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PROVA COLETIVOS A1



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1- José da Silva, empregado da Companhia Metal Forte S.A., após 10 anos trabalhando 
para empresa, faleceu de pneumonia em 12/03/2017. A empresa procurou sua família 
e José havia mudado de endereço sem informar onde residia e quem eram seus 
parentes. A empresa, não localizando dependentes, não pagou as verbas rescisórias 
devidas. Em 18/10/2020, o filho de José, Alexandre da Silva, procurou a empresa, 
afirmando ter vindo de sua cidade natal, no Pará, para receber as verbas rescisórias, 
dizendo-se herdeiro necessário de José, eis que seu único filho, tendo sua mãe já 
falecido. Após a empresa se recusar ao pagamento das verbas rescisórias, Alexandre 
da Silva, distribuiu reclamação trabalhista, pleiteando o pagamento das verbas 
devidas. Em defesa, a Metal Forte S.A. arguiu prescrição, eis que passados 3 anos na 
extinção do contrato de trabalho, que coincide com o falecimento do empregado. Em 
réplica, Alexandre rebateu o afirmado, alegando que completou 19 anos em 
10/08/2020, e que contra o menor não corre prescrição. Pelo juízo foi determinado 
que Alexandre da Silva juntasse ao processo a certidão de dependentes de seu pai, 
junto ao INSS. Juntada a certidão, verificou-se constar apenas o próprio Alexandre 
como dependente. 
Pergunta-se: 
a- Tem razão a empresa em sua alegação de que a pretensão de Alexandre da Silva 
está prescrita? Justifique sua resposta (2,0). 
 
R : A empresa não teria razão nas alegações feitas, afinal o direito do filho como menor de 16 
anos na época do falecimento do seu pai não prescrevem, mesmo depois de dois de dois anos 
do óbito conforme o Art 7 º, XXIX da CF, no referido caso deve ser aplicado o art 198 Inciso I do 
CC, observando a não prescrição contra os menores de 16 anos, e juntamente com o Art 440 
da CLT. 
 
2- Maurício, aos 19 anos, em 02/03/2018, começou a trabalhar na empresa, Metal Forte 
S.A.. Após um ano de contrato de trabalho, quando do momento de marcar suas 
férias, seu coordenador afirmou que as férias seriam em maio de 2019. Maurício se 
insurgiu, dizendo que, pela lei, por se tratar de estudante e menor de 21 anos, tem 
direito de fazer coincidir suas férias com as férias escolares. O coordenador, alegando 
desconhecer a legislação trabalhista, se comprometeu a levar a reivindicação ao RH da 
empresa. 
Pergunta-se 
a- O RH atenderá a reivindicação de Maurício? Justifique sua resposta (2,0). 
 
R : A reivindicação de Maurício deverá ser prontamente negada, pois em conformidade com a 
legislação vigente apenas o trabalhador menor de 18 e estudante tem direito de coincidir seu 
período de férias do trabalho juntamente com a escolar conforme o Art 136 § 2º da CLT. 
 
3- Maria foi contratada por contrato de experiência de 45 dias, prorrogável por mais 45 
dias pela empresa Metal Forte S.A. Ao final dos últimos 45 dias seu contrato de 
trabalho foi rescindido. Após 10 dias da dispensa, Maria descobriu que contava com 
um mês de gestação, oportunidade em que procurou o RH da empresa, afirmando que 
não poderia ter sido dispensada por ter estabilidade, eis que na dispensa se 
encontrava gestante. Em resposta, a chefe do RH disse para Maria que sentia muito 
pela sua situação, mas que o contrato de experiência é contrato de trabalho por prazo 
determinado, o que autoriza da dispensa da empregada e, mesmo que assim não 
fosse, nem Maria sabia de seu estado gravídico, na rescisão, tanto é que não deu 
ciência ao empregador, afastando a estabilidade gestante, eis que é requisito 
necessário a ciência do empregador, a fim de evitar a dispensa, caso ela tivesse direito. 
 
a- Pergunta-se: 
A quem assiste razão, à Maria ou ao RH, fundamente, considerando todas as 
alegações da empresa (2,0). 
 
R : A razão assiste a empregada Maria, pois mesmo com o desconhecimento da gravidez é 
garantida a estabilidade mesmo que o contrato venha ser por tempo determinado, conforme a 
súmula 244 Incisos I e II . 
 
 
 
4- O Sindicato dos Hotéis, Motéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo – 
SINHTORESP firmou convenção coletiva de trabalho com o Sindicato da Categoria 
Econômica dos Hotéis, Motéis, Bares, Restaurante e similares do Estado de São Paulo, 
fixando um reajuste salarial para a categoria de 8%, cesta básica de R$ 300,00 e horas 
extras com adicional de 70%, com vigência de dezembro de 2018 até dezembro de 
2020. Acontece que o Bar do Zico Ltda., pequeno empreendimento, mas que contava 
com 20 empregados, procurou o SINTORESP, afirmando que não iria conseguir cumprir 
os termos da convenção coletiva de trabalho e pediu para negociar outros termos, 
pois só assim conseguiria manter o negócio e os empregos. Após negociações entre o 
SINHTORESP e o Bar do Zico Ltda., foi firmado um acordo coletivo de trabalho, fixando 
que o reajuste seria de 4%, cesta básica de R$ 200,00 e horas extras no percentual de 
55%, com vigência no mesmo período. A partir de janeiro de 2021, os sindicatos dos 
empregados e empregadores, por estarem negociando novas condições de trabalho, 
não haviam ainda firmado nova convenção coletiva ou acordo coletivo, o que só 
acorreu a partir de julho de 2021. 
 
Joaquim, empregado do Bar do Zico, após sua dispensa, em maio de 2021, propôs 
reclamação trabalhista em face do empregador e, através de seu advogado, alegou 
fazer jus ao pagamento de diferenças de adicional de horas extras, eis que lhe fora 
aplicado o adicional de 55%, quando deveria ter sido aplicado o de 70%, diferença 
salariais, por não observado o reajuste de 8%, e diferenças de cesta-básica, de R$ 
200,00, para R$ 300,00, eis que para esses direitos não foi observado o disposto na 
convenção coletiva de trabalho, aplicável para toda a categoria, sob pena de ficar 
configurada discriminação entre empregados da mesma categoria e em face do 
princípio de direito do trabalho de aplicação da norma mais favorável. Afirmou ainda 
que de janeiro a maio de 2021, quando de sua saída, deverá ser aplicada a norma 
coletiva mais benéfica, até que seja assinado novo instrumento normativo. 
 
a- Pergunta-se: 
Terá sucesso Joaquim em sua reclamação trabalhista? Quais direitos lhe são 
devidos? Justifique sua resposta (2,0). 
 
R : Sim, pois o acordo coletivo prevalecerá sob a convenção coletiva, que prevalecerá sobre o 
convenção feita posteriormente pelo bar do zico que assim se sobrepõe a negociação coletiva 
conforme o Art 611 A da CLT. 
 
b- A partir de 2021, qual norma deverá ser aplicada? (2,0) 
 
R : Seria assim aplicada a referida situação os Art 611- A e 611 – B.