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BRUCELOSE E TUBERCULOSE
MÓDULO 04:
2021. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul – 
SENAR/AR-MS
INFORMAÇÕES E CONTATO 
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul – 
SENAR/AR-MS 
Rua Marcino dos Santos, 401, Bairro Chácara Cachoeira II, 
Campo Grande/MS, CEP: 79.040-902 
(67) 3320-9700 
E-mail: senar@senarms.org.br 
http://www.senarms.org.br/ 
http://ead.senarms.org.br/
PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO 
Marcelo Bertoni
TITULARES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO 
José Pereira da Silva, Marcio Margatto Nunes, Daniel Kluppel Carrara e 
Valdinir Nobre de Oliveira
SUPLENTES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO 
Mauricio Koji Saito, Janes Bernardino Honório Lyrio, Thaís Carbonaro 
Faleiros Zenatti, Luciano Muzzi Mendes e Maria Helena dos Santos 
Dourado Neves
TITULARES DO CONSELHO FISCAL 
Paulo César Bózoli, João Batista da Silva e José Martins da Silva
SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL 
Rafael Nunes Gratão, Moacir Reis e Orélio Maciel Gonçalves
SUPERINTENDENTE 
Lucas Duriguetto Galvan
DIRETORIA TÉCNICA 
Mariana Adalgiza Gilbert Urt
DIRETORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA 
Clodoaldo Martins de Oliveira Júnior
SUMÁRIO
Apresentação................................................................................04
Brucelose .......................................................................................05
Sinais clínicos ................................................................................. 06
Transmissão .................................................................................... 07
Prevenção e controle .................................................................. 09
Resistência da brucelose no ambiente .................................. 11
Como deve ocorrer a destruição da bactéria ...................... 12
Diagnóstico e monitoramento do rebanho .......................... 13
Impacto econômico...................................................................... 16
Brucelose em humanos ..............................................................18
Tuberculose ...................................................................................20
Sinais clínicos ................................................................................. 21
Transmissão .................................................................................... 22
Prevenção e controle .................................................................. 24
Diagnóstico ..................................................................................... 26
Impacto econômico...................................................................... 30
Tuberculose humana ...................................................................31
Atividade de Aprendizagem .....................................................32
Feedback das Atividades ............................................................34
4
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Apresentação
Olá!
• Você sabe o que é brucelose? E tuberculose?
• Como são transmitidas essas doenças?
• Como é possível saber se um animal está infectado?
• Qual o impacto para o bolso do pecuarista quando um animal 
é infectado?
A resposta para essas e outras perguntas você descobrirá a partir de agora.
Brucelose e tuberculose
Acesse o curso para conferir o vídeo. 
Para o agronegócio, o controle e a erradicação da brucelose e da tuber-
culose bovina são fundamentais, pois impactam as criações, afetando 
diretamente o comércio de carne e de produtos de origem animal, espe-
cialmente quando falamos em exportação. Para eliminar essas doenças 
no Brasil, em 2001, entrou em vigor, o Programa Nacional de Controle e 
Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT).
Erradicação: Eliminação.
Exportação: Venda de produtos ou serviços para outros países.
5
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Brucelose
O QUE É? 
A brucelose bovina é uma doença contagiosa cau-
sada por uma bactéria chamada Brucella abortus.
A doença está disseminada em todo o mundo e acarreta prejuízos eco-
nômicos importantes para a pecuária de corte e leite. É considerada 
uma zoonose relevante na saúde pública, pois traz risco ocupacional, 
ou seja, pessoas que trabalham em agroindústrias (carne e leite) e 
aquelas que trabalham nas propriedades rurais, como os produtores, 
funcionários e profissionais do setor, que estão em contato direto com 
animais doentes, podem também se infectar.
6
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Disseminada: Espalhada.
Zoonose: Doença transmitida dos animais para os humanos, ou de 
humanos para os animais.
Sinais clínicos
SINAIS CLÍNICOS 
Principais manifestações clínicas são: 
 
 
• Aborto – terço final da gestação (em torno 
do sétimo mês).
• Natimortos.
• Nascimento de bezerros fracos.
• Aumento do intervalo entre partos 
(vaca falhada).
• Esterilidade.
• Mastite e diminuição da produção de leite.
• Bursite. 
• Nos machos, ocorre a inflamação e o 
aumento dos testículos, causando dor.
Bursite: Inflamação articular.
7
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Transmissão
Confira a seguir as principais formas de transmissão da brucelose:
COMO TRANSMITE? 
Por meio do contato com animais infectados, da 
ingestão de água e de pastos contaminados pelos 
envoltórios fetais e pelos restos placentários de 
fêmeas infectadas que pariram ou que abortaram.
A doença atinge principalmente bovinos de corte em fase reprodutiva, 
assim como bovinos leiteiros, mas em menor proporção.
A entrada da doença nos rebanhos e na propriedade se dá por meio 
da aquisição de animais contaminados, principalmente fêmeas. Por-
tanto, é muito importante adquirir animais previamente testados ou 
devidamente vacinados contra a doença.
Envoltórios fetais: Membrana ou pele bem fina que envolve o feto/bezerro.
Restos placentários: Restos do aborto ou do parto.
8
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
As fêmeas também podem se contaminar pela inseminação artificial 
com sêmen contaminado. Pode ocorrer, ainda, a contaminação pela 
boca, nariz e olhos, ou por ferimentos na pele ou nas mucosas.
Feto, líquido e restos 
placentários eliminados 
no parto ou aborto. Água, pastagem e 
materiais contaminados.
Mucosas: boca, 
nariz e olhos.
Fêmeas com brucelose.
VIAS DE ELIMINAÇÃO 
DA BRUCELOSE
VIAS DE 
TRANSMISSÃO
PORTA DE ENTRADA
FONTE DE INFECÇÃO
3
2
1
4
9
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Prevenção e controle
PREVENÇÃO E CONTROLE 
Estão diretamente ligados a:
 
As bezerras devem ser identificadas pela marcação a ferro quente, na 
face, do lado esquerdo, conforme infográfico abaixo:
8V
SE USAR A VACINA B19, 
MARCAR AS FÊMEAS 
VACINADAS SOMENTE COM 
O ÚLTIMO DÍGITO DO ANO. 
POR EXEMPLO, “8”.
SE USAR A VACINA RB51®, 
MARCAR AS FÊMEAS 
VACINADAS SOMENTE COM 
O “V”, AO LADO ESQUERDO 
DA FACE.
• Vacinação obrigatória de fêmeas com 
idade entre três e oito meses – dose única 
(B-19 ou RB-51).
• Diagnóstico e monitoramento.
• Sacrifício dos animais positivos;
• Identificação das fêmeas vacinadas.
10
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Para prevenção e controle da brucelose, o PNCEBT, estabelece algumas 
ações importantes. São elas:
• Os machos não podem ser vacinados, pois podem ser levados a 
desenvolver a enfermidade. 
• A emissão do receituário, a aplicação da vacina e a emissão do 
atestado de vacinação é de responsabilidade do médico veterinário 
privado cadastrado no Serviço de Defesa do Estado. Dessa forma, 
somente esse serviço e seus vacinadores cadastrados poderão efe-
tuar a aplicação da vacina.
• Fêmeas adultas que, por algum motivo, não foram vacinadas na 
idade obrigatória, podem ser vacinadas com a vacina RB – 51.
• Importância de ações de educação sanitária na propriedade e 
na comunidade.
• Testes sorológicos de rotina realizados por médicos vete-
rinários habilitados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (Mapa).
• Eliminação dos animais positivados.
• Desinfecção das instalações.
• Destruição de restos placentários, fetos abortados e secreções, 
por meio da queima.
• Instalar, na propriedade, piquetes maternidade.
• Frascos de vacinasdevem ser recolhidos e descartados no 
lixo hospitalar.
• Exames periódicos das pessoas envolvidas na produção.
• Para movimentação de fêmeas, seja para eventos ou para outras 
propriedades, é necessária a comprovação da vacinação.
PNCEBT: Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose 
e Tuberculose Animal.
11
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Resistência da brucelose no ambiente 
As bactérias do gênero Brucella são muito resistentes aos fatores 
ambientais, podendo sobreviver até meses em material de aborto 
ou de parto nas pastagens, por isso, há a necessidade de manter o 
espaço limpo e desinfetado. 
Veja a resistência da bactéria no ambiente:
TEMPERATURA DE 71,7 ºC
15 segundos
ÁGUA POLUÍDA 
30 a 150 dias
DEJETOS A ALTAS 
TEMPERATURAS
2 a 4 horas
LEITE 
17 dias
MANTEIGA
Até 4 meses
FETO À SOMBRA 
180 dias
ESGOTO 
8 a 270/700 dias
LEITE CONGELADO
800 dias
IOGURTE
Até 96 dias
 
SOLO SECO 
4 dias
LUZ SOLAR DIRETA
4 a 5 horas
SOLO ÚMIDO
6 dias (em baixas temperaturas, 
entre 151 e 185 dias)
FEZES
120 dias
EXSUDATO UTERINO 
200 dias
ÁGUA POTÁVEL 
5 a 114 dias
QUEIJOS
Até 6 meses
TEMPERATURA DE 60 ºC
10 minutos
12
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Como deve ocorrer a destruição da bactéria
A correta desinfecção de áreas e utensílios contaminados faz parte das 
medidas que reduzem consideravelmente a presença da bactéria, e há 
duas formas eficazes para eliminá-la:
Desinfetante
Calor
• A u t o c l av a ç ã o : 1 2 0 ºC p o r 
2 0 m i n u t o s .
• Pasteurização lenta: 65 ºC por 
30 minutos.
• Pasteurização rápida: 72 a 74 °C 
por 15 a 20 segundos.
• Fervura: deixe ferver por pelo 
menos 5 minutos.
• Á l c o o l 9 6 º G L .
• H i p o c l o r i t o d e s ó d i o 5 % .
• H i p o c l o r i t o d e c á l c i o 5 % . 
• Fo r m o l 3 % .
• Fe n o l 5 % .
13
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Diagnóstico e monitoramento do rebanho
O diagnóstico da doença é necessário para se estabelecer a ocorrência, a 
distribuição e a caracterização do agente. Nesse contexto, o diagnóstico 
da brucelose bovina pode ser feito da seguinte forma:
• observação dos sinais clínicos;
• estudo do histórico do rebanho e das propriedades vizinhas;
• provas laboratoriais, pesquisando anticorpos nos soros e 
fluidos corporais. 
Essas provas devem ser realizadas por um médico veterinário habilitado 
pelo MAPA.
O Programa Nacional de Controle e 
Erradicação da Brucelose e Tubercu-
lose Animal (PNCEBT), definiu como 
oficiais os testes a seguir:
Anticorpos: Moléculas que atuam na defesa do organismo.
MAPA: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Fluidos corporais: Líquidos no corpo.
14
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
TESTES DE ROTINA
Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e Anel em Leite (TAL) – 
utilizados para monitoramento do rebanho (Fonte: IAGRO, 2021).
TESTES CONFIRMATÓRIOS
2-Mercaptoetanol (2-ME) e Fixação de Complemento – diagnóstico 
também utilizado em animais para exportação (Fonte: Mapa, 2017).
TESTE DO 2-MERCAPTOETANOL
POSITIVO POSITIVONEGATIVO
TESTE DE FIXAÇÃO DE COMPLEMENTO
15
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Como medida de monitoramento de uma propriedade, cabe principal-
mente a realização de sorologia periódica do rebanho, com a eliminação 
dos animais positivos, o que pode ser feito por meio do abate sanitário. 
 
Sorologia: Estudo do soro sanguíneo para diagnóstico e identificação 
de doenças.
Os animais positivos são marcados a ferro candente ao lado direito 
da face, com um “P” dentro de um círculo.
Portanto, deve-se sempre adquirir animais com comprovação de 
origem, se possível, de propriedades certificadas como livres ou 
com exame negativo para brucelose. 
Em caso de suspeita da doença, procurar o Serviço de Defesa do 
Estado e fazer a notificação.
Casos de brucelose em frigoríficos
Figura 1 - Bolsa serosa contendo grumo amarelado na região do ligamento cervical 
de bovinos abatidos em frigorífico sob inspeção municipal em Santarém, Pará.
Figura 2 - Bursite cervical da cernelha de bovino abatido 
em frigorífico sob inspeção municipal em Santarém, Pará.
16
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMALFigura 1 - Bolsa serosa contendo grumo amarelado na região do ligamento cervical 
de bovinos abatidos em frigorífico sob inspeção municipal em Santarém, Pará.
Figura 2 - Bursite cervical da cernelha de bovino abatido 
em frigorífico sob inspeção municipal em Santarém, Pará.
Fonte: PEREIRA, Amanda Fernandes et al. Lesões Macroscópicas de Brucelose em Bovinos Abati-
dos no Município de Santarém nos anos de 2014 e 2045. CONGRESSO MEDVEP DE GRANDES 
ANIMAIS, HIGIENE E INSPEÇÃO ALIMENTAR, 6., 2018. Anais […]. Ribeirão Preto: Comgran, 
2018. https://medvep.com.br/wp-content/uploads/2020/06/ANAIS-COMGRAN-2018.pdf 
Impactos econômicos
COMO PESA NO BOLSO.. . 
As perdas fora da porteira são:
• Barreiras internacionais ao comércio de 
produtos de origem animal.
• Alterações de preço no mercado da carne, 
leite e derivados.
• Perdas na indústria (condenação do leite 
e da carne).
• Altos custos dos programas de controle 
e erradicação.
17
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Já, dentro da porteira, as perdas para o produtor rural são essas:
• Aborto.
• Repetição de cio.
• Bezerros fracos.
• Diminuição da produção de leite.
• Redução do tempo de vida produtiva.
• Custos de reposição de animais.
• Limitação na comercialização de animais.
Agora que você já compreendeu como a brucelose se porta em bovinos, 
conheça como ela ocorre em humanos. 
18
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Brucelose em humanos
A brucelose, por ser uma zoonose, pode ser facilmente transmitida 
ao homem. Conheça as principais formas de transmissão.
 
Ingestão de carne, leite e seus deri-
vados sem inspeção, contaminados.
Manipulação de restos de aborto de 
bovinos e bubalinos.
Acidentes com aplicação de vacina 
contra brucelose.
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
A doença pode causar infertilidade em homens e mulheres, febres 
que vão e voltam e dores articulares. Não há vacinas para humanos, 
e o tratamento é longo.
Agora, vamos conferir sobre outra doença que está no PNCEBT, 
a tuberculose. 
PNCEBT: Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose 
e Tuberculose Animal.
19
20
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Tuberculose
O QUE É? 
A tuberculose bovina é considerada uma zoonose 
infecto-contagiosa de caráter crônico, causada 
por uma bactéria chamada Mycobacterium bovis, 
que afeta principalmente os rebanhos leiteiros. 
A tuberculose bovina é uma enfermidade disseminada em várias partes 
do mundo, e os principais hospedeiros da Mycobacterium bovis são os 
bovinos, os suínos, os cervídeos e o homem. “Assim como a tuberculo-
se humana (M. tuberculosis), a bovina reassumiu grande importância em 
todo o mundo, com destaque os países em desenvolvimento, alcançando 
índices acima de 1%” (ROXO , 1997).
Infecto-contagiosa: Fácil e rápida transmissão.
Crônico: Doença de longa duração.
Cervídeos: Família de animais mamíferos ruminantes, à qual 
pertencem os cervos e veados.
21
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Sinais clínicos 
No início, a doença é silenciosa e pode-se dizer que não existem sinais 
evidentes dela. Com a sua evolução, os sinais clínicos se manifestam, 
tornando-se mais aparentes. Acompanhe no quadro a seguir.
SINAIS CLÍNICOS 
 
• perda de peso;
• debilidade;
• febre;
• falta de apetite;
• dificuldade respiratória;
• cansaço;
• tosse;
• corrimento nasal seroso ou purulento 
(catarro amarelo ou verde);
• linfonodos infartados (ínguas ou calombos);
• morte.
22
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Transmissão 
COMO TRANSMITE? 
As principais formas de transmissão são: 
Acompanhe, no infográfico da página a seguir, como ocorre a transmissão 
da tuberculose.
 
• Diretamente, por via aérea e oral e 
através de aerossóis (mais importante).
• Indiretamente pelo leite, pela água, 
pelos alimentos e objetos contaminados. 
Via aérea: Via respiratória.
Aerossóis: Micropartículas muito finas, sólidas ou líquidas, 
contaminadas, que ficam no ar.
23
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
VIA AERÓGENA
REINFECÇÃOVIA DIGESTIVA
VIA AERÓGENA
BOVINO COM TUBERCULOSE BOVINO SADIO
VIA DIGESTIVA – BEZERRO
VIA AERÓGENA
TRANSMISSÃO DA TUBERCULOSE
Fonte: Adaptado de IAGRO, 2021.
Mesmo não apresentando sinais aparentes, o animal transmite a doen-
ça, de forma direta e indireta, conforme abordado anteriormente. A ida-
de, o meio ambiente e as práticas de manejo são fatores que influenciam 
a contaminação dos bovinos.
24
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Prevenção e controle
PREVENÇÃO E CONTROLE 
No Brasil, o controle da tuberculose bovina é feito 
por uma série de medidas, que incluem:
 
Ao abrigo de luz solar e alta umidade, a bactéria pode se manter viva 
no ambiente por longo período, de quatro a seis meses, principalmente 
com presença de matéria orgânica. Sendo assim, são necessárias boas 
práticas de higienização e limpeza.
Para o controle efetivo e a erradicação da tuberculose, é necessário 
seguir as seguintes orientações do Serviço Oficial de Defesa Sanitá-
ria Estadual e Federal. Conheça quais são:
• certificação de rebanhos livres;
• treinamento de médicos-veterinários para 
diagnóstico em campo;
• campanhas públicas de educação sanitária.
Matéria orgânica: Composto formado por restos vegetais (folhas, galhos, 
raízes, cascas etc.) e animais (em menor escala) que integram o solo.
25
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
 
Fazer o controle de trânsito de repro-
dutores e seguir normas sanitárias 
para participação em exposições, fei-
ras, leilões e outras aglomerações.
• Contratar médicos veterinários, habilitados no PNCEBT, para a 
realização de teste de tuberculinização do rebanho, com eliminação 
dos animais positivos.
• Adquirir animais de propriedades certificadas como livres ou 
não reagentes para tuberculose.
• Capacitar a equipe de campo quanto à educação sanitária.
• Promover ambientes adequados, que permitam boa ventilação e 
exposição direta à luz solar, e recomenda-se higienizar e desinfetar 
periodicamente todas as instalações, especialmente os bebedouros 
e os cochos.
• Abolir a utilização do leite de vacas reagentes para qualquer 
finalidade e em quaisquer circunstâncias.
• Realizar a inspeção sanitária dos produtos de origem animal 
destinados ao consumo humano, e a pasteurização ou esterilização 
do leite e derivados, pois são formas seguras de eliminar o risco de 
transmissão da bactéria Mycobacterium bovis ao homem.
• Monitorar rotineiramente a saúde dos trabalhadores da pro-
priedade, inclusive, com exames laboratoriais complementares.
26
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
É importante lembrar que o tratamento para animais com tuberculose não 
é permitido pelo PNCEBT e não existe vacina para animais, portanto, todo 
animal com diagnóstico positivo deve ser eliminado com abate sanitário.
PNCEBT: Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose 
e Tuberculose Animal.
Diagnóstico 
O diagnóstico clínico tem valor relativo, pois o animal pode estar 
infectado e não apresentar sinais clínicos, por se tratar de uma do-
ença de evolução muito lenta, mas, em regra geral, o diagnóstico da 
tuberculose pode ser realizado de duas formas. Veja:
Direto
Observar os sinais clínicos e histórico dos animais da propriedade e, em 
torno, verificar se existem pessoas diagnosticadas com tuberculose que 
trabalham ou residem na propriedade.
Indireto
Realizado por meio de testes de tuberculinização em bovinos e bubalinos 
com idade igual ou superior a seis semanas. São exames realizados por 
médicos veterinários habilitados pelo MAPA. 
Tuberculização: O teste consiste na injeção da substância 
tuberculina, subcutânea (debaixo da pele).
O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuber-
culose Animal (PNCEBT) definiu como oficiais os testes a seguir: 
27
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
TESTE DE TUBERCULINIZAÇÃO CERVICAL SIMPLES
É realizado em propriedades de pecuária de leite e/ou de corte. 
Fonte: Martim Schmachtenberg – E. M. Emater Estrela.
TESTE DE TUBERCULINIZAÇÃO NA PREGA CAUDAL
É realizado somente em propriedades de pecuária de corte. 
Fonte: Martim Schmachtenberg – E. M. Emater Estrela.
28
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
A leitura dos testes deve ser feita após 72 horas, mais ou menos três dias 
depois da inoculação da tuberculina. A validade dos testes realizados é 
de 60 dias.
Animais reagentes positivos aos testes devem ser isolados, afastados 
da produção leiteira ou de corte, marcados e sacrificados em estabe-
lecimento sob inspeção oficial.
Confira na página a seguir algumas imagens de tuberculose em bovinos.
29
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
 
Tuberculose do tipo nodular, loca-
lizada em linfondos da cabeça.
Fonte: Arquivo SENAR.
 
Tuberculose do tipo nodular, 
localizada na pleura parietal.
Fonte: Arquivo SENAR.
 
Tuberculose do tipo nodular, 
localizada no pulmão.
Fonte: Arquivo SENAR.
30
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Impacto econômico
COMO PESA NO BOLSO.. . 
A tuberculose causa diversos prejuízos econômicos 
ao produtor rural, dentre eles, a queda na produção 
de leite e até na produção de carne, em casos mais 
avançados. Além disso, há uma perda econômica 
relevante quanto à condenação de carcaças com le-
sões de tuberculose em frigoríficos.
Outro aspecto importante é que as propriedades com tuberculose 
ficam conhecidas por esse fato e existe um receio, justificável, das 
pessoas em consumir produtos que venham de fazendas em que foi 
comprovada a presença de tuberculose. 
Com relação às exportações de produtos de origem animal, a tuber-
culose é um grande problema, pois crescem as exigências sanitárias 
dos países importadores, impondo restrições às propriedades com 
tuberculose. A Embrapa estima que as perdas anuais com a tubercu-
lose bovina no mundo girem em torno de 3 bilhões de dólares.
31
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Tuberculose humana 
A tuberculose bovina, por se tratar de uma zoonose, representa uma 
grande preocupação para a saúde pública. Sendo que a ingestão de lei-
te cru, ou produtos lácteos não submetidos a tratamento térmico, e o 
contato dos tratadores e ordenhadores com os animais infectados são 
as principais formas de contágio da doença.
Rádio Prosa Animal - A tuberculose humana. 
Acesse o curso para conferir o podcast. 
Você chegou ao final do módulo. Aqui você conheceu:
• Sinais clínicos da brucelose e da tuberculose.
• Como são transmitidas.
• Como realizar o controle das doenças. 
• O que é o PNCEBT.
Antes de seguir, que tal verificar o que aprendeu até aqui? Para isso, 
leia as questões a seguir e escolha a alternativa correta. 
32
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Atividade de Aprendizagem
QUESTÃO 1
Analise as afirmações a seguir sobre a brucelose:
I. Não é uma zoonose. 
II. É causada por uma bactéria. 
III. Pode ser transmitida pelo consumo de leite cru.
IV. Também é transmitida de pessoa para pessoa. 
V. O contato com secreções de animais infectados não causa danos 
às pessoas.
A respeito da brucelose, é correto afirmar:
a. Todas as alternativas estão corretas.
b. Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
c. Apenas a alternativa I está correta.
d. Apenas as alternativas II e III estão corretas.
32
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
33
QUESTÃO 2
Qual teste é utilizado para o diagnóstico da tuberculose em bovinos 
e bubalinos?
a. Hemograma.
b. Teste de tuberculinização.
c. Proteína C-reativa.
d. Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay (Elisa).
QUESTÃO 3
Associe os sintomas abaixo com suas respectivas doenças: 
I – perda de peso, diminuição na produção de leite, mastite, emagrecimento, 
tosse, corrimento nasal, diarreia.
II – presença de aborto a partir do sétimo mês de gestação, nascimento 
prematuro, baixa produção de leite. 
a. I é brucelose e II é tuberculose.
b. I é brucelose e II é febre aftosa.
c. I é tuberculose e II é brucelose.
d. I é tuberculose e II é febre aftosa.
34
AUXILIAR EM SAÚDE ANIMAL
Feedback das Atividades
QUESTÃO 1
Resposta: letra D.
Gabarito: Apenas as alternativas II e III estão corretas.
QUESTÃO 2
Resposta: letra B.
Gabarito: Teste de tuberculinização.
QUESTÃO 3
Resposta:letra C.
Gabarito: I é tuberculose e II é brucelose.

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