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USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos USP-SP GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA AMENORRÉIAS E SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos ÍNDICE 3 3 4 8 9 10 11 13 Visão Geral Mapa da Conquista Passo 1: Reconhecer o eixo hipotálamo-hipófise- ovariano, bem como sua produção hormonal, e Passo 2: Compreender o racional de investigação diagnóstica das amenorreias primárias. Passo 3: Compreender o racional de investigação diagnóstica das amenorreias secundárias Passo 4: Identificar alterações compatíveis com malformações mullerianas. Passo 5: Diagnosticar e tratar a síndrome dos ovários policísticos. Bibliografia GO 2 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos Visão Geral Mapa da Conquista Visão Geral Um tema que muitos se apavoram, mas com o racional delineado, conseguimos identificar a causa da amenorreia nos enunciados da USP SP. E é exatamente isso que a banca espera de você: a identificação do correto diagnóstico. Ao se deparar com questões de amenorreia, pense nos potenciais sítios de origem da alteração: hipotálamo, hipófise, ovários ou útero. A USP SP não tem preferência aqui, temos que saber identificar essas causas todas. É a queridinha da ginecologia endócrina, cadeira forte na instituição. Entenda os fluxogramas de investigação, e parta para o abraço. GO 3 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos Passo 1: Reconhecer o eixo hipotálamo- hipófise-ovariano, bem como sua produção hormonal, e papel no ciclo menstrual. O hipotálamo é responsável, a partir de comandos corticais, pela liberação do GnRH (hormônio secretor de gonadotrofinas) de forma pulsátil. Já a hipófise, estimulada justamente pela secreção pulsátil de GO 4 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos GnRH que desce através da haste hipofisária e é responsável pela produção de duas gonadotrofinas: o FSH (hormônio folículo estimulante) e o LH (hormônio luteinizante). Vamos com calma para entender o funcionamento de cada um: FSH: responsável pelo recrutamento e crescimento de folículos ovarianos, além da seleção de dominância folicular; LH: estimula a luteinização das células somáticas foliculares (teca e granulosa) e promove maturação e liberação ovular. Por fim, os ovários produzem os esteroides sexuais finais, a partir da molécula de colesterol, num processo chamado de esteroidogênese. Esse processo não é exclusivo dos ovários, e também pode ocorrer na adrenal, tecido adiposo, fígado entre outros órgãos. • • GO 5 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos Definições AMENORREIA: ausência ou cessação da menstruação GO 6 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos AMENORREIA PRIMÁRIA: Ausência de menarca aos 13 anos, se caracteres sexuais secundários não desenvolvidos Ausência de menarca aos 15 anos, se caracteres sexuais secundários presentes AMENORREIA SECUNDÁRIA: Ausência de fluxo menstrual por 3 meses consecutivos, se ciclos menstruais regulares Ausência de fluxo menstrual por 6 meses, se intervalo menstrual > 35 dias. Investigação diagnóstica Ao se deparar com uma paciente amenorreica, em um primeiro momento, devemos revisar mentalmente o ciclo menstrual e ponderar quais os possíveis problemas relacionados a ele que podem gerar a ausência de fluxos menstruais. De forma bastante resumida, as causas de amenorreias podem ser classificadas como alterações em 4 compartimentos: 1. Compartimento I – desordens do trato de saída do fluxo menstrual (uterovaginais) 2. Compartimento II – desordens gonádicas (ovarianas) 3. Compartimento III – desordens hipofisárias 4. Compartimento IV – desordens hipotalâmicas • • • • GO 7 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos Passo 2: Compreender o racional de investigação diagnóstica das amenorreias primárias. Podemos dividir em dois grandes grupos: ausência de caracteres sexuais secundários versus presença de caracteres sexuais secundários. 1. Ausência de caracteres sexuais secundários: significa que não houve produção estrogênica. Assim a falha pode ter ocorrido em dois pontos distintos: a. Falha gonadal (hipogonadismo HIPERgonadotrófico - FHS elevado). Ex: Síndrome de Turner (45,X0). b. Falha central (hipogonadismo HIPOgonadotrófico - FSH normal ou diminuído). Ex.: Síndrome de Kallmann. GO 8 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos 2. Presença de caracteres sexuais secundários: houve alguma produção estrogênica, contudo a ausência de menstruação nesses casos ocorre por ausência de útero que responda aos hormônios (agenesia mulleriana ou insensibilidade ao androgênios) ou causa canalicular. Passo 3: Compreender o racional de investigação diagnóstica das amenorreias secundárias O primeiro passo na investigação de uma amenorreia secundária é EXCLUIR GESTAÇÃO, pela dosagem do beta hCG. Como passo seguinte, a dosagem de TSH, prolactina e FSH é mandatória. GO 9 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos Passo 4: Identificar alterações compatíveis com malformações mullerianas. São anomalias congênitas estruturais do trato reprodutivo feminino decorrente da falha do desenvolvimento dos ductos de Muller, o que afeta a capacidade reprodutiva dessas mulheres. A principal representante dessas malformações é a Síndrome de Mayer- Rokitansky-Kuster-Hauser, uma síndrome rara, causada pela disfunção do desenvolvimento dos ductos de Muller - que são responsáveis pela formação das tubas uterinas, útero e 2/3 superiores da vagina. Mas também podemos encontrar malformações mais comuns que afetam menos a capacidade reprodutiva dessas mulheres, como essas abaixo: GO 10 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos Passo 5: Diagnosticar e tratar a síndrome dos ovários policísticos. A SOP é uma das principais causas de anovulação crônica e uma das principais patologias associadas a amenorreia secundária e a irregularidades menstruais. Ela pode estar presente em até 10 % da população feminina em idade fértil e deve ser abordada atualmente como uma doença metabólica, visto estar associada a uma maior prevalência de doenças como a diabetes mellitus, obesidade, hipertensão arterial e dislipidemia. Segundo os critérios de Rotterdam, basta quaisquer 2 dos 3 critérios abaixo para confirmação do diagnóstico de SOP: Sinais de hiperandrogenismo clínico (índice de Ferriman-Gallwey > ou = 8) ou laboratorial; Oligo ou anovulação; Ovários policísticos (> 12 folículos de 2-9mm ou ovário > 10cm³) na ultrassonografia. • • • GO 11 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos Além disso, é preciso excluir as outras causas de hiperandrogenismo como: hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo, hiperprolactinemia, insuficiência ovariana prematura, tumor adrenal/ gonadal, e síndrome de Cushing. A resistência insulínica está muito associada à SOP e deve ser pesquisada em pacientes de maior risco (obesas, diabetes mellitus gestacional prévio, história familiar de diabetes mellitus); também pode ser identificada clinicamente na presença de acantose nigricans (hiperpigmentação cutânea espessa nas áreas de dobra como axilas, nuca, região inguinal e abaixo das mamas). O tratamento da SOP é alvo-direcionado, dividido em mulheres que desejam engravidar (uso de indutores da ovulação) e mulheres que não desejam engravidar (tratamento do hiperandrogenismo e regulação dos distúrbios menstruais). O tratamentoda obesidade (modificação do estilo de vida, incluindo perda de peso, dieta e realização de atividade física), por sua vez, deve fazer parte de todos os casos de pacientes com SOP com sobrepeso ou obesidade. Em relação ao tratamento do hirsutismo, as estratégias farmacológicas visam reduzir os níveis de androgênios e controlar os seus efeitos, por meio do uso de anticoncepcionais hormonais combinados orais, que através do seu efeito de passagem hepática, levam a aumento da globulina ligadora dos hormônios sexuais (SHBG), diminuindo a fração de androgênios livres (biologicamente ativos). Em casos de hiperandrogenismo grave a intenso podemos utilizar espironolactona e finasterida (especialmente nos casos de alopecia androgênica). A metformina pode ser utilizada como adjuvante no tratamento da SOP em pacientes com resistência insulínica. Além disso, ela pode auxiliar na indução da ovulação de pacientes resistentes aos indutores orais, sendo associada ao tratamento com clomifeno ou letrozol. GO 12 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos Bibliografia Tratado de ginecologia Febrasgo / editores Cesar Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá; coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho ...[et al.]. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2019. Ginecologia de Williams [recurso eletrônico] / Hoffman ... [et al.] ; tradução: Ademar Valadares Fonseca ... [et al.] ; [coordenação técnica: Suzana Arenhart Pessini ; revisão técnica: Ana Paula Moura Moreira ... et al.]. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2014. Benetti-Pinto CL, Soares Júnior JM, Yela DA. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Ginecologia, no. 38/Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina). Rotinas em Ginecologia / editores Rui Alberto Ferriani, Carolina Sales Vieira, Luiz Gustavo de Oliveira Brito - São Paulo : Editora Atheneu, 2015 GO 13 USP-SP Amenorréias e Síndrome dos Ovários Policísticos Nosso curso Extensivo para a fase teórica das provas de residência médica, para quem tem como primeira opção as grandes instituições de São Paulo (USP-SP, USP-RP, Unifesp, Unicamp...). Ao longo de um ano, o Extensivo SP te oferece todas as ferramentas para você alcançar seu objetivo: videoaulas gravadas e ao vivo, apostilas completas, um app com mais de 10 mil questões e provas na íntegra, simulados SP e suporte direto via app para tirar dúvidas. 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