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• Pergunta 1 0,4 em 0,4 pontos Assinale a alternativa que descreve corretamente a política externa chamada de Equidistância Pragmática praticada por Getúlio Vargas até o início da Segunda Guerra Mundial. Resposta Selecionada: c. Vargas procurou equilibrar as relações exteriores do Brasil por meio da manutenção do livre-comércio com os Estados Unidos e do comércio compensado com a Alemanha. Respostas: a. Vargas optou pela continuidade da aliança especial com os Estados Unidos, mantendo o Brasil incondicionalmente aliado aos norte-americanos, em detrimento de uma possível opção europeia. b. Vargas aproveitou o crescimento mundial do Japão e sua dinâmica econômica para lançar uma nova parceria estratégica de forma a equilibrar a influência dos Estados Unidos. c. Vargas procurou equilibrar as relações exteriores do Brasil por meio da manutenção do livre-comércio com os Estados Unidos e do comércio compensado com a Alemanha. d. Vargas procurou equilibrar as relações exteriores do Brasil por meio da manutenção do livre-comércio com os Estados Unidos e do comércio compensado com a União Soviética. e. Vargas praticou a equidistância pragmática, isto é, manteve-se distante das potências mundiais à época, mantendo o Brasil isolado no sistema internacional. Comentário da resposta: Resposta: C. Comentário: Com acordos de livre-comércio com os Estados Unidos e de comércio compensado com a Alemanha, Getúlio Vargas impôs o pragmatismo como o modus operandi da política externa brasileira. Esse jogo duplo empregado por Vargas foi definido por Gerson Moura como equidistância pragmática. Na possibilidade de aproveitar a competição entre ambos os polos de poder, Vargas otimizou as relações tanto com Estados Unidos como com a Alemanha, sem, contudo, decidir-se por uma aliança definitiva com qualquer um dos dois. • Pergunta 2 0,4 em 0,4 pontos Assinale a alternativa que apresenta corretamente os ganhos para a política externa brasileira decorrentes da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados. Resposta Selecionada: d. Os ganhos para a política externa brasileira foram, para além do treinamento e equipamento militar, o aumento do prestígio internacional do Brasil com expressiva participação nas negociações de paz e o estreitamento da parceria com os Estados Unidos. Respostas: a. Não houve ganhos para a política externa brasileira, uma vez que o Brasil não se encontrava no cenário principal do conflito, qual seja, a Europa. b. Não houve ganhos para a política externa brasileira, uma vez que a participação do Brasil no conflito foi secundária, não implicando na alteração de rumos da política mundial. c. Os ganhos foram limitados à área militar, resultando na modernização e treinamento das Forças Armadas brasileiras. d. Os ganhos para a política externa brasileira foram, para além do treinamento e equipamento militar, o aumento do prestígio internacional do Brasil com expressiva participação nas negociações de paz e o estreitamento da parceria com os Estados Unidos. e. Os ganhos para a política externa brasileira foram, para além do treinamento e equipamento militar, a participação na fundação das Nações Unidas como membro permanente do Conselho de Segurança e o estreitamento da parceria com os Estados Unidos. Comentário da resposta: Resposta: D. Comentário: De forma geral, os resultados da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial são avaliados de forma positiva. Apesar de pouco decisiva para os rumos da política internacional no conflito, o Brasil obteve ganhos em treinamento e equipamento militar, além de experiência em campo de combate e desempenho logístico. Para a política externa brasileira, os resultados foram o aumento do prestígio do país no imediato pós-guerra, com expressiva participação nas negociações de paz. Por isso, o Brasil é membro fundador das Nações Unidas, porém, não é membro permanente de seu Conselho de Segurança. Além disso, é importante destacar que a parceria entre Brasil e Estados Unidos, ampliada durante a guerra, seria ainda mais estreitada no período posterior. • Pergunta 3 0,4 em 0,4 pontos Considerando a política externa brasileira realizada nos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial, até os anos de 1960, avalie as afirmações a seguir. I. O Governo de Eurico Gaspar Dutra procurou afastar-se do alinhamento aos Estados Unidos, recusando- se a aderir à OEA e ao TIAR. II. Em seu segundo governo, Getúlio Vargas negou-se ao envio de tropas à Guerra da Coreia em apoio aos Estados Unidos. III. Café Filho, que assumiu a presidência após o suicídio de Getúlio Vargas, retomou as relações diplomáticas com a União Soviética, rompidas em 1947. IV. Juscelino Kubitschek foi um dos principais responsáveis pelo lançamento da Operação Pan-Americana, em 1958, com objetivo de angariar investimentos e capital norte-americano para os projetos de desenvolvimento latino-americanos. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: e. II e IV. Respostas: a. I e II. b. II e III. c. I e III. d. III e IV. e. II e IV. Comentário da resposta: Resposta: E. Comentário: Durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, houve completo alinhamento entre Brasil e Estados Unidos nos planos político e militar. No segundo governo de Getúlio Vargas ocorria a Guerra da Coreia, obrigando Vargas a lidar com a pressão norte- americana para o envio de tropas brasileiras para o conflito. Vargas, contudo, negou-se ao envio de tropas à guerra, alegando dificuldades decorrentes da instabilidade política que vivenciava o país. Porém, Vargas procurou implementar outra vez uma política de barganha nacionalista, cujo objetivo era conseguir a ajuda norte-americana para o financiamento do desenvolvimento econômico brasileiro em troca do apoio requisitado no plano político-estratégico da Guerra Fria, especialmente em atenção ao conflito na Coreia. Com a morte de Vargas, Café Filho assumiu a presidência por um curto período e voltou-se, tal como ocorreu no governo Dutra, ao alinhamento automático com os Estados Unidos. A proposta da Operação Pan-Americana teve início com a troca de cartas pessoais entre Kubitschek e seu colega norte-americano presidente Eisenhower, em maio de 1958, nas quais o presidente brasileiro propunha uma revisão do ideal pan-americano em termos mais práticos e em dimensões de cooperação econômica. • Pergunta 4 0,4 em 0,4 pontos A Política Externa Independente (PEI) lançada pelo governo de Jânio Quadros representou um novo marco de análise da Política Externa Brasileira, porque: Resposta Selecionada: a. a PEI foi responsável por lançar as bases de superação do paradigma americanista de forma a substituí-lo por um novo paradigma, o globalista. Respostas: a. a PEI foi responsável por lançar as bases de superação do paradigma americanista de forma a substituí-lo por um novo paradigma, o globalista. b. a PEI rompeu com a tradição americanista da política externa brasileira, adotando uma postura de confrontação aberta em relação aos Estados Unidos. c. a PEI representou uma tentativa de engajamento no bloco socialista, rompendo com o tradicional anticomunismo da diplomacia brasileira. d. a PEI possibilitou a adesão do Brasil ao Movimento dos Países Não-Alinhados, o que representou a superação do alinhamento aos Estados Unidos. e. a PEI foi responsável pela superação do paradigma americanista de forma a substituí- lo pelo paradigma terceiro-mundista. Comentário da resposta: Resposta: A. Comentário: A PEI não representava uma negação à tradição diplomática brasileira, nem mesmo adotou uma postura de confronto em relação aos Estados Unidos. Tratava-se de um processo de ampliação das bases de inserção internacional do Brasil, antes focado nas relações hemisféricas em consonância aopan-americanismo, para uma atuação global, independente das barreiras ideológicas da Guerra Fria. Tampouco a PEI significou qualquer movimento em direção ao bloco socialista, mas era uma atualização necessária, realizada nas orientações da política externa brasileira devido às mudanças observadas nas demandas internas e às possibilidades auferidas pela conjuntura externa. • Pergunta 5 0,4 em 0,4 pontos Sobre a política externa dos Governos Militares, todas as alternativas abaixo estão corretas, exceto: Resposta Selecionada: e. Devido à crise econômica global, João Figueiredo realizou uma grande mudança nos rumos da política externa brasileira, optando pela parceria comercial com a Europa. Respostas: a. A política externa da interdependência de Castelo Branco representava uma negação da PEI e uma tentativa de retomar a aliança especial com os Estados Unidos. b. Costa e Silva, com a diplomacia da prosperidade, abandonou a tentativa de retomada da aliança especial com os Estados Unidos, engajando a política externa brasileira nos rumos do paradigma globalista iniciado pela PEI. c. A ênfase na diversificação comercial, aspecto importante para inserção internacional do país, foi o ponto forte da política externa de Médici. d. A política externa do governo de Geisel, denominada pragmatismo ecumênico e responsável, procurou maximizar os interesses brasileiros independentemente das limitações ideológicas da Guerra Fria. e. Devido à crise econômica global, João Figueiredo realizou uma grande mudança nos rumos da política externa brasileira, optando pela parceria comercial com a Europa. Comentário da resposta: Resposta: E. Comentário: O governo de João Batista Figueiredo (1979-1985), sucessor de Geisel, foi o último governo militar comprometido com o procedimento de abertura rumo à redemocratização do país. Em meio à instabilidade política e econômica que se alastrava pelo país no contexto da crise do capitalismo global, após o segundo choque do petróleo de 1979, Figueiredo não propôs nenhuma mudança de curso nos rumos da política externa. • Pergunta 6 0,4 em 0,4 pontos No período da transição democrática, a política externa do governo Sarney manteve as ações que vinham sendo realizadas no governo anterior. As dificuldades internas impostas pelo processo de transição para a democracia, assim como os problemas econômicos, com agravamento da dívida externa e altos índices inflacionários, demandaram enorme atenção do governo. Assim, em relação à política externa, o governo Sarney optou pela continuidade, em vez de impor um esforço em direção a qualquer mudança. São exemplos de continuidade: Resposta Selecionada: b. Divergências com os Estados Unidos no comércio multilateral durante a Rodada do Uruguai do GATT e o aprofundamento da aproximação e cooperação com a Argentina. Respostas: a. Adesão ao TNP e o aprofundamento da aproximação e cooperação com a Argentina. b. Divergências com os Estados Unidos no comércio multilateral durante a Rodada do Uruguai do GATT e o aprofundamento da aproximação e cooperação com a Argentina. c. Divergências com os Estados Unidos no comércio multilateral durante a Rodada do Uruguai do GATT e participação no Movimento dos Países Não Alinhados. d. Participação no Movimento dos Países Não Alinhados e a celebração de um acordo de livre-comércio com a Comunidade Econômica Europeia. e. Aprofundamento da cooperação comercial com os Estados Unidos e adesão ao TNP. Comentário da resposta: Resposta: B. Comentário: A política externa brasileira no governo Sarney manteve suas diretrizes básicas de autonomia e universalização, mesmo causando o isolamento do Brasil no contexto global. Por isso, o processo de retomada do relacionamento com a América Latina, iniciado em governos anteriores, seria aprofundado por Sarney, como uma ação de política externa que teve como ponto forte a aproximação com a Argentina. Em relação aos norte-americanos, a diplomacia brasileira via-se diante de diversas controvérsias que aumentavam o atrito e esvaziavam as relações bilaterais. Vários eram os motivos de divergência entre Brasil e Estados Unidos não apenas no plano comercial, mas também estratégico, visto que o Brasil se recusou a aderir ao TNP, em 1968, e prosseguia com seu programa nuclear paralelo. Na Rodada Uruguai (1986-1994), os Estados Unidos defendiam a necessidade de discussão de novos temas, tais como a defesa da propriedade intelectual e a abertura de mercados a investimentos estrangeiros, enquanto o Brasil insistia na pauta desenvolvimentista. • Pergunta 7 0,4 em 0,4 pontos O projeto de inserção internacional elaborado pelo governo Collor tinha a pretensão de restabelecer uma diretriz de alinhamento preferencial aos Estados Unidos e dar respostas às novas demandas internacionais do pós-Guerra Fria. Para tanto, Collor: Resposta Selecionada: c. Aderiu à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em 1992, e recebeu com simpatia a Iniciativa para as Américas proposta pelo presidente norte-americano George Bush, que tinha como objetivo constituir uma área de livre-comércio em todo o continente americano. Respostas: a. Sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1992, e aderiu ao TNP. b. Abandonou o projeto de integração regional articulado a partir da parceria com a Argentina e aderiu ao Consenso de Washington. c. Aderiu à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em 1992, e recebeu com simpatia a Iniciativa para as Américas proposta pelo presidente norte-americano George Bush, que tinha como objetivo constituir uma área de livre-comércio em todo o continente americano. d. Aderiu ao TNP e recebeu com simpatia a Iniciativa para as Américas proposta pelo presidente norte-americano George Bush, que tinha como objetivo constituir uma área de livre-comércio em todo o continente americano. e. Abandonou o projeto de integração regional articulado a partir da parceria com a Argentina e aderiu ao TNP. Comentário da resposta: Resposta: C. Comentário: No governo de Fernando Collor, o Brasil sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1992; firmou diversos acordos para o controle de armas químicas e nucleares; aderiu à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em 1992, o chamado Pacto de San José e recebeu com simpatia a Iniciativa para as Américas proposta pelo presidente norte- americano George Bush, que tinha como objetivo constituir uma área de livre-comércio em todo o continente americano. No plano regional, Collor acelerou o processo de integração a partir da parceria com a Argentina. • Pergunta 8 0,4 em 0,4 pontos Observando a dinâmica dos blocos regionais na década de 1990, bem como a participação do Brasil em tais blocos, analise as afirmações a seguir. I. A Área de Livre Comércio das Américas (Alca), lançada pelo projeto Iniciativa para as Américas no governo de George Bush, previa a formação de uma área de livre-comércio em todo o continente, a partir da redução tarifária de bens e produtos entre os países americanos. Tal projeto recebeu amplo apoio do Brasil que, ao longo da década de 1990, empregou esforços junto aos países latino-americanos para a implementação da Alca. II. O Mercosul, formado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, tinha como objetivo estabelecer um Mercado Comum, com tarifa externa única, resultando na vinculação de seus membros como uma única voz nas negociações externas, tornando o bloco um instrumento para agregar forças e coordenar posições políticas diante das negociações da Alca. III. Em contraposição às pressões norte-americanas pela concretização da Alca, o Brasil, por meio do Mercosul, procurou uma terceira opção, um acordo de integração inter-regionalentre Mercosul e União Europeia. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: d. II e III. Respostas: a. I, somente. b. II, somente. c. III, somente. d. II e III. e. I e III. Comentário da resposta: Resposta: D. Comentário: A Área de Livre Comércio das Américas (Alca), lançada na Iniciativa para as Américas no governo de George Bush, previa a formação de uma área de livre-comércio em todo o continente, a partir da redução tarifária de bens e produtos entre os países americanos. Para o Brasil, país com alguma base industrial já avançada e persistência de problemas de desenvolvimento, havia uma imensa incerteza em relação a assimetria industrial e tecnológica imposta pelas condições de integração com um país desenvolvido, como os Estados Unidos, dificultando as negociações. • Pergunta 9 0,4 em 0,4 pontos Considerando as semelhanças e diferenças entre a política externa do governo de Fernando Henrique Cardoso em relação ao governo de Lula da Silva, analise as afirmações a seguir. I. A política externa de Fernando Henrique Cardoso, assim como a de Lula da Silva, tem como ponto em comum a busca pela autonomia, isto é, a realização de uma política externa livre de constrangimentos internacionais limitantes. II. A política externa de Fernando Henrique Cardoso, seguindo a lógica da autonomia pela diversificação, priorizou os principais centros de poder mundial, Estados Unidos e Europa, e a integração na América Latina. Lula da Silva, por sua vez, apenas deu continuidade à política externa de Cardoso. III. Lula da Silva diferenciou-se de seu antecessor quando, seguindo a lógica da autonomia pela participação, rompeu com as parcerias tradicionais, isto é, Estados Unidos e Europa, e ampliou a agenda da política externa brasileira, priorizando as parcerias com a África e demais potências emergentes. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: a. I, somente. Respostas: a. I, somente. b. II, somente. c. III, somente. d. I e II. e. I e III. Comentário da resposta: Resposta: A. Comentário: Conforme explicam Tullo Vigevani e Gabriel Cepaluni, ambos os presidentes priorizam a busca pela autonomia na formulação de sua política externa. Nesse sentido, a política externa de FHC foi caracterizada pela “autonomia pela participação”, pois buscou integrar o Brasil nas negociações globais, priorizando as parcerias com Europa, Estados Unidos e a integração latino-americana. Já Lula da Silva procurou diversificar as parcerias brasileiras, dinamizando as relações com a África e demais países emergentes, sem, contudo, romper com os parceiros tradicionais priorizados pelo seu antecessor. Dessa forma, a política externa praticada pelo governo Lula foi denominada “autonomia pela diversificação''. • Pergunta 10 0,4 em 0,4 pontos A proposta de política externa de Michel Temer, após chegar ao poder devido ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016, previa uma “correção de rumos” da política externa brasileira, desvinculando-a do que o novo governo entendia como legado petista. É exemplo dessa nova política externa proposta por Temer: Resposta Selecionada: b. A mobilização pela suspensão da Venezuela do Mercosul. Respostas: a. A retirada do Brasil da Unasul. b. A mobilização pela suspensão da Venezuela do Mercosul. c. A ruptura do Brasil na parceria dos Brics. d. A desistência formal pela reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no qual o Brasil pretendia um assento permanente. e. A adesão à Alca. Comentário da resposta: Resposta: B Comentário: Buscando impor novas diretrizes à política externa brasileira, o governo Temer mostrou-se determinado a questionar as alianças estabelecidas pelo partido do governo anterior, dentre as quais se destacou a revisão de postura em relação à Venezuela. Devido ao crescimento da instabilidade política naquele país, a Venezuela foi suspensa do Mercosul por mobilização brasileira junto aos demais sócios do bloco.
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