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PROJETO: PLANTEL 55 MATRIZES 
 
 
 
 
 
 
DISCENTES: INGRID PERES SANTOS 
RAISSA GOMES LIMA 
REBECA VITORIA DE OLIVEIRA FRANÇA 
IVES GABRIEL DE AMORIM COUTINHO 
 
 
 
TERESINA – PI 
DEZEMBRO/2023 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA 
MEDICINA VETERINÁRIA 
DISCIPLINA: SUINOCULTURA 
DOCENTE: PROF. DR. JOÃO BATISTA LOPES 
1 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................03 
 
2. EVOLUÇÃO DO REBANHO COM CÁLCULOS....................................................04 
2.1. Número de partos ao ano......................................................................................... 05 
2.2. Número de grupos de matrizes ............................................................................... 05 
2.3. Número de grupos de matrizes por grupo .............................................................. 05 
2.4. Número de varrões em relação às matrizes ............................................................ 05 
2.5. Taxa de descarte ...................................................................................................... 05 
 2.6. Tabela de evolução do rebanho .............................................................................. 06 
 
3. CÁLCULO DAS RAÇÕES POR GRUPO DE ACORDO COM A EVOLUÇÃO.... 05 
3.1. Machos de reposição .............................................................................................. 06 
3.2. Varrão....................................................................................................................... 06 
3.3. Fêmeas de reposição ............................................................................................... 06 
3.4. Fêmeas na pré-gestação........................................................................................... 07 
3.5. Fêmeas na gestação ................................................................................................ 07 
3.6. Fêmeas na lactação ................................................................................................. 07 
3.7. Leitões .................................................................................................................... 07 
3.8. Tabela do consumo de ração do rebanho ................................................................ 08 
 
4. DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES.........................................................08 
4.1. Número de gaiolas na maternidade (M) ................................................................. 09 
4.2. Número de baias pré-gestação e gestação .............................................................. 09 
4.3. Número de baias pré-gestação ................................................................................ 09 
4.4 Número de baias gestação ....................................................................................... 09 
4.5. Número de baias ou gaiolas creche (CH) ............................................................... 09 
4.6. Número de baias de crescimento e terminação ...................................................... 09 
4.7. Número de baias do(s) reprodutor(es) .................................................................... 09 
 
2 
 
5. MANEJO DO REBANHO NAS DIVERSAS FASES DA CRIAÇÃO......................11 
5.1. Manejo dos reprodutores ........................................................................................ 10 
5.2. Manejo das matrizes ............................................................................................... 10 
5.3. Manejo das porcas no cio ........................................................................................ 11 
5.4. Manejo das porcas pré-gestação ............................................................................. 11 
5.5. Manejo das porcas em gestação .............................................................................. 12 
5.6. Manejo das porcas pré-parto ................................................................................... 12 
5.7. Manejo da maternidade .......................................................................................... 12 
5.8. Manejo das porcas em lactação .............................................................................. 13 
5.9. Manejo dos leitões na creche .................................................................................. 14 
5.10. Manejo dos leitões em crescimento e terminação ................................................ 15 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................17 
 
7.REFERÊNCIAS...........................................................................................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
A suinocultura e atividades relacionadas a esse meio de produção, ocupam lugar 
no agronegócio brasileiro, destacando-a como uma atividade de importância no âmbito 
econômico e social. Nos últimos anos, a suinocultura brasileira, tem ganhado ainda mais 
importância, principalmente no mercado internacional, por algumas vantagens 
comparativas que tornam a atividade competitiva no cenário externo, como: ter um 
sistema produtivo baseado na integração vertical, permitindo assim que a empresa tenha 
total controle sobre os processos da cadeia de produção, sem precisar recorrer a terceiros. 
Além disso, tem-se aumentado o seu investimento em tecnologia nesse setor. 
Com relação aos índices, segundo a Embrapa Suínos e Aves, o ano de 2022 
terminou com o custo de produção por quilo de suíno vivo chegando aos R$ 8,07 (oito 
reais e sete centavos), sendo este o maior valor já registrado pela Embrapa Suínos e Aves. 
Um dos grandes desafios do setor produtivo está relacionado ao aumento populacional, e 
que segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 
até 2050 a população mundial alcance 10 bilhões de habitantes, por isso, práticas mais 
sustentáveis são essenciais, em que a suinocultura tem progredido bastante, buscando a 
eficiência produtiva, redução no uso de recursos naturais, gestão adequada dos resíduos 
e bem-estar animal. 
Outro enfoque da produção de carne suína é a segurança alimentar e a qualidade 
nutricional, e pelo Brasil ser um dos principais exportadores, tendo em 2022 um saldo de 
U$S 2,6 bilhões, equivalente a 1,137 milhões de toneladas exportadas, é importante 
desempenhar esse serviço de forma mais dinâmica possível. Para isso é preciso, segundo 
Castro (1996), focar na qualidade de mão de obra, na relação empregado/empregador e 
na capacidade de motivação dos funcionários onde o suinocultor tem grande possibilidade 
de melhorar o desempenho da sua empresa, buscando pessoas capacitadas para se obter 
um melhor rendimento do plantel e para tomar boas decisões, visto que nesse meio tem-
se a importância de prevenir e não remediar danos. 
O objetivo do seguinte trabalho é a criação, na modalidade intensiva, de um 
plantel fictício de 55 matrizes suínas, buscando calcular os custos de produção, bem como 
listar as instalações utilizadas em cada fase da vida do animal, o tipo e quantidade do 
alimento utilizado em cada fase e o manejo correto que se deve possui de acordo com a 
literatura. 
4 
 
2. EVOLUÇÃO DO REBANHO COM CÁLCULOS 
2.1. NÚMERO DE PARTOS AO ANO 
Dados: Intervalo entre partos de uma porca: 150 dias; 1 ano = 365 dias. 
Cálculo: Nº de partos/Porca/Ano: 360/150= 2,5 partos por ano, de cada porca. 
 
2.2. NÚMERO DE GRUPOS DE MATRIZES 
Dados: Intervalo entre partos de uma porca: 150 dias; Ciclo de Produção: 30 dias. 
Cálculo: 
Nº de grupos: 150/30= 5 grupos 
 
2.3. NÚMERO DE MATRIZES POR GRUPO 
Dados: 55 matrizes; 5 grupos. 
Cálculo: Nº de matrizes: 55/5= 11 matrizes em cada grupo. 
 
2.4. NÚMERO DE VARRÕES EM RELAÇÃO ÀS MATRIZESDados: Relação Reprodutor/Matriz - 1:20; 55 Matrizes; 
Cálculo: Nº de varrões: 55/20 = 2,75 ~ 3 varrões para o rebanho. 
 
2.5. TAXA DE DESCARTE 
Dados: Taxa de descarte anual= 24%; Nº de Porcas= 55; Nº de meses= 12; 
Matrizes Descartadas / ano 
24% x 55 =13,2 ~ 14 Matrizes 
Matrizes Descartadas / mês o 
14/ 12 = 1,17 ~ 2 matrizes 
Essa taxa será aumentada devido ao descarte mensal ter dado 1,17, um número não 
inteiro, ele é arredondado para 2, fazendo assim com que a taxa de descarte anual suba de 
14, que seria o correto de acordo com os cálculos, para 16 descartes anuais.) 
 
 
 
 
5 
 
2.6. TABELA DE EVOLUÇÃO DO REBANHO 
 
3. CÁLCULO DAS RAÇÕES POR GRUPO DE ACORDO COM A EVOLUÇÃO 
3.1. MACHOS DE REPOSIÇÃO 
Dados: 3 machos; 1 macho= 2 kg/dia; 1 mês= 30 dias. 
Cálculo: Ração (Kg/mês): 3x2x30= 180 Kg 
 
3.2. VARRÃO 
Dados: 3 varrões; 1 varrão= 2 kg/dia; 1 mês= 30 dias. 
Cálculo: Ração (Kg/mês): 3x2x30= 180 Kg 
 
3.3. FÊMEAS DE REPOSIÇÃO 
Dados: 13 fêmeas; 1 fêmea= 2,5 kg/dia; 1 mês= 30 dias. 
Cálculo: Ração (Kg/mês): 13x2,5x30= 975 Kg para as 13 fêmeas. 
6 
 
Dados: 11 fêmeas; 1 fêmea= 2,5 kg/dia; 1 mês= 30 dias. 
Cálculo: Ração (Kg/mês): 11x2,5x30= 825 Kg para as 11 fêmeas 
 
3.4. FÊMEAS NA PRÉ-GESTAÇÃO 
Dados: 13 fêmeas; 1 fêmea= 2 kg/dia; 1 mês= 30 dias. 
Cálculo: Ração (Kg/mês): 13x2x30= 780 Kg para as 13 fêmeas. 
 
3.5. FÊMEAS NA GESTAÇÃO 
24 a 54 dias 
Dados: 11 fêmeas; 1 fêmea= 2 kg/dia; 1 mês= 30 dias. 
Cálculo: Ração (Kg/mês): 11x2x30 = 660 Kg 
 
54 a 84 dias 
Dados: 11 fêmeas; 1 fêmea= 2 kg/dia; 1 mês= 30 dias. 
Cálculo: Ração (Kg/mês): 11x2x30 = 660 Kg 
 
84 a 114 dias 
Dados: 11 fêmeas; 1 fêmea= 3 kg/dia; 1 mês= 30 dias. 
Cálculo: Ração (Kg/mês): 11x3x30 = 990 Kg 
 
3.6. FÊMEAS EM LACTAÇÃO 
Dados: 11 fêmeas; 1 fêmea= 6 kg/dia; 1 mês= 30 dias. 
Cálculo: Ração (Kg/mês): 11x6x30= 1.980 Kg 
 
 
7 
 
3.7. LEITÕES 
0 a 30 dias 
Dados: (13 leitões/ 1 Porca) x 11; 143 leitões; 1 leitão= 6 kg/período; Período= 30 dias. 
Cálculo: Ração (Kg/período): 143x6 = 858 Kg 
 
30 a 60 dias 
Dados: (12 leitões/ 1 Porca) x 11; 132 leitões; 1 leitão= 30 kg/período; Período= 30 
dias. 
Cálculo: Ração (Kg/período): 132x30 = 3.960 Kg 
 
60 a 90 dias 
Dados: (11 leitões/ 1 Porca) x 11; 121 leitões; 1 leitão= 45 kg/período; Período= 30 
dias. 
Cálculo: Ração (Kg/período): 121x45 = 5.445 Kg 
 
90 a 120 dias 
Dados: (10,8 leitões/ 1 Porca) x 11; 118,8 leitões; 1 leitão= 60 kg/período; Período= 30 
dias. 
Cálculo: Ração (Kg/período): 118,8 x60 = 7.128 Kg 
 
 
120 a 150 dias 
Dados: (10,7 leitões/ 1 Porca) x 11; 117,7 leitões; 1 leitão= 80 kg/período; Período= 30 
dias. 
Cálculo: Ração (Kg/período): 117,7x80 = 9.416 Kg 
 
8 
 
150 a 180 dias 
Dados: (10,7 leitões/ 1 Porca) x 11; 117,7leitões; 1 leitão= 90 kg/período; Período= 30 
dias.Cálculo: Ração (Kg/período): 117,7x90 = 10.593 Kg 
 
3.8. TABELA DO CONSUMO DE RAÇÃO DO REBANHO 
 
4. DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES 
4.1. NÚMERO DE GAIOLA NA MATERNIDADE (M) 
Dados: Nº Partos porca / ano (NP)= 2,5 partos; Período de ocupação (PO)=35; Nº de 
Porcas=55; 
Cálculo: M: (2,5x35x55)/365= 13,18 ~ 14 gaiolas com 2,60 x 1,40 m2, cada. 
 
4.2. NÚMERO DE BAIAS PRÉ-GESTAÇÃO E GESTAÇÃO 
Dados: Nº Partos porca / ano (NP)= 2,5 partos; Período de ocupação (PO)= 121 dias; Nº 
de Porcas= 55; Nº de Porcas por grupo= 11. 
Cálculo: PGG: (2,5x121x55)/365x11= 1,62 ~ 2 baias, com 3,0 m2 cada. 
9 
 
4.3. NÚMERO DE BAIAS PRÉ-GESTAÇÃO 
Dados: Nº Partos porca / ano (NP)= 2,5 partos; Período de ocupação (PO) = 37 dias; Nº 
de Porcas= 55; Nº de Porcas por grupo= 11. 
Cálculo: PGG: (2,5x37x55)/365x11= 1,26 ~ 2 baias, com 3,0 m2 cada. 
 
4.4. NÚMERO DE BAIAS GESTAÇÃO 
Dados: Nº Partos porca / ano (NP)= 2,5 partos; Período de ocupação (PO)= 91 dias; Nº 
de Porcas= 55; Nº de Porcas por grupo= 11. 
Cálculo: PGG: (2,5x91x55)/365x11 = 3,11 ~ 4 baias, com 3,0 m2 cada. 
 
4.5. NÚMERO DE BAIAS OU GAIOLAS CRECHE (CH) 
Dados: Nº partos porca/ano (NP)= 2,5; Período ocupação (PO)= 56; N° Porcas= 55; N° 
leitões desmamados/porca/parto = 11; N° Leitões / gaiola= 10; 
Cálculo: CH: (2,5x56x55x11)/365x10= 23,20 ~ 24 gaiolas, com 0,70 m2, cada. 
 
4.6. NÚMERO DE BAIAS DE CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO 
Dados: Nº partos porca/ano (NP) = 2,5; Período ocupação (PO)= 117; N° Porcas= 55; N° 
Leitões crescimento / porca / parto - 10,5 / gaiola= 20; 
Cálculo: CH: (2,5x117x55x10,5)/365x20= 23,13 ~ 24 gaiolas, com 1 a 1,20 m2, cada. 
 
4.7. NÚMERO DE BAIAS DO(S) REPRODUTOR(ES) 
Dados: Reprodutores = 3; 
Cálculo: Nº de Baias = 3 Baias 
 
 
10 
 
5. MANEJO DO REBANHO NAS DIVERSAS FASES DA CRIAÇÃO 
5.1. MANEJO DOS REPRODUTORES 
Os suínos reprodutores possuem uma grande importância na granja, pois irão 
agregar geneticamente no produto final do plantel, o leitão. Desse modo, deve-se dar a 
devida atenção, uma vez que são responsáveis pelo retorno econômico. Tais animais estão 
maduros sexualmente aos 6 meses de idade, entretanto, ao adquirir um reprodutor na 
granja, não se deve colocá-lo para cobrir a fêmea de imediato. Primeiramente, o cachaço 
deve passar por quarentena, a fim de observar a presença ou não de doenças. 
A sua linha de produção se dá inicialmente no período em que é adquirido, isso 
ocorre geralmente em torno dos 5 meses. Aos 6 meses, ele já estará maduro sexualmente, 
produzindo espermatozoides em uma quantidade significativa. Com isso, o macho irá 
passar por um treinamento de coleta de sêmen. A reprodução irá começar a partir dos 7 
meses, onde a produção de espermatozoides irá melhorar com o tempo. O tempo de um 
macho na granja vai depender muito da raça e de outros fatores, mas é em média 3 anos. 
Outro fator que é importante observar são os testículos, onde, quanto maior o 
tamanho dos testículos, maior será a produção de espermatozoides. Quando o animal está 
em treinamento, ele deve ser levado ao manequim no mínimo 3 vezes por semana, além 
do ambiente sempre estar higienizado. A alimentação deve ser uma ração própria para 
macho, de 2 a 2,5 kg, pois esse animal não pode estar com sobrepeso. Outro ponto é a 
vacinação, a tríplice viral, que atua contra os vírus da parvovirose, leptospirose e erisipela, 
deve ser dada juntamente com alguma outra vacina indicada pelo médico veterinário da 
granja. 
Com relação ao consume hídrico, a água deve ser de qualidade, com temperatura 
adequada, abaixo dos 20 ºC. Sua vazão deve ser de 2L por minuto, com a finalidade de 
estimular o seu consumo. Para que haja um conforto térmico para o animal, usa-se 
mecanismos, como telhas de cerâmica. As baias que os animais estão alojados possuem 
uma área em torno de 8 m², com piso áspero e não abrasivo, além de uma inclinação, a 
fim de escorrer dejetos e evitar acúmulo de urina e fezes para que não haja lesão no casco 
e nem descarte. Ademais, essas instalações devem permitir que a sua higienização seja o 
mais simples possível, para que não se torne um meio de transmissão de verminoses ou 
outras doenças no plantel. 
11 
 
5.2. MANEJO DAS MATRIZES 
Para que uma granja possua uma grande taxa de produtividade, ela precisa ter uma 
taxa de reposição anual de 40% a 50% do seu plantel. Existem duas formas de reposição: 
trazer matrizes que serão inseminadas ou reposição com a avó, ou seja, trazer uma fêmea 
para o rebanho que possui um padrão genético elevado. Ela seria inseminada e produziria 
a matriz, onde uma vantagem é a não entrada de muitos porcos, o que ajuda na sanidade. 
 A seleção da fêmea acontece desde o nascimento, com a avalição do peso, sendo 
assim fêmeas que nascem com menos de 1kg, que são desmamadas com menos de 4,5kg 
ou que possuem um baixo GPD (ganho de peso diário) na fase de creche não são 
adequadas para a produção, pois vão apresentar baixa produtividade. 
Nos momentos finais, avalia-se a quantidade de tetos viáveis, a conformidade da 
carcaça da fêmea e o aprumo. Ao chegarem na granja, as fêmeas deverão ir parauma 
quarentena, pois deve-se avaliar a presença ou não de doenças. As fêmeas serão alojadas 
em baias coletivas e terão comida e água. Na quarentena, além de testes sorológicos, terá 
o trabalho de adaptação, onde receberão vacinas e a pré-imunização. Após a quarentena, 
as porcas irão ser conduzidas para granja, onde irão para baias coletivas, com 10 fêmeas 
em cada. 
 
5.3. MANEJO DAS PORCAS NO CIO 
Após a quarentena, irá se trabalhar a indução da puberdade. Diariamente, duas 
vezes ao dia, um cachaço irá ser colocado na baia, para mostrar fêmeas no cio. Nunca se 
deve inseminar fêmeas no primeiro cio, é preciso que essa fêmea esteja no 3º ou 4º ciclo, 
a fim de já ter todo seu sistema reprodutivo evoluído. Além disso, a fêmea deve estar com 
acima de 130kg, para que ela possua um bom parto e uma vida produtiva na granja. 
 Para a detecção do cio, coloca-se o cachaço nas baias e o processo dura 10 
minutos e não é aconselhável que siga esse período de forma criteriosa, para que não 
cause estresse na fêmea e não ocorra acidentes. O macho irá interagir por meio do contato 
e quando uma fêmea demonstra uma aceitação do macho, deve-se ir até a fêmea e a 
estimular no flanco. Caso ela fique em estação e movimente as orelhas, é um indicativo 
de cio. Com isso, anota-se o cio que essa fêmea está, para que haja a organização dos 
lotes. 
12 
 
5.4. MANEJO DAS PORCAS PRÉ-GESTAÇÃO 
Para a primeira cobrição de uma fêmea, ela deve estar com um porte adequado e 
ser preparada com uma vacina reprodutiva. Aos 160 dias de idade, dá-se uma dose e o 
reforço aos 180 dias. As fêmeas só poderão ser cobertas com 7 meses de idade, para que 
haja o devido desenvolvimento do sistema reprodutor, e com 140kg de peso. 
Deve-se alimentá-la com ração e lactação nos 15 dias que antecedem a cobertura. 
Escolhe-se um reprodutor não tão pesado para não estressar a fêmea. Cobre-se 2 vezes 
em um dia e no dia seguinte apenas uma vez, com o mesmo reprodutor. A partir da 
cobertura, retira-se a ração e a lactação, para que haja uma alimentação restrita, com um 
1kg à 1,5kg de ração, por 26 dias. 
 
5.5. MANEJO DAS PORCAS EM GESTAÇÃO 
Os animais precisam estar devidamente em gaiolas que proporcionem bem-estar. 
O local deve ser arejado, com presença de água e alimentação à vontade. Quase 70% da 
vida da fêmea passa no período de gestação, logo é preciso de um conforto. É importante 
realizar um diagnóstico de gestação visual após 90 dias e aplicar as vacinas necessárias. 
Aqueles animais que estiverem com problemas, anota-se os sintomas e se trata 
com medicamentos receitados pelo médico veterinário. Deve-se atentar ao primeiro mês 
da gestação, uma vez que pode acontecer reabsorção embrionária ou repetições de cio. 
Também se deve estar atento ao último mês de gestação, pois pode acontecer abortos ou 
nascimentos de leitões natimortos ou mumificados. 
 
5.6. MANEJO DAS PORCAS PRÉ-PARTO 
O manejo começa 5 dias antes do parto, período em que a fêmea é transferida para 
a maternidade. Lá irá acontecer a maior taxa de crescimento fetal, além da adaptação da 
matriz no ambiente do parto e da lactação. É importante que haja a limpeza, a desinfecção 
e o vazio sanitário (em que se remove todos os animais do local, para higienização) da 
maternidade em cada 3 a 5 dias, a fim de manter a sanidade. Outro ponto importante nesse 
período é a adaptação alimentar, onde o tipo e a quantidade de ração irão afetar tanto na 
porca quanto no leitão, logo deve-se utilizar tabelas nutricionais fornecidas por um 
13 
 
nutricionista. A ambiência é extremamente importante, pois é importante que a fêmea 
esteja em sua zona de conforto. Pontos essenciais são garantir um aporte energético para 
a hora do parto, estimular a produção do colostro e aumentar o consumo de ração no pós-
parto. 
 
5.7. MANEJO MATERNIDADE 
A transferência das porcas para a maternidade deve ser feita sem estresse para o 
animal. Não se deve utilizar objetos pontiagudos e realizar esse processo nas horas mais 
brandas do dia, como o início da manhã e final da tarde. Realiza-se uma aclimatação para 
evitar a ocorrência de partos distócicos. 
Antes do parto, todo o material já deve estar todo organizado, com os 
medicamentos e seringas à disposição, além do veterinário estar devidamente equipado. 
A porca irá sinalizar o momento do parto, então, deve-se atentar a sinais como: edema de 
vulva, edema do aparelho mamário, a fêmea irá apresentar sinais de inquietação. Também 
pode acontecer a ejeção láctea ao se realizar uma massagem no úbere da matriz, o que 
indica que ela está a 6 horas de iniciar o seu parto. Caso a porca esteja quieta e 
apresentando a saída de um líquido sanguinolento, provavelmente ela estará a 1 hora do 
parto. 
Logo após ao parto, é essencial retirar o todo o líquido presente nas cavidades 
nasal e oral. Com isso, faz-se a amarração do umbigo. Dá-se um espaçamento de 3 cm da 
base do abdômen, pois caso ocorra novos sangramentos, haja espaço o suficiente para se 
realizar uma nova amarração. Depois é feita a desinfecção umbigo, onde se emerge o 
cordão até a base do abdômen para uma melhor ação do desinfetante. Após realizar todo 
esse procedimento, é feita a secagem do leitão para que ele não perca calor para o 
ambiente. Dessa forma, acompanha-se a primeira mamada. 
 
5.8. MANEJO DAS PORCAS EM LACTAÇÃO 
O manejo de porcas em lactação é um dos mais importantes no plantel, visto que 
a saúde da matriz reflete diretamente nas suas crias, que, nos primeiros dias de vida, 
necessitam exclusivamente da mãe para repor os nutrientes que os mesmos necessitam. 
Logo, as exigências energéticas de uma porca em lactação são consideravelmente maiores 
14 
 
do que uma matriz em gestação (KIRKWOOD & THACKER, 2001), pois, durante a 
lactação, uma porca produz aproximadamente 7,0 kg de leite/dia, atendendo às suas 
necessidades e de suas crias. 
O pico de produção de leite das fêmeas suínas ocorre por volta da terceira semana 
de lactação, e por isso, os cuidados com a alimentação devem ser mais rígidos, recebendo 
a ração em quantidade suficiente para suprir suas necessidades nutricionais. O que se é 
recomendado para as matrizes em lactação é um consumo médio de 8 kg de ração 
diariamente. Porém, o que acontece na prática é que a porca recebe apenas 5 kg de ração 
e o restante ela compensa com suas reservas de gordura corporal. 
Outros pontos que devem ser destacados durante essa fase de lactação, é assegurar 
um local quente (26ºC a 32ºC) e seco para os leitões, a fim de se evitar algum choque 
térmico do leitão e a consequente hipotermia dos recém-nascidos, auxiliar os leitões em 
sua primeira mamada, estimulando os menores a consumir o colostro, estimular o 
consumo de ração para as porcas com grandes leitegadas, acompanhar de perto a parição 
como forma de garantir a viabilidade dos recém-nascidos (uma parição normal dura em 
geral 2h 30m). Sendo importante ter um cuidado especial com as porcas de idade 
avançada, pois tendem a ter maiores problemas com parições muito longas (acima de 4h). 
Para isso, é preciso preparar a equipe para supervisionar de forma intensiva o parto, 
estimular mamadas regulares e atentar-se para o perigo de acidentes, como esmagamentos 
dos leitões. 
 
5.9. MANEJO DOS LEITÕES NA CRECHE 
O manejo dos leitões na creche ocorre após o desmame, variando de 21 a 28 dias, 
e é caracterizado como uma fase crítica para os tratadores e os leitões, já que os animais 
são separados da mãe, há a troca de ambiente, o reagrupamento com outros animais, 
formação de nova hierarquia, adaptação aos comedouros e bebedouros e a substituição ao 
leite materno, passando a se alimentar exclusivamente de ração. Por essas razões, os 
cuidados com os leitões devem ser redobrados, principalmente nos primeiros dias de 
creche, pois são muito importantes para evitar perdas e queda no desempenho. 
Primeiramente deve-se destacar o manejoseguindo o sistema "todos dentro todos 
fora" (entrada e saída de lotes fechados de leitões) para diminuir aparições de patógenos, 
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disponibilizar espaço suficiente para os leitões, considerando o tipo de baia e a quantidade 
de leitões que se deseja colocar, manter a temperatura interna próxima de 26°C durante 
os primeiros 14 dias e próxima de 24°C até a saída dos leitões da creche, controlando 
através de termômetro. Fornecer à vontade aos leitões, ração pré-inicial 2 do desmame 
até os 42 dias e ração inicial até a saída da creche, com peso médio mínimo dos leitões 
de 20 kg. Fornecer ração diariamente, não deixando nos comedouros ração úmida, velha 
ou estragada, pois pode-se tornar um meio de cultura para fungos e bactérias. O consumo 
diário de ração por leitão entre 5 e 10 kg de peso vivo é, em média, de 460 gramas. Entre 
10 e 20 kg de peso vivo deve ser estimulado o consumo de ração que em média é de 950 
gramas por animal/dia. 
No caso de eventuais surtos de diarreia ou doença do edema, retirar imediatamente 
a ração do comedouro e iniciar um programa de fornecimento gradual de ração até 
controlar o problema. Buscar auxílio técnico se persistirem os sintomas. Dispor de 
bebedouros de fácil acesso para os leitões, com altura, vazão e pressão corretamente 
regulados. Vacinar os leitões na saída da creche de acordo com a recomendação do 
programa. Monitorar cada sala de creche pelo menos 3 vezes pela manhã e 3 vezes pela 
tarde para observar as condições dos leitões, bebedouros, comedouros, ração e 
temperatura ambiente. Limpar as salas de creche, diariamente, com pá e vassoura. Lavar 
as salas de creche com baias suspensas, esguichando água, com lava jato de alta pressão 
e baixa vazão, no mínimo a cada 3 dias no inverno e a cada 2 dias nas demais estações do 
ano. Implementar ações corretivas com a maior brevidade possível quando for constatada 
qualquer irregularidade, especialmente problemas sanitários. Pesar e transferir para as 
baias de crescimento os leitões com idade entre 56 e 63 dias. 
 
5.10. MANEJO DOS LEITÕES EM CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO 
Essas são as duas últimas fases dos suínos, e seu sucesso depende diretamente de 
uma boa maternidade e creche. Nessa fase, os animais serão separados por grupos de 
idades e sexo, mantendo uma boa temperatura de 16-18°C, que vai depender de acordo 
com a fase do animal. Fornecer aos animais, à vontade, ração de crescimento até os 50 kg 
de peso vivo e ração de terminação até o abate e dispor de bebedouros de fácil acesso 
para os animais, com altura, vazão e pressão corretamente regulados. Monitorar cada sala 
de crescimento e terminação pelo menos 2 vezes pela manhã e 2 vezes pela tarde para 
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observar as condições dos animais, bebedouros, comedouros, ração e temperatura 
ambiente, afim de se evitar qualquer tipo de doença e microrganismos que podem afetar 
a população. Os bebedouros devem ser sempre limpos e possuir água boa, limpa e a 
vontade, se o bebedouro for do tipo cocho. Para os bebedouros do tipo bico, recomenda-
se visualizar se a água flui bem e que não esteja obstruído. Limpar as baias de crescimento 
e terminação diariamente com pá e vassoura, esvaziar e lavar semanalmente as calhas 
coletoras de dejetos, mantendo no fundo das mesmas, após a lavagem, uma lâmina de 5 
cm de água, de preferência reciclada. 
Sendo importante implementar nesse meio de produção em qualquer das etapas 
descritas ações corretivas com a maior brevidade possível, quando for constatada 
qualquer irregularidade, especialmente problemas sanitários. Fazer a venda dos animais 
para o abate por lote, de acordo com o peso exigido pelo mercado, pois assim é importante 
visualizar o score dos animais e sempre se atentar a um bom bem estar dos animais, para 
que eles possam evoluir rapidamente. E, por fim, observar o período de retirada de 
qualquer medicamento em uso antes de enviar os suínos para o abate. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Sendo assim, percebe-se que, ao pensar em criar um plantel de suínos, o produtor 
deve estar disposto a investir em um ambiente adequado, que garanta uma bom manejo 
sanitário, com instalações que favoreçam a sua produção e garanta um bom bem-estar 
animal, bem como saber que haverá gastos, especialmente para alimentação, visto que 
isso reflete cerca de 60 a 70% dos custos de uma propriedade. Além disso, possuir uma 
boa mão de obra que atenda todas as necessidades do plantel com um manejo correto para 
que se previna o surgimento de enfermidades dentro da granja, buscando sempre manter 
organizado todos os setores dentro da produção para que se tenha uma propriedade 
funcional e com sanidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. REFERÊNCIAS: 
 
AGROCERES MULTIMIX. Manejos na maternidade. Youtube. Data de publicação: 20 
de julho de 2021. 
CARDOSO, Lucas S. Custo de produção de suínos encerra 2022 ultrapassando os R$ 
8 por quilo vivo. Disponível em: <https://encurtador.com.br/pCLT9>. Acesso em: 09 de 
dezembro de 2023. 
CASTRO JR., F.G. Panorama da suinocultura Paulista. In: Porcicultura’96. 1996, 
Cuba. p.23. 
ELANCO SAÚDE ANIMAL. Manejo Pré parto da Matriz Suína. Youtube. Data da 
publicação: 17 de junho de 2021. 
MARIQUITO, Anna L. Manejo do macho suíno reprodutor. Disponível em: 
<https://www.cpt.com.br/artigos/manejo-do-macho-suino-reprodutor>. Acesso em: 9 de 
dezembro 2023. 
KIRKWOOD, R.N., THACKER, P.A. Feeding and Management of The Sow During 
Lactation. Saskatchewan – Agriculture and Food., 1999. Disponível em: 
<http://www.agr.gov.sk.ca/DOCS/livestock/pork/production_information/>. Acesso em 
09/12/2023. 
SOS SUINOS. SUINOCULTURA: Manejo Correto para a Primeira Cobertura das 
Marrãs. Youtube. Data da publicação: 15 de junho de 2020. 
VET PROFISSIONAL. Manejo de Porcas para Reprodução. Youtube. Data de 
publicação: 24 de junho de 2021.

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