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INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR PAPER HERMENÊUTICA Nome: Rafael Ferreira Costa, 1º ano, agosto de 2023. Hermenêutica é a ciência da interpretação de textos, especialmente de textos religiosos. É uma disciplina da teologia prática, que se ocupa de como compreender e interpretar os textos sagrados. Exegese é o processo de interpretação de um texto, com base na análise do contexto histórico, cultural e linguístico em que foi escrito. É uma interpretação fiel ao significado original do texto. Elsegese é uma interpretação de um texto que não se baseia na análise do contexto original, mas nas ideias e opiniões do intérprete. É uma interpretação subjetiva e tendenciosa. Anacronismo semântico é a definição de um termo antigo com base no seu significado atual. É um erro de interpretação que pode levar a uma compreensão equivocada do texto. Magia é a crença de que os rituais têm o poder de controlar o mundo natural ou sobrenatural. É uma crença baseada na superstição e no medo. Fetiche é um objeto que é considerado sagrado ou poderoso por si só. É um objeto que é adorado ou venerado. As principais ferramentas do exegeta são: A Bíblia, o texto sagrado que está sendo interpretado; O dicionário bíblico, que fornece informações sobre o significado das palavras e expressões bíblicas; O dicionário comum, que fornece informações sobre o significado das palavras e expressões em geral; A concordância bíblica, que lista todas as ocorrências de uma palavra ou expressão na Bíblia; As enciclopédias, que fornecem informações sobre temas gerais; Os comentários bíblicos, que oferecem interpretações de textos bíblicos. A principal regra da hermenêutica é a de que a Escritura é sua própria intérprete, ou seja, que o significado de um texto bíblico deve ser encontrado no próprio texto, levando em consideração o contexto histórico, cultural e linguístico em que foi escrito. Perícope é um trecho de um livro que é usado para sustentar uma tese ou para uma finalidade similar. Análise semântica é o processo de análise do significado de uma palavra ou expressão dentro de um texto. A análise semântica pode ser realizada a partir do contexto imediato, do contexto geral ou da finalidade do texto. Análise morfossintática é o processo de análise das relações gramaticais entre as palavras e expressões de um texto. A análise morfossintática é importante para compreender a estrutura do texto e o significado das palavras e expressões. No Antigo e no Novo Testamento encontramos formas literárias que vão da poesia aos oráculos, do romance à história, de adágios populares a ensinos doutrinários. História é o registro dos eventos ocorridos em um determinado lugar durante um determinado tempo. Poesia são textos escritos de forma poética. Não são textos explicativos ou de características didáticas. O propósito dos textos poéticos é inspirar o leitor ou ouvinte a meditar ou refletir as relações com Deus e seus semelhantes. Profecias são mensagens proclamadas por mestres chamados para falar com autoridade em nome de Deus. A regra para interpretar textos apocalípticos é buscar o sentido literal, ou seja, entender o que pode ser entendido a partir do contexto geral. Provérbios e demais textos voltados à sabedoria tratam de questões práticas da vida. Epístola é cada uma das cartas que compõem o Novo Testamento, enviadas pelos apóstolos ou com a sanção destes, as comunidades eclesiais do primeiro século a.C. ou para indivíduos. As funções básicas da linguagem são: - Função informativa: transmitir informações. - Função expressiva: expressar sentimentos, emoções ou opiniões. - Função diretiva: orientar ou comandar o comportamento de alguém. Relação intratextual é a relação entre o conteúdo de uma passagem e o conteúdo do livro em que ela está inserida. Para interpretar um texto bíblico, é importante ler o livro inteiro para entender o contexto em que a passagem se encontra. Relação intertextual é a relação entre um texto e outros textos que compartilham um tema ou ideia. Essa relação pode ser usada para obter insights adicionais sobre o significado de um texto. Síntese teológica é a conclusão de um estudo bíblico que apresenta os conceitos teológicos encontrados no texto. A síntese teológica deve ser baseada no texto bíblico e nas evidências encontradas na análise. Contexto histórico e geográfico Para interpretar um texto bíblico, é importante considerar o contexto histórico e geográfico em que ele foi escrito. Contexto histórico O contexto histórico refere-se ao período em que o texto foi escrito, incluindo eventos históricos, costumes sociais, e crenças religiosas da época. Por exemplo, a análise histórica pode nos ajudar a compreender melhor as causas do conflito entre judeus e samaritanos nos dias de Jesus. Os judeus e samaritanos eram dois grupos religiosos que viviam na mesma região, mas tinham diferentes crenças e práticas. Esse conflito histórico pode nos ajudar a entender a abordagem de Jesus diante da samaritana, que era uma mulher considerada impura pelos judeus. Contexto geográfico O contexto geográfico refere-se ao lugar em que o texto foi escrito, incluindo a geografia física, a cultura e a economia da região. Por exemplo, o estudo geográfico do território palestino pode nos ajudar a entender o valor da água no contexto bíblico. A água era um recurso escasso na região, e era frequentemente usada como símbolo da vida e da renovação. Isso pode nos ajudar a compreender a importância do encontro de Jesus com a samaritana, que ocorreu em um poço de água. A consideração do contexto histórico e geográfico é essencial para uma interpretação fiel do texto bíblico. Ao entender o contexto em que o texto foi escrito, podemos compreender melhor seu significado e mensagem. A importância da análise sociocultural Para interpretar um texto bíblico de forma fiel, é importante considerar o contexto sociocultural em que ele foi escrito. Isso inclui a estrutura social, os valores culturais, e as crenças religiosas da época. A análise sociocultural é o estudo desses aspectos da sociedade. Ela pode nos ajudar a compreender melhor o significado de um texto bíblico, pois nos fornece informações sobre o mundo em que ele foi escrito. Por exemplo, conhecer a função religiosa do chefe da casa nos ajuda a entender por que Josué tinha convicção de que ele e sua casa serviriam ao Senhor. Isso porque, na sociedade israelita, o chefe da casa era responsável pela religião da família. Da mesma forma, conhecer os costumes cotidianos da sociedade bíblica nos ajuda a compreender melhor as passagens da Bíblia. Por exemplo, as passagens da Bíblia estão repletas de referências a comida, bebida, vestuário, e outros aspectos da vida cotidiana. A análise sociocultural é uma ferramenta essencial para uma interpretação fiel do texto bíblico. Ao compreender o contexto sociocultural em que um texto foi escrito, podemos compreender melhor seu significado e mensagem. Figuras de linguagem As figuras de linguagem são recursos estilísticos que usam símbolos para transmitir uma ideia de forma mais eficaz. Eles podem ser usados para tornar a linguagem mais expressiva, criativa ou memorável. Alguns tipos de figuras de linguagem são: Metáfora: comparação implícita entre dois elementos que não são idênticos, mas que apresentam alguma semelhança. Por exemplo, "O amor é uma flor". Metonímia: substituição de um termo por outro com o qual ele tem alguma relação de contiguidade, como causa e efeito, parte e todo, etc. Por exemplo, "a coroa" para designar o rei. Sinédoque: substituição de um termo por outro com o qual ele tem alguma relação de inclusão, como parte pelo todo, singular pelo plural, etc. Por exemplo, "o mar" para designar a água do mar. Prosopopeia: atribuição de características humanas a seres ou coisas inanimadas.Por exemplo, "A noite chorou". Hipérbole: exagero intencional para enfatizar uma ideia. Por exemplo, "Estou morrendo de fome". Outros tipos de figuras de linguagem: Alegoria: narrativa que representa uma ideia ou conceito abstrato. Por exemplo, a parábola do bom samaritano. Parábola: narrativa curta com a intenção de transmitir uma mensagem moral ou religiosa. Por exemplo, a parábola do semeador. Fábula: narrativa curta que usa animais ou objetos inanimados para representar pessoas ou situações. Por exemplo, a fábula da cigarra e da formiga. Hebraísmos: expressões idiomáticas da língua hebraica que são usadas no texto bíblico. Por exemplo, "o olho da agulha". Tipologia: relação entre elementos do Antigo Testamento (os tipos) que prefiguram eventos ou verdades do Novo Testamento (os antitipos). Por exemplo, a arca da aliança é um tipo da cruz de Cristo. A interpretação da Bíblia é um processo complexo que requer o uso de várias ferramentas e técnicas. É importante considerar o contexto histórico, geográfico, sociocultural e literário do texto, bem como as figuras de linguagem que são usadas. A interpretação de um texto bíblico pode ser dividida em três etapas: Conclusão literal: é a compreensão do significado do texto conforme o que está escrito. Essa etapa é importante para garantir que a interpretação seja fiel ao texto original. Conclusão moral: é a compreensão do significado moral do texto. Essa etapa é importante para entender o que o texto está ensinando sobre a ética e a moral. Conclusão prática: é a compreensão do significado do texto para a vida cotidiana. Essa etapa é importante para aplicar os ensinamentos do texto à nossa própria vida.
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