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MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS E TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO

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Músculos Respiratórios e treinamento muscular respiratório
Assim como MÚSCULOS ESQUELÉTICOS OS
MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS PODEM
MELHORAR A PERFORMANCE COM
TREINAMENTO
- Trabalhados em atletas e pacientes saindo
de quadro de doenças respiratórias
AlteraçõesGeométricas da caixa torácica
- Inflamação sistêmica
- Desnutridos
- Uso de Corticoides sistémicos
Hipoxemia
Músculos esqueléticos e respiratórios
apresentam redução da força e resistência à
fadiga.
Paciente que chega na UTI/ENFERMARIA bem
magro e perda de massa muscular, o
diafragma estará do mesmo jeito. Se colocar
para sentar, ele vai cansar pq o diafragma não
consegue fazer.
- 24h do paciente em ventilaçãomecânica já
tem perda de massa muscular
diafragmática
FIBRAS TIPO I: Mais vermelhas
- Maior vascularização Muitas
mitocôndrias
- Contração lenta
- Moto neurônios de menor calibre
- Conduzemmenos estímulos
- Resistente à fadiga
- Muitas enzimas oxidativas-
metabolismo aeróbico
- Grande produção de ATP
FIBRAS TIPO II (lla e llb): fadigam mais
rapidamente, brancas
- Menos vascularizadas
- Poucas mitocôndrias Contração
rápida
- Moto neurônios de maior calibre
- Fadiga rapidamente (explosão)
- Metabolismo anaeróbico
Glicose-ATP+Ac. latico
OS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS SÃO
CONSIDERADOSMÚSCULOS ESQUELÉTICOS
Função: deslocar ritmicamente a parede do
tórax
- Grande resistência a fadiga
- Maior capacidade oxidativa (oxigênio
como principal fonte de energia)
- Fluxo sanguíneo aumentado
Que tipos de fibras são mais comuns nos músculos
respiratórios: De mais resistência à fadiga, porém,
precisam de contração e explosão, ou seja das duas.
QUAIS TIPOS DE FIBRAS EXISTEM NOS MM.
RESPIRATÓRIOS?
FIBRAS DO TIPO I
- Permitem trabalho contrátil, sustentado e
de baixa intensidade
FIBRAS DO TIPO II
- Atuam em situações de alta intensidade e
por curto periodo de tempo
INSPIRATÓRIOS:
- Diafragma
- Escalenos (não é acessório, ativa a nível de
volume corrente)
- Intercostais externo,
- Esternocleidomastoideo (acessório)
EXPIRATÓRIOS:
- Intercostais interno
- Abdominais (atuam também na
inspiração)
AÇÃODIAFRAGMÁTICA
- 55% FIBRAS TIPO I (alta capacidade
oxidativa e baixa glicolítica)
- 25% FIBRAS TIPO llb (mais suscetível a
fadiga)
- 20% FIBRAS TIPO lla" (contração rápida,
alta capacidade glicolítica e oxidativa)
- INERVADOPELON. FRÊNICO (C3-CS)
- Os recém-nascidos possuem mais fibras
Tipo II por isso fadigam mais facilmente:
por isso descompensam mais
rapidamente.
Componente aposicional expansão daCT inferior:
lateral as costelas, colado. Quanto maior a posição
de cúpula, maior zona de aposição emenor posição
de cúpula, menor zona de aposição (dpoc-
expansão pequena - desvantagem mecânica,
rebaixado e contraído, com pouca mobilização -
sinal de Hoover)
Componente insercional: aumenta o diâmetro
ântero-posterior
Quando o diafragma se contrai ele aumenta a
pressão abdominal que é transmitida para o tórax
pela zona de aposição. O Rebaixamento do centro
tendíneo é limitado pela tensão dos elementos do
mediastino e pela massa visceral abdominal.
Ou seja, quanto mais ar (menor é a zona de aposição) e
quanto menos ar (maior a zona de aposição)
Pulmãomenos insuflado vai termaior zona de
aposição: vantagemmecânica
Pulmãomais insuflado (o diafragma rebaixa) e a
zona de aposição é pequena
CAIXATORÁCICADIAFRAGMA:
- A mecânica do sistema respiratório
depende da interação entre pulmão,
tórax, diafragma e abdômen
- Inserções diafragmáticas: esterno e 6
últimas costelas, crurais (lombar), tendão
central (inserção das fibras costais e
crurais)
AÇÃO PREDOMINANTEMENTE EXPIRATÓRIA
- PODEM CONTRIBUIR DE FORMA
SIGNIFICATIVA NA INSPIRAÇÃO
1. atividade tônica impede encurtamento
excessivo do diafragma
2. contração durante a expiração põe o
diafragma em vantagem mecânica
(deslocamento cranial do diafragma).
(Alongamento das fibras - tinha abdominal-mecânica)
FATORES QUE DESENCADEIAM
DISFUNÇÃO DOS MÚSCULOS
RESPIRATÓRIOS
- Redução da forçamuscular
- Aumento do trabalho respiratório
- Diminuição da eficiência muscular
(perde potência de contração, não há
alongamento)—> FADIGA OU
FRAQUEZAMUSCULAR
Júlia Cardoso - Fisioterapia 103
Fadiga: perda da capacidade de gerar força,
reversível com o repouso.
Fraqueza: resultante de uma doença
respiratória aguda ou crônica, não muda com
o repouso. Melhorar força e resistência do
paciente.
Fraqueza muscular respiratória: tosse
ineficiente, diminuição da capacidade total do
pulmão, respiração superficial
(hipoventilação), desmame difícil
CAUSAS
- Alterações metabólicas
- Desordens neuromusculares
- Quadros de choque séptico na
atividade durante a ventilação
mecânica.
- Aumento do trabalho.
- Alterações intrínsecas do parênquima
pulmonar diminuição da complacência
- obstrução das vias aéreas
- Atrações da caixa torácica
(cifoescoliose)
- Redução na eficiència muscular
- Hiperinsuflação pulmonar Tórax
instável
No sistema respiratório a força pode ser
estimada pela pressão e o encurtamento pela
alteração de volume pulmonar. A mensuração
da Pimax tem relevância clínica porque
reflete a força dos músculos inspiratórios e a
diminuição da força precede a diminuição do
volume pulmonar
- É a mais importante porque indica a
capacidade ventilatória
- Parâmetro de avaliação de
insuficiência respiratória,
- Determinante do volume corrente
PRESSÃO INSPIRATÓRIA
Manovacuometria
PRESSÃO INSPIRATÓRIAMÁXIMA (PIMAX)
Medidas da Pressão inspiratória Máxima (PeMax)
1. Acomodar o paciente sentado, com os cotovelos e
pés apoiados, quadril e joelhos a 90°,
2. Utilizar o clipe nasal e certificar-se de que não há
escape aéreo nasal
3. Posicionar o bucal e solicitar ao paciente fechar
os lábios firmemente de forma a evitar o escape
aéreo ao redor do bucal,
4. Solicitar ao paciente que expire profundamente
até alcançar o volume residual (VR) e, em seguida, o
fisioterapeuta fornece um comando verbal para que
o paciente realize um esforço inspiratório máximo e
sustentado por no mínimo 2 segundos, a partir do
VR até a capacidade pulmonar total (CPT), sendo
simultaneamente ocluído o circuito para
mensuração nomanovacuômetro,
5. Realizar até seis manobras de PiMáx, com
intervalo mínimo de 1 minuto entre elas,
6. Considerar as três melhores manobras, com
variação de valor menor que 10% entre elas.
PRESSÃOEXPIRATÓRIA:
- É fundamental para avaliação da
tosse eficaz e capacidade de eliminar
secreções
Manovacuometria
PRESSÃO EXPIRATÓRIAMÁXIMA (PEMAX)
Medidas da Pressão Expiratória Máxima (PeMax)
1. Acomodar o paciente sentado, com os cotovelos e
pès apoiados, quadril e joelhos a 90°,
2. Utilizar o clipe nasal e certificar-se de que não há
escape aéreo nasal,
3. Posicionar o bucal e solicitar ao paciente fechar
os lábios firmemente de forma a evitar o escape
aéreo ao redor do bucal,
4. Solicitar ao paciente que inspire profundamente
até alcançar a CPT e, em seguida, o fisioterapeuta
fornece um comando verbal para que o paciente
realize um esforço expiratório máximo e sustentado
por nomínimo 2 segundos, a partir da CPT até o VR,
sendo simultaneamente ocluído o circuito para
mensuração nomanovacuômetro,
5. Realizar até seis manobras de PeMax, com
intervalo mínimo de 1 minuto entre elas, 6.
Considerar as três melhores manobras, com
variação de valor menor que 10% entre elas.
Júlia Cardoso - Fisioterapia 103
VALORES PREDITOS
PImáx (cmH2O) = 63,27 - 0,55 * (IDADE)+ 17,96 *
(SEX0)+ 0,58 * (PESO)
PEmáx(cmH2O) = 61,41 + 2,29 * (IDADE) - 0,03
*(IDADE 2) + 33,72 * (SEXO) + (CINTURA)
R2: Coeficiente de determinação
- PImáx: 34
- PEmáx: 49
EPE: Erro padrão da estimativa:
- PImáx: 26,3
- PEmáx: 32,8
Cintura: Circunferência abdominal em cm
(deslocamento)
Para o sexo feminino, multiplica-se a constante
por ZERO (sexo = 0). Para o sexo masculino
multiplica-se a constante por um (sexo=1)
PRESSÃORESPIRATÓRIAMÁXIMA
Pimáx (a partir do VR)
FRAQUEZA < 70% Pl max predita ou < 60cm
H20
PERDA DE EFETIVIDADE DA TOSSE Pl max <
50cmH20
Pemax (a partir da CPT)
Adulto jovem 100 a 150 cmH2O,
Ex: predito 90cmH2O e o paciente fez
45cmH2O, então ele só tá fazendo50% do
valor nutrido para ele Índice de treinamento,
usar 45cmH2O
INDICAÇÕES DO TREINAMENTO
MUSCULAR
- Disfunções Músculos Respiratório
- Intolerância ao exercício e dispnéia
- Aumento do trabalho respiratório
- Falência muscular: ventilação
mecânica
Paciente entubado faz trabalho da
musculação respiratória para o desmame
PRINCÍPIOSDOTREINAMENTOMUSCULAR
SOBRECARGA: sair da zona de conforto
Tem relação com a intensidade e duração do
estímulo
Mexer em algum desses princípios
- frequência
- Duração
- intensidade da carga
- Resistência: músculos respiratórios
ESPECIFICIDADE: Os efeitos do treinamento
são muito específicos, treinos devem simular
demandas funcionais. Ex: resistência do
treinos
REVERSIBILIDADE: Transitoriedade dos efeitos
do treinamento muscular. As melhoras podem
regredir
TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO
MUDANÇASADAPTATIVAS
- Aumento da densidade capilar e do
conteúdo demioglobina
- Aumento do número e tamanho da
mitocôndria muscular
- Aumento enzimas mitocondriais ciclo
de Krebs
TREINAMENTOMUSCULARRESPIRATÓRIO
MUDANÇAS NA COMPOSIÇÃODAS FIBRAS
FIBRASGLICOLÍTICAS:
- Contração rápida
- Grande nível de força
- MUITO susceptíveis à fadiga
FIBRASOXIDATIVASGLICOLÍTICAS
- Contração rápida
- Grande nivel de força
- Relativamente resistente à fadiga
Júlia Cardoso - Fisioterapia 103
TMI E ESPESSURADEDIAFRAGMA
West et al. Identificaram, através de
ultrassonografia (US), a hipertrofia do 43
diafragma, após o TMI realizado com o
POWERbreathe, em atletas paraolímpicos
com lesão medular cervical. Com esse achado,
o grupo sugeriu que o aumento da força
muscular inspiratória seria devido ao aumento
da área de secção transversa do músculo.
Enright et al., estudando adultos saudáveis,
também com US, tiveram aumento da
espessura do diafragma no grupo que fez TMI
de alta Imensidade e concluiu que este
aumento pode resultar na melhora da
eficiência muscular inspiratória e da mecânica
pulmonar.
EFEITODO EXERCÍCIO
TIPOS DE TREINAMENTO
CARGAS ALINEARES (EM DESUSO) FLUXO
QUEOPACIENTEGERA
O aparelho possui orifícios pré- determinados,
maior orifício menor e resistência inspiratória.
- Ideal: 15 a 30minutos por dia; entre no
mínimo 4 a 6 semanas.
- Benefícios: Aumento de força e
endurance
- Ponto fraco: Depende do fluxo
imposto pelo paciente
- a resistência é fluxo dependente:
MENOR FLUXO, MENOR ESFORÇO
Gerado
CARGAS LINEAR
- Resistência inspiratória INDEPENDE
do fluxo gerado
- O paciente é obrigado a gerar uma
pressão pré-determinada para abrir
válvula e permitir o fluxo - Thresholds
IMT/Powerbreathe
- Treinos a partir de 30% da PI /PEmáx
(através do cálculo de valores
preditos)
A sobrecarga é aumentada com aumento da resistência
da mola. Possibilita uma melhor relação no tempo insp x
exp
POWERBREATHE
Júlia Cardoso - Fisioterapia 103

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