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Aulas Cardiorrespiratória

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03/02/2022
Fisioterapia Cardiorrespiratória
Renato Prado 
Conteúdo Semestral 
Doenças Cardiovasculares neonatais
Doenças Valvulares 
Pré e Pós Operatório de cirurgia e transplante cardíaco
Reabilitação
Gasometria
Noções sobre ventilação mecânica e rotina hospitalar.
Reabilitação Cardiopulmonar (Trabalho) 
Referencial teórico 
COSTA, D. Fisioterapia Respiratória Básica, São Paulo, Atheneu.
LOPES, Mário. Semiologia Médica, São Paulo, Atheneu.
WEST, J. B. Fisiologia Respiratória Moderna. Manole, São Paulo.
ROBBINS, S.L; COTRAN, R.S.; KUMAR, V. Patologia estrutural e funcional. 6.ed. 
Rio de Janeiro:
REGENGA MM. Fisioterapia em cardiologia: da UTI à reabilitação. São Paulo: 
Roca;
Doenças Cardíacas Neonatal
03/02/2022
Prevalência 
Artigo: 2020
Letalidade: 64,7% 
para cardiopatias 
congênitas 
críticas
Introdução
● Má formação na embriogênese da 3ª a 8 ª semana;
● As principais causas conhecidas da cardiopatia congênita consistem em
anormalidades genéticas esporádicas e a fatores ambientais (Drogas,
rubéola e diabetes gestacional)
Os genes afetados codificam proteínas
Alteração no desenvolvimento normal do coração.
SHUNTS DA ESQUERDA PARA A DIREITA
Um shunt é uma comunicação anormal entre as câmaras ou vasos 
sanguíneos.
1. Comunicação interatrial (CIA) é uma abertura anormal situada no septo 
atrial, causada pela formação tecidual incompleta que permite a 
comunicação de sangue entre os átrios esquerdo e direito
Apesar da sobrecarga de volume do lado direito, os DSAs geralmente são 
bem tolerados e não se tornam sintomáticos antes dos 30 anos;
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2 - Comunicação Interventricular (CIV)
● O fechamento incompleto do septo ventricular, permitindo a livre
comunicação do sangue entre os ventrículos esquerdo e direito (Mais
comum associado a Tetralogia de Fallot);
(Cirurgia, só com disfunções grandes é feita antes de 1 ano)
● Quando não corrigido espontaneamente, provocam um fluxo de sangue
significativo da esquerda para a direita, levando a hipertrofia do
ventrículo direito e hipertensão pulmonar desde o nascimento. =>
Cianose e óbito.
3 - Persistência 
do Canal 
Arterial
Na circulação fetal, o
canal arterial permite a
passagem de sangue da
artéria pulmonar para a
aorta, serve para desviar
sangue dos pulmões,
porém sua persistência…
SOPRO
SHUNTS DA DIREITA PARA A ESQUERDA
As doenças nesse grupo causam cianose no início da vida pós-natal 
1 - Tetralogia de Fallot
-CIV;
-Obstrução da via de saída do ventrículo direito (ESTENOSE); 
-Hipertrofia do VD
-Cavalgamento da Aorta: Recebe sangue do VD. (DSV) 
CIANOSE IMPORTANTE 
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2 - Transposição das Grandes Artérias
É uma discordância ventriculoarterial tal que a aorta surge do ventrículo
direito e permanece anterior e à direita da artéria pulmonar, que origina-se
do ventrículo esquerdo.
O prognóstico depende do grau de “mistura do sangue”. Favorável quando
forame oral está aberto, quando instável = CIRURGIA. (BAIXA OXIGENAÇÃO)
ANOMALIAS CONGÊNITAS OBSTRUTIVAS
1- Coarctação da Aorta 
A coarctação (estreitamento,
constrição) da aorta possui uma
alta frequência quando
comparada com as demais
anomalias estruturais comuns.
Prognóstico 
Nas coarctações significativas, os sopros estão presentes durante toda a
sístole. Há cardiomegalia por causa da hipertrofia do ventrículo esquerdo.
Na coarctação da aorta não complicada, a ressecção cirúrgica seguida de
substituição do segmento aórtico afetado por um enxerto protético produz
excelentes resultados;
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2 - Estenose e Atresia Pulmonares 
Quando a válvula está completamente atrésica, não há comunicação entre o
ventrículo direito e os pulmões. Nesses casos, a anomalia está associada a um
ventrículo direito hipoplásico e a um DSA; o fluxo penetra nos pulmões
através de um canal arterial patente. A estenose leve pode ser assintomática e
compatível com uma vida longa, ao passo que os casos sintomáticos
necessitam de correção cirúrgica.
Doenças cardíacas valvulares 
Febre Reumática 
É uma doença inflamatória aguda, multissistêmica e mediada pelo 
sistema imunológico, que ocorre algumas semanas após um episódio de 
faringite por estreptococos do grupo A; 
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Estenose Aórtica
A calcificação da valva é atribuída degeneração por uso e desgaste com acúmulo 
passivo e distrófico de cálcio. Inflamações e hipertensão também são fatores 
desencadeantes desse processo. 
ESTREITAMENTO NA SAÍDA DO VE
Fisiopatologia: Hipertrofia do VE concêntrica + Isquemia coronariana = ICC
DC (FC X DS) e FE (%)
Causas e sintomas
Causas: Congênita, Degenerativa e Adquirida (Febre Reumática);
Sintomas: Síncope, Angina, Dispnéia, sopro Sistólico.
Regurgitação Aórtica 
● Disfunção no selamento da válvula Aórtica
● Hipertrofia do VE por volume
● Causas: Febre reumática, Sífilis, congênita. 
● Sintomas: Cardiomegalia, Sopro, síncope, dispnéia e Angina. 
Eletrocardiograma
● Tratamento: ATB (fr), Antiarritimicos e troca valvar.
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Prolapso Mitral
No prolapso da valva mitral, um ou ambos os folhetos da valva mitral estão 
“frouxos” e sofrem prolapso, ou abaulamento durante a sístole.
Prolapso Mitral
A maioria dos indivíduos diagnosticados é assintomática e a condição é
identificada pela descoberta casual por eletrocardiograma;
Uma minoria dos pacientes apresenta dor torácica que imita a angina,
dispneia e fadiga. O risco de essas complicações acontecerem é muito baixo,
Para pacientes com sintomas ou em alto risco de complicações graves, a
cirurgia valvular é realizada;
Estenose Mitral
Estreitamento da 
valva Mitral
Fisiopatologia 
DEPÓSITO E CÁLCIO
FUNDIÇÃO DAS CÚSPIDES
ESPESSAMENTO
HIPERTROFIA AE 
Dor torácica, Edema agudo, Facies Mitral, Dispnéia, tosse e sibilos;
Eletrocardiograma; anticoagulantes, antibióticos, antiarrítmicos; Cirurgia. 
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Regurgitação (insuficiência) mitral
“Dificuldade de fechamento da válvula mitral”
Causas e fisiopatologia 
- Febre reumática, Cardiomiopatias, Endocardites Doenças cardíacas 
isquêmicas
Sintomas
Edema agudo de pulmão
Fadiga
Angina
Ecocardiograma 
Insuficiência cardíaca
Fibrilação atrial
Sopro sistólico Clínico: anticoagulantes, antiarrítmicos, 
antibióticos
Cirurgia 
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Pré e Pós Operatório Cardiopata e 
Transplante Cardíaco.
Atendimento pré operatório de cardiopatias
Revascularização do miocárdio:
Doenças da Aorta e Valvulopatias
Rotina do atendimento Fisioterapêutico 
● Melhorar as condições pulmonares : Ensinar e praticar exercícios e 
manobras respiratórias, VNI entre outros. 
● Evitar eventos trombóticos (Exercícios conforme estado do pct)
● Evitar posturas Antálgicas 
Durante a internação
Atenção: 
- Assistência prolongada de VNI e Oxigenoterapia
- Arritmias e repercussões hemodinâmicas (Equipe)
- Hemorragias 
- Fístula 
- Agitação
- Sinais de Infecção; 
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Avaliação
Avaliação beira leito!
Estado Geral do Paciente: Nível de consciência, Sinais vitais, PCP, Edema e
estabilidade cardíaca, além do RELATO DO PACIENTE.
Quadro Respiratório: Padrão respiratório, Ausculta, saturação de O2.
Exames: RX, TM, ECO e exames laboratoriais.
Atividades durante a internação
Mobilização Precoce: Segura, benéfica motora e psicologicamente e 
econômica. 
Objetivos: Higiene brônquica, educação respiratória, controlar dor, melhorar a 
função pulmonar, ADM e força e diminuir ansiedade. 
Complicações: TVP, Atelectasia, hipotensão postural;
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Pré e pós de transplante 
cardíaco
Fisioterapia no candidato ao transplante
- Orientações individualizadas (Paciente debilitado)
- Melhora do fluxo sanguíneo
- Melhora da condição respiratória
- Melhora das condições musculoesqueléticas
- MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA
- TC6 e teste ergométrico
UTI
Monitorização: Nível de consciência, hemodinâmica, respiratória e renal. 
Desmame > Extubação
Reabilitação respiratória: Exercícios respiratórios e de Higiene. (CPAP)
Motora: Exerc. associado a respiração MMSS. 
MMII, deambulação: AVALIAÇÃO EXTREMAMENTE CAUTELOSA. 
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Gasometria ArterialInterpretação
O que é?
1- Determinar pH: Ácido ou básico?
2- Determinar distúrbio : Respiratório ou metabólico?
Valores de referência: 
● pH: 7.35 - 7.45.
● pO2 (pressão parcial de oxigênio): 80 - 100 mmHg.
● Bicarbonato (HCO3): 22 - 26 mEq/L.
● PCO2 (pressão parcial de gás carbônico): 35 - 45 mmHg.
● BE (excesso de base): -3 até +3
● Salt O2: Maior ou = a 92 - 95%
pH: 7,35 á 7,45
Diagnóstico PH PaCO2 HCO3
Acidose 
Respiratória
NORMAL
Alcalose 
Respiratória
NORMAL
Acidose Metabólica NORMAL
Alcalose Metabólica NORMAL
Exercícios 
1 - PaO₂ = 48 mmHg PCO₂ = 67 mmHg pH = 7,30 HCO₃ = 30 mEq/L 
2 - gasometria arterial abaixo: pH = 7,32 PAO₂ = 90mmHg SatO2 = 97% 
PₐCO₂ = 40mmHg HCO₃ = 15mMol/L BE = -4
3- pH=7,29 PaO₂ =49 mmHg PCO₂ =65 mmHg HCO₃ =26 mEq/L BE =2,5 
mEq/L SatO₂ =80%
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Compensação
O sistema que não é responsável pelo distúrbio primário tenta compensar. 
Ex: Na acidose com distúrbio primário de PaCO2 o Bicarbonato tenta corrigir. 
Então: Podemos ter uma Acidose respiratória compensada ou 
descompensada. 
Noções básicas de VM
Introdução
Os ventiladores mecânicos atuais se baseiam na aplicação de pressão positiva
que gera um gradiente entre a abertura das vias aéreas e dos alvéolos,
resultando em um fluxo positivo entregue do ventilador para o paciente.
- Manutenção das trocas gasosas;
- Alívio do trabalho da musculatura respiratória;
- Reversão/prevenção da fadiga da musculatura respiratória;
- Diminuição do consumo de oxigênio;
- Aplicação de terapêuticas e procedimentos específicos.
Conceitos
Ciclo Ventilatório
Disparo: É a transição da fase expiratória para a inspiratória. Ocorre pela 
abertura da válvula de fluxo e fechamento da válvula de exalação.
Fase inspiratória: Fornecimento do fluxo inspiratório pelo ventilador ao 
paciente, pressurizando o sistema respiratório.
Ciclagem: É a transição da fase inspiratória para a expiratória. Ocorre,então, 
fechamento da válvula de fluxo e abertura da de exalação.
Fase expiratória: A pressão positiva no sistema respiratório será equilibrada 
com a atmosférica (ou com a pressão expiratória final ajustada– PEEP), com a 
exalação progressiva do volume corrente previamente recebido.
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VENTILAR COM VOLUME OU PRESSÃO
Quando se ventila por VOLUME, este é constante e a pressão é variável, e
quando opta-se por ventilar a PRESSÃO ela se mantém constante enquanto o
volume varia, sendo que cada forma tem suas vantagens e desvantagens. A
escolha irá depender da avaliação do paciente e da sua resposta.
VC: Usar VC 6 á 8ml/kg/peso predito inicialmente. Reavaliar de acordo com 
evolução do quadro clínico do paciente. 
PC: - / = á 15
Modos
Modos Ventilatórios
∙ Controlado: Utilizado em pacientes: Anestesia, uso de drogas sedativas ou
agentes paralíticos. VENTILADOR CONTROLA = FRAQUEZA.
Assistido-controlado: FR, pressão (ou volume), fluxo e tempo pré-
estabelecidos, porém o paciente pode desencadear uma resposta
- Pressão de Suporte: Disparo paciente.: Essa modalidade oferece
treinamento gradual aos músculos inspiratórios, ao mesmo tempo em que
previne a atrofia e evita fadiga muscular por sobrecarga de trabalho
Parâmetros iniciais 
VC: 6 á 8 ml/kg/peso predito. 
FR: inicial controlada entre 12- 16 rpm
I:E em 1:2 a 1:3
Sensibilidade: mais fácil ou mais difícil
PEEP de 5 cm H2O inicialmente?
FIO2: Saturação maior que 90% = porcentagem. 
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Correção da Gasometria pelo VM
se o paciente está em ACIDOSE ou ALCALOSE RESPIRATÓRIA, os ajustes no 
ventilador são capazes de ELIMINAR ou RETER uma determinada quantidade 
de CO2 para correção da alteração gasométrica.
Acidose Respiratória: LAVAR CO2
Alcalose Respiratória: RETER CO2
Ajustar T.Insp. e Relação Ins e Ex. 
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Correção da Gasometria pelo VM - Hipoxemia
Pacientes adultos possuem uma PaO2 que varia entre 80 e 100 mmHg
Correção Fio2
FIO2 = FIO2 (%)/100%. Exemplo: FIO2 = 32%/100% = 0,32
PaO2/FIO2 = 92 mmHg/0,32 = 287,5 mmHg.
MAIOR OU IGUAL A 200;

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