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ESTUDO DE CASO - CLINICA MÉDICA - AVCH (1)

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UNIVERSIDADE NILTON LINS
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM
ESTUDO DE CASO: 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCH).
MANAUS
2020
ANDREZA DUTRA ROCHA 
FERNANDA ELLEN PONTES BRITO
JUNIO VIEIRA NUNES 
POLLYANA MERGULHÃO DE CASTRO 
RAYSSA SOUSA DOS SANTOS 
STHEFFANY DA SILVA PINHEIRO
ESTUDO DE CASO: 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCH).
Estudo de caso apresentado para obtenção de nota parcial do Estágio curricular II em Clínica Médica referente ao Curso de Graduação em Enfermagem, pela Universidade Nilton Lins. Ministrado pela preceptora e enfermeira: Sandra Bacelar da Silva.
Preceptora: Enfª. Sandra Bacelar da Silva
MANAUS
2020
RESUMO
O acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) se caracteriza por rompimento de um vaso sanguíneo cerebral, podendo se manifestar como hemorragia intracerebral ou subaracnóide. Tem prognóstico pior e maior mortalidade em relação ao isquêmico e conforme extensão do sangramento pode ocorrer morte encefálica (ME). A ME é estabelecida como condição irreversível das funções respiratórias, circulatórias, do encéfalo e tronco encefálico. AVC hemorrágico é a forma menos comum da doença (15%-20% dos casos). O acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) se caracteriza pelo sangramento em uma parte do cérebro, em consequência do rompimento de um vaso sanguíneo. Objetivo deste estudo de caso é relatar a aplicação do processo de enfermagem em uma paciente com diagnostico de AVCH. Estudo de caso realizado ao Hospital Pronto Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, dado o início dia 27 de novembro 2020, durante o estágio curricular de clínica médica, sob orientação da Enf° preceptora Sandra Bacelar. A coleta de dados foi realizada a partir da avaliação dos sinais vitais da paciente e de prontuário eletrônico. Para a seleção dos diagnósticos de enfermagem, intervenções e resultados foram utilizadas, respectivamente, as taxonomias NANDA-I, NOC e NIC. Resultados: Paciente feminina, 19 anos, deu entrada no HPS João Lúcio dia 11/11/2020 para avaliação com neurocirurgião. Realizado dia 02/12/2020 o laudo do exame angiografia cerebral digital com conclusão de malformação artério-venosa occipital direita com drenagem venosa superficial e profunda.
Palavras-chave: Estudo de caso, Acidente vascular cerebral hemorrágico, cuidados de enfermagem. 
ABSTRACT
Hemorrhagic stroke (HCV) is characterized by a rupture of a cerebral blood vessel, which can manifest itself as intracerebral or subarachnoid hemorrhage. It has a worse prognosis and higher mortality compared to the ischemic one and, depending on the extent of the bleeding, brain death (BD) may occur. BD is established as an irreversible condition of respiratory, circulatory, brain and brain functions. Hemorrhagic stroke is the least common form of the disease (15% -20% of cases). Hemorrhagic stroke (HCV) is characterized by bleeding in one part of the brain, as a result of the rupture of a blood vessel. The objective of this case study is to report the application of the nursing process in a patient diagnosed with HCV. Case study carried out at Hospital Pronto Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, given the beginning on November 27, 2020, during the internship of medical clinic, under the guidance of Nurse Preceptor Sandra Bacelar. Data collection was performed based on the assessment of the patient's vital signs and electronic medical records. For the selection of nursing diagnoses, interventions and results, the NANDA-I, NOC and NIC taxonomies were used, respectively. Results: A 19
-year-old female patient was admitted to the HPS João Lúcio on 11/11/2020 for evaluation with a neurosurgeon. On 02/12/2020 the report of the digital cerebral angiography exam with conclusion of the right occipital arteriovenous malformation with superficial and deep venous drainage was performed.
Keywords: Case study, Hemorrhagic stroke, nursing care.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Diferença de AVC isquêmico e AVC hemorrágico...........................................10
Figura 2 Características sociodemográficas de ocorrência dos óbitos com causa básica classificada como AVC segundo a investigação em 60 cidades, Brasil, 2017................14
LISTA DE TABELA
Tabela 2 Exames paciente M. G. D.................................................................................19
Tabela 2 Eletrocardiograma (ECG)................................................................................20
Tabela 3 Laudo de angiografia cerebral digital...............................................................20
Tabela 4 Cuidados solicitados pela equipe médica.........................................................21
Tabela 5 Lista de Medicamentos.....................................................................................21
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLA
AVCH	Acidente vascular cerebral Hemorrágico
AVC-NE	 acidente vascular cerebral não especificado
HAS	Hipertensão Arterial Sistêmica
HPS	Hospital Pronto Socorro 
IM	Via Intramuscular
MAV	Malformação Arteriovenosa
SC	Via Subcutânea
SES-A	Munidade da Secretaria Estadual de Saúde 
SNC	Sistema Nervoso Central 
UTI	Unidade de Tratamento Intensivo 
VE	Via Endovenosa
VO	Via Oral 
SUMÁRIO
HISTÓRICO DA UNIDADE	2
1 INTRODUÇÃO	2
2 AVCH/ FISIOPATOLOGIA	2
2.1 Exames Necessários no AVCH devem ser feitos:	2
2.2 Diagnóstico	2
2.3 Tratamento	2
2.4 Prevenção	2
3 PROCESSO DE ENFERMAGEM	2
3.1 Identificação do Paciente	2
3.2 Queixa Principal (QP):	2
3.3 História da Doença Atual (HDA):	2
3.4 História Pregressa:	2
3.5 Histórico Familiar (HF):	2
3.6 História Social (HS):	2
3.6 Exame Físico	2
4 EXAMES REALIZADOS	2
5 MEDICAMENTOS UTILIZADOS	2
6 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE)	2
7 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM	2
CONCLUSÃO	2
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS	2
HISTÓRICO DA UNIDADE
O Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, unidade da Secretaria Estadual de Saúde (SES-AM) foi inaugurado em 25 de setembro de 1998. O pronto-socorro funciona 24 horas, todos os dias da semana, e é referência estadual no atendimento de urgência e emergência na área de neurocirurgia, localizado em Manaus no estado do Amazonas, situado na Av. Cosme Ferreira, 3937 – Coroado. A unidade possui 210 leitos, distribuídos entre as áreas de Clínica Cirúrgica, Clínica Médica, Ortopedia, Neurocirurgia, Cirurgia Geral, Vascular, Buco-Maxilo, Gastroenterologia, Urologia, Cirurgia Plástica e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). 
O Hospital conta com uma equipe multiprofissional composta por médicos especialistas em diversas áreas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, técnicos de Radiologia, técnicos de laboratório, entre outros. Possui também convênios, para estágio curricular não remunerado, com instituições de ensino federais, estaduais e privadas.
Atualmente o HPS Dr. João Lúcio Pereira Machado é dirigido pelo diretor Silvio Romano.
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo de caso foi coletado pelos acadêmicos de enfermagem do 10° período da universidade Nilton Lins, no dia 27 de novembro 2020, no HPS Dr. João Lúcio Pereira Machado, durante o estágio curricular de clínica médica, sob orientação da Enf° preceptora Sandra Bacelar. O estudo tem como intuito aprimorar o conhecimento dos acadêmicos acerca da assistência de enfermagem prestada a paciente em estudo. 
O presente relato retrata acerca de uma paciente jovem, internada em uma enfermaria de clínica medica devido a um quadro de Acidente vascular cerebral Hemorrágico (AVCH).
Conhecendo o paciente e sua patologia na qual busca por tratamentos, desenvolveu o estudo presente para melhor conhecimento das enfermidades sistêmica e agressiva que quando não tratada eleva-se de grau causando maiores complicações podendo gerar até óbito.
Tendo em vista a qualidade de um atendimento especializado e de forma sistêmica, onde atende o cliente de forma clara, sabendo dos cuidados a serem tomados para a eficácia do tratamento,o enfermeiro dentro deste contexto é muito importante nos pontos de avaliação, prevenção e tratamento, o mesmo deve estar sempre atualizado e capacitado sobre os mais diversos tipos de tratamento e técnicas de educação em saúde para desenvolver um cuidado humanizado, acolhedor e que possua adesão satisfatória dos pacientes.
A paciente estudada encontrava-se no leito, acompanhada de sua genitora, consciente e comunicativa. Para fins de coleta de dados, foi realizada a anamnese, o exame físico, a coleta de dados no prontuário, sites e artigos. Por fim, foi discutido os diagnósticos de enfermagem e as prescrições para realização da sistematização da assistência de enfermagem. Para dessa forma, ser apresentado. Todas as atividades relacionadas ao estudo de caso foram supervisionadas pela Enf° preceptora Sandra Bacelar. 
2 AVCH/ FISIOPATOLOGIA 
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a doença que mais mata os brasileiros, sendo a principal causa de incapacidade no mundo. Aproximadamente 70% das pessoas não retornam ao trabalho após um AVC devido às sequelas e 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia a sai. Apesar de atingir com mais frequência indivíduos acima de 60 anos, o AVC pode ocorrer em qualquer idade, inclusive nas crianças. O AVC vem crescendo cada vez mais entre os jovens, ocorrendo em 10% de pacientes com menos de 55 anos e a Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization) prevê que uma a cada seis pessoas no mundo terá um AVC ao longo de sua vida (SBDCV, 2020).
Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Classicamente o AVC é dividido em dois subtipos (SBDCV, 2020).
AVC isquêmico: E a Forma mais comum da doença (80%-85% dos casos). Ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular (MARRONE, et al, 2013).
AVC hemorrágico: E a forma menos comum da doença (15%-20% dos casos). O acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) se caracteriza pelo sangramento em uma parte do cérebro, em consequência do rompimento de um vaso sanguíneo. Pode ocorrer para dentro do cérebro ou tronco cerebral (acidente vascular cerebral hemorrágico intraparenquimatoso) ou para dentro das meninges (hemorragia subaracnóidea) (Hospital Israelita Albert Einstein, 2020).
Figura 1 Diferença de AVC isquêmico e AVC hemorrágico.
 
Fonte: http://www.sbdcv.org.br/publica_avc.asp
No AVCH ocorre um extravasamento de sangue dentro do cérebro. Os tipos mais comuns de AVC hemorrágico são: Hematoma intracerebral: Neste tipo de AVC hemorrágico, o sangramento acontece dentro do tecido cerebral, levando a condições de maior pressão dentro do cérebro e edema / inchaço das estruturas locais. Estes mecanismos levam à lesão neurológica. A causa mais comum dos hematomas intracranianos é por picos de hipertensão arterial não controlada (quando a pessoa tem pressão alta que não é controlada); outras causas menos comuns são sangramentos por uso de medicações, por malformações arteriovenosas e outras causas. Hemorragia subaracnóidea: Este tipo é mais comumente relacionado ao vazamento de sangue intracerebral devido à ruptura de um aneurisma intracraniano. O sintoma mais frequente é a cefaleia súbita muito intensa, que costuma dar mal-estar e bastante dor, às vezes com desmaios na hora da dor. A dor súbita deste tipo de AVC é exatamente a hora em que ocorre a ruptura do aneurisma (MIRANDA, 2020).
Todo AVCH começa de repente, de forma súbita e sem avisar, e é muito frequente haver dor de cabeça intensa, ou mal súbito, com convulsões ou até mesmo desmaio e coma na hora do sangramento intracraniano. Não existe AVCH que começa com sintomas lentamente aparecendo em horas ou dias, ou semanas. Todo ele começa de um minuto para o outro. Ou então a pessoa pode acordar com o sintoma, tendo ido dormir normal e tendo acordado com os problemas. Os sinais sintomas mais frequentes são: (MIRANDA, 2020).
· Dor de cabeça. Este é um dos sintomas mais comuns no AVCH, principalmente no provocado por ruptura de aneurismas cerebrais. Quando o AVC provoca dores na cabeça, geralmente são dores diferentes das dores habituais que o indivíduo já sentiu – a dor costuma ser súbita e muito forte, algumas vezes levando até mesmo a mal-estar, desmaio ou coma seguindo a dor. (MIRANDA, 2020).
· Desvio da boca (a boca fica “torta”) para um lado do rosto. Geralmente a pessoa ou o seu familiar percebe esta alteração no rosto do indivíduo, e a própria vítima do AVC percebe a fala diferente, mais enrolada, ou até mesmo saída de saliva pelo lado mais fraco. Quando alguém pede para a vítima mostrar os dentes ou sorrir, a paralisia do rosto fica mais evidente. (MIRANDA, 2020).
· Paralisia de um lado do corpo, ou do rosto. Pode se desenvolver subitamente, atingindo em maior ou menor grau o braço, ou perna, ou o lado todo do rosto e corpo. A pessoa percebe fraqueza, moleza nos membros afetados, com ou sem alteração da sensibilidade junto da fraqueza. (MIRANDA, 2020).
· Dificuldade para andar. A pessoa vítima do AVC percebe tontura súbita, desequilíbrio, sensação de vertigem, e dificuldade para ficar de pé e manter o andar corretamente.
· Alteração da fala e da compreensão da linguagem. A vítima pode perceber dificuldade para emitir ou completar frases, ter a fala enrolada, dificuldade para nomear objetos, para sairem as palavras corretamente, e até mesmo para entender o que está sendo conversado. (MIRANDA, 2020).
· Sonolência inexplicável. Se não houver um déficit neurológico muito visível, mas apenas muito sono, estados de coma, isso pode ser devido a um AVCH. (MIRANDA, 2020).
	Fatores de risco mais importantes para ter um AVCH são: História familiar de AVCH ou aneurismas cerebrais; Idade: maiores de 55 anos; quanto maior a idade, maior o risco de ter AVC, isquêmico ou hemorrágico; Etnia: algumas raças em especial são mais propensas a ter AVCH (hispânicos, afrodescendentes, raça negra); Sexo: sabe-se que os homens tem risco maior do que mulheres. Obesidade; Sedentarismo, Uso excessivo de álcool; Uso de drogas como cocaína ou metanfetaminas; Tabagismo (ativo ou passivo) este problema é bastante relacionado ao AVCH; Diabetes, Síndrome da apneia do sono; Hipertensão arterial. 
	Este é o principal fator de risco que modemos intervir e de maior impacto para prevenir AVCs. Cada redução em 5mmhg da PA sistólica (número maior do índice de PA) reduz cerca de 25% o risco de ter um AVC. Ou seja, se você costuma ter PA de 14/90mmhg, e seu médico ajustar os seus remédios da pressão para manter em 135mmhg de PA máxima, teoricamente está reduzindo seu risco de um AVC em 25%. (MIRANDA, 2020).
2.1 Exames Necessários no AVCH devem ser feitos:
· Exame físico. Feito pelo médico para avaliar os déficits neurológicos (paralisias) presentes, nível de glicemia, níveis de pressão arterial, temperatura, etc.
· Exames de sangue. Na entrada do hospital, os principais são os exames de glicemia (açúcar) no sangue e testes de coagulação. Depois, a depender de caso a caso, outros testes são pedidos pelo neurologista assistente.
· Tomografia do crânio. Este é o principal exame na fase mais aguda (primeiras horas) do AVCH. Ele é o único que pode diferenciar se estamos diante de um AVC isquêmico ou hemorrágico, e avaliar o tamanho e local do sangramento, ou a necessidade de cirurgia de urgência.
· Ressonância Nuclear Magnética do crânio. Trata-se de um exame mais sensível e apurado do que a Tomografia, que analisa e dá a extensão e locais exatos de onde ocorreu o AVC. Embora seja melhor do que a tomografia, pela logística de sua realização e por não estar disponível em qualquer lugar, não é o exame de escolha para todos os casos.
· Angiografia dos vasos cerebrais e do pescoço. Este exame é muito importante para verificar se há aneurismas ou mal formações dos vasos. Podem ser feitas pelos métodos de angiotomografia, angioressonância ou pelo convencional (mais invasivo),a arteriografia cerebral digital.
· Ecocardiograma. Este é um ultrassom do coração, que avalia se as cavidades cardíacas estão normais ou apresentam alteração.
O gene humano responsável pela codificação da IL-4 está localizado no cromossomo 5q31.1. Estudos têm indicado que polimorfismos nos genes que regulam a resposta inflamatória podem estar associados a maior risco de ambos os tipos de AVC. Na região promotora do gene IL4, há o polimorfismo rs2243250 na posição -589 (C/T) a jusante. Esse polimorfismo de nucleotídeo único (SNP) é fundamental, pois se demonstrou que o risco de AVC hemorrágico é influenciado pelos alelos de rs2243250 (ROLIN et al.,2020).
A Malformação Arteriovenosa (MAV) é uma doença vascular de caráter congênito rara, que acomete principalmente o encéfalo, caracterizada por um enovelado de vasos tortuosos oriundos de um distúrbio fisiológico na formação da conexão entre artérias e veias, que se conectam sem a mediação de estruturas capilares. Este fato faz com que a elevada pressão sanguínea oriunda da vascularização arterial seja sentida nas paredes das veias, onde passam a apresentar forte tendência à ruptura vascular (ALVES et al.,2019).
Geralmente, a localização da MAV envolve a região da artéria cerebral média, chegando às superfícies dos hemisférios cerebrais com potencial de alcançar a região do córtex cerebral, leptomeninge, e parte da substância branca. A incidência ocorre entre os 10 à 30 anos de idade, sendo a razão de 2:1 entre homens e mulheres, respectivamente. Cerca de 2% dos casos de Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico são causados pela ruptura dos vasos na malformação arteriovenosa (ALVES et al.,2019).
Conforme o estudo realizado pela Revista Brasileira de Epidemiologia no ano de 2017 com o tema: Perfil dos óbitos por acidente vascular cerebral não especificado após investigação de códigos garbage em 60 cidades do Brasil, 2017, teve como resultados do total de óbitos por AVC-NE das 60 cidades (n = 11.289), foram investigados 25,8%, dos quais 56,3% foram reclassificados para AVC isquêmico, 12,7% para AVC hemorrágico, e 23,3% migraram para outras causas específicas, como diabetes e doença renal crônica, em ambos os sexos (MAMED et al.,2019).
Do total de óbitos por AVC-NE das 60 cidades (n = 11.289), 25,8% (n = 2.910) foram investigados, dentre os quais 53,3% eram do sexo feminino. No geral, óbitos investigados e não investigados apresentaram distribuições de frequências relativamente semelhantes para as variáveis sexo, faixa etária, raça-cor, escolaridade e médico atestante (MAMED et al.,2019).
Figura 2 Características sociodemográficas de ocorrência dos óbitos com causa básica classificada como AVC segundo a investigação em 60 cidades, Brasil, 2017.
Fonte: https://scielosp.org/article/rbepid/2019.v22suppl3/e190013.supl.3/#
2.2 Diagnóstico
	O diagnóstico é feito por meio da realização de exames de neuroimagem, como tomografia de crânio ou ressonância magnética, logo diante da suspeita clínica, ou seja, imediatamente na chegada ao hospital, no serviço de emergência. Estes exames demonstram a localização e o tamanho da hemorragia (Albert Einstein, 2020).
2.3 Tratamento
	O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico, dependendo do volume da lesão, da localização e da condição clínica do paciente. Mesmo os pacientes tratados cirurgicamente recebem todo o suporte clínico e de reabilitação. O tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão dentro do crânio, que aumenta por conta do inchaço do cérebro após o sangramento. Em algumas situações, o tratamento cirúrgico é decidido por esta medida e não realizado logo na entrada do paciente no hospital, principalmente porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do primeiro (Albert Einstein, 2020).
	O tratamento clínico tem o objetivo de controlar a pressão arterial, complicações como crises convulsivas e infecções. A reabilitação deve ser iniciada tão logo a condição do paciente permita e é uma parte do tratamento. Como seu início depende das condições do paciente, somente deve ser feita quando não há perigo de piorar o estado neurológico ou clínico. Um bom programa de reabilitação conta com uma equipe de fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem e terapia ocupacional, que deverá traçar um plano terapêutico individualizado, baseado nas sequelas neurológicas, garantindo a qualidade de vida do paciente (Albert Einstein, 2020).
2.4 Prevenção
​	Em 90% dos casos, o AVC é causado por Hipertensão Arterial (pressão alta), diabetes (açúcar elevado no sangue), colesterol elevado, arritmias cardíacas, obesidade, sedentarismo e consumo de álcool e tabaco. Entre as sequelas que a doença pode deixar estão a dificuldade ou impossibilidade para caminhar, paralisia total de um lado do corpo, dificuldade para falar, dificuldade para entender o que é falado, demência, alteração de comportamento e confusão mental. Hábitos importantes são: manter uma alimentação saudável com frutas, verduras e grãos e pouca gordura e carboidrato, fazer exercício físico regularmente, limitar o uso de bebidas alcoólicas, não fumar e consultar o médico regularmente para revisão dos fatores de risco (Albert Einstein, 2020).
3 PROCESSO DE ENFERMAGEM
3.1 Identificação do Paciente
M. G. D., 19 anos, sexo feminino, cor branca, solteira, com ensino médio completo, brasileira, natural de Manaus – Amazonas, reside no bairro Redenção em casa própria de alvenaria, junto com a avó, o pai e dois irmãos mais novos.
3.2 Queixa Principal (QP): 
Deu entrada no HPS 28 de Agosto desacordada, com queixa de cefaleia intensa, realizado exame de tomografia que detectou coágulo em lobo frontal, necessitando de um parecer do neurocirurgião, sento transferida para o HPSJL onde teve como diagnostico Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico. 
3.3 História da Doença Atual (HDA):
No dia 11/11/2020, por volta de meia noite, segundo relato da genitora, a paciente acordou com cefaleia intensa (10/10), chegando a desmaiar. Levada pelos familiares para o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto onde foi atendida e medicada, e realizado tomografia, no laudo apresentou coagulo em lóbulo frontal, sendo solicitado assim transferência para o Hospital e Pronto Socorro João Lúcio para um parecer do neurocirurgião. Transferência realizada pela UTI do SAMU, com acompanhamento médico. Foi admitida no HPJL no dia 11/11/2020 às 08:38 da manhã, classificada na cor amarela e encaminhada para avaliação do neurocirurgião. Avaliada no setor do politrauma, e encaminhada para a UTI, ficando apenas por um dia, depois de avaliação criteriosa onde foi decidido encaminha-la para o setor da Enfermaria II – Cirúrgica, onde ficou durante 2 semanas, e em seguida foi encaminhada a Enfermaria I, onde se encontrava em observação, aos cuidados multiprofissional, e aguardando o exame de Angiografia Cerebral. 
3.4 História Pregressa:
Conforme referido pela paciente, foi internada para realização de cirurgia de Hérnia Umbilical aos 8 anos de idade onde foi tratada e teve boa recuperação, nos anos seguintes teve Catapora Hemorrágica, e relatou ser asmática, fazia tratamento porém, parou por conta própria, tendo a última crise a dois meses atrás após um resfriado grave, e que a mais ou menos dois anos sempre sentia muitas dores de cabeça. Nega qualquer tipo de alergia medicamentosa, alega caderneta de vacinação atualizada.
3.5 Histórico Familiar (HF):
Paciente relata ter em grande parte dos familiares casos de Hipertensão Arterial Sistêmica HAS, e histórico de doenças neurológicas por parte da família paterna. 
3.6 História Social (HS):
Paciente reside em área urbana, casa de alvenaria com saneamento básico, tem o ensino médio completo, não trabalha, reside com a avó, o pai e dois irmãos mais novos, tem como renda o salário mínimo do pai e da avó. Paciente refere fazer uso de bebidas alcoólicas socialmente, não tem insônia e dorme 9 horas por noite, não prática nenhum tipo de exercício (sedentária), ingere todos os alimentos,principalmente doces, prefere ficar em casa, mas gosta de sair as vezes com familiares e amigos, tem boa interação social e boa comunicação, possui crenças religiosa (Mórmon) porém relatou que parou de frequentar os cultos por conta da pandemia, tem a vida sexual ativa, faz uso de anticoncepcional (Mesygina) a menos de um ano. 
3.6 Exame Físico 
	Recebo paciente orientada, lúcida, comunicativa, colaborativa, em ar ambiente, deambula com ajuda do acompanhante, normocorada, com hematomas em braço esquerdo, cicatriz cirúrgica na região do umbigo, presença de acnes na pele, relatado pela paciente que desenvolveu durante a internação. Crânio dolor a palpação em lado esquerdo, cabelo hidratado, com presença de seborreia. Pupilas isocóricas, fotorreagente, paciente relata diminuição visual nos dois olhos, e sensibilidade a luz, narinas pérvias sem presença de sujidade, acuidade auditiva preservada, com presença de sujidade em lado esquerdo, região oral, em boas condições de higiene, faz uso de aparelho dentário. Pescoço dolor a palpação em lado esquerdo, Linfonodos cervicais não palpáveis, traqueia móvel em linha média, com AVP em MSE, perfusão periférica <3 seg. Tórax com expansibilidade normal, simétrico, mamas sem alterações, ausculta com presença de murmúrios vesiculares, percussão claro pulmonar, Ausculta cardíaca normofónetica com presença de bulhas em 2T, sem sopro. Abdome distendido, flácido, ruídos hidroaéreos hiperativos, dolor a palpação em região pélvica, percussão com presença de som timpânico em QIE, paciente relata ter prisão de ventre. Região genital sem alterações. Membros inferiores sem alterações, com boa perfusão periférica. Alimentação via oral satisfatória, funções fisiológicas presentes.
	As queixas da paciente, sente enjoo pela manhã, possui grande sensibilidade a luz, diminuição do campo visual, e dores de cabeça 4/10, e relata medo de queda.	
Paciente aguarda Angiografia Cerebral. Segue aos cuidados de enfermagem. 
Aos sinais vitais:
4 EXAMES REALIZADOS
	CRP Látex é Kit para determinação qualitativa e semiquantitativa da Proteína C Reativa (CRP) no soro, O teste baseia-se na aglutinação das partículas de látex sensibilizadas com anticorpos anti-CRP humana (antígeno), quando misturadas com soro de pacientes contendo uma concentração de Proteína C Reativa (CRP) igual ou superior a 6 mg/L. 
	Creatinina e ureia são duas substâncias presentes na corrente sanguínea, que podem ser dosadas através de exames de sangue quando se pretende fazer uma avaliação da função dos rins.
Exame realizado dia 27 de novembro de 2020.
Tabela 1- Exames paciente M. G. D.
	Teste
	Resultado
	Unidade
	Referência
	CRP LATEX
	3.80
	mg/l
	0.00 – 5.00
	CREATININA
	0.97
	mg/dl
	0.30 – 1.00
	UREIA
	27.3
	mg/dl
	0.00 – 40.0
Fonte: dados do Autor 
	O Eletrocardiograma também é chamado de ECG ou eletrocardiografia. É um exame que avalia a atividade elétrica do coração por meio de eletrodos fixados na pele. Através desse exame, é possível detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto. 
	O objetivo é ver se há alguma falha na condução elétrica pelo coração. Ou seja, se existem bloqueios ou partes do músculo que não estão se movendo como deveriam, o que pode sinalizar problemas cardíacos. 	O eletro é muito utilizado para flagrar arritmias e taquicardias ou bradicardias, quando o peito bate rápido ou devagar demais, respectivamente. Mas é um teste inicial.
	O cardiologista interpreta as ondas do gráfico, identificando marcadores como cadência e frequência do coração. O ritmo considerado normal é entre 60 e 100 batimentos por minutos, mas há outros parâmetros contemplados pelo eletrocardiograma, como o tamanho e a duração das ondas em cada segmento.
Exame realizado dia 01 de dezembro de 2020. 
Tabela 2- Eletrocardiograma (ECG)
	Ondas
	Valores
	FC
	87 bpm
	PR
	160 ms
	QRS
	82 ms
	QT/QTcH
	346/393 ms
	QTdB
	417 ms
	QTcF
	392 ms
	Rv5-6/Sv1
	1.11/0.14 mV
	SoK-Lyon
	1.25 mV
	Eixos
	33/41/23º
Fonte: dados do Autor 
	Exame realizado dia 02 de dezembro de 2020 Angiografia ou angiograma é o método de realização de um exame radiográfico dos vasos sanguíneos, por meio da injeção de contraste radiopaco no ambiente intravascular. O procedimento é utilizado para ajudar a diagnosticar doenças como o infarto do miocárdio, placas ateroscleróticas calcificadas, acidente vascular cerebral (AVC), estenose da artéria renal, algum fator causativo da hipertensão, embolia pulmonar, doenças congênitas e adquiridas dos vasos sanguíneos chamada de contraste, pode ser injetada numa artéria ou veia introduzida num cateter inserido em uma artéria periférica e empurrada através do vaso até ser colocada no coração ou na origem das artérias do coração.
Tabela 3- Laudo de angiografia cerebral digital
	Definição
	Características encontradas
	RADIONATOMIA:
	Carótida interna direita: FRENTE, OBLÍQUO direito e esquerdo e perfil; Carótida interna esquerda: FRENTE, OBLÍQUO direito e esquerdo e perfil; Vertebrais: FRENTE E PERFIL; Incidências adicionais quando necessários (Carótidas externa direita e esquerda)
	AS DIVERSAS SÉRIES ANGIOGRÁFICAS DEMONSTRARAM:
	-Malformação artério-venosa occipital direita, com nidus pouco compacto, medindo 3,2 x 1,7 cm, nutrida por ramos da artéria cerebral posterior direita e com drenagem pronfunda por tributárias da veia de galeno e para o seio sagital superior posterior. -Discreto roubo de fluxo na artéria cerebral posterior contra-lateral. -Ausência de outras alterações vasculares intracranianas aditivas dignas de nota.
	CONCLUSÃO:
	Malformação artério-venosa occipital direita com drenagem venosa superficial e profunda.
Fonte: dados do Autor 
5 MEDICAMENTOS UTILIZADOS
	Cuidados específicos solicitados pela equipe médica para execução da equipe de enfermagem no cuidado desta paciente de acordo com o diagnóstico, estes cuidados foram realizados durante todo o seu período de internação. 
Tabela 4- Cuidados solicitados pela equipe médica
	Descrição 
	Intervalo
	CABECEIRA ELEVADA A 30-45º
	1 X AO DIA
	Obs.: E cabeça centralizada.
	
	VERIFICAR SINAIS VITAIS
	6/6 H
	Obs.: Manter Pam >= 80mmhc avisar plantonista se diminuição da Pam
	
	VERIFICAR E REGISTRAR O NIVEL DE CONSCIENCIA
	6/6 H
	Obs.: Neurochek + Avaliar Glasgow + Pupilas + Deficit Motor + Padrão Respiratório + Avisar plantonista se alterações
	
Fonte: dados do Autor 
	
	Prescrição dos medicamentos que foram administrados na paciente durante o período de internação.
Tabela 5- Lista de Medicamentos
	Item
	Descrição
	Dose
	Via
	Intervalo
	a)
	DIETA LIVRE
	SND
	ORAL
	3/3 h
	b)
	GLICOSE 50% 10ML
	40 ml
	EV
	Conf. o Dextro
	c)
	CLORPROMAZINA 25MG/ 5ML
	1-amp
	IM
	8/8 h
	d)
	NIMODIPINO 30 MG
	2 mg
	ORAL
	4/4 h
	e)
	DIPIRONA SODICA 500MG 2ML
	3 ml
	EV
	8/8 h
	f)
	METOCLOPRAMIDA 5MG/ML 2ML
	1-amp
	EV
	8/8 h
	g)
	CLORETO DE SODIO 0,9% 500ML
	500 ml
	EV
	8/8 h
	h)
	OMEPRAZOL 20MG
	2-caps
	ORAL
	Manhã
	i)
	DEXAMETASONA 4MG/ML 2,5ML
	4 mg
	EV
	12/12 h
	j)
	ONDANSETRONA 2MG/ML 4ML
	1-amp
	EV
	6/6 h
	k)
	GLUTAMINA 10G
	10-gra
	ORAL
	8/8 h
	l)
	FENITOINA 100MG
	100 mg
	ORAL
	8/8 h
22
Fonte: Receita da paciente HPS
	a) DIETA LIVRE
	Objetivo: 
	Fornecer calorias e nutrientes para manter o estado nutricional, além de melhorar a mastigação, deglutição e digestão.
	Características: 
	Normoglicídica, normoprotéica, normolipídica, balanceada e completa; consistência branda; 5 a 6 refeições diárias; tempo indeterminado; pobres em resíduos celulósicos e tecido conjuntivo, modificados por cocção e/ou subdivisão.
	Alimentos recomendados
	Salada cozida; carnes frescas cozidas, assadas, grelhadas; vegetais cozidos no forno, água, vapor e refogados; ovo cozido, pochê ou quente; frutas (sucos, em compotas, assadas, ou bem maduras, sem a casca); torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais); pastel de forno, bolo simples, sorvete simples; sopas, óleos vegetais; margarina; gordura somente para cocção, não para frituras. 
	Alimentos evitados: 
	Cereais e derivados integrais; frituras em geral; frutasoleaginosas; vegetais do tipo A, exceto em sucos em cremes; frutas de tipo A, exceto em sucos; leguminosas inteiras; doces concentrados; condimentos fortes, picantes; queijos duros e fortes.
	b) GLICOSE 50% 10ML 
	Ação: 
	Fonte calórica em nutrição parenteral, atuando no tratamento da redução de carboidratos e fluidos.
	Mecanismo de Ação: 
	Funciona como fonte ideal de carboidratos, por ser um nutriente de fácil metabolismo a dióxido de carbono e água, via ácido pirúvico ou láctico. Durante o processo metabólico, a glicose libera energia que é rapidamente absorvida no trato gastro-intestinal. A solução hipertônica de glicose, administrada por via intravenosa, provoca desidratação celular, podendo assim beneficiar no tratamento de edema cerebral, choque e colapso circulatório.
	Reação Adversa: 
	Este medicamento, por ser uma solução hiperosmótica e por apresentar pH baixo, pode causar dor local, irritação da veia, tromboflebite (processo inflamatório da veia) e necrose do tecido, quando ocorrer transvasamento de solução. Se você administrar rapidamente, Glicose Hypofarma 25% - 50% pode levar à síndrome hiperosmolar (confusão mental, inconsciência), especialmente em pacientes com uremia crônica.
	Cuidados de Enfermagem: 
	Uso exclusivo em hospitais, Para uso intravenoso, puncionar acesso venoso seguro, certificar –se quanto permeabilidade do acesso pré-existente. Controlar glicemia capilar antes da administração principalmente em pacientes diabéticos ou instabilidade glicêmica. Informar ao paciente a ação do medicamento e os efeitos colaterais mais comuns. Investigar o uso de outros medicamentos e possível interação medicamentosa. Comunicar o médico quaisquer reações adversas significativas ou intolerantes a Solução de glicose 50% deve ser administrada somente após a devida diluição. A Solução de glicose hipertônica deve ser administrada lentamente soluções contendo glicose devem ser administradas com cautela em pacientes com Diabetes mellitus subclínica ou evidente.
	c) CLORPROMAZINA 25MG/ 5ML
	Ação: 
	É um medicamento que age no sistema nervoso central sendo indicado, entre outros casos, em pacientes que necessitam de medicação sedativa, pré-anestésica ou antiemética.
	Mecanismo de Ação: 
	Tem como princípio ativo o cloridrato de clorpromazina, que possui uma ação estabilizadora no sistema nervoso central e periférico e uma ação depressora seletiva sobre o SNC, permitindo assim, o controle dos mais variados tipos de excitação. É, portanto, de grande valor no tratamento das perturbações mentais e emocionais. AMPLICTIL tem propriedades neurolépticas, vagolíticas, simpatolíticas, sedativas e antieméticas.
	Reação Adversa: 
	Alguns pacientes, podem apresentar sonolência, torcicolo, queda de pressão, impotência, frigidez, alterações menstruais, sedação, boca seca, retenção urinária, alterações na pele ou alergias, ganho de peso, prisão de ventre, icterícia colestática e lesão hepática, além de outras reações. Caso ocorra alguma reação desagradável, procure seu médico, que ele lhe dará a orientação adequada.
	Cuidados de Enfermagem: 
	Via Oral: a solução oral pode causar dermatite de contato, use luvas durante o preparo. Misture com suco de frutas, leite ou alimentos semi-sólidos. Via Intramuscular: a solução parenteral pode causar dermatite de contato, use luvas durante o seu preparo. Anteriormente à administração, monitorize a PA, administre profundamente no glúteo, massageie suavemente o local para prevenir a formação de abscessos.
	d) NIMODIPINO 30 MG
	Ação: 
	Antivasoconstritor e Anti-isquêmico cerebral.
	Mecanismo de Ação: 
	É um medicamento que age nas células nervosas (é um agente terapêutico cerebral antagonista do cálcio), utilizado para profilaxia e tratamento das deficiências neurológicas isquêmicas causadas por espasmos dos vasos cerebrais, após hemorragia subaracnóidea consequente a aneurisma. Tratamento das alterações orgânicas cerebrais decorrentes do envelhecimento, como alterações de memória, comportamento e concentrações e da labilidade emocional. 
	Reação Adversa:
	Incluem desconforto gastrointestinal, náuseas, vômitos, tontura, dor de cabeça, insônia, sensação de fraqueza, agitação, queda da pressão arterial ou da frequência cardíaca, pele avermelhada, inchaço nas pernas e queda dos níveis de plaquetas no sangue.
	Cuidados de Enfermagem: 
	Analisar queixas de dor de cabeça frequente. Como a toxicidade do Nimotop após a administração parenteral durante a gravidez ainda não foi estudada deve-se ponderar rigorosamente seu emprego durante a gravidez. Perguntar do paciente se possui outras doenças, pois não deve ser usado em pacientes com insuficiência hepática grave (cirrose). Obter junto a equipe de enfermagem muita cautela em pacientes idosos com insuficiência de múltiplos órgãos: insuficiência renal grave (clearence < 20 ml/min) e insuficiência cardíaca grave. Cuidado no uso em pacientes com hipotensão grave (pas < 90 mmHg).
	e) DIPIRONA SODICA 500MG 2ML
	Ação: 
	Analgésico e Antitérmico.
	Mecanismo de Ação: 
	Atua no centro termorregulador hipotalâmico nos pacientes com hipertermia, provocando redução da temperatura corporal. A queda da temperatura decorre de maior perda de calor, possivelmente por aumentar a irradiação de calor através da pele. Efeito analgésico pode ser decorrente da capacidade que a dipirona tem de bloquear a síntese e a liberdade de prostaglandina, substancias envolvidas diretamente na fisiopatologia do processo doloroso. Além desse efeito periférico, a dipirona pode atuar diretamente no tálamo, diminuindo a passagem de impulsos dolorosos (potenciais de ação) e através dessa estrutura, reduzir a chegada de impulsos dolorosos ao nível do córtex sensitivo.
	Reação Adversa: 
	Choque e discrasias sanguíneas, tais como agranulocitose, leucopenia e trombocitopenia.
	Cuidados de Enfermagem: 
	Atentar para hipotensão que pode ocorrer em caso de administração intravenosa muito rápida, atentar para tontura e sonolência. Para evitar às reações hipotensivas severas a injeção deve ser administrada lentamente; antes de administrar dipirona deve-se reverter a hemodinâmica em pacientes com hipotensão preexistente, em pacientes com redução dos fluidos corpóreos ou desidratação, ou com instabilidade circulatória ou com insuficiência circulatória incipiente; deve-se ter cautela em pacientes com febre alta. A injeção intravenosa deve ser administrada muito lentamente (sem exceder 1Ml por minuto) para assegurar que a injeção possa ser interrompida ao primeiro sinal de reação anafilática/anafilactoide.
	f) METOCLOPRAMIDA
	Ação: 
	Antiemético, estimulante gastrintestinal.
	Mecanismo de Ação: 
	Age antagonizando a dopamina, neurotransmissor que freia a liberação de acetilcolina nas terminações nervosas. Deste modo, com a dopamina bloqueada, ocorre uma maior motilidade e esvaziamento gástrico. A metoclopramida age antagonizando a serotonina, em casos como o da Síndrome serotoninérgica.
	Reação Adversa: 
	São fadiga, sonolência, confusão mental e reações distônicas (paralisias). Efeitos incomuns incluem dor de cabeça, reações extrapiramidais (tremores), hipertensão, hipotensão, diarreia, constipação e/ou depressão. Raras porém sérios efeitos adversos incluem agranulocitose, taquicardia, hiperaldosteronismo, sindrome neuroléptica maligna e/ou discinesia tardia. Reações distônicas são usualmente tratadas com benzetropina ou prociclidina. Os riscos são maiores em adultos jovens e crianças, em altas-doses ou em terapias prolongadas. Discinesia tardia pode ser persistente ou irreversível em alguns pacientes por isso não deveria ser utilizada sem prescrição médica.
	Cuidados de enfermagem: 
	Recomende que o paciente evite dirigir ou realizar outras atividades que requerem estado de alerta durante a terapia; o consumo de álcool e o uso concomitante com outros depressores do SNC. Durante a terapia avalie reações extrapiramidais e, diante essas reações comunique imediatamente o médico. Na via Intravenosa (IV) infunda lentamente além de 2 - 3 minutos, dilua emsoros glicosado 5% ou fisiológico 0,9% e infunda em 15 minutos.
	g) CLORETO DE SODIO 0,9% 500ML
	Ação: 
	Restabelecer fluido celular e eletrólitos
	Mecanismo de Ação: 
	Repositor Intravenoso. O sódio é o principal cátion e o cloreto o principal ânion do fluído extracelular. Os níveis de sódio normalmente determinam o volume do fluído extracelular e ele é um importante regulador da osmolaridade, do equilíbrio ácido-base e auxilia na estabilização do potencial da membrana das células.
	Reações adversas: 
	ICC, edema pulmonar, edema, hipernatremia, hipervolemia, hipocalemia, irritação. Podem ocorrer e incluem resposta febril, infecção no ponto de injeção, trombose venosa ou flebite (inflamação) estendida no local de injeção, extravasamento e hipervolemia (aumento anormal do volume sanguíneo). As reações adversas gerais incluem náuseas, vômito, diarréia, cólicas abdominais, redução da lacrimação, taquicardia, hipertensão, falência renal e edema pulmonar. Em pacientes com ingestão inadequada de água, a hipernatremia (alta concentração de sódio no sangue) pode causar sintomas respiratórios, como: edema pulmonar, embolia ou pneumonia.
	Cuidados de Enfermagem: 
	Não deve ser usada na gestação ou lactação, cautela na disfunção renal, ICC, edema ou retenção de sódio. Controlar balanço hídrico, informe ao paciente sobre a ação do medicamento, os efeitos colaterais mais comuns e a importância da colaboração durante o tratamento. A via intravenosa é de uso exclusivo hospitalar sob prescrição médica. Controlar os níveis de sódio sanguíneo. Estar atento nas dosagens para pacientes com doença cardiovascular, renal ou hepática ou com retenção de líquidos. Orientar o paciente a procurar o médico mediante a quaisquer reações insignificativas ou intolerantes. Investigar o uso de outros medicamentos e possíveis interações medicamentosas.
	h) OMEPRAZOL 20MG
	Ação:
	Age na diminuição da quantidade de ácido produzida pelo estômago.
	Mecanismo de Ação: 
	O omeprazol age por inibição da H+K+ATPase, enzima localizada especificamente na célula parietal do estômago e responsável por uma das etapas finais no mecanismo de produção de ácido a nível gástrico.
	Reação Adversa: 
	Reação comum (ocorre entre ≥1% e <10% dos pacientes que utilizam este medicamento): cefaleia (dor de cabeça), diarreia, constipação, dor abdominal, náusea, flatulência (gases), vômito, regurgitação, infecção do trato respiratório superior, tontura, rash (erupção cutânea), astenia (fraqueza), dor nas costas e tosse.
	Cuidados de Enfermagem: 
	Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico. Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais. Verificar sempre o prazo de validade do produto consta na embalagem externa. Nunca usar medicamentos com prazo de validade esgotado. O medicamento deverá ser administrado segundo a prescrição médica e de acordo com a posologia recomendada, seguindo- se os cuidados dos cinco certos. Informar a ocorrência de reações desagradáveis de maior importância ou reações intensas como alergias do cliente para com o medicamento ao médico. Recomende ao paciente que evite consumo de álcool durante o tratamento. Orientar a realizar enxágües orais freqüentes, manter boa higiene oral e uso de manteiga de cacau para prevenir rachaduras pois pode causar boca seca.
	i) DEXAMETASONA 4MG/ML 2,5ML
	Ação: 
	Antiinflamatório esteróide; antialérgico, corticosteróide; imunossupressor; glicocorticóide sintético.
	Mecanismo de Ação: 
	A dexametasona difunde-se através das membranas celulares e forma complexos com os receptores citoplasmáticos específi cos. Estes complexos penetram no núcleo da célula, unem-se ao DNA e estimulaa transcrição do mRNA e posterior síntese de enzimas, que são as responsáveis por dois tipos de efeitos dos corticosteroides sistêmicos. E, estes agentes podem suprimir a transcrição do mRNA em algumas células (por ex.: linfócitos). Como anti-inflamatório esteroide, inibe a acumulação de células inflamatórias, incluindo o macrófago e leucócitos, na zona de inflamação. Inibe a fagocitose, a liberação de enzimas lisossômicas e a síntese ou liberação de alguns mediadores químicos da inflamação. Como imunossupressor, reduz a concentração de linfócitos dependentes do timo, monócitos e eosinófilos. Diminui a união das imunoglobulinas aos receptores celulares da superfície e inibe a síntese ou liberação de interleucinas, e reduz a importância da resposta imune primária. Estimula o catabolismo proteico e induz o metabolismo dos aminoácidos. Aumenta a disponibilidade de glicose.
	Reação Adversa: 
	distúrbios gástricos, edema, fraqueza muscular, dor de cabeça, vertigem, distúrbios menstruais e outras reações desagradáveis. Esses efeitos dependem da dose e do tempo de uso do medicamento.
	Cuidados de enfermagem: 
	Controle de peso diário. devido à retenção de sódio e água; Controle frequente de pressão arterial, pois os pacientes submetidos à terapia com corticoides estão propensos a apresentar hipertensão; A administração por via oral deve ser acompanhada de leite, para amenizar o desconforto e as complicações gástricas; Observar sinais e sintomas de hipernatremia: cefaleia, hipertensão arterial, edema, oliguria ou anuria; Vigilância quanto a líquidos ingeridos e eliminados. Recomende ao paciente que evite o consumo de álcool.Via V.O: a medicação deve ser administrada pela manhã para obtenção de um melhor resultado; deve ser administrada com alimentos. Via IM: administre profundamente no músculo glúteo; alterne os locais de aplicação para evitar atrofia muscular. Via SC: o uso por esta via não é recomendado, devido ao risco de atrofia e abscesso.
	j) ONDANSETRONA 2MG/ML 4ML
	Ação: 
	Antagonista dos receptores 5-HT3
	Mecanismo de Ação: 
	A ondansetrona, é um potente antagonista, altamente seletivo, dos receptores 5-HT3. Seu mecanismo de ação no controle da náusea e do vômito ainda não é bem conhecido. Os agentes quimioterápicos e a radioterapia podem causar liberação de 5-HT no intestino delgado, iniciando um reflexo de vômitos pela ativação dos aferentes vagais nos receptores 5-HT3. A ondansetrona bloqueia o início dessereflexo. A ativação dos aferentes vagais pode ainda causar liberação de 5-HT em área postrema localizada no assoalho do quarto ventrículo, e isso também pode promovidevômitos através de um mecanismo central. Desse modo, o efeito da ondansetrona no controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia citotóxica e radioterapia se deve ao antagonismo da droga aos receptores 5-HT3 dos neurônios do sistema nervoso periférico e sistema nervoso central.
	Reação Adversa: 
	Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): diarreia, prisão de ventre, dor de cabeça. Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): cansaço. Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): ferida.
	Cuidados de Enfermagem: 
	A medicação deve ser administrada exatamente conforme o recomendado. A medicação deve ser usada cuidadosamente em gestantes e lactantes. Informe ao paciente as reações adversas mais frequentes relacionados ao uso da medicação. Via IV: a droga deve ser armazenada em temperatura ambiente; dilua 2mg/ml em 50ml de soro glicosado 5% ou fisiológico 0,9% e infunda em 15min, após a diluição, a solução de mantém estável durante 48h.
	k) GLUTAMINA 10G
	Ação: 
	É o aminoácido livre (molécula que forma proteína) mais abundante no plasma e no tecido muscular.
	Mecanismo de Ação: 
	A glutamina ou L-glutamina é o aminoácido mais abundante no corpo humano. Trata-se de uma das moléculas que forma a proteína necessária para nutrir e reparar tecidos diversos (pele, unha, músculos, órgãos). Mas a substância também realiza várias outras funções no organismo. Promove o transporte de amônia e nitrogênio entre os tecidos, mantém o equilíbrio entre ácido/básico, além de contribuir para a absorção dos nutrientes e servir como fonte energética para as célulasdo sistema imune presentes no intestino se multiplicarem.
	Reação Adversa: 
	Pode levar a um quadro de resistência à insulina, que se assemelha à diabetes tipo 2, outros efeitos colaterais são sobrecarga dos rins. Prisão de ventre, Gases. Altera absorção de aminoácidos pelo intestino, redução da síntese natural da glutamina pelo organismo.
	Cuidados de Enfermagem: 
	Atender às solicitações de avaliação do estado nutricional do paciente, indicando, acompanhando e modificando.
	l) FENITOINA 100MG
	Ação: 
	Anticonvulsivante, antiepiléptico, antinevrálgico
	Mecanismo de ação: 
	A fenitoína estabiliza a membrana neuronal para a despolarização por diminuir o fluxo do íon sódio nos neurônios no estado de repouso ou durante a despolarização. Também reduz o influxo de íons cálcio durante a despolarização e suprime o disparo repetitivo dos neurônios.
	Reação Adversa: 
	As manifestações mais comuns observadas com o uso de Fenitoína estão relacionadas a este sistema e são normalmente relacionadas à dose. Estas incluem nistagmo, ataxia, dificuldade na fala, redução na coordenação e confusão mental. Foram também observadas vertigem, insônia, nervosismo transitório, contração motora e cefaleia.
	Cuidados de enfermagem: 
	Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxilio, devido ao risco de tontura. Orientar os familiares sobre a possibilidade de confusão mental e irritabilidade. Orientar sobre o risco de dirigir devido as alterações visuais (nistagmo, diplopia). Atentar para os sinais e sintomas dos efeitos colaterais. Via VO: a medicação pode ser administrada com alimentos, para evitar desconforto GI, mas não deve ser administrada com antiácidos. Via IM e SC: a medicação não deve ser administrada por estas vias, devido aos riscos de inflamação, dor e necrose no local da injeção. Via IV: administre somente se estiver clara e lentamente em veia de grosso calibre. Infunda 50 mg / min. (adultos) e 1 - 3 mg / Kg / min. (criança).
6 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE)
	O planejamento da assistência de enfermagem é uma imposição legal desde 1986, presente na Lei n. 7498 de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem (Conselho Federal de Enfermagem, 1987). A resolução COFEN n. 272/2002 afirma que a implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) deve ocorrer em todas as instituições de saúde, públicas e privadas (Conselho Federal de Enfermagem, 2002). Esta resolução determina como atividade privativa do enfermeiro a implementação, o planeamento, a organização, a execução e a avaliação do processo de enfermagem, que compreende as seguintes fases: coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, planeamento, prescrição de enfermagem e avaliação (Conselho Federal de Enfermagem, 2009).
	De acordo com Barreto et al.,2020 a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) tornou-se a base da prática contemporânea na prestação de cuidados de enfermagem em diversas partes do mundo e um componente central do ensino da enfermagem.1,2 É reconhecida, internacionalmente, como um método que organiza e direciona o trabalho profissional, tendo como objetivo principal sistematizar e qualificar o atendimento ao paciente, família e comunidade. Por meio da SAE, o enfermeiro aplica seus conhecimentos técnicos e científicos para organizar, planejar, executar ações e instrumentalizar a equipe responsável pela assistência de enfermagem. 
	A SAE é regulamentada no Brasil pela Resolução nº 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), preconizando que sua implantação deva ocorrer em todas as unidades de atendimento à saúde que ofereçam assistência de enfermagem. Esta ferramenta sistemática que orienta e gerencia o cuidado da enfermagem é composta de cinco etapas sequenciais não lineares: histórico de enfermagem ou coleta de dados; diagnóstico de enfermagem; planejamento de enfermagem; implementação da assistência e; avaliação de enfermagem. A utilização desse instrumento garante ao enfermeiro identificar as necessidades de cada paciente/grupo, direcionando o atendimento a partir de prioridades estabelecidas, o que favorece a implementação de cuidados holísticos, integrais e personalizados (BARRETO et al.,2020).
	Os diagnósticos de enfermagem, intervenções e resultados aqui utilizadas, respectivamente, as taxonomias NANDA-International 10 edição (definições e Classificação 2015 - 2017).
	HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
	1. ACHADO
	DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
	Dependência de ajuda nas em vestir-se.
	Déficit no autocuidado para vestir-se, relacionado capacidade prejudicada de colocar roupas na parte inferior do corpo, evidenciado por vertigem e reflexos diminuídos.
	
	Domínio 4. Déficit no autocuidado, Classe 5. Autocuidado, Código: 00109
	PLANEJAMENTO
	INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
	HORÁRIO
	Paciente apresente melhoria no ato de banhar-se, ato de vestir-se, manutenção do asseio pessoal.
	1- Encorajar o paciente a realizar as atividades normais da vida diária conforme seu nível de capacidade; (ENF-TÉC)
2- Ofertar assistência até que o paciente esteja completamente capacitado a assumir o autocuidado. (ENF-TÉC)
3- Acompanhar o paciente durante banho de aspersão. (TÉC)
4- Comunicar a toda equipe multidisciplinar a estarem dispostos a ajudar na locomoção e auxilio na paciente quando preciso. (ENF)
5- Ajudar o paciente a aceitar as necessidades de dependência. (ENF-TÉC)
	
Continuamente
Realizar
24/24 h
Continuamente
Realizar
	AVALIAÇÃO
	Após 1 semana a paciente tornou-se independente em suas atividades de vestir-se sem solicitação de ajuda. 
	 
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
	2. ACHADO
	DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
	Ansiedade
	Ansiedade relacionada a consciência dos sintomas fisiológicos, aumento da tensão, evidenciado ansiedade na espera dos resultados dos exames realizados.
	
	Domínio 9. Ansiedade, Classe 2. Respostas de Enfrentamento, Código: 00146
	PLANEJAMENTO
	INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
	HORÁRIO
	Redução do nível de ansiedade, ausência de sinais de preocupação e Tensão.
	1- Usar abordagem calma e tranquilizadora. (ENF-TÉC)
2- Explicar todo o procedimento, inclusive sensações que o paciente possa ter durante os procedimentos como exames. (ENF)
3- Oferecer informações reais sobre o diagnóstico, tratamento e prognóstico. (ENF)
4- Estabelecer relação de confiança com o paciente. (ENF-TÉC)
5- Estimular o paciente quanto ao relato de sua ansiedade. (ENF-TÉC)
6- Monitorar o estado emocional do indivíduo. (ENF)
	
Continuamente
Realizar
Realizar
Continuamente
Realizar
	AVALIAÇÃO
	Paciente apresentou redução no nível de ansiedade, apresentando ausência de sinal de tensão e preocupação.
	
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
	3. ACHADO
	DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
	Náusea 
	Náusea relacionado a ânsia de vômito, evidenciado por queixa de enjoo diário.
	
	Domínio 12. Conforto, Classe 1. Conforto físico, Código: 00134
	PLANEJAMENTO
	INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
	HORÁRIO
	
	1- Observar e registrar dados sobre o vômito quanto a cor, consistência, presença de sangue e horários. (ENF-TÉC)
2- Realizar balanço hídrico. (ENF)
3- Orientar a realização da higiene oral após episódios eméticos. (TÉC)
4- Monitorar exames laboratoriais, atentando para distúrbios eletrólitos. (ENF)
5- Promover o repouso adequado para facilitar o alívio da náusea e vômito. (TÉC)
	
2/2hrs
1/1hrs
Continuamente
Realizar
Continuamente
	AVALIAÇÃO
	
	HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
	4. ACHADO
	DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
	Mobilidade física prejudicada.
	Mobilidade física prejudicada relacionado a movimentos lentos, evidenciado por diminuição visual decorrência do AVCH.
	
	Domínio: 4 Atividade e repouso, classe: 2 Atividade/exercício, código: 00085
	PLANEJAMENTO
	INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
	HORÁRIO
	
Promover conforto e evitar surgimento de LPP´s durante sua internação.
	1- Utilizar coxins para evitar compressões em proeminências ósseas. (TÉC)
2- Promover a mecânica corporal terapia com exercícios de deambulação, controle muscular e equilíbrio .(ENF)3- Aplicar escala de Braden e monitorar mudança de decúbito. (ENF)
4- Orientar o acompanhante sobre a importância de manter uma boa motilidade para manutenção músculo-esquelética. (ENF-TÉC)
	
Continuamente
Realizar
Continuamente
Continuamente
	AVALIAÇÃO
	Paciente apresentou melhora na sua mobilidade física, apresentando independência dos familiares.
	HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
	5. ACHADO
	DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
	Possibilidades de quedas
	Risco de queda relacionado a mobilidade prejudicada.
	
	Domínio 11. Segurança/Proteção, Classe 2. Lesão Física, Código: 00155
	PLANEJAMENTO
	INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
	HORÁRIO
	Ausência de quedas inevitáveis com ausência de danos
	1- Colocar o leito mecânico na posição mais baixa. (TÉC)
2- Identificar características ambientais capazes de aumentar o potencial de quedas eliminando-as. (ENF-TÉC)
3- Deixar objetos pessoais ao alcance do paciente. (TÈC)
4- Orientar paciente e acompanhante sobre o risco de queda. (ENF-TÉC)
5- Travar as rodas da maca durante a transferência para outra maca ou cadeira de rodas. (ENF-TÉC)
6- Manter elevadas as grades de proteção da maca. (ENF-TÉC)
7- Manter cama/leito em altura adequada para prevenir quedas (ENF-TÉC)
	Continuamente
Continuamente
Realizar
Continuamente
Realizar
Continuamente
Realizar
	AVALIAÇÃO
	Paciente apresentou melhora na sua mobilidade física mais segue observação.
7 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Dia 27/11/2020 às 09:00 da manhã. Realizado pelos Acadêmicos de Enfermagem.
	Recebo paciente M. G. D., no leito em decúbito dorsal, com diagnostico AVCH, 17 DIH, normotensa, normocardia, afebril, eupneica em ar ambiente, consciente, lúcida orientada e comunicativa, com escala de dor 4/10, aceita dieta normalmente. Crânio dolor a palpação em lado esquerdo, couro cabeludo com presença de seborreia, pupilas isocóricas, fotorreativas, com diminuição do campo visual, com sensibilidade a luz, região auricular e nasal preservadas, região oral apresentando boa higiene, com presença de aparelho dentário, pescoço sem linfonodos cervicais palpáveis, traqueia móvel em linha média, frêmitos toracovocal presente. MMSS preservados com boa perfusão periférica, AVP em MSE sem sinais flogísticos; Tórax plano, com boa expansibilidade, MV presentes, sem RA, percussão claro pulmonar, mamas simétricas com linfonodos não palpáveis, ausculta cardíaca BNF 2T/SS; Abdome distendidos RH hiperativos, dolor a palpação em região pélvica, FF presentes. MMII íntegros, região intima íntegra. Segue aos cuidados da equipe de enfermagem. 
CONCLUSÃO
	O desenvolvimento deste estudo no HPSJL favoreceu a identificação dos principais diagnósticos de enfermagem ao portador de AVCH com subsídio para uma intervenção de qualidade para o paciente e toda a rotina proveniente para o caso em questão, diagnósticos de enfermagem, segundo NANDA bem como cuidados necessários para o seu tratamento, que foi planejado através da SAE, visando a tratar de maneira paliativa sempre com o foco nas necessidades humanas básicas e a qualidade de vida da paciente, atingindo grandes benefícios com a realização de alguns exercícios e com melhorias no padrão de vida do paciente.
	Com este estudo podemos ver grandes resultados da melhora da paciente deste estudo de caso. Por isso, objetivando o atendimento de qualidade aos pacientes AVCH, os enfermeiros devem utilizar os diagnósticos de enfermagem como forma de melhorar a qualidade de vida, podemos aprimorar nossos conhecimentos dos acometimentos, causas e tratamentos. 
	O cuidado de Enfermagem não se limita apenas ao quadro em que o paciente se encontra de enfermidade, o enfermeiro necessita de uma visão holística que englobe físico, mental e o social do paciente, tendo assim uma visão humana do cuidar e tratar, envolvendo a família e seu círculo de convivência.
	Esta elaboração do estudo de caso, faz com que as dificuldades dos alunos aprimorem mais sua SAE e melhora os seu pensar criticamente. O tratamento para pacientes com AVCH compete a uma equipe multiprofissional, na qual a de enfermagem se faz essencial. 
	Conclui-se dessa forma que a além dos procedimentos de enfermagem e do tratamento medicamentoso, a assistência de enfermagem prestada a esses pacientes também é essencial para promoção de saúde a pacientes internados em decorrência AVCH.
REFERENCIAS
ALVES C.F. et al., Atuação da fisioterapia em sequelas de AVC hemorrágico oriundo de malformação arteriovenosa. Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 5, p. 4033-4051 sep./out. 2019. ISSN 2595-6825. Disponível em:https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/3230/3109. Acessado em: 8 dez. 2020.
BARRETO M.S. et al., Sistematização da assistência de enfermagem: a práxis do enfermeiro de hospital de pequeno porte. Esc. Anna Nery vol.24 no.4 Rio de Janeiro 2020 Epub June 29, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452020000400211&lang=pt Acessado em: 13 dez. 2020.
Hospital Israelita Albert Einstein. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico. Disponível em: https://www.einstein.br/doencas-sintomas/avc/avc-hemorragico. Acesso em: 04 de Dezembro de 2020.
MORRONE, Luiz Carlos Porcello. DIOGO, Luciano Passamami. et al. Fatores de risco entre subtipos de AVC no Brasil. 2013; 22(1): 32-5. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22078780/. Acesso em: 04 de dezembro de 2020.
MIRANDA, Maramélia. AVC Hemorrágico. iNeuro Neuroligia Inteligente; c2009-2020. Disponível em: https://www.ineuro.com.br/para-os-pacientes/avc-hemorragico/. Acesso em: 05 de dezembro de 2020.
MAMED S.N. et al., Perfil dos óbitos por acidente vascular cerebral não especificado após investigação de códigos garbage em 60 cidades do Brasil, 2017. Rev. bras. epidemiol. 22 (Suppl 3) 28 Nov 2019. Disponível em: https://scielosp.org/article/rbepid/2019.v22suppl3/e190013.supl.3/#. Acessado em: 8 dez. 2020.
NEUROLOGIA. Copyright © 2020 Hospital Israelita Albert Einstein. https://www.einstein.br/doencas-sintomas/avc/avc-hemorragico. Acessado em: 8 dez. 2020.
ROLIN A.M. et al. Associação estatística entre o polimorfismo rs2243250 no gene da IL-4 e o AVC hemorrágico na população brasileira. J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.56 Rio de Janeiro 2020 Epub May 29, 2020. Disponível em:https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676-24442020000100601&script=sci_arttext&tlng=pt. Acessado em: 8 dez. 2020.
SBDC. Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares. Disponível em: http://www.sbdcv.org.br/publica_index.asp Acesso em: 04 de Dezembro de 2020. 
PA
107X52 mmHg
T
36,8 ºC
R
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21 irpm
SatO2
107 bpm
98%
 
UNIVERSIDADE NILTON LINS
 
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: 
 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCH).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS
 
2020
 
 
UNIVERSIDADE NILTON LINS 
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCH). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2020

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