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BOVINOCULTURA

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IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E 
PANORAMA ATUAL DA 
BOVINOCULTURA 
 AGRONEGÓCIO BRASILEIRO 
 Qual a importância da agropecuária para o Brasil? 
 Agronegócio é o principal condutor do crescimento no 
Brasil 
 13% foi o crescimento do setor em 2017 
 44,1% de todas as exportações em 2017 vieram do 
agro 
 23,5% é a participação do agronegócio no PIB 
 42,7% dos empregos no Brasil estão nos campos 
 
 BOVINOCULTURA BRASILEIRA 
 Histórico: 
 Primeiros bovinos no Brasil 
 Capitania de São Vicente em 1534 
 Martim Afonso de Souza 
 Capitania de Pernambuco em 1535 
 Duarte Coelho Pereira 
 Animais de tração 
 Produção voltada para subsistência 
 Início do século 20 
 Grandes frigoríficos estrangeiros (1ª Grande Guerra) 
 Cadeia produtiva geradora de riqueza 
 Estímulos para produção e incentivo ao consumo 
 Expansão das fronteiras agrícolas 
 Maior controle sanitário 
 Substituição por raças especializadas 
 Nelore + Gir + Guzerá = Indubrasil 
 Redução da sazonalidade na produção 
 Maior qualidade do produto 
 Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de 
Produtos de Origem Animal (RIISPOA - 1950) 
 Regulamentação da atividade leiteira no Brasil 
 Estado passou a definir preços de comercialização 
 Criação de padrões de comercialização dos produtos 
 Fortalecimento da agropecuária 
 Aspectos gerais: 
 Desenvolvida em todos os estados brasileiros 
 Importância 
 Social e econômica 
 Produtora de proteína nacional e internacional 
 Captação de divisas para o país 
 Equilíbrio da balança comercial do país 
 Vantagens do Brasil: 
 País de proporções continentais 
 Características edafoclimáticas 
 Baixos custos de produção (insumos, mão-de-obra, etc.) 
 Aumento da eficiência produtiva 
 Estagnação da produção dos países concorrentes 
 Composição do rebanho 
 80% rebanho de corte 
 20% rebanho de leite 
 
 BOVINOCULTURA DE CORTE 
 O Brasil tem o segundo maior rebanho bovino do mundo 
 É responsável por 16% da produção mundial de carne 
 Maior exportador de carne bovina 
 
 BOVINOCULTURA DE LEITE 
 Contexto internacional: 
 Espécies produtoras: vaca, búfala, cabra, ovelha, camelo 
 Principais produtores mundiais: EUA, Índia, China, Brasil, 
Alemanha e Rússia 
 EUA: 
 1° lugar em produção de leite de vaca 
 93,5 mil t. e rebanho de 9,2 milhões de cabeças 
 Maior índice produtividade = 10.150 litros/vaca/ano; 
 Principais regiões produtoras: Califórnia, Wisconsin, 
Idaho, Nova York e Pensilvânia 
 
 
 
 
 Índia: 
 Produção de 66,4 milhões de t 
 Aumentou 101,5% durante o período analisado 
 Maior rebanho produtivo - 45,9 milhões de cabeças 
 Produtividade de 1.446 litros/vaca/ano 
 80% do leite provém de um setor não organizado 
 China: 
 Rebanho 12,6 milhões de cab. 
 Produtividade de 2.994 litros/vaca/ano; 
 Sistemas típicos de produção: 200 até 3.900 vacas 
em lactação; 
 Apesar do crescimento da produção, a 
disponibilidade de leite por hab. ainda é muito baixa: 
31 litros/ano. 
 Brasil: 
 Ainda é um grande importador de lácteos 
 Um dos maiores rebanhos produtivos (23 milhões) 
 De 2000 a 2015: 
 Produção cresceu 72,3% 
 Rebanho aumentou 28,7% 
 Produtividade aumentou 33,8% 
 Produtividade baixa: 1.525 litros/vaca/ano 
 Sistemas típicos: 23 até 320 animais em lactação 
 Setor importante no agronegócio brasileiro 
 Emprega mais de 2 milhões de pessoas 
 Contexto nacional: 
 Evolução da produção de leite no Brasil: 
 Melhoramento genético 
 Qualidade na alimentação 
 Manejo adequado 
 Grande potencial de crescimento 
 Brasil aumentou importações: 245,28 mil L em 2016 
 Importações (baixos preços no mercado 
internacional) 
 Consumo aumentou para 178L per capita/ano 
 Recomendação da OMS é de 220L 
 Contexto regional em 2016: 
 Maiores produtores: sul, sudeste, centro-oeste, nordeste e 
norte. 
 Contexto estadual: 
 22 municípios compõem a bacia leiteira no Agreste. 
 1 milhão de cabeças de gato concentram-se na 
região; isso representa cerca de 55% de todo o 
rebanho do estado. 
 
 PRINCIPAIS ENTRAVES 
 Bovinocultura de corte e leite: 
 Baixo preço pago ao produtor 
 Bovinocultura de leite: 
 Falta de planejamento forrageiro: 
 Impacto na composição dos produtos 
 Reduz índices zootécnicos 
 Eleva custos de produção 
 Falta de gerenciamento rural 
 Informalidade 
 Falta de credibilidade 
 Alternativas de suplementação 
 Melhorar o desempenho produtivo 
 Erradicação de doenças 
 Febre aftosa, brucelose e tuberculose 
 
 PERSPECTIVAS NA BOVINOCULTURA DE LEITE 
 Melhoria na qualidade dos produtos 
 Redução da sazonalidade produtiva 
 Redução do mercado informal 
 Aumento da produção 
 
 
 
 
 
MORFOLOGIA EXTERNA DOS BOVINOS 
 EZOOGNÓSIA BOVINA: 
 Definição: ramo da zootecnia que estuda a 
conformação externa dos animais, apreciando a beleza 
e defeitos, visando o mérito de cada indivíduo; 
 O termo ezoognósia vem do grego: 
 Ex = fora 
 Zoo = animal 
 Gnosia = conhecimento 
 
 EZOOGNÓSIA BOVINA: ASPECTOS GERAIS 
 Estudo de caracteres gerais 
 Conformação 
 Pelagem 
 Idade 
 
 AGRONEGÓCIO BRASILEIRO 
 Por que avaliar? 
 Existe uma associação entre forma do indivíduo e a 
função por ele desempenhada; 
 Correlação forma do indivíduo v.s a função pode ser 
utilizada para determinar predizer o tipo do animal; 
 
 EZOOGNÓSIA BOVINA: ASPECTOS GERAIS 
 Estudo de caracteres indicativos 
 Ligados à aptidão econômica 
 
 MORFOLOGIA EXTERNA DOS BOVINOS 
 Aspectos fundamentais: 
 Divisão e nomenclatura das diversas regiões do corpo 
 Função e, principalmente, o que cada uma delas 
representa em quantidade e qualidade de carne e/ou leite 
 Característica de cada região em relação à sua forma 
típica e a análise das suas eventuais deformações 
distinguindo-se as viciosas ou acidentais daquelas de 
ordem genética ou hereditárias 
 
 TERMOS ZOOTÉCNICOS: 
 Beleza: eficiência das partes do animal em relação á 
sua utilidade. Exemplo: bons aprumos, boa 
conformação do útero 
 Defeito: 
 Congênito ou adquirido 
 Antagônico a beleza 
 Absoluto: inutilizam o animal 
 Relativos: podem ser compensados 
 Tara: qualquer sinal externo que indique uma fratura, 
cirurgia, etc 
 Depreciação do valor do animal 
 Vício: defeito de ordem moral 
 Integridade: ausência de defeitos ou taras 
 Simetria: resultado do equilíbrio entre todas as partes 
do animal 
 Estilo: relacionado a estética, atitude e movimentos do 
animal 
 Qualidade: conjunto do corpo do indivíduo. Ex.: 
capacidade de um bovino de corte em produzir carne 
 Condição: estado geral do animal em relação a sua 
função. Exemplo: reprodutor muito gordo ou vaca muito 
magra 
 Conformação: aspecto das regiões específicas do 
animal relacionado com a produção. Boa conformação: 
aspecto favorável a produção. Ex.: boa conformação de 
úbere, carcaça, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 Temperamento: 
 Vivo: 
 Atitude alerta, reações rápidas de olhos, orelhas 
(bovinos de corte); 
 Quando exacerbado é denominado de 
temperamento nervoso; 
 Linfático: 
 Atitude calma, reações lentas (bovinos de leite); 
 Quando exacerbado é denominado de 
temperamento indolente; 
 Indiferente aos estímulos externos; 
 Corpo do bovino (cabeça, pescoço, tronco e membros) 
 
 EZOOGNÓSIA BOVINA: CABEÇA 
 Região da cabeça: 
 Possui 4 faces e 2 extremidades 
 Face anterior: fronte, chanfro e focinho 
 Face posterior: ganacha 
 Faces laterais: orelhas, olhos, bochecha e narinas 
 Extremidade superior: nuca, parótidas e garganta 
 Extremidade inferior: boca 
 
 Chifres: posição forma, tamanho e coloração, ou 
mesmo a ausência são elementos que constituem as 
características de distinção entre diversas raças 
 Classificação quanto ao desenvolvimento: 
 Mocho: ausência total de chifre, ocasionada por 
questões genéticas. Calo: apresenta sinal de chifre (sem protuberância). 
 Batoque: apresenta um chifre rudimentar (sem 
sustentação) 
 Descornado: retirada dos chifres por processo 
cirúrgico 
 Mochado: impedimento do desenvolvimento dos 
chifres, quando o animal ainda é jovem , por 
processo de cauterização do nervo central. 
 
 EZOOGNÓSIA BOVINA: TRONCO 
 Região do tronco: possui 4 faces e 2 extremidades 
 
 EZOOGNÓSIA BOVINA: MEMBROS 
 Região dos membros: possui 2 membros anteriores e 2 
posteriores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONFORMAÇÃO DOS BOVINOS DE LEITE 
 Observação de toda a vaca: 
 A aparência geral inclui a vaca como um todo: 
feminilidade, vigor, equilíbrio, força, estilo e uma boa união 
de partes. Isto inclui todas as partes da vaca e se vincula 
às seguintes subpartes: estatura, parte anterior, linha 
superior (dorso – lombar), pernas e cascos. Deve-se levar 
em conta a idade e a raça do animal 
 Estatura: 
 Vacas com estatura de mediana para altas são mais 
desejadas 
 Acima de tudo elas possuem mais capacidade de 
produção de leite 
 Uma vaca alta, usualmente possui pernas longas, 
acarretando maior distância do corpo ao solo 
podendo acolher um sistema mamário com maior 
capacidade 
 Parte anterior: 
 União firme e suave das paletas, com a linha dorsal 
que se eleva ligeiramente acima das pontas das 
paletas podendo-se observar as vértebras dorsais 
bem marcadas 
 Linha superior: 
 A linha dorso-lombar deve ser retilínea e levemente 
ascendente. 
 Uma garupa desejável é longa, larga e levemente 
desnivelada no sentido íleo ísquio 
 O discreto desnível (2cm) facilita a drenagem do 
trato reprodutivo, quando comparadas com garupas 
perfeitamente planas e niveladas 
 Pernas e cascos: 
 Bons pés e pernas ajudam as vacas a 
permanecerem maior tempo em produção 
 As quartelas devem ser fortes e curtas, enquanto 
que os cascos deverão ser bem formados, curtos, 
com talões profundos e com as unhas fechadas 
 Ao caminhar, deixar um rastro retilíneo e paralelo 
 O úbere é valorizado no julgamento porque produz a 
maior renda do criador 
 Vacas leiteiras necessitam de úberes íntegros e 
funcionais para produzirem grandes quantidades de 
leite por um longo período e sucessivas lactações 
 Moderado comprimento, largura e profundidade; 
simétrico; não septado lateralmente; piso nivelado (vista 
lateral) e sobretudo bem balanceado 
 Os ligamentos do úbere não as mais importantes partes 
do sistema mamário. Bons ligamentos sustentam o 
úbere e acima dos jarretes, com um forte ligamento 
central suspensório formando uma profunda fenda entre 
os quartos posteriores (vista posterior) 
 As vacas precisam de úberes com o piso fendido 
(ligamento central forte, vista posterior) para manter 
suas tetas colocadas sob úbere e não apontadas 
lateralmente. O úbere deve ser firmemente aderido à 
parede do abdômen. 
 O corpo de uma vaca deve ser longilíneo, profundo, 
amplo e proporcional, mantendo equilíbrio com as 
outras partes 
 O assoalho do peito, região cardíaca, e o abdômen 
devem ser profundos e amplos 
 As costelas devem ser arqueadas e ter projeções 
obliquas bem espaçadas e profundas 
 Vacas estreitas e pouco profundas comparadas com 
vacas profundas e amplas, não mostram tanta 
capacidade na produção de leite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONFORMAÇÃO DOS BOVINOS DE CORTE: 
 Estrutura corporal: 
 Prediz visualmente a área que o animal abrange visto de 
lado, olhando-se basicamente para o comprimento 
corporal e a profundidade de costelas: deposição de tecido 
muscular. 
 Precocidade: animais de maior profundidade de costelas em 
relação à altura de seus membros são preferidos 
 Musculosidade: será avaliada através da evidência das 
massas musculares 
 Caracterização racial: todos os itens previstos nos padrões 
raciais das respectivas raças. 
 Aprumos: serão avaliadas através das proporções, direções, 
angulações e articulações dos membros anteriores e posteriores 
 Sexualidade: busca-se masculinidade nos machos e 
feminilidade nas fêmeas, sendo que estas características 
deverão ser tanto mais acentuadas quanto maior a idade dos 
animais avaliados 
 
 PRINCIPAIS RAÇAS DE BOVINOS DE LEITE 
 Holandesa: 
 Raça mais especializada para a produção de leite 
 Raça difundida em todo o mundo 
 Grande porte 
 Acentuada precocidade sexual 
 Animais mais exigentes 
 Cuidados, conforto e clima 
 Aspectos produtivos: 
 Produção média diária = 29,63 kg 
 Teor de gordura = 3,5% 
 Teor de proteína = 3,2% 
 Idade ao primeiro parto = 25 a 27 meses 
 Intervalo de partos = 15 a 17 meses 
 Jersey: 
 Segunda raça leiteira mais criada no mundo 
 Uma das mais rústicas (europeias) 
 Pequeno porte 
 Eficiência alimentar/ boa produtividade 
 Elevada precocidade, fertilidade e longevidade 
 Menor intervalo de partos 
 Leite com altos teores de sólidos 
 Adaptação a climas diversos 
 Aspectos produtivos: 
 Produção em 305 dias = 3.500 a 5.500 kg 
 Teor de gordura: 5,3% 
 Teor de proteína: 3,98% 
 Idade ao primeiro parto: 26 a 30 m 
 Intervalo de partos: 12 a 14 meses 
 Maior rendimento industrial 
 Gir: 
 Origem: sul da Índia; 
 Grande porte e musculosidade; 
 Pelagem variada; 
 Temperamento dócil; 
 Mais utilizada em cruzamentos 
 Aspectos produtivos: 
 Produção média (305 dias): 2.965 kg de leite 
 Duração da lactação: 284 dias 
 Produção de gordura: 112 kg (3,77%) 
 Produção de proteína: 90 kg (3,04%) 
 Idade ao primeiro parto: 42 meses 
 Guzerá: 
 Origem: Norte da Índia (Paquistão); 
 Dupla aptidão; 
 Altamente rústica: termotolerância, resistência a endo e 
ectoparasitas e capacidade de utilizar forrageiras 
grosseiras; 
 Regiões: Sudeste e Nordeste; 
 Brasil e Índia: principais criadores da raça no mundo. 
 Aspectos produtivos: 
 Produção média ajustada para idade adulta (305 
dias) = 2.121 kg de leite 
 Duração da lactação: 273 dias 
 Produção de gordura: 89 kg (4,20 %) 
 Produção de proteína: 59 kg (2,78%) 
 Idade ao primeiro parto: 42 meses 
 
 
 Girolando: 
 Pele: preta ou escura; 
 Dorso: largo e reto ligado à garupa de forma harmoniosa, 
com 
 Boa cobertura muscular (aptidão leiteira); 
 Garupa: varia de inclinada a nivelada (> grau de sangue 
da raça Holandesa); 
 Aspectos produtivos: 
 Produção média (305 dias) = 3.397 kg de leite 
 Duração da lactação = 284 dias 
 Teor de gordura = 4% 
 Idade ao primeiro parto = 35 meses 
 
 RAÇAS PURAS DE CORTE 
 Hereford: 
 Originário da Inglaterra, o gado Hereford é uma das mais 
famosas raças selecionadas para produção de carne. O 
Hereford é o gado de pastejo e engorda fáceis em 
pastagens inferiores, mostra excelente aptidão para 
recuperação de peso após as chuvas. 
 A cara branca é um caráter dominante e se transmite aos 
produtos oriundos de cruzamentos, independente de qual 
seja a raça utilizada. 
 No cruzamento com o gado zebuíno (zebu americano e 
brasileiro) deu origem a raça Braford, hoje muito difundida 
no Brasil. 
 Aberdeen angus: 
 A raça Aberdeen Angus possui a pelagem preta ou 
vermelha, é uma raça mocha muito utilizada em 
cruzamentos industriais e na formação de novas raças de 
corte. 
 No Brasil, entrou juntamente com a raça Nelore na 
formação do gado Ibagé, no Rio Grande do Sul e nos 
Estados Unidos na formação da raça Brangus, juntamente 
com a raça Brahman 
 Charolesa: 
 Devido à sua extraordinária produção de carne, essa raça 
está espalhada por todo o mundo. No Brasil, o gado 
Charolês tem prestado inestimáveis serviços, 
principalmente na formação da raça Canchim. 
 A carne do gado Charolês é de excelente qualidade, com 
pouca gordura superficial, embora marmorizada 
internamente. O rendimento de carcaça varia de 58 e 
65%, em regime de campo, e de 65 e 70%, em regime de 
confinamento. 
 Limousin: 
 A raça Limousin estápresente no Brasil desde o início do 
século XX, quando em 1872 foi trazido um touro e uma 
vaca, por Henri Goreix, convidado por D.Pedro II para 
dirigir uma escola de mineração em Ouro Preto-MG. 
 Atualmente, é uma raça muito utilizada principalmente em 
Goiás e Mato Grosso, mas podemos encontrá-la também 
em Minas Gerais e São Paulo nos programas de 
cruzamentos industriais, bem como em programas de 
seleção e vendas de reprodutores e matrizes 
 Blanc-blue-belge: 
 No início do século XX, já existia a raça Azul, na Bélgica, 
também conhecida com o nome de raça de Mons, a qual 
parecia ser uma derivaçãoda raça Holandesa 
 O gado Blanc-Blue-Belge foi importado para o Brasil em 
1994, para o município de Alvorada do Sul, no Paraná. 
 O desenvolvimento muscular é de origem genética, ou 
seja, sua carne não contém qualquer tipo de aditivo. 
 Blonde d’aquitaine: 
 O Blonde D’Aquitaine foi introduzido no Brasil em 1972 na 
exposição de Esteio, no Rio Grande do Sul. Vários 
fazendeiros utilizam o Blonde em cruzamento industrial, 
obtendo excelentes resultados, principalmente quando a 
raça usada é a Nelore, mais precisamente no Brasil 
Central. 
 Uma grande utilidade do Blonde no Brasil é o cruzamento 
com a raça Caracu, para formação da raça Aquitânica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Red angus: 
 O Red Angus é famoso pelas virtudes de precocidade 
sexual, velocidade de ganho de peso e fixação de 
características 
 O gado Red Angus, em cruzamentos industriais, contribui 
para o aumento da prolificidade, qualidade de carcaça e 
rusticidade sobre a raça absorvida. Os animais Angus são 
precoces, com excelente conversão alimentar e rápido 
acabamento de carcaça. A raça Red Angus apresenta 
maior resistência a enfermidades e a sua grande 
adaptabilidade ao solo brasileiro, seja seco ou alagadiço, 
regiões acidentadas ou planas, em pastagens ricas ou 
pobres. 
 Os bezerros Angus nascem pequenos, mas ganham peso 
rapidamente. É comum verificarem-se animais em plena 
produção com 14 a 15 meses de idade. 
 Entre 18 e 20 meses, o macho chega a pesar em média 
450 kg, em condições ótimas para abate. 
 Nelore: 
 A raça Nelore vem liderando com segurança e 
tranquilidade o número de animais registrados dentro da 
raça e das demais raças zebuínas. Com o crescimento do 
rebanho Nelore, surgiram novas variedades, como o 
Nelore Mocho e, agora, oficialmente reconhecidas, as 
pelagens vermelha, amarela e pintada de preto; 
 O gado Nelore vem sendo utilizado em cruzamentos 
industriais com as raças europeias especializadas para 
produção de carne com a finalidade de obter novas raças 
ou simplesmente para produção de novilhos precoces 
para o abate. 
 Tabapuã: 
 A raça Tabapuã é uma raça nacional, originária do 
município de Tabapuã, São Paulo. O Tabapuã vem sendo 
muito utilizado em cruzamentos, garantindo um produto 
mocho, rústico e lucrativo. Através do cruzamento do touro 
Tabapuã com vacas Nelore, surgiu a raça Tabarel. 
 Outros cruzamentos também são realizados com as raças 
Guzerá, Holandesa e outras raças européias, 
principalmente as raças de corte, no Rio Grande do Sul, 
Paraná e Santa Catarina. 
 Canchim: 
 A raça Canchim resultou do cruzamento da raça européia 
Charolesa com as raças zebuínas Indubrasil, Guzerá e 
Nelore. O início dos trabalhos de cruzamentos e seleção 
dos animais foi em 1940, na fazenda de Criação de São 
Carlos, em São Paulo. 
 O nome Canchim foi dado em função a uma espécie de 
árvore muito comum na região. O gado Canchim vem 
sendo muito utilizado em cruzamentos industriais em todo 
país. 
 Santa gertrudis: 
 No ano de 1940, o governo americano reconheceu a raça 
Santa Gertrudis como gado de corte. A raça possui 5/8 de 
sangue Shorthorn e 3/8 de sangue Brahman. Tem a 
pelagem vermelho- escuro retinta. 
 No Brasil, pode ser encontrado em São Paulo, Minas 
Gerais, Goiás e Bahia, onde vem sendo muito utilizado 
nos cruzamentos com o gado zebuíno, produzindo 
mestiços rústicos e precoces para o abate. 
 Braford: 
 A formação da raça Braford foi iniciada na década de 60, 
pelos cruzamentos das raças Hereford e do gado zebuíno 
(zebuamericano e brasileiro), sendo reconhecida pelo 
Ministério da Agricultura do Brasil em 1993; 
 Na condição de animal sintético, todos os graus de sangue 
são considerados como reprodutores para formação da 
raça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICES ZOOTÉCNICOS 
 Qual a importância de realizar o controle 
zootécnico? 
 É impossível melhorar aquilo que não se mede 
 
 ÍNDICES ZOOTÉCNICOS? 
 O que são? 
 São os fatores zootécnicos, cuja interação resulta na 
produção propriamente dita. 
 Toda atividade econômica necessita de parâmetros 
avaliativos de seu desempenho. 
 Coleta de dados: importante para o produtor conhecer 
a situação atual da propriedade: 
 Produtiva 
 Reprodutiva 
 Sanitária 
 Rebanho 
 É possível estipular metas 
 Análises financeiras da exploração 
 Com os índices o produtor consegue identificar: 
 Possíveis falhas técnicas ou administrativas; 
 Aprimorar e/ou introduzir novas tecnologias; 
 Planejar suas ações; 
 Evitar prejuízos, tornar + rentável sua atividade. 
 
 PRINCIPAIS ÍNDICES ZOOTÉCNICOS DA 
PECUÁRIA LEITEIRA 
 Produção diária de leite: 
 Primeiro indicador a ser avaliado no rebanho; 
 Registra a produção de leite total e por animal; 
 Volume diário – medido no tanque de resfriamento; 
 PDL (L/dia) = Produção total de leite/dias de observação 
 Produtividade por vaca em lactação 
 Refere-se à produtividade média das vacas em lactação; 
 Demonstra o desempenho produtivo das vacas lactantes 
em relação ao total do rebanho; 
 
 Produtividade: ser a maior possível em função da raça e 
das condições de manejo: 
 Sistema exclusivamente à pasto: 4.500 
kg/vaca/lactação ou 15 kg/vaca/dia; 
 Sistema semi-intensivo: 6.500 kg/vaca/lactação 
 Sistema intensivo: 10.000 kg/vaca/lactação ou 32 
kg/vaca/dia 
 Proporção de vacas em lactação: 
 Relação vacas em lactação por total vacas rebanho; 
 Quanto maior - melhor para a rentabilidade; 
 Ideal - 80% do número total de vacas produzindo 
 
 % baixo pode indicar problemas reprodutivos relacionados 
a sanidade, falhas nutricionais e na observação de cio, 
práticas de manejo incorretas e presença de animais com 
lactação curta. 
 Providências para aumentar a % de vacas em lactação: 
descartar vacas com problemas reprodutivos ou de 
lactação curta 
 Melhorar a recria de fêmeas: parir com 24 meses e com 
80% do peso adulto 
 Buscar o melhoramento genético do rebanho 
 Atenção aos fatores que afetam os índices reprodutivos - 
manejo, alimentação, conforto animal e sanidade. 
 Relação 4:1 (4 vacas em lactação para uma seca) 
 Dias secos (período seco): 
 N° de dias entre a secagem e a próxima parição; 
 Meta (recomendação tradicional): 60 dias; 
 Até 90 dias pode ser aceito, acima disso é ruim; 
 Período seco longo: fornecer dieta mais barata. 
 
 
 Duração da lactação: 
 Tempo em dias que vai do parto ao final da lactação; 
 Ideal - 10 meses ou 305 dias; 
 Depende da genética da vaca; 
 Vacas Europeias mais tempo que zebuínas. 
 Persistência de lactação: 
 Indica como é a queda da produção de leite após o pico 
de produção; 
 Lactação é caracterizada por uma curva inicialmente 
ascendente, atinge o pico, depois produção cai; 
 Quanto menor for a queda, maior a persistência lactação. 
 Facilitar compreensão: fórmula que mede a taxa de 
decréscimo da produção de leite, em litros por tempo, 
após o pico de produção da vaca. 
 Exemplo: 
 34kg de leite 1a pesagem; 
 29kg na seguinte; 
 30 dias de intervalo 
 PL = {1- [(volume do controle anterior - volume do 
controle atual) x (30 dias de intervalo entre as 
pesagens) / volume do controle anterior]} x 100 
 Na prática, teremos o cálculo a seguir: 
 {1- [( 34 - 29) x (30) / 34]} x 100= 84% 
 Acima de 90% é ótima na lactação de vacas 
especializadas – Holandesas 
 Fêmeas não especializadas, a taxa pode cair para 80%, 
ou até menos. 
 Intervalo de partos: 
 Tempo decorrido entre 2 partos consecutivos de uma 
mesma vaca; 
 Quanto menor o período, menor será o intervalo de 
gerações. 
 Ideal = 12 meses, porém vacas com lactação de 10 
meses, intervalo é maior. 
 IP (meses) = intervalo entre uma parição e outra 
 Período de serviço: 
 Tempo, em dias entre a parição e a cobertura ou 
inseminação; 
 Quanto maior for o período de serviço, maior será o 
intervalo de partos. 
 Costuma variar de 85 a 115 dias. 
 PS (dias) = período entre o parto e a próxima fecundação 
 Idade ao primeiro parto: 
 Objetivo principal - 1o parto aos 24 meses; 
 Depende genética, raça, nutrição; 
 Controlar e corrigir fatores - economicamente eficiente. 
 Descarte de vacas/ano: 
 Descarte anual dever ser de 20% a 25% das vacas; 
 Se o rebanho não tem boa taxa de concepção é difícil 
adotar esse descarte; 
 Não basta saber o no de vacas descartadas por período, é 
preciso saber porque as vacas estão deixando o rebanho. 
 Taxa de reposição do rebanho: 
 25% para rebanhos de alta produção e/ou sistemas 
intensivos; 
 20% para rebanhos de média produção e sistemas de 
produção de leite a pasto. 
 Outros índices: 
 
 
 
 
 
FASE DE CRIA 
 FLUXOGRAMA DA BOVINOCULTURA: 
 
 FASE DE CRIA 
 É a fase em que encontramos as maiores perdas (que 
variam de 5 a 10%) 
 Para o sucesso é necessário estrutura e manejo 
adequados, mão-de-obra especializada, assistência 
técnica e trabalho metódico, contínuo e persistente 
 
 MATERNIDADE 
 Fase mais sensível do processo de cria 
 Período que vai do momento próximo à parição até o 
bezerro atingir 45 dias 
 Época de mais estresse físico das matrizes 
 Maior sensibilidade dos bezerros: sistemas 
imunológicos e digestão não estão bem desenvolvidos 
 Manejo: 
 Vacas amojadas: 
 Diagnóstico de gestação - lotes vacas prenhes 
 Úbere cheio e vulva inchada > piquete-maternidade 
 Formar lotes pela disponibilidade da pastagem 
 Atenção para as diarreia ou verminoses nos bezerros 
 Cuidados com o bezerro: 
 Mamar o colostro o mais rápido possível 
 Dificuldade! Tetos muito grandes 
 Se necessário: ama de leite e descartar a mãe 
 Cura do umbigo 
 Cortado na medida de dois dedos (4 cm) 
 Iodo a 10% ou produto similar 
 Se for o caso, desverminar 
 Identificação do bezerro: 
 Brincos (até 45 dias) 
 Ferro quente (após 45 dias) 
 Tatuagem 
 Descorna: 
 Aproximadamente com 45 dias de idade. 
 Queima com ferro quente de ponta côncava 
 Após a mochação utilizar repelente (Ex.: Ungüento) 
 
 ALEITAMENTO 
 Os bezerros atingem aproximadamente 45 dias, saem 
do pasto maternidade e vão, juntamente com suas 
mães para um pasto onde permanecerão até a 
desmama. 
 Mão de obra, ambiente (boas pastagens), currais, 
cochos 
 
 
 Leite: nutrientes indispensáveis ao bezerro, supri as 
exigências altas nesta fase 
 Começa a não ser suficiente depois de 16 semanas 
 De 3 – 4 meses = pouca parte dos nutrientes provém do 
leite materno 
 
 
 Aleitamento e suplementação: 
 Vantagens: 
 Sistemas mais intensivos de criação 
 Ex.: confinamento logo após a desmama, para 
engorda e abate com pouco mais de 12 meses 
(super precoce) 
 Desvantagens: 
 Bezerros que serão recriados e engordados a pasto, 
devido à perdas de peso que ocorrem logo após o 
desmame. 
 Suplementação de bezerros: 
 
 
 SUPLEMENTAÇÃO DE BEZERROS – CREEP-
FEEDING 
 Sinônimo: cocho privativo 
 Por que privativo? 
 Como? 
 Tipos de suplementos 
 Época das águas: sal mineral 
 Época da seca: suplemento mineral proteico 
 Metas: 
 ↑ peso à desmama 
 ↓ demanda nutricional da matriz 
 ↓ taxa de retorno ao cio 
 ↓ tempo de abate (machos) 
 ↓ mortalidade de bezerros 
 Tipos: 
 É viável? 
 
 Manejo: 
 Manejo inicial: 
 Utilizar um bezerro mais velho, já iniciado no sistema 
 Utilizar vacas durante alguns dias. 
 Lotes c/ bezerros de idade próximas 
 Colocar ração no caminho até o creep 
 
 CREEP-GRAZING 
 Área reservada de forragem 
 Pastejo rotacionado: bezerros 1° 
 Objetivos: 
 Elevar peso à desmama 
 Adaptação ao pastejo pós-desmama 
 Diminuir os custos com concentrada 
 Pastagens de elevada qualidade

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