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16606620-assistencia-de-enfermagem-e-pacientes-com-alteracoes-da-funcao-cardiovascular-e-circulatoria-parte-i AULA 25-1

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SISTEMA DE ENSINO
CLÍNICA MÉDICA 
Assistência de Enfermagem e Pacientes 
com Alterações da Função Cardiovascular 
e Circulatória - Parte I
Livro Eletrônico
NATALE SOUZA
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade 
Estadual de Feira de Santana – em 1999; 
pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – 
Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, 
em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e 
mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura 
Municipal de Salvador e atua como Educadora/
Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – 
FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. 
Além disso, é docente em cursos de pós-
graduação e preparatórios para concursos há 16 
anos, ministrando as disciplinas: Legislação do 
SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde 
Pública e específicas de Enfermagem.
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Assistência de Enfermagem e Pacientes com Alterações da 
Prof.ª Natale Souza 
Função Cardiovascular e Circulatória - Parte I
Assistência de Enfermagem nos Agravos Clínicos – Doenças do Aparelho 
Circulatório – Parte I ...................................................................................4
1. Apresentação da Professora .....................................................................4
2. Revisão: Anatomia e Fisiologia Cardíaca .....................................................5
2.1. Exame Físico Cardíaco ..........................................................................7
3. Doenças Cardiovasculares ........................................................................9
3.1. Insuficiência Cardíaca ...........................................................................9
3.2. Angina do Peito ..................................................................................22
3.3. Síndrome Coronariana Aguda e Infarto Agudo do Miocárdio .....................32
3.4. Choque Cardiogênico ..........................................................................65
Referências Bibliográficas ..........................................................................68
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Prof.ª Natale Souza 
Função Cardiovascular e Circulatória - Parte I
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS AGRAVOS CLÍNICOS 
– DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO – PARTE I
1. Apresentação da Professora
Sou a Professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela Universidade Es-
tadual de Feira de Santana (UEFS) em 1999, pós-graduada em Saúde Coletiva pela 
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) em 2001, em Direito Sanitário pela 
Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ) em 2004 e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador, atuo 
como Educadora/Pesquisadora pela FIOCRUZ no Projeto Caminhos do Cuidado e há 
16 anos na docência em cursos de pós-graduação e preparatórios de concursos, 
ministrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de 
Saúde Pública e Específicas de Enfermagem.
Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos, pela editora Con-
cursos Psicologia; e Legislação do SUS – comentada e esquematizada –, 
pela editora Sanar. E, também, de capítulos nos seguintes livros: 1000 Questões 
Comentadas de Enfermagem, Editora Sanar; 1000 Questões Residências em 
Enfermagem, Editora Sanar; e estou em fase de finalização de mais três obras.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que saí da graduação, 
tanto como “concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em 12 concursos 
e seleções públicas. Apaixonei-me pela docência e hoje dedico meu tempo ao estu-
do dos conhecimentos específicos de Enfermagem, da legislação específica do SUS 
e aos milhares de profissionais que desejam ingressar em uma carreira pública.
Nesta aula, abordaremos o seguinte tema: Assistência de Enfermagem nas 
Doenças Cardiovasculares e Circulatórias – Parte 2 (ICC; Angina; SCA; IAM 
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e Choque Cardiogênico); de forma que você saiba o que realmente é cobrado 
nos certames do conteúdo. Fique atento(a) aos grifos e caixas de textos, além dos 
comentários das questões.
“Tudo é uma questão de manter: a mente quieta, espinha ereta e o co-
ração tranquilo...” (Walter Franco)
Bons estudos,
Natale Souza
2. Revisão: Anatomia e Fisiologia Cardíaca
O sistema cardiovascular é muito importante no nosso corpo e é um tema muito 
cobrado nas provas.
Vamos revisar alguns aspectos da anatomia e da fisiologia.
O Sistema Cardiovascular é formado pelo coração, pelo sangue e pelos va-
sos capilares. Ele é responsável por levar o oxigênio e os nutrientes para o corpo.
É importante frisar que você precisa aprender sobre as estruturas cardíacas 
tanto do lado esquerdo quanto do direito. Além disso, nesse aspecto, você deve 
saber as pegadinhas com relação à única artéria (pulmonar) que carrega sangue 
pobre em oxigênio e as únicas veias (pulmonares) que transportam sangue rico em 
oxigênio, pois são temas muito cobrados nas provas.
Observe a tabela abaixo que esclarece esses aspectos:
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Além disso, você precisará saber a sequência sobre o ciclo cardíaco. 
Observe o esquema abaixo:
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Observe que de azul estão os locais onde o sangue é pobre em oxigênio e em 
vermelho os locais onde o sangue é rico em oxigênio.
2.1. Exame Físico Cardíaco
O exame físico cardíaco consiste em realizar a inspeção, palpação e ausculta.
•	 Inspeção
Segundo o manual de propedêutica da USP, o exame físico cardiológico não se 
restringe à ausculta da região anterior do tórax.
Ao analisarmos o paciente como um todo, é possível perceber diversos sinais 
indicativos de alterações hemodinâmicas, vascular, da função cardíaca e valvar.
Uma inspeção generalizada ao longo da consulta pode revelar presença de fe-
bre, icterícia, cianose, palidez, busca por uma posiçãoque amenize uma dor to-
rácica, dificuldade para respirar (dispneia) em esforços habituais, dificuldade para 
respirar em decúbito (deitado – como ortopneia), distensão de veias jugulares ou 
pulso carotídeo visível (sinal das artérias dançantes), edema de membros inferio-
res, ascite, dentre outros. Um dos sinais mais importantes de disfunção cardíaca é 
a turgência da veia jugular interna, também designada estase jugular.
Todos esses sinais são complementares aos achados da ausculta cardíaca e são 
muito importantes para a determinação do diagnóstico.
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•	 Palpação
O mais importante da palpação cardíaca nesse momento é determinar a locali-
zação do ictus cordis (ápice do coração) e a presença dos pulsos.
Atenção ao ictus cordis:
Ictus Cordis: corresponde à propulsão do VE nas contrações (é a ponta do coração 
que bate na parede torácica). O ápice se encontra geralmente no 5º EI, sobre a 
linha hemiclavicular. Se for palpado mais para baixo ou mais para a esquerda, pode 
ser sugestivo de uma cardiomegalia (aumento do tamanho do coração). Observam-
-se também o diâmetro, amplitude e duração do ictus. Em pacientes com mamas 
grandes, obesidade, parede torácica muito musculosa ou com aumento do diâme-
tro anteroposterior do tórax, a palpação do ictus pode ser difícil.
Pulsos: deve ser analisado o pulso carotídeo, o radial, femoral, poplíteo e tibial do 
paciente. É importante observar a simetria dos pulsos (se um lado está igual ao ou-
tro), a intensidade e o ritmo (para tal, ausculte o coração segurando o pulso radial).
Alterações de ritmo ou intensidade são indicativos de arritmias e outras compli-
cações cardiológicas graves.
•	 Ausculta
Para auscultar o coração, é necessário conhecer os focos cardíacos, que são lo-
cais para ausculta:
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•	 foco aórtico: 2º EI, na borda esternal direita.
•	 foco pulmonar: 2º EI, na borda esternal esquerda.
•	 foco aórtico acessório: 3º EI na borda esternal esquerda.
•	 foco tricúspide: 4º,5º EI na borda esternal esquerda.
•	 foco mitral: 5º EI, na linha hemiclavicular.
Fonte: http://medifoco.com.br/ausculta-cardiaca-os-batimentos-cardiacos/
3. Doenças Cardiovasculares
3.1. Insuficiência Cardíaca
Insuficiência cardíaca (IC), algumas vezes designada como IC congestiva, resul-
ta de distúrbios cardíacos estruturais ou funcionais que comprometem a capacida-
de de enchimento ou de ejeção de sangue dos ventrículos.
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A IC é uma síndrome clínica caracterizada por sinais e sintomas de sobrecarga hí-
drica ou de perfusão tissular inadequada.
O mecanismo subjacente da IC envolve o comprometimento das proprieda-
des contráteis do coração (disfunção sistólica) ou de seu enchimento (disfunção 
diastólica), que leva a um débito cardíaco inferior ao normal. O baixo débito 
cardíaco pode levar a mecanismos compensatórios, que causam elevação da carga 
de trabalho sobre o coração e resistência ao enchimento do coração (BRUNNER e 
SUDDARTH, 2016).
Para Brunner e Suddarth (2016):
A IC é uma condição progressiva e permanente, cujo manejo consiste em mudanças no 
estilo de vida e uso de medicamentos com o objetivo de evitar episódios de IC descom-
pensada aguda. Esses episódios caracterizam-se por aumento dos sintomas, diminuição 
do débito cardíaco (DC) e baixa perfusão.
Ainda de acordo com os autores supracitados, a IC resulta de uma variedade de 
condições cardiovasculares, incluindo:
•	 hipertensão arterial crônica;
•	 doença arterial coronariana; e
•	 doença valvar.
Essas condições podem resultar em insuficiência cardíaca sistólica, insuficiência 
cardíaca diastólica ou ambas. Várias condições sistêmicas (p. ex., insuficiência renal 
progressiva e hipertensão arterial não controlada) podem contribuir para o desen-
volvimento da insuficiência cardíaca e sua gravidade (BRUNNER e SUDDARTH,2016).
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A Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD) é uma das principais causas de in-
ternações hospitalares em todo o mundo, sendo responsável por grande parte dos 
gastos com saúde pública. Dados epidemiológicos indicam que a incidência de in-
suficiência cardíaca (IC) está aumentando progressivamente, sobretudo em idosos 
(VILAS-BOAS, 2006).
Segundo Tavares e cols. (2004), a Organização Mundial de Saúde definiu que 
a insuficiência cardíaca é uma das prioridades entre as enfermidades crônicas que 
necessitam de atenção dos setores de saúde em todo o mundo. Apesar dos pro-
gressos médicos, a prevalência da doença aumentou nas últimas 5 décadas e, ain-
da hoje, a mortalidade pode ultrapassar 50% em 5 anos, a partir do momento do 
seu diagnóstico.
Segundo os dados do Sistema Único de Saúde, tivemos cerca de 398 mil inter-
nações por insuficiência cardíaca no ano de 2000 com 26 mil mortes. Essas interna-
ções correspondem a mais de 30% das internações e consumiram 33% dos gastos 
com doenças do aparelho circulatório, tornando-se a primeira causa de internação 
de pacientes > 65 anos no SUS. Estima-se que em 2025 o Brasil possua a sexta 
maior população de idosos do mundo, aproximadamente 30.000.000 pessoas, ou 
15% da população total, e que a insuficiência cardíaca será a primeira causa de 
morte por doença cardiovascular no mundo (Tavares e cols., 2004).
Vilas-Boas (2006) afirma que existem duas importantes apresentações clínicas da 
ICD, que também precisam ser definidas, uma vez que merecem atenção especial:
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1) edema agudo de pulmão: caracterizadopor rápido aumento da pressão 
capilar pulmonar, levando a um aumento de líquido nos espaços intersticiais e 
alveolares dos pulmões, causando dispneia intensa e repentina em repouso.
2) choque cardiogênico: caracterizado por grave hipotensão arterial (pressão 
sistólica < 90 mmHg ou 30% abaixo dos níveis basais) durante pelo menos 
30 minutos, com sinais de hipoperfusão tecidual e disfunção orgânica (ta-
quicardia, palidez, extremidades frias, confusão mental, oligúria e acidose 
metabólica) de fundo cardíaco.
3.1.1. Manifestações Clínicas
Os sinais e os sintomas de IC podem estar relacionados com o ventrículo afe-
tado. A IC esquerda (insuficiência ventricular esquerda) causa manifestações di-
ferentes da IC direita (insuficiência ventricular direita). Na IC crônica, os clientes 
podem apresentar sinais e sintomas de insuficiência ventricular tanto esquerda 
quanto direita.
3.1.2. Insuficiência Cardíaca Esquerda
•	 Precede, mais frequentemente, a insuficiência cardíaca direita; 
•	 Congestão pulmonar: dispneia, tosse, estertores pulmonares e baixos níveis 
de saturação de oxigênio; uma bulha cardíaca extra, a B3, ou “galope ventri-
cular” é, possivelmente, detectada à ausculta;
•	 Dispneia aos esforços (DE), ortopneia, dispneia paroxística noturna (DPN);
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•	 Tosse, inicialmente seca e não produtiva; pode tornar-se úmida com o passar 
do tempo;
•	 Grandes quantidades de escarro espumoso, que algumas vezes é rosado 
(tinto de sangue);
•	 Estertores bibasilares que progridem para estertores difusos em todos os 
campos pulmonares; 
•	 Perfusão tissular inadequada;
•	 Oligúria e nictúria;
•	 Com a progressão da IC: alteração da digestão; tontura, vertigem, confusão, 
inquietação e ansiedade; a pele é pálida ou acinzentada e fria e pegajosa;
•	 Taquicardia; pulso fraco e filiforme; fadiga.
3.1.3. Insuficiência Cardíaca Direita
• 
•	 Congestão das vísceras e tecidos periféricos;
•	 Edema dos membros inferiores (edema dependente), hepatomegalia (aumen-
to do fígado), ascite (acúmulo de líquido na cavidade peritoneal), anorexia, 
náuseas, fraqueza e ganho de peso provocados por retenção de líquido.
3.1.4. Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD)
Vilas-Boas (2006) afirma que existem duas importantes apresentações clínicas da 
ICD, que também precisam ser definidas, uma vez que merecem atenção especial:
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•	 edema agudo de pulmão: caracterizado por rápido aumento da pressão 
capilar pulmonar, levando a um aumento de líquido nos espaços intersticiais e 
alveolares dos pulmões, causando dispneia intensa e repentina em repouso.
•	 choque cardiogênico: caracterizado por grave hipotensão arterial (pressão 
sistólica < 90 mmHg ou 30% abaixo dos níveis basais) durante pelo menos 
30 minutos, com sinais de hipoperfusão tecidual e disfunção orgânica (taqui-
cardia, palidez, extremidades frias, confusão mental, oligúria e acidose meta-
bólica) de fundo cardíaco.
3.1.5. Diagnóstico
•	 Sinais e sintomas de edema pulmonar e periférico;
•	 Avaliação da função ventricular;
•	 Ecocardiograma, radiografia de tórax, eletrocardiograma (ECG);
•	 Exames laboratoriais: eletrólitos séricos, ureia, creatinina, hormônio tireoes-
timulante (TSH), hemograma completo, peptídio natriurético cerebral (BNP) 
e exame de urina de rotina;
•	 Prova de esforço, cateterismo cardíaco.
3.1.6. Tratamento e Manejo Clínico
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As metas globais do manejo da IC consistem em aliviar os sintomas do cliente, melhorar 
o estado funcional e a qualidade de vida, e prolongar a sobrevida. As opções de trata-
mento variam de acordo com a gravidade da condição do cliente e podem incluir me-
dicamentos orais e IV, mudanças importantes no estilo de vida, oxigênio suplementar, 
implante de dispositivos de assistência e abordagens cirúrgicas (incluindo transplante 
cardíaco). As recomendações relativas ao estilo de vida incluem restrição do sódio na 
dieta; evitar o consumo excessivo de líquidos, bebida alcoólica e tabagismo; redução do 
peso, quando indicado; e exercício regular.
Segundo os autores supracitados, a terapia farmacológica, consiste em: iso-
ladamente ou em combinação, terapia vasodilatadora (inibidores da enzima con-
versora de angiotensina [ECA]), bloqueadores dos receptores de angiotensina II 
(BRA), betabloqueadores selecionados, bloqueadores dos canais de cálcio, terapia 
com diuréticos, glicosídios cardíacos (digitálicos) e outros medicamentos:
•	 infusões IV;
•	 medicamentos para disfunção diastólica;
•	 possivelmente, anticoagulantes, medicamentos que controlem a hiperlipide-
mia (estatinas).
3.1.7. Assistência de Enfermagem
Segundo Brunner e Suddarth, o papel do enfermeiro no cuidado ao paciente 
com Insuficiência Cardíaca se baseia em:
•	 registrar distúrbios do sono em decorrência de dispneia, bem como o número 
de travesseiros usados para dormir;
•	 atentar para a ocorrência de edemas, sintomas abdominais, alteração do es-
tado mental, atividades da vida diária e atividades que produzem fadiga;
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•	 auscultar os pulmões para detectar estertores e sibilos. Documentar a frequ-
ência e a profundidade das respirações;
•	 auscultar à procura de uma bulha cardíaca B3 (sinal de que o coração está 
começando a falhar); documentar a frequência e o ritmo cardíacos;
•	 avaliar o sensório e o nível de consciência (NC);
•	 examinar as partes dependentes do corpo do cliente quanto à perfusão e 
existência de edema; avaliar o fígado quanto ao refluxo hepatojugular; ava-
liar distensão venosa jugular;
•	 medir o equilíbrio hídrico para detectar a existência de oligúria ou anúria; 
pesar diariamente o cliente.
Questão 1 (2010/IF-RJ/IF-RJ) Estes sinais estão relacionados ao quadro clínico de 
insuficiência cardíaca esquerda, EXCETO
a) as extremidades frias.
b) a dispneia.
c) o pulso filiforme.
d) a ascite.
e) o edema agudo de pulmão.
Letra d.
A congestão de vísceras é uma das principais características da IC à direita.
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Questão 2 (2014/FCC/TRT–16ª REGIÃO) Uma das indicações ao paciente com 
sintomas de insuficiência cardíaca em repouso é colocá-lo na posição
a) dorsal horizontal.
b) de Fowler.
c) prona.
d) de litotomia.
e) de Kraske.
Letra b.
A insuficiência cardíaca congestiva é a incapacidade cardíaca de bombear sangue 
suficiente para atender às necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes, devi-
do à falência das fibras musculares, que leva a impulsionar menos quantidade de 
sangue, diminuindo o débito cardíaco. O tratamento inclui repouso, controle de 
fatores agravantes, tratamento de arritmias primárias ou secundárias, diuréticos, 
digitálicos, e terapia vasodilatadora. Dessa forma, o paciente deve ser colocado em 
posição Fowler para contribuir com o retorno venoso e melhora da respiração.
Questão 3 (2014/IDECAN/CNEN) Cansaço, falta de ar, edema de membros infe-
riores, hepatomegalia, ascite, palpitação, palidez cutânea, sudorese fria, fadiga, 
fraqueza e dispneia paroxística noturna, são sinais e sintomas da seguinte doença:
a) Asma.
b) Angina.
c) Pneumonia.
d) Trombose venosa profunda.
e) Insuficiência cardíaca congestiva.
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Letra e.
A insuficiência cardíaca congestiva é a incapacidade cardíaca de bombear sangue 
suficiente para atender às necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes, devido à 
falência das fibras musculares, que leva a impulsionar menos quantidade de sangue, 
diminuindo o débito cardíaco, levando o paciente a apresentar os sintomas citados.
Questão 4 (2015/VUNESP/HCFMUSP) A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndro-
me clínica de altíssima complexidade no que tange tanto à sua fisiopatologia quan-
to ao seu tratamento. Sobre essa síndrome, assinale a alternativa correta.
a) Dentre as causas de reinternação nos pacientes com diagnóstico de Insuficiên-
cia Cardíaca, a maioria destas não pode ser prevenida.
b) Modalidades de tratamento não-farmacológico não contribuem para a melhora 
do cuidado ao paciente com IC.
c) Em pacientes com IC e que apresentam função renal normal, não há necessida-
de de controle da ingesta hídrica.
d) A congestão pulmonar é uma das principais complicações desta síndrome, 
por essa razão, os diuréticos fazem parte do tratamento, uma vez que aliviam os 
sintomas.
e) Os antiarrítmicos de classe I são a primeira opção no tratamento da IC quando 
comparados com os betabloqueadores.
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Letra d.
O tratamento da IC inclui eliminação dos fatores de risco nos estágios iniciais (es-
tilo de vida, controle da hipertensão e diabetes), bloqueadores beta adrenérgicos, 
inibidores de ECA (promovem a vasodilatação e diurese) e diuréticos, esses últimos 
aliviam os sintomas da congestão, não só pulmonar.
Questão 5 (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Sabe-se que a educação, na insufi-
ciência cardíaca (IC), que envolve terapia complexa e alterações no estilo de vida, 
traz um impacto importante sobre a qualidade de vida dos seus portadores e de sua 
família. Em relação ao assunto, assinale a alternativa correta.
a) Uma educação bem feita acerca da IC não exige acompanhamento permanente 
por parte da equipe de saúde.
b) A visita domiciliar focada na educação em ambiente extra hospitalar não tem 
mostrado resultados satisfatórios no manejo de pacientes portadores de IC.
c) A monitoração por telefone, também focada na educação em ambiente extra 
hospitalar, não tem demonstrado resultados satisfatórios no manejo de pacientes 
portadores de IC.
d) Do ponto de vista das instituições de saúde, uma intervenção por meio do aten-
dimento em grupo multiplicaria a capacidade de acompanhamento dos pacientes, 
com proporcional aumento dos custos.
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e) Os principais pesquisadores na área de IC reconhecem e estimulam a explora-
ção de outros caminhos que melhorem os resultados pretendidos no tratamento 
farmacológico e não farmacológico da IC.
Letra e.
O tratamento da IC envolve, além do cuidado hospitalar e medicamentoso, medi-
das para mudanças de hábitos e apoio familiar.
Segundo Brunner e Suddarth (2016):
As metas globais do manejo da IC consistem em aliviar os sintomas do cliente, melhorar 
o estado funcional e a qualidade de vida, e prolongar a sobrevida. As opções de trata-
mento variam de acordo com a gravidade da condição do cliente e podem incluir me-
dicamentos orais e IV, mudanças importantes no estilo de vida, oxigênio suplementar, 
implante de dispositivos de assistência e abordagens cirúrgicas (incluindo transplante 
cardíaco). As recomendações relativas ao estilo de vida incluem restrição do sódio na 
dieta; evitar o consumo excessivo de líquidos, bebida alcoólica e tabagismo; redução do 
peso, quando indicado; e exercício regular.
Questão 6 (2017/CONSULPLAN/TRF–2ª REGIÃO) Segundo Smeltzer (2005), a in-
suficiência cardíaca congestiva “é a incapacidade do coração de bombear sangue 
suficiente para satisfazer às necessidades de oxigênio e nutrientes dos tecidos”. São 
cuidados de enfermagem indicados para os indivíduos portadores desta doença:
a) Estimular a hidratação, promover ambiente calmo e tranquilo, estimular o re-
pouso prolongado no leito, oferecer dieta livre.
b) Controle hídrico, promover restrição hídrica, promover ambiente calmo e tran-
quilo, estimular a prática de atividade física de maior intensidade
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c) Controle hídrico, promover restrição hídrica, pesar o paciente diariamente, ofe-
recer dieta hipossódica, promover ambiente calmo e tranquilo.
d) Estimular a hidratação,promover ambiente calmo e tranquilo, estimular a prá-
tica de atividade física de maior intensidade, observar o aparecimento de sinais e 
sintomas de intoxicação medicamentosa.
Letra c.
Segundo Brunner e Suddarth, o papel do enfermeiro no cuidado ao paciente com 
Insuficiência Cardíaca se baseia em:
•	 registrar distúrbios do sono em decorrência de dispneia, bem como o número 
de travesseiros usados para dormir; 
•	 atentar para a ocorrência de edemas, sintomas abdominais, alteração do es-
tado mental, atividades da vida diária e atividades que produzem fadiga;
•	 auscultar os pulmões para detectar estertores e sibilos. Documentar a frequ-
ência e a profundidade das respirações;
•	 auscultar à procura de uma bulha cardíaca B3 (sinal de que o coração está 
começando a falhar); documentar a frequência e o ritmo cardíacos;
•	 avaliar o sensório e o nível de consciência (NC);
•	 examinar as partes dependentes do corpo do cliente quanto à perfusão e 
existência de edema; avaliar o fígado quanto ao refluxo hepatojugular; ava-
liar distensão venosa jugular;
• medir o equilíbrio hídrico para detectar a existência de oligúria ou anúria; pe-
sar diariamente o cliente.
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3.2. Angina do Peito
A angina de peito é uma sí ndrome clínica caracterizada por paroxismos de dor 
ou sensação de pressão na região anterior do tórax. A causa consiste em fluxo san-
guíneo coronariano insuficiente, resultando em aporte inadequado de oxigênio para 
atender à demanda do miocárdio (BRUNNER e SUDDARTH,2016).
Segundo os autores supracitados, a fisiopatologia da doença é caracterizada:
Em geral, a angina resulta de doença cardíaca aterosclerótica e está́ associada a obs-
trução significativa de uma artéria coronária principal. O miocárdio normalmente extrai 
muito oxigênio da circulação coronariana. Quando há́ bloqueio em uma artéria coroná-
ria, o fluxo não pode ser aumentado para suprir a maior demanda do miocárdio, e a 
consequente isquemia provoca dor anginosa.
Os fatores que afetam a dor anginosa incluem:
•	 esforço físico;
•	 exposição ao frio;
•	 ingestão de refeição pesada;
•	 estresse ou qualquer situação passível de provocar emoção, aumentando a 
pressão arterial, a frequência cardíaca e a carga de trabalho do miocárdio.
A angina instável não apresenta associação rigorosa com os fatores citados e pode 
ocorrer em repouso.
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3.2.1. Manifestações Clínicas
•	 A dor varia desde a sensação de indigestão leve até sensação de sufocação 
ou de peso na parte superior do tórax; a intensidade pode incluir desde des-
conforto até dor agonizante. O cliente com diabetes melitus pode não sentir 
dor intensa com a angina;
•	 A dor pode ser acompanhada de apreensão intensa e sensação de morte 
iminente;
•	 Com frequência, é retroesternal, de localização profunda no tórax, 
atrás do terço superior ou médio do esterno;
•	 O desconforto é mal localizado e pode irradiar-se para o pescoço, a mandíbu-
la, os ombros e a face interna dos braços (geralmente no braço esquerdo);
•	 A dor pode ser acompanhada de sensação de fraqueza ou dormência nos 
braços, punhos e mãos, bem como dispneia, palidez, sudorese, tontura ou 
desorientação e náuseas ou vômitos. Pode ocorrer ansiedade com a angina;
Uma característica importante da angina é que ela cede com a remoção da causa 
precipitante ou administração de nitroglicerina.
Fatores que desencadeiam episódios de angina:
•	 esforço físico súbito ou excessivo;
•	 exposição ao frio;
•	 tabagismo;
•	 refeições pesadas;
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•	 peso excessivo;
•	 alguns medicamentos de venda livre, tais como anorexígenos, descongestio-
nantes nasais ou que aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial;
• situações que provocam estresse ou emoção.
3.2.2. Tipos de Angina
3.2.2.1 Angina estável
Caracteriza-se por uma isquemia transitória, em pessoas que já têm algum tipo 
de aterosclerose coronariana parcial, e que, em alguns momentos, pode piorar e 
causar sintomas.
Os principais sintomas são:
•	 sensação de aperto ou queimação na região do peito que dura cerca de 5 a 10 
minutos, e que pode irradiar para o ombro, braço ou pescoço;
•	 geralmente os sintomas são desencadeados por esforço ou momentos de 
grande emoção, e melhoram com o descanso ou com medicamentos vasodi-
latadores, para aumentar o fluxo de sangue.
3.2.2.2. Angina Instável
Considerada mais grave que a angina estável, é causada por uma obstrução 
maior da oxigenação do coração, devido a um rompimento e inflamação da placa 
de aterosclerose e, por isso, provoca sintomas mais intensos e constantes.
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Os principais sintomas são:
•	 dor, aperto ou queimação na região do tórax, que dura mais que 20 minutos, 
que também irradia para locais próximos e pode estar associada a outros sin-
tomas como enjoo, suor e falta de ar.
3.2.2.3. Angina Prinzmetal
Caracteriza-se pelo espasmo da coronária, mesmo em pessoas sem acúmulo de 
gordura ou outros tipos de estreitamentos, não tendo uma causa esclarecida.
Os principais sintomas são:
•	 dor ou aperto de forte intensidade, que ocorrem mesmo em repouso e melho-
ram aos poucos, espontaneamente, após alguns minutos. Também é comum 
surgir durante o sono ou logo pela manhã.
3.2.3. Diagnóstico
Para Brunner e Suddarth (2016), o diagnóstico é realizado por meio de:
•	 avaliação das manifestações clínicas da dor e da história da saúde do cliente;
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•	 alterações no eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações, prova de esforço, 
exames de sangue(incluindo biomarcadores cardíacos);
•	 ecocardiograma, cintigrafia ou procedimentos invasivos, tais como cateteris-
mo cardíaco e angiocoronariografia.
3.2.4. Tratamento e Manejo Clínico
Os objetivos do manejo clínico da angina consistem em diminuir a demanda de 
oxigênio do miocárdio e em aumentar o aporte de oxigênio. Clinicamente, esses 
objetivos são alcançados por meio de terapia farmacológica e controle dos fatores 
de risco (BRUNNER e SUDDARTH, 2016).
Em consonância com os autores supracitados, o tratamento farmacológico ba-
seia-se em:
•	 nitratos, que constituem o tratamento padrão (nitroglicerina);
•	 bloqueadores beta-adrenérgicos (metoprolol e atenolol);
•	 bloqueadores dos canais de cálcio, antagonistas dos íons cálcio (anlodipino e 
diltiazem);
•	 antiplaquetários e anticoagulantes (ácidoacetilsalicílico, clopidogrel, prasugrel;
•	 heparina não fracionada ou de baixo peso molecular, agentes que atuam na 
glicoproteína [GP] IIb/IIIa [abciximabe, tirofibana, eptifibatida]);
•	 oxigenoterapia.
3.2.5. Assistência de Enfermagem
Em consonância com os autores supracitados, a assistência de enfermagem 
deve basear-se em:
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•	 agir imediatamente caso o cliente se queixe de dor ou sintomas prodrômicos 
sugestivos de isquemia cardíaca, incluindo sensação de indigestão ou náuse-
as, sufocação, peso, fraqueza ou dormência nos membros superiores, disp-
neia ou tontura;
•	 orientar o cliente para interromper todas as atividades e sentar-se ou repou-
sar no leito em uma posição de semi-fowler, para reduzir as necessidades de 
oxigênio do miocárdio isquêmico;
•	 medir os sinais vitais e observar a existência de sinais de angústia respiratória;
•	 obter um ECG de 12 derivações e colocar o cliente sob monitora- mento car-
díaco contínuo;
•	 administrar nitroglicerina por via sublingual e avaliar a resposta do cliente 
(repetir até três doses);
•	 administrar oxigenoterapia se a frequência respiratória do cliente estiver au-
mentada, ou se houver diminuição no nível de saturação de oxigênio;
•	 se a dor for significativa e contínua após essas intervenções, avaliar o cliente 
de modo mais minucioso para IAM agudo e, possivelmente, transferi-lo para 
uma unidade de maior complexidade.
Questão 7 (2013/FGV/TJ-AM) A angina de peito é uma síndrome clínica comu-
mente caracterizada por episódios ou paroxismos de dor ou pressão na região 
anterior do tórax. Os sintomas variam de acordo com o tipo de angina, podendo 
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ir desde um desconforto até a dor agonizante. A dor em repouso, possivelmente 
causada pelo vasoespasmo da artéria coronária, é característica da
a) angina estável.
b) angina Instável.
c) angina refratária.
d) angina Prinzmetal.
e) isquemia silenciosa.
Letra d.
Filho e Cols (2008) afirmam que: a Angina de Prinzmetal foi descrita em 1959, sen-
do caracterizada por ataques recorrentes de dor precordial ao repouso associados 
à elevação transitória do segmento S-T.
Questão 8 (2011/NOSSO RUMO/PREFEITURA DE MAIRINQUE–SP) Com relação à 
angina de peito, assinale a alternativa correta.
a) A manifestação principal e mais comum da isquemia miocárdica é o início tardio 
de dor torácica.
b) Os principais fatores de risco compreendem o uso do tabaco, hipertensão, níveis 
de lipídios sanguíneos diminuídos, história familiar de doença cardiovascular tardia 
e sexo masculino.
c) Esforço físico, que pode precipitar uma crise ao aumentar a demanda miocárdi-
ca de oxigênio é um dos fatores associados à dor anginosa típica.
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d) Exposição ao frio pode causar vasodilatação e uma diminuição da pressão ar-
terial, aumentando a demanda de oxigênio e sendo considerado um fator de risco 
para a dor anginosa.
e) A angina de peito refere-se em geral a dor que é produzida pela isquemia mio-
cárdica. Dificilmente está relacionada à aterosclerose coronariana significativa.
Letra c.
Os fatores que afetam a dor anginosa incluem:
•	 esforço físico;
•	 exposição ao frio;
•	 ingestão de refeição pesada;
• estresse ou qualquer situação passível de provocar emoção, aumentando a 
pressão arterial, a frequência cardíaca e a carga de trabalho do miocárdio.
Questão 9 (2016/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO–RJ/TBG) Paciente que apre-
senta queixa de dor, queimação ou sensação de pressão na região do tórax indica 
a ocorrência da seguinte doença:
a) edema agudo de pulmão
b) endocardite
c) angina pectoris
d) miocardite
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Letra c.
Segundo Brunner e Suddarth (2016): a angina de peito é uma síndrome clínica 
caracterizada por paroxismos de dor ou sensação de pressão na região anterior 
do tórax.
Questão 10 (2011/COMPERVE/UFRN) A síndrome clínica que, em geral, se carac-
teriza por episódios ou paroxismos de dor ou pressão na região anterior do tórax é
a) a insuficiência cardíaca congestiva.
b) o infarto agudo do miocárdio.
c) a angina do peito.
d) o choque cardiogênico.
Letra c.
Segundo Brunner e Suddarth (2016): a angina de peito é uma síndrome clínica carac-
terizada por paroxismos de dor ou sensação de pressão na região anterior do tórax.
Questão 11 (2016/CESGRANRIO/UNIRIO) Trata-se de uma obstrução aguda, não 
totalmente oclusiva no sistema coronariano. Antes de obter o acesso venoso, ad-
ministre nitroglicerina sublingual.
Diante dessa prescrição médica, o enfermeiro concluiu que o paciente apresentava 
o seguinte problema de saúde:
a) varizes esofagianas
b) síndrome de Steve & Johnson
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c) reação alérgica grave
d) angina instávele) tuberculose pulmonar
Letra d.
De acordo com a Diretrizes de doença coronariana crônica angina instável (2014):
Os benefícios terapêuticos dos nitratos estão relacionados com os seus efeitos na circu-
lação periférica e coronária. O seu efeito venodilatador, diminuindo o retorno venoso ao 
coração e o volume diastólico final do VE, reduz o consumo de oxigênio pelo miocárdio. 
Adicionalmente observam-se efeitos de vasodilatação de artérias coronárias, normais 
ou ateroscleróticas, redirecionamento de fluxo intercoronariano, com aumento da cir-
culação colateral e inibição da agregação plaquetária. Além do efeito sintomático, os 
nitratos agem reduzindo a congestão pulmonar, principalmente pela redução do retorno 
venoso sistêmico.
Questão 12 (2005/CESPE/TRT–16ª REGIÃO) Os cuidados de enfermagem incluem 
as seguintes orientações a serem prestadas, ainda no ambulatório ou durante a 
alta hospitalar, ao portador de angina pectoris, excluindo-se seus familiares: man-
ter-se em repouso ao início da dor, evitar ingestão excessiva de cafeína, não usar, 
sem prescrição médica, comprimidos para emagrecer, descongestionantes nasais 
ou outros medicamentos, evitar o fumo, reorganizar os hábitos de vida.
Errado.
O cuidado ao paciente portador de angina deve incluir os familiares.
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3.3. Síndrome Coronariana Aguda e Infarto Agudo do 
Miocárdio
A síndrome coronariana aguda (SCA) é uma situação de emergência, caracteri-
zada por início agudo de isquemia miocárdica, que resulta em morte do miocárdio 
(i. e., infarto agudo do miocárdio [IAM]) se intervenções efetivas não forem reali-
zadas imediatamente. (Embora os termos oclusão coronariana, ataque cardíaco e 
infarto agudo do miocárdio sejam empregados como sinônimos, a melhor designa-
ção é infarto agudo do miocárdio (BRUNNER e SUDDARTH, 2016).
O espectro da SCA abrange:
•	 a angina instável;
•	 o IAM sem elevação do segmento T (IMSEST); e
•	 o IAM com elevação do segmento T (IMEST.
FISIOPATOLOGIA
Na angina instável, ocorre redução do fluxo sanguíneo em uma artéria coronária, 
frequentemente em decorrência da ruptura de uma placa aterosclerótica. Um coá-
gulo começa a se formar, mas a artéria não está totalmente ocluída. Trata-se de 
uma situação aguda que pode resultar em dor torácica e outros sintomas, sendo, 
algumas vezes, designada como angina pré-infarto, visto que o cliente, provavel-
mente, sofrerá IAM se não forem efetuadas intervenções imediatas.
No IAM, a ruptura da placa e a formação subsequente de trombo resultam em oclu-
são completa da artéria, levando a isquemia e necrose do miocárdio suprido por 
essa artéria. Outras causas de IAM incluem:
• vasospasmo (constrição ou estreitamento súbito) de uma artéria coronária;
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• diminuição do suprimento de oxigênio (p. ex., em consequência de perda 
aguda de sangue, anemia ou hipotensão arterial) e;
• demanda aumentada de oxigênio (p. ex., em decorrência de uma frequência 
cardíaca rápida, tireotoxicose ou ingestão de cocaína).
Em cada um desses casos, existe profundo desequilíbrio entre o aporte e a deman-
da de oxigênio do miocárdio. A área de infarto desenvolve-se no decorrer de poucos 
minutos a várias horas; a expressão “tempo é músculo” reflete a urgência do tra-
tamento apropriado para melhorar o resultado do cliente.
Um IAM pode ser definido pelo tipo, pela localização da lesão na parede ventricular 
(parede anterior, inferior, posterior ou lateral) ou pelo momento no tempo durante 
o processo do infarto (agudo, em evolução, antigo).
Fonte: Brunner e Suddarth (2016)
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3.3.1. Manifestações Clínicas da SCA
Segundo o NESCON, a descrição clássica da dor torácica na SCA é de dor, des-
conforto, queimação ou sensação opressiva localizada na região precordial 
ou retroesternal, que irradia para o ombro e/ou braço esquerdo, braço 
direito, pescoço ou mandíbula, acompanhada frequentemente de diafore-
se, náuseas, vômitos ou dispneia.
A dor pode durar alguns minutos e ceder, como nos casos de angina instável, ou 
mais de 30 min, como nos casos de infarto agudo do miocárdio. Por outro lado, o 
paciente pode também apresentar uma queixa atípica, como mal-estar, indigestão, 
fraqueza ou apenas sudorese, sem dor.
Dor torácica do IAM maior que 30 minutos de duração.
O IAM pode acontecer sem manifestar a dor típica em idosos, mulheres e portado-
res de diabetes. Veremos isso com mais detalhes.
De acordo com os autores supracitados, os sinais e os sintomas de IAM não 
podem ser diferenciados daqueles da angina instável – daí a evolução do termo 
síndrome coronariana aguda.
•	 O principal sintoma de apresentação consiste em dor torácica, que surge su-
bitamente e que continua, apesar do repouso e da medicação;
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•	 Alguns clientes apresentam sintomas prodrômicos ou têm diagnóstico prévio 
de doença arterial coronariana (DAC); todavia, cerca de 50% não relatam 
sintomas prévios;
•	 O cliente pode apresentar uma combinação de sintomas, incluindo dor toráci-
ca, falta de ar, indigestão, náuseas e ansiedade;
•	 O cliente pode ter pele fria, pálida e úmida; a frequência cardí aca e a fre-
quência respiratória podem ser mais rápidas do que o padrão normal. Esses 
sinais e sintomas, que são causados pela estimulação do sistema nervoso 
simpático, podem estar presentes apenas durante um curto período de tempo 
ou podem persistir.
3.3.2. Conceitos das Síndromes Coronarianas Agudas (SCA)
Síndrome Coronária Aguda (SCA) é um conjunto de sinais e sintomas relaciona-
dos à obstrução de uma artéria coronária, conforme a imagem abaixo:
Fonte: http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/coracao/doenca-isquemica-do-coracao/
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As síndromes coronarianas agudas decorrem principalmente de ruptura da pla-
ca e obstrução de uma das artérias coronarianas: direita e os ramos da esquerda.
Como já foi descrito anteriormente, a Angina é uma dor torácica isquêmica que 
pode se manifestar de várias formas e tempo de duração. Na literatura, podemos 
ter a angina estável quando a dor é relacionada com um esforço físico maior ou a 
angina instável e pode ocorrer a qualquer momento, inclusive no repouso. Além 
desses tipos de angina (estável e instável), temos a angina de Prinzmetal, que tem 
correlação com a vasoconstricção por vasoespasmo coronariano, o que pode ocor-
rer inclusive com uso de drogas.
Quando ocorre a angina é um sinal de má perfusão coronariana e o paciente 
precisa passar por uma investigação diagnóstica para evitar a complicação: o IAM. 
É necessário fazer exames específicos como o cateterismo cardíaco e, se necessá-
rio, a angioplastia.
Questão 13 (EBSERH/AOCP/2015) O infarto agudo do miocárdio possui como uma 
de suas principais características
a) o acometimento principalmente de homens com menos de 45 anos.
b) a elevação rapidamente das enzimas hepáticas.
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c) a dor leve e com menos de 10 minutos de duração.
d) o fato de a pressão diastólica sempre se elevar a níveis superiores a 180 mmHg.
e) a existência de oclusão de uma artéria ou ramo de coronária.
Letra e.
a) Errada. O fator de risco para IAM é para homens maiores de 45 anos e não 
menores.
b) Errada. As enzimas são cardíacas e não hepáticas.
c) Errada. No infarto, a dor é forte e perdura por mais de 30 min.
d) Errada. É a pressão diastólica que pode apresentar valores maiores que 180 
mmHg e não a diastólica, e, mesmo assim, não é sempre.
3.3.3. Classificação da SCA
Segundo Brunner e Suddarth (2016), a SCA, conforme a alteração no eletrocar-
diograma (ECG), é dividida em dois grandes grupos: SCA sem elevação de seg-
mento ST (SCAsSST) e SCA com elevação do segmento ST (SCAcSST).
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A elevação do segmento ST é detectada por meio do exame de ECG. Mas lem-
bre-se que o ECG pode estar normal e o paciente apresentar o IAM. Para fechar o 
diagnóstico do IAM, além do ECG, é necessário avaliação clínica (sinais e sintomas) 
e as enzimas cardíacas (troponinas, CK-MB, mioglobina).
3.3.4 Fatores de Risco para SCA
Durante o atendimento de emergência, é importante identificar os fatores de 
risco para SCA com objetivo de quantificar a possibilidade de ser um IAM. Quanto 
maior o número de fatores de risco, maior a chance de a dor precordial ser um IAM.
Confira comigo esses fatores de risco:
Fatores de risco da SCA incluem: idade, diabetes, hipertensão, obesidade, tabagis-
mo, colesterol elevado, sedentarismo e histórico familiar, esses fatores de risco devem 
ser questionados no atendimento à dor torácica (BRUNNER e SUDDARTH, 2016).
Questão 14 (FCC/ TRF /4ª REGIÃO/2010) As síndromes coronarianas agudas têm 
como fatores predisponentes
a) a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão e o diabetes.
b) o acidente vascular encefálico, a trombose venosa profunda, a hipertensão e o 
diabetes.
c) o sedentarismo, a taquisfigmia, a idade e o sexo.
d) a obesidade, a taquisfigmia, o tabagismo e a dislipidemia.
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e) o acidente vascular encefálico, a dislipidemia, o sedentarismo e a hipertensão 
arterial.
Letra a.
Não são fatores de risco para a SCA: AVC, TVP, taquisfigmia.
Questão 15 (CONSULPLAN/TRF 2ª REGIÃO/2017) “Paciente, 55 anos, chega ao 
serviço com quadro de dor no peito irradiada para o braço esquerdo; relata ter 
HAS, DM e dislipidemia.” Dentre as doenças mais comuns no Brasil e no mundo, 
assinale, a seguir, a doença apresentada pelo paciente e a mais prevalente.
a) Osteocondrite.
b) Broncopneumonia.
c) Aneurisma cerebral.
d) Infarto agudo do miocárdio.
Letra d.
Observe a importância de associar os fatores de risco com o diagnóstico do IAM nas 
emergências.
3.3.5. Manifestações Clínicas do IAM
O IAM altera vários sistemas do nosso corpo, manifestando sintomas importan-
tes, vamos diferenciá-los por grupos:
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1) cardiovasculares: palpitação, o início recente de sopro, distensão venosa 
jugular e alterações do ECG;
2) respiratórias: dispneia, taquipneia e estertores (se o IAM tiver causado 
congestão pulmonar);
3) gastrintestinais: náuseas e vômitos;
4) geniturinários: redução do débito urinário;
5) cutâneos: pele fria, pegajosa, sudoreica e pálida (devido à estimulação sim-
pática);
6) neurológicos: ansiedade, inquietação e tonturas.
Questão 16 (UFMA/2016) São sinais e sintomas mais característicos de um infarto 
agudo do miocárdio (IAM):
a) Dor precordial, sudorese, sede e torpor
b) Dor torácica, tontura, sudorese, hipotensão arterial e vômito
c) Hipotensão arterial, anorexia, torpor e sede
d) Dor epigástrica e precordial, tontura, sudorese, náuseas e vômito
e) Hipertensão, vômito, sudorese e torpor.
Letra d.
Observe os sintomas do IAM típico: dor torácica persistente importante, especialmente 
associada à sudorese e à dispneia, e instabilidade hemodinâmica. Náuseas e vômito 
podem estar presentes. Estão errados os seguintes sintomas: sede, torpor, anorexia.
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Questão 17 (PREFEITURA DO RJ/2016) Dor torácica que ocorre de forma repen-
tina e contínua, acompanhada de dispneia, náuseas, vômitos,sudorese e palidez, 
são manifestações clínicas da seguinte doença:
a) estenose mitral
b) infarto agudo do miocárdio
c) estenose aórtica
d) endocardite infecciosa
Letra b.
Dor torácica contínua, associada à dispneia, náuseas e vômito, é sinal de IAM.
Questão 18 (AOCP/2016/EBSERH) Paciente do sexo masculino, 54 anos, chegou 
acompanhado de seu filho, apresentando-se pálido, com sudorese e náuseas. Quei-
xava-se de dor precordial de forte intensidade irradiando para o pescoço, dor epi-
gástrica e dispneia. O paciente possivelmente estava com um quadro de
a) edema pulmonar agudo.
b) trombose venosa profunda.
c) derrame pleural.
d) choque hipovolêmico.
e) infarto agudo do miocárdio.
Letra e.
Observe que muitas questões estão cobrando os sinais e sintomas do IAM, então 
memorize: dor, desconforto, queimação ou sensação opressiva localizada na região 
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precordial ou retroesternal, que irradia para o ombro e/ou braço esquerdo, braço 
direito, pescoço ou mandíbula, acompanhada frequentemente de diaforese, náuse-
as, vômitos ou dispneia.
Questão 19 (IBFC EBSERH 2016) São sinais clínicos da Síndrome Coronariana 
Aguda (SCA):
a) Náuseas, vômitos, claudicação intermitente e cianose
b) Febre, dispneia, claudicação intermitente e palidez cutânea
c) Dor precordial, sudorese, claudicação intermitente e queimação epigástrica
d) Dispneia, sudorese, vômitos e febre
e) Dor precordial, sudorese, dispneia e náuseas
Letra e.
Lembre-se que não são sinais de SCA a febre, a claudicação intermitente e a cianose.
3.3.6. Manifestações Atípicas do IAM
É importante destacar que, em alguns casos, as manifestações do IAM podem 
ser atípicas e sem dor, o que ocorre com pacientes idosos e portadores de diabetes. 
A SBC reforça que são características de risco para manifestação atípica de IAM:
• idosos;
• sexo feminino;
• diabetes mellitus;
• insuficiência cardíaca;
• pacientes que usam marcapasso.
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Questão 20 (FCC/TRT 20ª REGIÃO/2016) Durante um episódio de Infarto Agudo 
do Miocárdio – IAM em idosos, mulheres e diabéticos a dor torácica pode não estar 
presente. Estes pacientes podem apresentar-se, nesse quadro denominado equi-
valente isquêmico, com
a) paraplegia e hipertermia.
b) taquipneia e disúria.
c) tosse produtiva e paraplegia.
d) dispneia e erisipela periférica.
e) náusea e/ou vômitos e palpitações.
Errado.
Nos pacientes mulheres, idosos e diabéticos, ocorre o infarto de forma atípica, po-
dendo manifestar náusea e/ou vômitos e palpitações.
3.3.7. Diagnóstico de IAM
O diagnóstico do IAM é clínico com a manifestação dos sintomas, associado com 
os fatores de risco e confirmação com a realização das enzimas cardíacas e do ele-
trocardiograma (ECG).
Vamos conhecer as alterações do ECG no paciente com IAM?
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3.3.7.1. Alterações do Eletrocardiograma (ECG) e o IAM
Dentre as atribuições da equipe de enfermagem, está a realização do ECG, e 
você sabe para que serve esse exame e como identificar o IAM por meio dessa aná-
lise da atividade elétrica cardíaca?
O ECG é o registro da atividade elétrica do coração. A onda P representa a ati-
vidade elétrica dos átrios, enquanto a onda QRS representa a despolarização dos 
ventrículos e a onda T a repolarização ventricular, conforme imagem abaixo:
Fonte: http://www.uff.br/fisio6/aulas/aula_10/topico_09.htm
As isquemias miocárdicas podem ser demostradas por alterações do ECG. Mas, 
antes de abordarmos essas alterações, vamos entender as derivações e sua relação 
com os eletrodos. Atenção nesse aspecto.
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Para realizar o ECG, é necessário conhecer as derivações e onde colocar 
os eletrodos, cada derivação representa uma área do coração e tem corre-
lação com a artéria que nutre aquele segmento cardíaco.
Observe as derivações periféricas:
DI – braço direito e braço esquerdo,
DII – braço direito e pé,
DIII – braço esquerdo e pé,
aVF – eletrodo explorador do pé,
aVL – eletrodo explorador do braço esquerdo, e
aVR – eletrodo explorador do braço direito.
Essas derivações periféricas são captadas com os eletrodos colocados nos mem-
bros superiores e inferiores:
Fonte: http://enfermeirotoni.blogspot.com.br/2013/05/eletrocardiograma.html
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As derivações precordiais são:
V1 – Quarto espaço intercostal linha para esternal direita;
V2 – Quarto espaço intercostal linha para esternal esquerda;
V3 – Entre V2 e V4;
V4 – Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular;
V5 – Quinto espaço intercostal linha axilar anterior;
V6 – Quinto espaço intercostal, linha axilar média.
Observe na imagem abaixo as derivações percordiais:
Fonte: http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/books/livro5/cap/fig01-43.htm
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Questão 21 (FCC/TRT 3ª REGIÃO/2015) No eletrocardiograma há três tipos de 
derivações: bipolares, unipolares periféricase unipolares torácicas. Constitui uma 
derivação unipolar torácica e a respectiva posição do eletrodo.
a) aVF: eletrodo explorador no membro superior esquerdo.
b) DII: eletrodos situados entre o braço direito e a perna esquerda e o eletrodo 
explorador na extremidade da perna esquerda.
c) V1: eletrodo no 2º espaço intercostal esquerdo, próximo ao esterno.
d) V4: eletrodo no 5º espaço intercostal sobre a linha média clavicular esquerda.
e) aVR: eletrodo explorador no membro superior direito.
Letra d.
a) Errada, aVF é uma derivação unipolar e representa o eletrodo explorador do pé.
b) Errada, DII é bipolar entre o braço direito e o pé.
c) Errada, V1 é uma derivação unipolar resultado da colocação do eletrodo no 4º 
espaço intercostal ao lado do externo à direita.
e) Errada, aVR eletrodo explorador do braço direito.
DICA
A letra “a” de aVR, aVF e aVL significa absoluto, o po-
tencial elétrico é em apenas um ponto – absoluto. A 
letra “D” da derivação DI, DII e DIII significa “diferença 
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de potencial”; como é diferença logo é bipolar, porque 
precisa de dois pontos para fazer a diferença.
Vamos agora entender a correlação entre o ECG e o IAM?
Quando uma derivação está apresentando supra ou infradesnivelamento do seg-
mento ST ou inversão de onda T, sabemos que determinada artéria está obstruída 
e que a parte específica do coração está com isquemia tecidual.
Essa correlação poderemos acompanhar por meio da tabela abaixo:
Localização da 
isquemia
Derivações Artérias
Anterior Ântero – septal V2 e V3
Anterior V2, V3 e V4
Anterior extenso V1 a V6
DA – descendente anterior 
(ramo da coronária E)
Lateral Lateral V5 e V6
Lateral alto DI e aVL
Cx – Circunflexa 
(ramo da Coronária E)
Posterior V7 e V8 Cx ou CD – coronária direita
Inferior DII, DIII e aVF CD
VD V3R e V4R CD
Fonte: Eliane Cintra – Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo
Para diagnóstico correto da dor torácica, é necessária a realização de um ECG, 
que deve ser realizada o mais precoce possível (ideal até 10 minutos) e pela técnica 
de 12 derivações, a interpretação do ECG deve ser feita por médico ou profissio-
nal de saúde treinado, segundo informações do último Guidiline, 2015 da AHA.3
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Questão 22 (UFMT/2017) Em relação às Síndromes Coronarianas Agudas (SCA) e 
à realização do Eletrocardiograma (ECG) pré-hospitalar e sua interpretação, con-
forme as Diretrizes da AHA (2015), assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O ECG pré-hospitalar de 6 derivações deve ser realizado imediatamente em pa-
ciente com suspeita de SCA.
b) Os profissionais treinados não médicos podem fazer a interpretação do ECG 
para determinar se o traçado mostra evidências de Infarto Agudo do Miocárdio com 
Supra ST (IAMST).
c) Pode-se utilizar a interpretação assistida do ECG por computador em conjunto 
com a interpretação de um médico ou profissional treinado para reconhecer o In-
farto Agudo do Miocárdio com Supra ST (IAMST).
d) A notificação do hospital receptor e/ou ativação pré-hospitalar do laboratório de 
hemodinâmica deve ocorrer para todos os pacientes com IAMST que tenham sido 
identificados no ECG pré-hospitalar.
Letra a.
O ECG é de 12 derivações.
Questão 23 (SESA/IBFC/2016) Paciente DSC, 78 anos, sexo feminino, foi admi-
tido na Unidade de Emergência com dor torácica. Foi realizado eletrocardiograma 
(ECG) da paciente, conforme figura abaixo, que indica:
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a) Supradesnivelamento do segmento ST.
b) Infradesnivelamento do segmento ST.
c) Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP).
d) Inversão da Onda T.
Letra b.
As alterações do IAM no ECG podem se manifestar com supra ou infradesnivela-
mento do segmento ST, além disso pode manifestar inversão de onda T.
Questão 24 (IBFC/EBSERH/2016) O infarto agudo do miocárdio e a angina instá-
vel caracterizam a síndrome coronariana aguda. A figura abaixo representa uma 
das alterações eletrocardiográficas encontrada nessa síndrome, denominada.
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a) Supradesnivelamento do segmento ST
b) Infradesnivelamento do segmento ST
c) Fibrilação ventricular
d) Inversão da Onda T
e) Taquicardia ventricular
Letra d.
Dentre as manifestações eletrocardiográficas do IAM, encontram-se o supra ou in-
fradesnível de ST e inversão de onda T. Nessa figura, a inversão de onda T é nítida, 
sendo o gabarito da questão. Mas observe que a onda Q também está presente e 
de grande proporção que indica um infarto antigo associado.
Como vimos, o ECG padrão é formado por 12 derivações, seis do plano frontal (I, 
II, III, aVR, aVL, aVF) e seis do plano horizontal (V1, V2, V3, V4, V5 e V6). Deri-
vações adicionais podem ser empregadas em certas situações, como as precor-
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diais direitas (principais: V3R, V4R) e as chamadas derivações posteriores (V7-V9). 
Essas derivações diferentes servem para avaliar infarto de ventrículo direito e infar-
to de parede posterior.
3.3.8. Manejo Clínico
Segundo Brunner e Suddarth (2016), as metas do manejo clínico consistem em 
minimizar a lesão do miocárdio, preservar a função miocárdica e evitar complica-
ções, como arritmias letais e choque cardiogênico.
•	 O manejo inicial inclui oferta de oxigênio suplementar, ácido acetilsalicílico, 
nitroglicerina e morfina;
•	 Reperfusão por meio do uso emergencial de medicamentos trombolíticos ou 
intervenção coronariana percutânea (ICP);
•	 Reduzir a demanda de oxigênio do miocárdio e aumentar o suprimento de 
oxigênio com o uso de medicamentos, administração de oxigênio e

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