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Omissão_Juridico_Penal_Frente_Psicopatas_Criminosos_Revisão_Final

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OMISSÃO JURÍDICO-PENAL FRENTE AOS PSICOPATAS CRIMINOSOS 
 
Albertina Carla dos Santos1 
Rebeca Queiroz Bezerra dos Santos2 
 
RESUMO 
 
A presente discussão visa despertar a importância do debate sobre quais medidas jurídico-
penais devem ser tomadas para o método de penalização dos psicopatas criminosos, tendo 
como base a defesa de que tais indivíduos devem ser considerados imputáveis por sua 
condição não lhes retirar a consciência volitiva no momento da ação ou omissão. Em análise, 
foi verificado que mesmo após avanços normativos a realidade é de não existência de leis 
direcionadas a penalidades e recuperação especializadas desses agentes. Dessa forma, ferindo 
plenamente os direitos e garantias tutelados pela lei máxima do país, daqueles que deveriam 
serem os beneficiados, a sociedade. Por fim, para chegar as devidas conclusões foi realizada 
pesquisa por dispositivos legais, doutrinas e jurisprudência. 
 
Palavras-chave: Omissão jurídico-penal. Psicopatas. Resolução nº487/2023CNJ. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A psicopatia por si só já é palco para muitos estudos e dilemas, quando trazida para o 
campo do direito penal torna-se ainda mais complexa. Entre as teorias penais e diagnósticos 
médicos necessitamos chegar ao denominador comum de como tratar, punir e, se viável, 
ressocializar o psicopata delinquente. 
Nessa esfera, encontramos o Estado em malabares por dificuldade (ou conveniência) 
em enquadrar o psicopata como, imputável (cumprimento de sanção em presídios), 
inimputável ou semi-imputável, lhe acarretando a imposição da Medida de Segurança em 
Hospitais Psiquiátricos de Custódia ad eternum. 
Assim, o desenvolvimento do tema se fundamenta na Resolução nº 487/20233 do CNJ 
que determina aos “manicômios judiciais” a suspensão da entrada de novos pacientes, visando 
a desativação completa até o ano de 2024. A ideia é que os pacientes passem a ser tratados em 
 
1 Aluna do Curso de Especialização em Direito Penal e Processual Penal – P27, na instituição Centro 
Universitário do Rio Grande do Norte – UNI-RN. E-mail: albertina.carla@hotmail.com. 
2 Aluna do Curso de Especialização em Direito Penal e Processual Penal – P27, na instituição Centro 
Universitário do Rio Grande do Norte – UNI-RN. E-mail: estudosqueiroz@gmail.com. 
3 PODER JUDICIÁRIO. Conselho Nacional de Justiça. Resolução n. 487, de 15 de fevereiro de 2023. 
Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/files/original2015232023022863fe60db44835.pdf. Acesso em: 19 out. 
2023. 
2 
 
locais como hospitais gerais, Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Serviços Residenciais 
Terapêuticos (SRT), contudo, a crítica que urge se embasa na falta de preparação, tanto 
orçamentária, como de quantitativo de profissionais especializados para atender esses 
indivíduos. 
 No campo científico, ainda em curso, pesquisadores afirmam que as chances de o 
psicopata criminoso reincidir são imensas. Com essa determinação do Conselho Nacional de 
Justiça, cria-se o questionamento: teremos em seio social a presença irresponsável de 
criminosos não tratados ou não reabilitados? 
Nesse sentido, cria-se o impasse entre a preservação da dignidade humana do 
indivíduo criminoso que fora isolado da célula social e o direito da sociedade de viver onde a 
criminalidade não se desenvolva. 
Por fim, destaca-se a necessidade de um olhar mais atento não apenas no método da 
punibilidade, mas também no desenvolvimento de políticas criminais adequada e eficazes 
para os referidos criminosos dentro do direito penal brasileiro. 
 
2 PROCEDIMENTO METODOLOGICO 
 
A metodologia aplicada neste trabalho é de cunho dedutivo, por meio da pesquisa 
triangular, tendo como base a análise sistemática dos dispositivos legais (especialmente a Lei 
10.216/2001 e Resolução Nº 487/2023 do CNJ), consulta de doutrinas; podendo destacar 
Penteado Filho, Bitencourt, Liszt, além dos julgados que refletem a jurisprudência. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Os estudos em psicopatia têm uma longa história e é um tema que vem preocupando a 
psiquiatria, a justiça, a antropologia, a sociologia e a filosofia desde os tempos bíblicos, como 
a exemplo, podemos citar a plenitude da maldade do ser humano, em Gênesis 44 quando Caim 
friamente mata seu irmão Abel. Nesse diapasão, temos a morte de Abel, a conduta criminosa 
de Caim, ou seja, crime, criminoso, vítima (criminologia). 
Para Liszt5, “crime, é a ação culposa e contraria ao direito”. Para Nestor Sampaio 
Penteado Filho6, criminologia é a “ciência empírica [...] e interdisciplinar que tem por 
 
4 A.T. BIBLIAON. Bíblia Sagrada Online, [2009 ou 2023]. Disponível em: 
https://www.bibliaon.com/genesis_4/. Acesso em: 26 set. 2023. 
5 LISZT, Franz Von. Tratado de Direito Penal Alemão. Traduzido por: José Hygino Duarte Pereira. Rio de 
Janeiro: Editora F. Briguret & C. 1899. p. 183. 
3 
 
objetivo de análise o crime, a personalidade do autor do comportamento delitivo, da vítima e 
o controle social das condutas criminosas”. 
Nesta senda, apesar de, crime e criminologia portarem conceitos distintos são 
interconectados. Ressalta-se que a criminologia é multidisciplinar, vinculando o direito penal 
à psicologia, psiquiatria e a sociologia, portanto, uma ciência que busca encontrar alternativas 
e soluções aplicáveis ao sistema jurídico brasileiro, a fim de desenvolver políticas criminais 
eficazes para combater os crimes cometidos por personagens como psicopatas. 
Quanto a figuras psicopatas, importante ressaltar que nem todo psicopata é um 
criminoso/assassino, embora muitas vezes cometam crimes tão cruéis, se trata basicamente de 
pessoas sem capacidade de discernir emoções. Assim, afirma Fiorelli e Mangini7, que 
“Quando se fala de psicopatia a tendência é de às pessoas imaginarem assassinos em série, 
homicidas cruéis e torturadores; porém, nem todo psicopata é criminoso”. 
Nesse contexto, o foco dessa discussão estará nos psicopatas criminosos que de forma 
fria e calculada, sem qualquer razão ou circunstância, cometem crimes horrendos que causam 
repercussão social, e nessa conjectura se faz oportuno citar John Milton8, “A mente é um 
lugar em si mesma e pode fazer do inferno um paraíso ou do paraíso um inferno”, pois, 
quando se trata desse nível de criminosos, é difícil não mencionar o caso do brasileiro 
“Pedrinho matador”9, que marcou o imaginário social para todo o sempre. 
 
[..] condenado a mais de 400 anos de prisão por matar 71 pessoas. No entanto, 
alegou ter matado mais de 100 [...]. Costumava usar uma faca, [...]. Os psiquiatras 
Antonio José Elias Andraus e Norberto Zoner Jr., que o avaliaram em 1982 para 
um laudo pericial, escreveram que a maior motivação de sua vida era "a afirmação 
violenta do próprio eu" e o diagnosticaram com "caráter paranoide e anti-
socialidade". Grifo nosso. 
 
Nesse campo, o DSM IV10 (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) 
conceitua o “[...] transtorno da personalidade antissocial é um padrão difuso de indiferença e 
violação dos direitos dos outros, [...]. Esse padrão também já foi referido como psicopatia, 
sociopatia ou transtorno da personalidade dissocial”. Inclusive, Robert Hare, considerado um 
 
6 PENTEADO FILHO, N. S. Manual esquemático de criminologia. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p.170. 
7 FIORELLI, José Osmir; MANGINI, Rosana Cathya Ragazzoni. Psicologia Jurídica, 7ª ed. São Paulo: Atlas, 
2016. 
8 CITAÇÕES E FRASES FAMOSAS. Frases de John Milton, 9. Dezembro 1608 – 8. Novembro 1674. 
Disponível em: https://citacoes.in/autores/john-milton/. Acesso em: 20 out. 2023. 
9 WIKIPÉDIA. A enciclopédia livre. Pedrinho Matador, editada pela última vez às 16h31min de 13 de junho 
de 2023. Disponível em:https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedrinho_Matador. Acesso em: 26 set. 2023. 
10 AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 
DSM – 5. 5ª Edição, ARTMED, 2014. p.659. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psiquiatria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laudo_pericial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paranoia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento_antissocial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento_antissocial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia
4 
 
dos maiores especialistas na área Psicopatas do mundo, descreve os psicopatas como 
“predadores sociais que encantam, manipulam e abrem implacavelmente seu caminho pela 
vida, [...]”11. 
Segundo Ana Beatriz Barbosa Silva12, “A psicopatia não tem cura, é um transtorno da 
personalidade e não uma fase de alterações comportamentais momentâneas. [...]”. De modo 
que, Hale13 afirma que os psicopatas “nascem assim”. Nesta via, o mal é uma combinação 
complexa, alguém com um desejo de ferir, torturar e matar, que a exemplo, o caso concreto 
Champinha14 (na época com 16 anos), e mais quatro participantes assassinaram os namorados 
Felipe (assassinado com um tiro na nuca) e Liana (que virou refém do grupo, ficou quatro dias 
em cativeiro, foi torturada, estuprada, depois, morta a facadas por Champinha). 
Quanto a responsabilidade dos agentes, segundo Miguel Reale15, a culpabilidade 
significa, “reprova-se o indivíduo por ter escolhido de tal modo que, sendo-lhe plausível atuar 
de consonância com o direito, tem preferido agir opostamente ao exigido na lei”. Tampouco, 
conforme Grego16, para que um indivíduo seja responsabilizado por um fato típico e ilícito, 
por ele atentado, “é preciso que ele seja imputável”. 
Assim, à luz do artigo 26º do CP17, ficará “isento de pena o agente que, por doença 
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento”. Entretanto, é o judiciário em trabalho com a psicologia 
forense que determinará se a pessoa com deficiência é imputável, semi-imputável ou 
inimputável. 
Importante ressaltar que diferente dos psicóticos (os que sofrem de delírios, 
alucinações e não têm ideia do que estão fazendo), se matar alguém, terá fatores atenuantes; 
os psicopatas sabem exatamente o que estão fazendo (vivem um estado de existência 
 
11 DEPARTMENT OF PSYCHOLOGY. Abstrato. Relacionamentos tóxicos: o impacto da psicopatia, 1878 - 
2023 Universidade Ocidental. Disponível em: 
https://www.psychology.uwo.ca/about_us/events/speakerabstracts/20172018/forth.html. Acesso em: 19 out. 
2023. (Citação traduzida pela autora). 
12 SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Perigosas. O psicopata mora ao lado. 1º Ed. Fontanar, 2008. P. 168. 
13 MARAVILHOSA, A mente é. Teste de psicopatia de Robert Hare (PCL-R), 2012 – 2023. Disponível em: 
https://amenteemaravilhosa.com.br/teste-de-psicopatia-de-robert-hare/. Acesso em: 19 out. 2023. 
14 CRIMINAIS, Canal Ciências. Caso Liana Friedenbach e Felipe Caffé: vítimas de Champinha, Atualizado 
em 11/08/2022 17:12. Disponível em: https://canalcienciascriminais.com.br/liana-friedenbach-felipe-caffe/. 
Acesso em: 19 out. 2023. 
15 REALE JÚNIOR, Miguel. Teoria do Delito. São Paulo: Rt, 1998. P. 85-86. 
16 GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal:Parte Geral. 10. Ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2008, p. 395. 
17 BRASIL. Lei nº. 2.848. Código Penal. Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1940. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm. Acesso em: 10 out. 2023. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm
5 
 
caracterizado por excesso de racionalidade e falta de emoção), e por ser um transtorno de 
personalidade e não uma doença mental, em tese, deveria excluir a inimputabilidade. 
Em suma, estará sujeito à pena o Imputável (pessoa mentalmente sã e 
desenvolvida, que seja capaz de compreender a ilegalidade dos fatos e de se identificar à luz 
desse entendimento), já o Inimputável (indivíduo inteiramente incapaz de entender a 
ilicitude do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento), e Semi-imputável 
(aquele que, embora aparentemente sã, não é plenamente capaz de apreciar a ilegalidade dos 
fatos), estarão sujeitos à medida de segurança. 
Vejamos o que diz o Código Penal18: DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA 
 
Art. 96. As medidas de segurança são: I - Internação em hospital de custódia e 
tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; II - 
sujeição a tratamento ambulatorial. [...] 
§ 1º- A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, 
perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de 
periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. [...] 
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a 
internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. [...] 
Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características 
hospitalares e será submetido a tratamento. 
 
Como já explicado, os psicopatas sabem que suas ações prejudicam suas vítimas, 
contudo não possuem a sensibilidade e a consciência do remorso ou da culpa, e pela 
omissão jurídico-penal brasileiro quanto à personalidade (psicopatia), os juízes a enquadram, 
ora como inimputáveis, ora como semi-imputáveis, restando à aplicação de medida de 
segurança com internação em locais que busquem um tratamento de modo a diminuir o grau 
de lesividade da conduta do agente, devido às condições específicas de sua imputabilidade, 
prevenindo a reincidência dos crimes de alta periculosidade já cometidos. 
No entanto, lembrando que a psicopatia não é uma doença mental, mas um transtorno 
de personalidade antissocial, o judiciário sem saber o que fazer com esses indivíduos os 
encaminham por meio de medida de segurança para os hospitais de custódia de tratamento 
psiquiátrico que não são vinculados ao Sistema Único de Saúde, nem sequer vinculados a 
Secretaria de Saúde, e sim geridas pelas Secretarias de Administração Penitenciária, portanto 
são prisões disfarçadas de hospitais os que as tornam ilegais, tendo em vista a Lei 
10.216/200119 abolir a possibilidade de internação em instituições/estabelecimentos asilares. 
 
18 BRASIL. Lei nº. 2.848. Código Penal. Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1940. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm. Acesso em: 19 out. 2023. 
19 BRASIL. Lei n.º 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas 
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm
6 
 
Igualmente, Bitencourt20 afirma que: 
 
Hospital de custódia e tratamento psiquiátrico não passa de uma expressão 
eufemística utilizada pelo legislador da Reforma Penal de 1984 para definir o 
velho e deficiente manicômio judiciário, que no Rio Grande do Sul é chamado de 
Instituto Psiquiátrico Forense. Ocorre que, apesar da boa intenção do legislador, 
nenhum Estado brasileiro investiu na construção dos novos estabelecimentos. [...]. 
Grifo nosso. 
 
Nessa realidade de violação de direito, Champinha (mantido em hospital de custodia 
desde de 2003) ao interpor recurso extraordinário perante o Supremo Tribunal Federal, na 
ação de interdição cumulada com pedido de internação compulsória do jovem em hospital 
psiquiátrico, com reavaliações periódicas, até que se ateste a existência de condições de seu 
retorno ao convívio social, por meio de decisão monocrática, o ministro Teori Zavascki negou 
seguimento ao recurso extraordinário, apontando que a respeito da “adequação do 
estabelecimentono qual se determinou a internação do recorrente, sua verificação dependeria 
do exame de matéria infraconstitucional, no caso a Lei 10.2016/2001 [...].”21 
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.307 SÃO PAULO 
DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto em ação de 
interdição cumulada com pedido de internação compulsória do recorrente em 
hospital psiquiátrico, com reavaliações periódicas, até que se ateste a existência 
de condições de retorno ao convício social. O Tribunal de Justiça do Estado de 
São Paulo manteve decisão de 1º grau que decretou a internação do recorrente, 
aos fundamentos de que (a) há vários diagnósticos de mal psicológico que o 
torna perigoso; (b) a internação é necessária para contenção de sua 
tendência violenta; (c) a medida terapêutica é necessária na tentativa de 
recuperação (fls. 1.417- 1.432). Grifo nosso. 
 
Como se vê, a ausência normativa que descreva o procedimento para punir 
psicopatas criminosos e determine como reconhecer esses indivíduos e sua propensão à 
violência tem efeitos tanto na sociedade quanto nos próprios psicopatas. Elucida Anne 
Caroline22. 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.216-2001?OpenDocument. 
Acesso em: 21 out. 2023 
20 BITENCOURT, Cesar Roberto. Tratado de Direito Penal: Parte geral I. São Paulo: Saraiva, 2012. 
21 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário nº 667.307, São Paulo. Relator: Min. Teori 
Zavascki. 5 de março de 2015b. Disponível em: 
http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15317879582&ext=.pdf. Acesso em: 12 nov. 2019. 
22 SILVA, Anne Caroline Almeida. Psicopatia e o Direito Penal Brasileiro: a sanção penal adequada para os 
infratores. 2021: Disponível em 
https://dspace.uniceplac.edu.br'bitstream/123456789/1049/1/Anne%20Caroline%20Almeida%20 Silva 
O002264.pdf. Acesso em: 19 out. 2023 
7 
 
A ausência de um conceito no Direito Penal quanto aos autores psicopatas é uma 
problemática que atinge tanto os criminosos, que não possuem uma colocação 
dentro do sistema penal, e uma sanção penal adequada, quanto a sociedade que 
sofre com a violência ocasionada por um sistema que não cumpre a real função da 
pena. 
 
Porém, John Douglas, fundador da Unidade de Apoio Investigativo do FBI, no livro 
Mindhunter23 mostra que, após anos de estudo e mapeamento destes criminosos, descobriu-
se que, se não forem devidamente contidos, é provável que repitam os erros do passado. 
Segundo Hare24: “A taxa de reincidência de psicopatas é mais ou menos duas vezes maior do 
que a dos demais infratores. A taxa de reincidência de violência dos psicopatas é cerca de três 
vezes maior que a dos demais infratores”. 
Nessa guerra de “cavalo-de-batalha”, psicopata x crime x omissão jurídico-penal, o 
CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em cumprimento ao ponto resolutivo da condenação 
ocorrida em 2006, após a morte de Damião Ximenes Lopes25, paciente espancado e morto 
em uma clínica psiquiátrica em Sobral/CE, criou a resolução nº 48726 que institui a Política 
Antimanicomial do Poder Judiciário e estabelece procedimentos e diretrizes para implementar 
a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com deficiência e a Lei 10.216/2001, no 
âmbito do processo penal e da execução das medidas de segurança. 
A Resolução n.º 48727 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui a Política 
Antimanicomial do Poder Judiciário, determina que os “manicômios judiciais” existentes no 
Brasil deverão suspender a entrada de novos pacientes e até 2024 deverão ser desativados. Os 
pacientes serão tratados em locais como hospitais gerais, Centros de Atenção Psicossocial 
(Caps) e Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT). 
Entretanto, apesar das manobras do judiciário para manter os psicopatas criminosos 
longe da sociedade ser diversa as normas jurídicas, o que fazer com um criminoso como já 
anteriormente citado o Champinha, com o fechamento dos hospitais de custódia? Pois, 
inúmeras são as críticas e desafios sobre a implementação da política antimanicomial no 
 
23 DOUGLAS, Jonh; OLSHAKER, Mark. Mindhunter: O primeiro caçador de serial killers americano. 1. ed. 
Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017. 383 p. ISBN 978-85-510-0173-8. 
24 HARE, ROBERT D. Sem Consciência: O Mundo Perturbador dos Psicopatas que Vivem Entre Nós. 1. ed. 
rev. Porto Alegre: Artmed, 2013. 240 p. v. único. ISBN 978-85-65852-60-9. 
25 GOV.BR. Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Brasil conclui cumprimento de sentença da 
Corte IDH sobre o caso Damião Ximenes Lopes. 03/10/2023. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-
br/assuntos/noticias/2023/outubro/brasil-conclui-cumprimento-de-sentenca-da-corte-idh-sobre-o-caso-damiao-
ximenes-lopes. Acesso em: 19 out. 2023 
26 PODER JUDICIÁRIO. Conselho Nacional de Justiça. Resolução n. 487, de 15 de fevereiro de 2023. 
Disponível em https://atos.cnj.jus.br/files/original2015232023022863fe60db44835.pdf. Acesso em: 19 out. 
2023. 
27 Ibid. 
https://www.gov.br/mdh/pt-br
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2023/outubro/brasil-conclui-cumprimento-de-sentenca-da-corte-idh-sobre-o-caso-damiao-ximenes-lopes
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2023/outubro/brasil-conclui-cumprimento-de-sentenca-da-corte-idh-sobre-o-caso-damiao-ximenes-lopes
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2023/outubro/brasil-conclui-cumprimento-de-sentenca-da-corte-idh-sobre-o-caso-damiao-ximenes-lopes
8 
 
Brasil, nesse interim, importante ponderar questões trazidas pelo Conselho Regional de 
Medina do Distrito Federal28: 
 
Críticas ao posicionamento do CNJ 
Segurança e proteção: [...]. A desinstitucionalização pode levar à falta de 
acompanhamento adequado, aumentando o risco de violência e negligência em 
relação aos indivíduos com transtornos mentais graves. 
Falta de recursos e infraestrutura: A implementação da política antimanicomial 
requer investimentos significativos em recursos e infraestrutura para fortalecer a 
rede de atenção psicossocial. No entanto, a estrutura ainda é insuficiente em 
muitas regiões do país, resultando em um atendimento precário e na falta de 
suporte adequado às pessoas com transtornos mentais. 
Desafios para pacientes mais graves: A desospitalização completa pode não ser a 
melhor opção para esses indivíduos, pois eles precisam de cuidados intensivos e 
especializados que podem não estar disponíveis nos CAPs. 
Inclusão social efetiva: [...]. A comunidade pode não estar pronta para acolher e 
integrar plenamente as pessoas com transtornos mentais, especialmente 
considerando o estigma e o preconceito ainda presentes na sociedade. 
Desafios da política antimanicomial: [...]. Destacam-se a necessidade de 
investimentos na formação de profissionais de saúde mental, o estabelecimento de 
políticas de reinserção social eficazes e a criação de espaços de acolhimento e 
cuidado comunitários bem estruturados. Grifo nosso. 
 
Além disso, a Associação Brasileira de Psiquiatras (ABP)29 e o Conselho Federal de 
Medicina (CFM)30, fizeram nota de repúdio à resolução do Conselho Nacional de Justiça 
(CNJ): 
 
Associação Brasileira de Psiquiatras (ABP) 
[...] Importante frisar, inclusive para delimitar responsabilidades, que a 
implementação ou determinação que o atendimento às pessoas com transtorno 
mental seja cumprido em leitos de Hospital Geral ou outra instituição de saúde 
referenciado pelo CAPS da RAPS não é suficiente ao atendimento adequado e 
acurado de todos os pacientes/cidadãos nessa situação de enfermidade, podendo 
causar grande prejuízo à saúde pública, bem como risco ao paciente, familiares 
e população em geral, cabendo ao Poder Judiciário a competência tão somente de 
definição da segregação da pessoacom transtorno mental entre a unidade prisional 
e/ou as instituições hospitalares. [...]. Grifo nosso. 
 
Conselho Federal de Medicina (CFM) 
[...] São muitos alertas! O sistema público de saúde e o sistema prisional comum 
não estão preparados para receber todas essas pessoas, por isso haverá abandono 
do tratamento médico, aumento da violência, aumento de criminosos com doenças 
mentais em prisões comuns, recidiva criminal, dentre outros prejuízos sociais. Grifo 
nosso. 
 
28 CRM-DF, Conselho Regional de Medição do Distrito Federal. Debate sobre a implementação da política 
antimanicomial no Brasil: críticas e desafios. 11/05/2023. Disponível em https://crmdf.org.br/noticias/crm-e-
judiciario-do-df-tem-ressalvas-sobre-politica-antimanicomial-do-cnj/.Acesso em: 19 out. 2023 
29 ABP, Associação Brasileira de Psiquiatria. Nota de Repúdio. 21 de março de 2023. Disponível em 
https://www.abp.org.br/_files/ugd/e0f082_89b185a71f484fdfa68facad1bd5b86b.pdf. Acesso em: 22 out. 2023. 
30 CFM, Conselho Federal de Medicina. CFM apoia manifestação contra fechamento de Hospitais de 
Custódia e Tratamentos Psiquiátricos. 8 de maio de 2023. Disponível em 
https://portal.cfm.org.br/noticias/cfm-apoia-manifestacao-contra-fechamento-de-hospitais-de-custodia-e-
tratamentos-psiquiatricos/. Acesso em: 22 out. 2023. 
https://www.abp.org.br/_files/ugd/e0f082_89b185a71f484fdfa68facad1bd5b86b.pdf
9 
 
 
Fica evidente ao longo da narrativa, que o argumento de proteger a sociedade com as 
medidas jurídico-penais voltadas para a recuperação e normalização dos desviantes da ordem 
social não cumprem o papel intervencionista e tutelar em busca do “bem comum”. Assim, 
criminosos que demandarem de uma assistência diferenciada dos demais permanecerão em 
circulação regular nas prisões e/ou vivendo em convívio social, e por não terem controle sobre 
seu comportamento, representarão perigoso aos demais. 
 Por fim, se faz análise necessário quanto ao debate acerca do dever do Estado de 
proteção à sociedade, bem como de proporcionar o devido tratamento jurídico-penal ao 
condenado psicopata criminoso, que é fundamental. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
No início da pesquisa constatou-se uma deficiência no cenário jurídico-penal no que 
concerne ao método punitivo de psicopatas criminosos, devido ao descaso do debate sobre a 
imputabilidade ou semi-imputabilidade e na construção de instituições apropriadas a custódia 
desses sujeitos. Ficou evidente que se as discussões sobre a punibilidade desses indivíduos 
forem ampliadas para todos os setores, inclusive social, será possível individualizar o 
psicopata criminoso, aplicando-lhe a melhor sanção possível. 
Diante disso, o trabalho demonstrou que apesar das manobras do judiciário para o 
alcance das penas, como meios de barrar a prática do crime cometidos por psicopatas 
criminosos, na hipótese de esta não poder ser extinta, e sim controlada, há necessidade de 
estabelecimentos prisionais específicos, pela não possibilidade de alterar algo que se 
considera incurável, qual seja a psicopatia, mas por medidas de caráter estruturado e eficaz, 
visando não apenas o afastando desses indivíduos da sociedade, mas também implementado 
um tratamento para essas pessoas portadoras do referido transtorno de personalidade. 
Conclui-se da análise acadêmica, que a criação da resolução n.º 487 do Conselho 
Nacional de Justiça “extinguiu algo que já era ruim, transformou em algo pior”, ao transferir 
a responsabilidade para o Sistema Único de Saúde (que não atende as próprias demandas), 
sem estratégias, planejamentos e investimentos do Estado o tratamento de pacientes que 
demanda cuidados diferenciados. 
Dessa forma, é imprescindível a reforma do ordenamento jurídico-penal, buscando a 
criação de ferramentas que impliquem no tratamento para psicopatas criminosos, 
estabelecendo novas formas de controle, como exemplo, a inclusão de padrões diagnósticos 
10 
 
que examinam e controlam o grau de psicopatia e a periculosidade do agente. Ação mútua 
entre criminologia, psiquiatria e jurídico-penal. 
 
 
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