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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA Relatório da atividade prática: Circuito RC Irwin Lucca Gabriela Soares Dias Disciplina: Física Experimental: Eletromagnetismo Professor: Arthur Patrocínio Belo Horizonte, 19 de Junho de 2019. 1. INTRODUÇÃO Um circuito RC consiste, de forma simplificada, em um circuito composto por uma fonte, um resistor e um capacitor. O capacitor armazena cargas elétricas no campo, concentrando um desequilíbrio interno de carga: enquanto há corrente no circuito, cargas se acumulam nas placas do capacitor. De acordo com a definição de capacitância C de um capacitor, em cada instante essa carga é dada por: 𝑞 = 𝐶𝑉𝑎𝑏, em que 𝑉𝑎𝑏 é a tensão entre as placas naquele instante. Figura 1: Circuito RC O estudo de um circuito RC é executado da mesma forma que nos demais circuitos, considerando a lei das malhas: 𝜀 = 𝑅𝐼 + 𝑞 𝐶 . Nesta equação, Q é a carga do capacitor, e há duas incógnitas: a corrente I e a carga Q. A equação sozinha, porém, não é suficiente para descrever o circuito dado que, para isso, é necessária uma relação entre Q e I. Assim, pela própria definição de corrente (I = taxa de passagem de carga) pode-se escrever: 𝐼 = 𝑑𝑞 𝑑𝑡 , de modo que combinando as equações anteriores se obtêm: 𝜀 = 𝑅 𝑑𝑞 𝑑𝑡 + 𝑞 𝐶 (1) Quando a fonte deixa de alimentar o circuito com o capacitor carregado, mudam-se as circunstâncias: os elétrons da placa negativa do capacitor fluem para a placa positiva, criando uma corrente de sentido contrário àquela de carga. Esse processo é conhecido como descarga, e leva a seguinte equação: 𝑅 𝑑𝑞 𝑑𝑡 + 𝑞 𝐶 = 0, cuja solução pode ser escrita na forma: 𝑞(𝑡) = 𝑞0 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 (2) Em que 𝑞0 é a carga inicial armazenada no capacitor. O tempo de descarga (ou de carga) correspondente a t = RC é chamado de constante de tempo capacitiva do circuito e é, geralmente, representado por 𝜏𝑐. Figura 2: Circuito de descarga 2. OBJETIVOS Obter curvas de descarga de um capacitor em um circuito RC Determinar as constantes de tempo capacitivas dos circuitos analisados. 3. MATERIAL UTILIZADO Computador com interface para aquisição de dados Sensor de tensão Fios Capacitor (2,2mF) Dois resistores (300Ω e 10kΩ) Fonte de tensão (7VCC) Figura 3: Montagem utilizada 4. PROCEDIMENTOS Primeiramente, montou-se o circuito representado na Figura 3, escolhendo-se um dos resistores ao acaso. Então, colocou-se a fonte na posição de tensão mínima (dial girado completamente no sentido anti-horário), iniciando o processo de carga do capacitor, com a chave S na posição A. Em seguida, se iniciou o programa de gerenciamento do sistema automático de aquisição de dados, adequando a frequência da coleta de dados. Para isso, determinou-se a quantidade de medidas por unidade de tempo a serem realizadas, levando em conta os valores de R e C utilizados e a quantidade de pontos necessários para definir bem o gráfico. Após, estimou-se o tempo necessário para que a tensão fosse reduzida para cerca de um décimo de seu valor inicial, utilizando a equação (2). Logo, conectou-se o sensor de tensão nos terminais a e b do capacitor, ajustando a saída da fonte para uma tensão de cerca de 7V. Estando o capacitor carregado, iniciou-se o processo de descarga, desconectando a fonte do circuito e ligando o capacitor diretamente ao resistor, ou seja, colocando-se a chave S na posição B. Ao mesmo tempo, iniciou-se também a aquisição de dados e registrou-se no computador a queda de tensão do capacitor ao longo do tempo. Por fim, com os dados obtidos, traçou-se um gráfico com a curva de descarga V x t do circuito, e, posteriormente, ajustou-se essa curva para uma forma exponencial. Comparou-se o resultado experimental com o obtido pela equação (2), e repetiu-se o experimento com o outro resistor.
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