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CÂNCER DE PELE MELANOMA

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CÂNCER DE PELE MELANOMA 
Origem e características 
 
Neoplasias 
Neoplasias, especificamente o câncer, são doenças caracterizadas por células que 
apresentam rápidas, agressivas e desordenadas multiplicações levando assim ao surgimento de 
um tumor maligno que tem o potencial de invadir tecidos e órgãos (SILVA et al., 2013, INCA 
2016). O câncer tem se tornado um grave problema de saúde pública no Brasil e em todo mundo 
(SANTOS et al., 2016). 
 
Câncer de pele 
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no mundo, e é o que possui maior 
incidência no Brasil (INCA 2016). Essa neoplasia se subdivide em: carcinoma basocelular, o 
carcinoma de células escamosas, que são os cânceres de pele não melanoma, o e melanoma 
cutâneo (DIEPGEN, et al., 2012). O câncer de pele do tipo melanoma é o mais grave e agressivo 
dentre os citados, uma vez que possui caráter altamente proliferativo e invasivo aos tecidos 
adjacentes, além de apresentar grande vascularização associada ao tumor, o que facilita a 
disseminação hematogênica, e, consequentemente, a metástase (COSTA et al., 2015; WANG 
et al., 2015; AMANCIO et al., 2014). 
 
Câncer de pele Melanoma 
A incidência do tipo não melanoma é muito mais elevada que a do melanoma, porém, 
devido à sua alta capacidade metastática, este possui uma maior letalidade (BATISTA et al., 
2013). Segundo o INCA, o câncer de pele melanoma representa cerca de 30% dos tumores 
malignos registrados no Brasil. Estima-se que em 2016 o número de indivíduos com novos 
casos de melanoma será de 5.670, sendo 3.000 homens e 2.670 mulheres. A incidência leva em 
conta mudanças no perfil demográfico do país que demonstra um envelhecimento da população 
relacionado a doenças crônico-degenerativas (INCA 2016). 
O melanoma é um câncer que se desenvolve a partir de alterações nos melanócitos, 
células produtoras de melanina, situadas na camada basal da epiderme, e estas alterações vão 
levar a um tumor geralmente enegrecido de aspectos grosseiros e sem delimitações (IRANZO 
et al., 2015; COSTA et al., 2015). O melanoma atinge principalmente indivíduos de pele clara, 
sendo mulheres entre 50 e 60 anos o grupo mais atingido (AMANCIO et al., 2014). Segundo a 
American Cancer Society (2010), o câncer melanoma surge principalmente no tronco, pernas, 
braços e face, locais que sofrem maior exposição solar. 
 
Fatores de surgimento 
O surgimento do melanoma assim como em outros tipos de câncer está relacionado 
com múltiplos fatores como estilo de vida, exposição excessiva ao sol, pigmentação cutânea, 
hereditariedade, presença de muitos nevos e alterações no material genético (PEREIRA et al., 
2015; MELO et al., 2015; GOLDSTEIN et al., 2013). O processo de surgimento do melanoma 
é chamado de melanomagênese, que vai ser caracterizado pela iniciação do câncer a partir das 
alterações genéticas nas células dos melanócitos impulsionadas pela ação de agentes químicos, 
biológicos ou físicos. Em seguida ocorre a promoção do câncer, gerado pela exposição contínua 
a agentes cancerígenos, e, por fim, a progressão tumoral, com a multiplicação das células 
mutadas. O aumento significativo do número de células conferem características mais 
agressivas e invasivas ao melanoma (ONCOGUIA, 2014). 
 
Radiação Ultravioleta 
 A luz solar emite luz visível, radiação infravermelha, e radiação ultravioleta (UV). Os 
diferentes tipos de radiação UV variam de acordo com o comprimento de onda, se classificando 
em UVA (320 – 400nm), UVB (290 – 320nm) e UVC (100 e 290nm) (MELO et al., 2015). O 
sol, especificamente a radiação UV, possui potencial fisiológico como produção de vitamina D 
e prevenção de doenças, porém a exposição excessiva a radiação UV está ligada ao surgimento 
de neoplasias, e isso ocorre devido à capacidade mutagênica, de forma direta ou indireta, que 
os raios UV possuem sobre o DNA das células (CORRÊA, 2015; AMARO-ORTIZ et al, 2014). 
Levando em conta os iniciadores físicos, a exposição à radiação ultravioleta vem a ser 
um agente iniciador do melanoma (EVANS, 2013). A iniciação pode ser relacionada à 
exposição excessiva durante a infância, causando danos como a queimadura solar, induzida 
pela inflamação e hiperqueratose, que é o espessamento da camada da epiderme para maior 
proteção contra os raios UV (AMARO-ORTIZ et al., 2014). Estes danos moleculares iniciais 
aumentam o risco de desenvolver o melanoma na vida adulta, devido à maior replicação de 
material genético e ao acúmulo de danos no DNA provocado pela radiação UV ao longo da 
vida (D'ORAZIO et al., 2013; NOONAN et al., 2012). 
 
 
 
Alterações moleculares 
Tais agentes carcinogênicos atuam sobre os genes, especialmente os genes supressores 
de tumor como o TP53, os genes relacionados com o crescimento e proliferação celular (BRAF 
e NRAS) e os reguladores de apoptose (AKT), aumentando assim a proliferação, perda de função 
e sobrevivência celular (LIU et al., 2014). 
Os raios UVA e UVB possuem diferentes formas de agir na célula, sendo que o UVA 
causa danos no DNA e em outras macromoléculas pela ação dos radicais livres. Os raios UVB 
causam danos no DNA pela troca de bases de pirimidina, formando dímeros de pirimidina, que 
deformam a dupla hélice da cadeia de DNA (D'ORAZIO et al., 2013). Com o DNA modificado, 
nos processos de transcrição e replicação os danos são passados para as células filhas, levando 
a pele a sofrer mutagênese e o surgimento do melanoma (AMARO-ORTIZ et al., 2014). 
 
Observação final 
Como o melanoma, apesar de pouco comum, é o tipo de câncer de pele com maior 
mortalidade, é necessário compreender o seu comportamento no organismo. Apesar de no meio 
cientifico já se ter um vasto conhecimento sobre o melanoma, seus efeitos e vias de atuação e 
as influências dos iniciadores para o seu surgimento, ainda não se sabe de fato qual a exposição 
necessária de radiação UV para iniciar um câncer do tipo melanoma (SILVA, 2013). 
 
Referências 
 
AMANCIO, C. T.; NASCIMENTO, L. F. C. Cutaneous melanoma in the State of São Paulo: a 
spatial approach. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 89, p. 442-446, 2014. 
 
AMARO-ORTIZ, A.; YAN, B.; D'ORAZIO, J. A. Ultraviolet radiation, aging and the skin: 
prevention of damage by topical cAMP manipulation. Molecules, v. 19, n. 5, p. 6202-6219, 
2014. 
 
AMERICA CANCER SOCIETY <http://www.cancer.org/> 
 
BATISTA, T. et al. Avaliação dos cuidados de proteção solar e prevenção do câncer de pele 
em pré-escolares. Revista Paulista de Pediatria, v. 31, p. 17-23, 2013. 
 
CORRÊA, M. P. Solar ultraviolet radiation: properties, characteristics and amounts observed 
in Brazil and South America. Anais brasileiros de dermatologia, v. 90, p. 297-313, 2015. 
 
COSTA, N. F.; FERNANDES, N. C.; BORGES, M. R. M. M. Study of the histopathological 
types of cutaneous melanoma in Palmas-TO from 2001 to 2011. Anais Brasileiros de 
Dermatologia, v. 90, p. 638-645, 2015. 
 
DIEPGEN, T. L. et al. Occupational skin cancer induced by ultraviolet radiation and its 
prevention. British Journal of Dermatology, v. 167, n. s2, p. 76-84, 2012. 
 
D’ORAZIO, J. et al. UV radiation and the skin. International journal of molecular 
sciences, v. 14, n. 6, p. 12222-12248, 2013. 
 
EVANS, M. S. et al. Current and future trials of targeted therapies in cutaneous 
melanoma. Impact of Genetic Targets on Cancer Therapy, p. 223-255, 2013. 
 
GOLDSTEIN, A. M.; TUCKER, M. A. Dysplastic nevi and melanoma. Cancer 
epidemiology, biomarkers & prevention, v. 22, n. 4, p. 528-532, 2013. 
 
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA 
 
INSTITUTO ONCOGUIA 2014. 
<http://www.oncoguia.org.br/conteudo/carcinogenese/6851/844/> 
 
IRANZO, C. C. et al. Lesões cutâneas malignas e pré-malignas: conhecimentos, hábitos e 
campanhas de prevenção solar. Acta Paulista de Enfermagem, v. 28, p. 2-6, 2015. 
 
LIU, J. et al. Developmental pathways activated in melanocytes and melanoma. Archives of 
biochemistry and biophysics,v. 563, p. 13-21, 2014. 
 
MELO, M. M.; DE CARVALHO RIBEIRO, C. S. Novas Considerações sobre a Fotoproteção 
no Brasil: Revisão de Literatura/New Considerations on the Photoprotection in Brazil: 
Literature Review. Revista ciências em saúde, v. 5, n. 3, p. 80-96, 2015. 
 
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/carcinogenese/6851/844/
NOONAN, F. P. et al. Melanoma induction by ultraviolet A but not ultraviolet B radiation 
requires melanin pigment. Nature communications, v. 3, n. 1, p. 884, 2012. 
 
PEREIRA, S.; CURADO, M. P.; RIBEIRO, A. M. Q. Multiple skin neoplasms in subjects 
under 40 years of age in Goiania, Brazil. Revista de Saúde Pública, v. 49, 2015. 
 
SANTOS, E. S. G.; LOPES, C. M.; KOIFMAN, S. Cancer incidence and mortality in rural 
workers in the Brazilian Western Amazon. Cadernos Saúde Coletiva, v. 24, p. 41-48, 2016. 
 
SILVA M. E. D. C. et al. Nursing care to cancer patients in the hospital. Rev Enferm 
UFPI, Teresina, 2(spe):69-75, dec., 2013. 
 
WANG, T. et al. BRAF inhibition stimulates melanoma-associated macrophages to drive 
tumor growth. Clinical cancer research, v. 21, n. 7, p. 1652-1664, 2015.

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