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- -1 APARELHO LOCOMOTOR UNIDADE 4 - QUAIS OSSOS, ARTICULAÇÕES E MÚSCULOS FAZEM PARTE DOS MEMBROS INFERIORES? Jaqueline Santos Silva Lopes; Vivian Alessandra Silva - -2 Introdução Caro aluno, no que se refere ao estudo dos segmentos corporais, ainda que sejam observadas semelhanças entre as articulações dos membros inferiores e superiores, são notadas diferenças anatômicas significantes entre esses segmentos em adaptação à demanda funcional. Por exemplo, os membros superiores são utilizados para executar atividades do dia a dia — como pentear o cabelo, digitar, escrever, lavar louça, pendurar roupa no varal, varrer, pegar objetos, realizar gestos de afeto — e, por isso, as lesões nesse segmento ocorrem em sua maioria por movimentos repetitivos. Por outro lado, o membro inferior possui relação direta com a sustentação corporal e deslocamento do corpo no espaço (caminhar, subir escadas, correr, sentar, deitar) e, por isso, as lesões observadas nesse segmento se relacionam com impacto e sobrecarga nos segmentos articulares. Nesse sentido, conhecer especificamente todos os sistemas que constituem as partes do aparelho locomotor é necessário. A partir dessa compreensão do funcionamento normal dos segmentos corporais, conseguiremos responder aos seguintes e importantes questionamentos: como nos locomovemos?; quais os movimentos produzidos em cada articulação do membro inferior?; quais músculos atuam para movimentarmos o membro inferior? Após ter essas respostas, o profissional de saúde é habilitado a planejar e supervisionar atividades físicas, fornecer um diagnóstico funcional específico, sendo ainda possível a sugestão de condutas e estratégias adequadas para reabilitar possíveis disfunções. Para que tudo isso seja possível, inicialmente é necessário conhecimento teórico sobre o tema apresentado. Nesta unidade, portanto, abordaremos todas as funções das respectivas articulações localizadas no membro inferior, bem como suas características anatômicas. Acompanhe! 4.1 Esqueleto do cíngulo do membro inferior e da parte livre Os membros inferiores possuem características anatômicas, cinesiológicas, biomecânicas e funcionais caracterizadas por possibilitar funções relacionadas à locomoção, à sustentação e ao equilíbrio do corpo humano. A esse respeito, perceberemos, a seguir, na descrição das regiões desse segmento corporal, todas as adaptações e características que permitem o desempenho máxima das funcionalidades vitais mencionadas. Portanto, para que as funções mencionadas sejam desempenhadas, é necessária atividade normal de todas os tecidos e articulações que serão apresentadas a seguir. A esse respeito, no que se refere à anatomia, especificamente do membro inferior, ele é formado por 31 ossos, que são distribuídos da seguinte maneira: • quadril 1;: • coxa 1;: • joelho 1;: • perna 2;: • pé 26.: Assim, apresentaremos, a seguir, o nome de todos os ossos que, juntos, formam o membro inferior e permitem a localização e o desempenho de todas as funções mencionadas até aqui. 4.1.1 Cíngulo do membro inferior O osso do quadril é o único que compõe o cíngulo do membro inferior. No nascimento, o osso do quadril está dividido em ílio (superior), ísquio (inferior e posterior) e púbis (inferior e anterior). Até os 14 anos de idade, esses ossos estão unidos pela cartilagem trirradiada que apresenta o formato de Y. A sinostose inicia-se quando • • • • • IARA Realce Função dos membros inferiores IARA Realce quais os principais fatores das lesões? IARA Retângulo distribuição dos ossos do membro inferior IARA Realce qual osso compõem o cíngulo inferior - -3 esses ossos estão unidos pela cartilagem trirradiada que apresenta o formato de Y. A sinostose inicia-se quando o indivíduo começa a andar e estará quase completa aos 14 anos, finalizando aos 25 anos de idade. No osso do quadril, podemos observar os acidentes ósseos listados a seguir. Confira! • Crista ilíac (corresponde à extensa crista localizada na parte superior do ílio).a • Fossa ilíaca (refere-se a uma depressão na parte medial do ílio). • Espinha ilíaca anterossuperior (trata-se da saliência óssea que delimita o limite anterior da crista ilíaca). • Espinha ilíaca anteroinferior (saliência óssea verificada abaixo da espinha ilíaca anterossuperior). • (superfície medial cujo formato se assemelha a uma orelha).Fossa auricular • Acetábulo (cavidade esferoide localizada lateralmente, e formada pela união dos três ossos que formam o quadril). • Forame obturado (abertura na parte inferior do quadril está fechado, obturado por uma membrana, a membrana obsturatória). • Espinha isquiática (projeção óssea, localizada posteriormente ao acetábulo). • Túber isquiático (saliência óssea com aspecto rugoso, localizado abaixo da espinha isquiática). • Púbis (região mais anterior do osso do quadril, formada pelos ramos superior e inferior) Figura 1 - Vista anterior e posterior, respectivamente, da pelve óssea. Fonte: RUIZ, 2017, p. 57. A maior parte dos acidentes do osso do quadril está relacionada à inserção muscular. Clique nas abas e aprenda mais sobre o tema. • Avulsão do túber isquiático Entre as fraturas que podem afetar o osso do quadril, a mais frequente é a por avulsão do túber isquiático, na qual o túber isquiático é arrancado pelos músculos que se inserem na região (músculo isquiotibiais). • Osteoartrose A osteoartrose caracteriza-se por ser uma doença crônica que acomete inicialmente a cartilagem. Há uma incidência elevada nas articulações do quadril e joelho. A lesão ocorre devido à alta proporção de peso corporal sobre determinada articulação, tração da unidade musculotendínea e forças externas. • Degeneração progressiva da cartilagem Desse modo, no caso da osteoartrose de quadril, ocorre degeneração progressiva da cartilagem localizada entre as superfícies articulares do acetábulo e cabeça do fêmur. É importante lembrar que a cartilagem é avascular, o que torna difícil processos de cicatrização no local. Além disso, por se tratar de uma articulação indispensável para as atividades de vida diária, o repouso da região é difícil, fato que implica progressão contínua da doença, por isso considerada degenerativa. • • • • • • • • • • • • • IARA Realce cartilagem que uni o ílio, ísquio e púbis IARA Realce lesão onde o túber isquiático é arrancado pelos músculos que se inserem na região IARA Realce lesão onde ocorre devido à alta proporção de peso corporal sobre determinada articulação, tração da unidade musculotendínea e forças externas. IARA Realce IARA Realce - -4 O diagnóstico deve ser realizado por meio de correlações clínicas e análise de exames de imagem. No que se refere ao tratamento, é importante que todos os objetivos tratados sejam relacionados à recuperação das habilidades físicas perdidas ou comprometidas, em detrimento da lesão. No caso da osteortrose no quadril, são comuns sequelas relacionadas à perda da amplitude de movimento, fraqueza muscular, rigidez articular e dor. Os ossos do quadril direito e esquerdo articulam-se com o osso sacro e o cóccix para formar a pelve óssea. A pelve possui uma abertura superior e uma abertura inferior, sendo que o espaço entre elas compreende a cavidade pélvica. A abertura superior da pelve é usada como referência para dividir a pelve em: pelve maior (ou falsa), pertencente à cavidade abdominal e preenchida principalmente pelos intestinos, e em pelve menor (ou verdadeira), preenchida pelo reto, pela bexiga urinária e, nas mulheres, pelo útero. Há variações anatômicas marcantes entre a pelve feminina e masculina, pois a feminina deverá acomodar o feto durante a gestação e servir como canal de parto. Veja abaixo as principais diferenças entre elas. A abertura superior maior é mais arredondada, e o maior afastamento entre os ossos do púbis fazem com que o diâmetro pélvico feminino seja, em geral, maior que o masculino. Figura 2 - Diferenças anatômicas entre a pelve masculina e feminina. VOCÊ QUER LER? Um recente estudo de revisão sistemática pesquisousobre a eficácia de intervenções específicas para o tratamento de osteoartrose. Os desfechos demonstraram que os exercícios com maior evidência de melhora foram os aquáticos sem impacto, o isocinético, o treinamento de força muscular, a caminhada e a educação em saúde e nutricional com orientações específicas. O artigo completo está disponível em: .http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf IARA Realce IARA Realce ossos que formam a pelve - -5 Figura 2 - Diferenças anatômicas entre a pelve masculina e feminina. Fonte: Double Brain, Shutterstock, 2019. Durante o trabalho de parto, a equipe de enfermagem e o médico fazem a medida da pelve para avaliar a proporção feto-pélvica por meio da medida do diâmetro conjugado diagonal com o toque vaginal da base do sacro e da margem inferior da sínfise púbica. Esse diâmetro mede cerca de 12 centímetros e, se for menor do que 10 centímetros, indica desproporção feto-pélvica, não sendo recomendado o parto natural. Outra alteração perceptível durante o trabalho de parto é o aumento do ângulo subpúbico por relaxamento da sínfise púbica pela ação do hormônio ovariano relaxina. No fim da gestação, a relaxina começa a ser liberada, preparando a pelve feminina para o parto, e durante o trabalho de parto a liberação aumenta consideravelmente. 4.1.2. Parte livre do membro inferior: coxa e perna O fêmur é o único osso encontrado na coxa. É o maior osso verificado no corpo humano e seu comprimento equivale a 25% da estatura de um indivíduo. O fêmur estende-se desde o quadril até o joelho, com direção oblíqua inclinado medialmente, sendo a obliquidade mais acentuada em mulheres. Quando o ângulo do fêmur está diminuído, ocorre aproximação dos joelhos e afastamento dos pés, condição chamada de coxa valga. Quando esse ângulo está aumentado, ocorre o afastamento dos joelhos e chamamos essa condição de coxa vara. Figura 3 - Diferentes angulações do fêmur. Fonte: Intarapong, Shutterstock, 2019. A coxa valga faz com que haja aproximação entre os côndilos mediais do fêmur, fazendo com que a descarga de IARA Realce IARA Retângulo condição do femur quando o ângulo do fêmur está diminuído, ocorre aproximação dos joelhos e afastamento dos pés IARA Retângulo condição do femur quando o ângulo do femur está aumentado, ocorre o afastamento dos joelhos IARA Carimbo - -6 A coxa valga faz com que haja aproximação entre os côndilos mediais do fêmur, fazendo com que a descarga de peso no menisco medial e na região medial do pé seja maior, levando a uma pisada pronada. Na coxa vara, há afastamento dos côndilos mediais do fêmur e, como compensação, o indivíduo desenvolve uma pisada supinada, ou seja, com maior descarga de peso na região lateral do pé. Os músculos do membro inferior também podem ser afetados e sua função pode ser melhorada com o auxílio do profissional de Educação Física, que garante que os gestos esportivos estão ocorrendo com a intensidade adequada, o de Fisioterapia, o de Enfermagem e o de Podologia, que podem confeccionar palmilhas que ajudam a corrigir a pisada. Figura 4 - Joelho valgo e joelho varo. Fonte: Dimedrol68/GBALLGIGGSPHOTO, Shutterstock, 2019. As partes anatômicas que constituem o fêmur estão listadas a seguir. • Cabeça do fêmur (localizada na extremidade proximal, articula-se com o acetábulo para formar a articulação do quadril. Trata-se ainda, de uma saliência esférica, voltada medialmente). Na cabeça, encontra-se uma depressão denominada fóvea do fêmur, onde se insere o ligamento à cabeça do fêmur. • Colo do fêmur (localizado imediatamente após a cabeça do fêmur, em sentido inferior). • Trocânter maior (saliência óssea na região lateral, na extremidade proximal). • Trocânter menor (saliência óssea na região lateromedial, também na extremidade proximal). • Linha áspera (verificada na parte posterior, no colo do fêmur). • Côndilo medial (saliência óssea medial, verificada na extremidade distal). • Côndilo lateral (saliência óssea lateral, verificada na extremidade distal). • • • • • • • IARA Realce tipo de pisada da coxa valga IARA Realce tipo da pisada da coxa vara IARA Realce IARA Realce IARA Realce IARA Realce IARA Realce IARA Realce - -7 • Côndilo lateral (saliência óssea lateral, verificada na extremidade distal). • Fossa intercondilar (cavidade que serve de fixação para ligamentos). • Face patelar (superfície anterior lisa, localizada entre os côndilos). Figura 5 - Acidentes anatômicos do fêmur. Fonte: RUIZ, 2017, p. 56. As fraturas mais frequentes do fêmur ocorrem na região do colo ou na diáfise / no corpo do fêmur. Em idosos, a fratura de colo de fêmur tem maior incidência em pacientes com osteoporose e pode significar um alto risco de morbidade, pois leva à imobilização prolongada do paciente. • • • IARA Realce IARA Realce IARA Realce IARA Realce - -8 Figura 6 - Radiografia da pelve feminina. Fonte: Xray Computer, Shutterstock, 2019. Para pacientes idosos nessa situação, há alto risco de depressão, trombose e pneumonia devido à imobilidade. Nesse contexto, o trabalho do fisioterapeuta e enfermeiro é essencial para evitar a instalação de doenças secundárias à fratura. No joelho, na região de transição entre a coxa e a perna, está a patela. Esse osso é encontrado no interior do músculo quadríceps femoral e apresenta importante papel na estabilização do joelho durante a flexão. A patela é considerada um osso sesamoide por estar no meio de um tendão. A condromalácea patelar é uma doença que afeta a patela. Ela pode surgir como lesão consequência de impactos diretos exercidos sobre a face posterior da patela. Essa doença se desenvolve em três estágios, que você conhecerá a seguir. Clique e confira! 1° estágio Ocorre edema e amolecimento da cartilagem na região das superfícies articulares entre a parte posterior da patela e o sulco femoral. 2° estágio Aparecimento de fissuras na cartilagem amolecida. 3° estágio Deformação da cartilagem, com fragmentação do tecido. O surgimento da doença tem relação com o alinhamento anormal da patela, que seria responsável por causar “desgaste” na cartilagem articular. Várias causas são mencionadas por ocasionar tal desvio, como joelho valgo, fraqueza muscular em quadríceps, obesidade e predisposição genética. Os sinais e sintomas clássicos dessa patologia incluem dor na região anterior do joelho durante atividades que IARA Realce que tipo de osso é considerado a patela? IARA Realce doença que gera lesão em consequência de impactos diretos exercidos sobre a face posterior da patela IARA Realce causas do desgaste na cartilagem do joelho - -9 Os sinais e sintomas clássicos dessa patologia incluem dor na região anterior do joelho durante atividades que demandam movimentos articulares no joelho (correr, subir escadas, andar de bicicleta, agachamento, marcha) (PRENTICE; VOIGHT, 2003). A cartilagem que cobre a patela é pouquíssima vascularizada, o que dificulta respostas inflamatórias e o processo de reparação tecidual bem-sucedido. Por isso, é importante que pacientes com essa doença, após finalizar o tratamento medicamentoso e fisioterapêutico, continuem aderidos em programas de manutenção contínuos e ininterruptos de atividades físicas. Na perna, encontramos dois ossos longos: a tíbia e a fíbula.A tíbia é um osso volumoso, localizado medialmente. Seus principais acidentes ósseos encontram-se listados abaixo. • Côndilo medial (situa-se na extremidade proximal, apres entando uma face articular superior para o fêmur). • Côndilo lateral (situa-se na extremidade proximal, apresentando uma face articular superior para o fêmur). • Eminência intercondilar (situa-se entre os côndilos tibiais e serve como ponto de inserção para o menisco e os ligamentos cruzados). • Tuberosidade da tíbia (trata-se de uma saliência anterior, localizada na extremidade proximal). • Maléolo medial (saliência óssea localizada medialmente, na proximidade distal). • Incisura fibular (concavidadelateral, na extremidade distal). Figura 7 - Ossos da perna. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. • • • • • • IARA Realce IARA Realce ossos da perna IARA Realce IARA Realce IARA Realce serve de ponto de inserção para o menisco e os ligamentos cruzados IARA Realce IARA Realce IARA Realce - -10 Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. A fíbula é um osso delgado e se localiza lateralmente, estando ao lado da tíbia. Na fíbula, são observados os seguintes acidentes anatômicos: • cabeça da fíbula (situada na extremidade proximal); • maléolo lateral (saliência óssea lateral, verificada na extremidade distal). Agora que já conhecemos os ossos do cíngulo do membro inferior e da tíbia vamos testar nossos conhecimentos na atividade abaixo? Outra maneira interessante de estudarmos os ossos do corpo humano é através das radiografias. Veja se consegue identificar os ossos na imagem abaixo: Figura 8 - Radiografia anteroposterior (A) e perfil (B) do joelho. Fonte: Tiramet, Shutterstock, 2019. As fraturas de tíbia ocorrem com maior frequência no 1/3 médio e no 1/3 distal e quase sempre são acompanhadas de fratura da fíbula. A tíbia é o osso que os jogadores de futebol costumam chamar de canela e que é protegida por um aparato denominado caneleira. A recuperação de paciente que passam por cirurgia para tratar uma fratura de tíbia e fíbula varia muito de • • VOCÊ QUER VER? Fraturas graves requerem intervenção cirúrgica. É comum que esse tipo de cirurgia utilize placas ou pinos confeccionados em material específico para auxiliar na consolidação das fraturas. Também é necessário um tempo de imobilização para que o processo de cicatrização ocorra, além de reabilitação adequada para recuperar todas as habilidades físicas perdidas em decorrência da lesão. Assista a um vídeo de uma cirurgia na tíbia acessando o : link .https://youtu.be/QBaYlC4UAp0 https://youtu.be/QBaYlC4UAp0 IARA Realce IARA Realce - -11 A recuperação de paciente que passam por cirurgia para tratar uma fratura de tíbia e fíbula varia muito de acordo com o grau de gravidade da fratura, a idade do paciente e as condições de saúde anteriores à fratura. VAMOS PRATICAR? Os hominídeos são os ancestrais do . Eles se diferenciavam dos macacos porHomo sapiens apresentar o bipedalismo e não utilizarem os membros superiores para a locomoção. Os primeiros hominídeos surgiram há mais de quatro milhões de anos e especula-se que a liberação dos membros superiores teria permitido que o animal pudesse carregar maior quantidade de alimento. Entretanto, assumir a postura bípede trouxe a necessidade de adaptação aos membros inferiores para que pudessem carregar sozinhos o peso do organismo e ainda se locomover com agilidade. Na postura ereta, o peso do corpo é transferido da coluna vertebral para o osso do quadril e do quadril para o fêmur. A fim de melhorar a postura do corpo, o fêmur apresenta uma posição inclinada, alinhando o centro de gravidade do corpo entre os pés e a segunda vértebra sacral. Do fêmur, todo o peso é transferido para a tíbia e da tíbia para o pé. Para suportar toda essa carga, os acidentes ósseos do membro inferior são robustos e facilmente palpáveis. Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que foi lido e aplicará o que foi aprendido na sua prática profissional. Para auxiliá-lo, você pode consultar o material de apoio a seguir: MOORE, K. L. . 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,Anatomia orientada para a clínica 2019. p. 652 a 661. UNESP. . Assis, 2009.Aparecimento da linhagem humana e origem do bipedalismo Disponível em: .http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2.htm Situação-problema: Vamos palpar os ossos do membro inferior. Encontre na sua casa um local amplo, no qual você possa se movimentar em segurança, sem esbarrar em objetos. Começaremos palpando o osso do quadril. Fique em pé e plante bem os pés no chão para se equilibrar. Coloque as mãos na cintura e vá descendo até encontrar uma crista óssea saliente. Deslize a ponta dos dedos sobre ela em direção anterior. Essa é a crista ilíaca. Em indivíduos magros, é possível acompanhá-la com a mão anteriormente até chegar a uma protuberância: é a espinha ilíaca anterossuperior. Muito bem! Agora, coloque a mão no umbigo e vá descendo em direção à região púbica. Perceba que, durante o trajeto da sua mão no abdômen, o tecido subjacente é mole, porém se percebe facilmente a presença do osso púbis na altura do monte do púbis ou da raiz do pênis. Agora, traga duas cadeiras. Coloque-se entre elas. Use o encosto de uma das cadeiras para apoiar a mão e segure-se para não perder o equilíbrio. Fique em pé em frente à outra cadeira e flexione a perna e apoie a planta do pé sobre o assento do móvel. Coloque a palma da mão direita na nádega direita próxima à região em que o glúteo se une com a coxa. Perceba uma protuberância óssea: trata-se do túber isquiático. Agora, desça a mão até a região do joelho, palpe a patela em posição bem central, escorregue as mãos da patela para as laterais e perceba os côndilos do fêmur. Volte as mãos para a patela e continue escorregando a mão até atingir mais uma protuberância: a tuberosidade da tíbia. Deslize a mão que está sobre a tuberosidade da tíbia para a lateral e encontre a cabeça da fíbula. Escorregue as mãos até o tornozelo e encontre ali duas saliências, uma medial, o maléolo da tíbia e outra lateral, o maléolo da fíbula. Os ossos do membro inferior são mais robustos ou mais frágeis que os ossos do membro superior? A patela mudará de posição se você realizar os movimentos de flexão e extensão do joelho? E no tornozelo, qual osso parece mais robusto, a tíbia ou a fíbula? http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2.htm - -12 É interessante perceber que a transferência do peso do corpo obedece a seguinte sequência: da coluna vertebral para o quadril, do quadril para o fêmur e do fêmur para a tíbia. Como a fíbula não se articula com o fêmur, ela não participa dessa função de sustentação. Da tíbia, o peso é transferido para o retropé e dali para o antepé. Mas o que seria o retropé e o antepé? Vamos descobrir? Continue acompanhando o texto! 4.1.3 Parte livre do membro inferior: pé O pé é constituído por ossos que são divididos em três partes: tarso, metatarso e falanges. • Tarso – é formado por sete ossos: calcâneo (posterior e inferior); tálus (posterior e superior); navicular (anterior ao tálus); cuboide (anterior ao calcâneo); cuneiformes lateral, intermédio e lateral (anteriores ao navicular). • Metatarso – essa região é composta por cinco ossos, classificados da lateral para medial em I, II, III, IV e V metatarsal, respectivamente. • Dedos – são compostos por falanges. Cada dedo apresenta uma falange proximal, intermédia e distal, exceto o hálux, ou I dedo, que possui apenas falanges proximal e distal. • • • IARA Realce ossos do pé - -13 Figura 9 - Ossos do pé. Fonte: RUIZ, 2017, p. 59. Outra divisão útil que se pode usar para dividir os ossos do pé será apresentada a seguir Clique nas abas e confira! Antepé Formado pelas falanges. Mediopé Formado pelos ossos metatarsais e tarsais, sendo os ossos cuneiformes, cuboide e navicular. Retropé Formado pelos ossos tálus e calcâneo. Os pés são regiões de estrutura complexa, pois são responsáveis por distribuir todo o peso do corpo, manter o IARA Realce Formado pelas falanges. IARA Realce Formado pelos ossos metatarsais e tarsais, sendo os ossos cuneiformes, cuboide e navicular. IARA Realce Formado pelos ossos tálus e calcâneo. - -14 Os pés são regiões de estrutura complexa, pois são responsáveis por distribuir todo o peso do corpo, manter o equilíbrio enquanto caminhamos e ainda absorver possíveis choques. De todos os ossos do pé, apenas o tálus se articula com a tíbia. O tálus se apoia em um segundo osso, chamado de calcâneo, o maior osso do pé, o qual descarrega parte do peso do corpo no solo ou o transfere para o antepé quando estamos andando ou correndo. Além dos ossos citados acima, temosainda os ossos sesamoides medial e lateral, os quais articulam-se com a cabeça do I metatarsal e funcionam como uma polia para os tendões que se dirigem ao hálux. Figura 10 - Radiografia anteroposterior do pé. Fonte: MossStudio, Shutterstock, 2019. Impactos diretos e indiretos no pé podem resultar em fraturas. As fraturas por impacto mais frequentes são as dos dedos e metatarsais. Há ainda a fratura por estresse dos sesamoides, na qual ocorre lesão das trabéculas ósseas no interior do osso, em geral ocorre mais em indivíduos com a pisada pronada (descarrega mais peso na região medial do pé). As lesões observadas no tecido ósseo necessitam de intervenção adequada, assim como todas as outras lesões observadas em outros tecidos. Nesse sentido, é importante destacar que lesões não tratadas podem gerar sequelas permanentes na função do indivíduo, gerando compensações e instalações de lesões secundárias. IARA Realce funções do pé IARA Realce IARA Realce - -15 Agora que já conhecemos todos os ossos do membro inferior, vamos testar nossos conhecimentos na atividade abaixo? Agora que estamos craques nos ossos, vamos compreender melhor quais são os movimentos realizados pelas articulações do membro inferior? 4.2 Fisiologia articular da articulação sacro-ilíaca, do quadril, do joelho, do tornozelo e do pé Os movimentos desempenhados pelo membro inferior são possíveis graças à sincronia dos seguintes complexos articulares: quadril; joelho; tornozelo; pé. Tais articulações possuem características específicas que garantem a execução de movimentos em diferentes condições de posicionamento, por exemplo: correr, agachar, subir e descer escadas, pular, deitar, sentar etc. (SACCO; TANAKA, 2008). Nestse sentido, nota-se que algumas articulações realizam movimentos de grande amplitude, outras realizam movimentos restritos e, outras ainda, não realizam nenhum tipo de movimento. Saiba que as articulações são classificadas de acordo com o tecido verificado entre os ossos e o formato das superfícies que se articulam. A seguir, serão apresentadas as articulações móveis, verificadas no membro inferior. Acompanhe! 4.2.1 Articulações do membro inferior: articulação do quadril e articulação sacro-ilíaca A é formada pela união dos ossos sacro e ilíaco. Trata-se de uma articulação estável, articulação sacro-ilíaca com tecido fibroso, que possui mobilidade restrita. Nessa região, também são verificados importantes ligamentos, que auxiliam a garantia da estabilidade mencionada. Clique nas setas e aprenda mais sobre o tema. A articulação sacro-ilíaca realiza o movimento de inclinação anterior, denominada nutação, e uma inclinação posterior, chamada de contranutação. Devido à constituição anatômica, caracterizada por robustas inserções ligamentares, essa articulação realiza menos de dois graus de movimento, no plano transverso. Portanto, trata-se de uma articulação do tipo uniaxial (RUIZ, 2017). Já a articulação do , é formada apenas pela articulação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do osso doquadril Em 2018, às vésperas da Copa da Rússia, o jogador de futebol Neymar sofreu uma fratura no quinto metatarsal. O V metatarsal articula-se com o osso cuboide e com a falange proximal do V dedo. Ele é um pouco diferente dos demais metatarsais, pois apresenta uma saliência, a tuberosidade do V metatarsal, que fica for da região de contato com o cuboide e na qual se inserem dois músculos: o músculo fibular curto e o músculo abdutor do dedo mínimo. O músculo fibular curto é agonista da eversão do pé e o músculo abdutor do dedo mínimo é sinergista do movimento. Na eversão, viramos a planta do pé em direção ao plano lateral, “para fora”. Utilizamos a eversão do pé, também para ajudar a impulsão do corpo durante uma arrancada na corrida. A fratura do V metatarsal é relativamente frequente em jogadores de futebol que, para mudar a direção na qual estão correndo atrás da bola, estancam abruptamente. Nesses casos, a contração dos músculos fibular curto e abdutor do dedo mínimo puxa a tuberosidade do V metatarsal, fazendo uma fratura por avulsão. De acordo com a gravidade do caso, o tratamento pode até ser cirúrgico. CASO IARA Realce IARA Realce movimento de inclinação anterior IARA Realce movimento de inclinação posterior IARA Realce - -16 Já a articulação do , é formada apenas pela articulação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do osso doquadril quadril. Caracteriza a articulação proximal do membro inferior, responsável por estabelecer união entre o tronco e os membros inferiores. Também se trata de uma articulação com grande estabilidade e pouca mobilidade. Comumente, durante as atividades de vida diária, o movimento do quadril é associado a movimentos da pelve e coluna lombar. O quadril é uma articulação do tipo esferoide, que possui três eixos e três graus de movimento. Os movimentos realizados são a abdução e adução, a flexão e a extensão e a rotação. Está localizada sob grandes massas musculares, o que dificulta a palpação em toda sua extensão (KAPANDJI, 2009). No interior do acetábulo, há uma face articular com formato de meia-lua, denominada face semilunar. Ao redor do acetábulo, encontramos um lábio articular, ou seja, uma camada de tecido fibrocartilaginoso que aumenta em 10% a região articular do acetábulo, garantindo a estabilidade quando descarregamos peso nessa articulação. A cartilagem que cobre a cabeça do fêmur é bastante espessa, especialmente na região onde ocorre maior sustentação de peso. Unindo a cabeça do fêmur e o acetábulo, encontramos ainda o ligamento da cabeça do fêmur, que contém uma artéria em seu interior. A cápsula articular da articulação do quadril é espessa, mas larga. É reforçada pelos ligamentos ileofemoral e pubofemoral em sua região anterior. Na região posterior, a cápsula é reforçada pelo ligamento isquiofemoral. Figura 11 - Articulação do quadril. Na vista anterior, observa-se o ligamento ileofemoral (une o fêmur ao ílio) e o ligamento pubofemoral (une o fêmur ao púbis). Na vista posterior, observa-se o ligamento ísquiofemoral (une o fêmur ao ísquio). Com a cápsula aberta, observa-se o ligamento da cabeça do fêmur (une a cabeça do fêmur ao acetábulo). Fonte: Medical Art Inc, Shutterstock, 2019. A presença dos ligamentos na cápsula articular limita o movimento de flexão a 90° e o de extensão a 20°. A abdução e a adução ocorrem a 90°, a rotação lateral a 60° e a rotação medial a 30°. Dessa maneira, fica claro que a esfera da cabeça do fêmur dentro do acetábulo permite grande liberdade de movimento, entretanto os ligamentos limitam esses movimentos, fornecendo a estabilidade necessária para o suporte de peso na posição bípede. IARA Realce o que forma a articulação do quadril IARA Realce tipo de articulação do quadril IARA Realce movimentos do quadril IARA Realce - -17 4.2.2 Articulações do membro inferior: articulação do joelho, tornozelo e pé O , por sua vez, compreende duas articulações elipsoides dispostas lado a lado: a tíbiofemoral e ajoelho patelofemoral. Lembre-se de que a cabeça da fíbula não faz parte dessa articulação. A articulação do joelho garante execução de grande parte das atividades diárias, entretanto, está exposto a significante estresse mecânico decorrente da posição bípede. Por isso, é uma das articulações com maior índice de lesões durante práticas esportivas (KAPANDJI, 2009). É dotada de grande amplitude de movimento, que permite a realização dos diversos movimentos realizados em nosso cotidiano, como pedalar, andar, correr, agachar, subir, descer. A articulação tíbiofemoral é do tipo condilar e permite os movimentos de flexão e extensão e adução e abdução, sendo classificada como biaxial. A articulação patelofemoral permite apenas o movimento de deslizamento e, por isso, é classificada como não axial. A cápsula articular do joelho é delgada, sendo composta anteriormente pelo tendão do músculo quadríceps femoral. A membrana sinovial da capsula forma uma prega no seu interior, chamada de prega sinovial infrapatelar. No interior da cápsula,encontramos ainda um acúmulo de gordura, os corpos adiposos supra e infrapatelar. Devido à passagem de ligamentos e tendões na região, há a proteção realizada pelas bolsas sinoviais pré-patelar e infrapatelar. Figura 12 - Corte sagital do joelho. IARA Realce duas articulações do joelho IARA Realce IARA Realce IARA Realce movimentos da articulação tíbiofemoral IARA Realce movimento da articulação patelafemoral IARA Realce IARA Realce - -18 Figura 12 - Corte sagital do joelho. Fonte: Alila Medical Media, Shutterstock, 2019. Os ligamentos que reforçam a cápsula articular externamente estão elencados abaixo. Clique nos itens e confira! Da patela Localiza-se na região anterior da cápsula e corresponde à parte distal do tendão do músculo quadríceps femoral e estende-se até a tuberosidade da tíbia. Colateral fibular Localiza-se na região lateral da cápsula e estende-se do epicôndilo lateral do fêmur até a cabeça da fíbula, e é mais espesso. Colateral tibial Localiza-se na região medial da cápsula e estende-se do epicôndilo medial do fêmur até a face medial do côndilo medial da tíbia, e é mais delgado e frágil. Poplíteo oblíquo Localiza-se na região posterior da cápsula e corresponde a uma continuação do tendão do músculo semimembranáceo. Poplíteo arqueado Localiza-se na região posterior da cápsula e estende-se da cabeça da fíbula, forma um arco ao redor do ligamento oblíquo. Os ligamentos que se encontram internamente à cápsula articular são: • cruzado anterior: estende-se da tíbia até a face medial do fêmur, é mais frágil e sua função é limitar o deslizamento ou rolagem do fêmur sobre a tíbia; • cruzado posterior: estende-se da tíbia até a face lateral do fêmur, é mais espesso e forte, e sua função é limitar o deslizamento ou rolagem do fêmur sobre a tíbia. Figura 13 - Ligamentos da articulação do joelho. Fonte: Designua/Medical Art Inc, Shutterstock, 2019. • • IARA Realce estende-se da tíbia até a face medial do fêmur, é mais frágil e sua função é limitar o deslizamento ou rolagem do fêmur sobre a tíbia; IARA Realce estende-se da tíbia até a face lateral do fêmur, é mais espesso e forte, e sua função é limitar o deslizamento ou rolagem do fêmur sobre a tíbia. - -19 As lesões no ligamento cruzado anterior (ruptura de LCA) são comuns em esportes que envolvem giros, cortadas e mudanças bruscas de direção associadas com períodos de aceleração e desaceleração, como basquete, handebol e futebol. Nesse sentido, aproximadamente 70% das lesões de LCA não são por contato. Clique nos itens para aprender mais sobre o tema. Além disso, o mecanismo de lesão observado com maior incidência relaciona-se à rotação do fêmur sobre a perna fixada no chão, com o joelho em extensão. O LCA é impulsionado anteriormente com força de cisalhamento. Para que ocorra ruptura, deve haver excesso de translação ou rotação anterior do fêmur em relação à tíbia (PRENTICE; VOIGHT, 2003). No que se refere à incidência dessa lesão, observa-se que mulheres são mais susceptíveis. As hipóteses para tal dado são relacionadas às características anatômicas, neuromusculares e hormonais específicas do gênero feminino. No que se refere às estratégias de prevenção, para lesões no LCA, a eficácia de diversas técnicas tem sido apresentada na literatura. A esse respeito, o fortalecimento dos músculos do joelho demonstra resultados preventivos satisfatórios, por proteger a articulação e minimizar o impacto sobre ela. Uma ruptura de LCA não reparada cirurgicamente provoca diminuição da amplitude de movimento articular durante a caminhada, por exemplo. Além disso, os indivíduos relatam frequentemente sensação de falseio, com instabilidade articular durante atividades básicas do dia a dia. Essa situação pode alterar a localização do centro de rotação do joelho, provocando mudança na área de contato tibiofemoral. O resultado disso, em longo prazo, pode ser a osteoartrite (PRENTICE; VOIGHT, 2003). O reparo cirúrgico do LCA caracteriza a reconstrução do ligamento por meio de enxerto do terço médio do tendão patelar, semitendíneo ou grácil na região lesionada. As sequelas funcionais observadas nesse tipo de lesão, independentemente do tratamento realizado (conservador ou cirúrgico), envolvem fraqueza e perda de massa muscular em extensores de joelho, redução da amplitude de movimento e comprometimento do controle neuromuscular. Para tanto, é imprescindível tratamento fisioterapêutico que seja pautado em condutas que resolvam os problemas mencionados. A não realização adequada de tratamento implica compensações e ocorrência de lesões secundárias. Alguns ligamentos também cruzam o joelho, por um lado garantindo estabilidade, mas, por outro, limitando a sua mobilidade. Os movimentos permitidos no joelho são flexão, extensão e rotação da tíbia, sempre que o joelho estiver em leve flexão sem sustentação de peso. Confira, no vídeo a seguir, um caso clínico que expõe complicações funcionais do pós-operatório de prótese de joelho e a importância da reabilitação para a qualidade de vida do paciente. A palavra menisco vem do grego, , e significa formato de meia-lua. De fato, os meniscos são estruturasmeniskos de fibrocartilagem, com tal formato. Os meniscos medial e lateral aumentam a congruência entre as superfícies de encaixe e auxiliam a absorção de impactos transmitidas por meio da articulação. Cada menisco está preso ao joelho pelas suas extremidades e estão livres na sua maior extensão. Os meniscos são largos na sua margem externa e afinam à medida que se aproximam da região interna. O menisco medial tem um formato de C mais pronunciado e menor mobilidade. O menisco lateral é mais circular e tem maior mobilidade. A maior parte das lesões de menisco ocorre no menisco medial. VOCÊ SABIA? Os meniscos são estruturas formadas por tecido fibrocartilaginoso, localizados no joelho com o objetivo de reduzir o estresse compressivo, estabilizar e lubrificar a articulação. Além disso, os meniscos possuem vascularização pobre, sendo média na região periférica, pouca no terço média e inexistente na porção central. Por essa razão, lesões nesse tecido apresentam baixo ou IARA Realce o que é ruptura LCA? IARA Realce IARA Realce IARA Realce IARA Realce como é o reparo cirúrgico do LCA IARA Realce IARA Realce movimentos do joelho IARA Realce IARA Realce função dos meniscos - -20 O caracteriza a articulação distal do membro inferior, sendo constituído pela união da tíbia e dostornozelo tálus, é a articulação talocrural. Transmite o peso do corpo ao pé, por isso é indispensável na marcha. Trata-se de uma articulação do tipo gínglimo, ou seja, só possui um grau de movimento, flexão e extensão, e por isso é do tipo monoaxial (KAPANDJI, 2009). Para aumentar a estabilidade da articulação do tornozelo no momento em que o peso do corpo é descarregado sobre ela, os maléolos medial e lateral mantém o tálus firmemente em contato com a tíbia. Essa função é especialmente importante quando estamos em um plano inclinado para baixo, em descidas. Para evitar o afastamento da tíbia e da fíbula, temos ainda a membrana interóssea da perna, a qual mantém a diáfise desses ossos firmemente unidas. Além dos maléolos, ligamentos garantem a estabilidade desta articulação. É o caso do ligamento colateral lateral, formado pelos ligamentos talofibular anterior; talofibular posterior e calcaneofibular, todos com fixação no maléolo lateral. Na região medial, com fixação no maléolo medial, encontramos o ligamento colateral medial, também chamado de ligamento deltoideo, formado pelas partes tibiotalar; tibiocalcânea e parte tibionavicular. Figura 14 - Ligamentos da articulação do joelho. Fonte: medicalstocks/Medical Art Inc, Shutterstock, 2019. O movimento de flexão realizado pelo pé pode ser chamado de dorsiflexão, alcança um ângulo de 30° no máximo, e o de extensão é chamado de flexão plantar. meniscos possuem vascularização pobre, sendo média na região periférica, pouca no terço média e inexistente na porção central. Por essa razão, lesões nesse tecido apresentambaixo ou nenhum poder de cicatrização. No corpo humano, existem duas regiões que recebem o nome de deltoide. Entretanto, diferem IARA Realce articulação que une a tíbia e os tálus IARA Realce IARA Realce IARA Realce IARA Realce quais movimentos da articulação gínglimo - -21 A incidência das possui elevada relação com a prática esportiva e a dança e afetam os ligamentos doentorses tornozelo. As entorses no tornozelo são classificadas de acordo com seu mecanismo de lesão em inversão (caracterizada por ruptura de ligamentos laterais) ou eversão (caracterizada por ruptura dos ligamentos mediais). Observa-se maior incidência (95%) de lesão durante a inversão, já que os ligamentos mediais possuem características anatômicas que conferem maior proteção e resistência sobre impactos diretos e indiretos. Para se ter ideia, os ligamentos mediais (deltoide) são tão fortes, que é mais fácil ocorrer uma fratura distal da fíbula em resposta ao impacto do que a ruptura desses ligamentos (PRENTICE; VOIGHT, 2003). Os ligamentos laterais mais comumente lesionados são os talofibular anterior e posterior e o calcâneo fibular. Além disso, observa-se elevada taxa de recidivas para esse tipo de lesão, que podem resultar em instabilidade funcional do tornozelo, sendo responsáveis ainda por movimentos anormais, que podem repercutir na biomecânica de articulações circunvizinhas, como o joelho (HANKIN, 2015). Por fim, quando não tratadas de maneira adequada, aumentam a ocorrência de lesões secundárias, causadas por movimentos compensatórios. No corpo humano, existem duas regiões que recebem o nome de deltoide. Entretanto, diferem quanto à localização anatômica e funcional. Desse modo, o localizado no membrodeltoide superior, especificamente na articulação do ombro, é um músculo que possui três partes. Suas fibras possuem origem em regiões da clavícula e escápula, e inserção no úmero. Por sua vez, o localizado no membro inferior, mais especificamente no tornozelo, refere-se a umdeltoide conjunto de ligamentos localizados na região lateral do pé. VAMOS PRATICAR? Pelo menos uma vez na vida você já deve ter torcido o tornozelo. Torcer o tornozelo é muito comum, pois a região faz a ligação entre o corpo, em posição longitudinal, e o pé, em posição horizontal. Repare que há quase um ângulo reto entre o tornozelo e a perna. Perceba que essa angulação traz muita instabilidade para a região, fazendo com que muitos ligamentos sejam necessários para garantir a estabilidade, além da presença dos maléolos medial e lateral, funcionando como dois fortes pilares que mantêm a tíbia em contato com o tálus. Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que foi lido e aplicará o que foi aprendido na sua prática profissional. Para auxiliá-lo, você pode consultar o material de apoio a seguir: MOORE, K. L. . 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,Anatomia orientada para a clínica 2019. p. 785 a 787. MOTUS HOMINIS. . Disponível em: Movimentos do tornozelo em 3D https://youtu.be ./ryIbbop2OyM Situação-problema: Em sua casa, encontre um local com espaço em que você possa praticar alguns movimentos em segurança, sem esbarrar em móveis e objetos. Fique descalço. Coloque uma cadeira à sua frente. Fique atrás do encosto do móvel, apoie as duas mãos sobre o encosto e firme as plantas dos pés no chão. Isso garantirá seu equilíbrio. Executaremos os movimentos que atuam na articulação do tornozelo. Começaremos com o movimento de dorsiflexão. Para isso, aproxime o dorso do pé da parte anterior da perna. Volte suavemente. Repita esse procedimento lentamente mais três vezes, observando os pés se movimentarem. Volte à posição inicial. Agora, faremos a flexão plantar. Mantenha as mãos apoiadas no encosto da cadeira. Fique na pontinha dos pés. Volte suavemente. Repita o movimento e agora mantenha-se na ponta dos https://youtu.be/ryIbbop2OyM https://youtu.be/ryIbbop2OyM IARA Realce caracterizada por ruptura de ligamentos laterais IARA Realce caracterizada por ruptura dos ligamentos mediais IARA Realce IARA Realce - -22 O é a unidade funcional do membro inferior, localizada distalmente. É responsável pela recepção epé distribuição das cargas, formada por um conjunto complexo de articulações especializadas. Os movimentos do pé incluem inversão e eversão, abdução, adução, flexão e extensão dos dedos do pé. Na eversão, a planta do pé se volta para lateral, e na inversão a planta se volta para medial. Quando na posição neutra (planta do pé apoiada no solo) o pé se mantém levemente em eversão, dizemos que o pé é valgo e a pisada pronada. Quando a planta do pé na posição neutra se mantém levemente em inversão, dizemos que o pé é varo e a pisada supinada. Figura 15 - Tipos de pisada. Fonte: Sakurra, Shutterstock, 2019. A união entre os ossos do tarso e metatarso são garantidas, graças às seguintes articulações: subcalcânea pontinha dos pés. Volte suavemente. Repita o movimento e agora mantenha-se na ponta dos pés, em flexão plantar, por alguns segundos até sentir a sensação de queimação na sua panturrilha. Volte à posição inicial e relaxe um pouco. Agora, sente-se na cadeira e apoie as mãos no assento. Faremos a inversão. Movimente as plantas dos pés em direção ao plano mediano, até que elas quase se encostem. Repita lentamente o movimento mais três vezes. Volte à posição inicial. Agora, faremos o movimento de eversão. Volte as plantas dos pés para o plano lateral, para fora. Repita lentamente o movimento mais três vezes. Ao executar cada um desses movimentos, observe: qual segmento do corpo se move e qual fica parado? Em qual plano de secção ocorre cada movimento realizado? Qual é o eixo do corpo humano em que cada movimento foi realizado? Quais músculos são agonistas de cada um desses movimentos? Na inversão, os joelhos se afastam ou se aproximam? O hálux ajuda na inversão, como? Na eversão, os joelhos se afastam ou se aproximam? O dedo mínimo ajuda na eversão, como? IARA Realce função do pé IARA Realce movimentos do pé IARA Retângulo pisada em que o pé se mantém levemente em eversão, dizemos que o pé é valgo IARA Retângulo pisada em que o pé se mantém levemente em inversão, dizemos que o pé é varo - -23 A união entre os ossos do tarso e metatarso são garantidas, graças às seguintes articulações: subcalcânea (talocalcânea), transversa do tarso (articulações calcaneocuboideas e talonavicular), além das articulações metatarso falângicas e interfalângicas. As articulações do pé garantem, juntas, orientação do pé em qualquer posicionamento da perna e do terreno de apoio. Além disso, o arco plantar é ajustado sempre que necessário, a fim de garantir equilíbrio e sustentação corporal (KAPANDJI, 2009). A planta do pé não fica completamente apoiada no solo na posição neutra. Ela forma três arcos: longitudinal medial e lateral e transverso, cujas funções estão relacionadas com a absorção de impacto, distribuição do peso e funcionar como um trampolim durante a marcha e o salto. A tíbia transmite o peso para o tálus e este distribui o peso para o calcâneo e para a bola do pé (I e II metatarsal). O arco longitudinal medial do pé é o mais alto e fica bastante afastado do solo. É formado pelos ossos calcâneo, tálus, navicular, cuneiformes, I, II e III metatarsal e pelos músculos tibial anterior e fibular longo. A parte lateral do arco apoia-se no solo quando assumimos a posição ereta e é formado pelo calcâneo, cuboide e IV e V metatarsais. O arco transverso funciona como um amparo para o pé e é formado pelos ossos cuboide, cuneiformes e pela base de todos os metatarsais. IARA Realce articulações que permite a união do tarso com metatarso IARA Realce IARA Realce - -24 Fonte: Aksanaku, Shutterstock, 2019. Quando os arcos não estão adequadamente formados, há prejuízo para a função do pé, dores e deformidades. Em especial, os pontos de apoio do pé no solo e por onde o peso do corpo é descarregado se alteram. A diminuição dos arcos recebe o nome de pé plano, e o aumento do arco longitudinal recebe o nome de pé cavo.- -25 Fonte: A7880S, Shutterstock, 2019. Tanto o pé plano quanto o pé cavo podem levar à frouxidão ligamentar e ao encurtamento muscular. Muitas vezes, não é possível corrigir o problema. No nascimento, é normal que o pé tenha aspecto plano, pois há grande quantidade de gordura na planta do pé até os três anos de idade. Em indivíduos obesos, também pode-se constatar o pé plano, porém, se o indivíduo emagrece, o arco longitudinal volta a aparecer. Até aqui, tivemos a oportunidade de conhecer e compreender características específicas das articulações dos VOCÊ QUER VER? Há exames que avaliam as características dos arcos do pé e como descarregamos o peso no solo. É a baropodometria. Esse exame diagnostica alterações da biomecânica durante o repouso e durante a marcha. A partir dos resultados, é possível se confeccionar palmilhas, prescrever exercícios e corrigir a postura dos atletas e pacientes. Veja uma barometria sendo realizada no : .link https://youtu.be/e7n-Ysq8csw https://youtu.be/e7n-Ysq8csw IARA Realce IARA Realce - -26 Até aqui, tivemos a oportunidade de conhecer e compreender características específicas das articulações dos membros inferiores, responsáveis por proporcionar os movimentos realizados para execução de tarefas rotineiras, como caminhar, correr, pedalar, sentar, subir e descer escadas. Além disso, o todos os conceitos e todas as informações apresentados demonstram a importância de conhecer as articulações para a prática profissional adequada. Estamos prontos para partir para o estudo dos músculos que movimentam essas articulações. Continue acompanhando! 4.3 Músculos do membro inferior que agem na articulação do quadril e do joelho Anatomicamente, os músculos do membro inferior são divididos em músculos do quadril, músculos da região glútea, músculos da coxa, músculos da perna e músculos do pé. Em consonância com as funções desempenhadas pelo membro inferior, os músculos dessa região são responsáveis por garantir o equilíbrio durante a locomoção, manter a postura adequada, bem como permitir a realização do movimento. Além disso, nota-se que os músculos dos membros inferiores possuem influência em diversos movimentos. Por exemplo, o quadríceps atua tanto na flexão do quadril quanto na extensão do joelho. A seguir, serão apresentados os músculos localizados em membro inferior e algumas de suas características principais, como fixação proximal, fixação distal, função e inervação. Observe! 4.3.1 Músculos que agem na articulação do quadril Os músculos que agem na articulação do quadril situam-se na região glútea, na coxa ou no abdômen. Na região glútea, encontramos, em camadas de superficial para profundo, os músculos glúteos máximo, médio e mínimo. Profundamente ao músculo glúteo mínimo, encontramos músculos de menor volume, como o piriforme, gêmeo superior, gêmeo inferior, obturador interno e quadrado femoral. O músculo quadríceps femoral é o principal extensor da coxa, enquanto os músculos glúteo médio e mínimo fazem a abdução e a rotação medial. Já os músculos menores e mais profundos (piriforme, gêmeo superior, gêmeo inferior, obturador interno e quadrado femoral), fazem a rotação lateral da coxa. VOCÊ O CONHECE? A profissional de Educação Física Cristiane Pereira de Souza Francisco recebeu o prêmio Educadora Nota 10 pela Fundação Victor Civita em 2017. Cristiane é professora no Ensino Fundamental de uma escola pública no interior do estado de São Paulo. Ela utilizou bolinhas de gude para treinar movimentos finos de membro superior e o desenvolvimento do equilíbrio e suporte que o membro inferior fornece para a realização dos movimentos finos com a mão, preparando melhor as crianças para o processo de aprendizagem da escrita. As crianças tiveram que pesquisar com os pais e avós em casa as regras do jogo, entre outras atividades, fazendo com que a brincadeira ultrapassasse seu valor como atividade física e abrangesse um aspecto sociocultural importante. Quer conhecer mais sobre esta mulher maravilhosa? Acesse https://fvc.org.br/especiais/educador-nota-10-vencedores/#cristiane-pereira-de-souza- .francisco tps://fvc.org.br/especiais/educador-nota-10-vencedores/#cristiane-pereira-de-souza-francisco tps://fvc.org.br/especiais/educador-nota-10-vencedores/#cristiane-pereira-de-souza-francisco IARA Realce função dos músculos inferiores IARA Realce músculos da camada superficial na região glútea IARA Realce másculos da camada profunda na região glútea IARA Realce músculo que realiza movimento de abdução e rotação medial IARA Realce músculo que realiza movimento de extensão da coxa IARA Realce músculo que realiza movimento de rotação lateral da coxa - -27 Figura 16 - Músculos da região glútea: camada superficial e profunda. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. A coxa é um segmento corporal bastante volumoso e, por isso, encontramos uma grande fáscia muscular, a fáscia lata, formada por tecido conjuntivo fibroso denso, que faz a contenção dos ventres musculares na região. Grande parte das fibras do músculo glúteo máximo se insere na fáscia lata em uma região ainda mais densa da fáscia lata, chamada de trato íliotibial. Há um pequeno músculo que a tensiona quando há flexão ou extensão do joelho: é o músculo tensor da fáscia lata. IARA Realce pequeno músculo que a tensiona quando há flexão ou extensão do joelho - -28 Figura 17 - Trato iliotibial e músculos. Fonte: stihii, Shutterstock, 2019. Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos da região glútea: - -29 Quadro 1 - Músculos da região glútea. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. O movimento de extensão da articulação do quadril é pequeno se realizado com o joelho estendido, porém pode ser bastante amplo se o joelho for flexionado, podendo até a coxa ser encostada no abdômen. O principal flexor da coxa é o músculo iliopsoas. Participam como sinergistas da flexão os músculos reto femoral, sartório e pectíneo. A adução é feita pelos músculos adutor magno, longo, curto. Participam como sinergistas da adução os músculos pectíneo e grácil. Figura 18 - Músculos da região anterior e medial da coxa. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos flexores e adutores da coxa: IARA Realce O principal flexor da coxa IARA Realce músculos que fazem adução da coxa - -30 Quadro 2 - Músculos flexores e adutores da coxa. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. Passaremos agora ao estudo dos músculos que agem no joelho. Acompanhe! 4.3.2 Músculos que agem na articulação do joelho O joelho realiza os movimentos de flexão e extensão e um pequeno grau de rotação quando está em flexão. Os músculos responsáveis pela flexão do joelho são os músculos da região posterior da coxa, também chamados de isquiotibiais e de músculos do jarrete. Correspondem aos músculos semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral. Esses músculos também podem participar como sinergistas da extensão da coxa. IARA Realce músculos responsáveis pela flexão do joelho - -31 Figura 19 - Músculos da região posterior da coxa. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos flexores do joelho: - -32 Quadro 3 - Músculos flexores do joelho. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. Os músculos do jarrete em conjunto tem origem no túber isquiático e estão frequentemente relacionados com a fratura por avulsão (arrancamento) do túber, em especial quando grande flexão da coxa é requisitada. O músculo semitendíneo insere-se no côndilo medial da tíbia com os músculos grácil e sartório. Juntos, os tendões desses três músculos formam uma estrutura semelhante a uma pata de ganso, e a região pode acometida por tendinite que atinge, principalmente, corredores. Figura 20 - Tendões musculares que formam a pata de ganso. Fonte: Aksanaku/David Talukdar, Shutterstock, 2019. Os músculos responsáveis pela extensão do joelho são os da região anterior da coxa, sendo o músculo quadríceps femoral o agonista.Correspondem aos músculos reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio. O tendão distal de todos os músculos que formam o quadríceps femoral passa pela patela e se insere na tuberosidade da tíbia. VOCÊ QUER LER? A potência do músculo quadríceps femoral é uma das principais variáveis para a efetividade do chute no futebol. Também são elementos importantes a relação entre a velocidade da bola com a velocidade do pé, o ângulo relativo do joelho e o comprimento do último passo durante o chute. Pesquisadores realizaram uma análise cinemática do membro inferior no chute em futsal e observaram que o comprimento do último passo, ou seja, o ângulo para a extensão do joelho foi, entre as variáveis estudadas, a mais importante. Leia mais sobre isso em: .http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v29n3/1981-4690-rbefe-29-03-00371.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v29n3/1981-4690-rbefe-29-03-00371.pdf - -33 Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos extensores do joelho: Quadro 4 - Músculos extensores do joelho. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. Agora que já vimos todos os músculos da região glútea e da coxa, vamos verificar se você pode identificá-los na superfície do corpo? Os músculos da coxa formam grandes volumes e são utilizados intensamente na marcha, tanto na fase de apoio, quando a planta do pé está apoiada no solo, mas principalmente na fase de balanço, quando a planta se desprende do solo. 4.4 Músculos do membro inferior que agem na articulação do tornozelo e pé A localização anatômica dos ossos e articulações dos membros inferiores, associada às funções de sustentação do peso corporal e de locomoção, torna esse segmento suscetível à incidência de lesões, principalmente em esportes de contato. Os mecanismos de lesão podem ser por contato direto ou indireto, ocasionando alongamento ou ruptura de tecidos moles em um dos lados da articulação quando uma pressão intensa é aplicada do lado contrário. Descubra mais sobre as patologias dos membros inferiores nas próximas páginas! 4.4.1 Músculos que agem na articulação do tornozelo Os movimentos de dorsiflexão e flexão plantar são os principais movimentos da articulação do tornozelo. A dorsiflexão é realizada pelos músculos tibial anterior, extensor longos dos dedos, extensor longo do hálux e fibular terceiro. Todos estes músculos, exceto o fibular terceiro, situam-se na região anterior da perna. O limite da dorsiflexão é a capacidade de distensibilidade e alongamento do músculo tríceps sural, situado na região posterior da perna. A flexão plantar é realizada pelos músculos da região posterior da perna, sendo o músculo tríceps sural agonista deste movimento e o m. plantar o sinergista. - -34 Figura 21 - Músculos flexores e extensores do tornozelo. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos flexores e extensores do tornozelo: - -35 Quadro 5 - Músculos flexores e extensores do tornozelo. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. O tendão de inserção do músculo tríceps sural recebe o nome de tendão calcâneo e liga os dois gastrocnêmios, o sóleo e o plantar à tuberosidade calcânea, localizada no osso calcâneo. O tendão calcâneo é chamado popularmente de tendão de Aquiles. É bastante espesso e apresenta cerca de 15 cm de comprimento. A tração excessiva do tendão calcâneo pode estimular o crescimento ósseo na região e a formação de uma espícula óssea, o esporão calcâneo. O esporão acomete mais frequentemente mulheres que usam salto alto, bailarinos e praticantes de atletismo (corrida e salto). É muito doloroso e o tratamento inicial pode ser através de fisioterapia, mas a progressão da doença pode levar à abordagem cirúrgica. Figura 22 - Esporão calcâneo. Fonte: juliawhite, Shutterstock, 2019. O tendão calcâneo é contínuo com a fáscia plantar, uma espessa camada de tecido conjuntivo denso situada na - -36 O tendão calcâneo é contínuo com a fáscia plantar, uma espessa camada de tecido conjuntivo denso situada na planta do pé. A tração indevida da fáscia plantar também pode levar ao surgimento de esporão no osso calcâneo, chamado de esporão plantar. 4.4.2 Músculos que agem nas articulações do pé Iniciaremos o estudo dos músculos do pé através dos movimentos de inversão e eversão. Nestes movimentos o mediopé e o antepé rodam juntos sobre o retropé. O movimento de inversão é realizado pelos músculos tibial anterior e tibial posterior. Ocorre a um ângulo de cerca de 20°, mas a flexão dos dedos pode favorecer a inversão. O músculo tibial posterior é bastante forte e se insere na região medial da planta do pé. O movimento de eversão é realizado pelos músculos fibular longo e fibular curto. Ocorre a um ângulo de cerca de 10°, mas a extensão dos dedos pode favorecer a eversão. Os músculos fibulares contornam o maléolo lateral antes de chegar ao tarso. O tendão do músculo fibular longo cruza toda a planta do pé e extende-se até o osso cuneiforme medial e o I metatarsal. Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos inversores e eversores do pé: Quadro 6 - Músculos inversores e eversores do pé. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. Os arcos do pé também são mantidos e reforçados pelos músculos inversores e eversores do pé. É o caso da parte medial do arco longitudinal, formado pelos músculos tibial anterior e fibular longo e do arco transverso que se relaciona com o músculo tibial posterior e fibular longo. A flexão dos dedos do pé de II a V é feita pelos músculos flexor curto dos dedos, lumbricais, interósseos, flexor curto do dedo mínimo, flexor longo dos dedos os sinergistas. Para o I dedo, o hálux, ossendo os músculos músculos agonistas da flexão são o flexor curto do hálux e flexor longo do hálux. A extensão dos dedos do pé de II à V é feita pelos músculos extensor longo dos dedos e extensor curto dos . Para o I dedo, o hálux, há o ededos xtensor longo do hálux. Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos flexores e extensores dos dedos do pé: - -37 Quadro 7 - Músculos flexores e extensores dos dedos do pé. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. Os músculos flexores e extensores longos situam-se na perna enquanto os músculos flexores e extensores curtos situam-se no próprio pé. - -38 Figura 23 - Músculos que movimentam o mediopé e o antepé. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. Além da flexão e extensão, os dedos do pé também fazem adução e abdução. Na abdução os dedos se afastam e na adução eles voltam à posição relaxada. Os músculos responsáveis pala abdução são abdutor do hálux, abdutor do dedo mínimo e interósseos dorsais. Para a adução são utilizados os músculos adutor do hálux e interósseos plantares. O músculo adutor do hálux é um músculo bíceps, pois apresenta duas origens: uma cabeça com fibras oblíquas e outra com fibras transversas. Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos abdutores e adutores dos dedos do pé: - -39 Quadro 8 - Músculos abdutores e adutores dos dedos do pé. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. O pé apresenta vinte músculos, dos quais apenas dois situam-se no dorso. Todos os demais situam-se na planta do pé e são divididos em camadas para facilitar seu estudo. Clique nas abas para conhecê-las. 1ª camada Formada pelo abdutor do hálux, flexor curto dos dedos e abdutor do dedo mínimo. 2ª camada Formada pelo quadrado plantar e lumbricais. 3ª camada Formada pelo flexor curto do hálux, adutor do hálux e flexor curto do dedo mínimo. 4ª camada Interósseos plantares e interósseos dorsais. Acompanhe cada uma destas camadas nas figuras abaixo. - -40 Figura 24 - Divisão em camadas dos músculos da planta do pé. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. ID Entre a pele do pé e a 1ª camada de músculos, há uma espessa camada de tecido conjuntivo, a aponeurose plantar, que é um forte feixe de tecido conjuntivo denso que começa no calcâneo e termina nos dedos do pé. Pode ser acometida por uma inflamação, a fascite plantar, principalmenteem indivíduos com sobrepeso, corredores e bailarinas. A aponeurose plantar protege e dá sustentação para as quatro camadas de músculos da planta do pé. VAMOS PRATICAR? Os nervos e vasos sanguíneos que suprem os músculos da planta do pé passam entre a 1ª e 2ª camada de músculos e entre a 3ª e 4ª camada. Essas duas regiões são chamadas de planos neurovasculares do pé. Devido a desvios posturais, ao uso de salto alto e sapatos de bico fino e alto impacto no esporte, os nervos da região podem ser comprimidos. A compressão do nervo plantar medial, próximo ao arco longitudinal medial, por excesso do movimento de eversão do pé, é tão frequente em corredores que recebeu o nome de síndrome do pé do corredor. Outra lesão neurológica frequente no pé são os neuromas, ocorrem nos nervos interdigitais que passam entre um dedo e outro. Os neuromas causam muita dor e o tratamento pode ser cirúrgico. Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que foi lido e aplicará o que foi aprendido na sua prática profissional. Para auxiliá-lo, você pode consultar o material de apoio a seguir: MOORE, K. L. . 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,Anatomia orientada para a clínica 2019. p. 787 a 795. MOTUS HOMINIS. . Disponível em: https://youtu.be/C-Anatomia dos músculos do pé em 3D epCboaol0. Situação-problema: Em sua casa, reserve o sofá da sala ou a sua cama no quarto para essa prática. Vista uma roupa confortável e fique descalço. Precisaremos de um lápis. Sente-se no sofá ou na cama, com as costas apoiadas no encosto e as pernas estendidas sobre o móvel. Flexione um dos joelhos e forme o número 4 com os membros inferiores. Faremos a flexão e extensão dos dedos dos pés - -41 Quando viajamos em pé em um ônibus ou no metrô, fica fácil entender por que temos tantos músculos na planta do pé. Nesses momentos, você já reparou como seu pé se “agarra” no chão. Essa aderência ao solo, aumentando a estabilidade e o equilíbrio do corpo é a principal função desses músculos. Embora os tenhamos separado em camadas para o estudo, os músculos da planta do pé atuam em blocos, já que não realizamos movimentos finos com os pés. Imagine os músculos da planta dos pés de surfistas e skatistas! Devem ser muito desenvolvidos! A pele do pé também apresenta adaptações para a função de aderência ao solo. No dorso do pé e na região do arco longitudinal, a pele é mais fina, porém, na planta, a pele fica espessada nas áreas de sustentação do peso (calcanhar, bola do pé e cabeça do V metatarsal). Os dados apresentados nesta unidade demonstram a grande quantidade de músculos inseridos no membro inferior. Graças à complexa organização anatômica formada por músculos e outros tecidos, conseguimos desempenhar máxima funcionalidade, durante as mais diversas atividades realizadas ao longo da vida. Para tanto, é importante que esses segmentos estejam sempre em equilíbrio e condicionamento físico adequado, para que não haja sobrecarga e compensações secundárias. Síntese Ao longo desta unidade, tivemos a oportunidade de entender aspectos relacionados à anatomia e ao funcionamento dos membros inferiores, bem como à sua importância para realização de atividades diárias. Sabendo disso, atividades que promovam a saúde e o bom funcionamento do aparelho locomotor e que previnam o surgimento de doenças têm papel fundamental na saúde da população. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • conhecer e classificar os ossos do membro inferior; • analisar os movimentos realizados pelas articulações que fazem parte do membro inferior; • identificar os músculos do membro inferior; • relacionar os músculos localizados no membro inferior aos movimentos das articulações; • examinar o mecanismo de lesão mais comuns nos membros inferiores. forme o número 4 com os membros inferiores. Faremos a flexão e extensão dos dedos dos pés e a adução e abdução. Começaremos com a flexão e a extensão. Coloque o lápis deitado, na horizontal, na face plantar dos dedos do pé. Flexione os dedos (feche os dedos) segurando o lápis. Solte o lápis da sua mão e segure-o apenas com os dedos do pé. Relaxe os dedos até o lápis cair. Repita lentamente o movimento de agarrar e soltar o lápis mais três vezes. Volte à posição inicial. Agora, faremos a adução com o hálux. Coloque o lápis entre o hálux e o II dedo. Tente apertar o máximo que puder o lápis entre os dedos. Relaxe. Repita lentamente o movimento mais três vezes. Agora, faremos o movimento de extensão dos dedos. Estenda as pernas no sofá e visualize os dedos dos pés. Flexione os dedos e, em seguida, estenda-os, o máximo que puder, como se quisesse tocar o dorso do pé com a unha. Repita lentamente o movimento mais três vezes. Agora, faremos a abdução com os dedos dos pés. Estenda as pernas no sofá e visualize os dedos dos pés. Abduza, abra, os dedos, o máximo que puder, como se estivesse se espreguiçando. Repita lentamente o movimento mais três vezes. Relaxe. Ao executar cada um destes movimentos, observe: qual segmento do corpo se move e qual fica parado? Em qual plano de secção ocorre cada movimento realizado? Qual é o eixo do corpo humano em que cada movimento foi realizado? Quais músculos são agonistas de cada um destes movimentos? Na adução do hálux, foi fácil ou difícil segurar o lápis entre os dedos, por quê? Na extensão dos dedos, você viu alguns tendões saltarem no dorso do pé? A que músculos pertencem estes tendões? Na extensão dos dedos também ocorreu abdução, por quê? • • • • • - -42 • examinar o mecanismo de lesão mais comuns nos membros inferiores. Bibliografia AGÊNCIA WIN7. . 18 nov. 2018. Disponível em: https://youtu.be/e7n-Ysq8csw. Acesso em: 3Baropodometria set. 2019. ANDRADE, V. L. et al. Velocidade da bola no chute no futsal: comparação entre garotos com diferentes níveis de desempenho e correlação de variáveis preditoras do desempenho. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte [online], São Paulo, 2015, v. 29, n. 3, pp.371-381. 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Parte livre do membro inferior: coxa e perna 4.1.3 Parte livre do membro inferior: pé 4.2 Fisiologia articular da articulação sacro-ilíaca, do quadril, do joelho, do tornozelo e do pé 4.2.1 Articulações do membro inferior: articulação do quadril e articulação sacro-ilíaca 4.2.2 Articulações do membro inferior: articulação do joelho, tornozelo e pé 4.3 Músculos do membro inferior que agem na articulação do quadril e do joelho 4.3.1 Músculos que agem na articulação do quadril 4.3.2 Músculos que agem na articulação do joelho 4.4 Músculos do membro inferior que agem na articulação do tornozelo e pé 4.4.1 Músculos que agem na articulação do tornozelo 4.4.2 Músculos que agem nas articulações do pé Síntese Bibliografia
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