Prévia do material em texto
ENSAIOS NÃO CONVENCIONAIS CURSO DE FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS TREINAEND – EXCELÊNCIA EM CURSOS INDUSTRIAIS A DISTÂNCIA Prezado (a) estudante, Você que está aqui estudando para se tornar um (a) Inspetor (a) de Equipamentos, como imagina ser uma grande indústria? Você vê grandes equipamentos e máquinas? É claro que sim. A tecnologia é parte fundamental de qualquer indústria. O (A) técnico (a) de Inspeção de Equipamentos é o (a) responsável por garantir a continuidade, segurança operacional e integridade estrutural dos equipamentos e instalações das indústrias onde atua. Este (a) técnico (a) é o (a) responsável pela integridade estrutural e segurança operacional dos diversos sistemas de uma indústria, tais como dutos, vasos, torres, reatores, trocadores de calor, caldeiras e demais equipamentos nos mais diversos tipos de instalações on ou off-shore. Também são atribuições deste (a) profissional a execução ou testemunho de ensaios destrutivos, não destrutivos e metalográficos, testes de pressão, calibração de instrumentos de inspeção, de cálculo de taxa de corrosão e definição da vida residual dos sistemas. Esta apostila faz parte do seu programa de estudos. Nela você vai adquirir conhecimentos importantes na sua preparação profissional. Lembre-se o quanto é importante a profissão de Inspetor (a) de Equipamentos, esta lembrança sempre será incentivo ao seu estudo. Nosso maior tesouro é a educação, ela é a garantia de um futuro honroso e promissor. Desejamos a você um excelente aprendizado! CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 3 1. INTRODUÇÃO Com a evolução tecnológica têm-se disponibilizado de equipamentos cada vez mais complexos e que operam em condições severas e ambientes, na usa maior parte, hostis ao homem. O cenário atual exige o desenvolvimento paralelo de técnicas capazes de avaliar e monitorar tais equipamentos. Os novos dispositivos de avaliação têm como premissas básicas a alta produtividade, ou seja, trabalho em sistema de varredura, interação com micro computador, auto avaliação do resultado e comando a distância do objetivo inspecionado e cada vez mais se torna especializado em análise, tendo que ser apto a lidar com a informática. Outro posicionamento do inspetor a ser discutido é ter sempre em mente a ideia de selecionar, com base técnica a melhor metodologia a ser utilizada, pois com o aumento da complexidade os custos envolvidos são elevados. Define-se então, de uma frase antiga mais totalmente adequada ao momento atual: Escolher a técnica adequada não é simplesmente escolher o sistema mais novo ou avançado e sim o adequado à aplicação. Alguns fatos a serem levados em consideração para aplicação e adequação da técnica: • Requisitos da técnica (como estado de limpeza do equipamento); • Tempo de operação do equipamento; • Custo do equipamento a ser inspecionado; • Custo da contratação da inspeção, entre outros. Adequar é obter o melhor resultado esperando no menor tempo e se possível menor custo. CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 4 2. CORRENTES PARASITAS O século XIX foi preenchido por descobertas significativas sobre eletromagnetismo, no qual uma cadeia sucessiva de estudos teórico e experimental conduziu a descoberta das correntes parasitas e, dentre muitos cientistas como Oersted, Hanry e Lens, o inglês Michael Faraday teve um papel relevante ao conceituar a indução eletromagnética, em 1831. Porém, a descoberta das correntes parasitas é atribuída a Jean Bernard Leon Foucault por volta de 1855. Foucault observou que quando um disco de cobre era colocado entre os polos de um magneto era preciso aplicar mais força para fazê-lo girar do que quando não havia o magneto, fato que ocorre devido ao surgimento de correntes parasitas no interior do metal produzidas pela variação do fluxo, correntes estas que também ficaram conhecidas como correntes de Foucault. Contudo, somente em 1864, as correntes parasitas foram fundamentadas quando James Maxwell estabeleceu as equações que definiram a teoria eletromagnética. Poucos anos mais tarde, em 1879, Hughes foi o primeiro a usar as correntes parasitas como ensaio não destrutivo ao distinguir metais registrando a variação da indutância da bobina ao aproximá-la de dois metais diferentes. 2.2 Princípios da Inspeção por Correntes Parasitas A inspeção por Correntes Parasitas (Eddy-Current Testing - ECT) é baseada no princípio de indução eletromagnética. Este fenômeno é caracterizado quando ao excitar-se uma bobina com uma corrente alternada (CA), um campo magnético é gerado em torno das espiras dessa bobina, chamado de campo magnético primário (campo magnético indutor). Quando este campo magnético primário (indutor) está em contato com a superfície do material a ser ensaiado (inspecionado), induz o fluxo de correntes elétricas, de baixa intensidade, na superfície desse material. Essas correntes elétricas induzidas, denominadas de correntes parasitas, geram um segundo campo magnético de menor intensidade e oposto ao campo magnético primário (indutor), denominado campo magnético secundário (campo induzido). Princípio do ensaio por correntes parasitas: a) campo magnético primário; b) correntes induzidas (parasitas); c) campo magnético secundário. CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 5 Enquanto a superfície do material estiver homogênea e ausente de imperfeições, os campos magnéticos estarão em equilíbrio, representando um campo magnético resultante, com condição balanceada ou nula. A presença de uma descontinuidade ou defeito no material provocará uma distorção no fluxo de correntes parasitas na superfície, desequilibrando o campo magnético secundário em relação ao primário (EPRI, 1999). Com isso, a presença de trincas e descontinuidades pode ser examinada monitorando mudanças refletidas nas propriedades elétricas da bobina, definidas como impedância (Z) da bobina. O instrumento de ECT captura essas mudanças na impedância da bobina e efetua medidas em termos da amplitude e fase do sinal. As variações no ângulo de fase e amplitude do sinal estão diretamente relacionadas às características do defeito. A inspeção por ECT em tubos Como a inspeção por ECT é baseado na indução eletromagnética, alguns parâmetros influenciam a intensidade do campo magnético da bobina. Primeiramente, o material, peça ou componente a ser inspecionado deve ser condutor elétrico. A intensidade do campo e a impedância da bobina terão nível máximo quando a bobina excitada de ECT estiver ao ar livre. Contudo, quando a bobina excitada é colocada próximo da superfície do material condutor numa região homogênea e ausente de descontinuidades, a intensidade do campo resultante diminui pela quantidade do campo secundário gerado CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 6 pelas correntes parasitas induzidas. Isto ocorre devido à oposição do campo secundário ao primário e causa a redução da impedância da bobina também. Algumas condições que em geral afetam o campo magnético secundário por consequência influenciam no campo magnético primário, tais como trincas, condutividade, permeabilidade e dimensões do material, além da distância entre a bobina de ECT e a superfície do material. A inspeção por correntes parasitas é uma técnica de múltiplas aplicações, principalmente em materiais delgados. Em materiais grossos, as limitações de penetração implicam apenas em inspeção de camadas superficiais. Além da detecção das descontinuidades, podem ser empregadas para medir indiretamente características mecânicase metalúrgicas que sejam influenciadas por propriedades elétricas e magnéticas. Aspectos geométricos da peça sobre inspeção como espessura, curvatura e distância sondam materiais influem no fluxo de correntes parasitas podendo ser medidas. As aplicações industriais do ensaio são em cilíndricos, tubos chapas e camadas de revestimento, fornecendo uma maneira de medir condutividade, detectar descontinuidades e determinar espessura de revestimentos. Visto que se obtém uma informação contínua no ensaio, este é particularmente interessante e fácil de ser aplicado de se aplicado em inspeções automáticas, em linhas de produção. 2.3 Vantagens de Limitações da Técnica Vantagem As indicações são obtidas instantaneamente não requerendo tempo de revelação. Os procedimentos de inspeção são prontamente adaptáveis a testes passa não passa. O método é sensível a muitas variáveis físicas e metalúrgicas. Dessa forma são muitas as aplicações possíveis, desde que as variáveis que não são de interesse possam ser eliminadas ou suprimidas. A única ligação entre o aparelho e a peça inspecionada é o campo magnético. A maioria dos aparelhos utilizados é portátil e com baterias. Limitações O sucesso do procedimento de inspeção é diretamente dependente da habilidade do inspetor em suprimir os efeitos das variáveis que não são de interesse. É aplicável apenas a materiais condutores. Nas aplicações comuns a profundidade de penetração e menor que 5 mm. A inspeção de materiais ferromagnéticos é mais difícil de realizar e geralmente com menor sensibilidade. CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 7 3. CAMPO REMOTO (REMOTE FIELD EDDY CURRENT TESTE) Utilizam-se duas bobinas, uma excitadora e outra receptora, distanciadas uma da outra cerca de 2 a 3 vezes o diâmetro da espessura da parede do tubo. O campo magnético alternado gerado pela bobina excitadora, atravessa a parede do tubo no local onde estão localizadas as bobinas receptoras (zona do acoplamento indireto), induzindo neste ponto as correntes parasitas no tubo. Esta técnica apresenta sensibilidade igual para ensaios das paredes internas e externas, indicando a profundidade e comprimento das descontinuidades, como também corrosão em ambas as paredes e perda de espessura da parede do tubo. Esta técnica também detecta cavidades e falhas na parede externa na parte oculta pelas chicanas. Esta técnica e adequada para tubos de aço carbono de baixo e alto teor de carbono, aços ligados, aços inoxidáveis ferríticos, níquel e outros materiais ferromagnéticos. 3.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS Vantagens Aplicável para inspeção de tubos ferromagnéticos de trocador de calor e caldeira. Mesma sensibilidade para defeitos internos e externos. Aplicável também para grandes espessuras de parede. É requerido um baixo fator de enchimento. Alta velocidade de inspeção, em torno de 0,3 m/s. A descentralização da sonda não é fator crítico. Desvantagens Pouca sensibilidade da sonda aos efeitos lift off. Não aplicável em materiais não ferromagnéticos. 4. ACFM (Alternating Current Field Measurement) Técnica END utilizada para detecção, avaliação de profundidade e dimensionamento de descontinuidades que afloram à superfície. Especialmente indicada para soldas em vasos de pressão, estruturas, tubulações de aço comum e inox. Não requer preparo de superfície nem remoção da pintura. CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 8 O ensaio ACFM se baseia na indução de um campo elétrico superficial uniforme que gera a formação de um campo magnético. Quando na presença de uma trinca, este sofre deformações, tendendo a contornar as extremidades do defeito. Essas perturbações são captadas por sensores, permitindo a detecção e dimensionamento do defeito através da medição de três componentes ortogonais do campo magnético, através de modelos teóricos. Quando a corrente é curvada, causa uma elevação na densidade do fluxo magnético, perpendicular à superfície, de maneira similar às correntes parasitas secundárias. Um youke é usado para gerar o campo magnético inicial e bobinas e sensores de efeito hall podem ser usados para detectar os campos magnéticos. Ensaio de ACFM 4.1 Interpretações do Sinal É realizado o dimensionamento de trincas através de modelos teóricos, usando a medida do campo magnético em uma determinada fase. O uso do campo paralelo à superfície, na teoria, elimina o sinal de lift off, mas na prática, um campo induzido produzido por uma sonda de ACFM ocasiona alguns sinais de lift off. Os sinais na tela são uma representação direta dos campos magnéticos, separados em base de tempo ou combinadas. CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 9 Ensaio de ACFM 4.2 Vantagens e Desvantagens do Ensaio Vantagens Detecção e dimensionamento preciso de trincas de fadiga em aço abertas para a superfície. Pode ser usado sobre superfícies com revestimentos isolantes elétricos com espessura de até 10 mm. Pode ser usado com baixa luminosidade. Pode ser usado em outros materiais como alumínio, aço inoxidável duplex, titânio, necessitando apenas de alguns fatores de correção. Não é afetado pela direção que a trinca assume abaixo da superfície sob inspeção. Facilidade de automação. Desvantagens Não pode ser utilizado em materiais não condutores. Não detecta descontinuidades subsuperficiais em aço. Não é possível dimensionar trincas ramificadas ou múltiplas. Não detecta confiavelmente, em soldas de materiais ferríticos, trincas comprimento muito inferior a 10 mm e profundidade inferior a 1 mm – o que pode ser minimizado com o uso de micro sondas em superfícies lisas. Trincas perto de bordas somente são detectadas utilizando sondas padrão. É de difícil dimensionamento trincas cujas extremidades não possam ser perfeitamente definidas. CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 10 5. ONDAS GUIADAS O ensaio é baseado na utilização de ondas superficiais guiadas de ultrassom, que podem se propagar por distâncias longas em metais, com atenuação mínima, sendo refletidas por eventuais descontinuidades. Esquema do ensaio Essas ondas guiadas possuem três modos de propagação longitudinal, flexional e torsional, que dependem do modo de carregamento e das características do transdutor a partir do qual foram geradas. Tipos de ondas 5.1 Características do Ensaio Dezenas de metros podem ser inspecionadas a partir de um único posicionamento. Ondas guiadas são enviadas em duas direções. Regiões de difícil acesso (travessias de rios, estradas, “splash zone”, etc.) podem ser inspecionadas. Técnica de “pulso-eco” informa a criticidade e posicionamento do defeito. CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 11 Análise de sinal sofisticada. Um colar de cabeçotes é fixado ao duto. Não é necessário acoplamento. Utiliza baixa frequência e pressão sobre os cabeçotes. Normalmente não é necessária preparação da superfície. Pode ser utilizado em superfícies quentes até aproximadamente 200 C Colar de cabeçotes A figura abaixo apresenta um esquema onde: As ondas guiadas são geradas e percorrem a parede do tubo, refletindo no flange e retornando ao equipamento gerador. Nas regiões com o cordão de solda e perda de espessura, o retorno do eco ultrassônico propicia o crescimento de picos na tela do osciloscópio. A técnica é, portanto, similar à empregada noensaio de ultrassom convencional (pulso-eco). CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 12 Desenho esquemático do ensaio É bom lembrar que a criticidade da descontinuidade irá influenciar no retorno da amplitude sonora e consequentemente, na altura do pico na tela do equipamento. E que uma das caraterísticas deste ensaio é que ele utiliza ondas de baixa frequência. Desta forma, se tem um maior comprimento de onda e maior alcance de inspeção. Alguns fatores influenciam no alcance do sinal: Fluido interno e externo. Existência de revestimento. Existência e curvas, derivações e etc.. Quantidades de soldas e flanges. Estado do duto. 5.2 Vantagens e Desvantagens do Ensaio Vantagens Não é necessário acoplamento fixo. Normalmente não é necessária preparação da superfície. Pode ser utilizado em superfícies quentes, de até 200 ºC. Dezenas de metros podem ser inspecionadas a partir de um único posicionamento. Regiões de difícil acesso podem ser inspecionadas. Desvantagens Difícil interpretação dos sinais o que requer muito treinamento e experiência do operador. CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 13 Apresenta resultado qualitativo e requer se possível e necessário, ensaio complementar dimensionamento das indicações. 6. EMISSÃO ACÚSTICA O ensaio por emissão acústica consiste na detecção de descontinuidades através de ondas acústicas emitidas pelo material quando aplicada uma tensão sobre a sua estrutura. Ele oferece uma opção de verificação da integridade física do equipamento com muita pouca intervenção no seu processo produtivo, uma vez que o ensaio pode ser realizado com o equipamento em operação e com o seu próprio produto de processo. Diminuindo assim, o custo da inspeção. Esquema do ensaio. 6.1 Fundamentos do Ensaio Emissão Acústica são ondas elásticas transientes geradas pela liberação rápida de energia de fontes localizadas internamente ao material. Em contraste com a maioria dos métodos complementares de ensaios não destrutivos, a descontinuidade produz seu próprio sinal (resposta à tensão) e emissão acústica detecta movimento (outros métodos detectam descontinuidades geométricas). O princípio usado nesta técnica de inspeção é que o crescimento de uma descontinuidade provocado por um campo de tensão irá emitir um sinal sonoro. Propagação do sinal pela estrutura e detecção por sensores montados na superfície do equipamento em ensaio. Emissão acústica é capaz de detectar a propagação de descontinuidades. Localização das descontinuidades pode ser estimada mediante os tempos de chegada dos sinais aos sensores. Localização precisa, tamanho e orientação da descontinuidade, podem ser obtidas com outras técnicas não destrutivas. Principal problema: forte ruído ambiental nas plantas de processo, embora a separação de ruído e sinal seja possível pela utilização de modernos equipamentos que utilizam técnicas de filtragem eletrônica. CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 14 Método global de inspeção. Grande variedade de estruturas, materiais e espessuras, temperatura. Em serviço ou não. Acesso apenas para instalar sensores. Necessidade de carregamento da estrutura. Detecção de descontinuidades que liberem energia de deformação quando a estrutura é carregada. Detecção de crescimento de trincas de fadiga, danos induzidos pela ação do hidrogênio, corrosão, empolamentos, corrosão avançada e quebra de fibras em materiais plásticos reforçados com fibra de vidro. Inspeção relativamente rápida, de uma grande área, detectando apenas descontinuidades ativas estruturalmente. 6.2 Equipamentos É necessário um equipamento emissor de som e sensores: piezoeléctricos, eletromagnéticos, capacitivos e óticos (os mais usados são os piezoeléctricos). O número de sensores deverá ser previsto levando-se em consideração o fenômeno acústico de atenuação que é a perda da amplitude do sinal com o aumento da distância da fonte. O que pode ser causado pelo espalhamento das ondas pela geometria ou por perda em meio adjacente, absorção da onda, obstáculos, diferentes modos de onda propagando-se em diferentes velocidades, dispersão da velocidade. Esquema do ensaio. CURSO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓDULO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DISCIPLINA: ENSAIOS NÃO CONVECIONAIS 15 6.2 Vantagens e Desvantagens do Ensaio Vantagens Emissão acústica é capaz de detectar a propagação de descontinuidades. Inspeção relativamente rápida de uma grande área, detectando apenas descontinuidades ativas estruturalmente. Necessidade de carregamento da estrutura. Pode ser ensaiada grande variedade de estruturas, materiais e espessuras em diversas temperaturas. Desvantagens O ruído ambiental nas plantas de processo, embora a separação de ruído seja possível pela utilização de modernos equipamentos que utilizam técnicas de filtragem eletrônica. Descontinuidades geradas no processo de fabricação podem não ser detectadas.