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Governança Corporativa
MÓDULO 1
my_location Descrever o conceito de Governança Corporativa
MÓDULO 3
my_location Relacionar o conceito de Governança Corporativa com as estratégias empresariais
MÓDULO 4
my_location Relacionar o conceito de Governança Corporativa com o conceito de ética empresarial
MÓDULO1
my_location Descrever o conceito de Governança Corporativa
Conceitos fundamentais de Governança
 Fonte: worldbank.org
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Fonte: Shutterstock
Poder
Capacidade de grupos e indivíduos para fazerem com que outros ajam segundo seus interesses e para
trazer resultados específicos.
(THE WORLD BANK, 2017, p. 41)
Nota-se que os sentidos de governança e poder estão correlacionados, pois o exercício de persuasãonecessita, minimamente, de uma ação de
convencimento.
Nas organizações, o convencimento é produzido por meio da governança, que leva uma determinada instituição a seguir as diretrizes e as práticas a
partir de um discurso que proporciona uma identificação, tanto emocional quanto racional, por parte dos colaboradores.
A percepção do conceito de Governança difere entre alguns autores, como por exemplo:
persuasão
Uso dos mais diversificados recursos para induzir uma pessoa, ou um grupo de pessoas, a adotar uma ideia ou agir em prol de uma finalidade.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html
Percepção de Costa
(2017, p. 332)
O conceito de Governança está associado a mudanças nos processos e estruturas por meio dos quais a sociedade é gerida, envolvendo a redefinição de
limites entre governos e organizações privadas com ou sem fins lucrativos.
Percepção de Groenewegen
(2004, p. 353)
O conceito de Governança diz respeito às instituições que influenciam como as corporações alocam recursos e retornos.
A Governança é, portanto, para o campo dos estudos de Gestão, um
conjunto de políticas institucionais (princípios, normas e boas práticas)
que conduz as atividades exercidas pelas organizações, desdobrando-
se em todos os seus níveis (operacional, tático e estratégico).
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Podemos classificar os tipos de Governança Corporativa de acordo com dois parâmetros:
Atividades e funções
A partir das atividades que exerce e das funções que deve cumprir, uma organização adota diferentes tipos de governança, caracterizados a seguir:
LEGAL
Governança estabelecida com a finalidade de adotar, com o máximo rigor possível, as exigências advindas do arcabouço jurídico (leis, decretos e
normas advindas do Poder Público).
CONTÁBIL
Na Governança Corporativa tem-se a direção que uma instituição privada almeja seguir para o alcance dos resultados: nesse caso, o lucro e o retorno
para os acionistas. Na Governança Pública tem-se o mesmo intento, mas espera-se que os resultados culminem no bem comum, que pode ser traduzido
na adequada prestação de serviços à população.
Princípios da boa Governança
ondemand_video Vídeo
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
A Governança Corporativa foi introduzida no Brasil por influência do instituto brasileiro de governança corporativa (ibgc).
Embora a literatura aponte para a existência de sete princípios norteadores da boa governança, pela relevância do IBGC para a prática da governança
no Brasil, apresentaremos e detalharemos os quatro princípios básicos fundamentais, definidos pelo instituto, para a boa governança corporativa:
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
É uma organização sem fins lucrativos e principal referência do Brasil para o desenvolvimento das melhores práticas da chamada Governança
Corporativa (IBGC, 2019).
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html
1. Participação;
2. Estado de Direito;
3. Transparência;
4. Responsabilidade;
5. Orientação por consenso;
6. Igualdade e inclusividade;
7. Efetividade e eficiência.
Clique nos botões para ver as informações.
Definição do IBGC: caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de
todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em
EQUIDADE
Definição do IBGC: os agentes de governança devem prestar contas de
sua ação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo
integralmente as consequências de seus atos e de suas omissões e
atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.
O princípio da Responsabilidade Corporativa diz respeito à capacidade da organização em responder pelos próprios atos. Os atos da empresa
geram alguma consequência e é missão desta ser hábil em responder pelas próprias ações que, em alguns momentos, serão assertivas e, em outros,
não.
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA
Definição do IBGC: consiste no desejo de disponibilizar para as partes
interessadas as informações que sejam do seu interesse e não apenas
aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve se
restringir ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os
demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que
condizem à preservação e à otimização do valor da organização.
A palavra transparência, no âmbito da Governança, pode ser compreendida por uma infinidade de possibilidades, relacionando-se, na maioria
TRANSPARÊNCIA
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html
Práticas de Governança Corporativa
ondemand_video Vídeo
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Nas empresas, cujo fundamento basilar é auferir lucros, a adoção da Governança Corporativa indica que essas organizações – embora almejem obter
recompensas financeiras advindas do processo de produção/serviço – também têm preocupações com outros fatores que ultrapassam o ganhar dinheiro.
É necessário reavivarmos a ideia da estrutura básica das empresas (níveis administrativos), representados a seguir, para que entendamos em que nível a
governança corporativa é formulada.
Ní l i l
Nível intermediário (ou tático)
Corresponde ao nível de gerência, pelo qual se faz a comunicação entre o nível operacional e o institucional.
A Governança Corporativa tem significativa relevância nas organizações, pois permite a adoção de princípios éticos nas ações destas. Esses princípios
acrescentam valor (tangível e intangível) ao negócio, uma vez que a sociedade tem exigido cada vez mais empresas comprometidas com boas práticas
nos níveis humano e financeiro bem como em toda a cadeia de operação.
Atividade
1. Qual dos conceitos apresentados a seguir melhor representa o significado da palavra governança?
a) É a capacidade da organização em responder pelos próprios atos.
b) A disponibilização de informações de modo claro, quer sejam elas obrigatórias (como as demonstrações contábeis), quer sejam não
obrigatórias (como as políticas de promoção de um colaborador dentro da instituição).
c) O conjunto de princípios, normas e boas práticas que conduzem as atividades desempenhadas pelas organizações, desdobrando-se em todos
os seus níveis.
d) A reunião de todos os recursos necessários a fim de impedir perdas para aqueles que realizaram aportes de capital na empresa.
e) O modo igualitário pelo qual são tratados todos os envolvidos no processo empresarial, ou seja, os stakeholders.
2 Acerca dos temas apresentados analise as afirmativas a seguir:
MÓDULO2
my_location Identificar as regras e critérios da Lei Sarbanes-Oxley
Contexto da Lei Sarbanes-Oxley
A Lei Sarbanes-Oxley (SOX) é um importante instrumento legal que
busca inibir práticas que prejudiquem a credibilidade das informações
apresentadas pelas empresas norte-americanas, assim como naquelas
que registram ações nas bolsas de valores situadas nos Estados
Unidos.
Vejamos quais eventos impulsionaram a criação da Lei Sarbanes-Oxley:
 Descrição / Fonte alternativa (Fonte: Link)
 Logo da empresa Enron
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 Descrição / Fonte alternativa (Fonte: Link)
 Logo da empresa ArthurAndersen
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Evidenciar em auditoria, por meio de amostragem aleatória e mecanismos confiáveis, que os seus processos estão sendo executados conforme planejado
anteriormente.
Criar comitês para supervisionar as atividades e garantir mais independência na atuação da auditoria externa, resultando em mudanças, como:
determinação da qualidade do serviço e aumento em mais de 50% dos honorários da auditoria, visando à diminuição dos conflitos de interesses entre a
administração e a empresa de auditoria.
Atenção
A atividade de auditoria passou a ser autorregulada e supervisionada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (Securities and
Exchange Commission – SEC), a qual teve a atividade controlada diretamente por uma agência quase governamental: o Conselho de Supervisão de
Contabilidade de Companhias Abertas (Public Company Accounting Oversight Board – PCAOB). (DEFOND e FRANCIS, 2005)
No que se refere à criação e à composição dos comitês de auditorias que a SOX estabeleceu, devem ser atendidos os seguintes critérios (IBGC, 2017):
Todas as empresas devem ter um comitê composto inteiramente por membros independentes da administração.
Deve conter, no mínimo, um especialista em finanças (financial expert) e, caso não possua, explicar o motivo.
O comitê é o responsável pela nomeação da empresa de auditoria externa.
Se qualquer uma das regras for descumprida, graves implicações poderão acometer as empresas, como também seus dirigentes máximos. Existe,
inclusive, a possibilidade de responsabilização penal do presidente e da diretoria da instituição ou o pagamento de elevadas multas devido à publicação
de informações não condizentes com a verdade.
Contribuições da Lei Sarbanes-Oxley
Até aqui você já conseguiu compreender o verdadeiro objetivo da Lei Sarbanes-Oxley?
 Fonte: Shutterstock
O objetivo da SOX é recuperar a credibilidade da informação contábil, além de ampliar o custo de litígio e o grau de governança corporativa
para minimizar os riscos dos negócios e garantir a transparência dos resultados contábeis das companhias.
Para Machado (2008 apud Contezini; Beuren, 2012), a SOX funciona como um pacote de reformas para a ampliação da responsabilidade dos
executivos, o aumento da transparência, a garantia da independência do trabalho dos auditores, a introdução de regras no trabalho destes e a redução dos
conflitos de interesses dos analistas de investimentos. Ela amplia substancialmente as penalidades por fraudes e crimes de colarinho branco.
A SOX também influenciou a gestão pública, pois empresas que detêm a maioria das ações com propriedade do Estado brasileiro (como é o caso da
P b b idiá i ) d b d à b l id l l i i i õ li d b l d l
A governança corporativa destaca a relevância das funções desempenhadas pelo conselho de administração, dos executivos e da administração das
empresas, pois estes devem ter como propósito a definição de regras de conduta e responsabilidades claras. Por meio de instrumentos de monitoramento
e controle, a governança garante a proteção dos acionistas e credores, de forma que eles não sejam prejudicados pelos membros da organização
(SHLEIFER; VISHNY, 1997).
1929 – Quebra da Bolsa de Nova York
Nos Estados Unidos, a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, resultou na criação do Securities and Exchange
Commission (SEC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil. As fraudes apuradas nos
registros de títulos em 1929, associadas à exagerada liberdade de contratos privados, resultaram na mudança de postura e na
d ã d d l i t t li t E t d U id
1980 - O termo ganha notoriedade em diferentes áreas de estudo
A Governança Corporativa tem recebido mais destaque após o aumento dos debates há cerca de três décadas. O termo ganhou
mais notoriedade no campo da Administração de Empresas, no início dos anos 1980, sendo também abordado nas áreas de
Contabilidade, Direito, Economia e Finanças, gerando interesse tanto no âmbito acadêmico como no empresarial.
O hi ó i d ili d é i i é d b d l d i d
2000 – Bovespa desenvolve níveis de Governança
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desenvolveu, no fim dos anos 2000, níveis diferenciados de governança
corporativa. Os critérios de adesão buscam reduzir a diferença entre as informações dos investidores e aquelas prestadas pelas
empresas participantes desses grupos. O objetivo do escalonamento é aumentar a transparência das informações divulgadas e
diminuir o custo de captação de recursos no mercado.
2001 - Criação da Lei nº 10.303
Em 2001, o Brasil promulgou a lei nº 10.303, que propicia aos acionistas minoritários a redução de riscos e a maximização
das participações destes no controle das empresas. A motivação principal era contribuir para que o mercado de capitais
brasileiro diminuísse a concentração acionária, estimulando o pequeno investidor. Foram adotadas, para isso, práticas
essenciais de governança corporativa, que contribuíram para o tratamento igualitário dos acionistas.
Lei nº 10.303
De acordo com Vieira e Mendes (2004), entre as inovações resultantes da nova legislação brasileira para empresas do tipo Sociedades por Ações (S.A.)
estão:
A adoção de novas regras para assento em conselho;
O refinamento de questões de custódia;
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0259/tema1.html
 Descrição / Fonte alternativa (Fonte: Link)
 Fonte: Shutterstock
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 Fonte: Shutterstock
Desenvolvimento da Governança corporativa no Brasil
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Atividade
1. A Lei Sarbanes-Oxley foi assinada em 30 de julho de 2002, nos Estados Unidos. As afirmativas a seguir dizem respeito a ela, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Para supervisionar os processos de auditoria das empresas sujeitas à lei, foi criado um conselho de auditores de companhias abertas, com a
missão de estabelecer as normas de auditoria, o controle de qualidade e a ética.
b) Os conselhos de administração são explicitamente responsáveis por estabelecer e monitorar a eficácia dos controles internos em relação aos
relatórios financeiros e à divulgação de informações.
c) As penalidades pelo descumprimento da lei são multas em dinheiro e/ou reclusão.
d) As empresas de auditoria passaram a ter menor independência e menor grau de responsabilidade, atributos que são transferidos para os
diretores das empresas
MÓDULO3
my_location Relacionar o conceito de Governança Corporativa com as estratégias empresariais
Conceito de estratégia empresarial
Corporativo
No ambiente empresarial, podemos conceituar estratégia como:
Planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos da organização ou como o padrão ou plano
que integra as principais metas, políticas e sequências de ação de uma organização em um todo coerente.
Percebemos que, apesar de perspectivas diversas, a estratégia tem uma abrangência familiar às nossas
atividades diárias. Vimos também que, na maioria das definições, há recorrência das palavras plano e
padrão. E isso não é à toa.
É do nível estratégico que trataremos com profundidade a partir de agora, pois é nele que acontecem as deliberações para a efetivação da governança
corporativa, como veremos mais adiante.
Governança Corporativa e Planejamento Estratégico
Segundo Maximiano (2012), o planejamento estratégico é o processo de elaborar uma estratégia. Ou seja, é o meio de colocá-la em prática. Nessa etapa,
pensando nas ações de longo prazo, a organização define a missão, a visão e os valores que servirão como bússolas que orientarão as estratégias para o
atingimento dos resultados almejados.
 Fonte: Shutterstock<< /span>
A necessidade de definir a missão, a visão e os valores de um negócio independe do tamanho ou finalidade que ele tenha. Esses conceitos estratégicos
devem ser estabelecidos por qualquer organização que almeje resultados, sejam eles:
Lucro
No caso das empresas privadas de qualquerporte.
De interesse público
No caso dos órgãos públicos em geral.
De interesse social
No caso de organizações sem fins lucrativos.
A Natura, uma empresa brasileira que atua no setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos e no segmento da venda direta desde 1969. Para ela, a
razão de ser (a missão) é: "Contribuir positivamente para o desenvolvimento humano e social de nossa rede de relações e fomentar ações de educação e
empreendedorismo por meio de plataformas colaborativas" (NATURA, 2014, p. 23).
No planejamento estratégico da empresa, confeccionado em novembro de 2014 e vigente até 2020, a visão é: "ampliar a visibilidade e transparência das
práticas de condução de nossos negócios e reportar de forma integrada nossos resultados e impactos" (NATURA, 2014, p. 79).
Os valores defendidos pela organização são "a promoção do desenvolvimento sustentável, a criação de produtos e conceitos que promovam
o bemestarbem e a forte conexão que a Natura mantém com sua rede de relações" (NATURA, 2014, p. 5).
Quando uma organização declara a missão, esta também deve incorporar as demandas dos stakeholders no processo de tomada de decisões estratégicas
da empresa. Dado que os objetivos deles tendem a ser conflitantes, ao expor a razão pela qual ela existe, tornará pública a prioridade da alta direção e,
consequentemente, ficará próxima do grupo que julga ter prioridade em relação aos demais.
Para minimizar os conflitos que resultarão da postura adotada pela organização, uma das possibilidades é estabelecer a representação dos diferentes
grupos na estratégia da empresa. Temos, assim, a governança corporativa interagindo com o planejamento estratégico, uma vez que, para garantir
que os representantes ajam de maneira convergente com os interesses dos representados, o planejamento deve prever mecanismos de governança.
Um exemplo de mecanismo bastante conhecido é o conselho de
administração.
Em português, as iniciais dos mesmos aspectos citados resultam na
sigla FOFA.
F
Fraquezas
Desvantagens competitivas identificadas após a comparação com as demais organizações.
A
 Modelo de matriz SWOT. Fonte: Christensen e Bower (1695).
Atenção
A análise SWOT é uma ferramenta de gestão fundamental para a realização da análise ambiental, sendo a base do planejamento estratégico das
organizações. Esse instrumento simples tem como objetivo definir o posicionamento estratégico da instituição no ambiente (interno e externo) em que
ela atua.
Matriz de Ansoff
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Valor Público
A estruturação do planejamento estratégico cabe (e deve ser realizada) por organizações com diferentes finalidades: públicas, privadas, sem fins
lucrativos, independentemente do porte e da quantidade de recursos disponíveis.
Nas organizações públicas, o órgão deve imprimir esforço na obtenção do chamado valor público. Esse conceito está presente na obra de Moore (2002),
sendo, de forma resumida, o valor que determinado serviço público gerará nos indivíduos e cidadãos-clientes. Esse valor é gerado por meio de
"produção ou prestação eficiente de um serviço e distribuição igualitária de privilégios e encargos" (TEIXEIRA, 2012, p. 11). Tais objetivos devem estar
presentes na estratégia dos órgãos públicos, pois todos os dias essas organizações utilizam recursos (públicos) que devem produzir consequências
bj i i d d
A comprovação dos resultados é fundamental para que a legitimidade e
a liderança das ações dos gerentes públicos estejam asseguradas,
assim como as da própria organização governamental.
Esses resultados não podem se limitar ao método de execução do trabalho, cabendo ao gestor, que busca acrescentar valor público ao órgão, utilizar a
imaginação gerencial para potencializar e produzir novos produtos para a sociedade. Nesse sentido, Teixeira afirma que:
"O fato é que o valor da organização não se limita ao valor
operacional do trabalho, pois tanto a capacidade de adaptar
métodos como de produzir novos produtos são
potencialmente valiosos para a sociedade. Assim, uma
organização terá mais valor a partir da observação do seu
Coibir desvios e fraudes condenando efetiva e tempestivamente os responsáveis por irregularidades
O valor público das ações do TCU se pauta em resultados voltados para a prevenção, a detecção, a correção e a punição de falhas e irregularidades,
definindo e concretizando projetos inovadores que contribuam para o aperfeiçoamento da Administração Pública. Como resposta do resultado desse
trabalho, citamos o indicador que aponta para o benefício financeiro verificado no ano de 2011 que demonstrou que a cada R$1,00 investido nos custos
de fiscalização do órgão, R$1,50 foi devolvido para a sociedade sob forma de economia aos cofres públicos e aplicação efetiva e imparcial dos recursos.
2. Quando tratamos de planejamento estratégico, missão, visão, valores, análise de forças, oportunidades, fraquezas e ameaças, assim como o que significa
valor público, quais são as convergências com a temática de Governança Corporativa?
a) A implementação de políticas de Governança, por meio da estratégia adotada pela organização, influencia o registro de regras formais e
informais que delinearão as relações de poder e a alocação dos recursos.
b) Quando a empresa delimita corretamente sua missão, visão e valores, a implementação da Governança não se faz necessária.
c) O papel da Governança no plano estratégico é a criação de uma posição única e valiosa, envolvendo um conjunto diferente de atividades.
d) A implementação da Governança nos planos estratégicos tem como único objetivo o aumento dos lucros obtido pela organização.
e) Não há convergência. A Governança não interfere no planejamento estratégico e vice-versa.
Nas organizações, o conceito de ética abrange os princípios que moldam a conduta das pessoas nos negócios. Ela é um elemento de conduta tão
essencial que nenhuma ação coletiva pode se esquivar de realizá-la, sem prejuízo à imagem e à credibilidade pública que se deseja atingir. Alves Filho
(2006) afirma que ela é uma dimensão que se caracteriza como ponto de partida para a consolidação da boa governança.
Para Dupont (2010, p. 19), a ética tem seu objeto próprio, suas próprias leis e métodos. O objeto da ética é a moral, tendo como parte integrante o
comportamento humano.
ondemand video Vídeo
De acordo com Bateman e Snell (2006), o principal objetivo de praticar a
ética nas organizações é identificar quais são as regras que devem
guiar o comportamento das pessoas, além de valorizar as boas
práticas a serem buscadas.
O clima ético em uma empresa ocorre no processo de se avaliar as decisões que precisam ser tomadas, utilizando como base o que é certo ou errado.
No aspecto coletivo, agir de forma ética é orientar-se para que os atos praticados não interfiram no bem-estar do outro, garantindo assim, a ordem e o
respeito mútuos. Para que essa experiência seja possível, a ética deve estar implícita entre todos os envolvidos da organização, e deve ser a base que
ordena os limites das ações.
Muitas vezes, a ausência de padrões éticos não viola as leis. Nesse sentido, as legislações não delimitam, necessariamente, quais comportamentos éticos
devem ser perseguidos pelas empresas.
Exemplo
Um exemplo mundialmente conhecido é o caso da empresa multinacional Nike:
A gigante na área de esportes, buscando o aumento da lucratividade dos negócios nos anos 1990, fez um contrato transferindo a produção de calçados
Em relação aos fornecedores, respeito aos contratos firmados, não se valendo de vantagens advindas de desequilíbrio de poder entre as partes.
Atendimento às regras de concorrência e não violação das legislações que regulam a concorrência do mercado em que atuam.
Não violação das expectativas básicas da sociedade perante as instituições.
A busca de ações pautadas na ética deve ser do interesse dos próprios gestores, pois reconhecer e respeitar os direitos dos stakeholders vai garantiro
apoio e a legitimidade de suas ações, o que, em última instância, beneficia a empresa e eles mesmos. Caso contrário, as ações antiéticas podem causar
danos aos interessados e, consequentemente, para a organização que não se resguardar eticamente.
Para facilitar o entendimento do que é agir eticamente, podemos destacar que, em muitos casos, é simplesmente agir em direção ao que é
certo, isolando:
A busca de atender a interesses pessoais dos gestores.
A interferência negativa nos objetivos da organização.
A manipulação das informações.
Os comportamentos anticompetitivos.
A oferta de preços acima do mercado para relações comerciais com órgãos públicos.
A exploração oportunista de outros agentes vinculados à instituição.
O descarte inadequado e proposital de resíduos que contaminam o ambiente.
A corrupção.
Veja a diferença entre profissionais que se comportam de forma antiética e os que agem de forma ética:
Exemplos comuns dessas práticas antiéticas podem ser vistos quando os administradores:
Conduta antiética
– Valem-se de algum recurso disponível na organização para benefício próprio (buscando com isso vantagens pessoais).
– Utilizam o controle que têm sobre os dados corporativos para esconder ou distorcer as informações, resultando em exposição daquilo que
melhor convém, seja financeiro ou não.
– Pagam (ou recebem) suborno para ter acesso ou fazer parte de contratos lucrativos, desviando a igualdade das condições dos concorrentes
(corrupção).
Fonte: Shutterstock
Prêmio Ética nos Negócios
Para conhecermos bons exemplos de valorização pública de empresas que se destacam em comportamentos éticos, citamos o Prêmio Ética nos
Negócios, conduzido anualmente pelo Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios, em que são premiadas empresas nas seguintes categorias:
Um caso corporativo que podemos relembrar é o da multinacional Walmart, que responde por diversos processos judiciais na área trabalhista, nos quais
constam reclamações dos funcionários acerca de prática de discriminação contra mulheres (em relação à prática de salários mais baixos que os dos
homens nas mesmas funções) e não pagamento de horas extras (a partir do impedimento de registro da carga horária realizada acima do acordo formal).
Para minimizar o desdobramento de novos processos, assim como para melhorar a imagem perante os clientes, a empresa estabeleceu mudanças nessas
práticas ao instituir uma diretoria de diversidade, reestruturação dos procedimentos de remuneração (visando à garantia de pagamento de salários iguais,
independentemente do gênero do funcionário) e confeccionando políticas que impedissem a realização de horas extras não pagas. Assim, foi possível
perceber que a instituição agiu no sentido de se aprimorar após as críticas recebidas.
Responsabilidade Social;
Meio Ambiente;
Ética e Compliance;
Comunicação e Transparência;
Sustentabilidade;
Agronegócio;
Voluntariado;
Cadeia Produtiva.
A obrigação assumida pela organização perante a sociedade, por meio da escolha de maximizar os
benefícios que ela pode trazer e minimizar os efeitos negativos que resultam da prática do seu negócio.
R bilid d ô i
Responsabilidades legais
Obrigações assumidas para a observância dos normativos legais, sendo as leis o código formal entendido pela sociedade sobre o que é certo e errado,
assim como quais são as regras do jogo de cada ambiente.
R bilid d l tá i
Praticar a gestão voltada para a governança corporativa demandará ações que garantam a transparência, a equidade, a prestação de contas e o
cumprimento das leis. Tudo isso deve estar envolto de ética na condução da empresa, órgão público ou entidade sem fins lucrativos.
A ética empresarial, apesar de não ser um dos princípios reconhecidos para a governança corporativa, é a base que sustenta a sua prática no âmbito das
organizações.
Atividade
1. Como a ética se relaciona com o conceito de Governança Corporativa?
a) Os princípios da governança corporativa somente são possíveis de serem legitimados se forem pautados em comportamentos éticos.
b) O objeto da ética é a moral, tendo como parte integrante o comportamento humano.
c) A relação Governança e ética consiste na obrigação das empresas de adotarem práticas que contribuam para o bem-estar social, quando as
mesmas se alinharem aos interesses da organização.
d) A ética confunde-se com a Governança como um dos parâmetros para a avaliação do grau de desenvolvimento das empresas.
e) A ética refere-se às situações particulares e quotidianas que direcionam a prática das pessoas, não se misturando com valores institucionais.
2 Com base no que foi estudado sobre ética marque a alternativa que não se vincula necessariamente ao esperado como comportamento ético
Considerações finais
A adoção de práticas de Governança Corporativa é um importante mecanismo para a atração de investidores, pois estes requerem transparência e
confiabilidade nas informações prestadas, além de uma política de gestão que zele pela exatidão e pela autenticidade dos dados financeiros expostos
pelas empresas. Com isso, as decisões de investimento buscarão unificar o interesse de maximização dos resultados e o atendimento das expectativas
dos stakeholders.
Além disso, a Governança conduz a instituição a agir de modo ético, com respeito aos postulados e instrumentos legais e mantendo uma relação de
valores morais com todos os envolvidos nos diversos ambientes que a cercam (dos internos, como a política de gestão de pessoas, ao externo, como o
cuidado com o meio ambiente e com as comunidades existentes no entorno da produção/prestação de serviço).
Entendeu o conceito de Governança Corporativa
Identificou as regras e critérios da Lei Sarbanes-Oxley
COSTA, M. M. da. Análise de colaborações entre governo e ONGs e da densidade de ONGs no Brasil. Revista da Administração Pública, Rio de
Janeiro, v. 51, n. 3, p. 330-347, maio/jun. 2017. Disponível em: //www.scielo.br/pdf/rap/v51n3/1982-3134-rap-51-03-00330.pdf. Acesso em: 22
out. 2019.
DEFOND, M. L.; FRANCIS, J. R. Audit research after Sarbanes-Oxley. In: Auditing: A Journal of Practice & Theory, v. 24, Supplement, p. 5-30,
2005.
DUPONT, F. P. de M. A ética como instrumento de conduta do profissional da área contábil. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade de Cruz Alta, Cruz Alta-RS.
GIBNEY, A. Enron: os mais espertos da sala. Direção: Alex Gibney. Produção: Alex Gibney, Jason Kliot e Susan Motamed. Estados Unidos:
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