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COTAS RACIAIS

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COTAS RACIAIS 
Aluno: 
Objetivo:
	O objetivo proposto pelo trabalho sobre a genética existente no Brasil, as políticas e ações afirmativas existentes através de seu ensino de ciências e biologia. Com esse pensamento é importante apresentar o QSC, elencando os objetivos que são os pontos principais dessa discussão. 
Pontos fundamentais:
	É recente a adoção de ações afirmativas no Brasil, marcando de forma significativa o início do século XXI, sendo elaboradas medidas responsáveis por criar igualdade de oportunidades em populações que possuem desigualdade de oportunidades. 
	O sistema de cotas é um tipo de política de ações afirmativas desenvolvidas, representa á uma atividade de correção de desigualdades raciais, sendo que esse posicionamento é responsável por elaborar diversos posicionamentos. 
	Segundo Santos e Maio (2004):
“Discutem como narrativas sobre a história da formação do povo brasileiro produzidas pela genômica, nos moldes de Pena e colaboradores (2000), vão ao encontro de um imaginário social amplamente arraigado quevê na miscigenação um elemento positivo e definidor da identidade do Brasil enquanto nação. Tal perspectiva, que se depreende da pesquisa genômica, pode se tornar peça relevante em jogos retóricos de grande relevância sociopolítica, graças à autoridade e à legitimidade de que a pesquisa científica desfruta na sociedade ocidental nos tempos atuais.” 
	Esses ainda nos oferecem suportes que são necessários para o debate de questões relacionadas a estudos genéticos específicos.
“Os autores analisaram de forma contextualizada um conjunto de debates em curso sobre a repercussão dos resultadosdo retrato molecular no contexto social brasileiro, examinando como a nova genética,para além de uma dimensão biológica, torna-se uma arena de disputa na qual estão pre- sentes elementos históricos, sociais e políticos.” 
	Objetivos da aprendizagem da QSC, segundo o desenvolvimento de conteúdos. 
Conceituais • Fatos: a implantação de um sistema de cotas raciais, a qual tem sido debatida socialmente no Brasil com mais intensidade no século XXI; o discurso científico que tem sido empregado no âmbito de debates sociais, a exemplo daqueles a respeito da implantação de políticas públicas de ações afirmativas; os discursos racistas comuns na história das ciências naturais e biomédicas; o mito da democracia racial como discurso obliterador de conquista de direitos raciais no Brasil; os mitos relacionados ao cientificismo; • Conceitos: raça biológica e raça como construção social; espécie; populações; alterização; racismo; evolução; polimorfismo; marcadores genéticos; cientificismo; • Princípios: frequências regionais de haplogrupos mitocondriais e do cromossomo Y como indicativo de ancestralidade; direito a um acesso qualificado aos bens sociais e políticos; ampliação do direito à diferença como um dos pilares dos direitos sociais. Procedimentais • Procedimentos: desenvolver a capacidade argumentativa; interpretar os resultados de estudo de identificação das proporções genéticas de ancestralidade africana, europeia e ameríndia; • Técnicas: compreender como são empregadas as análises do DNA mitocondrial, do cromossomo Y e do DNA nuclear; realizar análise de discurso científico sobre relações raciais; • Métodos: comparar diferentes discursos e vínculos ideológicos e políticos. Atitudinais • Valores: consideração moral das diferentes raças, etnias e gêneros; valor intrínseco e extrínseco de sujeitos; convivência democrática e igualitária entre diferentes grupos com consciência dos mecanismos de poder que permeiam as relações sociais; • Normas: comunicação intersubjetiva entre sujeitos como aspecto central da elaboração e constante transformação dos princípios ético-morais que regem os conflitos (MARQUES, 2010); consideração sobre a Lei nº 12.711/2012 e o Decreto nº 7.824/2012, que definem as condições gerais de reservas de vagas para negros e indígenas em universidade públicas brasileiras, além da legislação que criminaliza os atos de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional (Lei nº 7.716/1989); • Atitudes: respeito às diferentes raças e etnias socialmente construídas e solidariedade com as minorias sociais, políticas e econômicas e suas formas de resistência; conduzir debate qualificado sobre política de ações afirmativas; criticar, em um debate público, a função ideológica do discurso científico sobre raças na geração de processos de alterização e exclusão e atuar na superação de desigualdades sociais e raciais.”
Avaliação crítica: 
	A educação possui forte poder, sendo considerada a melhor base para que haja um desenvolvimento social, para que as oportunidades disponíveis no mercado possam ser aproveitadas, simples atividades de lazer como ler ou viajar. A educação é vista como a metodologia para que a sociedade consiga ser mais humana e sábia (SCHUWARCZ, 2018). 
	Souza (2022, p. 78), nos diz que: 
“[...] as sociedades racistas formam-se precisamente a partir da proliferação de espaços e nichos altamente hierarquizados e racializados [...]. Não é, assim, um mecanismo de mero preconceito, sua força está na reprodução das relações de desigualdade.”
	Bastos (2006, p. 128):
“As ações afirmativas têm, portanto, um papel importante no que diz respeito à quebra de paradigmas tradicionais, pois evidenciam que a desigualdade social está alicerçada em outros elementos para além da questão econômica. Vale destacarmos que as instituições públicas, por obrigatoriedade legal, têm aplicado a política de cotas nos processos seletivos para ingresso de estudantes e servidores.”
	Heringer (2010, p. 3), diz que: 
“[...] a identidade se constrói de forma coletiva, por mais que se anuncie individual”, e as cotas raciais vêm fazendo esse movimento e, aos poucos, “[...] a negritude começa a ser percebida socialmente como uma forma positiva de expressão da cultura e da afirmação da identidade” 
	Entende-se que a política de cotas é responsável por promover o acesso e reduzir de forma adequada as desigualdades sociais e raciais, podendo interferir de forma significativa a visibilidade e valorização de toda a população negra, sendo explicita de forma clara em políticas contra o racismo e o preconceito. 
	As cotas escolares vistas como mecanismo de visibilidade e valorização social, são identificadas como os melhores recursos para a inserção destes na sociedade. Segundo Woodward (2014, p. 44):
“[...] os atuais índices de desigualdade, discriminação e exclusão tornam nítida a contínua e teimosa invisibilidade das gerações negras”. Portanto, a política de cotas, de certa maneira, acirrou os debates na sociedade, na mídia, nas universidades, desvelando o “paraíso racial”. Desnudado, o Brasil teve de reconhecer que a democracia racial não existe e vivemos em uma sociedade extremamente desigual.”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BASTOS, João; NOMURA, Lincoln; PERES, Marco; TRAGTENBERG, Marcelo. Como Aumentar a Proporção de Estudantes Negros na Universidade? Cadernos de Pesquisa, v. 36, nº 128, p. 474-477, maio/ago. 2006.
HERINGER, Rosana. Políticas de ações afirmativas para estudantes:promovendo a igualdade. Conferência Nacional de Educação – CONAE - Eixo VI – Justiça Social, Educação e Trabalho: inclusão, diversidade e igualdade. Colóquio 6.42, p. 3, mar. 2010.
L. M. SCHWARCZ, F. dos S. GOMES. Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos: Companhia das letras, São Paulo, 2018.
K. WOODWARD. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais: 7-72, Vozes, Petrópolis, 2014

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