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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS UNIDADE JOÃO MONLEVADE RELATÓRIO DIAGRAMA DE FASES TERNÁRIO: MÉTODO GRÁFICO DE GIBBS E ROOZEBOOM JOÃO MONLEVADE – MINAS GERAIS AGOSTO DE 2022 GABRIELLE SCHULTZ BRAZ – 0694-180 JOÃO PAULO MIRANDA – 0693-563 TACIANE CAROLINE NEVES – 0693-412 RELATÓRIO DA SÍNTESE DE NANOPARTÍCULAS DA MAGNETITA Trabalho apresentado ao professor da disciplina Físico-Química II do Curso de Graduação em Engenharia Metalúrgica da Universidade do Estado de Minas Gerais, como requisito parcial para a aprovação na referida disciplina. Docente: Alan Rodrigues Teixeira Machado JOÃO MONLEVADE – MINAS GERAIS AGOSTO DE 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 1.1 OBJETIVO ......................................................................................................... 6 2 MATERIAIS E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................ 6 2.1 MATERIAIS ........................................................................................................ 6 2.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................. 6 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 7 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 10 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 10 4 1 INTRODUÇÃO Segundo Lobo e Ferreira (2006), para representar sistemas ternários recorre- se à geometria dos prismas de base triangular onde às ordenadas se faz corresponder a temperatura ou a pressão e à base (um triângulo equilátero) se associa a composição dos componentes em fracção molar (ou percentagens molares) (x1, x2 e x3) ou fracções (ou percentagens ponderais) (w1, w2 e w3), como mostra a figura 1. Figura 1: Representação do Diagrama Ternário. Fonte: Lobo; Ferreira, 2006. Vamos agora ver como se interpretam geometricamente os diagramas de fases ternários onde os três componentes (1, 2 e 3) do sistema são líquidos à temperatura e à pressão consideradas. Se dois dos componentes forem parcialmente miscíveis, o diagrama representativo das diversas composições apresentará o aspecto ilustrado na Figura 2. 5 Figura 2: Diagrama Ternário. Fonte: Lobo; Ferreira, 2006. À temperatura e pressão consideradas, no interior da área limitada pelos pontos [ACPDB] existem duas fases (líquidas) imiscíveis: o ponto A representa o limite de solubilidade do componente 3 no componente 2; em contrapartida, o ponto B representa o limite de solubilidade do componente 2 no componente 3; quando o sistema contém, também, o componente 1 e a composição global é representada por um ponto no interior da área [ACPDB] o sistema desdobra-se em duas fases líquidas ternárias em equilíbrio termodinâmico (LOBO; FERREIRA, 2006). Ainda segundo Lobo e Ferreira (2006), por exemplo, um sistema ternário de composição global dada pelo ponto R apresenta-se como sendo constituído por duas fases líquidas cujas composições são dadas pelos pontos C e D. A linha recta [CRD] une duas fases em equilíbrio: uma (a fase com a composição do ponto D) mais rica no componente 3 e outra (a fase com a composição dada pelo ponto C) mais rica no componente 2. Quer dizer: a adição do componente 1 aos sistemas binários de componentes 2 e 3 cuja composição inicial esteja compreendida entre as de A e B dá origem ao aumento da solubilidade mútua de 2 e 3, de modo que a zona bifásica vai diminuindo, até se atingir um ponto também ternário de composição dada por P, em que a solubilidade de 2 em 3 e a de 3 em 2 se igualam. O ponto P designa-se por ponto de enlace ou ponto crítico (ou plait point, em Inglês). As retas como [CD] que unem duas fases em equilíbrio são denominadas tie- lines, na designação em língua inglesa, que se generalizou. Pelo que ficou dito se conclui que a linha [ACP] é a curva de solubilidade do componente 3 no sistema 6 constituído pelos três líquidos 1, 2 e 3, enquanto que a curva [PDB] representa os limites de solubiliddae do componente 2 no sistema ternário. A curva de solubilidade limitante da zona bifásica [ACPDB] denomina-se curva binodal. No exterior da curva binodal um sistema ternário como o que estamos a tratar é monofásico (LOBO; FERREIRA, 2006). 1.1 OBJETIVO Construir o diagrama ternário de composição acetato de etila – etanol – água. Identificar sistemas ternários formados por três líquidos parcialmente miscíveis. Determinar as concentrações de misturas de três líquidos parcialmente miscíveis, a partir das quais o sistema é homogêneo. Construir o diagrama de fases do sistema ternário segundo o método gráfico de Gibbs e Roozeboom que recorre a um triângulo equilátero. 2 MATERIAIS E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2.1 MATERIAIS - Bureta de 25 mL; - Suporte universal; - 10 tubos de ensaio de 20x200 mm; - Reagentes (Acetato de etila, etanol e água); 2.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1. Numerar os tubos de 1 a 10, encher as buretas com acetato de etila, etanol e água destilada. 2. Transferir as quantidades descritas na tabela 1 para cada tubo. 7 Tabela 1: Quantidades de água e acetato de etila. Tubo (n°) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Água (mL) 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 Acetato de etila (mL) 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3. A cada tubo adicionar etanol até que seja observada a turbidez ou que as duas fases presentes desapareçam e anotar o volume na tabela 2. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Após adicionarmos água e acetato de etila nos tubos, fizemos adição do etanol, até ser possível observar apenas 1 fase. O valor de etanol adicionado em cada tubo está descrito na tabela 2. Tabela 2: Quantidade de etanol. Tubo (n°) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Etanol (mL) 4 3 3,5 3,3 2,8 3,5 3,1 3,1 3,6 3,6 Para darmos seguimento na elaboração do diagrama ternário, precisamos das frações molares de cada componente, portanto, tendo os dados acima, calculou-se com a equação 1, as massas gastas durante o procedimento. Onde: ρetanol = 0,7903 g/mL, ρacetato = 0,902 g/mL e ρágua = 1 g/mL. Com a equação 1, obteve-se os resultados descritos na tabela 3. 𝜌 = 𝑚 𝑉 Eq. 1 Tabela 3: Massas dos respectivos volumes. Tubo Volume (mL) Massa - Etanol (g) Volume (mL) Massa – Água (g) Volume (mL) Massa – Acetato (g) 1 4 3,1612 1 1 3 2,706 2 3 2,3709 2 2 3,1 2,7962 3 3,5 2,76605 3 3 3 2,706 4 3,3 2,60799 4 4 3 2,706 8 5 2,8 2,21284 5 5 3 2,706 6 3,5 2,76605 6 6 3 2,706 7 3,1 2,44993 7 7 3 2,706 8 3,1 2,44993 8 8 3 2,706 9 3,6 2,84508 9 9 3 2,706 10 3,6 2,84508 10 10 3 2,706 Tendo as massas, o próximo passo é calcular o número de mol de cada componente, fez-se os cálculos utilizando a equação 2. Onde: MMetanol = 46 g/mol, MMacetato = 88,11 g/mol e MMágua = 18 g/mol. Feitos os cálculos, montou-se a tabela 4. 𝑛 = 𝑚 𝑀𝑀 Eq. 2 Tabela 4: Número de mol de cada tubo. Tubo Etanol (mol) Água (mol) Acetato (mol) 1 0,0687 0,0556 0,0307 2 0,0515 0,1111 0,0317 3 0,0601 0,1667 0,0307 4 0,0567 0,2222 0,0307 5 0,0481 0,2778 0,0307 6 0,0601 0,3333 0,0307 7 0,0533 0,3889 0,0307 8 0,0533 0,4444 0,0307 9 0,0618 0,5 0,0307 10 0,0618 0,5556 0,0307 Para montar o diagrama ternário precisamos da fração molar de cada componente de cada tubo, então calculou-se usando a equação 3. Com os resultados do cálculo com a equação 3, montou-se a tabela 5. 𝑋1 = 𝑛 𝑛𝑡Eq. 3 9 Tabela 5: Frações molares dos componentes em cada tubo. Tubo Etanol Água Acetato 1 0,443 0,359 0,198 2 0,265 0,572 0,163 3 0,233 0,647 0,119 4 0,183 0,718 0,099 5 0,135 0,779 0,086 6 0,142 0,786 0,072 7 0,113 0,822 0,065 8 0,101 0,841 0,058 9 0,104 0,844 0,052 10 0,095 0,857 0,047 Com os valores das frações molares, com auxílio do Software Origin 6, montamos o diagrama ternário para o composto água-etanol-acetato de etila, como mostra a figura 3. Figura 3: Diagrama Ternário: Água-Etanol-Acetato. Fonte: Autores, 2022. 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 Acetato F ra çã o M ol ar d o A ce ta to d e E til a Fração M olar do Etanol Fração Molar da Água 10 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Saber como funciona um Diagrama Ternário é necessário para os estudantes de engenharia, pesquisadores e outros interessados. Vimos que mesmo através de um programa, chamado Origin, montar um diagrama ternário é bem mais complicado do que apenas interpretá-lo. Portanto, esse trabalho, nós proporcionou uma aprendizagem importante e nos mostrou que o trabalho dos pesquisadores é maravilhoso.. REFERÊNCIAS LOBO, L. Q.; FERREIRA, A. G. M. Termodinâmica e Propriedades Termofísicas, Volume I, Termodinâmica das Fases; Imprensa da Universidade de Coimbra: Coimbra, 2006.
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