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Questões - Distúrbio hidroeletrolítico e acidobásicos 1- Relacione o distúrbio hidroeletrolítico com a manifestação clínica correspondente: 1. Hipocalemia 2. Hipernatremia 3. Alcalose metabólica I. Mucosas secas e pegajosas, sede, língua seca e áspera, febre, inquietação, fraqueza, desorientação. II. Respirações deprimidas, hipertonicidade muscular, tontura, formigamento dos dedos das mãos e dos pés. III. Anorexia, distensão abdominal, íleo paralítico, fraqueza muscular, alterações ECG, arritmias. RESPOSTA: 1 – III / 2 – I / 3 - II 2- Para um paciente de 60 anos, internado na Unidade de Terapia Intensiva por Insuficiência Cardíaca Descompensada, que relata tomar suco e adicionar sal em excesso à comida, é correto considerar como medida adequada para o controle do distúrbio hidroeletrolítico: RESPOSTA: A) Restrição de sódio na dieta, pois ele provoca retenção de líquidos no espaço extracelular. A utilização de diurético, nesses casos, reduz a carga de trabalho cardíaco. 3- A Hipocalemia é definida como uma concentração sérica de potássio menor que 3,5 mEp/l.? RESPOSTA: A concentração de potássio sérico normal varia de 3,5 a 5 mEq/ℓ 4- Quanto aos distúrbios hidroeletrolíticos, assinale a alternativa correta: RESPOSTA: C) Ocorrem quando o paciente perde quantidade significativa de líquidos corporais e, consequentemente, de eletrólitos. 5- Os distúrbios hidroeletrolíticos e o equilíbrio acidobásicos são frequentes no dia a dia do(a) enfermeiro(a). O entendimento da sua fisiopatologia é essencial para o raciocínio clínico no planejamento dos cuidados de enfermagem. Um paciente com hipernatremia poderá apresentar os seguintes sinais e sintomas: RESPOSTA: B) Desidratação grave, fraqueza muscular, inquietação, náusea, vômitos e alteração do estado mental 6- Considerando os cuidados prioritários para pessoas que apresentam, na Atenção Básica, múltiplos episódios de vômitos e diarreia e sinais de desidratação, há risco primário de RESPOSTA: B) Desequilíbrio hidroeletrolítico. 7- Paciente com insuficiência cardíaca congestiva faz uso de furosemida e digoxina. Esse tipo de diurético pode aumentar os efeitos tóxicos do digitálico, pois provoca o distúrbio hidroeletrolítico denominado? RESPOSTA: HIPOCALEMIA 8- Criança de 6 anos com insuficiência renal crônica apresentou o seguinte resultado de gasometria: pH 7.23, HCO₃ 17 mEq/L e PaCO₂ 32mmHg. Assinale a opção que indica o distúrbio acidobásico compatível com esses valores. RESPOSTA: E) Acidose metabólica. 9- Durante a internação hospitalar, a hipercalemia é muito comum em diversas patologias em pacientes, podendo desencadear inúmeras situações de emergências. São consideradas medidas farmacológicas ou terapêuticas para hipercalemia, EXCETO: RESPOSTA: B) Fosfato de potássio por via endovenosa. 10- Um enfermeiro, ao realizar uma gasometria arterial, observou os seguintes achados: PaCO2 inferior a 35 mmHg e o pH estava superior a 7,45. O que esse achado pode referir em termos de preocupação para a equipe de saúde? RESPOSTA: A) Uma possível alcalose respiratória. 11- Questão- prova saúde do adulto/2022 – Paciente de 70 anos em pós- operatório de cirurgia abdominal queixa-se de caibras e prostração. Ao exame clínico minucioso observam-se abalos musculares e drenagem elevada pela sonda nasogástrica (2.000mL/24 h). Gasometria arterial: pH de 7,62; paCO2 de 40 mmHg; HCO3- de 36 mM/L; BE= +8,0. Neste caso o distúrbio é alcalose metabólica pura. Quando ocorre drenagem alta pela sonda gástrica ocorre grande perda de ácido, potássio e cloreto, componentes do suco gástrico. Ocorre alcalose metabólica por perda de ácido fixo, elevação do bicarbonato secundário à perda de cloreto (para manter a eletro neutralidade) e perda de potássio causando dor muscular. As informações acima são: RESPOSTA: Verdadeiro 12- Questão- prova saúde do adulto/2022 - Leia atentamente o caso abaixo e identifique se ele é VERDADEIRO ou FALSO: Paciente de 17 anos chega à Emergência sem falar, apresentando batimento palpebral e frequência respiratória de 50 movimentos por minuto. Gasometria arterial: pH de 7,63; PaCO2 de 18 mmHg; HCO3-de 26 mM/L; BE= -5,9. Podemos afirmar que o aumento do pH indica alcalose. A paCO2 reduzida sugere componente respiratório. Portanto, o distúrbio é alcalose respiratória pura. O mecanismo é hiperventilação de origem central aumentando muito a eliminação de CO2, reduzindo a PaCO2 e aumentando o pH. RESPOSTA: Verdadeiro 13- Um homem de 70 anos foi admitido na emergência de um hospital. Ele relatou uma história de dor epigástrica crônica e dispepsia, que se estendiam há vários anos. Uma semana antes da admissão ele começou a vomitar intensamente, tornando-se desidratado. Não havia sinais de rigidez abdominal. Análises de uma amostra de sangue arterial mostraram os seguintes resultados: Na de 117 mmol/L; K de 2,2 mmol/L; pH de 7,51; HCO, de 44 mmol/L e pCO2 de 34 mmHg. Caracterize o tipo de distúrbio ácido básico apresentado e o que poderia ter causado as alterações nos exames laboratoriais? RESPOSTA: Alcalose Mista. Paciente apresenta uma alteração crônica. Devido a emese teve perda elevada de ácido e eletrólitos, Na+ e o K+, que resultou em aumento do pH pelo excesso de bicarbonato decorrente da perda de ácidos, levando a uma alcalose metabólica. Paciente desidratado hiperventilou e perdeu muito H+ que levou a uma alcalose respiratória. O Na+ baixo (hiponatremia) é resultado da emese, assim como o K+, mas devido mecanismos de compensação, os íons de Hidrogênio são atraídos para o plasma, para cada H+ que sai da célula em direção ao plasma, na tentativa de compensar o distúrbio, um K+ entra na célula, colaborando ainda mais para a hipocalemia. Ph: 7,51 = Alcalino HCO³ 44 mmol/L = Excesso de base = Alcalose PaCO² 34 mmHg = Hiperventilação = perda de ácido (CO2) = Alcalose Quando o HCO3 E O PaCO2 andam em sentidos opostos se caracteriza uma alteração MISTA. Discussão do estudo de caso: Infecção Respiratória Aguda com Comprometimento Sistêmico: A paciente apresenta tosse produtiva, febre, calafrios, mialgia e prostração. Esses sintomas sugerem uma possível infecção respiratória que pode ter se espalhado sistemicamente, explicando a leucocitose e a elevação da PCR. O exame físico também revela MV reduzido em terço médio, o que pode ser indicativo de comprometimento respiratório. A presença de edema em membros inferiores, aumento da frequência cardíaca e a ausculta de B4 no exame cardiovascular podem indicar uma possível insuficiência cardíaca descompensada. Além disso, a alcalose metabólica na gasometria arterial pode ser um indicador de possível retenção de bicarbonato, o que pode ocorrer na insuficiência cardíaca. A presença de febre, leucocitose, prostração e alterações nos exames laboratoriais, como a elevação da PCR, pode sugerir um quadro de sepse. A desorientação e rebaixamento do nível de consciência também são sintomas que podem estar associados a uma resposta sistêmica. Desequilíbrio acidobásico: A paciente no caso apresenta uma alcalose metabólica compensada, com um pH superior a 7,45 e um aumento nos níveis de HCO3-. Além disso, a paciente mostra uma pCO2 apropriada, indicando uma tentativa de compensação da alcalose ao elevar os níveis de CO2 para aumentar a quantidade de ácido. Como o mecanismo de compensação respiratória é mais rápido, a pCO2 é a primeira a se alterar. Essa alcalose é do tipo hipovolêmica e foi desencadeada por perdas excessivas durante episódios de vômitos, resultando na perda de ácido clorídrico. Adicionalmente, a paciente apresenta hiponatremia, que pode ter diversas causas, como desidratação, vômitos e diarreia, caracterizando-se assim como hiponatremia hipovolêmica. Outra possível etiologia é a hiponatremia euvolêmica, que pode ser causada pela Síndrome da Secreção Inapropriada do Hormônio Antidiurético (SIADH). Neste caso,as causas conhecidas incluem pneumonia comunitária por Legionella sp. e o uso de carbamazepina. O hipotireoidismo também é uma possível causa de hiponatremia euvolêmica. Para diferenciar entre os tipos de hiponatremia, é essencial medir o sódio urinário. Se o valor for inferior a 20mEq/L, trata-se de hiponatremia hipovolêmica; se for superior a 40mEq/L, é uma hiponatremia euvolêmica, caracterizada também por níveis baixos de ácido úrico (<4mEq/L). Além disso, observa-se hipocalemia, resultante das perdas digestivas e da alcalose metabólica, devido ao efeito no trocador de Na+/K+/H+ nos túbulos renais. Isso estimula a reabsorção de H+, levando à eliminação de potássio pela urina.
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