para superar as 
vantagens das empresas estabelecidas (BARON e SHANE, 2007).
Segundo Baron e Shane (2007), uma das dificuldades que as pessoas enfrentam ao 
abrir novos negócios bem-sucedidos é que aqueles que administram as empresas já es-
tabelecidas também gostariam de tirar proveito da exploração de oportunidades. Assim, 
além de identificar e explorar uma oportunidade valiosa para começar uma nova empre-
sa, um empreendedor tem de fazê -lo enfrentando a competição das empresas estabele-
cidas. Pesquisadores demonstraram que a principal razão pela qual os empreendedores 
são capazes de identificar e de explorar oportunidades, apesar do desejo dos fundadores 
e administradores das empresas estabelecidas de lucrar com elas, é que certas oportuni-
dades favorecem negócios já estabelecidos, ao passo que outras favorecem novos negó-
cios. Focalizando as oportunidades que favorecem novos negócios, um empreendedor 
pode aumentar suas probabilidades de sucesso.
Ainda segundo Baron e Shane (2007), em resumo, na maioria das vezes, empresas 
estabelecidas se sairão melhor na exploração de uma oportunidade do que as novas em-
presas. Quando as empresas estão em atividade por algum tempo, elas desenvolvem di-
versas vantagens sobre as novas empresas. Primeiro: as empresas deparam-se com uma 
curva de aprendizagem quando desenvolvem qualquer produto ou serviço. Segundo: 
as empresas dependem muito da reputação (uma pesquisa demonstrou que as pessoas 
estão muito mais dispostas a comprar produtos de fornecedores que conhecem e em 
quem confiam). Terceiro: se o negócio é bem-sucedido, ele desenvolve um fluxo de caixa 
positivo, ou seja, ele recebe mais recursos do que gasta para produzir e distribuir seus 
produtos e serviços. Quarto: muitos negócios se deparam com as economias de escala. 
Quinto: as novas empresas frequentemente acham difícil competir com as empresas 
estabelecidas, porque lhes faltam recursos complementares.
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UNIDADE 
Empreendedorismo
Necessidade de um Plano de Negócios
O Plano de Negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e 
o modelo de negócio que sustenta a empresa (DORNELAS, 2016).
Segundo Dornelas (2016), quando se fala em empreendedorismo, remete-se natu-
ralmente ao termo “Plano de Negócios” (Business Plan). O Plano de Negócios é parte 
fundamental do processo empreendedor. Empreendedores precisam saber planejar suas 
ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento. A principal 
utilização do Plano de Negócios é prover uma ferramenta de Gestão para o Planejamen-
to e desenvolvimento inicial de uma empresa. No entanto, nos últimos anos, o Plano 
de Negócios atingiu notoriedade como instrumento de captação de recursos financeiros 
junto a capitalistas de risco e investidores-anjo, principalmente no tocante às empresas 
com propostas inovadoras.
Ainda segundo Dornelas (2016), observa-se que apenas 2% dos casos de fracasso das 
startups americanas têm causas desconhecidas. Os demais 98% podem ser agrupados e 
resumidos em uma única conclusão: falha ou falta de planejamento adequado do negó-
cio. No caso brasileiro, várias pesquisas realizadas pelo Sebrae-SP anualmente revelam 
que os fatores de mortalidade das empresas nacionais não são muito diferentes. A falta 
de planejamento aparece nos primeiros lugares, como a principal causa para o insuces-
so, seguida de deficiências de gestão (gerenciamento do fluxo de caixa, vendas/comer-
cialização, desenvolvimento de produto etc.), políticas de apoio insuficientes, conjuntura 
econômica e fatores pessoais (problemas de saúde, criminalidade e sucessão). Note que, 
apesar de os fatores externos ao negócio serem críticos, como é o caso das políticas 
de apoio, as duas principais causas de falência também se resumem ao planejamento e 
correta gestão do negócio, decorrente de um bom planejamento.
Várias Estruturas de um Plano de Negócios são sugeridas por diversos autores, mas 
vamos apresentar uma estrutura baseada num resumo do que foi informado pelos au-
tores Batocchio e Biagio (2012), Bernardi (2014), Bizzotto (2008) e Dornelas (2016), 
como segue:
• Capa;
• Índice;
• Sumário Executivo;
• Descrição da Empresa;
• Descrição do Produto e/ou Serviço;
• Descrição do Mercado e dos Concorrentes;
• O Plano de Marketing;
• A Análise Estratégica;
• O Plano Econômico Financeiro;
• Anexos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Manual do Plano de Negócios: Fundamentos, Processos e Estruturação
BERNARDI, L. A. Manual do Plano de Negócios: Fundamentos, Processos e Estrutu-
ração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014. (ebook)
Plano de Negócios para Empreendimentos Inovadores
BIZZOTTO, C. E. N. Plano de Negócios para Empreendimentos Inovadores. 1. ed. 
São Paulo: Atlas, 2008. (ebook)
Empreendedorismo: decolando para o futuro – as lições do voo livre aplicadas ao mundo corporativo
CAVALCANTI, G. e TOLLOTTI, M. Empreendedorismo: decolando para o futuro – as 
lições do voo livre aplicadas ao mundo corporativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
O segredo de Luiza. Uma ideia, uma paixão e um plano
DOLABELA F. O. O segredo de Luiza. Uma ideia, uma paixão e um plano. 2. ed. Rio 
de Janeiro.Sextante. 2008.
Empreendedorismo
HISRICH R.D. Hisrich, PETERS M. P. e SHEPHERD, D. A., Empreendedorismo. 9.ed. 
São Paulo: Mc Graw Hill, 2014. (ebook)
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UNIDADE 
Empreendedorismo
Referências
BARON, R. A. e SHANE, S. A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São 
Paulo: CENGAGE Learning, 2007. (ebook).
BATOCCHIO, A. e BIAGIO, L. A. Plano de Negócios: estratégia para micro e pe-
quenas empresas. 2. ed. Barueri: Manole, 2012. (ebook). 
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espirito empreendedor. 4. ed. 
Barueri – S. P.: Manole, 2012. (ebook).
DORNELAS J. C A. Empreendedorismo: Transformando Ideias em Negócios. 6. ed. 
São Paulo: Atlas/GEN, 2016. (ebook).
HITT, M. A.; HOSKISSON, R. E.; IRELAND, R. D. Administração Estratégica: 10. 
ed. São Paulo: CENGAGE Learning, 2015. (ebook).
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