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Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com S U M Á R I O Nutrição enteral ......................... 04 Fundamentação: definição, indicação e contraindicação, vias de acesso e métodos de administração ............. 04 Praticabilidade: tipos de sistema, dose e velocidade, tipos de fórmulas e exemplos, complicações e cálculos da TNE .......... 11 RDC n° 503/2021 .......... 37 Nutrição parenteral ......................... 45 Fundamentação: definição, indicação e contraindicação, vias de acesso, componentes das soluções ............. 45 Praticabilidade: tipos de sistema/bolsas, velocidade de administração, complicações e cálculos da TNP .......... 58 RDC n° 272/1998 .......... 65 Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Sim Inadequada ou não desejável clinicamente N U T R I Ç Ã O E N T E R A L DEFINIÇÃO Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Avaliação da ingestão oral Processo de Decisão para Via de Terapia Nutricional Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de Nutrição Enteral - NE. TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL NUTRIÇÃO ENTERAL INDICAÇÃO Adequada Trato gastrointestinal (TGI) funcionante Nutrição enteralVia oral Não <75% das necessidades <60% das necessidades Via oral Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Presença de trato gastrointestinal funcionante e impossibilidade de alimentação pela via oral, sendo obrigatória a presença de estabilidade hemodinâmica para início da terapia. Paciente de alto risco nutricional ou desnutrido incapaz de se alimentar pela via oral ou quando a aceitação oral se encontra < 60% de sua necessidade diária, por período de 1 a 2 semanas. Precocemente, em paciente crítico nas primeiras 24 a 48 horas, para manutenção de integridade de mucosa intestinal e modulação de resposta imune sistêmica. No paciente hospitalizado, a NE precoce também deve ser iniciada nos de alto risco nutricional (NRS -2002 > 5 ou NUTRIC score ≥ 5). Pacientes de baixo risco nutricional (NRS -2002 ≤ 3 or NUTRIC score ≤ 5) devem ter a terapia nutricional enteral iniciada em período de 5 a 7 dias, na impossibilidade de via oral. Anorexia, caquexia, disfagia grave, desnutrição ou risco de desnutrição, estado comatoso, traumas, procedimentos cirúrgicos, etc. CONTRAINDICAÇÕES Quadro de choque; Hipoxemia e acidose persistente; Sangramento de trato gastrointestinal (TGI); Conteúdo gástrico > 500 ml em período de 6 horas; Íleo adinâmico ou gastroparesia severa; Vômitos e diarreia grave; Refluxo gastresofágico intenso; Repouso esofágico; Isquemia ou obstrução intestinal; Síndrome compartimental abdominal; Fístula de alto débito, sem possibilidade de nutrição enteral distal à fístula; Pancreatite aguda grave; Enterocolite grave; Doença terminal Quando a expectativa de uso for inferior a 5 a 7 dias para os pacientes desnutridos ou inferior a 7 e 9 dias para pacientes nutridos. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Sim N U T R I Ç Ã O E N T E R A L VIAS DE ACESSO Podem estar dispostas no estômago, no duodeno ou no jejuno, conforme as facilidades técnicas, as rotinas de administração, bem como alterações orgânicas e/ou funcionais a serem corrigidas. Risco de aspiração Não Duração < 4 semanas Trato gastrointestinal funcionante Não Risco de aspiração Gástrica Parenteral Sim Enteral Duração ≥ 4 semanas Sim NãoSim Gástrica Pós- pilórica Pós- pilórica Alto risco cirúrgico? Endoscopia possível? Não Jejunostomia Jejunostomia local NãoSim GastrostomiaGastrostomia endoscópica Gastrojejunostomia endoscópica Podem ser às cegas, por endoscopia, radioscopia, laparoscopia ou cirurgia. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Sonda de gastrostomia Sonda de jejunostomia Sonda nasoenteral em posição gástrica (NG) Sonda nasoenteral em posição intestinal (NJ) Pelo nariz, descendo até o estômago. Diretamente no estômago, por meio de pequeno orifício (estoma) no abdômen. Diretamente no intestino, por meio de pequeno orifício (estoma) no abdômen. Pelo nariz, descendo até o intestino (jejuno). A inserção da sonda deverá ser feita, manualmente, à beira do leito ou com auxílio endoscópico, e após a passagem da sonda, deve-se realizar raio-X de controle. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Calibre 8 fr: dietas pouco viscosas ou com utilização de bomba de ifusão; Calibre 10 fr: dietas viscosas, de alta densidade calórica; Material: silicone, poliuretano, flexíveis e mais biocompátiveis; Demarcação de sondas: facilita o posicionamento. Fio-guia: flexibilidade da sonda e facilidade na instalação. Atenção para o risco de perfuração do TGI. Radiopaca: facilidade na visualização radiológica. Localização gástrica Localização duodenal e jejunal Vantagens Maior tolerância a fórmulas variadas Menor risco de aspiração Boa aceitação a formulas hiperosmóticas Maior dificuldade de saída acidental Progressão mais rápida Quando a gástrica for inconveniente Grandes volumes em curto tempo Fácil posicionamento da sonda N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Vantagens e desvantagens da localização da sonda O local de administração da NE, se intragástrica ou pós-pilórica, é um dos fatores a ser considerado na seleção da via de acesso. Risco de aspiração: pacientes inconscientes, distúrbios de deglutição, história de aspiração, refluxo gastresofágico, gastroparesia é considerado um dos critérios para a decisão. Escolha da sonda - deve-se avaliar os seguintes critérios: Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Localização gástrica Localização duodenal e jejunal Desvantagens Alto risco de aspiração em pacientes com dificuldades neuromotoras de deglutição Risco de aspiração em pacientes que têm mobilidade gástrica alterada ou são alimentados à noite Ocorrência de tosse, náuseas ou vômitos favorece a saída acidental da SE Desalojamento acidental, podendocausar refluxo gástrico Requer dietas normo ou hiposmolares Administração contínua A alimentação enteral pode ser administrada de forma intermitente, em bolo ou contínua. N U T R I Ç Ã O E N T E R A L MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO Administração em bolo Método preferível, porque leva menos tempo e garante mais liberdade ao paciente. Não requer a utilização de bomba de infusão. A solução pode ser administrada através de uma seringa de 100 a 350ml, no estômago, a cada duas a seis horas, precedida de irrigação com 20 a 30 mL de água potável. Método mais oneroso, pois requer a utilização de bomba de infusão. Pode ser administrada no estômago, no jejuno e no duodeno. O volume da solução é administrado a cada 12 ou 24 horas (50 a 150ml/hora), interrompida a cada 6 a 8 horas para irrigação da sonda enteral com 20 a 30 mL de água potável. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Em bolus (seringa ou funil) Bomba de infusão N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Administração intermitente Método mais utilizado. Utiliza a força da gravidade por gotejamento. A sonda pode estar localizada no estômago, no jejuno, ou no duodeno. Podem ser administradas soluções de 50 até 500ml a cada três a seis horas, precedida de irrigação com 20 a 30 mL de água potável. Gravitacional (gotejamento) Na posição da sonda gástrica, dietas iso-osmolares e hiperosmolares podem ser administradas, devido ao fato de que o piloro previne a passagem de grande quantidade de solução para o duodeno, sendo as iso-osmolares são preferíveis para evitar a passagem de água da parede intestinal para o lúmen. A alimentação intragástrica é escolhida por vários fatores: O estômago tolera mais facilmente que o intestino delgado uma variedade de fórmulas; A administração em bolo ou intermitente deve ser feita com o paciente sentado ou reclinado em 45° para prevenir a aspiração. ORIENTAÇÕES PARA ADMINISTRAÇÃO DA DIETA ENTERAL O melhor método de administração da dieta enteral dependerá da condição clínica de cada paciente. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com O estômago aceita normalmente grandes sobrecargas osmóticas sem cólicas, distensão, vômitos, diarréia ou desvios hidroeletrolíticos, o mesmo não ocorrendo no intestino delgado. O estômago exibe uma enorme capacidade de armazenamento e aceita mais facilmente as refeições intermitentes. Pacientes com reflexo do vômito preservado, sem pneumopatias e lúcidos costumam aceitar bem a alimentação nasogástrica. As sondas nasogástricas também são mais fáceis de posicionar que as nasoduodenais, além de aumentar o risco de aspiração. N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Os sistemas para administração da dieta são do tipo aberto e fechado. TIPOS DE SISTEMAS Fórmula industrializada ou artesanal ou semi-artesanal. Requer manipulação prévia à sua administração. É necessário treinamento para preparo. Validade para uso em 12 h após envase e que deve ser mantida sob refrigeração Maior risco de contaminação. Dispensável o uso de bomba de infusão. Industrializado, estéril, acondicionado em recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de administração. Não requer manipulação. Uso obrigatório de bomba de infusão. Permite a validade para uso por 24h e não necessita de refrigeração. Menor risco de contaminação. Sistema aberto Sistema fechado O recebimento e a instalação de ambos os sistemas de NE devem ser executados por procedimentos que garantam a segurança e a eficácia da terapia. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com A inspeção visual antes da sua administração deve ser realizado. Observar as informações contidas no rótulo: Nome do paciente, número do leito, registro hospitalar, composição qualitativa e quantitativa de todos os componentes, volume total, velocidade de administração, via de acesso, data e hora da manipulação, prazo de validade, número sequencial de controle e condições de temperatura para conservação, nome e número no Conselho Profissional do respectivo responsável técnico pelo processo, confrontando-as com a prescrição médica/ nutricional; Observar os princípios de boas práticas por meio da desinfecção das conexões da sonda e na troca do equipo com álcool a 70%; Observar o prazo de validade da NE; Confirmar a localização da sonda e sua permeabilidade, antes de iniciar a administração da NE; Adaptar o equipo de infusão adequado ao recipiente contendo a NE; Administrar a NE, cumprindo rigorosamente o prazo estabelecido. Checklist no momento que precede o recebimento e instalação da dieta nos 2 sistemas. N U T R I Ç Ã O E N T E R A L A verificação desses itens é uma barreira de segurança para garantir a qualidade e a segurança na terapia nutricional enteral. O risco de contaminação da dieta em sistema aberto e fechado pode ser reduzido em todas as etapas de recebimento e instalação da NE, pela adoção de protocolos institucionais, envolvendo higienização correta de mãos, proibição do uso de adornos, desinfecção da superfície e uso de conexões adequadas. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L A temperatura ideal para conservação da NE é de 2°C a 8°C. A NE em sistema aberto não deve ficar exposta à temperatura ambiente por mais de 4 horas, após este período, o volume de dieta não utilizado deve ser descartado. O degelo da NE em sistema aberto deve ocorrer sob temperatura ambiente, longe de luz solar por, aproximadamente, 30 minutos. A conservação sob refrigeração é recomendada quando a dieta enteral em uso for o sistema aberto. Tubo fino (sonda gástrica ou entérica) ou mais calibroso (gastrostomia ou jejunostomia) e flexível. MATERIAIS PARA DIETA ENTERAL Sonda Tubo PVC permite transporte da dieta enteral do frasco à sonda (controle de gotejamento). FrascoServe para armazenar a dieta enteral. Equipo SeringaHigienização da sonda (20-30 ml antes e depois de cada infusão). Se necessário. Equipamento que controla o volume da dieta enteral a ser infundida no paciente. Bomba de infusão Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Extremidade distal da sonda nasoenteral - Câmara gástrica DOSE E VELOCIDADE A dose, a velocidade e a tonicidade da infusão passam a ter importância secundária devido aos mecanismos fisiológicos de adaptação do estômago. Infusão intermitente Deve iniciar com 100ml e o volume é aumentado a cada 24 ou 48 horas até serem preenchidas por completo as necessidades totais de nutrientes. Administrado de quatro a seis porções ao dia, com volume que pode variar de 200 a 400 ml. Se for preciso, grandes volumes são infundidos (até 500ml) a cada três a quatro horas. Os resíduos gástricos são verificados antes de cada refeição e esta é suspensa se os resíduos forem superiores a 150ml. Realizada através de porções ao longo do dia, o que se assemelha à uma alimentação habitual. Gravitacional (gavage) “in bolus” Bomba de infusão Via mais fisiológica e que suporta maiores volumes quando comparado à via jejunal. Este método deve ser introduzido logo que houver estabilização do quadro clínico, com o intuito de preparar o paciente para a alta hospitalar. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Infusão Contínua Iniciada com volume de 25 a 30ml/hora/dia e deve-se aumentar gradativamente até a velocidade máxima de 100 a 150ml/hora. Em sua maioria em sistema fechado, com o auxílio de bomba de infusão, o que permite uma precisão e controle rigoroso do volume infundido. IMPORTANTE "in bolus": aspirar a dieta com a seringa, conectar na sonda do paciente e administrar a dieta lentamente, para que a infusão não ultrapasse 20 ml por minuto. Na alimentação “in bolus”, recomenda-se a administraçãocom seringas de 50 a 60 ml, de 15 a 60 minutos, exigindo cautela para evitar possíveis transtornos digestivos, pela rápida administração. A forma gravitacional (gavage) consiste na administração da dieta enteral gota a gota, a uma altura mínima de 30 cm acima da cabeça do paciente. Controle da infusão ocorre por meio da roldana do equipo, permitindo uma administração mais lenta que o "in bolus”. Também mostra benefícios para pacientes em estado crítico e na fase inicial da terapia enteral, com o intuito de testar a tolerância à fórmula indicada ao paciente. A infusão contínua em pacientes graves ainda é a mais utilizada, porém sua superioridade é frequentemente questionada quando comparada à infusão intermitente. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com O gotejamento da dieta deve ser observado com grande atenção, uma vez que o escoamento rápido pode ocasionar cólica e diarréia, com consequente queda no aproveitamento nutricional e prejuízo ao paciente. N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Infusão intermitente Porções distais ao piloro (duodeno ou jejuno) Esta via é preferida para os pacientes com gastroparesia, retardo do esvaziamento gástrico e alto risco de aspiração e no período pós-operatório imediato. Infusão contínua O procedimento em relação à dose e à velocidade é semelhante ao descrito para a sonda posicionada no estômago. A confirmação radiológica da posição da sonda e, depois, iniciar a alimentação com uma fórmula diluída à razão de 50ml/hora. Em casos, de não aparecimento dos efeitos colaterais gastrointestinais, a velocidade é aumentada até ser atingido o volume necessário. A osmolaridade é aumentada até serem preenchidas as demandas nutricionais. O sistema contínuo em pacientes gravemente enfermos é considerado benéfico, por minimizar o catabolismo e os riscos de intolerância do trato gastrointestinal. Já, a infusão intermitente, a gavage e o "in bolus" deverão ser introduzidos em pacientes hemodinamicamente estáveis e que tolerem grandes volumes de dieta enteral. De forma resumida .... Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L FÓRMULAS ENTERAIS Determina-se a fórmula enteral, considerando a densidade calórica, osmolaridade, viscosidade, teores de lactose, proteínas, carboidratos e gorduras diferentes. Para selecionar a fórmula é necessário conhecer as exigências do paciente e a composição exata da fórmula. Classificação Fórmulas poliméricas A maioria dos pacientes pode beneficiar -se com esse tipo de fórmula. Indicadas nas condições que exigem dietas ricas em resíduos, sendo especialmente valiosas para os indivíduos cronicamente acamados e que precisam de alimentação enteral prolongada. Osmolaridade varia de 300 a 450mOsm Fórmulas parcialmente hidrolisadas Indicada a pacientes com capacidade digestiva e absortiva parcial. Contêm oligossacarídeos de glicose, caseína, soja, lactoalbumina e óleos de açafrão, girassol e TCM. Osmolaridade varia de 450 a 650mOsm Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Fórmulas especilizadas Desenhadas para disfunções orgânicas especificas e para condições de estresse metabólico. Módulos Indicado para suplementar fórmulas e individualizar formulação. A qualidade proteica é atribuída ao perfil de aminoácidos: pelo menos 40% dos essenciais é sugerido para os casos de anabolismo. Fonte predominante de proteína inclui a soja e a caseína. Intacta Composição A seleção de uma fórmula enteral apropriada requer avaliação da capacidade digestiva e absortiva do paciente, como também o conhecimento das fontes de substratos e da sua forma de apresentação. Proteínas Aminoácidos (aa) livres Hidrolisada Intacta Formas mais encontradas na alimentação enteral são procedentes do extrato protéico da soja, isolado protéico da soja, lactoalbumina, caseína, ovo, carnes. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com A gordura aumenta a palatabilidade e o sabor da dieta. Os óleos vegetais contêm variedade de ácidos graxos essenciais, o qual deve ter ingestão de 3 a 4% do total da necessidade energética. As fontes lipídicas comumente encontradas nas fórmulas incluem vários óleos vegetais. Relação calorias não-protéicas para g de nitrogênio N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Lipídios Os alimentos fontes mais utilizados nas dietas enterais são: os óleos e as gorduras, tanto de origem animal (manteiga, creme de leite, gorduras intrínsecas da carne, ovos) como de origem vegetal (óleo de milho, soja, margarina vegetal, gordura de coco). Hidrolisada Constituem proteínas com cadeias de duas a quatro moléculas de aa, sendo mais encontradas em NE e são procedentes de hidrolisados enzimáticos de lactoalbumina e de caseína. Aminoácidos livres Proporção pode variar desde as recomendações para adultos sadios (RDA), até modificar-se para fazer frente às alterações metabólicas apresentadas. 120 a 180 Kcal/g de nitrogênio Em situações catabolicas Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com A diferença primárias nos componentes dos carboidratos está relacionada com sua forma e concentração. Hidrolisado de amido de milho ou maltodextrina é a forma predominante. Nos polissacarídeos osmolalidade não é afetada, diferente dos monossacarídeos que contribuem para hiperosmolalidade. N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Carboidratos Os alimentos fontes mais utilizados nas dietas enterais são: o açúcar refinado (sacarose), glicose de milho, açúcar das frutas (frutose), leite e misturas lácteas (lactose), cereais e derivados (amido e dextrinas). Quanto maior a molécula de carboidrato, menor será sua influência na osmolaridade. Monossacarídeos Oligossacarídeos Dissacarídeos Glicose, frutose e galactose Sacarose, lactose e maltose Maltodextrinas Polissacarídeos Amido Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com São todos os polissacarídeos vegetais da dieta, mais a lignina, que não são hidrolisados pelas enzimas do trato digestório humano. Existem algumas formulações com fibras solúveis e insolúveis para normalização da função intestinal. O conteúdo de fibras nas fórmulas é de 5 a 14g/L, sendo a recomendação diária de 20 a 25g/dia. Forma predominante é o polissacarídeo da soja. Formuladas para proverem a RDA de vitaminas e minerais, com a utilização de 1.500 a 2.000 calorias do produto, comtemplando todas as vitaminas. N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Fibras Insolúveis Polissacarídeos Solúveis Celulose, hemicelulose e lignina Pectina, mucilagem, polissacarídeos de algas e goma guar Fibra insolúvel e solúvel As fórmulas comercialmente completas são adequadas em vitaminas e minerais, a fim de satisfazer as necessidades do paciente. As fórmulas especializadas para doenças especificas são por muitas vezes incompletas em relação a vitaminas e minerais. Suplementos vitamínicos podem ser necessários em formulas incompletas ou diluídas por períodos prolongados. Vitaminas e minerais Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Critério Fórmula Especificação Preparo Artesanal ou semiartesanal Alimentos in natura associados ou não a módulos nutricionais Industrializada Pronta para uso (pó ou líquida) Densidade energética Hipocalórica < 0,9 kcal/mL Normocalórica 0,9 a 1,2 kcal/mL Hipercalórica 1,3 a 2,0 kcal/mL Complexidade dos macronutrientes Polimérica Proteína intacta Oligomérica ou semielementar Peptídeos e oligopeptídeos (di/tripepitídeos) - parcialmente hidrolisados Elementar Aminoácidos - totalmente hidrolisados N U T R I Ç Ã O E N T E R A L A quantidade de água é relacionada em 1.000 mL de fórmula ou mL de água/ L de fórmula. A maioria contém de 690 a 860 mL de água em 1.000 mL a fórmulaenteral. Água Densidade calórica Conteúdo de água (mL) e (%) 1 a 1,2 kcal/mL 800 a 860 mL Conteúdo de água das fórmulas enterais 1,5 kcal/ mL 2 kcal/ mL 80 a 86% 760 a 780 mL 76 a 78% 690 a 710 mL 69 a 71% Critérios de classificação das fórmulas enterais Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Critério Fórmula Especificação Indicação Fórmula padrão Manter ou restabelecer o estado nutricional Fórmula especializada Pós-operatório e sepse (hiperproteica/normocalórica) AIDS/HIV (lipídios e peptídeos modificados, acréscimo de fibras, alta densidade energética) Imunomoduladora (enriquecida com glutamina, ácidos graxos ω3, arginina, nucleotídeos) Insuficiência cardíaca (restrita em sódio) Manter ou restabelecer o estado nutricional associado à doença: Osmolalidade N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Função do tamanho e da quantidade de partículas iônicas e moleculares em determinado volume, sendo: Unidade de medida - mOsm/Kg de água e osmolaridade é mOsm/L. Termo preferido quando se relaciona nas referências de fórmulas enterais. Características físicas das fórmulas Isotônicas Hipertônicas Moderadamente hipertônicas ≤ 350 mOsm 350 a 450 mOsm ≥ 550 mOsm Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Densidade calórica N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Osmolaridade é o número de partículas dissolvidas na solução. Fatores que afetam a osmolalidade: Minerais/eletrólitos: razão das propriedades de dissoção e do pequeno tamanho. Proteínas: mais hidrolisados, e os aa têm maior efeito osmótico do que moléculas com peso molecular maior - proteínas integras. Carboidratos: mais hidrolisados, como a glicose que têm efeito osmótico do que moléculas com peso molecular maior - amido. Lipídeos: não influenciam a osmolaridade, pois não formam solução. pH Fórmulas com grande quantidade de nutrientes hidrolisados têm proporcionalmente maior osmolalidade. A motilidade gástrica é menor com soluções de pH menor que 3,5. O pH da maioria das fórmulas enterais é> 3,5. A taxa do esvaziamento gástrico pode ser menor para fórmulas com alta densidade calórica. Alimentos hiperosmolares aumentam o peristaltismo e ativam a propulsão da dieta. Gástrico Osmolaridade elevada reduzem os movimentos de propulsão dificultando o esvaziamento gástrico. Duodeno e jejuno Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Em pó para constituição Dietas industrializadas Preparas industrialmente, essas dietas apresentam-se sob três formas: Prontas Líquidas semiprontas Pó para constituição Acondicionadas em pacotes hermeticamente fechados, em porções individuais com 60 a 96g ou em latas com cerca de 400g, necessitam ser reconstituídas em água ou outro liquido. Líquidas semiprontas Dietas prontas em frascos de vidro ou latas com 230 a 260 mL, em quantidades suficientes para um horário da dieta. Prontas Já se apresentam envasadas, acondionadas em frascos de vidro ou bolsas próprias com 500 e 1000mL, diretamente acopladas no equipo. No mercado existem aproximadamente 15- fórmulas para uso enteral, entre padrão e especializadas, adultos e crianças. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Produto Densidade calórica (kcal/mL) PTN (g/100mL) CHO (%) LPD (%) Fibras (g/L) mOsm/L Classificação Jevity Plus 1,2 5,5 52,5 29 12 365 Normocalórica e normoproteica Fresubin Energy Fibre 1,5 5,6 50 35 15 325 Hipercalórica e normoproteica Nutrison Protein Plus Multi Fiber 1,25 6,3 45 35 15 280 Hipercalórica e hiperproteica Isosource Mix 1,2 4,4 56 30 15 - Normocalórica e normoproteica TrophicFiber 1,0 4,5 55 30 15 402 Normocalórica e normoproteica Nutri Fiber 1,5 1,5 6,4 58 25 18 - Hipercalórica e normoproteica Nutrison Multifiber 1,0 4,0 49 35 15 250 Normocalórica e normoproteica N U T R I Ç Ã O E N T E R A L FÓRMULAS DISPONÍVEIS A seguir, algumas fórmulas industrializadas disponíveis no mercado. Fórmulas padrão Fórmulas que não são especializadas, sem restrição ou inserção de algum nutriente importante para determinada doença. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Fórmulas hipecalóricas e hiperproteicas Produto Densidade calórica (kcal/mL) PTN (g/100mL) CHO (%) LPD (%) Fibras (g/L) mOsm/L Trophic EP 1,5 6,7 52 30 - 531 Isosource 1.5 1,5 6,3 56 27 8 450 Nutrison Protein Plus Energy 1,5 7,5 45 35 15 350 Fresubin Energy 1.5 1,5 5,6 50 35 - 330 Fórmulas modificadas para diabéticos Produto Densidade calórica (kcal/mL) PTN (g/100mL) CHO (%) LPD (%) Fibras (g/L) mOsm/L Classificação Glucerna 1,0 4,2 33 50 14 300 Normocalórica e normoproteica Novasource GC 1,5 1,5 7,5 36 44 15 - Hipercalórica e hiperproteica Isosource GC HP 1,0 6,4 42 36 12 - Normorcalórica e hiperproteica Diamax 1,0 4,3 44 39 15 275 Normocalórica e normoproteica Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Fórmulas modificadas para nefropatas Fórmulas modificadas com adição de imunomoduladores Produto Densidade calórica (kcal/mL) PTN (g/100mL) CHO (%) LPD (%) Imuno mOsm/L Classificação Reconvan 1,0 5,5 48 30 W-3, glutamina e arginina 270 Normocalórica e hiperproteica Impact 1,0 24 53 23 L-arginina 297 Normocalórica e hiperproteica Impact Peptide 1,5 1,0 9,4 37 38 L- carnitina, taurina, L- arginina 387 Hipercalórica e hiperproteica Produto Densidade calórica (kcal/mL) PTN (g/100mL) CHO (%) LPD (%) Fibras (g/L) mOsm/L Classificação Nutrison Advanced nefro 1,3 3,2 69 21 0 322 Hipercalórica e normoproteica Fresubin HP 2kcal 2,0 10 35 45 0 395 Hipercalórica e hiperproteica Nutri Renal 2,0 3,3 63 30 0 - hipercalórica e hipoproteica HD max 1,5 18,7 54 28 15 350 Hipercalórica e normoproteica Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Fórmulas hidrolisadas Fórmulas modificadas para cicatrização Produto Densidade calórica (kcal/mL) PTN (g/100mL) CHO (%) LPD (%) Nutrientes mOsm/L Classificação Cubitan 1,25 10 45 25 Zn, S, A, C, e E 500 Hipercalórica e hiperproteica Nutrison Advanced Cubison 1,0 5,5 49,6 30 Zn, S, A, C, e E 315 Normocalórica e hiperproteica EnergyZip 1,5 5,7 55 30 Zn, S, A, C, e E 567 Hipercalórica e normorproteica Produto Densidade calórica (kcal/mL) PTN (g/100mL) CHO (%) LPD (%) Fibras (g/L) mOsm/L Classificação Perative 1,3 6,6 54,5 25 0 304 Hipercalórica e hiperproteica Survimed OPD 1,0 4,5 57 25 0 300 Normocalorica e normoproteica Peptamen Prebio 1,0 4,0 49 35 7 254 Normocalorica e normoproteica Peptamen HN 1,3 4,3 62 23 0 326 Normocalorica e normoproteica Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Obstrução intestinal Gastrointestinais COMPLICAÇÕES Distensão abdominal Náuseas e vômitos Refluxo esofagiano Diarreia Má absorção Hemorragia gastrointestinal Rinite, otite, parotidite Mecânicas Faringite, esofagite Aspiração pulmonar Erosão esofagiana Perfuração Obstrução da sonda Perda ou migração da sonda Hiper/hipoglicemia Metabólicas Hiper/hiponatremia Desidratação Hiper/hipocalemia Hiper/hipofosfatemia Gastroenterocolites por contaminação microbiana no preparo e administraçãoInfecciosas Aspiração pulmonar com síndrome de Mendelson ou pneumnia infecciosaRespiratórias Classificação das complicações na terapia nutricional enteral: Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Náuseas e vômitos: Infusão rápida - Progredir lentamente; Hiperosmolaridade - Fórmulas isotônicas; Estase gástrica - Reduzir oferta de volume, posicionamento pós-pilórico;Intolerância a lactose - Fórmula isenta de lactose; Alto resíduo gástrico - Suspender a infusão, utilizar pró-cinéticos, cabeceira elevada. Causas e Prevenção das complicações Ansiedade Mecânicas Monotonia alimentar Insociabilidade Depressão Inatividade Falta de estímulo ao paladar Diárreia: Velocidade e método de infusão - Progredir lentamente; Hiperosmolaridade - Fórmulas isotônicas; Contaminação da dieta - Higiene rigorosa; Sonda duodenal/jejunal - Sonda pré-pilórica; Formulação - Uso de fibra solúvel. Complicações metabólicas: Desidratação e/ou hiper-hidratação - Oferta hídrica adequada; Distúrbios de glicemia - Aporte adequado de energia; Distúrbios eletrolíticos - Acompanhamento dos níveis plasmáticos com reposição e intervenções medicamentosas conforme necessidade. Perda ou migração: Fixação adequada da sonda; Restrição mecânica do paciente, quando necessário. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Obstrução da sonda: Lavar sonda com água após administração de medicamento. Pausa da dieta e teste de refluxo. Aspiração pulmonar: Administrar dieta com decúbito elevado; Testar posição da sonda. Perfuração: Utilizar sonda de tamanho adequado; Respeitar a técnica de passagem de sonda. N U T R I Ç Ã O E N T E R A L PRESCRIÇÃO DE DIETA É necessário avaliar os risco nutricional do paciente, conhecer a história clinica e discutir com o médico responsável a possível indicação de dieta. Posterior a isso, deve-se levar em consideração as seguintes características: Necessidades nutricionais VET, macronutrientes, micronutrientes, fibras, imunomoduladores ou dietas especializadas, caso necessário complementar. Posicionamento do acesso Deve levar em consideração a capacidade gástrica do paciente, capacidade de absortiva e a osmolaridade. Formulação Dieta artesanal, semi-artesanal ou industrializada. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L Sistema de administração e infusão Sistema aberto ou fechado; administração intermitente, bolos, gravitacional, contínua. Densidade calórica Considerar o risco nutricional do paciente assim como, as necessecidades e o volume total diário. Necessidade hídrica Considerar mL/kg e descontar a quantidade de água presente na dieta. Como prescrever e escolher a melhor fórmula? Volume diário Cálculo a meta calórica/dia necessária Volume/hora Sistema aberto Dividir o volume pelo número de vezes ofertado Necessidade proteica Avaliar após 12h Inserir módulos de proteína de forma separada Inadequada Verificar tolerância e resíduos gástricos Acompanhar após 15 dias Pode calcular por balanço nitrogenado Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L CÁLCULO DA DIETA O cálculo da dieta deve ler em consideração os pontos abordados anteriormente. Regra de bolso Cálculo das necessidades energéticas Tipo de fórmula, complexidade, sistema, infusão e tipo de dieta. Características da fórmula e densidade Exemplo 25 a 30 mL/kg/dia Considerar que situações que aumentam a perda hídrica - febre e diarreia, implicam em reposição, sendo necessário acompanhar o balanço diário. Características da fórmula e densidade Calcular IMC: 47kg e 1,62m IMC = 17,93 kg/m² Classificação: baixo peso PACIENTE SEM RESTRIÇÃO Calcular Kcal: Fórmula de bolso Dieta hipercalórica 35 kcal/kg/dia 47kg x 35kcal = 1645 kcal Caracteristicas: Polimérica: não há nenhum indício de que o paciente não possa fazer a digestão. Densidade: 1,5kcal/ml - hipercalórica e a mais usada habitualmente. Dieta: Volume 1645 kcal/dia ÷ 1,5 = 1097 mL/dia Volume/hora - 24h contínua 1097 ÷ 24 = 46 mL/h Volume/hora - Intermitente 1097 ÷ 6x/dia = 183mL/ 3 em 3 horas Hidratação: 47 kg x 30 mL = 1410 mL Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O E N T E R A L INDICADORES DE QUALIDADE DA NE A adoção de indicadores de qualidade é uma nova perspectiva de avaliação da assistência, permitindo identificar e adotar estratégias frente aos processos que necessitam melhorias. Indicador de estrutura Disponibilidade de bomba de infusão Tempo médio entre as falhas x 100 (tempo médio entre as falhas + tempo médio para reparo) Indicador de Processo Frequência de realização de triagem de risco nutricional em pacientes hospitalizados N° de triagens nutricionais em 24h x 100 N° de triagens nutricionais em 24h Frequência de saída inadvertida de sonda de nutrição enteral em pacientes em TNE N° de saída inadvertida de SE x 100 N° total de pacientes em TNE x N° de dias com SE Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Indicador de resultado N U T R I Ç Ã O E N T E R A L *Frequência de intercorrências gastrointestinais* em pacientes em TNE * Constipação, diarreia, distensão abdominal, náusea ou vômito N° de pacientes em TNE * x 100 N° total de pacientes em TNE Frequência de obstrução de sonda de nutrição em pacientes em TNE N° de sondas obstruídas em pacientes em TNE x 100 N° total de pacientes-dia em TNE Índice de volume enteral infundido Volume de dieta enteral infundido x 100 Volume de dieta enteral prescrito São instrumentos de gestão para tomar decisões alicerçadas naquilo que está acontecendo de fato, transformando informações quantitativas e qualitativa sem linhas mestras para a identificação de situações indesejáveis, permitindo estabelecer estratégias para aumentar a eficiência dos processos e melhorar a qualidade e a segurança da assistência Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 5 0 3 / 2 0 2 1 ATRIBUIÇÕES DA EMTN Atribuições da equipe multiprofissional de terapia nutricional (EMTN) para prática da terapia nutricional enteral, em que para a execução, supervisão e avaliação permanentes, em todas as etapas da TNE, é condição formal e obrigatória a constituição de uma equipe multiprofissional. Compete à EMTN: I - estabelecer as diretrizes técnico-administrativas que devem nortear as atividades da equipe e suas relações com a instituição; II - criar mecanismos para o desenvolvimento das etapas de triagem e vigilância nutricional em regime hospitalar, ambulatorial e domiciliar, sistematizando uma metodologia capaz de identificar pacientes que necessitam de TN, a serem encaminhados aos cuidados da EMTN; III - atender às solicitações de avaliação do estado nutricional do paciente, indicando, acompanhando e modificando a TN, quando necessário, em comum acordo com o médico responsável pelo paciente, até que seja atingido os critérios de reabilitação nutricional pré-estabelecidos; IV - assegurar condições adequadas de indicação, prescrição, preparação, conservação, transporte e administração, controle clínico e laboratorial e avaliação final da TNE, visando obter os benefícios máximos do procedimento e evitar riscos; Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 5 0 3 / 2 0 2 1 V - capacitar os profissionais envolvidos, direta ou indiretamente, com a aplicação do procedimento, por meio de programas de educação continuada, devidamente registrados; VI - estabelecer protocolos de avaliação nutricional, indicação, prescrição e acompanhamento da TNE; VII - documentar todos os resultados do controle e da avaliação da TNE visando a garantia de sua qualidade; VIII - estabelecer auditorias periódicas a serem realizadas por um dos membros da EMTN, para verificar o cumprimento e o registro dos controles e avaliação da TNE; IX - analisar o custo e o benefício no processo de decisão que envolve a indicação, a manutenção ou a suspensão da TNE; X - desenvolver, rever e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos pacientes e aos aspectos operacionaisda TNE. Por se tratar de procedimento realizado em paciente sob cuidados especiais e para garantir a vigilância constante do seu estado nutricional, a EMTN para TNE deve ser constituída de, pelo menos, 1 (um) profissional de cada categoria, com treinamento específico para esta atividade. Médico Nutricionista Enfermeiro Farmacêutico Pode ainda incluir profissionais de outras categorias a critério das UH e ou EPBS. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 5 0 3 / 2 0 2 1 BOAS PRÁTICAS DE PREPARAÇÃO As Boas Práticas de Preparação da Nutrição Enteral (BPPNE) estabelecem as orientações gerais para aplicação nas operações de preparação da NE, bem como critérios para aquisição de insumos, materiais de embalagem e NE industrializada. Compete ao nutricionista: O nutricionista é o responsável pela supervisão da preparação da NE e deve possuir conhecimento científico e experiência prática na atividade. I - estabelecer as especificações para a aquisição de insumos, NE industrializada e materiais de embalagem e qualificar fornecedores para assegurar a qualidade dos mesmos. II - avaliar a prescrição dietética. III - supervisionar a manipulação da NE de acordo com a prescrição dietética e os procedimentos adequados, para que seja obtida a qualidade exigida. IV - aprovar os procedimentos relativos às operações de preparação e garantir a implementação dos mesmos. V - garantir que a validação do processo e a calibração dos equipamentos sejam executadas e registradas. VI - garantir que seja realizado treinamento dos funcionários, inicial , contínuo e adaptados conforme às necessidades; e Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 5 0 3 / 2 0 2 1 VII - garantir que somente pessoas autorizadas e devidamente paramentadas entrem na sala de manipulação. I - área de armazenamento; II - sala de recebimento de prescrições e dispensação de NE; III – sala de limpeza e sanitização de insumos; IV - vestiário; V – sala de preparo de alimentos "in natura"; VI – sala de manipulação e envase de NE; VII – sanitários de funcionários (masculino e feminino); e VIII - DML (depósito de material de limpeza). A unidade destinada ao preparo de nutrição enteral deve possuir os seguintes ambientes: Os ambientes destinados à preparação de NE devem se adequar às operações desenvolvidas e assegurar a qualidade das preparações. Os materiais devem ser adquiridos somente de fornecedores que atendam aos seguintes critérios de qualidade: I - atendimento exato às especificações estabelecidas; II - possuam registro ou isenção de registro na Anvisa para as NE industrializadas; III - apresentem certificado de análise de cada lote fornecido; e IV - possuam histórico de fornecimento satisfatório. Aquisição Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Estocados em locais identificados, de modo a facilitar a sua localização para uso, sem riscos de troca. R E S O L U Ç Ã O N ° 5 0 3 / 2 0 2 1 O recebimento dos materiais deve ser realizado por pessoa treinada. Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção de recebimento, devidamente documentada e registrada. Qualquer outro problema que possa afetar a qualidade do produto deve ser analisada pelo nutricionista e ou farmacêutico para orientar a devida ação. Se uma única remessa de material contiver lotes distintos, cada lote deve ser levado em consideração separadamente para inspeção e liberação, em que cada um precisa acompanhar certificado de análise. Recebimento Inspeção, aprovação e reprovação Armazenamento Todos os materiais devem ser armazenados sob condições apropriadas, de modo a preservar a identidade e integridade dos mesmos. Armazenados de forma ordenada, para que possa ser feita a separação dos lotes e a rotação do estoque, obedecendo à regra: primeiro que entra, primeiro que sai. Para os insumos que exigem condições especiais de temperatura, devem existir registros que comprovem o atendimento a estas exigência. Os materiais de limpeza e germicidas devem ser armazenados separadamente. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 5 0 3 / 2 0 2 1 Controle do Processo de Preparação Avaliação da Prescrição Cada prescrição deve ser avaliada quanto à viabilidade e compatibilidade dos seus componentes, suas concentrações máximas, antes de sua manipulação. Controle Microbiológico do Processo Deve existir um programa de controle ambiental e de funcionários para garantir a qualidade microbiológica da área de manipulação, elaborado de comum acordo com os padrões estabelecidos pela CCIH. A água utilizada no preparo da NE deve ser avaliada quanto às características microbiológicas, pelo menos uma vez por mês Manipulação Devem existir procedimentos operacionais escritos para todas as etapas do processo de preparação - sanitização, pré-preparo, preparo e acondicionamento. Antes, durante e após a manipulação da NE, o nutricionista deve conferir, cuidadosamente, a identificação do paciente e sua correspondência com a formulação prescrita. Rotulagem e Embalagem A NE já rotulada deve ser acondicionada de forma a manter a integridade do rótulo e permitir a sua perfeita identificação durante a conservação e transporte. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 5 0 3 / 2 0 2 1 Toda NE preparada deve apresentar rótulo com as seguintes informações: Nome do paciente; Nº do leito, registro hospitalar; Composição qualitativa e quantitativa de todos os componentes; Volume total; Velocidade de administração; Via de acesso; Data e hora da manipulação; Prazo de validade; Número sequencial de controle e condições de temperatura para conservação; Nome e número no Conselho Profissional do respectivo responsável técnico pelo processo. Conservação e Transporte Toda NE preparada, deve ser conservada sob refrigeração, em geladeira exclusiva, com temperatura de 2°C a 8°C, e em âmbito domiciliar, compete à EMTN verificar e orientar as condições de conservação da NE. A NE industrializada deve seguir as recomendações do fabricante quanto à conservação e transporte. De modo a garantir que a temperatura NE se mantenha de 2°C a 8°C durante o tempo de transporte, que não deve ultrapassar 2 (duas) horas, além de protegidas de intempéries e da incidência direta da luz solar. Condições diferentes podem ser aceitas desde que comprovadamente validadas, de forma a garantir a qualidade da NE. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 5 0 3 / 2 0 2 1 Controle de qualidade A NE deve ser submetida aos seguintes controles: I - inspeção visual para assegurar a integridade física da embalagem e condições organolépticas gerais. II - verificação da exatidão das informações do rótulo, atendendo ao art. 191; e III - avaliação microbiológica em amostra representativa das preparações realizadas em uma sessão de manipulação, que deve atender os limites microbiológicos abaixo: 1. microorganismos aeróbicos mesófilos - menor que 103 UFC/g antes da administração, 2. Bacillus cereus – menor que 103 UFC/g; 3. Coliformes – menor que 3 UFC/g; 4. Escherichia coli - – menor que 3 UFC/g; 5. Listeria monocytogenes – ausente; 6. Salmonella s – ausente; 7. Sthaphylococcus aureus – menor que 3UFC/g; 8. Yersinia enterocolitica – ausente; e 9. Clostridium perfrigens - – menor que 103 UFC/g. Prazo de Validade Toda NE deve apresentar no rótulo o prazo de validade com indicação das condições para sua conservação. A determinação do prazo de validade pode ser baseada em informações de avaliações da estabilidade da composição e considerações sobre a sua qualidade microbiológica e ou através de realização de testes de estabilidade. Licenciado para - A lessandra H elena de Abreu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L DEFINIÇÃO Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de Nutrição parenteral - NP. TERAPIA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL NUTRIÇÃO PARENTERAL INDICAÇÃO As principais indicações da TNP são situações de impossibilidade de utilização da via digestiva, como distúrbios disabsortivos, obstrutivos, sangramento do TGI e alteração do trânsito por fatores diversos. Fístulas digestivas de alto débito: nas fístulas digestivas baixas, principalmente, quando em atividade, e na ineficiência da terapia nutricional enteral, em virtude de perda de água, nutrientes e eletrólitos. Síndrome do intestino curto: má absorção e oferta insuficiente de nutrientes pela nutrição enteral. Pacientes que não podem ingerir ou absorver mais de 60% das necessidades nutricionais: por via oral ou enteral, têm indicação de terapia nutricional parenteral (TNP). Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L A TNP deve ser indicada não apenas na impossibilidade da via digestiva, mas também em situações em que exista déficit energético-proteico com o uso exclusivo da via enteral. Íleo paralítico: quando não há previsão de retorno do funcionamento normal em até 5 dias. Vômitos persistentes: com impossibilidade de controle por meio de antieméticos. Pancreatites graves: na intolerância TNE. Grande queimado: quando a necessidade energético-proteica não é suprida pela via oral/enteral. Pré-operatório: quando o paciente apresenta desnutrição grave e impossibilidade de receber nutição total ou parcial pela via oral/enteral,é indicado TNP de 7 a 10 dias antes de cirurgias de grandes porte. Câncer: indicação de NP se a nutrição enteral não for suficiente ou viável, por causa de intolerâncias alimentares e toxicidade gastrintestinal,em razão de tratamento oncológico. Obstrução intestinal: quando não há indicação imediata de cirurgia. Doenças inflamatórias intestinais: intolerância à TNE. CONTRAINDICAÇÕES A TNP é contraindicada para pacientes hemodinamicamente instáveis, assim como na TNE. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L VIAS DE ACESSO O objetivo de ambas é aliviar ou corrigir os sinais, sintomas e sequelas da desnutrição. Trato gastrointestinal funcionante ou acesso enteral não desejável Não Parenteral Nutrição Parenteral CentralNutrição Parenteral Periférica Estimativa de até 14 dias Estimativa acima de 14 dias Nutrição Parenteral Periférica Nutrição Parenteral Central Administrada com a ponta do cateter em uma veia de grosso calibre, normalmente nas veias da extremidades das mãos ou antebraço. Administrada com a ponta do cateter em uma veia de alto fluxo sanguíneo interligada à veia cava superior ou átrio direito, com infusão direta no coração. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Indicada para pacientes com cuja estimativa de uso supere 14 dias, e tenham que receber grande quantidade de nutrientes e com restrição de volume. N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Nutrição parenteral periférica Indicada para pacientes que necessitem de aporte nutricional endovenoso parcial ou total por até 2 semanas, com baixa osmolaridade (< 900 mOsm/L) e/ou com incapacidade de acesso venoso central. Nutrição parenteral central Soluções hiperosmolares não são permitidas, sendo necessária a de maior volume para suprir as necessidades nutricionais. Osmolaridade deve ser menor que 900Omsm/L para evitar flebite Evita acesso central, e em alguns casos, pode-se fornecer as necessidades nutricionais; Vantagens Desvantagens Possíveis complicações metabólicas; Alto risco de tromboflebite com soluções hipertônicas; Utilização por periodo curto de tempo. Os pacientes cuja punção de veias periféricas é difícil em virtude de múltiplas implantações de cateteres intravenosos, tratamento com esteroides, enfermidades sistêmicas ou outras causas, não são candidatos à periférica. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Menor volume; Permite utilizar soluções hipertônicas; Necessidades do paciente pode ser fornecidas; Sem limite de período (dependendo das complicações). Possíveis complicações metabólicas; Risco de infecção. Também pode ser administrada por um dispositivo cateter central de inserção periférica (PICC), pois é inserido em posicionamento do cateter, no interior da junção da veia cava superior com átrio direito. Vantagens Desvantagens Soluções hiperosmolares sem risco de flebite, possibilitando uma nutrição completa. Osmolaridade > 900 mOsm/L CATETERES A escolha do tipo de cateter melhor indicado para o paciente em uso de TNP dependerá de fatores como: Duração da TNP; Características da solução de NP, e Condições da rede venosa periférica e central. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Deve-se considerar também: Idade; Comorbidade e histórico de terapia infusional anterior, e Experiência do profissional que instalará e monitorará a TNP. Cateter semi-implantado de curta permanência (CICC - cateter central de inserção central); Cateter semiimplantado de longa permanência (PICC - cateter central de inserção periférica); Cateter semiimplantado tunelizado (por exemplo, Hickman, Permicath). Acesso vascular central (CVADs) Cateteres de duplo e triplo lúmen podem ser utilizados se uma via for destinada exclusivamente para NP. Todavia, cateteres multilumens apresentam maior taxa de infecção do que com um único lúmen. Podem ser de curta ou longa permanência - tunelados. Os cateteres totalmente implantáveis (Port-A-Cath) podem ser recomendados, porém a alta concentração de glicose e lipídio da solução de NP pode ocasionar maior risco de infecção. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Cateteres periféricos curtos (comum ou integrado com plataforma estabilizadora) e, Cateteres de linha média podem ser utilizados para a infusão da solução de NP, respeitando a osmolaridade da solução < 900 mOsm/L. Acesso vascular periférico Podem ser de curta ou de linha média. Ministrar soluções de NP periférica, por meio de cânulas curtas ou cateteres de linha média, exige vigilância cuidadosa para prevenção de tromboflebite. A glicose é utilizada como a fonte calórica não protéica preferida da nutrição parenteral. Composição Na nutrição parenteral completa, todos os nutrientes essenciais devem ser fornecidos em quantidades adequadas. Portanto, o regime deve incluir carboidratos, gorduras, aminoácidos, eletrólitos, minerais e vitaminas. Glicose COMPOSIÇÃO DAS SOLUÇÕES A formulação da solução de NPT é um procedimento que deve ser adaptado às necessidades individuais de cada paciente. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com É preciso evitar a administração exagerada de glicose, pois isto pode precipitar uma maior síntese e armazenamento de gordura, disfunção hepática e produção aumentada de dióxido de carbono, provocando insuficiência respiratória em alguns pacientes. Aminoácidos cristalinos são preferíveis, pois são substâncias puras, e sua composição pode ser ajustada de acordo com a demanda, não possuem peptídeos, aumentando o nitrogênio utilizáveldas fórmulas e a perda de nitrogênio urinário. N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Volumes Concentração 100, 250, 500 e 1.000 mL 5%, 10%, 20%, 50% e 70% 10 mL Cada grama de glicose monohidratada fornece 3,4 kcal Na administração periférica pode ser até 10% e na via central até 35%, e pH em torno de 3. A quantidade mínima por dia requerida é cerca de 200g. Aminoácidos Volumes Concentração 100, 250, 500 e 1.000 mL Variam de 6,7% a 15% Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Cada grama de aminoácidos oxidados fornece 4 kcal pH em torno de 5,5 a 6,5. Osmolaridade em torno de 900mOsm/L. Fatores devem ser levados em consideração ao escolher as soluções de aminoácidos a nutrição parenteral: a) o teor de nitrogênio administrado deve ser adequado à manutenção nutricional (ou reposição, se for o caso); b) todos os oito aminoácidos essenciais devem estar presentes nas relações apropriadas e em teores suficientes à demanda; c) a relação entre aminoácidos essenciais e o teor de nitrogênio (g) deve ser de aproximadamente 3:2, para duplicar as fontes de proteína de alta qualidade; d) os aminoácidos essenciais devem apresentar cerca de 20% do teor total de aminoácidos, exceto talvez nas soluções para pacientes com insuficiência renal ou hepática; e) o balanço nitrogenado é mantido melhor quando há alguns aminoácidos não-essenciais. Para evitar níveis crescentes de amônia, o teor de glicina incluído não pode ser exagerado. As fórmulas existentes para uso padrão, exceto para pacientes com insuficiências renal e hepática, são elaboradas de modo a fornecer teores satisfatórios de aminoácidos essenciais e não-essenciais. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Fonte de energia 20 a 35% do valor energético total. A taxa de infusão deve ser de 1000mL/h para emulsões a 10% e 50mL/h para as de 20%, a fim de prevenir sobrecarga no sistema reticuloendotelial. pH em torno de 6,5 a 8,8. Osmolaridade em torno de 273mOsm/L. Não se recomenda infusão superior a 2g/kg/dia, e administra-se 1 g/kg/dia para evitar sobrecarga de gordura, a qual é caracterizada por hepatomegalia, icterícia e plaquetopenia. N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L São isotônicas e podem ser administradas por veia periférica, sendo uma importante onte de energia. Emulsão lipídica A 10 e 20% fornecem 1,1 kcal e 2 kcal/mL, respectivamente. Tipos de emulsão lipídica Lipídeos de primeira geração EL a 10% (TCL): composta por óleo de soja (100%); EL a 20% (TCL): composta por óleo de soja (100%); EL a 30% (TCL): composta por óleo de oliva (20%) e óleo de soja (80%); Volumes Concentração 100, 250 e 500 mL 10 a 30% Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Essas emulsões constituem fontes seguras e eficazes de calorias não protéicas e de ácidos graxos essenciais para a utilização em NPT, formuladas com o intuito de serem nutricionalmente completas. Lipídeos de terceira geração EL a 20% (TCL/TCM): composta por óleo de soja (40%), óleo de coco (40%) e óleo de oliva (20%). Lipídeos de quarta geração EL a 20% (TCL/TCM): composta por óleo de soja (30%), óleo de coco (30%) e óleo de peixe (15%). Lipídeos de segunda geração EL a 10% (TCL/TCM): composta por óleo de soja (50%) e óleo de coco (50%). A água costuma ser adicionada com os outros medicamentos ministrados ao paciente, de modo que o equilíbrio hídrico não se torne um problema clínico. Água Avaliações cuidadosas da hidratação clínica do paciente (ingestão e eliminação) e dos dados laboratoriais é a maneira de determinar se existe este equilíbrio hídrico. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Vitamina Nutrition Advisory Group - NAG A, Retinol (UI)² 3.300,0 D (UI) 3 200,0 E, alfatocoferol (UI) 10 K (mg)4 - Tiamina (mg) 3,0 Riboflavina (mg) 3,6 Niacina (mg) 40,0 Ácido pantotênico (mg) 15,0 Piridoxina (mg) 4,0 Biotina (µg) 60,0 Ácido fólico (µg) 400,0 Cianocobalamina (µg) 5,0 Ácido ascórbico (mg) 100,0 N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Embora se reconheça que algumas vitaminas sejam degradadas na presença da luz, é pouco frequente que os frascos de NPT, contendo a solução nutritiva, sejam protegidos da luz e, consequentemente, algumas alterações foram caracterizadas. Vitaminas e minerais 2 Uma UI corresponde a 0,3µg de retinol. 3 Uma UI corresponde a 0,025µg de vitamina D (colecalciferol). 4 Não existe recomendação específica para indivíduos normais por causa da síntese de vitamina K pela flora intestinal. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L São essenciais para a manutenção do balanço hídrico, da função cardíaca, da mineralização do esqueleto, da função dos sistemas nervosos, muscular e enzimáticos. Vitaminas A, D e E: aderem aos plásticos utilizados para a administração da solução, reduzindo as suas concentrações em 24 horas, sendo que as vitaminas D e E podem sofrer uma redução de até 68% e 64%, respectivamente, da dose adicionada ao recipiente da solução. Vitaminas do complexo B: quando expostas por oito horas, direta ou indiretamente, à luz sofrem degradações que variam de 10% a 47% para a riboflavina, 86% para a piridoxina e 26% para a tiamina, em relação à quantidade adicionada. Vitamina C: quando exposta à luz, tem a sua concentração reduzida em 17,5% em 24 horas e em 63% no quarto dia de armazenamento. O sódio, o cloro, o potássio, o cálcio, o magnésio e o fosfato são os minerais necessários em quantidades acima de 200mg/dia. Os oligoelementos são os metais inorgânicos que apresentam necessidades diárias menores do que 100mg e cujas reservas no organismo são menores do que 4g. Ferro; Iodo; Zinco; Cobre; Molibdênio; Cobalto. Cromo; Manganês; Selênio; Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Este sistema é composto por duas soluções de grande volume: Quanto à composição da solução Sistema glicídico, binário ou "dois em um" TIPOS DE SISTEMAS/BOLSAS A bomba de infusão é altamente recomendável sempre que possível, a fim de gerenciar e monitorar a infusão da NP, visto que a administração rápida ou "fluxo livre" pode ocasionar danos ao paciente. Uma bomba portátil pode dar independência e melhorar a qualidade de vida do paciente em comparação às bombas fixas. O tempo máximo geralmente aceito para administração de NP de uma bolsa pronta para uso é de 24 horas, sendo recomendada a substituição de todo o conjunto para a administração de NP, não ultrapassando esse período. A utilização destas deve respeitar o tempo especificado pelas empresas fabricantes de cada fórmula. Solução de aminoácidos, fonte de nitrogênio e, Solução de glicose, como fonte de energia. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Este sistema é composto, por três soluções de grande volume: Sistema lipídico, ternário ou “três em um”. Solução de aminoácidos, fonte de nitrogênio; Solução de glicose, como fonte de energia e, Solução de lipídios, como fonte energética e de ácidos graxos essenciais. VELOCIDADE DE ADMINISTRAÇÃO A velocidade de infusão das fórmulas de alimentação parenteral varia de acordo com as condições clínicas do paciente. A velocidade ideal da infusão de glicose varia de 0,5 a 0,75g/ kg/hora. Os pacientes devem receber 1.000ml da fórmula de alimentação parenteral no primeiro dia. Se estes 1.000ml forem bem tolerados, ou seja, se não surgirem sinais de intolerância à glicose ou outro desequilíbrio metabólico ou eletrolítico, 2.000ml podem ser infundidos no segundo dia. O aumento da velocidade de infusão até 20 a 50ml/h a cada um ou dois dias, conforme a capacidade do pacientede tolerar mais líquido e a sobrecarga de glicose. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Decorrentes das tentativas de ter acesso ao sistema nervoso central. COMPLICAÇÕES As complicações da alimentação venosa central podem ser divididas em três classes: técnicas, metabólicas e sépticas. Pneumotórax Técnicas Laceração da artéria subclávia Hidrotórax Hematoma mediastinal Lesões nervosas Hemotórax Coma hiperglicêmico Metabólicas Hipoglicemia insulínica Sobrecarga de aminoácidos Hipoglicemia Retenção de CO2 Alterações hepáticas Síndromes relacionadas com o metabolismo da glicose Derrames simpáticos Laceração do duto torácico Embolia gasosa Embolização do cateter Hidrotórax Derrames simpáticos Migração do cateter intravenoso Embolia pulmonar Trombose séptica Deficiência de oligoelementos SepseInfecciosas Uma das complicações mais frequentes e graves da NPT. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Conjunto de sinais e sintomas que ocorre após abrupta provisão de alimentos, por via enteral, oral ou parenteral, para pacientes que passaram por um período de inanição. N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L É recomendado que protocolos institucionais sejam implementados para controle glicêmico dos pacientes em uso de nutrição parenteral. Devido riscos de complicações metabólicas como hipo e hiperglicemia. As medidas recomendadas para controle de INFECÇÃO estão relacionadas aos cuidados com o acesso vascular, tais como: procedimentos adequados na realização de curativos, o uso de técnica asséptica na manipulação do conector do cateter (hub), respeitar as recomendações de trocas dos dispositivos (equipos e conectores), respeitar o tempo de infusão, minimizar a manipulação da via da NP. Síndrome da realimentação Com o início da NP, ocorre uma rápida passagem de líquidos e eletrólitos (fósforo e potássio) para o intracelular com queda dos níveis séricos, e sua consequência é um quadro de insuficiência respiratória e disfunção cardíaca congestiva, arritmia, diarreia, etc, observada nas primeiras 24h a 48h após iniciada a TNP. IMPORTANTE Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Como prescrever a dieta parenteral? Cálculo a meta calórica/dia necessária Necessidade proteica Lipídeos g ÷ 6,25gN Calorias não proteicas Pode calcular por balanço nitrogenado x 4 kcal valor total da caloria – calorias fornecidas pela proteína ÷ g de nitrogênio 0,8g/kg até 2,0g/kg Carboidratos 10 kcal/g (20%) e 11 kcal/g (10%) ÷ g de nitrogênio ÷ 3,4 ou 4 kcal/g calorias totais – total dos lipídeos e proteína VIG g CHO x 1000 ÷ total de horas infusão x peso x minutos CÁLCULO DA DIETA Para o cálculo da dieta deve ler em consideração os pontos abordados posteriormente. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Volume das soluções: Carboidrato a 50% 147 x 2 = 348 mL/dia Aminoácidos a 10% 780mL Elmusão a 10% 600mL ou 300mL de emulsão a 20% N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L Kcal lipídeo + Kcal do carboidrato / 6,25 - 80 100:1 no catabolismo grave e próximo a 150:1 nos pacientes estáveis Relação caloria/proteína 30ml/kg Líquidos Exemplo Calcular de acordo com o peso do paciente e % de diluição. Sódio e Potássio : 1mEq/kg; Cálcio : 10 mEq/dia; Magnésio: 8 mEq/dia; Fosfato: 20 mmol/dia. Minerais PACIENTE COM 60 KG Calcular Kcal: Fórmula de bolso 25 kcal/kg/dia 60kg x 25kcal = 1500 kcal Proteínas: 1,3 g/kg x 60 = 78 g 78g x 4 = 312kcal Balanço nitrogenado 78 : 6,25 = 12,48gN 1500 - 312 = 1188 kcal 1188 : 12,48 = 1:95 (adequado) Hidratação: 60 kg x 30 mL = 1800 mL 1 a 2 ampolas / dia Vitamina K : separada Polivitamínicos e oligoelementos Lípideos: 1 g/kg x 60 = 60 g 60g x 10 = 600kcal Carboidratos: Restante calórico 1500 - 312 - 600 = 588 kcal 588 : 4 = 147gTOTAL: 1728 mL/ final Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com N U T R I Ç Ã O P A R E N T E R A L INDICADORES DE QUALIDADE DA NP A adoção de indicadores de qualidade é uma nova perspectiva de avaliação da assistência, permitindo identificar e adotar estratégias frente aos processos que necessitam melhorias. Frequência de infecção relacionada ao CVC Complicação importante da NP Nº de pacientes com infecção do CVC em NP x 1000 Nº total de paciente-dia com NP em CVC Frequência de Flebite Nº pacientes com infecção de CVP em NP x 1000 Nº total de paciente-dia com NP em CVP Nº de pacientes apresentando disfunção hepática x 100 Nº total de pacientes em NP Frequência de Disfunção Hepática Frequência de Disfunção Glicêmica Nº de pacientes com hipo e hiperglicemia x 100 Nº total de pacientes em NP Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 2 7 2 / 1 9 9 8 ATRIBUIÇÕES DA EMTN Atribuições da equipe multiprofissional de terapia nutricional (EMTN) para prática da terapia nutricional parenteral é a execução, supervisão e a avaliação permanente em todas as etapas da TNP, sendo condição formal e obrigatória a equipe. Compete à EMTN: I - criar mecanismos para que se desenvolvam as etapas de triagem e vigilância nutricional, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar; II - atender às solicitações de avaliação do estado nutricional do paciente, indicando, acompanhando e modificando a TN, quando necessário, e em comum acordo com o médico responsável pelo paciente, até que sejam atingidos os critérios de reabilitação nutricional preestabelecidos; III - assegurar condições adequadas de indicação, prescrição, preparaç ão,conservação, transporte e administração, controle clínico e laboratorial e avaliação final, da TNP, visando obter os benefícios máximos do procedimento e evitar riscos; IV - capacitar os profissionais envolvidos, direta ou indiretamente, com a aplicação do procedimento, por meio de programas de educação continuada, devidamente registrados; Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 2 7 2 / 1 9 9 8 V - documentar todos os resultados do controle e da avaliação da TNP visando a garantia de sua qualidade; VI - estabelecer auditorias periódicas a serem realizadas por um dos membros da equipe multiprofissional, para verificar o cumprimento e o registro dos controles e avaliação da TNP; VII - analisar o custo e o benefício no processo de decisão que envolve a indicação, a manutenção ou a suspensão da TNP; VIII - desenvolver, rever e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos pacientes e aos aspectos operacionais da TNP. Por se tratar de procedimento realizado em paciente sob cuidados especiais e para garantir a vigilância constante do seu estado nutricional, a EMTN para TNP deve ser constituída de, pelo menos, 1 (um) profissional de cada categoria, com treinamento específico para esta atividade. Médico Nutricionista Enfermeiro Farmacêutico Deve ainda incluir profissionais como: um Coordenador Técnico-Administrativo e um Coordenador Clinico, ambos integrantes da equipe e escolhidos pelos seus componentes. O Coordenador Clínico deve ser médico e ser especialista em Terapia Nutricional, com título reconhecido ou possuir Mestrado, Doutorado ou Livre Docência em área relacionada com a Terapia Nutricional. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 2 7 2 / 1 9 9 8 Compete ao farmacêutico: I - garantir a aquisição de produtos farmacêuticos, correlatos e materiais de embalagem com qualidade assegurada. II - manipular a NP de acordo com a prescrição médica e os procedimentos adequados para que seja obtida a qualidade exigida. III - aprovar os procedimentosrelativos às operações de preparação e garantir a implementação dos mesmos. IV - garantir que a validação do processo e a calibração dos equipamentos sejam executadas e registradas e que os relatórios sejam colocados à disposição. BOAS PRÁTICAS DE PREPARAÇÃO As Boas Práticas de Preparação da Nutrição Parenteral (BPPNP) estabelecem as orientações gerais para aplicação nas operações de preparação da NP, bem como critérios para aquisição de produtos farmacêuticos, correlatos e materiais de embalagem. A farmácia deve ser responsável pela qualidade das NP que manipula, conserva e transporta, pois somente ela está em condições de evitar erros e acidentes mediante uma atenta vigilância nos seus procedimentos. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 2 7 2 / 1 9 9 8 V - garantir que seja realizado treinamento inicial e contínuo dos funcionários e que os mesmos sejam adaptados conforme as necessidades. I - área de manipulação; II - sala de limpeza e higienização dos produtos farmacêuticos e correlatos; III – sala de manipulação; IV - vestiário; V – área de armazenamento; VI – área de dispensação; A farmácia destinada ao preparo de nutrição enteral deve possuir os seguintes ambientes: Os ambientes destinados à preparação de NP devem ser protegidos contra a entrada de aves, animais, insetos, roedores e poeiras Os materiais devem ser adquiridos somente de fornecedores que atendam aos seguintes critérios de qualidade: I - exato atendimento às especificações estabelecidas; II - os materiais devem ter registro ou serem declarados isentos de registro pelo Ministério da Saúde; III - efetivo envio de certificado de análise dos lotes fornecidos; e IV - avaliação do histórico de fornecimento. Aquisição V - garantir que a validação do processo e a calibração dos equipamentos sejam executadas e registradas e que os relatórios sejam colocados à disposição, e Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com Estocados em locais identificados, de modo a facilitar a sua localização para uso, sem riscos de troca. R E S O L U Ç Ã O N ° 2 7 2 / 1 9 9 8 O recebimento dos materiais deve ser realizado por pessoa treinada. Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção de recebimento, devidamente documentada e registrada. Qualquer outro problema que possa afetar a qualidade do produto deve ser analisada pelo nutricionista e ou farmacêutico para orientar a devida ação. Se uma única remessa de material contiver lotes distintos, cada lote deve ser levado em consideração separadamente para inspeção e liberação, em que cada um precisa acompanhar certificado de análise. Recebimento Inspeção, aprovação e reprovação Armazenamento Todos os materiais devem ser armazenados sob condições apropriadas, de modo a preservar a identidade e integridade dos mesmos. Armazenados de forma ordenada, para que possa ser feita a separação dos lotes e a rotação do estoque, obedecendo à regra: primeiro que entra, primeiro que sai. Para os produtos farmacêuticos que exigem condições especiais de temperatura, devem existir registros que comprovem o atendimento a estas exigência. Os materiais de limpeza e germicidas devem ser armazenados separadamente. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 2 7 2 / 1 9 9 8 Controle do Processo de Preparação Avaliação Farmacêutica da Prescrição Cada prescrição deve ser avaliada quanto à viabilidade e compatibilidade dos seus componentes, suas concentrações máximas, antes de sua manipulação. Controle Microbiológico do Processo Deve existir um programa de controle ambiental e de funcionários para garantir a qualidade microbiológica da área de manipulação. Deve ser validado e verificado, sistematicamente, o cumprimento do procedimento de lavagem das mãos e antebraços.. Manipulação Devem existir procedimentos operacionais escritos para todas as etapas do processo de preparação. Todos os produtos farmacêuticos, correlatos e recipientes devem ser limpos e desinfetados antes da entrada na área de manipulação. Deve ser efetuado o registro do número seqüencial de controle de cada um dos produtos farmacêuticos e correlatos utilizados na manipulação de NP, indicando inclusive os seus fabricantes Rotulagem e Embalagem A NP já rotulada deve ser acondicionada em embalagem impermeável e transparente para manter a integridade do rótulo e permitir a sua perfeita identificação durante a conservação e transporte. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 2 7 2 / 1 9 9 8 Toda NE preparada deve apresentar rótulo com as seguintes informações: Nome do paciente; Nº do leito, registro hospitalar; Composição qualitativa e quantitativa de todos os componentes; Osmolaridade; Volume total; Velocidade de administração; Via de acesso; Data e hora da manipulação; Prazo de validade; Número sequencial de controle e condições de temperatura para conservação; Nome e CRF do farmacêutico responsável. Conservação e Transporte Toda NP deve ser conservada sob refrigeração, em geladeira exclusiva para medicamentos com temperatura de 2°C a 8°C, em âmbito domiciliar compete à EMTN verificar e orientar as condições de conservação da NP. O transporte da NP deve ser feito em recipientes térmicos exclusivos, em condições pré-estabelecidas e supervisionadas pelo farmacêutico responsável pela preparação. De modo a garantir que a temperatura NE se mantenha de 2°C a 20°C durante o tempo de transporte, que não deve ultrapassar 12 (doze) horas, além de protegidas de intempéries e da incidência direta da luz solar. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com R E S O L U Ç Ã O N ° 2 7 2 / 1 9 9 8 Controle de qualidade A NE deve ser submetida aos seguintes controles: I - inspeção visual para assegurar a integridade física da embalagem, ausência de partículas, precipitações e separação de fases; II - verificação da exatidão das informações do rótulo; III - teste de esterilidade em amostra representativa das manipulações realizadas em uma sessão de trabalho, para confirmar a sua condição estéril. Prazo de Validade Toda NP deve apresentar no rótulo o prazo de validade com indicação das condições para sua conservação. A determinação do prazo de validade pode ser baseada em informações de avaliações da estabilidade físico-química das drogas e considerações sobre a sua esterilidade, ou através de realização de testes de estabilidade. As amostras para avaliação microbiológica laboratorial devem ser retiradas, estatisticamente, no início e fim do processo de manipulação e conservadas sob refrigeração (2ºC a 8ºC ) até a realização da análise. As amostras para contraprova de cada NP preparada, devem ser conservadas sob refrigeração (2ºC a 8ºC) durante 7 dias após o seu prazo de validade. As condições de conservação e transporte devem ser verificadas semanalmente para assegurar a manutenção das características da NP. Licenciado para - A lessandra H elena de A breu - 70589968149 - P rotegido por E duzz.com O Amoresumos.com cria diversos conteúdos práticos e facilitados, para ajudar você na sua vida acadêmica ou profissional. VENHA CONHECER ... ESCANEI AQUI para conhecer e comprar materiais! 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