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psicopedagogia Clinica

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1 
 
PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
SUMÁRIO 
 
PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA ................................................................. 1 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 4 
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGOGICA ........................................................ 6 
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA CRIANÇA DE 6 A 11 ANOS E 
DO ADOLESCENTE ....................................................................................... 7 
AS PROVAS OPERATÓRIAS .............................................................. 8 
A CATEGORIA DAS PROVAS OPERATÓRIAS POR IDADE ....... 10 
OS TIPOS DE PROVAS OPERATÓRIAS E A SUA 
FINALIDADE/OBJETIVO .......................................................................... 12 
A AVALIAÇÃO DAS RESPOSTAS ................................................. 14 
DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO....................................................... 15 
DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO .............................................. 16 
PRIMEIRO CONTATO (AGENDAMENTO) ........................................... 17 
QUEIXA .............................................................................................. 18 
ANAMNESE ....................................................................................... 20 
CONTRATO E SESSÕES DE AVALIAÇÃO ...................................... 24 
DEVOLUTIVA E ENCAMINHAMENTO .............................................. 26 
INFORME PSICOPEDAGÓGICO ...................................................... 29 
A ESCUTA CLÍNICA NA PSICOPEDAGOGIA ...................................... 30 
A POSTURA ANALÍTICA E A ATITUDE CLÍNICA NA 
PSICOPEDAGOGIA ..................................................................................... 31 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 34 
 
 
 
file:///C:/Users/rayssy.fernandes/Desktop/Nova%20pasta%20(2)/Nova%20pasta/Psicopedagogia%20Clínica.docx%23_Toc135659666
 
 
4 
INTRODUÇÃO 
 
O campo da psicopedagogia é aquele que engloba uma ampla gama de 
atividades profissionais interdisciplinares e multidisciplinares. Leva em conta a 
singularidade, heterogeneidade e conhecimento existencial que existe nas 
relações formadas entre escolas e lares. Um aspecto particularmente importante 
do conhecimento psicopedagógico é sua capacidade de ajudar a avaliar a 
relação afetiva entre essas duas entidades e construir conhecimentos que 
podem ser aplicados tanto na escola quanto nas famílias. Sendo a aquisição do 
conhecimento parte integrante da experiência humana, a psicopedagogia 
desempenha um papel fundamental na facilitação desse processo no âmbito da 
educação. Os seus campos de atuação abrangem vários setores pedagógicos, 
cada um contribuindo para uma maior transformação da atual realidade escolar 
(VIEIRA et al, 2022). 
Os psicoeducadores profissionais são obrigados a adequar seus serviços 
às necessidades específicas de cada setor educacional, sendo importante que 
eles promovam programas sociais para despertar a curiosidade de professores, 
alunos e funcionários da escola sobre o trabalho dos psicoeducadores no 
ambiente escolar (GOMES, 2023). 
O psicopedagogo não apenas educa o sujeito, mas também tem a 
responsabilidade de capacitá-lo na aquisição do conhecimento. Nesse sentido, 
Bossa (1994, p. 6) diz que: 
Penso que a psicopedagogia como área de aplicação, antecede status 
de área de estudos, o qual tem procurado sistematizar um corpo teórico 
próprio, definir seu objeto de estudo, delimitar, seu campo de atuação, 
e para isso recorrer à psicologia, psicanálise, linguística, 
fonoaudiólogo, medicina, pedagogia. 
 
Segundo Edith (1993, p. 38) a “intervenção psicopedagógica pode, 
também propiciar ao aprendiz experiências”. A aquisição de novos 
conhecimentos, mudanças comportamentais e a capacidade de lidar 
efetivamente com problemas sociais em vários ambientes são resultados que 
 
 
5 
podem resultar de certas experiências. 
A principal missão de um psicoeducador é ajudar os indivíduos a superar 
obstáculos, considerando sua formação educacional e compreensão de um 
determinado assunto. Um psicoeducador pode utilizar atividades que despertem 
a curiosidade de seus alunos para estimular sua memória sobre o assunto. Em 
ambientes institucionais e clínicos, os psicoeducadores devem reconhecer que 
o ensino e a aprendizagem são moderados e que o conhecimento obtido por 
meio do ensino é mediado por educadores e outros profissionais não escolares 
(ESCOTT, 2004). 
 O psicoeducador deve ter cautela ao atribuir um diagnóstico, tendo o 
cuidado de considerar quaisquer possíveis desafios de aprendizagem e 
adaptando as perguntas e tarefas de acordo para aliviar ou abordar a situação. 
Além disso, é importante observar que existem métodos alternativos para 
diagnosticar um indivíduo, como examinar álbuns de fotos ou revisar obras de 
arte feitas em casa ou na escola, além de consultar familiares para obter uma 
compreensão mais abrangente da situação. Esses métodos permitem que o 
psicoeducador descreva e analise minuciosamente o indivíduo, posteriormente 
formulando suposições e conclusões informadas (GOMES, 2023). 
A Psicopedagogia clínica tem caráter predominantemente terapêutico, 
com sessões individuais previamente programadas num espaço apropriado para 
tal. “Este espaço deve ser de aprendizagem, proporcionando ao sujeito chances 
de conhecer o que está à sua volta, o que lhe impede de aprender, possibilitando 
modificar uma história e não aprendizagem” (BOSSA, 2007). 
A Psicopedagogia clínica: 
Faz uma intervenção terapêutica por meio de profissional 
especializado que buscará não só a solução dos problemas de 
aprendizagem, mas também, a construção de um sujeito pleno, crítico 
e mais feliz. O tratamento começa com o diagnóstico clínico, que dará 
suporte para identificar as causas dos problemas de aprendizagem no 
desenvolvimento do sujeito e relação com sua família e grupos sociais 
(ESCOTT, 2004). 
 
 
O psicopedagogo “somente poderá recomendar um tratamento após a 
 
 
6 
anamnese (entrevista inicial) com os pais e com o aluno, com o objetivo de colher 
dados significativos sobre a história de vida do paciente” (WEISS 2012 p. 61). 
Caso sejam identificados outros problemas, deve ser indicado um profissional 
especializado para ajudar no tratamento, como psicólogo, fonoaudiólogo, 
neurologista, entre outros. Assim, o psicopedagogo clínico, ao se utilizar de 
vários recursos para sua análise, atuará como mediador de todo o processo, 
orientando pais e escola qual a melhor atitude a ser tomada (GOMES, 2023). 
 
AVALIAÇÃOPSICOPEDAGOGICA 
 
Frequentemente, as instituições de ensino encaminham os jovens para 
avaliação psicopedagógica por uma causa específica: o rendimento escolar não 
corresponde às expectativas. Pode haver uma dificuldade com o processo de 
leitura e escrita quando comparado a outros alunos da mesma classe. Alternati-
vamente, pode haver dificuldade em compreender um tópico, ou o aluno pode 
exibir uma abordagem sem entusiasmo ou até mesmo desengajada para apren-
der (ANDRADE, 1998). 
 As famílias tendem a ter inúmeras queixas iniciais quando se trata de 
dificuldades de aprendizagem de seus filhos. No entanto, é crucial enfatizar a 
importância de conduzir uma investigação completa para chegar a uma decisão 
informada. Ressalta-se que a avaliação psicopedagógica serve como ponto de 
partida para esse processo investigativo (GRIZ, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA CRIANÇA DE 6 A 11 ANOS E 
DO ADOLESCENTE 
 
Ao realizar uma avaliação psicopedagógica de crianças de 6 a 11 anos 
ou adolescentes, o psicopedagogo deve utilizar recursos adequados, com obje-
tivos claros e dentro da faixa etária do avaliado. A finalidade pretendida do ins-
trumento deve estar alinhada com as questões colocadas pela hipótese diagnós-
tica e fornecer os dados necessários. O não cumprimento desses requisitos re-
sulta em perda de valor do instrumento e perda de tempo do psicopedagogo, 
pois outros recursos poderiam ser utilizados durante a avaliação. O tempo é um 
bem precioso durante as avaliações, pois há sessões planejadas para a conclu-
são do trabalho. 
Os Testes de Diagnóstico Operativo de Jean Piaget (WEISS, 2012) são 
frequentemente utilizados na avaliação de crianças entre 6 e 11 anos. Esses 
testes são fundamentais para determinar o estágio de desenvolvimento da cri-
ança, bem como sua prontidão para certos marcos, como a alfabetização. 
A pesquisa e a análise de Piaget revelaram que a capacidade cognitiva 
de uma criança se desenvolve em estágios separados e distintos que são quali-
tativamente diferentes uns dos outros. Ele identificou quatro estágios fundamen-
tais do desenvolvimento cognitivo, cada um com vários subestágios. O primeiro 
é o estágio sensório-motor, que vai do nascimento até os 2 anos de idade. O 
segundo é o estágio pré-operatório, que ocorre entre os 2 e os 7 anos de idade. 
O terceiro é o estágio operacional concreto, que ocorre entre os 7 a 11 anos de 
idade. O estágio final é o estágio operacional formal, que se inicia após os 11 
anos e se estende por toda a vida adulta (BALESTRA, 2007). 
As provas desenvolvidas por Piaget podem ser categorizadas em quatro 
categorias distintas: conservação, classificação, seriação e medição espacial. 
Essas categorias abrangem treze testes que são usados para medir o desenvol-
vimento cognitivo. Os treze testes operativos são: conservação de conjuntos de 
elementos pequenos e discretos; conservação da superfície; conservação de lí-
quidos; Conservação de massa; conservação de peso; conservação de volume; 
 
 
8 
conservação do comprimento; mudança de critério (dicotomia); inclusão de tur-
mas; interseção de classes; serialização de palitos; combinação de fichas; e pre-
visão. (BALESTRA, 2007). É importante notar que as provas piagetianas são 
uma ferramenta amplamente utilizada para medir o desenvolvimento cognitivo. 
 
AS PROVAS OPERATÓRIAS 
 
As provas de Piaget têm significativa relevância no campo da psicopeda-
gogia. Eles foram inicialmente desenvolvidos como uma ferramenta epistemoló-
gica para pesquisas empíricas sobre o processo de aquisição de conhecimento 
em crianças. Essas provas permitiram a Piaget demonstrar que o conhecimento 
não era inato nem imposto por fatores externos, mas o resultado de um processo 
gradual e contínuo de construção (VISCA, 2008). 
Ele pretendia construir uma teoria do conhecimento e empregou o método 
clínico para conseguir isso, refinando e modificando-o conforme necessário para 
se adequar ao seu experimento. 
As provas Piagetianas têm grande importância para a psicopedagogia. 
Elas nasceram como um recurso epistemológico de investigação empírica da 
construção do conhecimento em crianças. Através delas, Piaget pode 
demonstrar teoricamente que os conhecimentos não eram inatos ou impostos a 
partir do meio, mas que proviam do resultado de uma construção gradativa 
(VISCA, 2008). 
A sua intenção era construir uma teoria do conhecimento e para tal utilizou 
o método clinico aperfeiçoando-o e adaptando-o quando conveniente ao seu 
experimento. Visca (2008) apresenta quatro etapas da elaboração desse método 
clínico: 
1ª – Verbal, observação direta 
2ª – Observação crítica 
3ª – Formalização: combinação do pensamento verbal e as operações 
 
 
9 
efetivas e concretas 
4ª – Inclusão de perguntas interdisciplinares 
Entretanto, deve-se a Bärbel Inhelder o uso do método clinico no campo 
da psicologia abrindo assim, caminho para que as provas operatórias fossem 
utilizadas com são ultimamente (VISCA, 2008). 
Atualmente, as provas de Piaget (piagetianas) vêm sendo amplamente 
utilizadas na clínica psicopedagógica para avaliação do raciocínio e construção 
de conhecimento de crianças na fase escolar (RUBINSTEIN, 2014). Por 
intermédio delas é possível investigar e avaliar o nível cognitivo da criança e 
constatar se este realmente corresponde a sua idade cronológica ou se existe 
alguma defasagem. Rubinstein ainda afirma que, 
Essas provas avaliam a noção de conservação e as operações lógicas 
de classificação e seriação, nos níveis concreto e formal, e encontram-
se diluídas na obra de Piaget. Alguns autores fizeram a seleção e 
organização das mesmas com o intuito de facilitar a sua utilização 
clinica ou escolar (2014, p. 70). 
 
Antes de realizar esses testes, é crucial considerar alguns critérios. Um 
fator essencial é estabelecer uma conexão entre o entrevistador e o entrevistado. 
Se faltar uma conexão, o entrevistado pode sentir desconforto e nervosismo, o 
que pode impactar negativamente no processo avaliativo como um todo 
(BARBOSA, 2001). 
O levantamento de hipóteses pelo entrevistador é um componente crítico 
para qualquer investigação. Na verdade, todas as explorações começam com a 
formulação de hipóteses. 
Na aplicação dos testes, é fundamental ter cautela com a faixa etária e 
com as habilidades cognitivas de cada criança ou adolescente. É importante 
garantir que os testes não sejam muito simplistas nem muito complexos para a 
faixa etária em questão. 
O processo investigativo consistirá em diálogos informais e flexíveis que 
 
 
10 
podem ser modificados de acordo com a situação. É fundamental observar 
atentamente e anotar as respostas e justificativas do entrevistado, pois podem 
revelar seus processos cognitivos e de raciocínio. Além disso, todo o ambiente 
deve ser estudado, incluindo comportamento do entrevistado, postura, padrões 
de fala, preocupações, apreensões, argumentos, organização ou falta dela, 
manipulação de objetos, ansiedades e apatias. (BARBOSA, 2001). 
Uma compreensão completa dos estágios do desenvolvimento humano é 
crucial para analisar e avaliar efetivamente o material reunido. O sucesso de uma 
investigação conduzida por meio de testes depende da habilidade do 
entrevistador em administrar os testes com perícia. O entrevistador deve ter uma 
compreensão abrangente de todo o processo, incluindo aplicação, progressão, 
formação de hipóteses e conclusões (BARBOSA, 2001). 
 
A CATEGORIA DAS PROVAS OPERATÓRIAS POR IDADE 
 
Mediante pesquisas e observações Piaget classificou e agrupou as provas 
operatórias por idades (Quadro 1). Devido a esse minucioso trabalho é possível 
se ter um referencial preciso na hora da seleção da prova a ser aplicada. A 
categoria das provas mostra o nível de estrutura cognitiva que o indivíduo é 
capaz de operar na situação apresentada.11 
Quadro 1 - A categoria das provas operatórias por idade 
 
 
 
 
12 
 
Fonte: Sampaio, 2014. 
 
OS TIPOS DE PROVAS OPERATÓRIAS E A SUA 
FINALIDADE/OBJETIVO 
 
 
O objetivo principal das provas operatórias é descobrir e avaliar a noção-
chave do desenvolvimento cognitivo, revelando o nível de pensamento 
alcançado pela criança, isto é, o nível de estrutura cognoscitiva com que ela 
opera. (WEISS, 2012, p. 106). De acordo com Borges, 
 
As provas operatórias foram organizadas com o objetivo de criar certo 
tipo de escala de desenvolvimento intelectual e, sobretudo, de testar a 
validade das hipóteses de Piaget, ou seja, fundamentar o sujeito 
epistêmico [...] (1992, p. 7) 
 
Os tipos de provas operatórias e a sua finalidade e objetivo específicos se 
encontram descritos no quadro 2 a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Quadro 2 - Os tipos de provas operatórias e a sua finalidade/objetivo 
 
 
 
 
14 
 
Fonte: Visca, 2008. 
 
A AVALIAÇÃO DAS RESPOSTAS 
 
Uma avaliação eficaz não se dará apenas pela análise das respostas 
obtidas nas provas. O aplicador deve observar o contexto geral: reações, 
postura, fala, inquietações, reação diante do desconhecido, argumentos, 
organização e manipulação do material (SAMPAIO, 2014). 
O nível que a criança irá alcançar em cada uma das etapas revelará o 
grau de sua estrutura operatória. Desta forma, será possível identificar o nível 
do pensamento alcançado por ela. As respostas podem ser classificadas dentro 
de três níveis (VISCA, 2008; SAMPAIO, 2014): 
 
 
15 
Nível 1: Não conserva, não atinge nível operatório nesse domínio. 
Nível 2: Intermediário: respostas oscilantes, instáveis ou incompletas: 
hora conserva, hora não conserva. 
Nível 3: respostas firmes, demonstram aquisição da noção. 
 
DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO 
 
De acordo com Weiss (2012), o objetivo do diagnóstico é identificar os 
desvios e os obstáculos apresentados pelo sujeito e seu modelo de 
aprendizagem que impossibilita a aprendizagem dentro do esperado pelo meio 
social. 
O diagnóstico Psicopedagógico tem aspectos afetivos, cognitivos, e que 
na visão clínica, os aspectos afetivos retratam uma relação entre o aprendente 
e o Psicopedagogo, que poderá ser uma relação amigável ou não, em que o 
sujeito projeta de forma inconsciente suas emoções para a relação entre pessoa 
em atendimento e Psicopedagogo. 
É ele, portanto, a base que dará suporte ao psicopedagogo para que este 
faça o encaminhamento necessário. É um processo que permite ao profissional 
investigar, levantar hipóteses provisórias que serão ou não confirmadas ao longo 
do processo recorrendo, para isso, a conhecimentos práticos e teóricos. 
Segundo Weiss (2012), todo diagnóstico Psicopedagogico é uma 
investigação, daquilo que não vai bem com o sujeito, em relação a uma conduta 
esperada, portanto é esclarecer uma queixa da família, escola ou do próprio 
sujeito. Assim trazendo suas expectativas em relação ao conhecimento, por isso 
o profissional precisa estabelecer uma estratégia significativa para que isso não 
interfira nos atendimentos. Ou seja, estabelecer um laço de confiança entre 
ambos, e que essa relação seja de parceria com esse sujeito. 
Já o Prognóstico é realizado após o Diagnóstico Psicopedagógico, 
 
 
16 
quando o profissional já conhece o nível do aprendente, suas fragilidades e suas 
potencialidades, além do estilo e gênese da aprendizagem, própria de cada 
indivíduo, só então ele traça o Prognóstico, que consiste no plano de intervenção 
para sanar os problemas detectados e fortalecer as potencialidades do 
aprendente (WEISS, 2012). 
 
DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO 
 
O diagnóstico psicopedagógico é o ponto de partida do trabalho do 
psicopedagogo. Por isso, precisa ser realizado de maneira séria e atenta aos 
detalhes de todo o processo, desde o primeiro contato telefônico até a 
devolutiva, ou seja, a divulgação do diagnóstico. Segundo Weiss (2012), para 
que tenhamos uma visão global do cliente durante a abordagem do fracasso 
escolar, precisamos levar em consideração os seguintes aspectos: 
1. Aspectos orgânicos – são os relacionados à estrutura biofisiológica 
do sujeito que aprende. Quaisquer alterações nessas estruturas irão prejudicar 
o acesso ao conhecimento. Atentar também para o fato de que, na maioria das 
vezes, crianças portadoras de alterações orgânicas recebem uma educação 
diferenciada por parte da família, podendo ocasionar problemas emocionais em 
diversos níveis, gerando dificuldades na aprendizagem escolar. 
2. Aspectos cognitivos – são os ligados basicamente ao 
desenvolvimento e funcionamento das estruturas cerebrais que permitem a 
aprendizagem, entre eles a memória, atenção, antecipação, entre outros. 
3. Aspectos emocionais – são os aspectos ligados ao desenvolvimento 
afetivo e sua relação com a construção do conhecimento e a expressão deste 
por meio da produção escolar (WEISS, 2012). Isto porque o não aprender pode 
ter uma relação com um problema familiar, por exemplo, num caso de não 
conseguir bom desempenho em matemática a partir da separação dos pais e a 
constituição de novas famílias (não consegue dividir, subtrair, somar, multiplicar 
 
 
17 
porque isto remete às novas organizações familiares). 
4. Aspectos sociais – como o próprio nome diz, trata-se de tudo o que 
interfere socialmente naquela família, como a sua cultura, sua situação 
econômica, entre outros. 
5. Aspectos pedagógicos – são os aspectos ligados à metodologia de 
ensino, à avaliação, à dosagem de informações, à estruturação das turmas, 
enfim, à organização geral da escola, que influem diretamente na qualidade de 
ensino e interferem no processo de ensino-aprendizagem (WEISS, 2012). 
Diante desses aspectos, é importante lembrar que o bom diagnóstico 
psicopedagógico não é medido pela quantidade de instrumentos utilizados, mas, 
sim, que os instrumentos utilizados sejam capazes de auxiliar no entendimento 
do funcionamento desses cinco aspectos do cliente em questão. 
 
PRIMEIRO CONTATO (AGENDAMENTO) 
 
Ao procurar um profissional psicopedagógico pela primeira vez para 
agendar uma consulta, é fundamental tratar com muito cuidado o contato inicial. 
Esse alcance inicial significa o primeiro passo da família em direção à mudança, 
reconhecendo que algo está errado. Este pode ser um reconhecimento 
desafiador tanto para a família como um todo, quanto para membros individuais 
da família (VIEIRA et al, 2022). 
 É imprescindível que um profissional dê orientações a uma secretária ou 
recepcionista quando estiver à frente do atendimento. A secretária/recepcionista 
deve manter um comportamento amigável e profissional. Eles devem fornecer 
informações relevantes de maneira concisa, como horário de funcionamento, 
cronograma de reuniões e preços. No entanto, algumas indagações podem 
exigir a expertise do profissional (GOMES, 2023). 
Quando o psicoeducador recebe uma ligação, ele também pode receber 
 
 
18 
a ficha de trabalho junto com as informações prestadas. É crucial responder a 
quaisquer perguntas que o chamador possa ter, mas também é importante evitar 
focar demais no cliente em potencial e, em vez disso, guardar os detalhes da 
reclamação para a entrevista inicial. Segundo Escott (2004), os níveis de 
ansiedade poderiam ser observados se o chamador tivesse consultas urgentes, 
solicitasse um número elevado de sessões ou propusesse horários de reunião 
inapropriados. 
 
QUEIXA 
 
Quando o responsável por uma criança entra no consultório, muitas vezes 
surge uma sensação de desconforto. Esse desconforto pode ser sentido até 
pelos próprios profissionais, e deve ser administrado para não atrapalhar o 
encontro. Por exemplo, o responsável pode chegar significativamente mais cedo 
do que o programado, conversar sem parar ou simplesmente não responder às 
perguntas do profissional (BOSSA, 2007). 
 Durante esses momentos,é melhor cumprimentar o responsável com 
respeito, guiá-lo pelo espaço do escritório, discutir seu histórico e perguntar 
como ele pode ajudá-lo. A queixa evidente pode ser dirigida à mãe, ao pai ou à 
criança, enquanto as queixas implícitas - que são trazidas durante as sessões - 
podem diferir (VIEIRA et al, 2022). 
 A consulta inicial com o responsável é um aspecto crucial do nosso 
processo de avaliação. Isso nos permite determinar se o casal irá à reunião junto 
ou se estará acompanhado de seus filhos. Enquanto alguns especialistas 
defendem que esse atendimento inicial deva ser voltado apenas para as 
crianças, outros defendem que seja prestado apenas ao responsável (GOMES, 
2023). 
A experiência do escritório oferece a oportunidade de encontrar os dois 
cenários e, no último caso, os pais tendem a responder às perguntas com maior 
 
 
19 
compostura. Esse ambiente permite uma identificação mais fácil de erros e uma 
disposição para mostrar vulnerabilidade diante dos problemas. Os pais também 
podem se esforçar para fornecer atenção total aos profissionais devido a 
preocupações com o bem-estar de seus filhos. Como resultado, eles podem 
preferir agendar uma consulta separada ou se envolver em comunicação não 
verbal na presença de seus filhos. Além disso, eles às vezes optam por dar 
seguimento mais tarde com mais informações que podem não se sentir à 
vontade para compartilhar na presença de seus filhos ou adolescentes. (VIEIRA 
et al, 2022). 
 Texto Reescrito: O significado desses pontos de vista não pode ser 
exagerado, pois eles trazem à tona a ausência de comunicação aberta entre 
membros da família, casais e relacionamentos entre pais e filhos. Na maioria dos 
casos, um dos pais pode se recusar a participar dessas reuniões. Portanto, 
torna-se necessário que ambas as partes participem dessas discussões 
periodicamente para garantir que as diretrizes sejam seguidas por todos e que 
todos estejam na mesma página. Vale ressaltar que, por vezes, a reunião 
agendada pode ser cancelada devido a circunstâncias imprevistas (ESCOTT, 
2004). 
 É responsabilidade dos profissionais registrar prontamente tais 
incidentes para recuperação, pois eles indicam relutância em uma avaliação 
mais aprofundada. Após a apresentação da denúncia, é fundamental que os 
responsáveis realizem uma entrevista semiestruturada, na qual os pais são 
estimulados a expressarem suas opiniões sobre o assunto. Ocasionalmente, 
esse processo pode necessitar de múltiplas sessões (GOMES, 2023). 
 A entrevista semiestruturada recebe esse nome porque o psicoeducador 
só faz perguntas periodicamente, seja quando o sujeito termina de falar ou 
quando o responsável pela sessão solicita esse tipo de intervenção. Concluída 
essa fase, inicia-se a entrevista estruturada, que envolve o exame do prontuário 
(VIEIRA et al, 2022). 
 Em alguns casos, a pessoa responsável pela condução da reunião pode 
ficar "presa" nos estágios iniciais ou pode parecer inacessível. Para contornar 
 
 
20 
qualquer constrangimento em potencial, é aconselhável começar revisando os 
gráficos primeiro. Dessa forma, os pais podem adicionar informações adicionais 
a seu próprio critério e nível de conforto. 
 
ANAMNESE 
 
Uma técnica de entrevista abrangente conhecida como anamnese é 
projetada para reunir os dados históricos completos de um cliente desde o início 
até os dias atuais. Vários modelos de anamnese estão disponíveis, mas o 
modelo mais eficaz para utilização clínica é o modelo de entrevista 
semiestruturada ou livre, conforme adaptado por ESCOTT (2004). 
 Quando se trata de avaliações psicopedagógicas, é fundamental que os 
questionários utilizados sejam informativos, mas envolventes. Essas avaliações 
geralmente envolvem um determinado número de reuniões, geralmente em torno 
de oito a dez, com prazos rígidos e requisitos de feedback. O objetivo é 
proporcionar um espaço responsável onde os indivíduos possam discutir 
quaisquer problemas ou dificuldades que possam estar enfrentando. Não é 
incomum que psicólogos educacionais descubram que o problema inicial 
apresentado pelo cliente pode ser separado da verdadeira questão no decorrer 
da avaliação, conforme observado por Vieira et al em 2022. 
Na hora de abordar a situação em questão, é fundamental envolver os 
pais da criança na conversa, principalmente considerando que eles já iniciaram 
o processo de mudança. Além disso, é fundamental levar em consideração o 
plano de trabalho com a criança proposto pelo psicoeducador. Durante a 
rememoração, é comum que alguns aspectos da situação sejam enfatizados em 
detrimento de outros, sendo importante que o psicoeducador esteja atento a 
essas ênfases e mantenha uma postura aberta e acolhedora. Ao fazer isso, os 
pais podem estar mais propensos a baixar espontaneamente suas defesas 
(GOMES, 2023). 
 
 
21 
O modelo a seguir é uma adaptação do citado por Weiss (2012) e utilizado 
para entrevistas iniciais com os pais ou responsáveis e posterior planejamento 
das estratégias para atendimento ao cliente. 
 
ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA 
Data: ___/___/_____ 
Dados pessoais (ideal que sejam recolhidos no contato telefônico) 
Nome do responsável:_____________________________________________ 
Telefones de contato:______________________________________________ 
Nome do paciente: ________________________________________________ 
Idade: __________________ Data de Nascimento: ________________ 
Escolaridade: _______________________________________________ 
Escola: _________________________________________________________ 
Quem solicitou a avaliação: _________________________________________ 
Por qual razão a fez (queixa): _______________________________________ 
Quem indicou o profissional:________________________________________ 
Está em atendimento com outros profissionais? ________________________ 
Se sim, quais? __________________________________________________ 
O paciente concorda em fazer a avaliação? ____________________________ 
Valores da sessão e duração: _______________________________________ 
Agendamento e prazo para desistência:_______________________________ 
a. História das primeiras aprendizagens não escolares: (abrange todo o 
 
 
22 
desenvolvimento infantil; muitas vezes os pais têm dificuldade de lembrar com 
quantos anos estava a criança nessas ocasiões; é importante deixá-los à 
vontade e, caso não se lembrem, perguntar se foi normal, como as crianças da 
mesma idade na época ou se foi tardio ou precoce). 
a) Uso da mamadeira. 
b) Uso da colher. 
c) Uso da canequinha. 
d) Engatinhar. 
e) Andar. 
f) Andar de velocípede. 
g) Controle dos esfíncteres. 
h) Aquisição da fala. 
i) Outros. 
(deve-se acrescentar o que mais surgir de importante no que diz respeito às 
aprendizagens: se elas foram estimuladas pela família, se ocorreram 
naturalmente ou tiveram um forte nível de exigência). 
História das primeiras aprendizagens escolares: 
a) Adaptação à escola. 
b) Idade de ingresso. 
c) Alfabetização. 
d) Mudança de escola. 
e) Aulas extras. 
f) Outros. 
 
 
23 
b. Evolução geral 
a) Desenvolvimento físico. 
b) Aquisição de hábitos (da casa e da família). 
c) Interiorização de normas (da família e da escola). 
d) Alimentação (come bem?, tem restrições?, gosta de beliscar?). 
e) Sono (normal ou agitado? Tem sono fora de hora?). 
f) Sexualidade (demonstra curiosidade? Já perguntou?). 
g) Ocorreram problemas neurológicos ou acidentes? 
h) Houve defasagens significativas? (de qualquer ordem). 
i) Foi estimulado a novas aprendizagens? (situação socioeconômica). 
j) Foi desejado? 
k) Como se deu a gravidez? 
l) Outros. 
c. História clínica (problemas de saúde em geral, acompanhamentos com 
especialistas, cirurgias, internações, atitude da família). 
d. História da família nuclear 
a) Fatos marcantes dos pais e irmãos antes, durante e depois da entrada do 
pacientena família. 
b) As famílias provenientes dos novos casamentos dos pais (perspectiva 
socioeconômica e cultural). 
c) Alterações familiares (nascimento de irmãos, mudanças, mortes, 
desemprego, separações). 
 
 
24 
d) Houve, para a criança, oportunidade de elaborar a perda? (Se a perda ocorrida 
estava ligada a um castigo prometido e eventualmente acontecido – por 
exemplo, “o papai vai embora para sempre se você não se comportar”; ou se 
estava relacionada com a vontade de conhecer, curiosidade sobre os fatos). 
e. História da família ampliada (relações com familiares paternos e maternos, 
como tios, primos e avós). 
 
CONTRATO E SESSÕES DE AVALIAÇÃO 
 
É imprescindível que o psicopedagogo forneça as informações solicitadas 
no primeiro contato telefônico, mas é igualmente importante que ele as forneça 
novamente por escrito antes da finalização do contrato de trabalho. Os 
componentes necessários para este contrato estão descritos no primeiro 
segmento da anamnese sugerida (BOSSA, 2007). 
Uma vez que o psicopedagogo tenha avaliado o caso, ele terá 
determinado a capacidade de atendimento, o número de sessões necessárias, 
os descontos que podem ser concedidos, a duração de cada sessão, a 
disponibilidade para agendamento e os prazos para cancelamento de sessões 
por motivos de circunstâncias imprevistas (ESCOTT, 2004). 
 Os clientes que não cumprem os termos do contrato podem experimentar 
benefícios terapêuticos. Tal descumprimento pode revelar outros 
comportamentos que são exibidos em suas vidas diárias, levando a desafios 
adicionais. Além disso, é crucial fornecer feedback sobre essas situações para 
estimular a autorreflexão. (VIEIRA et al, 2022). 
 Ao discutir o período de avaliação diagnóstica com os pais, não é 
incomum que eles se sintam desiludidos. Muitos pais desejam um diagnóstico 
imediato dos impedimentos de aprendizagem de seus filhos, mas é importante 
reservar um tempo para examinar e entender minuciosamente as causas 
subjacentes de suas dificuldades. 
 
 
25 
Para aliviar a ansiedade dos pais, a psicopedagoga pode explicar que o 
processo de avaliação é terapêutico. Mesmo sem um diagnóstico definitivo de 
dificuldade de aprendizagem, o processo pode levar a modificações de 
comportamento à medida que pais e filhos se conscientizem da possibilidade de 
remédios ou soluções para amenizar suas inquietações (GOMES, 2023). 
 Da mesma forma, é fundamental estabelecer os termos do acordo com a 
criança no primeiro dia de atendimento. Depois de recebê-lo, é importante 
perguntar à criança se ela entende o motivo de estar ali. Muitas vezes, a criança 
já pode saber o motivo, pois seus pais podem ter informado, no entanto, é 
importante que o terapeuta forneça sua própria explicação. Nos casos em que 
os pais não forneceram nenhuma informação, o terapeuta deve perguntar à 
criança ou adolescente por que eles acham que estão ali (ESCOTT, 2004). 
 O cliente apresentou reclamação, cabendo agora prestar à criança ou 
adolescente as informações pertinentes sobre o contrato celebrado com a 
família. Isso inclui detalhes sobre agendamentos, duração da sessão e regras 
para as sessões. As regras vão esclarecer como as sessões serão conduzidas 
- se o psicopedagogo ditará sempre o curso de ação (durante o período de 
avaliação) ou se há momentos em que o cliente pode tomar decisões (durante o 
acompanhamento psicopedagógico). Também serão explicados os objetivos das 
sessões, e será enfatizado o quanto é importante a colaboração do cliente no 
processo (VIEIRA et al, 2022). 
 Estabelecer uma conexão entre o psicopedagogo e o cliente é 
fundamental nas sessões iniciais, pois é fundamental que o cliente perceba o 
adulto como capaz de auxiliá-lo em seus problemas. Para agilizar esse processo, 
é vantajoso empregar linguagem compatível com a faixa etária do cliente, tanto 
em termos de assunto quanto de terminologia. Com isso, a experiência 
terapêutica torna-se mais amigável, e os resultados positivos são alcançados 
com agilidade (GOMES, 2023). 
 Quando encontrar resistência, é importante perguntar ao cliente sobre o 
que ele estaria fazendo durante a sessão. Ocasionalmente, pode ser revelado 
que a família está utilizando recursos psicopedagógicos de forma punitiva, como 
 
 
26 
por exemplo, afastar uma criança de um esporte que ela gosta. Nesses casos, é 
crucial reunir os pais e a criança e ter uma discussão aberta sobre esse 
comportamento, oferecendo opções alternativas de agendamento (BOSSA, 
2007). 
Segundo Weiss (1994), uma vez concluídas as sessões com a criança, 
podemos utilizar o "Modelo de Aprendizagem" como meio de chegar às nossas 
conclusões. 
O Modelo de Aprendizagem engloba uma série de fatores, incluindo o 
conhecimento existente do sujeito, estilo de aprendizagem, ritmo, conduta, 
função cognitiva, hábitos, motivações, ansiedades, defesas e conflitos 
relacionados à aprendizagem. Considera também a relação do sujeito com os 
saberes em geral e com as disciplinas escolares especificamente, bem como o 
significado da aprendizagem escolar para o sujeito, sua família e comunidade 
escolar. 
 Ao delinear com sucesso o Modelo de Aprendizagem do sujeito, o 
terapeuta atingiu um nível de integração de dados que lhe permite refletir e 
desenvolver hipóteses sobre a causa raiz por trás da dificuldade de 
aprendizagem ou deficiências acadêmicas. Posteriormente, o terapeuta pode 
propor um curso de ação para resolver o problema existente, levando em 
consideração os vários níveis de orientação necessários para a escola, família, 
e tratamentos especializados (como a psicopedagogia). A síntese desses dados 
conduz ao Prognóstico e fundamenta a entrevista de Retorno (GOMES, 2023). 
 
DEVOLUTIVA E ENCAMINHAMENTO 
 
 O momento em que todas as informações coletadas do cliente e dos 
responsáveis são devolvidas na forma de diagnósticos ou recomendações é 
conhecido como "retorno". Quando a denúncia é da escola, é fundamental que 
a psicopedagoga faça a visita no início da avaliação e após sua conclusão 
 
 
27 
informar aqueles que têm o direito de saber, como professores, coordenadores 
e administração, sobre os resultados. É importante manter o sigilo ético neste 
momento, compartilhando apenas informações relevantes para o 
desenvolvimento acadêmico do cliente e evitando quaisquer detalhes privados 
que possam "vazar" dentro da instituição escolar e causar constrangimento ao 
cliente. Se o cliente autorizar, essas informações podem ser repassadas aos 
pais. É por isso que é necessário fornecer feedback à criança antes de qualquer 
feedback ser dado à sua família ou escola (VIEIRA et al, 2022). 
 Quando uma criança passa por um atendimento psicopedagógico, uma 
infinidade de pensamentos passa por sua cabeça. Eles podem se lembrar de 
momentos de frustração, em que não conseguiram concluir uma atividade ou 
tarefa, bem como momentos de triunfo, em que ganharam jogos e gostaram de 
jogar. Isso pode criar confusão dentro da criança, pois ela luta com emoções 
conflitantes. Por um lado, podem sentir que continuar frequentando o serviço 
pode indicar falta de inteligência. Por outro lado, eles gostam da experiência e 
ficariam tristes se parassem de frequentar. 
 É essencial garantir que o contrato seja renovado periodicamente para 
manter a clareza sobre o caráter temporário da presença do cliente. Além disso, 
comunicar aos pais os momentos de descontração da criança dentro do 
consultório é fundamental. Muitos pais lutam para passar tempo suficiente com 
seus filhos devido à carga de trabalho, resultando em uma falta de compreensão 
dos interesses de seus filhos. Oferecer uma janela para esses momentos 
familiares evita que os clientes se apeguem demais e permite que o 
acompanhamento necessário ocorra sem problemas (SAMPAIO, 2014). 
 Ao fornecer feedback a uma criança, é fundamental comunicar o 
diagnóstico de maneira clara e concisa, usando umalinguagem que a criança 
possa compreender. Além disso, é fundamental oferecer orientações sobre o 
prognóstico, que se refere às habilidades ou limitações da criança, caso sejam 
tomadas medidas específicas, como acompanhamento com outros profissionais 
como fonoaudiólogo ou psicólogo. Ressalta-se que qualquer informação 
compartilhada com a criança também será comunicada aos seus pais, 
 
 
28 
principalmente nos casos em que possa haver limitações ou restrições (Vieira et 
al., 2022). 
 Ao trabalhar com crianças ou adolescentes, é importante ouvir o que eles 
não se sentem à vontade para ouvir. Se a informação for irrelevante, ela pode 
ser descartada. No entanto, se a informação for crucial para o crescimento e 
progresso da criança, é vital convencê-la de seu significado. Se houver 
resistência, forneça opções alternativas. Por exemplo, permitir que a criança 
divulgue as informações primeiro em casa, em um momento adequado, ou 
permitir que o profissional informe seus pais em seu nome (ESCOTT, 2004). 
Em acompanhamentos mais longos, torna-se necessário oferecer aos 
pais um feedback parcial que transmita informações, facilite mudanças efetivas 
e imediatas e ajude a garantir um processo tranquilo, além de sanar as dúvidas 
que possam surgir durante esse período. Mas tanto as devolutivas parciais 
quanto as finais obedecem ao seguinte esquema (WEISS, 2012): 
1. Retomada da queixa – inicia-se esse momento, também carregado de 
expectativa e ansiedade, pela retomada da queixa (explícita na entrevista, e a 
implícita, que se aflorou no decorrer do processo; se houve divergências entre 
as queixas, etc.). 
2. Retomada do processo – o psicopedagogo retoma o processo desde 
o início, falando sobre suas impressões de como a família chegou ao consultório, 
as técnicas utilizadas no atendimento à criança, se houve ou não cumprimento 
do contrato, entre outros. 
3. Pontos positivos do paciente – aqui são retomados todos os êxitos 
do paciente, suas conquistas, o que foi melhorado e/ou superado. 
4. Pontos a serem trabalhados – são passadas as orientações e 
recomendações gerais à família e à escola. 
5. Encaminhamentos – por fim, realizam-se encaminhamentos quando 
necessários para profissionais de saúde, educação, esporte, enfim, o que for 
necessário para a criança melhorar seu desenvolvimento global. 
 
 
29 
Após o encaminhamento, quando solicitado pela família o nome de 
profissionais para indicação, é importante levar em conta a situação econômica 
da família para que se faça o encaminhamento para profissionais particulares ou 
de órgãos públicos. Ter esse conhecimento aumenta as possibilidades do 
encaminhamento realmente se efetivar. Outro cuidado é com o número de 
profissionais envolvidos no encaminhamento, o que pode levar a uma 
sobrecarga de atendimentos que nem sempre trarão resultados à criança. Primar 
pelos mais emergenciais para que, quando sanados alguns problemas, possam 
ser trabalhados outros. 
 
INFORME PSICOPEDAGÓGICO 
 
O informe psicopedagógico é o documento que o psicopedagogo elabora 
ao término da avaliação ou de um acompanhamento psicopedagógico. Por meio 
dele é possível passar informações sobre o processo que foi realizado com o 
cliente, encaminhamentos para profissionais e orientações à escola e aos pais. 
Caso haja necessidade, fazer dois tipos de informe: um mais completo para os 
pais e outro somente com as informações pertinentes à escola ou outro órgão 
solicitante (SAMPAIO, 2014). 
O informe é importante também para sistematizar o trabalho do 
psicopedagogo, além de facilitar o planejamento das sessões subsequentes. 
Segue o modelo de informe com dados de um estudo de caso pautado em 
observações e seu respectivo programa de trabalho, ou seja, planejamento das 
sessões. Na sequência, temos outro informe, este já baseado numa avaliação 
psicopedagógica realizada em consultório, na qual a solicitante foi a escola. 
 
 
 
 
 
30 
A ESCUTA CLÍNICA NA PSICOPEDAGOGIA 
 
 A atuação do psicopedagogo, em instituições escolares, requer 
postura/atitude clínica frente às diversas produções sejam elas explícitas ou 
implícitas dos indivíduos a quem se propõe intervenção psicopedagógica. Nesta 
perspectiva, a escuta psicopedagógica clínica insere-se como mecanismo de 
verificar e tratar os diferentes fenômenos que se apresentam no cotidiano do 
trabalho docente nas escolas (VIEIRA et al, 2022). 
Para se apropriar da utilização da escuta clínica na psicopedagogia, é 
relevante antes, caracterizar o olhar clínico como aquele que toma em 
consideração um campo – de pesquisa ou de intervenção – estruturado por um 
jogo de relações e de intervenções dinâmicas e complexas. No entanto, ele 
também supõe que o prático e o pesquisador estejam convenientemente 
deslocados da relação, isto é, que eles assumam uma postura de implicação-
distanciamento. Tal postura, por sua vez, possibilitar-lhes-á estar efetivamente 
co-presente na situação que eles analisam, sem perder, para tanto, suas 
especificidades e suas competências (MARTINS, 2003, p. 43). 
Isto remete que a atitude clínica necessária ao psicopedagogo ante sua 
possibilidade de intervenção, implica a busca por novos sentidos para sua 
relação com o objeto pesquisado. A observação torna-se, assim, importante. 
Pois, o olhar clínico se estabelece fundamentalmente na observação. 
Contudo, a escuta se impõe como fator imprescindível no que se refere 
ao temporal, “aquilo não-dito” (MARTINS, 2003, p. 44). Portanto, para Martins 
(2003), isto significa que as diferentes funções do olhar e da escuta clínicas, que 
se apoiam em perspectivas diferentes e, consequentemente, em metodologias 
também específicas, precisam ser articuladas no intuito de se estabelecer pontos 
de referência nos aspectos temporal e espacial. 
O psicopedagogo, enquanto terapeuta é um sujeito que “legaliza a palavra 
do paciente, [...] alguém que com sua escuta outorga valor e sentido à palavra 
de quem fala, permitindo-lhe organizar-se (começar a entender-se), 
 
 
31 
precisamente a partir de ser ouvido” (FERNANDEZ, 1991, p. 126). Com isso, a 
escuta psicopedagógica torna-se fator preponderante no atendimento a 
heterogeneidade de/dos professores na escola, possibilitando-lhes, vez e voz 
para expressarem-se oralmente e/ou através de mensagens subliminares. 
O psicopedagogo terapeutizando, precisa posicionar-se em um lugar 
capaz de proporcionar-lhe a análise eficaz, de modo a permitir “ao paciente 
organizar-se e dar sentido ao discurso a partir de um outro que escuta e não 
desqualifica, nem qualifica”. “Somente a partir das fraturas do discurso, por um 
lado, e de nos aproximarmos, por outro lado, por encontrar o dramático, 
resgataremos o interessante, o original dessa história (FERNANDEZ, 1991, p. 
126). 
 
A POSTURA ANALÍTICA E A ATITUDE CLÍNICA NA 
PSICOPEDAGOGIA 
 
O psicopedagogo deve “escutar e traduzir” (FERNANDEZ, 1991, p. 127) 
de modo transcendente o que lhe é apresentado, buscando a atitude clínica 
necessária no trato dos dados obtidos através de sua escuta e análise. Pois, 
“são as palavras, ou sua ausência, associados com a cena penosa, as que dão 
ao sujeito os elementos que impressionarão sua imaginação” (MANNONI apud 
FERNANDEZ, 1991, p. 127). 
Assim, a função da escuta psicopedagógica não é fazer o paciente 
confessar o tido como importante, mas sim, garantir ao indivíduo a possibilidade 
de que fale do que realmente carece de importância. 
Para Fernandez (1991, p. 128), o lugar analítico, tão importante para o 
desenvolvimento da escuta clínica, é “lugar de testemunha e atitude clínica, da 
atitude do que escuta e traduz promovendo um discurso mítico e não real. Lugar 
e atitudes necessários a todo terapeuta, que o psicopedagogo deverá assumir”. 
Neste sentido, a referida autora apresenta sua proposta ou guia para o 
 
 
32 
psicopedagogo conseguir uma escuta psicopedagógica: (FERNANDEZ,1991, p. 
131) 
• Escutar–olhar: o primeiro momento da intervenção 
psicopedagógica supõe escutar-olhar o outro e mais nada. De acordo com 
Fernandez (1991, p. 131), “escutar não é sinônimo de ficar em silêncio, como 
olhar não é de ter os olhos abertos”; 
• Deter-se nas fraturas do discurso: estar atento aos aspectos 
trazidos através do discurso verbal, assim como ao corporal, ao agir subjetivo do 
sujeito; 
• Observar e relacionar com o que aconteceu previamente à 
fratura: registrar as fraturas, as formas diferentes de expressar-se; 
• Descobrir o esquema de ação – significação: “para encontrar o 
esquema de ação, não é necessário deter-se no conteúdo do mesmo, mas no 
processo e nos mecanismos” (FERNANDEZ, 1991, p. 132); 
• Buscar a repetição dos esquemas de ação: buscar detectar em 
que outras situações e com que outros contextos e conteúdos repete-se este 
esquema; 
• Interpretar a operação, mais do que o conteúdo: levantar as 
concepções e ideias inconscientes sobre a aprendizagem, estabelecendo 
relações com a “operação particular que constitui o sintoma” (FERNANDEZ, 
1991, P. 133). 
O momento da intervenção psicopedagógica é único tanto para o 
paciente, quanto para o terapeuta, e requer o estabelecimento de uma relação 
harmônica entre ambos, onde o escutar esteja presente cotidianamente neste 
processo. 
Para isso, Fernandez (1991, p. 131) esclarece que “escutar não é 
sinônimo de ficar em silencio, como olhar não é de ter os olhos abertos. Escutar, 
receber, aceitar, abrir-se, permitir, impregnar-se”. Todavia, o terapeuta deve 
 
 
33 
aprimorar a sua escuta para além do que o paciente expõe oralmente, 
permitindo-lhe “falar e ser reconhecido, e ao terapeuta compreender a 
mensagem” (p. 131) para poder intervir da melhor maneira possível. 
No entanto, para Martins (2003) é imperioso que ambos estejam 
convenientemente deslocados na relação estabelecida, isto é, que eles 
assumam uma visão/postura de implicação-distanciamento. Esta postura 
possibilitar-lhes-á efetivamente estarem co-presentes na situação que analisam, 
sem para isso, perder suas especificidades e suas capacidades. 
Ou seja, uma postura/atitude clínica que se estruture numa escuta, que 
aqui deve ser compreendido como um mecanismo de acompanhamento acerca 
da realidade, registrando-se o vivenciado, o experimentado. É preciso criar 
espaços onde as vivências institucionais possam ser afirmadas e 
verdadeiramente escutadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
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