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Bruna Melnik Bellandi – 5º Período Apg 8-Osteoporose Objetivos: 1- Revisar o metabolismo ósseo; 2- Compreender a fisiopatologia e o quadro clínico da osteoporose; 3- Conhecer o diagnóstico e tratamento da osteoporose; 4- Discutir as causas e consequências das fraturas na qualidade de vida das pessoas. Metabolismo do Cálcio O PTH atua no osso, no rim e no intestino para aumentar as concentrações plasmáticas de Ca. O Ca plasmático elevado atua como retroalimentação negativa e desliga a secreção de PTH. O hormônio da paratireoide aumenta o Ca plasmático de três formas: 1. O PTH mobiliza cálcio dos ossos. O aumento da reabsorção óssea pelos osteoclastos leva aproximadamente 12 horas para se tornar mensurável. Curiosamente, embora os osteoclastos sejam responsáveis por dissolver a matriz calcificada e serem um alvo lógico para o PTH, eles não possuem receptores para PTH. Em vez disso, os efeitos do PTH são mediados por um conjunto de moléculas pará-crinas, incluindo a osteoprotegerina (OPG) e um fator de diferenciação de osteoclastos, chamado de RANKL. Esses fatores parácrinos estão sendo intensamente investigados como agentes farmacológicos em potencial. 2. O PTH aumenta a reabsorção renal de cálcio. Como mencionamos previamente, a reabsorção regulada de Ca2 ocorre no néfron distal. O PTH aumenta simultaneamente a excreção renal do fosfato, reduzindo sua reabsorção. Os efeitos opostos do PTH sobre o cálcio e o fosfato são necessários para manter suas concentrações combina-das abaixo de um nível crítico. Se as concentrações exce-dem tal nível, formam-se cristais de fosfato de cálcio que precipitam fora da solução. As elevadas concentrações de fosfato de cálcio na urina são uma das causas da formação de cálculos renais. Discutiremos os aspectos adicionais da homeostase do fosfato mais adiante. O PTH aumenta indiretamente a absorção intestinal de cálcio pela sua influência na vitamina D3. Calcitriol- A absorção intestinal de cálcio é estimulada pela ação de um hormônio conhecido como 1,25-di-hidroxicolecal-ciferol ou 1,25(OH)2 vitamina D3, também conhecido como calcitriol. A vitamina D é modificada em dois passos- primeiro no fígado, e então nos rins – para formar a vitamina D, ou calcitriol. O calcitriol é o principal hormônio responsável por aumentar a absorção de Ca 2+ a partir do ID. Além disso, o calcitriol facilita a reabsorção renal de Ca2+ e ajuda a mobilizar Ca2+ para fora do osso. A produção de calcitriol é regulada no rim por ação do PTH. Concentrações plasmáticas diminuídas de Ca2+ estimulam a secreção de PTH, que estimula a síntese de calcitriol. Osteoporose A osteoporose é uma doença metabólica do tecido ósseo, caracterizada por perda gradual de massa óssea, que enfraquece os ossos por deterioração da sua microarquitetura tecidual, tornando-os mais Bruna Melnik Bellandi – 5º Período frágeis e suscetíveis a fraturas. A definição de osteoporose está relacionada à alteração dos valores da densitometria óssea, resultantes da perda de massa. Assim, há os seguintes termos: osteopenia, quando a perda é de 1 a 2,5 desvios- padrão identificados pelo exame, e osteoporose, quando a perda é maior do que 2,5 -desvios- pa-drão. A condição pode ser considerada grave quando, além do critério referido, existir fratura. As doenças osteometabólicas englobam um grande número de condições clínicas. As situações mais frequentes no consultório do ortopedista em que ocorre osteopenia são a osteoporose e a osteomalacia. A primeira é a -diminuição absoluta da massa óssea, au-mentando o risco de fratu-ra. A osteomalacia é o acúmulo de tecido osteoide não mineralizado no osso trabecular resultante de limitação da deposição do mineral no tecido. A osteoporose pode ser idiopática, situação em que a condição clínica é denominada osteoporose primária. Também pode ocorrer como doença secundária a uma série de condições clínicas, como anormalidades endócrinas e neoplasias. A osteoporose primária é subdividida em osteoporose pós-menopausa (tipo I) e osteoporose senil, relacionada à idade do indivíduo (tipo II). A osteoporose secundária pode ocorrer nas seguintes condições clínicas: •Hiperparatireoidismo. •Diabetes melito. •Ingestão de corticosteroides. •Menopausa cirúrgica •Tumores da medula óssea. •Mieloma múltiplo. Fatores De Risco Para A Osteoporose: Genéticos e biológicos •História familiar. •Raça branca. •Escoliose. •Osteogênese imperfeita. •Menopausa precoce. Comportamentais e ambientais •Alcoolismo. •Tabagismo. •Inatividade e sedentarismo. •Má nutrição. •Baixa ingestão de cálcio. •Amenorreia induzida por excesso de exercícios. •Dieta com alta ingestão de fibras. •Dieta com alta ingestão de fosfatos. •Dieta com alta ingestão de proteínas. Fisiopatologia É pouco definida, mas a maior parte dos dados sugere um desequilíbrio entre a reabsorção e a formação ósseas, de tal modo que a reabsorção excede a formação de osso. Ainda que ambos os fatores sejam capazes de desempenhar um papel na maioria dos casos de osteoporose, sua contribuição relativa para a perda óssea pode variar dependendo da idade, do sexo, da predisposição genética, do nível de atividades e da condição nutricional. A prática de exercícios pode prevenir ou adiar o início da osteoporose ao aumentar o pico da densidade da massa óssea (DMO) durante os períodos de crescimento. A nutrição inadequada ou uma diminuição idade- associada na absorção intestinal do cálcio, decorrente da ativação deficiente da vitamina D, pode contribuir para o desenvolvimento de osteoporose especialmente em idosos. Sob condições normais, a massa óssea aumenta de modo estável durante a infância, alcançando o pico durante os anos da fase de adulto jovem. O pico da massa óssea, ou DMO, é um determinante importante do risco subsequente de osteoporose. Em parte, é determinado por fatores genéticos, níveis de estrogênio, prática de exercícios, ingestão e absorção de cálcio, e fatores ambientais. Os fatores genéticos estão ligados, em grande parte, à quantidade máxima de osso em cada pessoa, denominada pico de massa óssea. A raça é um determinante importante da DMO e do Bruna Melnik Bellandi – 5º Período risco de fraturas. As taxas de incidência entre grupos raciais e étnicos, fornecidas por estudos, demonstram que as mulheres apresentam taxas de fratura mais altas que os homens em geral, no entanto tais diferenças variam de acordo com a raça e a idade. Mulheres brancas e asiáticas apresentaram as taxas mais altas para todas as faixas etárias acima de 50 anos. Valores mais altos de DMO e taxas de fraturas mais baixas foram relatados para mulheres negras. O tamanho corporal é outro fator que afeta o risco de osteoporose e o risco de fraturas. Mulheres com constituições corporais menores apresentam maior risco de fratura de quadril, devido à DMO do quadril mais baixa. Os fatores hormonais desempenham um papel significativo no desenvolvimento de osteoporose, levando ao desequilíbrio na atividade dos osteoclastos e osteoblastos, em particular em mulheres na pós-menopausa. A osteoporose da pós-menopausa é causada pela deficiência de estrogênio, manifestando-se com perda de osso esponjoso e predisposição a fraturas vertebrais e da porção distal do rádio. A perda de massa óssea é maior no início da menopausa, quando os níveis de estrogênio estão em queda. Diversos fatores parecem influenciar o aumento da perda de massa óssea associada à deficiência de estrogênio. A diminuição dos níveis de estrogênio está associada a um aumento nas citocinas (p. ex., interleucina-1, interleucina-6e TNF), que estimulam a produção de precursores de osteoclastos. A deficiência de estrogênio também influencia a diferenciação dos osteoclastos via receptores RANK. O estrogênio estimula a síntese de OPG e, portanto, inibe a formação de osteoclastos; também diminui a responsividade dos precursores de osteoclastos ao RANK. Com a menopausa e a deficiência de estrogênio que a acompanha, essa inibição da produção de osteoclastos se perde. Ocorrem a atividade osteoblástica compensatória e formação de osso novo, mas esta não corresponde à perda óssea. A deficiência de hormônios sexuais pode contribuir para a perda óssea em homens com osteoporose senil, embora o efeito não seja da mesma magnitude daquele causado pela deficiência de estrogênio. Contrariamente às mulheres, os homens não sofrem uma perda da produção dos hormônios sexuais na meia-idade. Outro fator que proporciona uma proteção relativa aos homens é o pico de massa óssea 8 a 10% superior ao das mulheres. Ainda que há muito tempo presuma-se que os androgênios sejam críticos para o crescimento e a manutenção do esqueleto masculino, os estrogênios obtidos a partir da conversão periférica dos precursores de hormônios testiculares e suprarrenais podem ser ainda mais importantes que os androgênios na manutenção da massa óssea nos homens. As alterações na densidade óssea relacionadas com a idade ocorrem em todas as pessoas e contribuem para o desenvolvimento da osteoporose em ambos os sexos. As alterações nas células e na matriz dos ossos relacionadas com a idade apresentam um forte impacto sobre o metabolismo ósseo. Os osteoblastos de idosos apresentam uma redução do potencial de replicação e biossíntese, em comparação àquele das pessoas mais jovens. Os fatores de crescimento que estimulam a atividade osteoblástica também perdem seu potencial, com o decorrer do tempo. O resultado é um esqueleto cuja capacidade de sintetizar osso está diminuída. A redução da atividade física aumenta a taxa de perda óssea, uma vez que as forças mecânicas são estímulos importantes para o remodelamento ósseo normal. Assim, a diminuição da atividade física que usualmente acompanha o envelhecimento também pode contribuir para a perda de massa óssea nos idosos. A osteoporose secundária está associada a muitas condições, incluindo distúrbios endócrinos, distúrbios de má absorção, malignidades, alcoolismo e determinados medicamentos. Pessoas com distúrbios endócrinos como hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, síndrome de Cushing ou diabetes melito apresentam um maior risco de desenvolver osteoporose. O hipertireoidismo acelera o turnover ósseo. Algumas malignidades (p. ex., mieloma múltiplo) secretam fator de ativação de osteoclastos, causando perda óssea significativa. O álcool é um inibidor direto dos osteoblastos e também pode inibir a absorção de cálcio. Os corticosteroides são Bruna Melnik Bellandi – 5º Período a causa mais comum de osteoporose relacionada a medicamentos; seu uso a longo prazo no tratamento de distúrbios como artrite reumatoide e doença pulmonar obstrutiva crônica está associado a uma alta taxa de fraturas. Com o aumento do uso de prednisona e outros medicamentos que atuam como o cortisol no tratamento de muitas doenças inflamatórias e autoimunes, esse tipo de perda óssea se tornou uma importante preocupação clínica. O uso prolongado de medicamentos que aumentam a excreção de cálcio, como antiácidos contendo alumínio, corticosteroides e anticonvulsivantes, também está associado à perda óssea. Diversas populações de crianças e adolescentes apresentam risco aumentado de diminuição da massa óssea, incluindo lactentes prematuros e bebês com peso baixo ao nascimento, bebês cuja massa óssea é inferior à esperada nas primeiras semanas de vida, crianças que necessitam de tratamento com medicamentos corticosteroides (p. ex., aquelas com asma, doenças inflamatórias e receptores de transplantes), crianças com fibrose cística e crianças portadoras de condições envolvendo hipogonadismo (p. ex., anorexia nervosa e tríade da mulher atleta). Crianças com fibrose cística costumam apresentar comprometimento da função gastrintestinal, o que reduz a absorção de cálcio e outros nutrientes, e muitas também requerem uso frequente de medicamentos corticosteroides. A osteoporose prematura está sendo observada com uma frequência cada vez maior em mulheres atletas, em consequência do aumento na prevalência de transtornos alimentares e amenorreia. Afeta mais frequentemente as mulheres envolvidas em esportes de resistência (p. ex., corrida e natação), em atividades nas quais a aparência é importante (p. ex., patinação, mergulho e ginástica) ou em esportes com categorias de peso (p. ex., hipismo, artes marciais e remo). A tríade da mulher atleta se refere a um padrão de transtornos alimentares que leva à amenorreia e, por fim, à osteoporose. A combinação entre nutrição inadequada e treinamentos intensos pode diminuir a proporção crítica de gordura corporal-músculo necessária à ocorrência normal das menstruações e para a produção de estrogênio pelo ovário. A diminuição dos níveis de estrogênio combinada à ausência de cálcio e vitamina D das deficiências nutricionais resulta em perda da densidade óssea e aumento do risco de fraturas. Existe uma preocupação de que atletas com DMO baixa apresentarão um aumento no risco de fraturas durante os anos de competição. Não está claro se a osteoporose induzida pela amenorreia é reversível. Estão surgindo dados que confirmam que a presença de apenas um ou dois elementos da tríade aumenta bastante o risco de morbidade a longo prazo nessas mulheres. Quadro Clínico História É muito importante avaliar as operações realizadas, o uso de me-dicamentos e as doenças concomitantes. Em especial, subs-tâncias como corticoides, anticonvulsivantes, me-di-ca-men-tos para a tireoide, antiácidos e heparina devem ser considerados. Sinais e sintomas As alterações osteoporóticas ocorrem na diáfise e na metáfise dos ossos. Na osteoporose grave, os ossos começam a se assemelhar à estrutura frágil de um vaso de porcelana fina. Ocorrem perda das trabéculas do osso esponjoso e adelgaçamento da cortical, a ponto de um estresse mínimo causar Bruna Melnik Bellandi – 5º Período fraturas. As alterações observadas com a osteoporose são explicadas por dois processos patológicos distintos: osteoporose na pós- menopausa e osteoporose senil. Nas mulheres em pós-menopausa, o aumento na atividade osteoclástica afeta principalmente os ossos ou as partes dos ossos com uma superfície óssea maior, como o compartimento esponjoso dos corpos vertebrais. As trabéculas osteoporóticas afinam e perdem suas interconexões, levando a microfraturas e possível colapso vertebral. Na osteoporose senil, o córtex osteoporótico está adelgaçado em consequência da reabsorção subperiosteal e endosteal, bem como do alargamento dos sistemas de Havers. Em casos graves, os sistemas de Havers estão tão aumentados que o córtex se assemelha ao osso esponjoso. As fraturas de quadril observadas em fases posteriores da vida são mais comumente associadas à osteoporose senil. A osteoporose costuma ser um distúrbio silencioso. Na maioria dos casos, suas primeiras manifestações são as que acompanham uma fratura esquelética – fratura vertebral por compressão ou fratura de quadril, pelve, úmero ou de qualquer outro osso. As fraturas tipicamente ocorrem com menos força que o habitual, como em uma mulher na pós-menopausa que esteja em uma área muito movimentada, como o metrô, e é empurrada discretamente pelas pessoas. Nesse caso, a mulher pode sofrer uma fratura comoresultado de repetidos empurrões, por várias vezes, quando as pessoas se apoiam nela em meio à movimentação da multidão entrando e saindo do metrô, comprimindo-α o suficiente. As mulheres que apresentam fraturas são muito mais propensas a outras fraturas que as mulheres da mesma idade sem osteoporose. O acunhamento e o colapso das vértebras causam diminuição da altura da coluna vertebral e cifose, uma condição comumente denominada corcunda da viúva. Em geral, não há sensibilidade óssea generalizada. A dor, quando ocorre, está relacionada com as fraturas. Sintomas sistêmicos como fraqueza e perda de peso sugerem que a osteoporose pode ser causada por uma doença subjacente. Diagnóstico A National Osteoporosis Foundation (NOF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) adaptaram o WHO Working Group on Osteoporosis Screening Tool, Fracture Risk Assessment Algorithm (FRAX), para identificar a possibilidade de ocorrer fratura de quadril no futuro, dependendo do risco que uma pessoa pode apresentar. A avaliação da DMO é mais comumente realizada por absorciometria de raios X de dupla energia (DXA) da coluna e do quadril. A prática atual consiste em DXA de quadril total, do colo femoral e da coluna lombar anterior (L1 a L4). O sítio com pontuação mais baixa deve ser utilizado para estabelecer o diagnóstico. A determinação da DMO tem se tornado cada vez mais comum para a detecção precoce e a prevenção de fraturas. Em idosos, a medição seriada da altura é outro modo simples de triagem para osteoporose. Um avanço adicional no diagnóstico da osteoporose consiste no refinamento dos fatores de risco. O teste da DMO deve ser realizado com base no risco individual da pessoa. A NOF recomendou que todas as mulheres devem realizar uma determinação da DMO aos 65 anos de idade, exceto se apresentarem fatores de risco, implicando na realização mais precoce da triagem. Os fatores de risco que podem indicar a necessidade de testes em mulheres mais jovens incluem: Tratamento A prevenção e a detecção precoces da osteoporose são essenciais para a prevenção de deformidades e fraturas correlatas. É importante identificar as pessoas em grupos de alto risco, de modo que se possa iniciar o tratamento precocemente. A prática regular de exercícios e a ingestão adequada de cálcio são fatores importantes na prevenção da osteoporose. Exercícios com sustentação do peso, como caminhada, corrida, remo e levantamento de peso, tornam-se importantes para a manutenção da massa óssea. Estudos indicaram que mulheres na pré- menopausa necessitam de mais de 1.000 mg de cálcio /dia, e mulheres na pós-menopausa devem ingerir 1.500 mg de cálcio/dia. Como a maior parte das idosas norte-americanas não consome laticínios em quantidade suficiente para atender às Bruna Melnik Bellandi – 5º Período próprias necessidades de cálcio, recomenda-se a suplementação. A deficiência de vitamina D pode ser um fator importante no comprometimento da absorção intestinal de cálcio no idoso. Com base nessas evidências, a 1,25-di-hidroxivitamina D3 está sendo estudada como um tratamento para a osteoporose.36 Recomenda-se a ingestão diária de 400 a 800 UI de vitamina D, a qual otimiza a absorção do cálcio e inibe a secreção da paratireoide. O tratamento farmacológico da osteoporose inclui medicamentos antirreabsortivos e agentes anabólicos. Existem três tipos principais de agentes antirreabsortivos: estrogênios e moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERM), bisfosfonatos e calcitonina. Ainda que o estrogênio seja uma das intervenções mais eficazes para reduzir a incidência e a progressão da osteoporose em mulheres na pós- menopausa, o uso da terapia hormonal (estrogênio aliado à progestina) tem sido questionado desde a Women’s Health Initiative. O raloxifeno, um SERM que atua somente sobre receptores específicos de estrogênio, é eficaz na prevenção e no tratamento da osteoporose em mulheres na pós- menopausa. Nos homens, a testosterona aparenta desempenhar um papel importante na homeostasia óssea ao estimular os osteoblastos e inibir os osteoclastos. O uso de testosterona é contraindicado em homens com câncer de próstata. Homens com osteoporose também podem se beneficiar da terapia com bisfosfonatos, calcitonina ou paratormônio. Assim como as mulheres, eles têm as mesmas necessidades de suplementação de cálcio e vitamina D. Pessoas com osteoporose apresentam muitas necessidades especiais. A prática de caminhadas e natação é encorajada. A intervenção cirúrgica é realizada para a fixação estável das fraturas, o que possibilita a restauração precoce da mobilidade e da função; para as fraturas de membros inferiores, isso significa a sustentação precoce do peso. As fraturas vertebrais são tratadas sintomaticamente. Causas e consequências das fraturas na qualidade de vida das pessoas: Fraturas e outras lesões musculoesqueléticas) variam consideravelmente quanto à gravidade e ao tratamento necessário. Por exemplo, as fraturas podem variar de uma pequena fissura em um osso do pé, que passa facilmente despercebida, até uma fratura pélvica grave, que coloca a vida em risco. As fraturas podem romper a pele (chamado fraturas expostas) ou não (chamado fraturas fechadas). Fraturas (incompletas ou completas) Uma lesão que fratura um osso também pode danificar seriamente outros tecidos, incluindo a pele, os nervos, os vasos sanguíneos, os músculos e os órgãos. Essas lesões podem complicar o tratamento da fratura e/ou causar problemas temporários ou permanentes. Referências: Norris, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2021. Silverthorn, Dee U. Fisiologia humana. Disponível em: Minha Biblioteca, (7th edição). Grupo A, [Inserir ano de publicação]. Ortopedia e Traumatologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2017.
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