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Kamilla Gonçalves de Melo Paz 
RA 1445608 
Processo Civil - FMU 
 
Atividade 1 
A vedação da assim denominada ‘decisão-surpresa’ encontra lastro no art. 10, do CPC/15, 
reforçando não apenas o direito ao contraditório, mas o dever de diálogo (ou consulta) do 
julgador para com as partes, o que também é uma decorrência do direito à colaboração 
processual. À luz dessas considerações, o aluno deverá examinar criticamente o seguinte julgado, 
proferido no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, identificando se ele está adequado ao 
dispositivo legal mencionado (art. 10, CPC/15) e aos conceitos de causa de pedir, pedido e 
fundamentação da decisão: 
“O "fundamento" ao qual se refere o art. 10 do CPC/2015 é o fundamento jurídico - circunstância 
de fato qualificada pelo direito, em que se baseia a pretensão ou a defesa, ou que possa ter 
influência no julgamento, mesmo que superveniente ao ajuizamento da ação - não se 
confundindo com o fundamento legal (dispositivo de lei regente da matéria). A aplicação do 
princípio da não surpresa não impõe, portanto, ao julgador que informe previamente às partes 
quais os dispositivos legais passíveis de aplicação para o exame da causa. O conhecimento geral 
da lei é presunção jure et de jure” (STJ – Quarta Turma, EDcl nos EREsp 1280825, rel. Min. MARIA 
ISABEL GALLOTTI, j. 27.6.2017) 
 
 
RESPOSTA: 
 
A petição inicial (PI) tem suas formalidades o legal fundamento, baseia-se no Art. 319 III do CPC, 
onde se trata que a petição inicial deverá indicar os fatos jurídicos nos pedidos. 
O juiz deferiu a decisão sem pitica das mesmas, isso se contrária ao Art. 10. “ o juiz não pode 
decidir, em grau alguma de jurisdição com base em fundamento em respeito do quão não se 
tenha dado as partes oportunidades de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre qual 
deveria decidir de ofício” ou seja, o juiz em qualquer decisão deverá ouvir as partes e os 
envolvidos. 
No caso mencionado acima, a petição inicial deve sim indicar o fato é os fundamentos jurídicos 
do pedido, ou seja, a causa de pedir conforme o Art 319,III do COC. Porém o juiz pode usar a 
fundamentação legal diferente das apresentadas pelas partes de decidir, já que o ordenamento 
jurídico permite se alinha ao “jure et de jure” mas que tenha acontecido o diálogo e oitava das 
partes. 
Por fim a participação das partes é fundamental para que possam ter a oportunidade de 
influenciar na decisão, de modo que sua melhor forma é assegurar o princípio do contraditório 
sendo o diálogo.

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