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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS CINOBELINA ELVAS – BOM JESUS (PI) CURSO: BACHARELADO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA DISCIPLINA: MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS DOCENTE: MSC. NEISVALDO BARBOSA DOS SANTOS MÁQUINAS PARA COLHEITA Discentes: Alda Guedes da Silva Artur Sousa Silva Daniela Fernandes de Oliveira Gabriel Siqueira Tavares Fernandes Marcos Vinicius da Silva Alves BOM JESUS, PIAUÍ JULHO DE 2016 MÁQUINAS PARA COLHEITA 1. INTRODUÇÃO Planejadas para realizar operações agrícolas, as máquinas agrícolas podem ser classificadas em máquinas de preparo do solo, máquinas de semeadura, plantio e transplante, além das máquinas de carregamento, transporte e aplicação de adubos químicos e corretivos do solo, há também as máquinas para cultivo, desbaste e poda, as máquinas aplicadoras de defensivos, bem como as máquinas de colheita. Independente da classificação, as máquinas usadas no processo agrícola têm como principal objetivo aumentar a produtividade e eficiência dos trabalhos agrícolas. A colheita da cultura é a etapa final do processo de produção. É uma das etapas mais importantes do processo de produção e, quando malconduzida, acarreta perda de grãos, comprometendo os esforços e os investimentos dedicados à cultura. Dentre outros, o teor adequado de umidade dos grãos por ocasião da colheita constitui fator que leva à obtenção de melhor rendimento de grãos inteiros no beneficiamento e à redução de perdas. A mecanização do processo de colheita se tornou necessária para acompanhar o crescimento da população e sua demanda, e a necessidade de se produzir cada vez mais alimentos com menos pessoas empregadas na agricultura. Portanto, é necessário que as máquinas empregadas no processo sejam eficientes, ou seja, apresentem poucas perdas para que todo o esforço aplicado durante as outras etapas de produção não seja em vão. 2. TIPOS DE COLHEITA Uma das formas mais antigas de colheita consistia em cortar os caules da cultura de grãos com ferramentas manuais, transportar o produto a uma área central, trilhar o produto separando os grãos, e então limpa-los das impurezas e restos culturais. Todas estas operações requeriam potência humana ou animal. Mas com o desenvolvimento da tecnologia, estas operações, ou parte delas, passaram a ser realizadas mecanicamente. Sendo assim, existe três tipos de colheita: Colheita manual: na colheita manual, o arranquio, o recolhimento e a trilha são manuais. Colheita manual-mecânica ou semi-mecanizada: o corte e recolhimento são feito por máquinas, conjugados com a trilha manual. Uma das vantagens desta modalidade é o menor emprego de mão-de-obra. Colheita mecânica: todo o processo de colheita é feito por máquinas. Esta tecnologia está bem adaptada a quase todos os tipos de cultura (milho, arroz, soja, etc.). 3. CLASSSIFICÇÃO DAS MÁQUINAS PARA COLHEITA A seguir, será apresentado uma classsificação empírica das máquinas para colheita, baseada em algumas de suas características. 3.1 Quanto à forma pela qual as máquinas recebem potência de acionamento: Colhedora acoplada – Acionada pela TDP do trator, a colhedora acoplada apresenta baixo rendimento operacional, dificuldades em manobras de final de talhão e problemas no sistema de acoplamento. O seu custo de aquisição é bastante inferior ao das colhedoras autopropelidas, possibilitando, também, um melhor aproveitamento do trator disponível. Ex: Colhedora de Milho (Figura 1). Colhedora acoplada acionada por motor auxiliar – O motor auxiliar é reponsável pelo acionamento dos mecanismos de trilha e limpeza da colhedora acoplada por motor auxiliar. Esta não tem sido mais utilizada, pois a alta potência dos tratores atuais permite que as colhedoras sejam acionadas pela TDP. Colhedora autropopelida - A colhedora autropopelida é uma máquina independente. O mesmo motor utilizado para acionar os mecanismos que desempenham as operacoes básicas (corte, trilha, separação e limpeza) é empregado para deslocar a máquina através da lavoura (Figura 2). A colhedora autopropelida é uma máquina que alcançou grande sucesso na colheita de grãos, pois apresenta grandes vantagens em relação às máquinas acopladas, como minimização dos problemas de manobra e de pecurso, melhor controle, por parte do operador, do direcionamento e dos mecanismos envolvidos. Por ser uma das máquinas mais complexas na agricultura, apresenta um elevado custo inicial e manutenção difícil e cara, além de exigir uma boa qualificação dos operadores. Figura 1: Colhedora de milho acoplada ao trator. Figura 2: Esquema geral de uma colhedora autopropelido. 3.2 Quanto ao tipo de cultivo Colhedora de sequeiro – A colhedora de sequeiro é a mais utilizada. Colhe culturas implantadas em solos secos e relativamente planos e não permite a substituição dos pneus por esteira. Colhedora de grãos típicas. Vista interna de uma colhedora de feijão. Colhedora de arroz irrigado – A colhedora de arroz irrigado é destinada a trabalhar em solos úmidos ou alagados. É projetada de forma a permitir a montagem de esteiras no eixo motriz, o que melhora, sensivelmente, a tração e a sustentação da máquina nas condições da lavoura de arroz irrigado. A colhedora de arroz também se distingue pelo fato de as superfícies metálicas que entram em contato com a cultura serem feits de materiais resistentes à abrasão, devido ao alto conteúdo de sílica presente na casca desse sereal. Colhedora de café – A colhedora de café faz a derriça e o abano do café, enviando o produto limpo para as bicas de ensaque. Essa máquina trabalha sobre as linhas de plantio a cultura, envolvendo-as completamente. Os seus mecanismos promovem uma intensa agitação na planta, de forma que os grãos maduros sejam derrubados e recolhidos por mecanismos que atuam sob as copas dos pés-de-café. Colhedora de café. 3.3 Quanto ao relevo da lavoura Colhedora para terrenos planos: É a mais utilizada em todo o mundo e a única comercialmente disponível para a agricultura brasileira. Colhedora para ladeira: Projetada para trabalhar em terrenos com declividades acima de 11%, de forma que, ao mesmo tempo em que a plataforma de corte a inclinação do terreno, os sistemas de trilha, separação e limpeza mantêm-se no plano horizontal, evitando perdas de grãos. Figura 3: colhedora para ladeira. 3.4 Quanto ao fluxo de material trilhado Colhedora de fluxo radial: É o tipo mais comum de colhedora autopropelida. O material colhido flui perpendicularmente ao eixo do cilindro trilhador. Colhedora de fluxo axial: O material colhido flui paralelamente ao eixo do cilindro trilhador. O cilindro é longo e realiza três operações: trilha, separa e descarrega a palha. Este cilindro móvel é circundado por outro móvel que tem a função de côncavo e de transporte do material. Colhedora de milho acoplada de fluxo axial. 3.5 Quanto à vazão do produto colhido Colhedora de baixa vazão: Colhe de 2,0 a 2,5 Kg/s de produto, com uma potência motora de 30 a 45 Kw. Colhedora de média vazão: Colhe de 3,5 a 4, 5 Kg/s de produto, com uma potência motora de 45 a 67 Kw. Colhedora de alta vazão: Colhe acima de 6,0 Kg/s de produto, com uma potência motora 67 Kw ou mais. 4. CONCLUSÃO Atualmente, o processo completo de colheita de grãos envolve as etapas de corte, trilha, separação e limpeza do produto. As máquinas para a colheita de grãos podem substituir parte ou mesmo todas estas operações. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MANTOVANI, E. C. Colheita e Pós-colheita. Disponível em: <http:// file:///C:/Users/cliente/Documents/colheita%20maquinas/Colheita%20e%20pós-colheita.html>. Acessado em julho de 2016. Moraes, L. B., Reis, Â. V. Máquinas para colheita e processamento dos grãos. Universitária/UFPEL, 1996. SILVA, J. G.; FONSECA, J.R Cultivo do Arroz de Terras Altas no estado de Mato Grosso. Disponível em: <http://file:///C:/Users/cliente/Documents/colheita%20maquinas/Colheita.html>. Acessado em julho de 2016.
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